Вы находитесь на странице: 1из 14
Revista Brasileira de Sociologia Sociedade Brasileira de Sociologia - SBS YolO1,No.o1 Januveni3 Modos de Pensar: ‘A Sociologia Como Artesanato intelectual RBS ~ REVISTA BRASILEIRA DE SOCIOLOGIA See = Dieta (Gesto 20112013) See Se eerie Seeeiaihe Shove Rewssipooim rat FoprePee ats tan teria UM Tomas. NE heer ie Fem genre Ue Sino taneous sca tags area Rrra ses Page eae Som ers soo ‘ couse ‘a tnaogta ran DUS Sumario 05 liste 13 |isestates scons uc tomo ihe 35 [Steen ane tai ere aso tin inte S57 [Rete rteta oso ttre 89 [farina streets 107 |2xstmgeaptte ares as sese 129] Bn soto ooriconoe ied cess 159 Atoms roien eure corpses ne 107 |faseeimoiertos sas rns we 2:1g]ainsan mao ese A maa rete dre eae ead 25 Qinatgetectnb pia oxen ean cine coon de ei £2971 |resrenneet Rese 312 contents 313 |sennie José Machado Pais OCOTIDIANO EA PRATICA ARTESANAL DA PESQUISA Na pritcaartsanal de pesquisa, o que so reclama 6 do uma ‘onside socsolglea alenta as experincias da vida cat Giana 0 paralelo cont a prodigéoartesanal éexemplifieado a0 seexplorarem os agredos de alaofde ds ronda do bls. © socal situado, com a sua tama de interac, amofeda th afazares da Sociologia da vida eoidians, em que s sentam ‘os rondilhados da vida social. As amas da cratividade pas sam por une aprendlzagom prooessual¢ reflexiva, conga tho imaginacio socioligica com rigor motedoléeo. Quem era ‘ptenda com o que vai exando. Assim acontoo na produgio tesa da Sociologia, om que o conhecimonto 6 resultado de fates de pensar da quesionar «de fazer, cula matéria-prima & ‘umn espn barr social. im sua forma mais ruta ait, ‘ese boro &0 otidano, Com ae ge bilzam textos Sela. Memérias rendilhadas:o saber da experiéneia ‘im minhas momérias de infnla hi uma Imagem zoavivar «4s em passeios de bei-mar, Dela fazem parte mulheres com ‘mf ao colo, campo do um jogo com pauslnbos cua fino lidade no aleangava. Vim mas tarde a descobrir que os sons data ds bios, dadithados com perica, convar wana ate - ie 108 om laborapso onda de bilo. Em Portugal a produgio datos ren. ‘las sempre se conenntow na ofla muntima (Vila do Conde, Vian lo Castelo, Nazar, Poniche, Staal) eas las (Madea © Acors), jusiieandoo aforismo que assagura que onde hee ronda ‘admiza que at ator de bileos thats chegado ao Ball as os de rmulhores de pescadores ¢ matinheiros porteguoses, dissemi <0 palo litoral nordestino @ margons doses interiorans (camo 9 ‘Sto Francisco, estendenclo-st ao sul, expcalmente a Santa Calar a, rgd do forte colonizag agoriana, com soclogo, cameceh ‘8 aprecia a ata da bios coma outros ols, explorando os vinculas soctais que, na pritcaaresanal, so estabelocem entre quem produ quo se produz. © que descabr fot que as rendeiras so maleres ‘as vidas s liom nos flamentos deren ave vio fend, elas compton novelas ndadas om vez do eacové-as, Nese novelas de ida hié menérlasrendifades que se enrolam em entedos ds hist ria do vida pessoas o comuniirtas. Enquanto sews homens andavam na falna do mar, as renderas ‘sporavam-nos rendando nacos de reslidaes familiares, conto oa Drala: rendas de alas, comchas, lapas, poles, bros, estas do iu... Tambien no Brasil, os pci trbulhados express real- ados da natreza observada (eda pede cont, bico da bart, nda de conto, rabo de pavae, entremoles de boi, renda cos ‘reado) do sontimentos de vid [emda do amor despadagado, doco ogo desencontrado, ond da espasa ou embed mim). Ou seo, ‘os moles de rena reflotom experincias de vide que enteelagam he- rancaseulturais num cotiiane vivido, Assim sendo, extendas io so apennsontrangamentos de fos de algo ou de inho, so tam bhi junges de is de vida tecides na urdiduta da experiénci, Hor lal mzio, nos motos das rendas encontrmos made seclligicas ‘que os explicam, © tracado das rendas no se tr apenas numa divrsidade de postos, prove oxpertinclas de vida, trac tub Aestnos proviveis de uso com marcas soa. A ronda mats acessivel 0s pobres&designada de Agra de bra, com melo simplos © {o pida execgio, Pechincha 6 tambm arenda Sabo com Gs, as quate exemplars vendidos grantim 8 rndeiraa compra, na fra rmanal, de sabio gs (quoosene) part a lavage da up o h nina da casa (GIRAO, 2002, p. 5]- Outs rendas que ecoam bem fs veda por isso mesmo poplars ~gunham nomes como: Aco de Precis, Compr Ca, Ado Pobre, Bea do Bove ou Chega a Todos. ax rondas ritoerities revindica nomes rquintados, quer as do onscenga (ends Yan Dyck da Py eee Cluny), quoras de mathos de fas (rendas Chantilly ‘Ani chegados, a porgunta que 9 pe: gual o propésito de wa tic atesanal de pesquisa? Quando go revindca um med ate anal do product sociolicanio se est propriamente a considerar artesinato como ain aplgla ou ura sttlen, apenas uma frma ‘te onnizagao do trabalho, uma conjungio do “saber vom faze ‘uma convegncia da “concep com a exeeugio” (LEYTE, 2005, p. 36}, um conjunte de conecimentose compoténcias, ator de Fer ‘quo ~imbuldss numa sic de bal ~ parton dem conhecimento| rit, anconado a absereagbo do etiiano. A recuparaco do “as Pirlto do artes” (SENNETT, 2008) para o campo da Sociologia passa por uinavalorlagso da experianca, Também Nils (1985, p. 211-243) nos alerta para a nocessidade de no separarmosoofcio do rondendo a sae como ut socidlog das experincia de vida, eso intelectual. Dat decorre que napriticaatesanal da pesquisa ‘0 tivindiqua win sonsbiidade soclolégica quo valorize a exp Fiéncias mundanas da vida cotidian, tomando-as como uma fonte inspira para a rellexdosocildgica (PAIS, 2000). Olbur 0 socal através do cotidiano nos dé ensjo de etelacar exporiéncas de vida [CUINTON, 1999) com vocaco soioligica [WEDER, 1909). ‘A expetiincla 6 base fudamental do conbecimento coldiano, um conhecimento de fctalidades esituagios que busca o como ta que acontce. Para perosbar 0 ponqué de como a vida acantees, 0 ronhacmento soiolgico nfo pode também dlvar de so mover no cas cotilanas. esta devolugio do mundo da mundo das expe ‘ide ao mundo do cankecimento objetivo que Mereau-Ponly (1945) reivindica nasa Fenomenoloya dr Pecweao wo dofendor que 0 ato 109 ee es eed eee eer enter eee 110 ‘metddica nto se exprime numa atitude logctntsca, dado tela 9 amino que 6 caminhado pelo sujsito eagnescente do mundo que habits © que procurs entender A experiincia cotdians 6 evidente- ‘mente diferente da experinciasociolgice, max esta, come acontecn ‘com a experiénca do artesio, pode insprarse naquela. Os artesios| tom ostacapacidade do vartoram experiinclas de vida na producto axtesanal. Qu soja, «produgioartsanal surge como wma reriagbo| ‘i vida coidiaa esta como uma extenso da ofcin. As pees do sxesanato produsldas rovelam experdnclas do entidian, “pedaooe a vida dria, ds pticas rligiosas, das congas, das fost, dat rofasdomvsticas, da dura lata pela sobrevivénea” (ALEGRE, 1006, 136) Hs tempos vst una conecidacoramista paragula, Rosa Brite, om si casi de tora tid, om Surpreendowrm a cole tl igurinhas de taro acasaladas,reproduzindo o ato sexual em va: Fladissimas posioos. Frguntol-the de onde le tisha vindo a idol, [A rosposta,sorident, lok ehcidativa “Be mv experiencia de vida, tengo tree hijo’. certo que, com Tama qe vei gant, apres So *mercallégica"(LEITE, 2005) dove asas& Imaginacao. Com gum frustracio, vim a saber que 0 meu rrssimo acevo de wnt poses fora largamentesuperado por uma vasta colegio de mas do ‘uma centona da figuras ertias, logo asambarcad polo re Juan Carlos, quando a vu na Epo de Seva, em 1982. Como quer ‘uu oj, ag queria hag fl a wxperiincla de vida de Rosato «que Ihe desperton a cratvidde, (Olque lovou Wight Mills a escrover sobre as lites? O prise con- fessa que so insprou om Balzac, na preocupacso que ese tina om ragita os pos socials que ia enconirando (1968, p. 216 Como ma produ artosunal, hé quo se volorizr a vida cotdlana tal como a envontnanos a experinciae na absereago Fram experiéncias do ide da adolescdncla que lovaram Bourdieu (2008) a abracar a Soo losia. A conversio, como o proprio 0 reconhoco, deus quando deci iu pesquisa obilarioa que ocorriam ene jovens de meio roa ‘de onde ole pepo ara originrio, com a propio de question 0 cxlinao ds primogénito (HOURDIE, 2002), Par essa “conversio" cormANDE AFCA ARTES BAPE Ln i oe ito Roo dever @ Raymond Aron que o inoduzit na enone ologia, através de Schutz Eu propio me interogo por qué abracst Sociologia tno formacio om Economia, Talvoz porque sempre me dese trai por curoidades, iaquiotuds «susptassusitadas por ‘serves do coidiano, Em minha meninic lisboota passava tres otrcicl, na varanda de casa, de olbo em tide oq pss peta ‘ora ranqulldade da nua, Dest obwervagies da alco coun a do prostrdo Jt da Janola indisreta de Hitchcock me wr vind ains- ina de um metodo que soem inks posquisassoolgics. Ox infos “Tuturistas” culivavan-no. Quando pintavam wna eas, 30 ‘er uma pessoa debrogada sobre uma varanda, subiam alla para ox primeonarem as sensagespstcas que se doenbrem quando agin ‘se debrucano balcio do uma varanda, Sontado no mou tlle, come ater aptite dora, Mats ade, socilogosontome um etngalo ssbano (PAIS, 2008; 2010), deambulndo plas cidades em busca de ‘um canlecimente de selva (orandi katy), como ora designado pelos {ndios guarenio conhecimento feito de exporiéncias » observagies| diets, Mio nosso umnbéin deavaloizar «minha experiiaca numa ‘banda do garagom, os Songs Boys, Hn alles de coltividades popule- 1 no consauia desviaroolhar do sio de dana, exqundsinhanlo| og lt de aprosimacaoo as esrtégias do seducio, tna de wn dos nous primotos livros, sobre rituals do galantria (PAI, 1986). Mui- tas de minhas peauitassuriram de wma de “curosidade espontt- aa (FREIRE, 2007, p. 97-98), ou “ocoss, come a designava Veblon (HARARANO, 1093).a Sociologia, como no artesanato ou naa, 0 importante nfo & apenas buscar 6 também precao cri dsponibl- dade para encontrar cota 6 wm fonta de revlagto do soci Segredas de almofada As rondas de bios sto exccutadas numa slmofida onde i= ovo os padiias. E nola que 6 sentada o renda (GIRAO, 1988), Isto 6 6 ela onde as endeiras tamara as fguragies de sua arte. AS movdelagons (pique) so felis com papeléo ou carte ross, edo- m a 12 ‘quadamente perurado com o deseno que se preter inserown. As porfragins so consumadas com o quo mais se ancontra 3 mo, No Ball usavamese expos de mandacars#xiquexique, endo os fog ‘urolados om oss0s ou espinhas do palxe © os bilo fits do tity da palma de tics, eaagos do burt, macauba, ot Os plas ‘0 pnicados ands hoje faze uso das catins de eainas de spat, Quando nso so usam espias de modols jf erlados. as potluragies 0 un premincio de cratividad.O talento apatoce associa ate de bellcaro papalte, coma o rcouece wma rendera do nordeste brasileiro: "Quando choga gente, manda eu beliscar’o papelio. Agora ‘mesmo, tem um peslago pats en ‘inventar apelin de camisatae de entrada do banka [.). Vu enti belscando’, «depois do ‘eliscan- ho 6 quo vu dasonhar (FLEURY, 2002 260), stabeloeando un paallismo com # Sociologia ast de bliscar ‘enconta-se presente em muitos ensalos de Simmel, nos seus sap shots, rtatos instantnos da walidade que ~qualspiques ou i ‘ads - pernitem chegar As formas elementates da intrapio sock, Poa Simmel, desulo da Sociologia ¢ a descaberta «identi as lormas de vida socal. im ous nsog sobre vara, «conus teria a grat, aconlanga ova dependénciarevela wma inapiracin ‘riadora no modo como os eomportamentos se inscrevem numa gine se social, a sere ios com formas socinis do existe que uns 1 passado ao presente, 0 simbolico ao wal. Como a rendeta on 0 ‘lei que buscam em seus mols formas clativas, amb Sim 6 um arteso que che Mon de “sociedad” rablhando distinas| formas de “sociagio” (LEVINE, 1071) Norbow Ellas nso ora dif rente a este formism ao amalgamaro socal com barr conceptual lo suas imaginadas configures sociis (LOYAL: QUILLEY, 2008 "No Brasil, enchidas com estopa ou pala de bananeea, as alin as tm os chatnados wis, one quase kudos areca tir x tedontos, lnhas, esoura, ec (RAD, 196, 7). Na Sociologia come eorluedoartesanal, os ods das nossa almotadas de tba sh ‘ats ondo s guurdam observagaes que nos lev & escorts das subjtividades cota, Has nos chegam através de mtiplos ca ‘omc RUNEA AMES OAL eC pais do comunicagio, uma vex qua asubjlividads¢ wn fondmeno Iniranndano © nie hi comunieagio som inlrsubotividads, & no tidiano que so dé uma apreensio signicalva do conleciment intrsubetvo (SCHTETZ, 1966) Ena experdncia cotidiana que des eairimos 0 conheelmento trio das intrngbes socials. Os ovis regstam todas as informecoes pertinantes para a deiiacto do que se potonde interproar ntrovitas, observes, dcumentos poss tis, fologalas, te. Da mesma forma que a endeizasfabricam bilros ‘om earogos do uri ou expinhas de pels, também a Sociologia poe prose conhecimentasiavés de poqtenos achados do cai ‘iano. Em algumas pesquisa, tno detado mo de lists teefonicas, gaits, mensagons do pacotes de agar. amore, ftocas, apalidos snincion publictrios ou alesivos com dts eolcadlos os videos trosios ds aulomdvels (PAIS, 2010) Sto fagmentos do catiiana thse tipo que me permite, deform imprevist, esbogar muitas requis igo hom esbocar pesquss. Na ie de descobort, vale mala 0 eabogo do que o pojeto.O bom aresioentenda a import ‘a do esbogo (SENNETT, 2008), na modida em quo ost reotvo as rntingincias elmitagbes do proceso prditive, que, desse modo, ‘um campo de metamorfoses, © ral ena problemas, mas tasusn, portaniados eritivas, Na lien domonstrativa, quando levada 20 ‘strom pela Sociologia de penslor mais positivita 0 qu se question nn 6 tudo 0 que ao prssupde, Todo o projto& feito de concludes promaturas. A obsesio pelos resultados prevsts, anda aaleaga, Impode descobertasimprevistas, descobertas de tereno. Bor Iso, 0 bom arteso assontao sou valor a exporiicia ~na exporincia > batho ena experncta de ids (trabalho do artoso daloga com a sua weltéla do vida. Alls ‘vida 6 um genio, muito mais que um particpi: um facendam ull male que um factum, uma exstincla profundamenteauconada a experinciassamsves om assiniladas, Por que Susin Sontag 5 a= surge contr a intorprotag? Porque cultura costemporines 6 una cultura de excess, de sobreproducto, amortecendo as nosss facul- as sensorais. Antes de tetarpereebero que a eaidade significa 113 ‘amma APRA ASML ASQ Mase 14 ‘6 neeassio mostra como 6que6”. Ou sj, hi qu srocuperaem ‘oe tentidos, morgulhar sacologicamenta no cotldlano,apredend ‘ver mafs ouvir mals, senirmais" (SONTAG, 2004, p82). Coma ou se expermenta como possa so projeta na prugio de conhcitnen ‘socioldgico? Atavés da explora de penstmentos mana: viva sia que pod sor subprodutos da vida difra, trechos de conversa ‘uvios na rua" {MILLS, 1965, p. 212) e por a fora Tudo val paar 208 ouvidos de almoade onl sede a pic tesa da proc sociolca, Mills sugore a constituigio de amuivos onde se anvten sbservagoes,intrrogagieso idols. de modo a que se desenvalvam habits de autoeefexdo. Ess foi tb o método sustentado por Paulo Freire (2997, p98) ao defender eurosidadeespontinen Un rid, por sso po provoosr mine eu, Ob servo 0 aspago onde pace que we th verano, Agen ‘vido, Proc compara com uo rao ea da oahosa. nvestgn melhor ooxpugs Adit paw vita ‘emtomo da possivel eign do at. linn agua tue hago an enpiao, “Todas a rendas tm um pont inicial chamado frocado, © pont tho partda 6 chamamento do movimenta dos bles do qual resulta una mutiplicidad decruzedase trios, varadssnios pontas que liferenciam as rendas onto si (GIRAO, 1984, p. 13). erative se esbora nos padres dos tecidos« nos langos de lias # figuras seometricas iguezagues inhascxuzadas oy qusbrads, quads femparelhados com loans, numa diversidade de pontos: barat, ‘joo, besour. aranha, careize de fil, pont da 4, batugu, re ealho,pano aberto,fechado,tagado... GIRAO, 2002, p. 94). Qual 0 panto do paride da Sociologia como aresanat itelectual? ‘laramente, a ntorogaeosocoldgia, os enigmas do catilana gut tos impelem sua decifago (PAIS, 2000). Jno tereno de pss «1,0 pont do partite se dé num tereno de tocas, de rllesividade, de comutago. © trocodo 6a intersubjatividade quo, coma abs se 118 gi, core cotidlanamente no dominio da comunicagio © da ered. (0 sci situa, com a sua tama d interagbos, 6 @nosse aof tl afezres onde se sentom os rendilhados da wda social. Mas 0 stionament desta oso expla em mos ballsos d interprets [io mcrossoiolgic. Hi que se tar om conta us moldes soci, es ndos pigques que nos pormitem ver como a social se rele na ya dos indvduos, ns is socials que ols vio tecondo om itor fo, Para a Socologa somento bi fotos dentro de um marco concop- tual especiio, Ali, o mesmo so pass na vida clidiana coment ‘hs ocortincias do cotdiano sparen incoxporadas em estruturs de ongruénciae significad eplicadas pagmaticamente a vida cot ve Schutz (1086: 2001, p. 224-285) dsignava de upicncie: naps de sgniticacio tpfcada que se welalonam com pads tI pilsdos de comportamnto, mas tanbsim com tajetrias de vida Frits de xguevaguos,lnhas eruzadas ou quobraas, mig pols vgs empaelhados rma diversdade de eds socials. As tp sage que a Sorologla encontrana vida ctidana, in sty, sioas que Schutz design de constrcses de primeina ode, «pate das qos se chaga sd segunda ordem, as do univeso conceptual socio fo NATANSON, 1986). Ou sea, os concitos sociolgicos dever ser luborosamentetrabalhados mura rlago de ntligiildado com as intenges sgnificativas que dio sentido as interagbes cotidianas. Os dos socildgicos Yim do go adequara contextos do significado, os ‘que brotam das experincins do coidiano, Por isso mesmo, a maxima Sabomas mais do que conseguimos explicar guia aimaginag, mio penis na poodugio do conbeciment tcio (POLANI, 198, . 04) astm produ do coneimentasocolée. Bilar textos e ideias Na produgio sacloligca, tudo o que se gure nos ouvids da lmofada, vertido dos oacolas lo cotdiano, tande a sor convertido fem textos analitcos. A eserta¢ também uma produgio atesanal il 116 como, als, muitos escritores 0 rconhocem. Gabriel Garcia Mir ‘que, nun dveursapromunciada am Cartagena das {nding i tove ojo om confossar quo sua cratvidade se confinava 20 conévlo de ‘um quarto a compan das 28 letras doalfabet (s sex bios) ¢ tas ferramentas de qualquer atesio: os dados da mio (MARTINE?, 2009, p. 18), As estates para lidar com a angistia da. pi fom beanco” remeten, na opinig de alguns escrtores portasnss, para uma pritica do artifice. Margarida Vale do Cato confess: ” texto um barr fresco qu a est semproa transforma” (SILVA, 2010, p. 23) Jado Tordocefrga a ideia da arte da eserita como un prooisso do tanslormacio e aperfoigounent: “Pro sompre fazer ‘uma primeira vrsao em hruto,aargamassa div, e depois, quan. do acabo, fazer tudo, capitulo a capital" (SILVA, 2010, p. 24). ‘como chgam as Kos? Eas surge ti espontancamente que urge pousélas no papel para que ne fu, Hla Coreen arma “Sou ‘apaz de escreverplginas interas dos meus romances em caermos Psenos, em rebordos de rovistas 0 no que soja. Quanda aiden para um texto 0 intonsifica, nao a quoro perder por nada © uso 0 que houver” (SILVA, 2010, p. 2). [Na pedugoartesanal da Sociologia cbservagdos do cotidlano a ‘uae elevants por uma sensbidade erica que se adquie ni {o mals pela experincia do que pelos manuais devem também see oladas no que estja mais & mio: fichas, guardanapos de papel ‘guna ou fturas de restaante. Os ouvidos da almfade, onde « preducosocioldgia so process, do bom grado acolham pensamin- tos, ideas © dias em que se basia a reflex sociligiea, Nio 6 1m dela gusedar sempre na balsa do casaco um paquene blo pan anotagirs ou um divi de campo, como também propunka Weight Mills, Ein sua bingraa, quando Patrick Collinson (201) fot nda do sobre o metodo do investigacio que usava, acabou por canfesar ‘que no tna nenum métedo, apenas um caixote com um mont de nformagdesseleclonadas. Na verdad, « su método consist emt ‘examinar tudo quo romotamente pudesse cansiderartlovante part 2s suas pesquisas Arecuporago le pedagos de tec de otros abo de cost 4 ptica corronto das tocedlras de colchas. Mas a ent an ‘acio dos mates 6 feta com eritrio,abedacrnd a sistemas da ateyrizaco apropriada, na base da experiéncia cotidinna, de um onhecimentopritico, Nosos alunos tondem a soni difculdades na twoasposicio pars a pritica da pruisaempirca dos ensinamentos tue absorvom dos manuals do Sclologi sobre os procedinentos de ning de categorias porque Tes falta ese conbecimento pric, Ente as lecedelras de cols, oganizag cas matriais em ea {gorias 6 citriosa, so Inspraeso do que Thes “val na cabaca" as ora, como outros atesos, aio disponham do ume linguagam quo ascend sofisticadas astra nerlizagies, ert que ogi os tecdelasproduzam no 6 abso aa que hes “val na cao por sacessivas medias da experinciacoidiana, onho deni desaostoas a placa deteidaquen qualquer !nomento te perio series. Qundo tno un quate era canal como so aerate de un argv.) Cala ‘ma etiquta om cada ns dels antaacor ds tis, om tio wero: ues Ines lorma dos ives os padaos foram crt. Sa spre aqui do que reco pa far 9 qu me ana abo [COOPER UFERD, 1977 oped BECKER, 2010. 26) ‘oda a minha cas ets habit por centenas de ics com ano- tapos tras om branco a espera de inscrigOe.Tiuneim no porta invas do carro 0 que I guardo no so luvas, apenas dacumentos © fichas pare anola observagies ou Idlae qu ne uence 0 vanca,pachorrentaments, nas ils ongaraadas de tnsito, Qua "lo roinn boas coos de fchas separo-at por diferentes monte ts catogoras — istopas, como as define Hlemaux (1997) — que vou fstendondo pola mesa de trabalho, para melhor mengular em pro Fundidade na informagao reunida. 0 procesto bases na deseaber “7 rom AFRTCL ARES DA FSQUS a ase 118 1a de afindados entre ox conte das fchas, que paso @ scalar come 0 fem as teodoiras de colehus ao tecorom-nas com peda 4e tecidos que vio juntando por afinidado ox contrasto do cores. 4 compara do fii intelectual ao das costursras (ORTIZ, 2000, 176-198) remete, justamente a tages patitiados de um somelhante labor artesanal uma exparéncia do execugio; porayins de core « recor alinhamnto de bsihas ow die. Nosspttablho de composi, quando procur sequencar as cha 4e trabalho como pronincio de um realo ou argumento, surgem-me| ‘qwstionamentas que vow anotande pa fatras lls. Os ensiog naliticn dovem ser gulados por una indispensivel sonibilidade te rca, sob pena dase afogarem numa acumulao incongruento do da os, Si asi 6 posivelinscrewer ag ideas que nos wo na eae (imaginago sociolglea) no procisso de producto de conhorimento, Mas atenedo aos usos pervorsos da tora: 6 prferive sr iil em processor de torizagio do que era caboca cela de ori, ito 6, de vis fltas aque tliosainent nos aarramos izer tora fren edo usé-la como um produtoon, pir aind, como um creo. A qual dade de um esis vale mis por sua sensiilidade ds exigincis ‘especifcas do um problema do que por una fidalidadoenga a tcorias| tsadas com rigid aertcamente, ‘Qs mmundos da ate, incluindo oo artesnnato, esiosujltos a sistemas do convengies,prtocolos consensualizados de formas de agi, modos de taza eompanilhodos que caraterizan hilo det bulbo. (BECKER, 2010, p. 58-79). Contudo, na priteaartsanal do pesquisa que toma o cotidiano como elavanca do conhecimento, as rconstrugnsdeseritivas da maldade deriva de wma vinculagio do rosertvo (de orem tericosmetodoléglea a stuaconal(dcisoes tstratgcastomadas no dcurso dem procosso de investgagso). A Arsconfinga de Nisbet (1976) pars com aqueas leorias que se apr sentam como umn conjuato didatico de principles ecorlérios do c- ractr abstat, formal etoalzador rica na sn semelhanga aw ‘verso primitive da metafaca. Duo lets que noe fz arn ou ic tinue e ituaista da prove ma produc sociolgica. A dnsia demon 119 totvn fo Igitima 0 validad absolut das tori que se usam. Sa sts fla em expliar a ralidade problem aio 6, cetament, fn raidade ‘Um ganho om “pensar sobre o paps” (WOLOOTT, 2000) 6 ode imine aos exostos de orudio, elas sm neo, & hipertefia aire. O lament falta hi mals de mo sco por Mls (1965, p, 234) manlémsp tual: “Em muitos eircuos académicas,hoj, am Iontar eerover do forma simplexmnenteinteligiel 6 covdenado cna “snips Iterat'ou, plana, ‘simples jrmalista™ xcrover deforma iniatligivel continua confer status onquanto Sociologia bam seta 6 konica como "bom jenalismo” (HIRSCH, 1990), Fxquece 0 gue ‘linguagam serve par comunicar Pr isso mosto,«enteeista deta fe ptesencial 6 um instrumento tio valorizad pela Socologl, Dar gun 6 ama forme atesnal de comanicagio, um meng da ois ara na vida do narrador para logo depos sar dole como narra: “Assim ee imprime na narrativa a marca do naradoy, comm a mio do lero 28 aga do vaso (BENJAMIN, 1987, 205), ‘A Soriologla nada porde em sogul lgumas das tenieas dase vas usadas pla itertura, Procedimentos narratives como os de Hen- +i James, Dostoyevsky, Proust ou Joyce permitem-nos acer init mente n aspetos socrtos¢sutls da vida cotdiana. Ali, a constitu ‘fo da Sociologia coma um domino cienitin no a imped, desde ts suas origons, des inspite em temas, estilo impos eiadonss rprios da literatura, da pinura da mslea,enfim, de miltipls urs do dominio artist, dosse modo que se podem ler igus Simos reeatos sclldgions de tips ideals (0 urguds, o oper, © Inflectua!) ou pasagons socias (a multidios, os pobres as fbrias, 1 ribo Por isso mest, shot (1076) flamos da Sociologia como ‘ma forma de arte. Contudo, a Socologla nto ryprodu20 vse, apo- nas tornavisvo @ oaidado. Masha que se saber deca, apurando tum modo de olhar que, na Kgs da pita atest da pesquisa io pode doixar do sar etnogfico (WOLCOTT, 2008). suspeitosa a Soviloga qu olla par. social com um espectadorindloronte, > uu indifeenga marcada por “rida”, bem evocsda por Adorno ‘cerowg4FAroA AES DASH 120 cornu TEL ESA tod (1995) quando identiievaa passvidado qu procade de uma prean sa noutalidade axoligic. Isto no significa que a Sociologia se dev ‘conslormar nm ones supeticil eexpeculativo, allo ao igne ntodoléico (CATANO, 1995) Deslizs provocados por excossos de ntusiasmo ou nglignciaséo uma permanente ameaca,¢ nem dalos ils se lvrou quando sua “imaginagao socildgien dow larga « ‘un tendénelafccloniste, como no vt quo escreveu sobs a vo. Jug cubana (MILLS, 1060) ou nas carts, scitas do Rio de Janel, 5m imaginiro clegarusso (MILLS, 2000). Carscertatica do arts Sonat Ineloctua, a viglanca epstemolégica soe & producto do ‘ber 6 sobrtil, xm saber serum sovero eriticn de si msm, [Na rica artesanal ‘te un pests hs una tical trabalho qe r= ude de vida. Vola-seo que dln ereputacio de wm bom toss. Tomando o exomplo das rendeiras «sua arto nio ¢ apenas ‘am simplestrablho demos, 6, sobretudo, obra “de mo tlio ‘es, dominadas pola conseiéncla de haverdeealizar um uabalbo ‘richosoocapaz dase load” (OTTICICA, 1966, p81). Dao roo nltecimenta ea aiieago peo ball vtuoso:"Gowto dss mil Porque ela 6 mui formosa Fox um bilbte bem feito uma ronda Aticaltosa.." (poota desconheco, apa: HOLLANDA, 2002, p. 5) Tambim na Sociologia as quests do metodo no aparece disso- lads de uma vocagio assent om principos tens, de uma tice da _esponsbildae como Max Weber (1980) a designou. Quando Mills (2009, p. 76-80] discutla a ethos do soeslog como artes, o que 0 roocupava ea, justamento, uma ica de trabalho, wm mode de vida © sont do teabo realizado slisfagio intrinneca com w que 38 ‘rod, «expontaneidade criativa sobrepond-so a estoratipizagio bunalizads, a experiincia do wivido eomo vincula do concede, 0 conlecinenta dos enredas da produgio do social como estan do {ga armadilhas a linac, Por aq também pass a maging sociolcacuj eas no poe dissociar-s dle uma responsabilidad socal (HIRONIMUS-WENDT, WALLACE, 2000, (Qual o futuro da pti artesanal de pesqlsn? Seo futuro & som ‘ra do passado, vale pena no perder de visa o pall com © _stesanato, gue 0 constata 6 que, com o industrials esa cos ‘ake inser nos ciculos comerclals,o artesanatotransformonse usta producto em séro, num produto kitsch. © kitsch tornou-se jateIntgrante do sistema de produgso mocinico,alastrando por dominios das cultoras erudita @ wadicional, apropriando-s dels Jalsfcando-as, inscrevendo-as nas angrnagens de una reproduc snassficads, Havers a Sociologia um equivalente Kitsch? Talver, ‘rincipalmente quando se empolam dlstinlas om relagio ao queso ver pars alcanger umn suporte do prtenss objeividade: quando se apeln. sofistcados tests catalistios para legtimarIntarpetachos| ldosis; quand seuss uma linguagem esotérica x0 ao sleance do {quo a fal; quando uma falsaerudigho se pretend afirar am rl de cages som noxo nem sentido; quando a adapiagaosubordinada ‘impede a ering insubordinada. Vela-seo que se passe com alguns repontsassertanojs, O rapeto bs méticas postcas conagraas, ‘vaindaos verso lgbeira que se ma mio para da res de uma senna improvisagio, poder tansformar as rogras num objetivo om ‘Simeanie, Quando tal acontece, a riage poten ode poder o seu ‘encanto #naturaliade, convertondase num produ de automa ros (SOLER, 1905, p. 103-106). mesmo acontoce quando & ima sinagi socolgcs se acomada & zona de conforto de inuestion ‘ee protacolos metedoldgiose toricns (BOHM: PEAT, 1989) Neste cas, poe surgi uma ftefortaca negava com livre jogo da men te, essoncal no processo do exativdade. Na arte, como na clénci, segaom- otnas convencionas, mas a riginlidade pressupoe dos- prendimentos crcunstancas em rlagio os molds convencionas. ‘arte do antsanato~ como ada produc soiolgica~ ests na sua ‘apacidade do # excnr, de consegai alcancar resultados ditintos| tos revisios (MOUNCE, 191). Quanto mais s© conenbe © melo oro um sucesso glade passs, mais decides se tomaro sem os aperesbermas dos seus efeitos porvrsos(KRIZ, 1988, p. 131). Por nto lad, as tcnleassololgleas de posqisanio devem ser objeto uma exaltagaoftichisa elas si apenas wn valiso instrumento| ‘ho abalho, 1m meio que nso deve sar convertido num fim om si rat | 12 mosmo; easo contri, a realidadoestudada torna-s-i um ateato ls tdenicas ura para soa compronnsio, 0 rigar motadoigic io 6 incompativel com a inaginago soctolgia, Rematando No prlogo do seu conhecido livra sobre artifice, wo dlscomer sobre & eoncepesa shakespeariana de que "cad wm # crador des rosie”, Sonnett mestraos que 4 pensar, de questonare defer, ea matéra-pima 6 ma expe {do bara sora Hm sua forma mas bruta areas este bao 6 0 tidian, font de revel do social ponue assim 6, na nossa aloft de trail ~ nos soso lo — hs que goardar ax falas do die, spanadas em contests nuturlistices, pujanos de signiticado, produtoras de sents. AS pillavas so artfatos do subjotividade ao srem ricotadas as intra la do aetesanat vi mito para ém do trabalho manual espocializado. a6 aplesve a quem tab Tha no campo da programagio informa, da medicna, da arte, cer tment, da Sociologia. Esto por qué? Por das rzdes. En prima Iayar, porque oartosanatoreprosenta, segundo Sonnet, um impuia dduradoury « Isisico que se expressa no doojo do realizar bom una ‘aro. Dat dariva um sentinento de orgulho no tabalho reaiead, 8 conscincia de um bom desempentio edo um compromisso tic, Em segundo lgae, porque o trabalho do artesio assenta no dominio ‘ue lo tom do procaso de producto. Rr iso, Mills (1965) prope a reabilitgn do “atesio intelectual dospretensioso”,o que val apen- dando com 0 que cra ©» que va riando cam o que aprend, pos rao artes os rotinas no ato estiicas, evolucinant, ajuda 2.4 progr, na base das ss experinciascotdianas, As tramas da criatvidade passam por esta aprendizagemn processal reflex ‘va. Quem eriaaprende com o que val clando. fesse conhociments Dulce, do ctidiano, que permite que o mnsmo avancn quando $0 ‘mir ao espelho do qun vl predusndo. Assim aconte ne prdio aresanal da Sociologia om qu 0 conbecimento resultado do ates 13 e# cotianas. Como nos suger Mills (196, p. 215), “dae shmplas nents nonve a uma exparénciavvida now convida a explca la". Os tomas clo dessa forma origem aconcetossensiiliantes (BLUMER, 19). Hs que sever como os nomos rdopam sents no linguareo ha vida cotidana, O conhocimento do eaidiano ngo existe fore da Sntesubjtvidade, por ko mesino 6 umn conhcimento socialment tilhado, quer se expresso em linguagam, sgaificads simbolicos fu em fdigos elo condita, Se 0 objet da Sociologia 60 socal « se io ha scil som individus, como podera a Socioosia esprezar ‘etidiane? A Sociologia do cotdianocanta-to not indus para ‘olor dar conta do como o socal se rflete na vida dels, mas sam peer de vista ahistorcdade do cotidiano (HELLER, 1972; LEP ‘VRE, 1961: MAREINS, 2002; 2008; 2011), quo nos permite compre ener como us socadades dos indviduos se transfrmam por frga ‘anjunta de estruturas socials prdxposighs indviduas ' soctade dos individuos comogon a sr valoizad a finals da ale Média, coma pritca de disscacio de cadiveres, 0 tual da ‘onfissioroigosa, diftusia do expalho, © proprio te aparecia| ‘stroitamente lid ao fatima, pondo om evdineia eapas da vida, Aistinclas ont os sexo, distingbes ont as clases socials, hierar tus de moralidates, Fatalocawsn entdo a vontade individual de fistngio.A"lavengko de s mesmo” requeret aprendizado do car oni ed otiquots (ARIES: DUBY, 1985-47). Mas 0a Sociologia do totiiano se extra noe ndviduos 6 suas interaes,ndo pode deixar ‘ever como o scl setae a vid dees. Este 6 um dos goandos Aosafios na priticnatosanal da pesqulsu 0 de trabalha,aticuladar mente, com moles (tdrlos © concetuais]e priticas sola (expe riénclas da vida), Para tanto, ha que se reivindcar wma histrtidale Ao cotdiano lis, formas daexperincia tm sido croscentmen te tabalhadas no campo da histriasetl om cys fina sorta am mana de civilidade, romanens de castumes, dros, buns do fotografia, eoreespondéncte pessoal, documentos que possibitam ‘novas formas de concabar o socal (LHPET, 1995) aralelamento, a comproensio das estruras soa tem vindo a contomla,creston tomante, a manifetagies culls da vid ctidians: a slimentasio, (0 vesniro, os compos, a intimidade, o afetos, associates, og ds, as edores, 08 consumos, o lzers, as emogbus, os soatimen tos, Nao como uma inventaragdo de urisidades anions o trivia, ‘mas com tm siniea proceypacio, a da conpuvonsio do socal. De que mod? Cowindoesteuturs ea, process o axperiéncta, Referencias ADORNO, Thooor W: (1995 [1966]. Nogtive Dialects. New York Continue Press AALUGRE, Sylvia Porto (1008). .Maos do Mest Inorios de Azte da Traigas. Sao Paulo: Ealtora Males. ARH, Philippe @ Duly, Georges (2085-1087). Histol de le Ve "Pais: Le Seal (3 volumes). BARANANO, Margarita (1098). “Thorstein Vebln: un agate fa vor da ln cionclu" Hovis Espanola de Investigaciones Sorilgeas, 6, pp. 200-212, RECKER, Howard S. (2010 [1982), Mandos da Am. Lisboa: Livros Horizonte BENIAMIM, Walor(1087)."Maga © Gena, arte @ politica”, Obras scolds. Sto Paul: Brailes (edi), BLUMER H, (196) (2958). "What Is wrong with social theory?” Cap, 8, pp. 140-152 In Bua 1. symbole leona: Peper and Matha ngleiood Cis Prentice Hall, ne OHM, Davi o Poa, FE David (1089). Science, Onder and Crontiviy Now York: Routlodge [BOURDIEL, Pen (2002). Bal des Glbatans. a crise del soc 1 possonne en foam, Paris Soul [BOURDIEL, Plone (2004). Euqusse pour ane Auo-anolisy, Pass Raleone 'Agt GATAR, Gonzalo (1995). La ertsanla Intlactual. Hogolé: UPN y Plaza © Janés 2s CLINTON, R. (1999), “Ear as you len. Connections between doing fualtative work and living daly Life ne Glassnae, Bary & Hert, Rosana (5), Qualitative Sociology as Everday Tf. Loon: Sage, pests (OOLLINSON, Patrick 2011), The History of @ History Man: Or the reiteeth Century Viewed from a Sole Distance, Woodbridge, Sule fake Boydell and Brewer forthe Church of ngland Record Society, FLEURY, Caerine Arua Ellwanger (2002), eda de Bios, Renda tia Terra, Honda do Goara:a Express Artisticn de um Povo. Sao Pa io: Annable: Fortaleza: Secu. FREIRE, Paulo (1977) doggie da Autonoma, Saberesnecossdros| ‘a Prduca daca, 5. Paulo: Eatora Puzo Tora. {GIRAO.Vadetie Carneto (2960). A Benda de Bos © seus Anifies, Fortalera, Cra: Mugen da tnt de Antropoogia a Universi terFedorl do Coa {GIRAO.Vadetive Carneiro (1984), Renda do Bits. Fortaleza. Coan [itgGee Universidade esi do Car (GIRAO.Vadetice Carmeieo (2002). "Rendas¢ ondoleas do Cau. In Chaves, na ong. Cease Coxpo e Alain ator canon Fo 29 cise etre cbr de fre. Ti do lato: Nolen ee "a Fortalora, CE: nsitato do Coad istrco, Geograficew Anttopo lio) pp 89 96, HELLER, Agnes (1972) Histo y Vide Csidiono, Mésien: Gxalbo, 172 HIFRNAUX. Joon Pre (1997). “Andliao astrutural de contaidos rool cultura: aplleagso a materials volutosos” In Alba, ue etal Pritens¢ Métodos de Investigoyto em Ciéneis Sacks Uses: Grave, HIRONIMUS:WENDT, Robert J. @ Wallac, Lora Hbort (2008). “The soctalgieal imagination and socal eesponsiiiy Teaching Soca. Og, vol 37, 2008, 7688, URSCH, Pal M (1900), “Qualitative sociology and god journalism as nyse. In Glasser, Barty Hosts Rosanna (B43). Qualia Soc olga Bveryly ie Ldn: Sage pp. 251-258 al 125 HOLANDA, Violeta Masia de Siquelta (2002) Mine Senda, Honda ‘Minhas Un Bstudo sobre os Tionsformagies no Modo de Taba a ‘Mulher Rendeima Caso da ProinkoiCB.Rortalezo, Disertar da Mostra ~ Centro de Humanitas, Programa de os-Groduogaa om Sociologia da Universidade Fadeal do Caan, date KRUZ, Jorg (1988), Rts ond Anefots in Social Scene An Bp leonooginl and Methodological Anas of Fnpiricl Social Scene Fecoarch Tachniquos, Now York Mac Grove efobuee, Hoar (1981) La Ctgue dele Vie Quotdinne. De fa Mo. ove Malem Morne Msaphiaphe dn. Se Larche LTE, Rogério Proonca (2005). "Mados de vid # prodgio tsanal tnt preervar «eosin tn Alone Vries, Ofhore nena Heflesoes sore Artesanato Const ta Tigi, Caeenos AteSol 11 Sto Paulo! Artesanato Solidi Central AeeSo pp 27-1, LADETTT, Berard (Dit) (1995). Les Fores de Experience: une Ae tne iste Socio. Prs Albin Michel ne LEVIVE, Donald (4) (1971). Simmel: On Jndviduolty and Social Fam. Chicago: Chicago Univesity res LOYAL 8. QUILLEY 5. (2004, The Sociology of Nonbert Blas. Cam wie: Cambridge University Pros MARTINEZ, Miguel S. Valles (2009). “Hacorse investigador social lestinonion da fet y atecaniafteoctal del socdogo", Piton Souda, vol Abn? pp. 1236 MARTINS, Holoisa Helena Tce Souza (2008), "Motodaogia quali {atva da pesquisa", Educacto e Pexquis, So Fas, 30m 2 [MARTINS José do Souza (2002). Subsebio. Vide ctidionae Histiia no ubirbio da Cidade de Sto Pula, Sto Palos Huctef¥ltor a Une. MARTINS, José dle Souza (2008), Sociable do Hom Simple: Cotidinno e Histrin na Modermidade Anomata, Si Paulo: Ears Context, [MAKEINS. José do Souza (2011). Uno Amun da Memyra cil Atobiogeia lus Mole de rin, Sao Palo: Atel at ‘SerosN0 APRA ATES APS Ac a MERLEAU-PONTY, Mauri (1948), Pinoménologo de lo Percy on. Ps: Gallimard ‘0145, C, Weight (1960) Listen Yankee, The Revolution in Gb, Co Jus (O11: McGrane Hil Psblshing MILLS, C. Wight (1965) [2050] A Imaginacao Sociodgica. Ro de Jane: Zaha ‘MILLS, Kathryn Mills, Fumo (2000), C Wight Mls Letters and us ebiqpophical Wings. Berkeley (Ca): Ualvarsity of Clilorta Press. ILLS, C. Weight (2008). Sabre o Axesanoto Intelecual e Outs Bo Shia. Rio do Janeiro: Zaha. MOUNCE, AO (1991) Ant and Cra, Bish Journal of Aesthetic, ule 3t 3 Jui de 4901, pp 230-200, INATANSON, Maurico (1986). Anatomy: A Study inthe Philosophy of Aled Schuts, Indiana University Prost, Bloomington. ISHET, Rober (1978), Sociology s on A oem. Oxford: Oxford Unt vrsty Press OFTICICA, Francisco de Paula Lolo (2966), °A arte do nde no nor te, Bolt do Intute owas Nabuco de Pesquisas Socal, Re ‘iesn?'15 1006, pp. (nRF2, Renato (2010). Tajetos © Memeras. So Poulos Baltora Bras Tinse PAIS, Joss Machado (1980), Aes de Amar da Bunge A Image da Mulbereos Rita de Galantri nes Meos urguesrs do Se XIX em uu. isboa prensa de Cloncas Solas PAIS, José Machado (2008). Nos Hasos da Solio, Deambulagdes So plas, Porte: Ambar PAS, José Machado (2009), Sociologia do Vida Quetidan, Toras, done ¢ Hstudos de Gono. Lisbou Imprensa do Cltnclas Socal [Eig brasilsre Vd Cottons Bnignas¢ evelogtes, So Paul! Cort, 23) PAIS, José Machado (2010. Luff Qutiiana.Ensaos sabre Ci inde, Gtr Vida Urbana. bo tn pronsa ta Cidnclas Soe var 28 POLANI, Michael (1983). The Tit Dimension. Gloucester (MAY: Ph tor Smith rss Nil. SCHUTZ, Aled eLuckmann, Thomas (2001 2973) as Fstuctanos| ‘bel Mundo de lo Vide. Buenos Ate: Amora Bane, 'SENNETT, Richard (2008). The Crftsnon, New Haven: Ye Univer sity Press, SILVA, José Maro (2010) "8 antista do papel om branco”. nei fa Union, Expresso, dl 16 de Qutub de 2010, Lisboa SOLER, Luls, Onigens nabs no Rollo do Serta Bsa, Flr polls: Hiitora da URS SONTAG, Susan 2004 [1061]. Con a Inerpretagio © Ontos Bae os, Lisbon: Gate, WEBER, Max (2980) 1922), Sconce as a Vocation (Ror ater La ‘man e ving Vlody com Hernia Martins. Londnes: Unwin Hy. WOLCOTT Harey (2009) Whiting Up Qualitative Research, Thon sand Ook (Ca Sage WOLCOTT H. F (2008). Kubnegrephys A May of Seng. Plymouth (UR Altamiea Press SCHOTZ, Alivd (1966), Collected Mpers Studie in Phenonmenclogs | eal Piosophy,wolure I odtado por Tso Sete). La Hayes Mart Jessé Souza EM DEFESA DA SOCIOLOGIA: 0 ECONOMICISMO E A INVISIBILIDADE DAS (CLASSES SOCIAIS* 0 cbjptivo deste texlo & rfletie seas das assim chamadas *clsses populares” no Brasil contemporinea, Toda interven po campo das eins soda, noentanto, dene do wm content i conslitudo com uma emdntion « umn conhunta de nogtes Aominantes, Forcober iso especialmente importante quando se tata da questo mais fandamental para estat © legit: neg deta wanda socal: tena da pradugio eeproduga tas classs soias. Ni existe quastio mas importante para a omereanso aguas de qualquer onde social posta que: 1) #0 pertoncmento de clase quo nos esclamew acerca do acesso prsitiva oun ideal ~ de race socal scat: 2} dado qu «socedaa moderna ae legiima na medida em qu “apsoce” como usta © Igualitrn, ons jstiicativa para desigualdad efeiva ene 1s laste que formam o nla da lagltimagio social» politica fue permitam qu «socedade moderna poss sr acta coma juste também polos injustigadose hunibados por ea Quando dizomos quo pertoncimento de classe a questio ls importante ea vida social & porque ela no define ape atvameontepriilegad a qualquer tipo ~ msi es eae oer

Вам также может понравиться