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“A interpretagio dos dados coletados principal etapa de um projeto de pesquisa, €justamente esse ‘o papel da anilise de contetido ~ metodologia de grande importancia para.as ciéncias da comunicasio, desenvolvida nos Estados Unidos 1a inicio do séeulo XX, ‘De mancia clara e objtiva, Laurence [Bardia apresentae desereve em Andie de conteido os métodos & ‘enicasutlizados para aandlise qantitativa de dados. A divisio do livra em quatro partes ~histéra e 1eorias, priticas, método e téenicas ~ facilita a compreensio do leitor, cnfatizando a importincia de cada cxapa do processo. ‘A abordagem aplicada permite que ‘ livroseja consultado tanto por piledlogos e sociélogos ~seja qual for a gua especialidade ou fnalidade ‘como por psicanalistas,historiadores, politicos, jornalistas et. Laurence Bardin ANALISE DE CONTEUDO Tile deme “nde a Ate Ag Pio ‘rete ecp Cutae Dadar Cass IP) {Charred Sa oho StF Et. ‘ep ap cane cea pnd pe dag tc “nce den cna en rd i pe ip poe pola ‘Smee opus mage am. ene ome eae “Soca goose uric onc i eminem perma cen LauRence BaRDin, professora-assstente de psicologia na Universidade de Pari V, aplicou as ténieas da Andlise de Contetido na investigacio pricossocioldgica eno estude das comunicacdes de massas Este lvro procura ser um manual claro, conereto eoperacional esse método de investigagio, que tanto pode ser utlizado por psicélogos esocidlogos, qualquer que seja a sua especialidade cou finalidade, como por psicanalista, historiadores, politicos, jornalistas ete INTRODUGAO... PREFACIO| PRIMEIRA PARTE - HISTORIA E TEORIA .. 1 EXPOSIGAO HISTORICA. 1. Osantecedentes ea pré-histér 2.0 comero: a imprensa ea medida. 3, 1940-1950: istematzago das regras eo interest pela simbélica politic. - 41950-1960: a expansio ea problemética 5, 1960-1975: computadores e semiologia 46 Tendéncias atuaie IL DEFINIGAO E RELAGAO COM AS OUTRAS CIENCIAS 1. Origor ea descoberta : 5, Aanilise de contetdo ea linguistica. 6, Aanilise de conteido e a anilise document ‘SEGUNDA PARTE - PRATICAS voesnnn - 1 ANALISE DOS RESULTADOS NUM TESTE DE ASSOCIAGAO_ DE PALAVRAS: ESTEREOTIPOS E CONOTAGOES .. 1. Aadministragio do teste vo 2. Propostas de andlise Il, ANALISE DE RESPOSTAS A QUESTOES ABERTAS: [A SIMBOLICA DO AUTOMOVEL won so 1. AS PergUuntas nnn ss 65 2.Propostas de andlise «. so «8 Il ANALISE DE COMUNICAGOES DE MASSA: 0 HOROSCOPO DE. UMA REVISTA 73 1.0 jogo das hipéteses. _ 75 2. A andlisetemitica de um t€X00 sows se 3. Antlise lexical esinttica de uma amostra.. _ 82 IV. ANALISE DE ENTREVISTAS: FERIAS E TELEFONE. 1A entrevista: um método de investigacio especiico. 2. A decifragio estrutural 3. Exemplo: uma entrevista sobre as férias 4. Exemplo: um conjunto de resposta sobre a relaglo com o telefon. 107 ‘TERCEIRA PARTE ~ METODO .. sone DB 1 ORGANIZAGAO DA ANALISE PFA ema 125 L.A pré-andlise nn o 198 2. Aexploragdo do material eenmnnn BI 53. Tratamento dos resultados obtidos einterpretagio se IB Il. ACODIFICAGAO... a see 33 1. Unidades de registro e de contexto «. vo 134 2, Regras de enumeragio sn 3, Anilise quantitativa eanélise qualitativa IIL A CATEGORIZAGAO.. 1. Pri pi0S.s ot 2. Exemplos de conjuntos categoria... 3. Os indices para computadores... IV. AINFERENCIA vn 1 Polos da anilis «. 2. Processos evaridveis de inferéncia suisno \V. A INFORMATIZACAO DA ANALISE DAS COMUNICAGOES 1B possivel fazer anise de conteido por computador? 2. Autilidade da informatica para a andlise de contetido 3. O que 0 computador pode ot 180 f42€F nnn 4. Exemplo: uma andlise de contetdo de imprensa 5. Aanilise de resposta a questdes abertas. 6. Asandliseslexicométricas 7 7.0 programa DEREDEC, ‘QUARTA PARTE - TECNICAS... 1A ANALISE CATEGORIAL., 1A ANALISE DE AVALIAGAO_ 1. Uma medida das atiudes.. 2. As diferentes fases da técnica 3. Comentirios sobre o método 4 Varantes e aplicagbes da dena, Il A ANALISE DA ENUNCIACAO. 1. Uma concepcio do discurso como palavra em ato.. 2. Condigées e organizagdo de uma andlise da enunciacio... 3, Uma abordagem linguistica. A interpretacio do implicito IV. A ANALISE PROPOSICIONAL DO DISCURSO. \V.A ANALISE DA EXPRESSAO 1, Os indicad0P€8 eon 2. Alguns exemplos de aplicasio.. VILA ANALISE DAS RELAGOES... 1. Andlise das coocorréncis 2. A analise ‘estrutua 3. A ailise do disCU50 nnn Referencias sugeridas Introdugao PP samt man, 0 aos uma ade bonita: nascer,crescer, agit. E para um livro? Escrevé-Io, serait, evoluit. Ha 30 anos, em meados dos anos 1970, asistiu-se a um periodo extre- rmamenteférti de desenvolvimento das ciéncias socials e humana. A liberda- de de expressio, a efervescencia do pensamento e a explosio da comunicagio cobrigavam a estar &escuta, Como estar escuta, cientificamente e com rigor, de palavras, de imagens, de textos escritose discursos pronunciados? Como ppassar do uno a0 milkiplo? Como compreender, analisar, sinttizare descre- ‘ver inguéritos, artigos de jornais, programas de ridio ou de televisio,cartazes Publicitarios, documentos histéricose reunides de trabalho? ‘© método da analise dessas comunicagBes ainda no existia, mas a ex- plosio comunicacional, bem como o interesse em compreendé-las, jéestava presente, Havia apenas embriges de priticas empiricas: nos gabinetes de es- tudos de marketing, entre sociélogos que levavam a cabo estudos qualitati- +yos por meio de entrevista, o interesse dos psicoterapeutas em encontrarem roves meios de compreensio dos seus pacientes, linguistas preocupados com a enunciagio ot com a semiologia, etnélogos em busca de equagdes estruturais, historiadores & procura, nos vestigios dos discursos, de reali- slivra-chav, eno seid desimboo em fents.“Um simbolochaveé um eno ‘isco d mitolops plies” Exmpos de sinols-dave nos anos 1940 nos Etads Un- os dio "Woedade "democracs’iguldade BK. Whit “Black Boy vale anal. bor ee. Pytha, 197, 2 Na reldade ete nome €um pseuddaina ALL Baldwin, “eronalitysructare abet: a statisical meod for ivetigating the Single personality” f. abnor se. Phycol, 198237. em 1966" para renovar 0 estudo do seu antecessor, usando as novas possibi lidades que o computador oferece. A andlise de Baldwin apresenta-se como luma “anise da estrutura da personalidade” (personal structure analysis), tendo por objetivo funcionar como um “componente da perspicicia mais ou ‘menos brilhante do clinico’ Ou, como diz ainda Baldwin, “uma técnica que Proporciona uma avaliagdo uma andlise que terdo a virtude da objetivi- dade ¢ revelaréo também os aspectos do material que poderiam ter escapa- do a0 exame minucioso do clinico" Entre a tonica colocada na necessidade de objetividade e as medidas de verificagdo que neste periodo sio gerais, a técnica empregada por Baldwin para inctementar a compreensio de um ‘aso neurético constitui uma das primeiras tentativas de "andlise de con- tingéncia” (ou anilise de coocorréncia, isto é, das associagSes ~ duas ou ‘mais palavras ou temas ~ ou exclusdes presentes no material de andlise). A contingency analysis serd desenvolvida por Osgood uma quinzena de anos ‘ais tarde ¢ generalizada em seguida gracas as possibilidades ampliadas pelo uso do computador. Do ponto de vista metodologico, o final dos anos 1940-1950 &, sobretu- do, marcado pela regras de anise elaboradas por E. Berelson’, uxiliado por P Lazarseld. A célebre dfinicdo de andlise de contetido, que Berelson dé en- ‘io, resume muito bem as preocupagies epistomoldgicasdesse period: ‘anise de conte & uma técnica de investiga que tem por fnalidede 8 descrigdo objet, sstematieae quanttatina do contedo manifesto da co. rmuniagso, Na verdade, esta concepgio eas condigées muito normativa lmitantes de Funcionamento da anise de conte foram completadas, postas em ques: tio e ampliadas pelos trabalhos posteriores dos analistas norte-americanos. TEA Fg Ts fom ena aprosch te cnelass fpenonaty a tue by computes. Stone D.C usps M.S Sint eM Opi The ge {ue compte prow octet aap behind cee Cambie MI trem boc pp otc I Beon FF Lara, The ana of commana cone, Une of he fe snd Canta Unt, Primiry Drs Cage ¢ No lara, a8 Sate Seon Ct matin Gee he Pe Pe € 8 Brom “Content Ars em Linde”) Hane fl Py. ‘amb Addon Wey Ping Co 934 vetoes [xP0SIcko mstORICA No entanto, na Franca figua-se qu até uma data recente (1973-1974) se continuou a obedecer de manera rigida a0 modelo berelsoniano. Para nos convencermos de que assim é basta que observeros as referencias bibliogré- ficas ou as instrugées frnecdas pelos raros manuais franceses que se dign- ‘am aabordaro problema da andise de conte, Essa ignordnctasoberba que consist em nega vnt ou trnta anos de progressosnort-amercanos,ouem negligenciar a contribuiglo francesa ou estrangeira das cigncias conexa an lise de contigo (a linguistic, a semantica, a semiologa, a documentagi, a informatica), comega,flizmente, a ser substituda por uma insatisfagio tanto prética como tedrica, susetiel de impelir os professores ou 0s técn- os paraa busca deinformagées complementares. Quaisquer que sejam ot progrestos posterores a Lasswel ea Berelson, 0s seus critérios marcam @ preocupago deste periodo em trabalhar com amostasreunidas de maneira sistemitica, intrrogarse sobre a valdade do procedimentoe dos resultados, averifia a ideliade dos cndificadorese até a medi a produtvidade da anslise £0 periodo significativo de uma prética com uma metodologia nascent onde as exigenclas de rigor ede objetivdade presenidasadquirem um carter obsessivo, suscetivel de encobrir tras ne- cosidades ou possblidade. 4. 1950-1960: A EXPANSAO EA PROBLEMATICA 0 periodo seguinte &caracterizado pela expansio das apicagées da téc- nica a disciplinas muito diversficadase pelo aparecimento de interrogagSes € nnovas respostas no plano metodol6gico, Na realidade, depois da codificagio Imperiosa que atinge o seu apogeu com Berelson, o periodo imediatamente posterior & guerra é marcado por anos de bloqueio e desinteresse. Durante al= ‘gum tempo, a andlise de contetido parece te caldo num impasse e uns quantos, investigadores desiludidos (Berelson, Janis, Lasswell, Leites, Lerner, Pool) pare- ‘em abandonar a partida. proprio Berelson chega & conclusto desencantads: ‘anise de conteido como método no possui qualidades migicas e rar mente ret mais do que nea s invest ealgumas vezes até menos - 90 fim de conas, nada hi que substi as ideas bihants. Isto equivale, de certa forma, a negat o que jf fra adquiride, ‘Mas no inicio dos anos 1950, o Social Science Research Councils Com ‘mittee on Linguistics and Psychology convocou diversos congressos sobre os problemas da “Psicolingustic O iltimo, conhecido como Allerton House ‘Conference, por causa do local da reunifo (Illinois), teve lugar em 1955 ¢ uma parte das contribuigdes foi publicada em 1959, soba orientagdo de I de Sola Pool, que se torna o nome marcante daquele decénio nos sucessivos readers norte-americanos, Os participantes descobrem entio duas cosas: os investigadorese técni- 0s provenientes de horizontes muito divertos interessam-se doravante pela anilise de contetido;se os problemas precedentes ndo forem resolvidos, novas perspectivas metodolégicas, no entanto, vio eclodindo, O congresso manifes. ta, pois, um interesseredobrado. A anilise de contetdo entra, de certo modo, ‘numa segunda juventude. A etnologia, a histéri, a psiquiatria, «psicandlise, a linguistic, acabam por se juntar & sociologia, a psicologia, a cincia politica, 405 joralistas, para questionaressastécnicase propdr a sua contribuicSo, Desenvolvem.-se novos considerandos metodoligicos e epistemolégicos, No plano epistemoligico, confrontam-se duas concepgdes, dois “modelos” de comunicagio: © modelo “instrumental’, representado por A, George ¢ G. ‘Mahl, € 0 modelo “epresentaciona’, defendido por G. E, Osgood. Eis como I {de Sola Pool resume a orientacio de cada uma dessas concepgdes: De manera gosseira, arogamo-nos 0 dicta de dizer que “repeesetacio ‘al significa que © pont importante no que di espeito&comunicagao é 0 revelado pelo coneddo dos tens lexicis nea presents, isto. que alg nas Prlavras da mensagem permit ter incicadores vidos sem que se considerem ‘as circunstincia,sendo a mensager o que oanlisa obsera. Grosso mado, “insirumenta” significa que o fundamental no & aquilo que @ mensager ie 8 primeira vista, mas 0 que ela vecul, dadoso seu content © at suas clkcunstincas, No plano metodolégico, a querela entre a abordagem quantitativa e a sbordagem qualitativa absorve certas cabecas, Na andlise quantitativa, © que serve de informagéo é a frequéncia com que surgem certas caracterstcas do 3S hens ncn an Ue 10. Reader: recolha de textos. “ Move nei " [08GA0 HsTORCA i conteid, Na andlisequalitativa€apresenga ou a ausénca de uma cracters- ticade contedo ou de um conjunto de caracteristcas num determinado frag- ‘mento de mensagem que é tomada em consideracio" ‘A um nivel mais estritamentetécnico, Osgood propbe ou apereigoa diversos procedimentos:aandlise das assergbes avaliadoras de uma mens- gem (Bvaluative assertion analysis), a andise das coocorréncis (Contingency analysis), e, depois de W. Taylor, 0 método Cloze (Clze Procedure). B co- hecido,aliés, 0 importante trabalho sobre “a medida das significages"? efetuado nesta época. A ténica &colocada nas orientagdes de Valor, afetivas ou cognitivas, dos signficantes ou dos enunciados de uma comunicagfo, tendo por prssuposto que essas orentages sio bipoarizad passed ‘medida por intermédio de esas e que algunas das dimend das siouniversis, qualquer que sejaa cultura do locutor. De fato, para além dos aperfeigoamentos téenicos, duasinicatvas “desbloqueian enti, a anlise de contedo, Por um lado, aexigéncia de bjetividade torna-se menos rgida, ou melhor, alguns investigadoresin- terogam-se acerca da regralegada pelos anos anteriores, que confundia objetividade e ciemificidade com a minicia da andlise de frequéncias. Por outro, aceita-se mais favoravelmente a combinagdo da compreensto clini- a, com a contibuigio da estatistica, Mas, além dist, a andlise de conte do jf ndo € considrada exclusvamente com um alcance desritivo (ct. 08 {nventirios dos jornais do principio do século), pelo contro, toma-se consciéncia de que a sua fungi ou o seu objetivo €a inferéncia, Que esta inferénca se realize tendo por base indicadores de frequéncta, ou, cada ver mais asiduamente, com a ajuda de indicadores combinados (cf. andi se das coocorréncias), toma-se consciéncia de que, a partir dos resultados da anise, se pode regressar is causas, ou até descer 20s efeitos das carac: teristicas das comunicagbes ‘TAT. George “Dante and qualitative approaches to content analyst in 1. de Sola oo opt, 1959, 9p. 7-2. 12. CE Osgood, “The representational mode and relevant research method’ n.d Sla Pool op, 1959, pp. 38-8. 13. CE Ongood, GJ. Sic PH. Tannenbaum, Themessromen of meaning, Urbana, Univer sig ios Ulery Pes, 1957 ANAS DE CONTEADO, ‘Se analisarmos a situasdo em finas dos anos 1950, aperceberemo-nos de que, quantitativamente, «andlise de conteido progrediu conforme uma raz50 ieométrica A partir do critério numérico de estudos pot ano, constata-se que 4 evoluglo se processa da seguinte maneira: 2,5 estudos por ano em média entre 1900 e 1920, 133 entre 1920 e 1930, 22,8 entre 1930 e 1940, 43,3 entre 1940 ¢ 1950, mais de cem estudos por ano entre 1950 € 1960". 5. 1960-1975: COMPUTADORES E SEMIOLOGIA ‘Nos anos 1960 ¢ inicio dos anos 1970, trésfendmenos primordiaisafe- tama investigacio ea pritica da andlise de contetido, O primeiro é 0 recurso ‘20 computador; o segundo, o interesse pelos estudos que dizem respeito i co- ‘muunicaglo nio verbal eo terceiro & a inviabilidade de precisio dos trabalhos linguisticos. © primeiro “cérebro electrtnico” nasceu em 1944; em 1960 surge “ase jgunda geragdo de computadores’ gracas aos ransistores,& qual se sucede rapi- prs, peso i Eanes clectes Je obj ‘vert, conportaments, e860 {emp Sas pig DesINIGHO €RELAGAO COM AS OUTRAS CIENCIAS 4 3. ADESCRICAO ANALITICA A descrigto analtia furiona sega procedimentosstematcoreobje- tis de desist do contd das mensagens. Tratarse-ia, portnto, de um tratamento de informagio contida nas rmensagens conveniente, no entanto, precise de imediato que em muitos, casos aandise, como foi reerido, no se limite a0 contd, embora tome em consieragio o “continent ‘ands de contd pode ser uma anise dosnignfcados”(exemplo: aniline temic), embora poss sr também uma andlise dos “sigan” (andi lexical, andise dos procedimentos. Por ostro lado 0 tatment descr ‘vo consti uma primera fase do procedimento, mas no cxcisiv da andli- sedeconteido. Outrsdscilinas que se debrucam sobre linguagem ou sobre 4 informago também sio descritivas linguistic, a semantic, a docu rentagio. No que diz respelto as caracteristicas istics e objetivo, sem serem especfias da als de conte, foram e continua sndo sufciente ment importantes para ques insane Este aspect de manipulasioobjetveaparccia numa definigfo do Hand- book of Socal Pychology* de Lindy (primeira edo) uma vez que a anise de conte exe apresentaa ano “an nica que consist em aura des rigs de conto muito aproximativas, subjetvas, para por em evidéncia om objetividade a naturez eas forgasrelatvas dos extimalos aque o sjeto submetido” Esta definigf corresponde a uma primers exignciahistrca, de for nece a priic d picosociologia um aval de abjetvdade cientifia, No trata de renegar este aspecto da técnica, sempre vido em cncias humanas, mas de compreender que no 0 nico objetivo da andlisede conte. ‘Algumasouteas defines tém do mesmo modo insstido no aspecto manifesto das comunicages e no caritr sistemitico © quanitativo dos rocedimentos. To pe parece, ialmente na Franco alto de andite de contd et dependente ‘senclalmente de das dcptinasa Picolgla Socal ea Socaloga, 5. Note-teo voabulro bear A definigdo de andlise de contetido dada por Berelson, hé cerca de vinte ‘anos, continua sendo o ponto de partida para as explicagées que todos os principiantes reclamam, a qual ele classficou do seguinte modo: “uma técnica 4e investigayio que através de uma descrigdo objetiv,sistematica e quantita tiva do conteido manifesto das comunicagdes tem por finalidade a interpre taco destas mesmas comunicagdes” Os analistas principiantes debitam de ‘boa vontade as famosas regras i quais devem obedecer as categoria de frag- ‘mentagéo da comunicasio para que aandlise sea vlida, embora essasregras sejam, de fato raramente apliciveis. As regras dever ser Ihomogéneas: poder sia der que “nose misura alos com bugalhos’ exaustivas: esgotar a totalidade do "texto exclusivas: um mesmo elemento do contetido nio pode ser class ficado aleatoriamente em duas eategorias diferentes; ~ objetiva: codificadores diferentes deve chegar a resultados iguais; ‘adequadas ou pertinentes: isto & adaptadas ao contetdo ¢ a0 objetivo, ‘Ainda em virtude da fragmentagio abjetiva e do comentirioirénico de Violette Morin, “point ne sert de compter il fault couper & point” [de nada iat, mas antes cortar a preceito, 0 analista, no seu trabalho de oda, & considerado aquele que delimita as unidades de codificagdo, ou as de registro, Estas, consoante o material ou cédigo, podem ser:a palavra, a fra- ‘€,0 minuto, 0 centimetro quadrado. O aspecto exato e bem delimitado do corte tranguiliza a consciéncia do analista, Quando existe ambiguidade na e- ferenciasio do sentido dos elementos codificados, & necessério que se defi nam unidades de contexto, superiores & unidade de codificasio, as quais, ‘embora nao tendo sido tomadas em consideracio no recenseamento das frequéncias, permitem contado compreender a significagio dos itens obti- dos, epondo-os no seu contexto, Este procedimento é pertnente em certos casos (embora levante grandes problemas ao nivel da imagem, a qual ¢indivisivel por natureza)e ndo haveria, azio para o pér em causa se, apesar de tudo, ele fosse produtivo, Este tipo de andlise, 0 mais generalizado etransmitido, foi cronologica- ‘mente o primeiro, podendo ser denominado andlise categoria Esta pretend DEsINIGAO ERELACAO COM AS OUTRASCENCS tomar em considerasio a totalidade de um “texto? passando-o pelo crivo da classificagio e do recenseamento, segundo a frequéncia de presenca (ou de auséncia) de tens de sentido, Iso pode constitu um primeiro passo, obede- cendo ao principio de objtividade e racionalizando por meio de nimeros € percentagem uma interpretagio que, sem ela teria de er sujita a aval, Bo étodo das categrias,espécie de gavetas ou rubricassignficativas que per- mitem a clasificacéo dos elementos de significaglo constitutivos da mensa- ‘gem. £, portanto, um método taxonémico bem concebido para satisfazer of ‘colecionadores preocupados em introduzir uma ordem, segundo certos crté- ios, na desordem aparente. Este procedimento & simples, se bem que algo fastidioso quando feito rmanualmente, Imagine-se certo niimeto de caixas, por exemplo de sapatos, dentro das ‘quai sio distrbuidos objeto, como aqueles, aparentemente heterclitos, que setiam obtidos se se pedisse as passageiras de um trem que esvaziassem as Dolsas. A técnica consiste em classificar os diferentes elementos nas diversas sgavetas segundo critérios suscetiveis de fazer surgir um sentido capaz. de in- ‘roduzir alguma ordem na confusio inicial £ evidente que tudo depende, no 'momento da escolha dos critérios de classificagio, daquilo que se procura ou {que se espera encontrar. © exemplo escolhido (objetos contidos nas bolsas das senhoras) pode parecer metafgrico: esses objetos nio constituem uma verdadeira comuni- ‘agZo, na medida em que ndo correspondem a um conjunto de significa- {es voluntariamente codificadas pelo emissor; do indices. Contudo, in extremis, o analista semi6logo pode consideré-los uma mensagem ¢ sub- ‘meté-Ios 4 andlise de conteido para os fazer falar. Como procedet entio «segundo qual objetivo? Una repartio seguida de um desconto de frequéncia de cada “gaveta” pode ser realizada segundo o critério do valor mercentil de cada objeto: caixa de pé facial, mago de cigarros, caneta et. serio divi didos segundo o prego estimado para cada um deles, A clasificagdo pode ainda ser feita sob o critério da fungio dos objetos: objetos de maquiagem, dinheiro ou seus substtutos et. A finalidade dessa classficagio & dedurir dat certos dados, que dizem, por exemplo,respeit i situagéo sociocultural das e- horas observadas, em determinada hora, ou em determinado local de wtilt- ‘ago do transporte. ANAUSEDECONTEOO0 E possive ir ainda mais longe no procedimento: estabelecer a estrutura tipo ou modal do contesido de uma bolsa de senhora; ou ainda referenciar as, regras de associacio (certo objeto fica sempre junto a um outro), ou de equi valéncia (encontra-se tal objeto ou o seu substitute), ou ainda de exclusio (certo objeto & subsituido com frequéncia significativa por outro). Aproxima- ‘mo-nos entio de um tipo de andlise muito mais recente: a anélise de contin- séncia ou andlis estrutural, Este exemplo no est assim, to distante da realidade como pode pare- ‘cer uma vex que ainda hd pouco tempo os sociélogos planejaram realizar uma anilise de contetido dos caixotes de lixo. Esta anlise pode, efetivamente, nos ‘ensinar muito sobre o comportamento dos habitantes de determinado bairro, sobre 0 seu nivel socioecondmico, as formas de desperdicio numa sociedade ‘de abundancia, ou sobre a evolucio dos habitos de consumo num periodo de crise, por exemplo, 4. AINFERENCIA Recapitulemos a andlise de conteido aparece como um conjunto de ée- cas de aise das comunicagdes que uiliza provaimentes isteradics eobje- tives de descrigao do conteido das mensagens. Mas iso no € suficiente para defini a especiicidade da andlise de contetido. Retomemos os dois exemplos, mais ou menos metaérios,aneriormen- te tados, Nos dois casos (objetoscontidos nas balsa edeetosencontrados nos caxotes de lxo), 0 interesse no esté na descrigio dos conteidos, mas sim no que estes nos poderdo ensnarapés serem tratados (por classiiagio, por exemplo)relativament a “outras coisas” Ess saberes deduzidos dos conteidos podem ser de natutezapsicol6g- ca, sociolégica histrica,econdmica.. E portanto necessrio completarmos os segmentos de definigBesjé ad- ida, pond em evidencia finalidade implita ou explicit) de qualquer andlise de conteid: ‘Aintengéo da anise de conteido €a inferénca de conhecimentos relat 1s ds condides de produdo (ou, eventualment, de recep), infertncia esta aque eorre a indicadores(quanttatives ou no) DerINiGA0 ERENCKO COM AS OUTRAS CIENCIAS (© analsta como um arquedlogo. Trabelha com vestigios os “documen- tos” que pode descobrir ou suscita’, Mas os vestigios sio a manifestacio de cstados, de dados e de fendmenos. Hi qualquer coisa para descobrir por € gracas eles. Tal como a etnografianecessita da etnologia para interpretat as suas descrigbes minuciosa, © analista tira partido do tratamento das mensa- gens que manipula par infer (deduair de maneira lgica)’ conhecimentos sobre o emissor da mensagem ou sobre o seu meio, por exemplo, Tal como tum detetive, oanalistatrabalha com indices cuidadosamente postos em evi-

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