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Fatores na Análise Estratégica do Ambiente Externo


Autor: Prof. M.Sc. Diógenes Lima Neto
Brasília – DF – Brasil
Janeiro - 2010

Todos sabemos que não se pode reduzir uma análise estratégica a considerações
sobre o ambiente externo em que está inserido o seu empreendimento, mas seria muita
inocência, para não dizer falta de profissionalismo, abstrair aspectos ambientais em uma
análise deste tipo.

A intenção, numa análise estratégica do ambiente, é, antes de mais nada,


descobrirmos como as variáveis ambientais podem mudar e, em seguida, quais as
implicações destas mudanças em nossa empresa.

Mas, quais fatores ambientais?

As variáveis ambientais, conforme as encaremos, podem ser classificadas de diversas


maneiras. Para efeitos de uma análise macro, podemos agrupá-las em 4 grandes grupos,
segundo Grieve Smith (2005):

 Econômicas;
 Social e demográficas;
 Políticas; e
 Tecnológicas.

FATORES ECONÔMICOS

Nos ECONÔMICOS incluem-se aqueles que tratam das economias nacional e


internacional, bem como os específicos para um determinado tipo de indústria. Contrações e
expansões econômicas mundiais como a que ainda ocorre em função da crise de 2008, são
exemplos típicos deste contexto. As empresas, neste sentido, foram atingidas não apenas
pelo nível geral de demanda na economia, mas também em função de aspectos financeiros
particulares como taxas de câmbio, taxas de juros (LIBOR, EURIBOR, etc.). Nessa dimensão,
ainda, note-se que há dificuldade em se fazer projeções porque há aqui duas situações: a
primeira diz respeito ao fato de que temos de presumir que as condições gerais serão do
mesmo tipo e, a segunda, diz respeito ao que se convencionou chamar "descontinuidades",
ou seja, mudanças de paradigma. A possibilidade de se efetuar vendas pela internet é
exemplo, bem como a inserção poderosa da China na OMC.

FATORES SOCIAL E DEMOGRÁFICO


Sob os aspectos SOCIAL e DEMOGRÁFICO, temos várias situações. Uma das mais
notáveis (e louváveis) foi a entrada das mulheres no mercado de trabalho. Há pelo menos 40
anos as mulheres vêm se inserindo no universo de atividades remuneradas e esse processo é
irreversível. Muito se tem debitado esta mudança em função do deslocamento da vida
produtiva dos campos para as cidades, o que é fato, mas também podemos debitar essa
evolução social na conta da ampliação da educação e dos meios de informação. Aliás, no que
diz respeito a Educação, o fato de não haver mais reprovações nas séries primárias do ciclo
de educação de nossas crianças ainda trará efeitos nefastos para o Brasil.

FATORES POLÍTICOS

Já no que tange ao grupo de aspectos POLÍTICOS, não raramente há mudanças que


alteram totalmente as relações entre empresas, governos, cidadãos e instituições sociais
basilares como Congresso, Cortes de Justiça e Agências Reguladoras, entre outras. Se
tomarmos o próprio Brasil pré-Collor como exemplo, certamente iremos nos lembrar que havia
grandes dificuldades alfandegárias e mesmo de relação cambial, as quais impediam, em
termos práticos, a obtenção de bens de consumo estrangeiros. Pior ainda, tal fato emperrava
sobremaneira a evolução da indústria nacional a qual, em não podendo acessar maquinários
modernos a preços competitivos, perdia cada vez mais e mais espaço no mercado
internacional de produtos de valor agregado. Não por acaso, ainda hoje nos valemos das
assim chamadas commodities, que, via de regra, são de baixíssimo valor agregado. No
entanto, após 1990, com a abertura de nosso mercado aos bens importados a partir de uma
diretriz presidencial, especialmente no setor de automotivos, houve um aumento substancial
da qualidade e competitividade de nossa indústria.

FATORES TECNOLÓGICOS

Os fatores tecnológicos afetam as empresas de duas grandes maneiras: a)dando a


oportunidade de se produzir novos produtos ou formas de produção; ou b) alterndo o
ambiente no qual a firma opera, levando a uma competição desenfreada para se produzir
produtos equivalentes àqueles que lideram uma mudança. Neste aspecto, inclusive, há uma
decisão estratégica importante, que diz respeito à inovação: trata-se de decidir se é o caso de
se arcar com os custos de ser um líder inovador no mercado em que se atua. Obviamente, ao
se optar por ser um líder inovador, assume-se um risco maior, tanto no desenvolvimento,
quanto na introdução do item no mercado. Por outro lado, em obtendo-se o sucesso, garante-
se um monopólio virtual naquele produto. Em contrapartida, ser uma empresa que segue
simplesmente a "onda" do mercado é uma opção mais segura, mas há o preço de se estar
"sempre atrás", com margens de lucro e fatias de mercado menores.

CONCLUSÃO

Como se vê, ao se juntar os diversos fatores ambientais externos nos grupos supra
mencionados, consegue-se vislumbrar melhor as variáveis que podem influenciar os
movimentos estratégicos no contexto em que se insere a empresa analisada.
Além disso, ao se tomar desta forma os grupos de fatores e procedendo-se às análises
pertinentes, pode-se tomar medidas corretivas de rumo, inclusive com realinhamentos
estratégicos decorrentes.
Por fim, conforme se observa, não há que se temer os fatores ambientais, mas, sim,
mapeá-los e acompanhá-los, estando sempre pronto para eventuais ajustes necessários.
Bibliografia citada:

SMITH, John Grieve; “Business Strategy - An Introduction”, The Economist Publications,


1985.

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