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Merah -PROTESTANTE Pre eee me ea a sociologia o que A origem das espécies, de Darwin, eee eee ee Freud, para a psicandlise: um livro inaugural, um Se Ren ron on ns teen oR ti yea ene pliado pouco antes da morte do autor, em 1920, este ensaio instaurou uma nova maneira de com- Pee eee seer arte Num texto breve e de escrita limpida, Max Weber | AX | WEBER © ©" “ESPIRITO’ DO | CAPITALISMO EDIGAO DE ANTONIO FLAVIO PIERUCCI identificou a génese da cultura capitalista moderna nos fundamentos da moral puritana.© método exem= oath oe eu a ea aun Soon Weber um dos trés grandes pilares da sociologia Dee Ca ete cane ee Ue Esta edicio, traduzida do alemio por José Mar= cos Mariani de Macedo e coordenada pelo socidlo» Per Wn EvOn eee Te nr Oe ese r int tren Penn ecco et en SMR oe Gee Seok ener s OTL 1 | = Leer) Este livro faz parte da rara cate- goria das obras fundadoras do pen- ‘samento cientifico moderno. Langa- do em 1904-5 eampliado em 1920, A ética protestante ¢ 0 “esptrito” do ca- pitalismo procura compreender um fenémeno observado na passagem do século XIX para 0 XX: 0 maior de- senvolvimento capitalista dos paises de confissio protestante €a maior pro- porgio de procestantes entre os pro- prictérios do capital, empresétios ¢ in- tegrantes das camadas superiorcs de mio-de-obra qualificada. Max Weber procurou responder a essa questio articulando conceitos da entio nascente sociologia alema com a velha teologia protestante, pa- ra que o capitalismo fosse compreen- dido no em termos estritamente econdémicos € materiais, como um modo de producio, mas como um “espirito”, isto é, uma cultura, uma conduta de vida cujos fundamentos morais ¢ simbélicos estdo enraiza- dos na tradigio religiosa dos povos de tradicZo protestante puritana. A ousadia de Weber ressoou so- noramente nas ciéncias humanas do século XX e chegou aos cem anos em pleno vigor nas universidades de to- doo mundo. O leitor brasileiro, no entanto, até agora nio teve a oportu- nidade de ler uma tradugio como esta, feita a partir de um cotejo do texto de 1904-5 com o de 1920. E A TICA PROTESTANTE £0 “ESP{RITO” DO CAPITALISMO, MAX WEBER A 6ética protestante €0 “espirito” do capitalismo José Marcos Mariani de Macedo Anténio Flivio Pierueci eorenipresso ome ho (Copyright a ediso de texto eds péndices © Ant Flivio Peru ‘Tiel original Die protestantisce Eth und der "Gea des Kapitlsmus Cape Jot Baptista da Costa Aguie Tiadugo dos trchos matin, italiana gregoefamets Anta Fivi Pierucet Tiadegao dos tes em inglés Sergio Tearl Thadojae dos rechos em hla Antonius Jakobus Pietersen Revise Olgacatichio Renata Potenzs Rodrigues Indice emisivo (eseugdo) Maria Chua Carvalho Mattos ‘an dona reqenioe cia odie Ss [2007) Todasos direitos desta cig reservados Rs Bardia Palisa yon. 32 4532-002 Sto Paulo— “Teefone (1) 37073500 Fax(n) 707-3501 wow-companhiadasletras comb Sumario Apresentasao, Antonio Flavio Pierucci 7 Tabua de correspondéncia vocabular 7 A ETICA PROTESTANTE F 0 “ESPIRITO” DO CAPITALISMO. 5 PARTE © PROBLEMA : 7 1. Confissao religiosa e estratificagao social 29 2.0 “espfrito” do capitalismo 4a 3.0 conceito de vocagao em Lutero. O objeto da pesquisa... n {A IDEIA DE PROFISSAO DO PROTESTANTISMO ASCETICO 8 1..Os fundamentos religiosos da ascese intramundana, 87 2. Ascese e capitalismo.. 14 Notas do autor. 169 Glossirio.. 277 Cronologia 293 Indice remissivo. . 297 Apresentagao Quando, hé cem anos, apareceu pela primeira vez nas pigi- nas da revista Archiv fiir Sozialwissenschaft (1904) o germinal ensaio de Max Weber sobre puritanocomobergodaculturaocidental moderna, seu titulo tra- ia entre aspas —aspas de cautela eao mesmo tempo de énfase— a palavra “espirito”. Exatamente como na atual edigdo. Com essa marcagao diacritica 0 autor salientava de imediato aos othos do leitoro que éque ele,afinal de contas, pretendia identificar, ao lado da ética religiosa ali no titulo, como seu “novo” objeto de analise na busca sociolégica de uma relagao causal historica. E esse novo objeto no era o capitalismo como sistema econdmico ou modo de produgio. Era, sim, 0 capitalismo enquanto “espirito”, isto é cultura —a cultura capitalista moderna, como tantas vezes ele dizer —, 0 capitalismo vivenciado pelas pessoas na condugao met6dica da vida de todo dia. Noutras palavras, o “espirito” do capitalismo como conduta de vida: Lebensfihrung. Para comego de conversa: 0 minimo que esperamos desta nova edigdo em portugués é deixar assentado de uma vez por todas que ética ascética do protestantismo Webernoslegou nao somente duasedigoes dA ética protestante, mas dluas versées. A primeira, publicada em duas levas,em 1904 e 1905,¢ a outra, revista eampliada, editada em 1920,Porissoé que aqui,com tradugio mais atenta a uma correspondéncia vocabular minima entre os termos-chave empregados nos doisidiomase nas duas reas de conhecimento mais diretamente mobilizadas no ensaio weberia- 1o (a saber,a nascente sociologia alema ea velha teologia protestan- te), palavra “espirito” recupera as aspas que o proprio Weber! cortado para a segunda edigao. De volta primeira, pois Fica assim estampado desde a capa que a presente edigao em novo formato, além de uma tradugao inédita e tecnicamente acompanhada, oferece ao leitor de lingua portuguesa, de quebra, tum retorno ao original. Um retorno reflexivo, é verdade, cujo per- curso serd refratado 0 tempo todo pela irrupgao, intermitente ¢ em tempos irregulares, de uma espécie de trilha sonora incidental {que nada mais é que a presenga irreprimivelmente ativa da segun- da versio; uma co-presenga, em paralelo ¢ em contraponto a pri meira, da versio quinze anos mais madura (e por isso mesmo jé sem aspas no espirito do titulo como no espirito do autor),a tlti- ‘ma versio reelaborada por um Weber também ele, é claro, quinze anos mais maduro. O contraponto vai tornar esse enviesado retornoa forma inaugural uma experiencia “historicizante” do tex- to original. Um clissico em parte usurpado ao mito fundador sempre-ja presente em sua aura, agora devolvido a sobriedade reflexionante de uma biografia da obra, devolvido graficamente [vale dizer: entre colchetes] & sua prépria historicidade. A partir do momento em que nova montagem do texto ori ginal por seu autor é entregue ao leitor com essa espécie de assina- aca, qualquer primeira leitura d’A ética protestante* que assim se “A partir de agora as mengies esta obra serio feitas também em forma red ida: A étca prowestante ou simplesmente A étca 8 fizer serd, sempre-j4, com certeza, uma experiéncia paradoxal de “teleitura em primeira mao”, Fascinante experiéncia essa de uma inevitavel releitura, mesmo para aqueles que eventualmente ja tenham lido o ensaio em outras edigdes, em outras linguas, em outros tempos. Que agora éjé 0 tempo de comemorar com reflexividade pos: moderna seu centenério pleno de modernidade, Sao tantos ¢ de tamanhos tao diversos os acréscimos feitos por Weber & segunda edigao, que praticamente cada pagina desta nova edigao em portugués relembraré ao leitor que A ética protes- tante € 0 “espirito” do capitalismo do alemao Max Weber —“seu primeiro tratado sobre Sociologia da Religiao”, conforme conhe- ida classificagao avangada por sua vitiva em 1926 — tem no fim das contas duas versdes. E s6 duas, nenhuma delas inacabada. ‘Ambas redondas em sua propria concepsao. ‘Chamemos entao de versio original aquela publicada na revista Archiv, em duas partes e em dois momentos consecutivos, 1904 e 1905. E chamemos de versio final a edicao de 1920 (ano também final da vida de Weber) ,aquela quese permite dizer ascoi sas numa linguagem mais precisa na forma e mais segura na atitu- de, iss0 0 proprio leitor hé de perceber sem esforgo se prestar aten- «0 a0s aditamentos. Um Weber mais firme na formulagao dos argumentos porque mais aparelhado de arsenal mais basto decon- ceitos e termos préprios, ou reapropriados. Continuar lendo nos tempos de hoje este classico de Weber sem levar em conta que s6 depois de muito experientecomo socislogo cle foi acrescentar tan- tay passagens novas nv exitoso ensaio de 1904-5, trazendo com isso novos angulos de visio junto com ajustes vocabulares aparente- ‘mente pequenos, além de uma nova leva de notas de rodapé as veres caudalosas, acarreta problemas técnicos de conseqiléncias dristicas para uma interpretasao minimamente plaustvel do pré- prio conceito que estiver em jogo ou em causa, com seus pleitos de

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