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BIOLOGIA 1 – CITOLOGIA

Aula 1 – Origem da vida recebia descargas elétricas, recriando as


condições propostas por Oparin. Após alguns dias
foi observada a formação de moléculas simples,
Teoria da geração espontânea ou entre eles muitos dos aminoácidos constituintes
abiogênese (Aristóteles): matéria viva pode dos seres vivos.
originar-se de matéria não-viva.
Experimento de S. Fox: Aqueceu um caldo
Teoria da biogênese (F. Redi e L. Paster): contendo aminoácidos até o líquido evaporar,
matéria viva só pode originar-se de matéria viva. obtendo aminoácidos ligados por ligações
peptídicas.
Experimento de F. Redi: Pedaços de alimentos
em frascos vedados não permitem surgimento de Experimento de M. Calvin: Conseguiu produzir
moscas, enquanto frascos abertos permitem o açucares simples utilizando os gases da atmosfera
surgimento de larvas de moscas. primitiva com a irradiação de raios ultravioletas.

Experimento de L. Paster: Caldo nutritivo Evolução da vida primitiva


esterilizado quando mantido em um frasco com
gargalo curvo (que diminuía o acesso a 1) Surgimento de organismos unicelulares
microorganismos) permanecia inalterado. heterotróficos por absorção e por fermentação
(metabolismo anaeróbico).
Origem da vida segundo Oparin: Atmosfera 2) Aumento da concentração de gás carbônico
primitiva composta de metano, hidrogênio, (CO2) na atmosfera.
amônia e vapor de água submetida a altas 3) Evolução dos primeiros organismos
radiações e descargas elétricas permitiu a unicelulares autotróficos fotossintetizantes.
formação das primeiras moléculas orgânicas que 4) Aumento da concentração de gás oxigênio na
se juntaram no mar em estruturas pré-celulares atmosfera e surgimento da camada de ozônio.
chamadas coacervados. 5) Conseqüências do oxigênio: Respiração
aeróbica permitiu maior aproveitamento da
energia dos compostos orgânicos, toxicidade do
oxigênio levou os organismos a criarem defesas
antioxidantes ou evitarem o oxigênio (como na
endossimbiose).

6) Conseqüências do ozônio: Diminuição da


radiação ultravioleta que chega a superfície
terrestre, aparecimento dos primeiros
organismos terrestres.
Experimento de S. Miller: Criou um sistema 7) Surgimento de seres vivos pluricelulares
composto de câmaras onde água era vaporizada e derivados de colônias.
misturada com metano, hidrogênio e amônia, e

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Aula 2 – Membrana celular I transmembranas são responsáveis pelo transporte
através da membrana, são as proteínas
Estrutura carreadoras, também chamadas de permeases
ou transportadores.
A membrana celular possui como função primária
isolar o conteúdo intracelular do meio Mosaico fluido. Singer e Nicholson proporam
extracelular. Ela atua como uma barreira que que os fosfolipídeos e proteínas não encontram-se
impede que as moléculas e proteínas da célula estáticos na membrana, mas estão
sejam perdidas para o meio externo. Mas a constantemente difundindo-se lateralmente como
membrana não impede a total troca de substância se estivessem boiando em um mar. Essa idéia de
entre a célula e o exterior, pois também é dotada membrana ficou conhecida como modelo do
de outra propriedade chamada permeabilidade mosaico fluido.
seletiva. Ela seleciona tudo que irá, e o que não
irá, atravessá-la. Glicocálice. As células animais possuem uma
camada de glicídeos (carboidratos) que cobre a
Bicamada lipídica. Formada por fosfolipídeos, membrana, denominada glicocálice. Esses
moléculas anfipáticas que possuem uma açúcares estão ligados a proteínas
cabeça polar hidrofílica formada por um grupo (glicoproteínas) e lipídeos (glicolipídeos). Essa
fosfato e duas caudas apolares hidrofóbicas camada tem função de proteção e é importante
compostas de ácidos graxos. As caudas para o reconhecimento celular.
apolares se orientam para o interior da
membrana, formando duas camadas de
fosfolipídeos com as cabeças polares voltadas
Aula 3 – Membrana celular II
para as faces citossólica e extracelular da Transportes
membrana. Poucas moléculas passam pela
bicamada lipídica. Ela é permeável apenas a Transporte passivo
compostos apolares como O2 e CO2 e moléculas
pequenas como água. Ocorre sem gasto de energia, segue a favor
de um gradiente de concentração, ou seja, de
Proteínas de membrana. Elas podem estar onde está mais concentrado para onde está
mergulhadas na membrana (proteínas menos concentrado.
integrais) ou estarem fracamente ligadas ao
lado citoplasmático ou extracelular da membrana Osmose. Movimento de moléculas de água do
(proteínas periféricas). As proteínas integrais meio menos concentrado (onde há MAIS ÁGUA)
normalmente possuem um lado que está fora da para o meio mais concentrado (onde há MENOS
membrana. Algumas delas atravessam toda a ÁGUA). A célula pode estar em 3 meios:
membrana e são denominadas proteínas  Isotônico: a concentração é igual dentro e
transmembrana. Elas possuem diversas fora da célula e não ocorre osmose.
funções. Um grupo especial de proteínas  Hipertônico: a concentração é maior fora da

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célula e ocorre saída de água da célula. membrana. A velocidade do transporte torna-se
 Hipotônico: a concentração é menor fora da constante com o aumento da concentração.
célula e ocorre entrada de água na célula.
Transporte ativo

Ocorre com gasto energético, pois a célula


necessita quebrar moléculas de ATP. Esse tipo de
transporte é contra o gradiente de concen-
tração, ou seja, de onde está menos concen-
trado para onde está mais concentrado.

Bombeamento. O movimento é feito contra o


gradiente por proteínas carreadoras especiais
chamadas de bombas. A bomba sódio-potássio
gasta uma molécula de ATP para transportar íons
de sódio para fora da célula e íons de potássio
para dentro da célula, contra o gradiente.

Fagocitose. Utilizado para capturar partículas


sólidas. A célula lança pseudópodes que
Difusão. Movimento de soluto (íons, O2 e CO2) englobam a partícula até ela encontrar-se dentro
do meio mais concentrado para o meio menos da célula (fagossomo). Ocorre em amebas e em
concentrado. Quanto maior a diferença de leucócitos que englobam bactérias.
concentração, maior a velocidade da difusão.

Pinocitose. Semelhante a fagocitose. Forma-se


um sulco na membrana celular para capturar
Difusão facilitada. Semelhante a difusão, substâncias liquidas ou em solução. O
porém a substância necessita de uma proteína conteúdo permanece dentro de uma vesícula
carrea-dora que a transporte através da chamada pinossomo.

Clasmocitose. Excreção dos produtos do


fagossomo e do pinossomo. A vesícula funde-se
com a membrana plasmática e libera o seu
conteúdo fora da célula.

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cardíaco, em que todas as células necessitam
Aula 4 – Membrana celular III contrair de modo sincronizado.

Especializações
Aula 5 – Citoplasma
O citoplasma, também chamado de protoplasma,
é composto por uma matriz chamada citossol
(ou hialoplasma) e elementos chamados de
organelas citoplasmáticas (ou organóides).

Citossol. Composto principalmente por água,


proteínas e sais minerais. Entre as proteínas
citossólica encontramos as enzimas responsáveis
pelo metabolismo celular, entre elas as enzimas
que compõem a glicólise. Também se destacam
proteínas chamadas actina e tubulina que formam
uma malha protéica chamada citoesqueleto,
responsável pela sustentação mecânica da célula
animal. A tubulina se polimeriza para formar
estruturas tubulares chamadas microtúbulos. A
Microvilosidades. São projeções da membrana porção mais externa do citossol encontra-se em
em forma de dedos que possuem o objetivo de fase gel, enquanto o interior do citoplasma está
aumentar a superfície da membrana. As em fase sol. O citoplasma não é estático, pois
células do intestino delgado possuem essa nele ocorrem alguns movimentos citoplasmáticos.
especialização para aumentar a absorção dos O movimento amebóide caracteriza-se pelo deslo-
nutrientes. camento de porções citoplasmáticas para formar
pseudópodes. Células vegetais realizam um
Interdigitações. São saliências e movimento citoplasmático denominado ciclose,
reentrâncias na membrana de células em que todo o citoplasma desloca-se
adjacentes que permitem que elas se encaixem circularmente em torno do vacúolo central.
como se fossem duas peças de quebra-cabeça.

Zona de oclusão. É a aproximação da


membrana de células adjacentes de modo que
nada possa passar entre elas. A membranas ficam
tão próximas que nem mesmo moléculas de água
são capazes de passar entre as células.

Junção de adesão e desmossomos. São


porções de membranas com proteínas que
conectam células adjacentes de modo que uma Ribossomos. São estruturas responsáveis pela
fique aderida a outra. Essas estruturas conectam síntese de proteínas (ou tradução). Podem ser
o citoesqueleto das células vizinhas. encontrados aderidos ao retículo endoplasmático
rugoso, livres no citossol ou agrupados em
Junção comunicante ou GAP. São proteínas polissomos. Cada ribossomo é composto de
que formam poros nas membranas de células duas subunidades de tamanhos diferentes. Ele é
adjacentes. Esses poros, chamados GAPs, composto de muitas moléculas protéicas e
permitem que as células vizinhas trocam diversas moléculas de um tipo especial de RNA, o RNA
substâncias e íons. Essa comunicação química ribossômico.
entre as células é importante no músculo

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espermatozóide para nadar. Enquanto células
ciliadas possuem diversos cílios, células flageladas
possuem normalmente um flagelo. Ele move-se
de forma ondulatória para impulsionar a célula
pra a frente.

Aula 6 – Organelas
membranosas I
Sistema de membranas
As células eucarióticas possuem diversas
organelas envoltas por membrana. Cada uma
Centríolos. São estruturas em forma de copo
delas é um compartimento especializado onde
que são responsáveis pela organização dos
ocorrem reações específicas, devido a presença
microtúbulos, tubos protéicos ocos que formam
de enzimas especializadas. Dessa forma, cada um
diversas estruturas, entre elas o citoesqueleto da
desses compartimento tem uma função
célula, os cílios, o flagelo e até o próprio centríolo.
específica.
O centríolo é formado pelo arranjo circular de 9
tríades de microtúbulos e toda célula animal
possui um par de centríolos próximo ao núcleo.
Esse par encontra-se em forma de “L”. Durante a
divisão celular cada centríolo se duplica e cada
novo par de centríolos migra para um dos lados
da célula, orientando a divisão. O centríolo é
responsável pela cinética celular, pois além de
orientar a divisão celular, está envolvido no
movimento dos cílios e dos flagelos.

Cílios e flagelo. São estruturas também formada


de microtúbulos, porém envoltas por membrana
plasmática. Ambos possuem na sua base um
centríolo, também chamado de corpúsculo
basal, e muitas mitocôndrias. O cílio assemelha- Retículo endoplasmático rugoso (RER).
se a um pequeno pelo na superfície da célula. Ele Consiste de um conjunto de sáculos achatados
movimenta-se para trás e para frente, gerando intercomunicados revestidos externamente por
um fluxo na superfície da célula. Protozoários ribossomos. Isso dá a essa organela o aspecto
ciliados utilizam cílios na locomoção. Já o flagelo é granular, ou rugoso. Sua principal função está
muito maior que o cílio e é utilizado pelo relacionada com a síntese protéica. As
proteínas sintetizadas pelos ribossomos aderidos a
ele são transportadas imediatamente para o
lúmen dessa organela. Também pode ser
chamado de ergastoplasma.

Retículo endoplasmático liso (REL).


Semelhante ao RER, porém não possui ribos-
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somos aderidos a ele, podendo ser chamado de
RE liso ou agranular. Assemelha-se a túbulos
emaranhados. Sua função principal é a síntese
de lipídeos, entre eles os lipídeos de membrana
e os hormônios esteróides. O REL realiza diversas
reações químicas relacionadas com a deto-
xificação do organismo nas células do fígado.
Nas células musculares essa organela possui uma
função adicional que é importante para o
funcionamento dessa célula, o acúmulo de íons de
cálcio no seu interior.

Complexo de Golgi. Consiste de aproximada-


mente 5 sáculos achatados e empilhados. A
porção voltada para o interior da célula, chamada
de região “cis” ou proximal, recebe vesículas do
RER que estão carregadas de moléculas
protéicas. Essas moléculas trafegam entre as
pilhas do complexo e recebem adição de
moléculas de açúcar, processo chamado de
glicosilação. Na porção do complexo voltada
para a membrana plasmática, chamada de região
“trans” ou distal, brotam vesículas que são
destinadas à formação de organelas denominadas
lisossomos ou à secreção. O acrossomo do
espermatozóide é formado dessa maneira.

Lisossomos. São organelas vesiculares respon-


sáveis pela digestão intracelular. Elas contêm
diversas enzimas e um pH ácido necessário para a
ação dessas enzimas. As partículas fagocitadas
pela célula são mantidas em vesículas chamadas Aula 7 – Organelas
de fagossomos até serem atacadas pelos membranosas II
lisossomos. As membranas dessas duas vesículas
se fundem formando uma estrutura chamada
Mitocôndria e Cloroplasto
vacúolo digestivo ou lisossomo secundário,
Algumas organelas possuem membrana dupla e
onde ocorre a quebra das moléculas da partícula
estão relacionadas com o metabolismo energé-
fagocitada. Os nutrientes digeridos são trans-
tico da célula. Elas possuem origem em
portadas para o citossol da célula e as moléculas
organismos procariontes que foram englobadas
restantes são exocitadas por clasmocitose. Os
por células eucarióticas, e por isso possuem seu
lisossomos também são responsáveis pelo
próprio DNA, são capazes de se duplicarem e
processo de autofagia, no qual organelas velhas
realizar síntese protéica.
ou desnecessárias são destruídas.
Mitocôndria. Organela responsável pela
produção de energia na célula através do
processo de respiração celular. É composta por
uma membrana externa lisa e uma
membrana interna com diversas dobras
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internas denominadas cristas mitocondriais. Peroxissomo. Organela vesicular responsável
Entre as duas membranas encontra-se um espaço pela realização de diversas reações que envolvem
denominado espaço intermembranar Dentro oxigênio e água oxigenada (peróxido de
da membrana interna encontramos a matriz, que oxigênio). Seu principal conteúdo é a enzima
contém diversas enzimas, DNA e ribossomos. Por catalase que quebra o peróxido de hidrogênio
possuir seu próprio DNA e ribossomos, ela é em água e oxigênio.
capas de sintetizar RNAs e proteínas e de se
duplicar. Seu DNA é circular e seus ribossomos Aula 8 – Células vegetais,
são mais assemelhados com os procarióticos do
que com os eucarióticos. As mitocôndrias, assim procariontes e protistas
como o DNA mitocondrial, é sempre herdado da
mãe.

Cloroplastos. Organela vegetal que tem como


função produzir glicose a partir da fotossíntese. Célula vegetal. As células dos vegetais superio-
Possui uma membrana interna, uma res não possuem centríolos e nenhum grupo de
membrana externa e uma matriz denominada célula vegetal apresenta glicocálice como envol-
estroma. Na matriz estão porções de membrana tório. Possuem um envoltório composta principal-
extensas e achatadas chamadas de lamelas. mente de celulose chamado parede celular. Ela
Entre as lamelas existem pequenas pilhas de dá suporte mecânico a célula e impede a lise
estruturas membra-nares discóides chamadas celular devido a entrada de água por osmose.
tilacóides. Cada pilha de tilacóide recebe o nome Também é responsável pela união entre as
de granum. Os cloroplastos possuem DNA e células. Há perfurações na membrana e parede
ribossomos na sua matriz e são originados de celular (plasmodesmos) entre duas células que
organelas esféricas chamadas protoplastos. permite a comunicação entre elas. A célula
vegetal também possui um ou mais vacúolos,
organela que ocupa grande parte do citoplasma
da célula e que é delimitada por uma membrana
chamada de tonoplasto. Seu conteúdo é chamado
de suco celular, local de armazenamento de diver-
sas substâncias nocivas e, às vezes, de pigmentos
e cristais. Sua concentração é muito alta o que
garante força de sucção para que a água entre na
célula por osmose até ela encontra-se túrgida.
Assim, o vacúolo controla o equilíbrio osmótico
(ou hídrico) da célula. Em um meio hipertônico a
célula vegetal sofre plasmólise, fenômeno em
que a célula murcha e a membrana descola-se da
parede celular. Quando em meio isotônico
novamente, a membrana volta a aderir-se a
parede celular, processo chamado deplasmólise.

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Alguns protistas utilizam cílios ou flagelos para a
locomoção. Outros deslocam-se através do
movimento amebóide emitindo pseudópodes.

Célula procarionte. Ausência de organelas


membranosas. O material genético dessas células
encontra-se disperso no citoplasma devido a
ausência de carioteca. Ele constitui-se de um
cromossomo único formado de uma molécula de
DNA circular. Moléculas adicionais de DNA ANOTAÇÕES:
circulares no citoplasma bacteriano são chamados
de plasmídeos. Podem possuir parede celular, __________________________________
porém ela é de composição diferente da parede __________________________________
vegetal (peptidoglicanos em vez de celulose).
As subunidades dos ribossomos procarióticos são
__________________________________
menores que as dos eucarióticos. Na verdade eles __________________________________
são muito semelhantes aos ribossomos de __________________________________
mitocôndrias e cloroplastos, o que comprova a __________________________________
teoria da endossimbiose. As bactérias também __________________________________
podem apresentar flagelo, mas esse é uma
estrutura muito diferente do flagelo eucariótico, já
__________________________________
que ele não é composto de microtúbulos, nem __________________________________
envolto por membrana. São procariontes as __________________________________
bactérias e cianofitas. __________________________________
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Protistas. Muitos protistas, como as amebas e o
__________________________________
ciliado Plasmodium, vivem em água doce, um
meio hipotônico, e por isso há entrada de água __________________________________
para o citoplasma constantemente por osmose. __________________________________
Uma organela denominada vacúolo contráctil
expulsa esse excesso da água para fora da célula.

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BIOLOGIA 2 – ECOLOGIA
e dessa interpenetração resulta uma faixa
limítrofe com maior densidade e variedade de
Aula 1 – Níveis de Organização espécies.

Organismo  População  Comunidade 


 Ecossistema  Biosfera

Espécie: Conjunto de organismos que podem se


reproduzir e originar descendentes férteis, em
condições naturais.

População: Conjunto de indivíduos da mesma Biosfera: Conjunto formado por todos os


espécie vivendo em uma mesma área, no mesmo ecossistemas da terra. Constitui a porção do
intervalo de tempo. planeta habitada por seres vivos.

Comunidade (Biocenose): Conjunto de todas Habitat: Local habitado por uma população.
as populações que vivem em uma mesma área e
que mantêm relações entre si. Nicho Ecológico: É o papel ecológico que a
espécie desempenha no ecossistema. Para
descobrir qual o nicho de uma espécie,
precisamos saber do que ela se alimenta, onde e
em que hora obtém seu alimento, onde se
reproduz, se abriga, etc. ( “PROFISSÃO” )

Ecossistema: Sistema formado por uma Aula 2 – Cadeias e Teias


comunidade de seres vivos e o ambiente físico Alimentares
habitado por eles, assim como as diversas
relações existentes entre os fatores bióticos e Estudo de uma comunidade acerca das
abióticos. relações alimentares entre seres vivos de várias
espécies diferentes, agrupando-os em níveis de
• O ecossistema é a unidade básica no alimentação: os níveis tróficos.
estudo da ecologia.

BIÓTICO + ABIÓTICO
Estudo das interações tróficas

Fatores Bióticos SERES VIVOS Cadeia Alimentar: É a seqüência linear de seres


vivos em que um serve de alimento para o outro.
Espaço físico
Luminosidade Ex: Capim gafanhoto sapo
Temperatura
Fatores Abióticos Umidade Produtores
(Biótopo) Pluviosidade Consumidores
Níveis tróficos
Salinidade Decompositores
Nutrientes no Solo
Relevo
Produtores: Organismos AUTOTRÓFICOS, que
convertem a matéria inorgânica em matéria
Ecótono: Tensão entre as espécies de biótopos
orgânica. São representados, principalmente,
vizinhos que procuram se interpenetrar, cada um
pelos vegetais clorofilados. Normalmente no meio
tentando invadir o território alheio. Isso decorre
aquático são representados pelo fitoplâncton.
da tendência natural de dispersão dos seres vivos
BIOLOGIA Página 9 de 26 MÓDULO I
organismo em seus processos vitais não é
Consumidores: São representados pelos reaproveitada. Assim, ela não retorna aos
organismos HETEROTRÓFICOS dependentes dos produtores para ser reutilizada, isto é,
produtores.

Decompositores: São representados pelos A ENERGIA POSSUI UM FLUXO UNIDIRECIONAL


fungos e bactérias. Estes organismos convertem a
matéria orgânica em matéria inorgânica. Eles O mesmo não ocorre com a matéria. Graças à
realizam a reciclagem da matéria. ação dos decompositores, a matéria possui um
comportamento cíclico, voltando aos produtores e
Detritívoros: Consumidores especializados em sendo reaproveitada, iniciando um novo ciclo.
comer matéria morta. Ex.: Urubus, hienas. Assim,

A MATÉRIA POSSUI UM FLUXO CÍCLICO

1º Nível 2º Nível 3º Nível 4º Nível


____ 1ª Ordem 2ª Ordem 3ª Ordem

ENERGIA DIMINUI

AUMENTO Substâncias não- biodegradáveis


(Mercúrio, Chumbo, DDT, etc.)

Em um ecossistema existem várias cadeias Aula 3 – Pirâmides ecológicas


alimentares que se interligam, formando uma
complexa rede de transferência de matéria e Os níveis tróficos das cadeias alimentares
energia. A esse complexo se dá o nome de rede freqüentemente são representados por pirâmides
ou teia alimentar. ecológicas. Cada degrau da pirâmide representa a
população de um determinado nível trófico. A
Rede ou Teia Alimentar: Conjunto das várias representação em pirâmides permite-nos visua-
cadeias alimentares de um ecossistema. lizar informações que a representação linear da
cadeia não permite.

Pirâmide de número: Cada nível trófico é


representado por um degrau proporcional ao
número de indivíduos (ou densidade) da
população.

Fluxos de Energia e Matéria:


Ao ocorrer a passagem de um nível trófico
para outro há perda de energia. Isto ocorre
porque a energia uma vez aproveitada por um
BIOLOGIA Página 10 de 26 MÓDULO I
Normalmente a densidade populacional do Pirâmide de energia: Cada degraus representa
nível trófico inferior é maior que a densidade do a energia disponível em compostos orgânicos
nível superior. Entretanto em alguns casos pode que pode ser consumida pelo próximo nível
haver inversão desse padrão. Isso ocorre quando trófico. Como todos os seres vivos consomem
muitos organismos se alimentam de um único grande parte dessa energia a pirâmide diminui
indivíduo do nível trófico inferior, como ocorre no cerca de 90% a cada nível trófico.
parasitismo e em casos de herbivoria em que o
animal alimenta-se de apenas uma porção do
vegetal.

PORTE DENSIDADE
Sempre há redução da energia disponível para o
próximo nível trófico, não ocorre inversão da
PORTE DENSIDADE pirâmide de energia.

Aula 4 - Interações ecológicas


Os organismos interagem de diversas formas
entre si e com o meio. Quando algum organismo
é beneficiado sem o prejuízo de outro chamamos
essa relação de harmônica. Quando um dos
organismos é prejudicado chamamos de relação
desarmônica.

Interações intra-específicas: entre indivíduos


de uma mesma espécie. São elas:

1) Competição intra-específica: competição


entre indivíduos da mesma espécie por recursos
Pirâmide de biomassa: Cada degrau da como alimento, água, parceiros sexuais, etc
pirâmide representa a quantidade de matéria
orgânica presente naquele nível trófico. 2) Canibalismo: indivíduos se alimentam de
outros indivíduos de sua espécie. Ex.: louva-deus

3) Colônia: ligação física entre indivíduos da


espécie. Ex.: corais e caravela

4) Sociedade: interação onde indivíduos vivem


juntos e possuem formas variadas e divisão de
trabalho. Normalmente encontramos uma rainha
(fêmea reprodutora), operárias e soldadas
(fêmeas inférteis) e os machos. Ex.: formiga,
Níveis tróficos com alta taxa de reprodução e abelhas e cupins.
que são rapidamente consumidos possuem pouca
biomassa disponível em um intervalo de tempo. Interações interespecíficas: entre indivíduos
de espécies diferentes. São elas:
Isso pode provocar a inversão da pirâmide de
biomassa, como ocorre nas comunidades
planctônicas. 1) Competição interespecífica: competição
entre diferentes espécies por recursos ou nicho
ecológico. Ex.: P. aurélia e P. caudatum.

2) Predação: relação entre um predador e uma


presa onde o predador se alimenta da presa. Ex.:
leão e antilope

BIOLOGIA Página 11 de 26 MÓDULO I


3) Herbivoria: tipo especial de predação onde
Aula 5 - Dinâmica
um animal se alimenta totalmente ou parcial- populacional
mente de uma espécie vegetal. Ex.: folhas de
plantas e lagarta

4) Parasitismo: relação entre uma espécie


denominada hospedeira e outra espécie
denominada hóspede. O hospedeiro explora o
hóspede, absorvendo seus nutrientes do sangue
(carrapato), produtos da digestão (tênia) ou seiva
(cipó-chumbo e erva-de-passarinho).

5) Amensalismo: uma espécie produz e secreta


substâncias normais do seu metabolismo que
afetam negativamente o crescimento e sobre-
vivência de uma outra espécie. Ex.: Penicilium e
bactérias, Pinus e gramíneas.

6) Protocooperação: cooperação entre


indivíduos de espécies diferentes, em que ambas Crescimento exponencial: Ocorre em
são beneficiadas, porém podem viver condições ótimas, ou seja, espaço disponível,
separadamente. Ex.: Ermitãio e anêmonas, ausência de competição, disponibilidade de
crocodilos e pássaro-palito. nutrientes, recursos, etc. Representa o potencial
biótico da espécie.
7) Mutualismo: relação vital entre duas
espécies, em que há benefício mútuo. Permite Resistência ambiental: A competição por
exploração de ambientes que não poderiam ser recursos limita o crescimento populacional.
explorado pelas espécies individualmente. Ex.:
líquen, protozoários e cupins, leguminosas e
bactérias fixadoras de nitrogênio, micorrizas.

8) Comensalismo: relação alimentar em que


uma espécie, chamada comensal, aproveita os
restos alimentares de outra espécie, que não é
prejudicada nem beneficiada. Ex.: rêmora e
tubarões, peixes da espécie Melichthys niger
e golfinhos.

9) Inquilinismo: utilização de uma espécie


como abrigo para outra espécie, chamada de
inquilino. Ex.: pepino-do-mar e pequenos peixes,
orquídeas e árvores.
1 – adaptação ao ambiente
Relação Espécie 1 Espécie 2 2 – crescimento exponencial
Competição - - 3 – diminuição do crescimento
Predação + - 4 – limite populacional alcançado
Herbivoria + - 5 – flutuação da população devido a fatores
Parasitismo + - diversos
Amensalismo - 0
Protocooperação + +
Mutualismo + + M + E = N + I  estável
Comensalismo + 0 M + E < N + I  crescimento
Inquilinismo + 0 M + E > N + I  decréscimo

Relações harmônicas: aumenta sobrevivência


BIOLOGIA Página 12 de 26 MÓDULO I
Relações desarmônicas: diminui sobrevivência

Princípio de Gause (competição): quando duas


espécies ocupam o mesmo nicho, uma se
extinguirá.

Predação: A população de presas e predadores


tendem a oscilar. Redução das presas ocorre
devido a predação, e a redução dos predadores Ciclo do nitrogênio
ocorre devido a escassez de alimento.

Espécie exótica: Ausência de competição,


predação e resistência ambiental permitem um
rápido crescimento populacional.

Aula 6 – Ciclos Biogeoquímicos

Ciclo da água Aula 7 – Sucessão Ecológica


Sucessão ecológica é a substituição ou
mudança de espécies ou da estrutura da
comunidade ecológica ao longo do tempo,
freqüentemente progredindo para uma
comunidade terminal estável a que se chama
clímax.

Sucessãoes Primárias – São as sucessões que


ocorrem em locais nunca antes habitados.

Sucessões secundárias – São as sucessões que


se desenvolvem em locais anteriormente
povoados, cujas comunidades foram eliminadas
por modificações climáticas ou pela ação
antrópica. Esta sucessão é, normalmente, mais
Ciclo do carbono rápida que a primária, uma vez que no solo

BIOLOGIA Página 13 de 26 MÓDULO I


permanecem alguns microorganismos e um portanto, estáveis e bem desenvolvidos, com
razoável banco de sementes e propágulos organismos perfeitamente adaptados às
vegetativos que tornam o substrato, previamente condições ecológicas que se apresentam
ocupado, mais favorável à recolonização. semelhantes em toda sua extensão territorial.

Floresta tropical: ___________________


__________________________________
__________________________________
Campos: __________________________
__________________________________
__________________________________
Floresta temperada: _________________
__________________________________
__________________________________
Deserto:___________________________
__________________________________
__________________________________
Tundra:___________________________
__________________________________
__________________________________
A comunidade pioneira (ecese ou ecesis) Taiga:____________________________
é constituída por poucas espécies que formam
__________________________________
uma cadeia alimentar simples e, por isto, muito
vulnerável, instável. __________________________________
Caatinga:__________________________
As Comunidades em transição (SÉRIES __________________________________
ou SERES) surgem à medida que novas espécies __________________________________
passam a fazer parte da comunidade pioneira, Cerrado:___________________________
aumentando a diversidade e a biomassa.
__________________________________
__________________________________
A Comunidade clímax se estabelece
quando ocorre equilíbrio dinâmico natural Mata atlântica: _____________________
(HOMEOSTASE) entre todas as populações e o __________________________________
ambiente. Esta comunidade será um conjunto de __________________________________
clima, vegetação e fauna e corresponderá a um Amazônia: _________________________
bioma.
__________________________________
Estágios Estágios
iniciais da climáticos
sucessão (Clímax)
Produção >1
=1
Bruta/consumo
Produção líquida Alta nula
Biomassa mínima máxima
Diversidade de
mínima máxima
espécies

Biomas

Biomas são grandes ecossistemas constituídos por


comunidades que atingiram o estágio clímax,

BIOLOGIA Página 14 de 26 MÓDULO I


Aula 8 – Ação antrópica agricultura extensiva e outros fatores que alteram
a biosfera, tem resultado num acréscimo
mensurável da concentração de gás carbônico na
EMISSÃO DE GASES POLUENTES: atmosfera. Embora automóveis e usinas
produtoras de energia contribuam com
Efeito Estufa: aproximadamente 5% do gás carbônico liberado
em nações industrializadas, a devastação e
O uso de energia tem sido obtida queima de florestas tropicais em países como o
sobretudo de combustíveis fósseis, como gás Brasil é outro grande contribuinte. Para diminuir
natural, o petróleo e o carvão. Essa utilização as emissões dos gases provenientes de queima do
intensa dos materiais energéticos fósseis, aliado à
BIOLOGIA Página 15 de 26 MÓDULO I
carvão e do petróleo, principais responsáveis pelo nítrico e ácido sulfúrico, presentes nas
aquecimento global, governos de todo o planeta precipitações de chuva ácida.
assinaram em 1997 o "Protocolo de Kyoto". O Os poluentes do ar são carregados pelos
acordo obrigaria os países industrializados a ventos e viajam milhares de quilômetros; assim,
diminuir entre 2008 a 2012 sua emissão de gases as chuvas ácidas podem cair a grandes distâncias
poluentes a um nível 5,2% menor que a média de das fontes poluidoras, prejudicando outros países.
1990. O solo se empobrece, a vegetação fica
comprometida. A acidificação prejudica os
organismos em rios e lagoas, comprometendo a
pesca. Monumentos de mármore são corruídos,
aos poucos, pela chuva ácida.

POLUIÇÃO DAS ÁGUAS:

Eutrofização:

Chama-se eutrofização, o desenvolvimento


intensivo do fitoplâncton devido a um
abastecimento excessivo de nutrimentos. As
elevadas concentrações de nutrimentos podem
conduzir a importantes florescências do
fitoplâncton. Este desenvolvimento intensivo
tem lugar em toda a água da superfície e impede
a luz de atingir a água abaixo desta superfície.
Isto, faz parar o desenvolvimento das plantas que
se encontram em profundidade e reduz a
Destruição da camada de ozônio: diversidade biológica. Quando o fitoplâncton
morre, é remineralizado (consumido) pelas
A Camada de Ozônio encontra-se na bactérias. Este processo utiliza o oxigénio contido
estratosfera, entre 15 e 50 Km, em forma de um na água. Quando as florescências são
escudo fino natural da Terra, que protege todos verdadeiramente intensas, esta decomposição
os seres vivos dos danos causados pela radiação bacteriana pode esgotar o oxigénio presente nas
ultravioleta (UV) do Sol, ela retém 95% das águas profundas e impedir, por consequência, a
radiações ultravioletas. É uma região da respiração dos peixes o que os obriga a deixar a
atmosfera, onde se acumula 1 (uma) parte de zona afectada para não morrer. Um excesso de
ozônio para cada 1 milhão de partes de oxigênio nutrimentos pode, as vezes, acelerar o
A destruição do ozônio acontece de forma crescimento de algumas espécies de fitoplâncton
natural e equilibrada, mas substâncias estranhas que produzem toxinas. Estas toxinas podem
podem acelerar e desequilibrar esse processo causar a morte de outras espécies vivas, como por
gerando assim os buracos na camada de ozônio. exemplo, os peixes dos viveiros. Os moluscos e os
Substâncias com CFCs e BrFCs podem crustáceos acumulam as toxinas quando comem o
atravessar intactas as camadas mais baixas da fitoplâncton e estas toxinas podem, então, passar
atmosfera e se acumularem nas camadas para os humanos quando os consomem. Isto
superiores onde a radiação UV é suficientemente causa, geralmente, apenas pequenos desarranjos
forte para decompor as moléculas liberando gástricos, mas nalguns casos raros, estas toxinas
bromo e cloro em quantidade suficiente para podem provocar paragens respiratórias que, as
atacar a camada de ozônio. Estima-se que uma vezes, são mortais.
única molécula de CFC teria a capacidade de
destruir até cem mil moléculas de ozônio. IMPACTOS AGRÍCOLAS:

Chuva ácida: A agricultura moderna esta baseada na


A chuva ácida é uma das principais monocultura. Impactos ambientais, com os
consequências da poluição do ar. As queimas de problemas mais freqüentes, provocados pelo
carvão ou de peróleo liberam resíduos gasosos, padrão de produção de monocultura são:
como óxidos de nitrôgenio e de enxofre. A reação - destruição das florestas e da
dessas substâncias com a água forma ácido biodiversidade genética;

BIOLOGIA Página 16 de 26 MÓDULO I


- erosão dos solos; Atualmente existe um enorme debate
- contaminação dos recursos hídricos e dos quanto à liberação de plantações transgênicas. A
alimentos. polêmica gira em torno da falta de estudos que
Desmatamentos, queimadas, o uso de abordem as possíveis conseqüências que
substâncias não-biodegradáveis (agrotóxicos) são plantações transgênicas podem causar ao meio
algumas das práticas agrícolas associadas a esses ambiente.
tipos de impactos ambientais. Dentre os principais riscos ambientais
deste tipo de prática está a possibilidade de
Desmatamentos: ocorrer o escape do transgene para populações
selvagens.
Os desmatamentos reduzem os hábitats Exemplo: Um transgene que dá resistência
naturais. Por conseqüência, os desmatamentos ao milho contra a larva de um inseto pode ser
são apontados como a principal causa de disseminado para populações de milho selvagem
extinções de espécies. Em segundo lugar aparece através da dispersão do pólen.
a caça predatória como causa de extinções. Outro risco ambiental é o que o transgene
Cabe ainda associar o desmatamento com também tenha efeito sobre espécies não-alvo.
o assoreamento de rios. A retirada da mata Exemplo: Este mesmo transgene além de
ciliar leva à erosão do solo e, por conseqüência, o dar resistência contra a larva considerada uma
“aterramento” de rios. praga, também confere resistência a insetos
polinizadores.
Queimadas:
PRODUÇÃO ENERGÉTICA:
As queimadas podem ocorrer
naturalmente, como processo importante no Termoelétricas:
manejamento natural de alguns biomas, como o
cerrado, por exemplo. A produção de eletricidade em
No entanto, as queimadas de grandes termoelétricas representa em escala mundial cerca
florestas são uma das principais causas do de um terço das emissões antropogênicas de
agravamento do efeito estufa. dióxido de carbono. A emissão de CO2 e outros
Este problema está, também, gases levam ao agravamento do efeito estufa e a
intimamente associado á redução da problemas locais como chuvas ácidas.
biodiversidade e do empobrecimento do
solo. Este último é conseqüência da retirada da Hidroelétricas:
matéria orgânica presente no solo.
Muitas vezes faz-se referência a
Moléculas não-biodegradáveis: hidroeletricidade como sendo uma fonte "limpa" e
de pouco impacto ambiental. Entretanto, elas
Os principais representantes de também trazem impactos irreversíveis ao meio
moléculas não-biodegradáveis são os metais ambiente. Isso é especialmente verdadeiro no
pesados (Chumbo, Mercúrio, etc.). Estas caso de grandes reservatórios. Existem problemas
moléculas são assim chamadas, pois não podem com mudanças na composição e propriedades
ser eliminadas pelos organismos. Assim, a químicas da água, mudanças na temperatura,
tendência é que haja um acúmulo destas concentração de sedimentos, e outras
moléculas ao longo de cadeias alimentares, modificações que ocasionam problemas para a
levando assim, a altos níveis de contaminação manutenção de ecossistemas à jusante dos
aqueles organismos que estão nos níveis tróficos reservatórios. Esses empreendimentos, mesmo
mais elevados. bem controlados, têm tido impactos na
manutenção da diversidade de espécies (fauna e
Riscos da agricultura transgênica: flora) e afetado a densidade de populações de
peixes, mudando ciclos de reprodução.
Espécies agrícolas transgênicas são
desenvolvidas buscando-se um aumento na
“qualidade” da planta e o aumento de
produtividade. Assim, desenvolvem-se variedades
transgênicas resistentes a pragas, resistentes ao
calor e frio, com tempo de amadurecimento mais
lento, com maior quantidade de nutrientes, etc.
BIOLOGIA Página 17 de 26 MÓDULO I
BIOLOGIA 3 – MICROBIOLOGIA E ZOOLOGIA

Aula 1 - Vírus divisão celular. O DNA viral fica "adormecido" por


um tempo indeterminado. Quando ativado, ele
Vírus são partículas acelulares ditas parasitas toma controle das funções normais da célula
intracelulares obrigatórios, reproduzindo-se infectada, e, ao mesmo tempo em que é
através da invasão e do controle da maquinaria replicado, comanda a síntese das proteínas que
celular. O termo vírus geralmente refere-se às comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se
partículas que infectam eucariontes (organismos e envolvem as moléculas de ácido nucléico. Desse
cujas células têm carioteca), enquanto o termo modo, são produzidos novos vírus. Finalmente,
bacteriófago ou fago é utilizado para descrever ocorre a lise da célula infectada e os novos vírus
aqueles que infectam procariontes (bactérias e são liberados para infectar mais células,
cianofíceas). Tipicamente, estas partículas procedendo o ciclo lisogênico.
carregam um pequeno segmento de ácido
nucléico de fita simples ou dupla fita (seja DNA ou Doenças: são causadores de uma série de
RNA) cercada por uma cápsula protetora de doenças nos seres humanos tais como: caxumba,
composição protéica ou lipoprotéica – o capsídeo, sarampo, hepatite viral, poliomielite (ou paralisia
que é formado por subunidades chamadas infantil), febre amarela e dengue (transmotidas
capsômeros. Nos vírus bacteriófagos existem dois pelo mosquito Aedes aegypti), gripe, varicela ou
tipos de ciclos reprodutivos: catapora; varíola; meningite viral, raiva, rubéola ;
e a AIDS, que é causada pelo HIV.
Ciclo Lítico: o vírus invade a bactéria,
interrompendo as funções normais dela devido a Retrovírus: também chamados de RNAvírus,
presença do ácido nucléico do vírus (DNA). Ao caracterizam-se por terem um genoma constituído
mesmo tempo em que é replicado, o DNA viral por RNA simples. Por não possuírem DNA
comanda a síntese das proteínas que comporão o (normalmente é o DNA que origina o RNA), os
capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem retrovírus realizam uma etapa na invasão celular
as moléculas de ácido nucléico virais. São, assim, denominada retrotranscrição, através da enzima
produzidos, então novos vírus. Por fim, ocorre a transcriptase reversa.
lise celular, ou seja, a célula infectada rompe-se e
os novos bacteriófagos são liberados para RNA
iniciarem um novo ciclo.

Ciclo Lisogênico: o vírus invade a célula transcriptase


hospedeira, e o DNA viral incorpora-se ao DNA da reversa
célula infectada. Assim, o DNA viral torna-se parte
do material genético da célula infectada. Após a
infecção, a célula continua realizando as suas
funções normais, como a síntese protéica e a DNA

BIOLOGIA Página 18 de 26 MÓDULO I


Vírus e câncer: • Flagelo: estrutura apenas protéica que roda
Recentemente foi mostrado que o câncer cervical como uma hélice. Muitas espécies de bactérias
(cólon do Útero) é causado ao menos em partes movem-se com o auxílio de flagelos. Os flagelos
pelo papilomavirus (que causa papilomas, ou bacterianos são muito simples e completamente
verrugas), representando a primeira evidência diferentes dos flagelos dos eucariontes que são
significante, em humanos, para uma ligação entre envoltos por membrana.
câncer e agentes infectivos. • Vacúolo: não são verdadeiros vacúolos já
que não são delimitados por uma membrana
PALAVRAS CHAVES: Capisídeo, Ciclo Lítico, lipídica como nas plantas. Eles são grânulos de
Ciclo Lisogênico, Retrovírus, transcriptase substâncias de reserva, como açúcares
reversa. complexos.
• Mesossomo: dobras da membrana celular
Aula 2 – Reino Monera para o interior do citoplasma que é responsável
por guiar o material genético para os pólos
durante a divisão celular e possui enzimas para a
O reino Monera compreende todos os organismos cadeia respiratória.
unicelulares procariontes, representados pelas
bactérias e algas azuis ou cianofíceas. Sendo
procariontes. exibem uma estrutura celular
Nutrição
relativamente simples, pois no Reino Monera não
são encontradas estruturas membranosas no Heterótrofas: alimentam-se da decomposição
citoplasma celular. Assim, nesse grupo não se da matéria orgânica morta (saprófitas), ou dos
verifica a presença de um núcleo, nem de serres vivos que parasitam (parasitas).
organelas como o retículo endoplasmático, o
complexo de Golgi, as mitocôndrias e os plastos. Autótrofas fotossintetizantes: são capazes de
produzir energia e compostos através da energia
solar. Elas possuem pigmentos fotossintéticos
como clorofila e bacterioclorofilas que captam a
energia luminosa e a convertem em energia
química. As cianofíceas são procariontes que
realizam fotossíntese utilizando a clorofila, CO2 e
H2O, e liberando O2, semelhante as plantas.
Algumas bactérias fotossintetizantes não utilizam
água no processo, utilizando H2S (ácido
sulfídrico).

2 H2S + n CO2 --------> (CH2O) n + 2 S + H2O


Estruturas da célula procariota
Autótrofas Quimiossintetizantes: Aproveitam
• Nucleóide. é uma única grande molécula de a liberação de energia de reações de oxidação
DNA circular com proteínas associadas. para produzirem os seus compostos orgânicos.
• Plasmídeos: são pequenas moléculas
circulares de DNA que são trocadas na 2 NH3 + 3 02  2 HNO2 + 2 H2O + ENERGIA
"reprodução sexual" entre bactérias. Os
plasmídeos têm genes, incluindo freqüentemente
aqueles que dão resistência contra os antibióticos.
Reprodução
• Ribossomos: Responsáveis pela síntese
protéica. Assexuada: grande parte das bactérias se
• Membrana celular: é uma bicamada reproduz dessa maneira, por divisão binária
(cissiparidade).
lipídica, com proteínas importantes (na
permeabilidade a nutrientes e outras substâncias,
defesa, e na cadeia respiratória e produção de Sexuada: Envolve troca de material genético
energia). entre as células, aumentando a variabilidade
• Parede celular: é uma estrutura complexa genética. Em procariontes pode ser por 3
mecanismos:
composta por peptidoglicanos, polímeros de
carboidratos ligados a proteínas como a mureína.
É uma estrutura muito diferente da parede celular • Transdução: ocorre através de um fago que
injeta material genético na bactéria parasitada,
vegetal, que é composta de celulose.

BIOLOGIA Página 19 de 26 MÓDULO I


que pode incorporar-se ao material genético pulsátil). A reprodução é por divisão binária e em
bacteriano. casos raros ocorre reprodução sexuada com
• Transformação: pedaços de DNA que estão formação de gametas iguais (isogamia). Exemplo:
livres no ambiente (proveniente de organismos Ameba.
mortos) entram em células bacterianas e
incorporam-se ao genoma delas.
• Conjugação: troca ou transferência de
material genético entre duas células bacterianas.
Normalmente são trocados os plasmídeos. Ocorre
através das fíbrias sexuais, que formam uma
ponte citoplasmática que permite a troca de
plasmídeos.

Flagelados ou Mastigóforos: locomovem-se


através de flagelos. Podem utilizá-los na captura
de alimento em meio líquido, criando uma
corrente que direciona o alimento até as
proximidades da célula, Podem ser de vida livre
ou parasitas. Reprodução por divisão binária.
Exemplo: Trypanosoma cruzi (doença de Chagas)
e Leishmania brasiliensis (Leishmaniose).

Palavras chaves: conjugação, transdução,


plasmídeo, procarioto, parede celular.

Aula 3 – Reino Protista


Os organismos unicelulares eucariontes, repre-
sentados pelos protozoários - como amebas e
paramécios - e certas algas unicelulares - como
euglenofíceas, pirrofíceas e crisofíceas – cons-
tituem o reino Protista. Sendo eucariontes, os
protistas possuem núcleo e organelas citoplas-
máticas. São heterótrofos por ingestão de outros
seres vivos, por absorção de matéria orgânica ou
podem ser parasitas.

Classificação dos protozoários

Rizópodes ou Sarcodíneos: locomovem-se


através de pseudópodes, que também possuem Ciliados: maioria de vida livre, poucas espécies
função de captura de alimento através da são parasitas e locomovem-se através de cílios
fagocitose. Os resíduos da digestão são que cobrem toda a superfície da célula. Uma
eliminados por exocitose,e a eliminação de região especializada da superfície celular chamada
produtos tóxicos ou indesejáveis e o controle sulco oral direciona o alimento para a
osmótico são feitos pelo vacúolo contrátil (ou citofaringe, local onde o alimento é englobado

BIOLOGIA Página 20 de 26 MÓDULO I


pela célula. A reprodução assexuada ocorre por Esporozoários: desprovidos de organelas
bipartição e a sexuada por um processo complexo locomotoras, são todos parasitas que
chamado de conjugação, onde dois ciliados apresentam ciclo de vida onde formam-se esporos
trocam estruturas genéticas chamadas deniminados esporozoíto (forma infestante) e
micronúcleos. O material genético dos ciliados merozoíto (repordução assexuada). Exemplo:
está dividido em dois núcleos, um grande Plasmodium (malária).
chamado de macronúcleo que está relacionado
com as funções vegetativas da célula e um núcleo Palavras chaves: Portozooarios, conjugação,
pequeno chamado micronúcleo que está doença de Chagas – Tripanossoma cruzi, malária -
relacionado com a conjugação. Exemplo: Plasmodium.
Paramecium.

AULA 4 – Doenças Microbiológicas


VÍRUS
Gripe e resfriado
DOENÇA Sarampo Poliomielite Febre amarela Raiva ou hidrofilia Hepatite
comum
Saliva, gotículas
Em alguns
Gotículas eliminadas pela Transmissão
indivíduos, ela Vírus Haemagogus
eliminadas pelas tosse, por ocorre por
MODO DE pode atacar o transmitido pelo Animais domésticos,
vias respiratórias exemplo, água ou
TRANSMISSÃO sistema nervoso, mosquito Aedes principalmente o cão
de pessoa para atacando alimentos
provocando aegypti
pessoa geralmente contamidados
paralisia
crianças
VÍRUS
DOENÇA Dengue AIDS Herpes Catapora Caxumba
HIV transmitido Provoca feridas Saliva, gotículas
Saliva, gotículas
através do nas regiões bucal eliminadas pela
Transmitida pelo eliminadas pela
MODO DE contato por e genital, tosse, por
mosquito Aedes tosse, por exemplo,
TRANSMISSÃO sangue, sêmen transmitida pelo exemplo, atacando
aegypti atacando geralmente
ou secreções contato com o geralmente
crianças
vaginais portador crianças

BACTÉRIA
Lepra ou
DOENÇA Tuberculose Difteria Coqueluche Tétano Leptospirose
hanseníase
Leptospira
interrogans
Doença que ataca
É transmitida transmitida
Causada pelo crianças, Produzido pelo
Bacilo de Koch pelo bacilo de pela água,
bacilo produzindo uma bacilo do tétano
(Mycobacterium Hansen alimentos e
MODO DE diftérico, que tosse seca (Clostridium tetani),
tuberculosis), (Mycobacterium objetos
TRANSMISSÃO ataca característica, que penetra no
atacando os leprae) e causa contaminados
principalmente causada pela organismo por
pulmões lesões na pele e com urina, com
crianças bactéria Bordetela ferimentos na pele
nas mucosas bactérias,
pertussis
principalmente
de ratos
BACTÉRIA
Meningite Disenterias
DOENÇA Gonorréia Sífilis Tracoma
meningocócica bacterianas
É provocada Shigella e a
Gonococo
pela bactéria Meningoccoco Salmonela,
(Neisseria
MODO DE Treponema transmitido por transmitidas pela Bactéria Chlamydia
gonorrheage)
TRANSMISSÃO pallidum, que é espirro, tosse ou ingestão de água e trachomatis
transmitida pelo
transmitida pelo fala alimentos
contato sexual
contato sexual contaminados

Plasmodium
vivax
Entamoeba Plasmodium Trypanossoma
PROTOZOÁRIO Balantidium coli Toxoplasma gondii Trypanossoma cruzi
histolyca malariae gambiense
Plasmodium
falciparum
Disenteria
Doença do
DOENÇA amebiana, Disenteria Malária Toxoplasmose Doença de Chagas
sono
amebíase
Picada de barbeiro
Água e Picada de
MODO DE Água e alimentos Fezes e urina de (Triatoma infestans, Picada de
alimentos mosquito
TRANSMISSÃO contaminados gato Panstrogylus mosca tsé-tsé
contaminados Anopheles
megistus)
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Leishmania Leishmania Leishmania Trichomona
PROTOZOÁRIO Giárdia lamblia
brasiliensis donovani tropica vaginalis
Leishmaniose
Leishmaniose
DOENÇA tegumentar Botão-do-oriente Tricomoníase Giardíase
visceral (calazar)
(úlcera de Bauru)
Picada de Picada de Picada de
MODO DE Água e alimentos
mosquito mosquito mosquito Relações sexuais
TRANSMISSÃO contaminados
Phlebotomus Phlebotomus Phlebotomus

Aula 5 – Reino Fungi Reprodução

Os fungos são organismos unicelulares Assexuada: Por brotamento, fragmentação


(representados pelas leveduras) ou pluricelulares do micélio – da qual resultam vários indivíduos
(representados pelos bolores e cogumelos), pela produção de esporos.
destituídos de pigmentos fotossintetizantes. Os Esporo: célula capaz de se desenvolver em
fungos são heterótrofos por absorção e outras por mitose
possuem enzimas que decompõem a matéria
orgânica, podendo ser parasitas (como nas Sexuada: resultada da fusão de hifas
micoses). Pelas diferenças que apresentam tanto haplóides. Uma das hifas é designada como
em relação aos vegetais como aos animais, positiva(+) e outra como negativa(-).
modernamente os fungos são enquadrados num
reino o Reino Fungi. Os fungos pluricelulares são
constituídos de longas células em forma de
filamentos chamadas hifas. A hifa é um longo e
ramificado filamento que em conjunto com outras
hifas forma o talo de um fungo (micélio). Uma
hifa típica é constituída por uma parede tubular
de quitina podendo ser de três tipos como mostra
a figura abaixo:

A - Hifas cenocíticas (não-septadas), B - Hifas


septadas mononucleadas, C - Hifas septadas
multinucleadas.
Doenças causadas por fungos
Liquens e micorrizas
São, de modo geral, denominadas micoses e
Alguns fungos estabelecem associações na grande maioria são parasitas externos
obrigatórias com outras espécies. Essa (ectoparasitos). Atacam pele, unhas, couro
associação, em que as duas espécies se cabeludo, genitais e órgãos internos. As micoses
beneficiam, chamamos de mutualismo. Os mais comuns são: frieiras, micoses de praia,
liquens são associações mutualísticas entre sapinho, condidíase – DST, micose pulmonar.
cianobactérias (algas azuis) ou algas verde e
fungos. As algas sintetizam matéria orgânica, Classificação
alimentando os fungos, que cedem água e abrigo
as algas. As micorrizas são uma associação Zygomycota: os zigomicetos vivem em geral no
mutualística entre fungos e raízes de plantas. as solo alimentando-se de matéria orgânica. O mais
hifas do fundo envolvem as raízes aumentando a conhecido deles é o Bolor negro do pão – gênero
absorção de água e sais minerais para a planta, Rhisopus.
que fornece ao fungo matéria orgânica.
BIOLOGIA Página 22 de 26 MÓDULO I
Ascomycota: os ascomicetos possuem uma Como exemplo, considere-se a classificação do
estrutura produtora de esporos o asco. São eles: hibisco-da-síria:
o levedo, trufas, Pennicillium. Reino: Plantae (Todas as plantas)
Basidiomycota: os basidiomicetos são Divisão*: Magnoliophyta
conhecidos popularmente por cogumelo, que é na Classe: Magnoliopsida
verdade o seu corpo frutífero onde se encontram Ordem: Malvales
os esporos reprodutivos. são muito apreciados na Família: Malvaceae
culinária, porém há muitas espécies venenosas Gênero: Hibiscus
como o gênero Amanita Espécie: Hibiscus syriacus
Deuteromycota: os deuteromicetos são ditos
fungos imperfeitos pois não tem reprodução Observe a classificação para um animal, o cão
sexuada. O mais conhecido é o gênero doméstico:
Tricophyton que causa a frieira.
Reino: Animalia
Palavras chaves: Hifas, liquens, micorrizas, Filo*: Chordata
leveduras. Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Aula 6 - Taxonomia Gênero: Canis
Espécie: Canis familiaris
Para facilitar o estudo da enorme diversidade
de seres vivos, é preciso organizá-los em grupos, Observe o diagrama abaixo:
classificando-os de acordo com certos critérios.
Para isso que a taxonomia surgiu, para padronizar
esse conhecimento cientifico facilitando e
integrando o trabalho dos cientistas de todo o
mundo.

Os sete grupos básicos de classificação

Em 1735 o medico Carl von Linné – o Lineu -


estabeleceu a espécie como a unidade básica de
classificação e reuniu os seres vivos em grupos
taxonômicos.
A taxonomia de Lineu classifica as coisas
vivas em uma hierarquia, começando com os
Reinos. Reinos são divididos em Filos. Filos são
divididos em classes, então em ordens, famílias,
gêneros e espécies e, dentro de cada um em sub-
divisões:
Reino
Filo (para animais) / Divisão (plantas)
Subfilo / Subdivisão
Superclasse
Classe Regras importantes de nomenclatura
Subclasse
Superordem 1ª: Os nomes científicos devem ser formados por,
Ordem no mínimo, duas palavras. A língua usada é o
Subordem latim.
Superfamília
Família 2ª: A primeira palavra corresponde ao gênero,
Subfamília é um substantivo e deve ser escrita com a inicial
Gênero maiúscula. A segunda palavra corresponde ao
Subgênero epíteto específico ou nome específico. O
Espécie conjunto formado pelo gênero e epíteto específico
Subespécie denomina-se espécie.

BIOLOGIA Página 23 de 26 MÓDULO I


3ª: Todo nome científico deve ser destacado • Esclerócitos (Amebócitos), que são as
no texto, normalmente em itálico. células responsáveis pela secreção das
espículas, que são responsáveis pela
4ª: O Sub-gênero, se existente, deve ser sustentação.
escrito depois do gênero, entre parênteses, • Espongócitos (Amebócitos), que são as
com inicial maiúscula e também destacada. Ex: células responsáveis pela secreção da
Drosophila (Sophophora) melanogaster espongina, nas espécies em que é este o
(Mosquinha-das-frutas). Quando se trata de sub- "esqueleto" do animal.
espécies, estas devem ser escritas após a • Arqueócito (Amebócito) – células envolvidas
espécie, com inicial minúscula e também com a reprodução sexuada desses animais,
destacada. As sub-espécies são o que chamamos originando os gametas.
de raças, para animais, e variedades, para
vegetais. Ex: Rhea americana alba (ema branca);
Rhea americana grisea (ema cinza);

Palavras chaves: Reino, Filo (Divisão), Classe,


Ordem, Família, Gênero, Espécie.

Aula 7 - Porífera
Porifera é um filo do reino Animalia, onde se
enquadram os animais conhecidos como
esponjas. Estes organismos são sésseis, sua
grande maioria é marinha, alimentam-se por
filtração de partículas em suspensão, bombeando
a água através das paredes do corpo e retendo as
partículas de alimento nas suas células. As
esponjas estão entre os animais mais simples,
não possuindo verdadeiros tecidos, e sem
células musculares, sistema nervoso, nem órgãos
internos. Eles são muito próximos à uma colônia
celular pois cada célula alimenta-se por si própria
– digestão intracelular. A reprodução é por
As esponjas desenvolvem-se em três padrões:
brotamento e gemulação. Existem mais de 15.000
espécies modernas de esponjas conhecidas, e
muitas outras são descobertas a cada dia. • Asconóide, que é o tipo mais simples - um
As esponjas possuem sete tipos de células: simples tubo. Muito pequeno e muito raro.
• Siconóide, em que o tubo se dobra sobre si
mesmo, permitindo o crescimento do animal.
• Pinacócitos, que são as células da epiderme
• Leuconóide, o caso mais complexo, em que
exterior - são finas, coriáceas e estreitamente
a parede se dobra várias vezes, formando um
ligadas.
sistema de canais. Esse é o tipo mais comum na
• Coanócitos, também chamadas "células de
natureza.
colarinho" porque têm um flagelo rodeado por
uma coroa de cílios, revestem a esponjocele e
A sustentação do animal é pode ser feita por
funcionam como uma espécie de sistema
espículas calcáreas ou siliciosas, por fibras de
digestivo e sistema respiratório combinados, uma
espongina ou por placas calcáreas.
vez que os flagelos criam uma corrente que
renova a água que as cobre, da qual elas retiram
Palavras Chave: Coanócitos, sésseis, esponjas,
o oxigênio e as partículas de alimento.
espongina, espículas
• Porócitos, que são as células que revestem
os poros da parede e podem contrair-se,
formando uma espécie de tecido muscular.
• Amebócito, que se deslocam no Aula 8 - Cnidária
mesênquima, realizando muitas das funções
vitais do animal, como a digestão das partículas Cnidaria inclui os animais aquáticos de que
de alimento e o transporte de nutrientes. fazem parte as hidras de água doce, as
medusas ou águas-vivas, que são encontradas
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em alto mar, e os corais e anêmonas-do-mar. ciliadas que, quando encontram um substrato
O filo era também chamado Coelenterata apropriado, se fixam e se transformam em
(Celenterados), que originalmente incluía os pólipos. Em alguns celenterados, como os corais,
pentes-do-mar, atualmente considerado um filo a fase de pólipo é a fase definitiva. O corpo dos
separado, composto por animais também cnidários é basicamente um saco formado por
gelatinosos como as medusas, mas com algumas duas camadas de células - a epiderme, no
características próprias. exterior, e a gastroderme no interior - com uma
O corpo dos cnidários é basicamente um saco massa gelatinosa entre elas, chamada mesogléia
formado por duas camadas de células - a e aberto para o exterior.
epiderme, no exterior, e a gastroderme no Os pólipos reproduzem-se assexuadamente
interior - com uma massa gelatinosa entre elas, formando pequenas réplicas de si mesmos por
chamada mesogléia e aberto para o exterior. Por evaginação da sua parede, chamados gêmulas.
esta razão, diz-se que os cnidários são No caso dos corais, estes novos pólipos
diploblásticos. constroem o seu "esqueleto" e continuam fixos,
Ao redor da abertura, chamada boca, os contribuindo para o crescimento da colônia.
celenterados ostentam uma coroa de tentáculos No entanto, em certos casos, os gomos
com células urticantes, os cnidócitos, capazes de começam a dividir-se em discos sobrepostos, num
ejetar um minúsculo filamento semelhante a um processo conhecido por estrobilação, sendo esta
chicote, o nematocisto que pode conter uma também uma forma de reprodução assexuada.
toxina ou material mucoso. Estes "aparelhos" Estes discos libertam-se, dando origem a
servem não só para se defenderem dos pequenas medusas chamadas éfiras que
predadores, mas também para imobilizarem uma eventualmente crescem e se podem reproduzir
presa, como um pequeno peixe, e se sexualmente.
alimentarem, já que são tipicamente carnívoros.
Algumas células da cavidade central da
gastroderme (o celêntero) secretam enzimas
digestivas, enquanto que outras absorvem a
matéria digerida.

Na mesogléia, encontram-se células com


função muscular que promovem o fluxo de água
para dentro e fora do animal e um sistema
nervoso composto por uma rede difusa de
neurônios logo abaixo da epiderme. Esses
sistema permite apenas respostas locais e
isoladas, não havendo agrupamentos de
neurônios em gânglios.

Ciclo de vida

Os cnidários reproduzem-se sexuada e


assexuadamente através da metagênese. A
reprodução sexuada dá-se na fase medusa (com
exceção dos antozoários, os corais e as
anêmonas-do-mar, e hidra e algumas outras
espécies que não desenvolvem nunca a fase de
medusa): os machos e fêmeas libertam os
gametas na água e ali se conjugam, dando
origem aos zigotos.
Dos ovos saem larvas pelágicas chamadas
plânulas, em forma de pêra e completamente
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Complemento: Ciclo de vida do Plasmodium, causador da malária

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