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O rei D.

João II, em 1486


86 passou o comando de uma
expedição a Bartolomeu Dias (fig.1) e a sua missão era procurar e
estabelecer relações pacíficas com um legendário rei cristão
africano, que era conhecido como Prestes
Pres João.

Ele também tinha ordens para explorar o litoral de África e


encontraruma rota para as Índias.

Com duas caravelas de 50 toneladas e uma naveta auxiliar


passaram em primeiro lugar pela angra dos Ilhéus e o cabo das
Voltas. De seguida entraram numa violenta tempestade onde
estiveram 13 dias sem controlo. Quando a tempestade acalmou
navegaram para leste à procura de costa, mas só encontraram
mar.

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Foi então que decidiram seguir para norte, onde encontraram
vários portos. Bartolomeu Dias deu-se então conta que passara
pelo extremo sul de África, ao qual deu o nome de Cabo das
Tormentas.

Bartolomeu Dias voltou ao mar


em 1500, num dos navios da frota de
Pedro Álvares Cabral. Após ter
passado pelas costas brasileiras, a
caminho da Índia, Bartolomeu Dias
morreu quando sua caravela
naufragou no cabo da Boa Esperança.

Os dados biográficos do
navegador anteriores às viagens são
muito poucos. A data de nascimento
é desconhecida, ele foi escudeiro da
Casa Real e administrador do
Armazém da Guiné, e sabe-se que
descendia de Dinis Dias.
No entanto, o seu feito nas
costas africanas tornou-o imortal.
Além de ser personagem de Camões,
em “Os Lusíadas”, Fernando Pessoa
Fig.1 – Bartolomeu Dias fez um epitáfio para ele.

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O Cabo da Boa Esperança (Cabo das Tormentas) situa-se
no extremo Sul do continente Africano (fig.2).
(fig.

Quem dobrou pela primeira vez este cabo foi o navegador


português: Bartolomeu Dias, em 1488.
148

As lendas dessa época dizem que este cabo foi alcançado


através de um longo caminho com tempestades muito fortes
(tormentas), daí deriva o seu nome inicial
in (Cabo das Tormentas).

Todos os barcos que por ele passavam naufragavam, e reza a


lenda que a causa destes naufrágios era porque havia uma
maldição em forma de homem nuvem de nome “Adamastor” (fig.3)
(fig.
que os levava a afundar.

mud lhe o nome para O


Mas o rei de Portugal: D. João II mudou-lhe
Cabo da Boa Esperança, porque o cabo ao ser dobrado mostrou
a ligação entre o Oceano Índico e o oceano Atlântico que

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prometia a chegada tão aguardada à Índia. A expedição
portuguesa provara que havia um caminho alternativo para o
comércio
cio com o Oriente.

Fig.2 – Cabo da Boa Esperança

(Cabo das Tormentas) Fig.3 - Adamastor

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Diário de bordo é um instrumento utilizado na navegação
para registar os acontecimentos mais importantes numa viagem.

O registo de entradas no diário de bordo deverá ser da


responsabilidade de um membro da tripulação, normalmente de
quem se encarrega da navegação de bordo ou do responsável da
embarcação.

Existem vários tipos de registo num diário de bordo,


bordo variam
conforme o tipo de viagem a efectuar.
Deverá haver uma primeira parte, em estilo de introdução, onde
é escrita
crita a informação de partida que poderá conter, entre
outros, os seguintes dados:

 porto e hora da largada


 porto e hora estimada da chegada
 quantidade de água e combustível a bordo
5
 horas de motor
 milhas do conta milhas
 rol de tripulantes
 timoneiro/responsável

As horas deverão ser sempre em UT. Quando for necessário


uma referência em horas locais deverá ser mencionada a
diferença para UT. Poderá ainda descrever condições
atmosféricas, mar, o abastecimento e a revisão efectuada ao
barco, e outro assunto que se julgue de interesse.

No final da viagem, à chegada encerraremos o diário dessa


viagem anotando:

 porto e hora da chegada


 horas do motor
 milhas do conta milhas
 horas e milhas gastas
 tripulação que chegou (pode haver trocas nas escalas
efectuadas)

Um diário de bordo após a conclusão da viagem fica como registo


de todos os acontecimentos mais importantes ocorridos durante
a viagem. Foram estes registos efectuados durante as
expedições marítimas dos descobrimentos que nos deram a
conhecer os factos ocorridos durante as diversas viagens
efectuadas na época (Fig.4).

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Diário de navegação da Nau de S. Martinho – Gaspar Reimão

“A 5 de Junho, ultrapassado o paralelo dos 20º S, a nau tomou o rumo do sul, circunstância já observada

na viagem anterior com a nau São Pantaleão, em iguais condições de latitude e variação da agulha. […]
Dois dias depois, a 7 de Junho, a nau encontrava-se a 22º 5/6 de latitude S, depois de percorrer 45 léguas ao
sul nas duas singraduras.

A marcha da nau prosseguiu depois através da parte ocidental do Atlântico-Sul, travessia que trouxe
difíceis problemas ao piloto […] no tocante à marcação do ponto, tendo percorrido, até 13 de Junho, 127
léguas a rumos do sueste por acção de ventos do nordeste. Contudo, porque no dia imediato passassem a

soprar ventos do sueste, opostos ao sentido da marcha, a nau foi conduzida ao nordeste para assim ganhar
algum avanço, embora desfizesse caminho em altura (latitude). Parte desse caminho foi, no entanto,
eliminado na singradura seguinte, em que a nau foi arrastada na direcção oposta. Somente a partir de 16 de
Junho, os ventos, soprando agora favoráveis, permitiram a continuação da marcha a rumos do sueste até

27 de Junho, num percurso total de 273 léguas, situando-se então a nau em 33º ½ de latitude S, depois de
ter cruzado o meridiano das Ilhas de Tristão da Cunha.

A navegação da parte oriental do Atlântico-Sul, com um total de 406 léguas, pode ser repartida em dois

períodos no tocante à direcção da marcha: no primeiro, a nau foi conduzida em rumos de sueste e de leste de
forma a ganhar altura até atingir, a 6 de Julho, o paralelo dos 36º S; no segundo, depois de dois dias «ao

pairo», a nau tomou rumos a norte e nordeste até 15 de Julho, dia em que cruzou o meridiano do Cabo das
Agulhas, na latitude de 35º ½ S.

No período inicial foram navegadas 242 léguas em boa velocidade (à média de 27 léguas por dia) por acção
de ventos favoráveis, geralmente muito ventantes, que rodaram do noroeste ao sudoeste. A 6 de Julho, o

ponto do meio-dia distava 138 léguas do Cabo da Boa Esperança, valor muito próximo da estimativa do

piloto. Porém, a 7 de Julho, dada a presença de ventos desfavoráveis que rodaram progressivamente de sul

para nordeste, a marcha da nau processou-se em más condições, navegando toda a noite «à trinca» com
papafigos, para depois, já de manhã, ficar «ao pairo» com todo o pano tomado.

Tal situação continuou no dia seguinte, com muito vento nordeste, muita cerração, muita «molinha» de
chuva e mar estrambalhado de todas as partes. […]

Só a 9 de Julho, com a mudança dos ventos para sudoeste e noroeste, a marcha da nau pôde progredir
satisfatoriamente para o Cabo das Agulhas, cujo meridiano cruzou, como já dissemos, ao meio-dia de 15 de

Julho, após um percurso de 149 léguas. […] ”

in “Uma Viagem Redonda da Carreira da Índia (1597-1598)”, de Joaquim Rebelo Vaz Monteiro, Biblioteca

Geral da Universidade de Coimbra, 1985, pp. 7 a 9

Fig.4 – excerto do Diário de Bordo da Nau de S. Martinho

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Trabalho elaborado por: Ana Fonseca

5º Ano – Turma B

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