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2 A VOCAGAO DO HOMEM E DA MULHER: ACORDO COM A ORDEM NATURAL, E DA GRAGA &% Na linguagem comum, 0 temo vocacdo conserva ape- nas um sentido muito esmaccido de seu si Normalmente, quando os filhos estio terminando a surge pergunta da profissio que eles devem escother. Du- rante muito tempo se discutiu se as mulheres também de veriam ingressar na vida profissional ou se deveriam ficar em casa, Normalmente, consider-se a profissio como algo que do passa muito de um modo de ganbar a vida. $6 em deter- minados contextos, 0 sentido original da palavra ainda se mantém vivo, assim por exemplo quando se diz. de alguém que errou de profissio, ou quando se fala da profissio reli- giosa. Nessas expresses ainda é lembrado que a profissio é algo que supie vocacao. OO Mas 0 que significa ter vocagao? Deve ter havido um chamado: de alguém, a alguém, para algo, de uma maneira perceptivel, Dizemos que um cientista recebeu um chamado cadeira. Nesse caso, um detert fae que, por sua eapacidade ¢ qu 73 de usar uma expressio estranha: "Ele € convocado p: que parece ser sua vocagio." A convocacio por um do, uma predestinagao a uma profissio, trabalho. No decorrer da vid: torna perceptivel as pessoas uma convocacdo - sc tiver sorte € assim que a pe tra seu /ugar na vida. Mas,a natureza bumana e da vida nao sio nem presente nem fruto do acaso, a0: da f6, sio obra de Deus. Visto desta ma anilise, quem convoca. F cle qi para realizar algo que € de sua vocacio, ‘mente para algo que € sua vocagio toda part disso, 0 homem e a mulher, como tais, para algo espe: conforme se pressupde na formulacao do tema. Nao parece facil reconhecer qual € a vocago do homem ¢ da mulher, porque faz muito tempo que se discute a esse respeito. Ni catanto, existem muitos caminhos pelos quais 0 chamado nos alcanga: Deus mesmo o pronuncia nas palavras do Anti- g0 ¢ do Novo Testamento. Bs inscrito na natureza do ho- mem ¢ da mulher, a Hist6i o revela € as necessidades de nosso tempo falam uma aoa insistente. Assim sur ge uma urdidura de mil is seu padrio nfo deve scr tio impenetrivel que a um olhar sereno nao seja possi- 1 destrinchar algumas linhas claras. Vamos atrever-nos en- tao a abordar a pergunta: Qual a vocagio do homem ¢ da mulher? 74 I A primeira palavra da Sagrada Fscritura que fala do ino atribui ao homem e & mulher uma vocacio co- icamos 0 homem 3 nossa imagem € semelhanca; € mar e as aves do céu ¢ toda a Ter rie sobre todos 0s répteis que se movem sobre a'Terra’. E sua imagem, criowo i imagem de criow-os vario e mulher *,E Deus abencoowos dizen- i-vos e enchei aTerra ¢ sujeitaia,e do- Deus Portanto, logo no primeito relato sobre a criacio do ser nano fala-se da diferenciacio entre homem ¢ mulher. Mas iplice tarcfa é dirigida a ambos em conjunto: que sejam a a imagem de Deus, que tenham descendéncia ¢ que dominem a Terra. Nao se diz aqui que essa missio tripla deva ser de se mencionar a diferenga sexual ‘A segunda passagem, que trata mais detalhadamente da ctiagio do ser humano, diz um pouco mais sobre a relagio .em e a mulher. Fala da criacio de Adio, como cle jas" para que 0 cultivasse ¢ 0 ais para junto de Adio ¢ como nomes',"... Mas no se achava para Adio uma ajudante semelhante a ele". O termo hebraico que se encon- 1 Gen 1, 26/29. 75 tra nessa passagem € dificil de traduzir®. Eser kenegdo -a0 pé a letra: “uma ajuda como ele defronte". Podemos pensar na imagem de um espelho na qual 0 homem pudesse ver refle- ida sua propria natureza. Assim o interpretam as tradugdes que falam de uma "ajudante Mas pode se pensar tam- bem numa contr-parte de modo que ambos se assemelhem, mas nio totalmente, que se complementem como uma mio 4 outra. "E 0 Senor Deus disse: Nao € bom que o homem es- ‘a $6, facamosihe uma ajudante semelhante a ele". E 0 Se- nhor fez com que Adio adormecesse profundamente, tirou uma das suas costelas ¢ dela formou uma mulher € se unin a sua mulher; ¢ serio os dois wma sé carne", Ora, um ¢ outro, isto ¢,Adao e sua mulher, estavam nus; nao se envergonhavam”. 0 fato de o homem ter sido criado primei- ym que ele ficas- nagem de Deus. Ora, Deus € trino: assim como o Filho procede do Pai ¢ do Filho € do Pai, o Espirito, assim a mulher procedeu do homem € de ambos a descendéncia. E outro argumento: Deus é amor. Nao pode haver amor entre menos que dois (como diz também Séo Gregorio na homilia sobre 0 envio dos dis- cipulos que foram mandados de dois a dois). Nao se fala aqui em domfnio do homem sobre a mu- Iher. Ela é chamada de companheira ¢ de ajudante, ¢ do ho- mem se diz que ele se uniré a ela © que ambos formario 6 Ibid. 18, 7 Ibid. 23, B Ibid. 24. 9 Tid. 25, 76 uma s6 carne. Assim, da-se a entender que a vida do primei- ro casal humano deva ser entendida como a mais intima co- monidade de amor, que tenham cooperado em trmonis n como, antes da queda, em cada um ividualmente, todas as forcas cram cheias de har- monia, 0s sentidos ¢ a mente na proporcio certa, sem possi- bilidade de antagonismos. Por isso mesmo, nem conheciam ‘0 desejo desordenado pelo outro. £ isso que esti expresso nas palavras: Estavam nus € nao se envergonhavam. © chamado de Deus aos homens € a vocagio dos ho- mens aparecem essencialmente modificados depois da queda. Eva deixou-se seduzir pelo tentador ¢ levou, por sua vez, também 0 homem a0 pecado. Adio € o primeiro a ser chamado 4s contas. Ele atribui a culpa 4 mulher: "...A mu- Iher que me deste por esposa, ela me deu da arvore, € eu "Soa como se fosse, também, uma acusagio contra primeiro a ser julgado é Adio: sua desculpa nao foi ... Visto que atendeste a voz de tua mulher e comes- te da rvore que eu te ordenara mo comesses: maldita € a terra causa: com fadiga obteras dela 0 sustento du- rante os dias de tua vida", Ela produzira cardas e abrolhos, ¢ tu comeras a erva do campo”. Com o suor do rosto co: meris o teu pio, até que tornes terra, pois dela foste for- mado: porque tu és p6 ¢ ao pé tornaras"?. O castigo pela desobediéncia € a perda do dominio absoluto sobre a terra ea disponibilidade das criaturas menos nobres, a luta dura pelo pao de cada iculdades do trabalho e a pobre-| za do seu fruto. 10 Gen. 1 12, m1 7. 12 Ibid. 18, id. 19. condenagao da mulher: "Multiplicas sfrimentos da tua gravidez;em meio a dores darés © teu desejo sera para o teu marido, € ele te go- Nao sabemos de que modo a béngio da fecundi- ‘umpriria nos seres humanos antes da queda.A con- seqiiéncia da queda sao as dificuldades do parto para a mu- Iher, assim como as dificuldades da luta pela vida para 0 ho- A mulher recebe, além disso, 0 castigo de ter que sujei- ‘a dominio do homem.A tentativa dele de passar para ler a responsabilidade pelo pecado ja mostra que nao seri um bom senhor.A serena comunidade de amor é revo- gada. Mas despertou uma novidade que antes eles niio co- nheciam: perceberam que estavam nus € se envergonharam. Bles proprios tentaram cobrir sua nudez,¢ Deus lhes ajudou: "Fez 0 Senor Deus vestimenta de petes para Adio e sua mu- Ihet, ¢ 08 vestit mo neles despertasse o desejo, come- ow a ser necessario protegerse contra ele. Desta maneira mudou a relacio dos seres humanos com a terra, com seus descendentes € entre si mesmos. Tudo isso nada mais ¢ do que conseqiiéncia da mudanca de relaciona- mento com Deus. O relato sobre a criagio € a queda do ho- mem esti cheio de mistérios que nao conseguiremos resol- ver Mesmo deve ser permitido formular algumas per- guntas que se impGem e procurar uma interpretacao. Por que era proibido comer da arvore do conhecimento? Que tipo de fruta a mulher comeu e deu a comer também ao homem? Ao que tudo indica, 0 ser humano nao estava sem conhecimen- to antes da queda: criado & imagem e semelhanca de Deus, dera nome a todos os seres vivos ¢ era chamado a reinar so- bre a terra. Até costuma-se atribuir a cle um conhecimento muito mais perfeito do que apés a queda. Deve ter se tratado, 14 Ibid. 16. 15 Ibid. 21 78 se deve supor que faltasse aos seres humanos, antes da que- o conhecimento do bem, ja que eles dispunham de um nhecimento mais perfeito de Deus, isto €, de um conheci- mento mais perfeito do maior bem ¢ dai de todo bem espe- Mas, certamente, deveriam ser protegidos daquele co- nhecimento do mal, que se adquire praticando. A conseqiiéncia imediata do primeiro pecado nos di indicios do que se poderia ter tratado: a conseqiiéncia foi que homem ¢ a mulher comecaram a olharse com outros que tinham perdido a inocéncia em suas relagdes. Por so podemos supor que o primeiro pecado nio tenha con- istido apenas formalmente na desobediéncia contra Deus; aquilo que cra proibido, o que a serpente apresentou 4 mu- Iher ea mulher ao homem, como algo atraente, deve ter sido uma coisa bem determinada, um tipo de jungio que confli- tava com a ordem original. O fato de 0 tentador ter se apro- ximado primeiro da mulher pode significar que, com ela te tavam livres de qualquer inclinacio para 0 mal), mas porque aquilo que Ihe foi apresentado era para cla mais importante. Pode suporse que, de antemio, a vida dela deveria ser mais, fortemente influenciada por aquilo que se relaciona com a proctiagio ¢ formagao da descendéncia. Os castigos diferen- tes para o homem a para a mulher também sao um indicio nessa direcio. Segundo as palavras usadas, parece que a expulsio do paraiso esti ligada 4 perda da propria vida;as palavras do nhor dirigidas a Adio dizem exatamente aquilo que de ante- mio pairava como ameaca de castigo sobre a desobediéncia: a morte. Mas a expulsio é precedida de uma expresso que contém uma promessa. Encontramoa na sentenga contra a ‘Porei inimizade cntre ti ¢ a mulher,entre a tua des- cendéncia € © seu descendente. Este te feriri a cabega, € tu 79 6 © calcanhar", Essa passage é interpretada co- lacio a Nossa Senhora ao Redentor, o que sse outro sentido de que jé a primeira muther, ‘ontra o mal ¢, com isso, a preparacio para a recupe- \cio da vida. "Deus me deu um filho’, disse Eva quando nas- ceu scu primogénito. Essas palavras soam como o pressenti- acl fizeram dis Assim como a tentagio se aproximou primeira- mente de uma mulher, assim a mensagem da redencio de Deus chega cm primeiro lugar a uma mulher, ¢ num como outro caso € o sim saido da boca de uma mulher que define © destino de toda a humanidade Na entrada do novo reino de Deus nao se encontra um casal humano como aquele primei 10 €,sim, mac ¢ filho: 0 filho de Deus que € filho do homem por sua mie, mas nao por meio de um pai humano. O filho de Deus no escolheu 0 caminho comum da proctiagio hu- ‘mana para se tornar filho do homem. Nao seria esse um ink esse caminho € que 86 vitia a scr climinada no reino da gra- ‘ca? Seria ao mesmo tempo um indicio da nobreza da mater- nidade como relacio mais pura ¢ clevada entre pessoas? O ‘que distingue o sexo feminino € o fato de ter sido uma m no de Deus; o que distingue por sua yez 0 sexo masculino & o fato de a redengio ter chegado pelo filbo do homem, o novo Adio. E nisso esta expressa uma prioridace de ordem do, homem. 16 Gen. 101 15. Nosso Senhor nio deixou diivida de que 0 novo reino de Deus veio para realizar um reordenamento entre 0s scxos, é condicionadas pelo pecado Por causa da dureza de vosso coragio € ‘vos permitiu repudiar vossas mulheres; entretan- niio foi assim desde o principio’. E ele remete & passagem da criagao: os dois serao uma s6 carne. Em seguida plo vivo da virgemmic ¢ do préprio Senhor. Encontramos as observacées mais explicitas sobre a “io entre homem ¢ mulher nas cartas de S40 Paulo io homem, e.0 homem 0 cabega da muther, € Deus 0 cabeca de Cristo. Todo homem que ora ou profe- tiza tendo a cabega coberta desonra a sua propria cabe- Toda mulher, porém, que ora ou profetiza com a ca- beca sem véu desonra a sua propria cabeca porque € pmo se a tivesse rapada ...'°.O homem nio deve cobrir ‘ca por scr cle imagem ¢ gléria de Deus, mas a mu ia do homem”, Porque 0 homem nao foi feito 17 Mat. 19 1-12; Mar, 10 1-12, 18 Ibid. 4 bid. 5. 81 causa do homem ..., No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem independente da muthe: -ttamente nao é ofensivo ao apéstolo afir. mar que, Nessa instrucio aos cor Se misturam coisas humanas, coisas temporais ¢ cternas. O corte do cabelo © as 10 Paulo di mtudo, se alguém quer ser contencioso, s tal costume, nem as igrejas de decisio a respeito das roupas a se- s mulheres de Corinto durante o culto di- vino ter sido obrigatéria para essa comunidade fundada por ele no se pode concluir que devia ter validade para todos os tempos. ‘Outra importincia deve ser dada a uma questio de ipio como a da relacio entre homem e mulher, ainda mais quando esta se entende como interpretagio da ordem ina da ctiagio e da redenca Homem ¢ mulher sio destinados a levar uma vida em ‘comum como se fossem um tinico ser. Mas, a0 homem que foi criado primeiro cabe a direcio dessa comunidade de vida.‘Tem-se, no entanto,a impressio de que essa interpreta- cio nio reflita puramente a ordem original e salvifica, antes uma vez que da destaque & relacio de dominio ¢ entende 0 homem como ser mediador entre o redentor © a mulher. Nem o rela- to da criagao nem o evangelho fazem referencia a essa me- diagio na relagio com Deus. Ela € propria, isso sim, di mosaica ¢ do direito romano. Mas, o proprio apéstolo conhe- ce uma outra ordem que ele descreve na mesma carta aos 22 iid. 9, 23 Wid. 11 24 Thid. 16. 82 corintios, no trecho em que fala do casamento e da virginda- “O marido incrédulo € santificado no convivio da esposa ¢ "Como sabes, 6 mulher, se salvaras 0 teu marido?"™ Esta € santificado pela unido com Cristo, seja homem ou mulher, tem a vocacio para ser mediadot. A relagdo entre homem ¢ mulher ainda mais detalhada na carta aos efés jam submissas a seus proprios maridos, como ao Scnhor; porque o marido é 0 cabega da mulher, como também Cris- to € 0 cabega da Igreja, sendo este mesmo redentor do cor bém as mulheres sejam em tudo submissas a seus maridos”. los, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a € se entregou por ela”, para que a santificasse, tendo a gua e pela palavra da ja gloriosa, sem , sem fuga, nem coisa semelhante, porém santa ¢ Assim também os maridos devem amar as suas omo a seus proprios corpos. Quem ama a sua es- mesmo se ama”, Porque ninguém jamais odiou a 25 Cap.7, Me 16. 26 Cap.5, 22 58 27 Ibid. 23. 28 Ibid. 24 29 Ibid. 25. 30 Ibid. 26, 31 Ibid. 27. 32 Ibid. 28. 83 sua propria came, antes a alimenta € dela cuida, como tam- bém Cristo 0 faz com a Porque somos membros do seu corpo, de sua came € oss". Fis por que deixar o ho: como deve ser a unito do casal sob a ordem de Cristo. En- quanto 0 Senhor, encerrando as palavras do Génesis, s6 des- tacara a indlissolubilidade do casamento € a untio de ambos ‘numa s6 carne, aqui se faz compreender melhor como deve ser imaginada essa unio, Como em cada organismo todos os membros sio diti- gidos pela cabeca, de modo que seja garantida a harmonia do todo, assim deve haver um cabe¢a também no organismo ampliado; num organismo sadio nao pode haver desentendi- do que seja cabega ¢ membros e das fun- Igreja lembra esse fato. Cristo é a nossa cabeca,e vina passa para nds, scus membros, quando estamos a ele no amor e sujeitos a cle na obediéncia.A cabega é 0 ho- memDeus que tem a sua existéncia auténoma fora desse istico. Os membros tém sua existéncia propria Tes € racionais, ¢ © corpo mistico sc forma pelo amor da cabeca ¢ pela sujeigio espontanea dos mem- 33 Ibid. 29 34 Thid. 30. 35 thid. 31 36 ti. 32 37 thid. 33, 84 $8 wa apepard ens v.zwuza1xa 2 squs09p a sajdusis opow ap rpel eSn{uo> own ep wren sopspfif Sov D1AvD LUC $vUDs1x9 OdgOD O ¥XIDp awodsoud pod ovu ouro> unsse sefa914 apod oru owsTeesI0 © w5aquo ¥ ENUOD vyOsas as odso9 © OpuENd) ‘¥d2qv> vp OES -autp © gos ap 2s ossj anb oursiuefi0 op apnes ¥ ured [eDUDSs> 48 Ung SUOP SN9s J9afOAUDSap ¥ OxINO OF sepN{e ap zed -eumy 498 win anb wo eprpaur eu“(So}--0]Ns ap no) soAwIIsTX: suop so s9,joauosap ap sapod 0 wia1 sey “suOP Jap22u09 9p aopod 0 191 WAU ‘OISD 9 OF UEAWOY C “oRSUapAI B sESUED 4v 2 suop snas aqusuTEUa|d saaqoauasop 2[9U wssod 0 peo onb ved “ BP 2p oySury ‘opnuas ou - eysurs epor op waqume ¥59q) sowpod - ayn ep ¥59qu> 6 398 2Aap WH “opour nas e snag anbyyoy3 Sop oyquntOD ep por ou Ep 9 OESuapas ep 2pmaTua|T F -vauny gas wn 794 ens sod 9 anb - osquiaus ype E49} -r9 ep oUAIp sapad o 9 seul ‘suOp $n9s WOD opyod® ap s¢ “urauu so sesn vdaqeo ep vOpaqes 9 ‘ouusdsa op 9 JoWE op suop “um ype & sopApaduod uAEI0 aNb SUP SOP W910 oonsiu odios op oxuap osquraur ype ap s99Suny Sy 'sOIq ‘St Dial € Prat zy er Pra ty 8 6'7 dD a, asso} anb ap wy ¥‘owstx3 & srNpuoD sou ved soyda2axd ap hyas9s sou 1a] ¥"", :o4feuRAD op OMI pus xp euHdx> zasye onb omed oF u2quina oeSipenuos Ws ors “watOY op Y oIeNb soymMUT ep vue v wos o1uE) exwoduIt as anb sompax ap vqo vns e por wa noaoad anb a seuspcoud speur svossod sv as1u9 sosouy nut ensupe anb soyuag OssoN’ ap svanvad 9 swaarjed sv twos oudipeniuos wa oEIs9 sefy “SOX9S SO anUD ovSes ¥ OWuENb soanuyap sordioutd ooo sepexapysuo3 398 waaap oru se ‘seas saprprunuios seu sopeonesd sosnqe so199 v oESey 23 1D OWUSUNIGe WEYUDI ZaaIeI Waessed ussop ssOSHUUEE SV eppanbs> aiwawpeor avaued apepuraia vp voraSueaa 14 VPI ep owsidsa ojod opeasew napn{ o vpy Up -sode op ¥>0q vad anb a‘eprea ezamreu vp wopso vjad na9q -ooua 2 UoyRAps 2 [eulsO Wopyo ¥ onb opssoxdur v as-wa. sonuyos sov ve9 ru anb op musuisuoy sear ypu! 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Nao pode haver jue dieu nem grego, nem escravo nem liberto, nem bomem nem mulher; porque todos v6s sois um em Cristo Jesus" Antes de passara comentar os ensinamentos cla palavra de ‘da mulher, resumamos 0 que nos foi possivel apurar até aqui: A vocagio do homem e da mulher no é bem a mesma segundo a ordem original, ordem dla natureza caida ea ordem res respeito de uma superioridade do homem qu contrar sua expressio no fato de ele ter sido criado ant pois da queda, relacio entre eles se transforma de uma irdar sua coroago na figura do futuro filho do homem.A sngio pretende restabelecer a ordem original. superiori- dade do homem se revela no fato de 0 redentor vir @ terra na de bomem. 0 sexo feminino ganha sua nobreza co redentor nascer de uma mie humana, uma mu- Iber € a porta pela qual Deus entra no genero bumano As. sim como Adao foi um modelo do futuro rei divin € humano, assim todo homem deve tomar Cristo como modelo no rcino Deus ¢ imitar na uniio conjugal a solicitude amorosa de isto pela Igreja;a mulher deve honrar no esposo a imagem de Cristo subordinandose livre € amorosamente a cle ¢ ser ela propria uma imagem de Nossa Senhora. Isso significa ao mes- mo tempo que ela propria deve ser imagem de Cristo. 44 GAL.3,24 8. 87 I ‘Tentando delinear a natureza do homem ¢ da mulher segundo 0 conhecimento natural, obtemos de um lado uma ucidacio viva daquilo que nos € dado a entender pela pa layra de Deus; por outro lado, temos na palavra de Deus um roteifo que nos ajuda a interpretar o material demonstrativo . Reencontramos nele as pistas da ordem de criacio da queda ¢ da redencao. © corpo e a mente do homem estio equipados para a © a conquista segundo sua vocagio original de subme- le tornar-se seu senhor ¢ rei. Nele atua o impul- pelo conhecimento e assim apropriarse dela espitito, mas de adquirila também como posse, com os prazeres que cla tem a oferecer e, finalmente, de transforma- la ei propria criagdo pela acéo formadora. Devido as 's da natureza humana partilhadas com toda criatu- tado de castigo do pecado de modo igual realizar tudo o que deveria fazer parte de "u dominio sobre a terra. Quando a vontade de conhecer se revela forte © quando empenha todas as suas forcas para sa mente as posses € a0 desfrute dos bens da vida; quando co- loca a sua vida a servico de posses € prazeres aproxima-se menos do conhecimento puro (sto i gundo plano o conhecimento puro ¢ a alegria dos b vida. Em cada um desses campos por sua vez,0 desempenho individual € tanto mais perfeito quanto mais | de agio. Desta maneira, € justamente o desejo da mento de grande parte das suas possibilidades. 88 Em conseqtiéncia da natureza corrompida, até mesmo ©. empenho unilateral se transforma facilmente em empenho degenerado: 0 conhecimento nao para respeitosamente diante dos limites que the sio impostos, antes tenta rompé- ele frustra até 0 acesso ao que nio Ihe € vedado porque se nega a aceitar as leis das coisas ten- tando apoderarse delas de uma maneira art xando que desejos € anseios Ihe turvem a olhar espiritual. Analogamente, impoe-se na bens materiais uma certa senhorilidade degenerada; em vez da alegria reverente, com a criagio a ser conservada e desen- volvida, verifica-se uma exploragao avida que chega as raias da destruicio ou um apossamento irracional que impede que os bens adquiridos sejam utilizados ¢ desfrutados da ma- Ise com esse procedimento a cor- agir formador que desfigura e destréi as criagdes da natureza, que engendra ¢ produz, caricaturas distorcidas. A degenerago da realeza em senhorilidade brutal ma- nifesta-se, também, no relacionamento do homem com a mu- Iher, Na ordem esta the fora confiada como compa- nheira € ajudante. Por isso recebeu também os mesmos dons, para que estivesse a seu lado no dominio sobre a terra reconhecendo, desfrutando e dando forma, Mas em tudo isso € menor o scu impeto, o que faz com que ela corra menos perigo de perderse numa determinada direcio permitindo © atrofiamento das outras. Essas circunstancias recomenda- riam:a cooperacio, de modo que a mulher pudesse desen- volver seus dons ao lado do homem a servico de objetivos comuns, € que 0 homem fosse preservado dos excessos de unilateralidade em virtude do desenvolvimento mais harmo nioso das forcas da mulher. Mas, pela gueda, a relacio de companheirismo transformou-se em relagio de dominio, muitas vezes exercido de modo brutal, onde ja no se tém em mente os dons naturais da mulher € seu desenyolvimen- to maximo; agora ela € explorada como um meio para um fim, a servico de uma obra ou para satisfacio dos proprios 89 sideragao para com as suas proprias leis. Essa percepgio do organico especifico é benéfica nio s6 & prote, mas a todas as criaturas, sobretudo também ao homem, fazendo dela a € ajudante comprecnsiva nos empreendimen- pela ordem original da natureza: no homem aparece em pri || meito lugar a vocagio dominadora ¢,em segundo lugar, a da paternidade (que nao é nem subordinada nem complemen. tar a dominacao, devendo antes ser integrada a ela); na mu- Iher € a vocacio 4 maternidade que predomina, enquanto a | participacao no dominio aparece como secundaria). Assim como 0 te © 0 agir da mu Iher no se. juem fundamentalmente dessas mesmas fa- culdades do homem, aparccem também nela as mesmas for- mas de degradacao: de apossamento viciado e até destrutivo s diferencas de importincia € localizagio 's dentro da personalidade e da vida total de am- depois da queda. J4 foi mencionado acima que a mulher, em virtude de sua constituicao, se mostra mais protegida contra lade ¢ 0 atroflamento de sua humanidade do que e de uma unilateralidade mais omo ela tem menos afinida- io do que com a posse ¢ 0 perigosa a que cla esta exposta de com o conhecimento e a cri destrute dos bens, corre o risco de se fixar, exclusivamente ¢ do outro a decadéncia de instintos. Essa condi¢ao compromete também seu relacionamer to com 0 marido: se a propria degeneragao dele em domina- ao brutal ja chega a ameacar sua posicio de companheira livre a seu lado, a escravizagio por scus préprios instintos deve transformé-ta ainda mais em escrava. Por outro lado, a preocupagio receosa com a conservagio das posses pode 92 vir a ser também sua atitude predominante em rel marido, Efeitos analogos podem aparecer também em rela: do aos filhos.A mulher que vive, exclusivamente, em fungio intos procuraré furtarse dos deveres da materni- mo © homem em relacio a sua propricdade sua tentara prendétos a si de todas as maneiras (Se possivel até excluindo os direitos paternos) podando sua liberdade de desenvolvimento. Em vez de pro- mento natural no servigo amoroso € resp arid, aos filhos © a todas as criaturas para a maior ia de Deus €, com isso, para sua propria felicidade, ela passa a exercer uma influéncia inibidora ¢ desgragante. Novamente,a raiz do mal deve ser procurada na perver- io do relacionamento com Deus. Como a mulher, no mo- do pecado, se levantasse contra Deus ¢, na scducio do marido, até acima dele, recebeu 0 castigo da subordina- .¢ muito provavelmente um pecado de sensuali- dade, a mulher ficou mais exposta ao risco de degradacio intiva do que o homem. E sem- acontece, cla volta a ser a sedutora que Il Com isso est indicado 0 caminho a ser seguido para restabelecer a natureza ¢ com cla a vocacio original do ho- mem ¢ da mulher:é necessario retornar ao relacionamento fi- A reaceitagio como filhos € nos garantida pela ailcancar a salvagio aguardando o Mesias no fiel cumprimen- oS to da lei de Moisés, Para as mulheres, isso significava sujeicio ao dominio do homem, resguardo meticuloso de sua pureza, disciplina mais severa dos sentidos do que se espcrava dos homens, o desejo de gerar filhos para ver apontar neles a sal lo de educé-los no temor de Deus. © homem observa os rituais de oragio € sacrificios, as leis como chete da familia da mulher e dos filhos ¢ honra a esposa como mie de seus filhos. Na nova alianga, o ser humano participa da obra da sal vacio pela unio estreita ¢ pessoal com Cristo: pela fé, que vé nele 0 caminho para a salvagio e sc fia na verdade reve- Jada por Ele ¢ nos meios de salvacio que ele oferece, pela es- peranca que confia firmemente na vida prometida por Ele, pelo amor que procura achegarse a Ele de todas as manei- ras possiveis; pela meditagao de sua vida e de suas palavras procura conhecé-Lo cada vez melhor, na Eucaristia almeja com cle € na Littergia da Igceja ,acompanhando 0 desenrolar do hirgico. Nesse caminho da salvagio nao ha diferenca | de sexos. F 0 ponto de partida da salvagio para ambos os sc- X05 € para o relacionamento entre cles. A acio redentora nao restabeleceu de um sé lar. N6s que estamos in via, isto é,em percgrinacio & Jerusalém celeste, experimentamos dentro de nds a luta travada entre a natureza corrompida e o germe da vida da graga, que quer € pode desenvolverse, eliminan- do tudo que é doentio.Ao redor de nés, vemos os frutos do pecado original em suas formas mais assustadoras, especial mente na relagio entre os sexos: a vida subordinada aos ins- tintos desenfreados que parece ter perdido qualquer vesti- gio de sua vocacio elevada;a luta dos sexos entre si por seus direitos, aparentemente sem dar atengio 4 voz dla natureza a voz de Deus, Mas vemos também a pos ide de uma al- temativa onde entra em ago a forca da graca. 94 No casamento cristio. 0 homem procura cxercer sua funcao de cabeca da pequena comunidade cuidando da sad- de do organismo todo: empenhando se, nao apenas em seu sustento material e "progresso" exterior, c sua parte para que cada membro atinja o melhor daquilo que a natureza ¢ graca podem operar nele. Isto significa ora uma intervengio € orientacao ativa,ora uma atitude de observacio discreta, ora também medidas preventivas ¢ combativas. Quando dons ¢ forcas comegam a despontar na mulher € nos filhos querendo desenvolverse, dade para scu crescimento ¢ apoio onde for itio ¢ estiver em suas forcas. Quando precisa lidar com indoles ¢ talentos mais fracos, reparari na falta de cora- gemi ¢ autoconfianca ¢ tentari despertar os dons escondidos, para tanto pode darihe participagio em suas proprias dades ou incentivar sua disposi¢io para atividades propri icio de seus dons ou até ,caberd a cle a respons: bilidade pelas conseqiiéncias: pelo definhamento de uma vida mais clevada, por distirbios doentios, por uma fixacio excessiva no marido ¢ nos filhos € que estes passam a sentir como peso ¢ pelo vazio que the restard quando um dia ficar sozinha. O mesmo se aptica, analogamente, & relaci filhos. Por outro lado, cabe aos deveres do pai de familia cui- dar da ordem ¢ da harmonia na vida familiar; para tanto é ne- cessitio insistir com todos os membros que nio se preocu- pem apenas com sua propria personalidade € seu desenvol- vimento individual, antes devem aprender a ter respeito pe- tos outros de acordo com o lugar de cada um na familia € pra- ticar a abnegacao na medida de scus deveres. Finalmente, os cuidados com uma vida natural ordenada de cada um e de toda a casa niio devem levar a0 descuido em relagio & vida sobrenatural. O homem, que deve imitar Cristo como cabeca 95 da Igreja, deveria verse sobretudo do de Cristo promovendo com todas as suas forgas os ger- mes da graca que se manifestam nos membros de sua familia, Ele terd tanto mais sucesso nese empenho, quanto mais int ma for a sua uniio com 0 Senb A responsabilidade, que pesa sobre os ombros mem, poderia parecer grande demais, ao lado dos deveres mnais, se no tivesse a scu lado a ajudante que, segun- da metade senvolver plenamente a sua propria personalidade, procura igualmente ajudat as pessoas que Ihe sio proximas a desen- volverem-se, também sem restricdes. Assim, 0 marido encon orientagao dela, dos filhos ¢ dele mesmo. Em muitos casos, cumprira me- hor as suas obrigacdes deixando-a a vontade em suas aspira- Ges € deixando-se guiar por cla.Faz parte da dedicagiio femi- nina ao desenvolvimento correto das pessoas préximas a preocupagio com a ordem ea beleza de toda a casa para que se crie um ambiente propicio ao desenvolvimento de todos. corresponde aquele misterioso anuncio da mulher contra a serpente ¢ de seu o pela vit6ria, que a rainha de todas as mulheres contra as baixezas ¢ vulgaridades, como defe- contra 0 perigo da sedugio € do afundamento total na intiva dos sent de a receptividade pelo divino ¢ pela unio pessoal com 0 Scnhor, a disposi¢ao ¢ 0 anseio de deixarse tomar € levar ‘completamente por scu amor. Por isso, numa vida familiar or- denada, caberd sobretudo a muther a tarefa de cuidar da edu- talmente bascada na vida de Jesus, estar também protegida contra o risco de crrar a medida do amor solicito que nutre pelas pessoas que Ihe sio préximas abandonando erronea- 96 mente a si mesma por desfazerse do fundamento que the da suporte ¢ apoio. Para contrabalancar naturalmente essa ten- déncia perigosa de se dedicar excessivamente a vida dos ou- tros € nela se perder recomenda-se o trabalho proprio, s6 que esse acarreta, por sua vez, 0 risco oposto de trair a sua vocacao feminina. $6 quem se entrega totalmente nas mios nhor pode ter a confianga de passar ileso entre Cila € Caribde. O que est nas mios de Deus no se perde, antes € preservado, puiicado,clevado e devidamente equilibido. srar encerrado © petiodo histérico em guia claramente entre as tarefas domésticas que mulher e a luta pela existéncia fora de casa que ¢2- compreender, hoje em No periodo de transi¢io, muitas forgas ocio- esperdicadas em futilidades levando ao atrofia- Jas preciosas, Os esforgos de reestruturacao pas por graves crises de desenvolvimento, provocadas em das pioneiras do movimento feminista € de seus adversérios, que em suas disputas, recorriam ambos ‘ntos humanos, em parte pela inércia da grande joria que costuma agarrar-se, sem exames objetivos, 20 ve- mal. De repente, a revolugao trouxe mudangas 12- servir, portanto, de base adequada para consideragdes de ondem fundamental 97 ‘Tendo em vista as reflexdes apresentadas anteriormen- te precisamos perguntar prime’ da mulher fora de casa contraria realmente a ordem natural € da grica, Creio que a resposta deva ser negativa.A ordem original prevé,a meu ver, agio comum do homem € da mu: ther em todas as areas, apesar de uma distribuicao diferencia. da dos papéis.As mudancas da ordem original, advindas com a queda, nao levaram & suspensio completa dessa ordem, pois a natureza nao ficou totalmente corrompida, conservan- do as forcas antigas, se bem que debilitadas € expostas a0 orro.A presenca na natureza feminina de fodas as forgas que 9 homem possui - se bem que normalmente em outra medi- da ¢ proporcio - equivale a uma mandato de utilizé-las em atividades condizentes. $c 0 ambito dos deveres domi se, em consoniincia com a natureza ¢ com a razio, um avan- 0 para além desse Ambito. Parece-me que os limites para a atividade profissional estio 1a onde comeca o risco de por ‘em perigo a vida far cagio formada por a condicio social em que a média das se vé obrigada a trabalhar fora de casa a onto de estarem impossibilitadas de cuidar de sew lar. malmente em casar ¢ cm que os deveres domésticos exigiam toda a sua dedicacio, podia ser também considerado normal que a mulher se limitasse & vida doméstica. As mudangas, que a queda trouxe para a vida da mu- Iher, provocaram, em primeiro lugar, um comprometimento maior de suas forcas com as preocupagdes ligadas as neces- sidadas vitais mais primitivas; nesse ponto, a evolucao cultu- ral fez, com que a situacio melhorasse a favor da mulher. Em segundo lugar, deu-se a subordinacao ao marido, fazendo de- 98 ponder 0 alcance © 0 tipo de suas atividades da vontade entendimento € a vontade dele nao si s tia de que a direcio pelo entendimento € pela vontade dele corresponda sempre aos ditames da razio. isso, sabemos que a harmonia entre os sexos foi aba- queda, de modo que, com a degradacao das nature: ina e feminina,a desordem constituiria necessaria- mente a base de uma luta pelas oportunidades de realizagio. A ordem da salvagao restabelece a relagéo original per- mitindo, na medida de sua assimilago pessoal, a cooperacio segundo a qual a mulher s6 poderia salvarse pela pro- criagio. Em casos isolados, houve excegses dessa norma ja no antigo testamento, quando uma ou outra mulher era chamada por Deus para realizar atos extraordinarios a favor de seu 6 (ébora, Judite). Mas agora franqueiase as mulheres, algo normal, 0 caminho da dedicagio exclusiva ao ser- podendo desenvolver nele uma grande varieda- les. mesmo Sao Patilo, que em outras passa- -ontinua profundamente influenciado pela visto do an- na opiniao dele, 0 Jogia as realiza- es de mulheres no servigo as primeiras comunidades *. es de passar & andlise da vocagio de homens ¢ mu- theres para o servico de Deus, vamos examinar se convém o das profissdes ido de reservar determinadas profissies $6 para os 45 1 Cor 99 questio também deve receber resposta negativa -rencas individuais que fazem co! aproximem muito do tipo mase’ também por certas mulheres toda profissio "fei certos homens. gais sob esse aspeto, bast io € orientagio vocacional de acordo com a que se faga uma op¢io profissional adequada, numa educacio, form curez e severas. Normalmenti a vex que a diferen nadas profissées. Nas reas em que predominam a forca fisica, 0 racio nio abstrato € a criatividade independente trata-se, prepond rantemente, de profises mascutin mecinico dos escritérios € da administracio € em certos campos da arte (nao em todos), Sempre que convier a emo- intui¢ao,a empatia € a capacidade de adaptagio ¢ onde jogo 0 ser humano como um todo, para cuidar dé trata de um campo de acéo gen to, em todas as profissdes pedagégicas ¢ de satide, no traba- Iho social, nas ciéncias que tém por objeto o ser humano ¢ ‘mas também na atividade comercial, na administragio publ ca voltada para 0 contato com as pessoas € A assisténcia. E claro que, em €pocas de extremas dificuldades eco- como 4 nossa,em que é necessirio pegar © empre- g0 que se oferece, esteja ele de acordo com as inclinacbes nomi 100 especificas ¢ individuais ou nio, nio seri possivel impl natural das profissdes. Hoje € prat mente comum as pessoas exercerem pfofissées para as quais nao tém vocagio por natureza;o contrario jé constitui quase um caso de sorte, Nestas circunstincias, deve-se tirar imposta: por um lado, tentar corres: valer em proveito do todo. (Isso pod por exemplo, que uma mulher que tem um traball nico se mostre compreensiva € prestativa para com os col um homem talvez demonstre espirito criativo na anizacio do trabalho.) Claro que isso exige um alto grau pessoal e muita boa vontade de adaptarse a 1a¢ao de dar sempre © melhor de si, uma ati tude que dificilmente pode ser atingida se nao existir a con- icgao de que as condigées da vida sio dadas por Deus ¢ que o trabalho € um servico prestado a Deus que nos da a idade de desenvolver em sua honra os dons que ler profissio, nao ape- precisariam ter uma vocagao es} sto & que de. o um chamado especial de Deus. Existe ar uma diferenca entre homens ¢ mul para a vida religiosa e, vendo hoje a grande variedade da vida |. aS muitas formas de pritica da caridade que, em io exercidas também pelas ordens € congre- deparamo-nos com apenas uma diferenca idade sacerdotal é reservada tio so- Com isso encontramo-nos diante da c controvertida do sacerdécio da mulher. ‘a atitude do proprio Cristo cm relagio a essa questo, vemos a para si € part Os SCUS OS 101 servigos de caridade de mulheres, que ha entre seus discipu- los e confidentes mais proximos também mulheres, mas que nao conferiu a clas o sacerdécio, nem mesmo a sua mac, a Rainha dos Apéstolos, que em perfcicao humana e plenitude de toda a humanidade. ‘a. conhece uma grande variedade de ati- ides pelas mulhe- mulheres, com sua propria consagracio “- mas nem troduzira o sacerdécio da mulher, O desenvolvimento histéri- co posterior leva a perda desses cargos pelas mulheres € 0 re- da grande demanda de ‘ede pastoral. Da parte confira a essas atividades novamente © carite de consagracio eclesidstico, € € bem pos tio 0 primeiro passo i10-ciminho do sacerdécio da mulher, Do ponto de vista fog no me parece haver ne- vidade até agora inandita. Se esse paso € recomendavel do ponto de vista pritico € uma questio que admite argumen- tos a favor € contra. Contra ela se levanta toda a tradicao, desde os primeiros tempos até hoje; mas, para mim, pesa ain- da mais 0 fato misterioso, que ja tinha destacado anterior. mente: Cristo yeio 20 mundo como filbo do homem, de modo que a primeira criatura criada segundo a imagem de 46 CE. HV. Boringen, Recbtssteltung der Frau in der Katholischen Kirche, Leipzig, 1931 102 Deus em sentido extraordinati rece indicar que ele pretendia | seus representantes oficiais na terra, Mas, tendo se ligado a imamente como a nenhum ser na terra proximamente a sua imagem como ane er humano antes ou depois, tendo the conferi- 9 na Igreja como a nenhum outro ser huma- uma mulher ti wunciadoras de sua vontade perante reis ¢ papas, pre- soras de seu reinado no coracao dos homens, Nio pode focagio mais clevada que a de sponsa Christi, © 10 iio vai querer nenhum outro, ode alguns escolhidos ¢, sim, de todos os ordenados ou no, homem ou mulher: to- jo chamados a imitar Cristo. Quanto mais se progride s se fica parecido com Cristo, € como ideal da perfeicio humana, no omens santos a suavidade ¢ bondade femini- verdadeiramente maternal com as al em mulheres santas encontra- vocagio original do ser humano: ser imagem de Deus, do Se- nbor da , protegendo, preservando € promovendo to- das as criaturas que 0 rodeiam, do Pai, gerando formando f- para o reino de Deus em paternidade ¢ matcrnidade es- piritual. Ultrapassar.os limites naturais ¢ agdo suprema da gra- a ais ser alcancado pela luta auto-suficiente tureza ou pela negagio dos limites naturais, o tini- co caminho € a submissio a ordem estabelecida por Deus. 103,

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