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ESCRITURAÇÃO

Os empresários têm o dever de manter a escrituração dos negócios de que


participam de acordo com a C.C., art. 1.179. Historicamente, o primeiro instrumento
de escrituração foi o livro mercantil.

A escrituração das operações realizadas pelo empresário atende inicialmente, uma


necessidade do próprio exercente da atividade econômica. O comerciante, na Idade
Média, logo sentiu que era condição indispensável, para o controle de seu negócio,
registrar as operações financeiras de sua empresa. Para poder posteriormente
avaliar os resultados de seu comércio.

A primeira função da escrita mercantil tem natureza gerencial, ou seja, analisar as


escriturações e com base nessas informações tomar decisões.

A segunda função estava relacionada à necessidade de demonstração dos


resultados da atividade comercial para outras pessoas, em decorrência desse uso, o
lançamento dos valores passou a exigir um padrão para que qualquer pessoa
pudesse compreender as informações contidas nas escriturações.

A terceira função é para o controle fiscal, ou seja, controle dos pagamentos e das
incidências dos tributos.

Mas é a partir da Revolução Industrial que a escrituração passa a ser normatizada, e


não podem mais ser feita por pessoas não especializadas. A primeira lei a tornar
obrigatória a escrituração mercantil foi a ordenança sobre o câmbio, editada em
1539, no reinado de Francisco I, em França.

A escrituração possui, portanto, três funções. Serve de instrumento à tomada de


decisões administrativas, financeiras e comerciais, por parte do empresários e dos
dirigentes da empresa, serve de suporte para informações do interesse de terceiros,
como sócios, investidores, parceiros empresariais, bancos credores ou órgão público
licitante e serve também para a fiscalização do cumprimento de obrigações legais,
inclusive e principalmente de natureza fiscal.

A disciplina da escrituração de um livro contábil pode se encontrar na legislação


comercial ou tributaria. Em função disso, a doutrina costuma classificar os livros em

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mercantis ou fiscais. Não existe, contudo, nenhuma diferença entre os livros de uma
ou outra dessas categorias.

FUNCIONAMENTO

Os livros comerciais e fiscais poderão ser escriturados por sistema de


processamento eletrônico de dados, em formulários contínuos, cujas folhas deverão
ser numeradas, em ordem seqüencial, mecânica ou tipograficamente.

A Escrituração é a função de Registro, contábil quando usada o método das


partidas. Sem ele pode ser usada como controle administrativo e não contábil.

VANTAGENS DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

A contabilidade é uma necessidade de todo empresário! Além do quê tem a


obrigatoriedade prevista no Novo Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/2002), artigo
1179:

"O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de


contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus
livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar
anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico."

Podemos listar as seguintes vantagens de uma entidade manter escrituração


contábil:

1. Oferece maior controle financeiro e econômico à entidade.

2. Comprova em juízo fatos cujas provas dependam de perícia contábil.

3. Contestação de reclamatórias trabalhistas quando as provas a serem


apresentadas dependam de perícia contábil.

4. Imprescindível no requerimento de recuperação judicial (Lei 11.101/2005).

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5. Evita que sejam consideradas fraudulentas as próprias falências,
sujeitando os sócios ou titulares, ás penalidades da Lei que rege a matéria.

6. Base de apuração de lucro tributável e possibilidade de compensação de


prejuízos fiscais acumulados.

7. Facilita acesso ás linhas de crédito.

8. Distribuição de lucros como alternativa de diminuição de carga tributária.

9. Prova a sócios que se retiram da sociedade a verdadeira situação


patrimonial, para fins de apuração de haveres ou venda de participação.

10. Prova, em juízo, a situação patrimonial na hipótese de questões que


possam existir entre herdeiros e sucessores de sócio falecido.

11. Para o administrador, supre exigência do Novo Código Civil Brasileiro


quanto á prestação de contas (art. 1.020).

OS LIVROS UTILIZADOS NA CONTABILIDADE

Os principais livros utilizados na Contabilidade são: o Diário, o Caixa e o


inventário.Outros livros auxiliares que variam em quantidades e espécie, de acordo
com a natureza e as necessidades de cada empresa, também podem ser
usados.Existem também os livros exigidos pela legislação fiscal, cujo valor, sob o
aspecto contábil, é bastante reduzido, entre eles citamos:

1 – Livro de Inventario

2 – Livro de Apuração do ICMS

3 – Livro de apuração do IPI

4 – Livro de Apuração do Lucro real

5 – Livro Razão

6 – Livro Diário

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7 – Livro de Registro de Saída

1 – Registro de Inventario

O art. 1.187 do Código Civil reformulou a função do livro de Registro de


Inventário,estabelecendo que na coleta dos elementos para o inventário serão
observados os critérios de avaliação a seguir determinados:

I – os bens destinados á exploração da atividade serão avaliados pelo custo de


aquisição, devendo na avaliação dos que se desgastam ou depreciam com o uso,
pela ação do tempo ou outros fatores, atender-se á desvalorização respectiva,
criando-se fundos de amortização para assegura-lhes a substituição ou a
conservação do valor:

II – Os valores mobiliários, matéria- prima, bens destinados á alienação, ou que


constituem produtos ou artigos da indústria ou comércio da empresa podem ser
estimados pelo custo de aquisição ou de fabricação, ou pelo preço corrente, sempre
que este seja inferior ao preço de custo, e quando o preço corrente ou venal estiver
acima do valor da aquisição, ou fabricação, e os bens forem avaliados pelo preço
corrente.

III – O livro Registro de Inventário, as pessoas jurídicas poderão utilizar o livro


registro de Inventário modelo 7, aprovado pelo Convênio SINIEF nº 70.

2 – Livro de Apuração de ICMS

O substituto tributário, no último dia do período de apuração, escriturará os valores


relativos ao imposto retido, no livro Registro de Apuração do ICMS, em folha
subseqüente á destinada á escrituração de suas próprias operações, com a
indicação da expressão, Substituição Tributária, utilizando no que couber, os
quadros Débitos do Imposto, Créditos do Imposto e Apuração dos Saldos, devendo
lançar livro III art. 31 do RICMS.

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3 – Livro de apuração de IPI

O Livro Registro de Apuração do IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados, é


obrigatório para as Indústrias e estabelecimentos equiparados, estabelecido pelo
Regulamento do IPI, seu objetivo é apurar o IPI devido pelo estabelecimento no
período.

4 – Livro de apuração de Lucro Real

O Livro de Apuração do Lucro Real, também conhecido pela sigla Lalur, é um livro
de escrituração de natureza eminentemente fiscal, criado pelo Decreto- lei nº 1.598,
de 1977, em obediência ao 2º do art. 177 da lei nº 6.404, de 1976, e destinado á
apuração contábil do lucro real sujeito á tributação para o imposto de renda em cada
período de apuração, contendo ainda, elementos que poderão afetar o resultado de
período de apuração futuros (RIR/1999, AT.262).

5 – Livro Razão

A pessoa jurídica tributada com base no lucro real, deverá manter, em boa ordem e
segundo as normas contábeis recomendadas, o livro razão ou fichas utilizadas para
resumir e totalizar por conta ou subconta os lançamentos efetuados no livro Diário,
devendo sua escrituração ser individualizada, obedecendo a ordem cronológica das
operações ( Art.259 do RIR/ 1999).

O livro Razão ou as fichas estão dispensados de registro e autenticação no Órgão


de Registro do Comércio.

6 – Livro Diário

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O livro Diário é de uso obrigatório, pois constitui o registro básico de toda
Escrituração Contábil esse livro deve ser encadernado com folhas numeradas
seguidamente, em que serão lançados dia-a-dia, diretamente ou por reprodução, os
atos ou operações da atividade.

7 – Livro Registro de Saída

Na forma do Livro III, Art.29 do Decreto nº 37699, de 26.08.97 – RICMS/RS, o


substituto tributário do imposto, escriturará no livro Registro de Saídas, a Nota Fiscal
relativa ás operações cujo tributo foi retido na fonte, utilizando-se colunas distintas
tais indicações, sob o titulo comum Substituição Tributaria.

Termo de Abertura e Encerramento

1 – Termo de Abertura

No termo de Abertura, normalmente devem constar a finalidade a que se


destina o livro, o número de ordem, o numero de folhas, o nome da sociedade a que
pertence o local da sede ou estabelecimento, o numero e data do equipamento dos
atos constitutivos no órgão competentes, e o número de inscrição no CNPJ/MF.

2 – Termo de Enceramento

O termo de Enceramento indica o fim a que se destinou o livro, o numero de


ordem, o número de folhas e o nome da sociedade a que pertence o livro.

FALSIFICAÇÃO NA ESCRITURAÇÃO DE DOCUMENTOS

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Perante a legislação do Imposto de Renda, a falsificação, material ou ideológica, da
escrituração e seus comprovantes, ou de demonstração financeira, que tenha por
objeto eliminar ou reduzir o montante de imposto devido, ou diferir seu pagamento,
submeterá o sujeito passivo á multa.

Independente da ação penal que couber (art. 256 do RIR/1999).

CONSEQÜÊNCIAS DA FALTA DE ESCRITURAÇÃO

Devem ser distinguidas duas ordens de conseqüências da falta de escrituração dos


livros: de um lado, as sancionadoras; de outro, as motivadoras. As primeiras
importam a penalização do empresário, inclusive pela imputação de
responsabilidade penal; as outras apenas negam o acesso do empresário a um
beneficio de que poderia usufruir caso tivesse cumprido a obrigação.

São duas as conseqüências sancionadoras: na órbita civil, a eventual presunção de


veracidade dos fatos alegados pela parte adversa, em medida judicial de exibição de
livros;

Na órbita penal, a tipificação de crime falimentar.

São duas, também as motivadoras: inacessibilidade à recuperação judicial e


ineficácia probatória da escrituração.

BIBLIOGRAFIA

Sites:

7
http://www.portaltributario.com.br/guia/escrituracao.html 18/03/2010 às 10h15min
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4320.htm 18/03/2010 às 11h30min

Livros:

Coelho, Fábio Ulhoa

Curso de Direito Comercial, volume I: direito de empresa/Fábio Ulhoa Coelho. –


13. ed. – São Paulo: Saraiva, 2009.

1. Direito Comercial I. Título.

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