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Visite . eee (Dennicilicir Caicos ea Aree eee ieee ues Eee Se eae we anna Dra reie srecinion se neice Curae icontae te on arte dos cbjetivos deste live. Difunci-la © oferecer Ricken Decca ptae ee escirl etd Mas, tudo indica que a originelidade do livro resica no xg esiita Bara aria eau oie eras abardagem complexa oueck cca wei tome) eon eens eae re isl ete oy ene ee nea ee ts eee erica ied ssa PCa Mcrae treme ns en ee ort en ee eee) lizam da Visita como ferrarnenta profissional estSo na I Nore het aie etic) Ce te ote a eens Pret SARITA AMARO Ret eee lil arita Amaro tem gradua G80, mestrade ¢dautorade . Lene em Service Sacial pela Pontificia ae Universidade Catdlica do Rio = Gronde do Sul. Possi wiring aah publiaches'couren questo da rh A infancia, dentre as quais + destacam-se os livros: Criangas op vitimas de violancia: das sombras, Ae + Z fio sofemente a geneatoga dé Visti * Bebpes ile eS cee Deuniciliear Lugar de aluna # na esce * inelde a gNANE RAN ae Ke indmeras ovtras sobre ry demandas @abordagens em Servige Social Educactoral, em Ww eujo espasp mnilita em favor da é 4 ineutsas Ue cesttentex waiais be erm equipes interdisciplnares, o atvando diretamente nas stolen Cplediona-maperiéieia EF hn ualue idapan aera decefte, pesauisedaca, cabrdenscdia b aaenaonict) principalmemte nos cursos de graduagio «pos em Sorvico =i Social, Admimistraesy e \ Pedagogia : Sarita Amaro Visite Donnticilicirr {2 Siciea Avan, 2003 ape vious Griarr Lists ‘ltr iastastin de Repaty Santos fsise Tse) hansen te Disguannas [Laval Henares Cores Supereline erat Piranesi AGE.~Assnovonn Guatica t Eston. Lre LDITORA AGE LTDA, aS ORRRN EE Ran De, Ramiro «Avia, 20, san), 402 Pane (93) 8217-4074 Fax (31) 4229385 "0626-1150 Pavan Alzgies RS, Bas woe orange comin Dieseinuidora AGE Rust Jose Roshignen Solas 230, ome (51) 3339.2952 Jax (51) 3352.0375 DISTUOGd Poss Alegre: BS, Brasil vondsstedoraogecoes be Ingress no Bal Peince i Bs ceclico este liveo a vodos os pro- Fissionais de savcle, om expecial aos meus colegas de diferentes steas ¢ fangaes que aruam aa 13" Cor denacioria Regional de Sauide de Ls. tale do Rio Grande cla Sul, Sumero Apresencagso. > ‘vias Coiattaengien Latta rh 1. Visca domicitiar 0 ute 6? 2, Profisionts visocous Is 3, A vii domiciliar como opsio. Inseodoigien 16 Realidate © Complexidade Is 1. A pealidade éaiais que uma soma de Fores nu Feticidades be 2. Nom aiulo é 0 que vac! v6, nan sampoes oma vou ve 21 3. Coane el para er poderne nculear na wale on 24 ‘Roalidadere Visas: Gomyplenm, 28 1, Vact estd promo pata yer a realidade tab camo ala 2 28 2. Oa vets apenesprocutando “alguna ea” gC TRE ss 3 3, A vende da realidad parte de nm visto ccansplexa preseupada en compreender © anjunne reacional M6 Questio Sexial, Socialiclule © Complesidade 1, Olhar a v2lag80 social ssconde- imanta 2. Arqueatia social mt lente de urn allay complese Por uma Abordagem Complesa na Visita Domnicline 1. Una lgte de eoertnctat o ollar complex Ealimencado por um pencamenta complex 2. Fics, uma condigto inlispenssvel 3. Tres pergencas chases: por que quande ce com queen visi 4. A relagda profisional na vita domiellar 5. A diketica dacurago da viva domi 6. © registro da wists domiciiae Palaveas Finds. Referéncias 46 48 55 56 «2 idéia de escrever este Livro parca inicialmenre de uma situagao mui 10 espeeffica: uum colega de univer sicade solicitou que eu Ihe emprestasse al- gum material sobre visita domiciliar para que © mesmo pudesse inclicar a seus pup Jos, Quande clei por mim, estava em casa a procurar entre meus livros, jé meio int tada por nada encontrar. Nao havia ne- bum citulo, nenhum artigo, nem texto nnineagnafad Em meio & busca, a memdria de meu tempo de graduanda na Faculdade de S vigo Social emergis, ¢ nesse resgate perce i que nunca havia cdo contato com um liar acé aquela dara, Inicialmente, essas eecordagdes me dei« xacam desconcertada, Afinal, 0 Servigo Social é uma das dress que mais empregaa sabordagens, C1880 desde os primorlios da profissio. visita domicilior em Views Downie Comecei a me lembrar das intimeras vi- sias técnicas que ji realizei, ovientei € co- orden’ ao Jonge da aruagio como assis: Cente social © extensionists aniversicitia, Percebsi que muito do que sei deriva da als servagao partieipantee de ums siatese pro fissional prdpria. Desde aquele dia, assumi comigo o compromisso de colocar no papel o que soi sobre visita donsillian que por sina & vuna técnica que vem se popularizande pidamense, acompanhando a crescente seav de grupos governamentais ¢ na0-g0 Deonestrair 4 imagem estereotipada de ‘que visiea & coisa de leigos, ctistaliaaga nun einpirismo e desprovicla ce fundamentos, fz parte dos objerivos ceste livso, Difundi-la e ofereccr subsidios para quico set desonvolvi= mente coma sabre buses dics, huuntanas & prolissionais, também A idléin de esccever sobre x wisiea txt pers- pectiva da complexidade constitu um on sale nesst diregto, mobibieacha pela indaga ‘Go: estar profissional apro a caprara con plexidade do real na visita donnicilian? No livio. essa resposta é composts, me diante 6 restabelecimente dos ticular a tenia da visita realidade com- plexa. Os capteulos provacans os profisio- rials a never seus conceitos, seduzinda-os paca ver 4 realidade em sua danga comph xa, A Finguagens despojada, acomparba da deilusiragser © @ formare de balsa se associn técnica em reht, em sen erage Seja bemevindofa) a esta aventura epis- SARITA AMARO Visita Dowie i 7 Vishas ConsiceragSe 1 isita domiciliar: 0 que €? a E uma prética profissional, investgitiva ou de atendimento, realizaca por u (ou mais profissionais, junto ao indiv ciao em seu préprio meio social ou familiar No geral, a visita domiciliar, como interven- fo, reine pedo menos tes teenieas para de~ setivolver: a observagio, a entrevista c tori om relato oral, A visita como técnica se organiza mediante © diilogo entre visitador e visitado, no geral organizada em corno de relatos do indivi- dhio ou grupo visitado, Esse didlogo, distin- tode uma simples conversa empirica, & ne rodologicamerite, 0 que s¢ conhece por on trevisia, mas como se (rata de uma entrevista protissional, guiads por uma finalidace pectic pose diner que genre av sitas domiciliares p ererevss semi-estrntae radas, dado que orieoradas por um planeja- mento ou retciro preliminar, A obsereaeto, sempre presente, indies aacuidscleacenti aos detallies dos fatos¢ relaiosapresertadas rantea visita. A importincia do telato esti an “cevelar como as pess ws sitas vidas dentro ds limites ¢ da liber- dade que Ihes sto concedidos” (Camar 20,1984, p42). Inicialnente, entenclemes ser nevessitio, conecituntra vidi anes mesmo de dotalhara metndologia que s propse a capet-la, Se gundo Faulkner (apuel Camargo, 1984) dio sentido. + siddas so prypriechutes biogrdficas pecten Gentes a pessoas ea outton, inclusive ins- Cituigdes © Nagies-Estadas; + as vidas sto predurdes fnterpesoats que cnvolvem relates complexas de canise \cias morais, wenieas, politicas, coo ndmicas, de parentesco ¢ sociaiss ai cada vida &20 mesmo tempo singular e universal, particular e, no entanto, ge- sspressi ela bistsista pessoal «social bom come das twits 1elacionais de influéncia; cata vida évivida © comtada dentro de ama Linguagem particular e de wos con junto de significados que devem ser apteendidos e registrados (Faulkner, ape Camarge, 1984, p.32-33) Analiticg & sintericaments, « incerpre- tagio do visitador deve observar a totall dade signifieativa da vida do sujeito, mae nas conversas crocadas, sem dlescartar sua expressividades observadas, 2. Profissionais “visitadores” De un modo geral, a pritica da visita esta ligada a alguns sqgmentos profissionais es pecificos. O que os identifica porsoas tendem a enfientar melhor que sugsdificuldades quando escio em seu prd= © lugar do cotidiano, da realidade con eeott om munde sivide como espago de eriagao, aprendizado © emancipagtn, rem ferentes correntes, expresso nas produgées de Agnes Heller, Karel Kosik, Jurgen Ha hermas ¢ Humberto Macucana Nessa linbs «es savin, psicologos eomunitavios, tas familiares e enfermeiros sio os principais executones de vistas. Mas & bom que se es cloroga: visita nao & wéenitea esevita sires dat nddicos de familia, assisten satide, A educagao também tem se reveladdo uma grande praticanre desse procedimento, Professores parriculares desenvolvem poten calmente uma visita de arendimento qua do prescam ceforgo excoke Além de méali- cos ¢ educadores, outros segmentos profise sionais efecuam cotidianantente visitas de conhecimento (exploratérias) on acompae nhameno (interventivas) [0 caso do ager te desatide edo conselhcito tucelar, cuja prt tia de visieas a indlividvos om Fanatias, lem dle coment, esti arraigada a sua cultura pro- fissional 3. A visita domiciliar como opgao metodalégica Como oueras eéenicas e abordagens, a visi ca em stta natureza requer predisposicio ¢ interesse. Salvo 0 caso de stividades pro: Fissionais em que a visita é basilar ¢ obiga- tia, € importante que 6 prafissional que adesempenha efetivamence a aclote como ienica, por opyio, Trarando-se de uma escolha metodoldgi- ca, vantagens e desvantagens devem ser eon= sideradas. Eote as vancagens esti a fate de realizarse num lacus privilegiaclo, o espace rivido do sujeito ¢, uo geral, contar com a hoa receptividade dovisiado. O Fito deacon cr no ambiente doméstico, no cenitio do mundo vivido co sujeien, dispée regras de convivialidad¢ selacionamento p: ins flexiveis e descontraidas do que as pri- tieas do cendrio institucional, Muitas vezeso fuiw cle estar junto com o usuitio, compart thancio de fiagmentos de seu cocidiano, fac Jia a compreens dle suas difcaleades, fi sonfianga e acaba por for lecero aepecto emninentemente hunxio da talecero aspects exit }o constitaics, Entre as desvancagens, ‘a de controle de © profisional voreee oclima di seja, ha casa, Hssi desvaneagem, na verde, de, refongaca nav qual ato toons € priticas regulares como fuos impreviseos ide camer: Afinal;o profisional go vista se insere no eoxidiano do ouie ¢ de alguna forma deve se ajustae As condigaes que en conena, Q espago ideal para aquicle reste fnho nem sempre existe, Da mesma forma mio se pode, no espace do outro, repreence Jo ou comigi-lo por pricar com 9 filho ou mesino reagie colérica contra um vizinho. Vira Donte 4. Arealidade 6 mais que umasoma de fatores ou facticidades ‘oct alha 0 céu eo que voed ve? Um amantondo de estrelas, tumas Maio: res, ouias menores, umes mxtis il ininadas que ouetas, O edu estrelado com- poe-se das estrelas que vemos © conbece- mos, bent como dagjuelas que nem seqer imaginamos que existam. T-mais ou menos isso que acontece com> a realidade que observamos aa visita A base na presenga ¢ auséncia dk mentos, que acm sempre s20 de nosso co nhocimento, Mas ha quem ainda acredite que a wa- lidade seja exclusivamentea reunisio do que Se VG, cristalizada na soma dos facores ou lidade compoe-se ¢ estracu condicionamentas que se evidenciam — 6 que eu considera uma idéia omtita res mica de conceber a reaidacle. Naw estou querenclo dizer qu dade nde seja composer de uma diversida- de de farores, mas chamar atengio part 0 fate de que a realidade existe ¢ $6 € com preendida em suit camplexidade quando se olha para alem dessas somas de fatores Vista Donia Ou sejat a tealidade nao € uma férinila mnaemvica, com uma tiniea Fesposea para cada equaeto. ' Escou colocanclo em questo aqui aque- Ih ideia de que pelas partes se conhiece o todo, hasaacia na prensissa de que © elo deriva da soma das partes Nito acredito que a zealidace objetiva contesponda a esse reda-mastica, em que cada parte € conectada a apens tin peda 0 do todo para ganhare cae sentido’ rea Tidade que conf Aeredito, sin que a sealidade comple- xatse revele: nas partes, come tade ard do © organico gue & essa compasigto. As sim, o tado é perceprivel er “to wes", Essa € a linguagem do hologram: como também € ado DNA, E essa visto Amlagnonditica que permi- Hu gos cientisias observarem nossa consti tuigao celular © xposeateny na possibilida- de de se produzir, a partir das partes, “tora Fickudes gencticamente idéne ovelhinha Dally a ly na redceao estabclecicla enure as paces que & portant, na soma, mas sim a tealidade existe e revela sow sentide complero. Stain Asie A soma das partes é reveladora apenas de fagmentos de verdad da siuagio que aptar o todo, restrucurando-o através ele nosso olhar vi- gilanre, ocapadas cm identificar 9 maxi mo de siages € relagoes que teforgam, condieionam ou explieam a atitucte do su Devemas estar arencos jeito ou sua resposta evasiva. 2. Nem tudo é 0 que voce va, nem tampouco como vocé ve A tealidade € bem maior do que. no so olhar ou pereepgio pode captar. Es €uma verdade naliendvel e que explica em parte, por que é tae Beil distarcer mos os fatos e conscruirmos inrerprena goes equivocadas. De fato, a realidade que existe objetiva mente esti Kf macerializada na vida do sw Fada que arearne stia erdem nacural (© problema ¢ gue nem sempre nossa rasa0 © visio estio aptas a captar cod! relagies, ages e significadhos que cormpaent o real do sujeito ou grupo gue estamos dis- Vissea Boca postoy a obscevar através da visita, Apesar de essa dificuldade constitivirse nui fit cor complicador, ao mesmo tempo é cla mesma um Fantistico desali. Ele desatia constanremente nossa conscicncia de pojar-se de preconceitos e nics 80 passa que nos provoca a olhar a realiclade com Cauiosiclade & espirita inves Nessa perspectiva, ent I aparigte de simnagGes ou Bitores cerpresie na visiea & set pre bentvinda, Estja, porranto, sempre pronto para 6 inesperado. Aléin ilisso, como a tealidade plexa, no se apresie em fiver inverpprete Ses sobre 0 que woe’ ve Muritas yezes, diante de nossos alls, in vatiavelmente precanceicuosos @ poco lik bois do ponto de nes dhe que nos sumpreendeau dari tende a se manifesrar come um desvio ou perversto, quando na yerdade nao ¢ nacla disso. Ni vi scereditanclo nos paabdeseerealidade quevock conhece para neles eneainae a vidi seal clas Dessous ue voc’ vai visita Pais idosos nao sie sempre pais su: perprotecores, assim como casas jovens Ao sid, a priori, negligentes ou intes ponsiveis, Da mesiia forma, familias 2 Investig Tae Asan chefiadas por mies Iésbieas nada tem de promiscusts ou lave volvimento de ama crianga, como infe Tizmence pensam muiias menies conte nuinadas por precanccites O que estan quereniie dizer € que a real dude esti i pronta paraser interpreta, dlen- to de sua verdade peculiar, Na visi, deve mosesiae aptos partencontiar a verdaule de so a verdad que acrectita qquela realidad mos ou que queremos ver. Nao espere, por tanto, chegara sizadolas de wealidacle, paraclas sificar a verckide de Gula historig falda om observada nas visivas que realiza. Frm cada vida, em cads experitacia particular, vive, provavelmente, uma verdacle nas motivagbes necessidades e sieungGes ne desta out daquicla agi pelo indi «ag modelos esisternt, eles te Hopulsionaran awealiza viduo. samt de tadencias ou evidéneias de que em alguns aspecios a vida social e particular se efletem, como bm espelho no pass © importance, pordm, € que voce nto. conte com isso. a0 dirigir-se a uma visita ito vi pensando que essa familia Geomo ada dona Fulana, que tem tal nibita © por isso tem tais problem Dirija-se a eada visiea disposte a canbe cor um univer diferente e se depois voce Visa Denncanan encontrar afinidacle com owirs hisedtia fa miliar ou individual, simplesmente apren- dha cunt essas evidencias, sem deisar-se es 3. O que ha para ver pode-se ocultar na visita Lembro-me, de repente, ile urna cerca vie sigs qui Finaliducle da visita ota veril realizei hi cerca de dee anos, A in era ek igivel 4 obrengao de um recus0 destinado A aquisigao ce maccrial de cons- ugTo para relorma dia casa. Na neasito, a nstituicio exigia que apre cronograma cle visitas, send que as datas das mesmas cram definielas con a pessoa solicitantede recurso, Assim, no diae hora previstos, dona Fulanaestava Ki promta pea ne 1ecebrer {expresso prozta:a case estava arrumada, mas nao ostentava qualquer sinial de con Furto, A celevisiio era velha e parecia sem uso. Os estofados eram gasies muito an 20s. Havi na east eno outro una cama de easal, onde on quarro lireralmente v dona Falana dizia ser 0 aposenco em que dorttiam ela, 0 esposo ¢ a easal de filhos pequenos. Bem, isso foi o que eu vi. Mas, neste caso, 6 quie ev Vi nao ema a verdade. Aquelit coisa toda que eu vi fora arnanjada e caleulada para conseguir um parceer f vorivel & solicitacio «lo recurso, Meses de pois de ter dado parecer favorivel a dona Fulana, tive conhecimento de que ela ha- via planejado aquela represeniagto toda € pago uns crocados a uma pessoa muico pobre da comunidade pelo empréstimo de scus méveis ¢ TV oaquela tarde. A dona Fulana pretendeu demonstrar ca réncia Financeira no simalacro que cons ruin ps Gietcionais. E eu estava kf pare compro- var a (prcudovverdade que ch escava de monstiandb. Simiagées como ess sto mais eomuns dlo que se pensa, Familias eandidatas & dogo velmente harménicas, inreressadas © cari 1 eorresponder aos cti trios ins nhosus com cxiangas. ‘Talves 0 sejar, uralmense, Mas, no dia da visita, elas es Forgam-se para agizem de made canvin~ conte. Fsteja arenro, porcanco, part con- entrar sua percepsio na que “aio é dita’ ‘ou que “nao esti direramente visivel”, Vista Dowicirn Observar 6 que née é cxplicitade € um caminho 3 descoberts d tos importantes daquela realidad. Procurar entender (observanda ou per guntando) por que a vove 36 fet no quar astada das relagées fart prowivels aspec- to ee mancidea liares 46 pode quem est inven de preecupagio de sado em capa a realida- a alm di superficialcacle aparente, O aparentemente shvio pode rer umn n= godo ou uma visto parcial da verdad Da mesma forma, a compreensdo da realidacke complesa pressupae o encontro de elementos que autentiquer sua eoeren- cia interna, De repente, ao relate oa farni- ia rodos os filhos esetdaram em escola pliblica — podendo essa informayao carac~ serizar diftculdade fnaneeira da familia ex couscear os vstudos das filhos € auleniti-los 2 bolsa solicitads. Mas, ao encontrarse win quads na sala ow uma foro num parts retrate que indiquea formacusa de um dos Blbos en» uma cara escola particular, pode- se rever 4 visio inicial Ou scjas deverse estar atento para obhar 6 diferente, 0 inauidito, 0 invisivel: o que esti fora da sala ou fora de visio, 0 que nfo aparece no relaro ou Nao dewemos nos satishazer eom 9 gue vernas ou camoque nos é mostrado edit. Devemes huscat evidéncias também no que esti oculeo. 4. Vocé esta pronto para ver a realidade tal como ola 6? quanto & dificil eneenara ck salidade tal como _ Exatanvence porque a realidad € com plexa, ela patrocina dealgumia forma on: contto da tealidade do outro com a st provacando a redefinigio de paradigmas sive Falam de vida, de more © do gue € hecessério para ser Felis O fato dea realidade do outro se revolar para voc, vu nfo, depende, ances de «lo, cha stapredisposigio. Talver naquekedia voce Ino estoja sieve boe consiga mesmo € rie guela visita, por obra lo wesrnes, voc’ se de- Sanit Aun cito é conflirante, possivelmence ter di ficuldades em ver aquels realidade eal como lag, Nesse caso, a racionalizacio que voed tende a constris sobre a pride estar servinelo em beneficio proprio. ‘Mas pensenios em outa sicuagsey om de uma familia com realidaele do outta la eoailitante: vos Fecunsos ¢ étinse nivel social e certo dis se vé visitando, a trabalho, uma familia que Voce ja sabe vive em condigoes miserive Ueantemio, que a vida de quem é pobre ¢ ficil. Mas ver assa realidade de perto, seri sia primeira vez. Voce jl for vio demonserar qualquer orientade pars Forma de discriminagia, pas voc? mesmo tem idéia do que ests por ver, Che- gando na casa, conversando com as pes soas, voce nao se surpreende muito. A po- breza nao fez deles pesoas muire diferea tes das Familias que voce conhece, Mas so sairda visita, pode ser que woct que com an iddia de que: 1. us erlangas so preguigo: sas por nio estarem estuclande (voce vit gue clasestavam dormindo, duranteo dia, mas desconhece que trabillhian A noite em rregando jornais)s 2. a dona dhe casa 9 sahe receber bem, pois nada servin durante imcia hora de visita (voce: pensa isso, des conhocendo que a familia pouco tinba para sua prspria sobrevivencia): 3. a familia & no geal, pouco higiénica (vaee ficou irri 16 a6 ver que a dona da cast € os demais parentes exibiam compas sujas om mal le vadas, com um odor enfumagado, som s- ber quea familia lava sua roupa come pode € seca no vento ~ infelizmente en fis do pels atividades do lixio nay proxini- da s da casa) race sain daqnela visita pensavisle as sim, saiba que voce nao vin: iclasle ver Uadeica; apenas coulificou aquelas cenas conforme se sen quadro referencial pessoal Caprar a realidade denvo de sett quadleo social e cultural especifico exige do profs nal a visto de seus elementos diliecis, inte gantes ¢ conflitzantes, por maisestranhosque cles possam parecer a nossa razdo. A questio que se coloca to cacames aptos a ver tis Ji vimos © quanto # predisposicio nos coloca em sintonia com a realidade, mas ALE que pons tudo indica qute sv estas inreressado em ver © real concrete mio basta Para que isso ocorva, € preciso cam- Ihém que se esteja promto para ver 0 hues- pera. Visi Dewiciiian Aan © exeranho, 0 diferente e 0 inacredit vel deinam de ser bdogueadores da visio da vealidade a partir de momento em qe pas sam a compor a pauta das expectativas do profissional que realiza a vis Nada de sirpresas 0 tranho, horrendo, faneas vemos, situadas no mundo teal, vendo si- Guagdes novas, mais ou menos violentas ¢ aviltantes, nao estaremos encontrands nada de co novo assim. carandia realidade, vendo nela falas onde trae hi ou pincando a realidad corm cores que nela inexistem, ssa acitude nada cem svconuibuir i leitura eomplexa da realicla- dle, além de desviar a compreensia ca rea Hielade ce seu caminho original réneia para romper com essa visio parcial € falsiticacora ela realidade 2, Ou voes esta apenas procurando “alguma coisa” enquanto visita? Hii gente que usa a visita domiciliar para realizar uma busea de coisas, corn provas que atestem alguma situagto. A impressio que fies € que a visita domicibiar termina Hino momenta em que & evita peocurada ayiarecer - Esse tipo de visita fio é fiecional; ele existe ¢ € bastante praticade, So aquelas enqrevistas que disimiem 0 done da cisa com perguineas enquanto, sem olharseu interlocutor, oeatrevistados vai vas chandler casa inreima para verficar set tem aparclhos cletrodomeésticos e uvensilios indicadores de conforvo « seztns social Imagine por nny insrante que voce & a pessoa vibitads e since o quuio desagradavel € essa situagao: voce € visieade€ 6 profise sional nem olla para voeé, pergunia cai sas sein dialogar com voee, He quen faga isso aay visitas, mesine Eo .caso do protissional, ancorado numa parcializads do realy que vai A visita pronto para calexare que pretence ver. Nao se cata de ol qualidade, mas de miniacurizagao da veali- dada uma série de fatores observ.iveis, se profissional usva visa pars verfiear algummas voiss, Hle vai 8 visita, aneeman 0 que ini ver desinteressado em os peciosestranhos iquielesque previzimentecle- abendo de Vivis Dosen ge. Se os aspectas diferentes aparece ossivelmente ele nao considera. Sev relacério nada Und sobre 05 clemene tos novas e inesperadas daquela realidade contextualizada Tal profissional coleta verdades soctais como quem coleta rwarerial para analise le boratorial, Produz conclusoes como quem soma glébulos vermelhas, Mas os aspectos da realidade social que tnobilivam a realizagao de visitas domnict Hares 690 pouco compariveis a essas parti culas bioligicas, Partanco,acengio, para nao fazere mes mmo. A verdade do real nao reside exelust vamente em situagies conkecides poseas @ erificasao, mas em um iedefioide ntimme- ro de omtens situagGes lesconhecidas, pos 1s @ exploracda investigativa «lo profissio anal, durante a realizagao da visia, 3. A verdade da realidade parte Ge uma visao complexa Preocupada em compreender © conjunto relacional © olbar simpliticado & um olbar reduter marcade pela visio atomizaca © acomine Staite AN dora; caracieriza-se por prasiear utn isola mento mutilante dos fatores que compdem 6 fendmeno, Recaliaa compreensao de sus toralidade e acaba par resivingir o alcance das observagires construidas a partir da vi- site, O pinsamento redbaior atribid a ‘ver dadeira’ realidace nao ds sonalidades, ras aes elomenios; ndo és quatidades, mas its pos eas eMtes. nas 08 wise matematicdvets medidas: nito aa ensinciaates for neal (Morin, 1998:27) : Mor eutre lado, ot wlapasiogent do olhar reduror, emerge uma visa baseedla num principio de complexidade. Nessa fissianal esForea-se em ober wna visio polioeular ou poliseépica do fendaiene, preocupado que estt cit romper com a fagmentagio € 9 incom nieabilidade das parcicalarilades A coeréncia do proceso emprcendicko na visita com 0 principio de cosmplesidacle am= lia as possibilidades qualiacivas e quantita fines den observagies recrem formas: Primeiro, porque e anmento de alean ce das fente clo profissional evoea uma sigy nificativa ampliagko ap campo das in- dagacdes. 7 TF segundo, porque se expande também & abservag;io dos componentes do Fendmenc: Vara Dasneunn pasando a achmitir que inércia, deseontinu shale, aleatoriedade e improdutvilade sia. ractevsticas objetivas, mensuniveisc, sob ni todo e qualquer fendine os maemo quando nf to visuals pea tudo. prosentes b que obser, ‘Ao passo que a visita vai se cesenrol do, seu contetido vai ganhando deuallia- mento © profundidads. Exatamente por isso, 2 visita, gradualmente, passa a exigir snaior habilidade e atencas dp protege nalquiea realiza, Afimal, cudo na visita fate A mobilia a casa, assim como as fiat € ktmogdes maninas.on veld den en sagens que devem ser abservadas ¢ vaisi- gradas na interpretagio e anilise que se dearcleg sue a vii, New sere tentidas para ouvir 40 spent pales © dos corpos, nos gestns realizados ou blo- veadles, a sonalizagao ou silenciamenta da na quiccla das Liprimas, nas relagdes fi cas desafago « tepulsa, o que esses stos-men sagens contanece medos, citimes, eros, pro= SoGOe8 © AAs tao, Sie AN 4. Olhar a relagao social e vero que ela esconde e imanta relagio social antes, espelho do com flito de clauses, wmou-se paleo de apela politico, configuransie-se du plamente demanda politica ¢ capital poli fuuncionalidede pacracinou a in vos paclnes co, Es serialden vengie c Abric de socialidade. Nessa cessizun acs petderanya solidez¢ wornaram-se vo Kiteis de valores, ideologias, conduras ¢ 1¢ as social lagoes A crise econéimica ¢ politien do mun do, acrescida dessa maquinaria simbdlic desencadeost uma crise no universe das subjerividades. Quando 0 individuo s descobriu e passou, foualmente, a reclam: suit identidade, todo uum aparelho social ¢ aconado para fizé-lo novamente subme~ fir A massificacio, O preco de defender ¢ Imanifestar sua singularicade on represen tagiio em dada coletividade ¢ alto. A afis- \assio da cliversiclade de ser mulher, aFro= descendente, portadar do vicus HIV, ho- Mmossexual wangpéneta, oti ini Fronta-se com a pacdtonizas de modelos sociais, tipificadores de prestigia ou estige ma previamenteassociadas a cacki um des Ses segmeneos. Conforme a soviedade & a cculttrra local, usar trancas neseafiny porte ser mais ou menos aceitivel, Da mesma for ma, um casal homossextial masculino a feminino pode softer maior discsiminagio se estivercr con uma sociedlade en que 6 machisnie impers iguragto do social, que subme- two individual a um padrao social morali- wador, tem acarretado mutilagao da ques "io social, que cumpre desconseruis, 2. A questio social na lente de um olhar complexo Quando se fala em realidade social e; mais precisamente, em questo sactal, logo se Pensa em apenas uma fatia cla sociedade: « dos despossu (dos, dos desiguais. Na hist tia do peasamenco social, a ques io social Sania Asan std invariavelmente vineulada a exelusae te marginalidade, como fendmenos globais coletivas Parece, contuddo, que pensar questo so- ial testa perspectiva, pode ser menos com plexo co que se imagina: hi incerfaces es quecidas do social que cumpre reconheces pant redimensionar 9 olhar sobre a ques: " Tradicionalmente, sonios ensinados (na vida social © nos centeas escolaces) a coe- ficar como questio social eudlo o gue passa pelo filgto das politicas suciaisou que exis- «sob 0 signo da perda ou ecficie Na coneiamarcha dest wendlénelas po questio social ck 4 politica, que imantam cidadania ¢ toda acho de forgas de wage ascen- anos como a cule" & dlemce, Nessa pecspectiva, Chaai (1972) ¢ Demo (1988) 9 eronamizan argamen tos para lembrs dlemocracia © nao o conerisio: a cultura fanciona como motor que esteurura © di- hnamiza a parricipasae ¢ advidade polit cx dos sujcitos, Nesie proceiso, parece it dlispensivel que o alhar de profisional fo- que éa cultura que Fax a Vets Domeriae calize @ quessio social e, principalmiente, Das novus configuragSes que Neste itinensc oe tinenicio, as orieneagaes do pro- fessor Oran lana (1994) servers como biissola, sobrenido qunando sugerem que ahandonemos « associacao exclusiva a questio social 4 desigualdade social e fe- nomenos dessa ordem, Segundo 0 professor, ha que se ubse var a questo social nottras conjungoes, pantalény do signo da exclusdo social, De sempreya, subemprego © miserabilidade slo dimensoes importantes da questo so cial, mas nao a exgocam: “As teivindicagoes, groves ¢ protestos também expressam algo dese concexio”.! : "8 Nessa diregao, novos grupos ¢ priticas sociais fo formadas, tecendo um comple= 0 procenso Msirioo social em que laa por cidadania incerage cam a metemorfo- se da populago ¢ com a renovagio cule rile étiea da prépria sociedad Castel (1998) conobnea essa. posigao quando reatirma: “Nao se aaa de pensar apenas os fendmenos de como ¢ quem foi mesma pas "tei. po Tanita Aran posto & margem, mas também a qite acon. Fece com os que petntanecem ng interior das zonas de cocstio social ou nas zonas de integragto, om seu frigil ¢ cransitério equit librio, constinnido a partir do vinewlo en- treas relagtes de irabalho eas formas de so- cialidacle,"? ABnal — complements 0 antor =, é impossvel separar completamente os de donero eos cle fora, jd que hit um concinnun de posigGes que se contaminam (9°) Ag adorarmos ese olhas, passaremos a ver nfo 6 a desestabilizagio, a precariza- ao ¢ 4 miserabilidade come Faces dla ques- tio social, mas também as relagoes ¢ presses sociais que ocorrem 10 fluxo en- tte as zunas de integragito © as zoras de boe~ so social E apenadsat perspecsiacguese pose Conte senoceneyiine: a-vigleacta: urbana ccreseentes a multiplicidacle de subjetivide- dessa proliferagiio cle socialiclades ¢ as pos- sibilidades de gestae social democritica coma fundances de uma nova configura Gao da questa Vis Bouter A questo social rornou-se enda vez mais permesvel as mudangas conjuncuais 2 ach quiriu diversidade © maleabilidade, como reflexo da polifonia © polissemia d yao de mundo social e politico, Universo voldtil, compe: Telia da ects hee cae lies cla questio social roquer rlativizg- la pm as mnuiclangas anacro © microfisivas que sendo orguizadas no ceniato poll 0, educacional, culeura, flossfico, teal sice, cientifico © weenoldgice, Mas 0. mais importance, vet a questée social aa lente da complexidade implica romper com vs nan iquefsmos ¢ estiginas «ela essociaces, tomanlo sum yénese como eneonria de {une con o mnuiliplo, ca Fragilidadde com a Te nase A eng sere wabalho que abielood & avrOh Teecere também de er um agente profi na linha relacional © disciplinaridacle sponte. Vinria Dawieotian 1, Uma ligao de coeréncia: 9 olhar complexe é alimentado Por um pensamento complexe ra sercomplexo, 0 pensamenca deve exqrdipude com €..) ideas clara para painuthar a neveira, a confit, 6 wl, 0 tuceeifideel> © pensamento e athar complexos nao combinam com idéias, racionalidades telagdes © conceitos simplificaclos e sim- plificadores No horizonte do pensamenen esi o eo bhecintento da sealiclade total, soja ela cape tada ou nao pelo profissional na visita, ili © profissional que conduz a visiea apoiado nese pensamento naa economi- vara indagacées sobre a realidade obser vada part melhor ¢ mais coerentemente compreendé-la. ‘Conf Morin, £996)231, Dail Da mesma fama, possivelmence, nao resiscin{ er repeti-ta até comprecuder ale :manega in- gum tlecifiivel A meta do profissional, orientady pelo pensamenco complexe 10 visitas, € explom tara realidade para melhor questions la ¢ aprosimnar-se da verde que escondes Vale lemnbear que 0 pensantent comple- pecto ot relago que p uma atitucle eminenrementet x presupae ma exo pofsiona eat cco ag conta mento que busca obxer como a rekagio que caainal coms esulsienvaliad, Deno 2, Etica, uma condigao indispensével A rica © o respeito slo prineipios ¢ condi ges Fitndamentais 3 realzagio da visite do- nuiciliae: O fio de ser realizada ao ambiente domiciliar ou parciculan por si jl clama por uma sétie de atengoes e consideragiies dicas, relarivas ao dlincieo 2 privacielade e siglo pro: fissional, A par disso, hi sivungGes quic se te vyelant na visita e exigeny uarna acao proposit ya c affirmative do profissional, que em eet toscsos podem salvar vidas, F ocwe derma oricntago relativad realizasio cle um exane de HIV. do registra de uma vensnéncia patie cial, de um exaine de corpordelito ou 6 ts6 com tecomendasio medica da pills do dia segninte; noccaso de win seat de ama sitna- 40 de risco, como urn abuso intrafamiliar orientaso dessts,em tempo habileem melo Neportunidade do telaen na visiea cepresen 1 upma infiagao ctica, por amissae de socor- ro ou negligéncia. De modo mais corriquel Fo, Mas nao MEHOS iMportaAMey a étiea vue sua Falta se releva na interagéo e no didlogo ene visitador ¢ visinide, Considerudo a subjetivi quadro de valores soa distinee. Essa earacte- lade dle cada sex, € comum que a ristiea divergence deve ser toxtada eximo va lore ngo como obsticulo. Assin,a v4 ado, entendenclo seu papel de educador endo de mnoralizadon, tendesi a ori - @ otieitarxe por per untas ¢ reflexdes associadas a0 objerivo da Visita ¢ nunca por julgimentos ou comenes rls peoibitivos ¢ punitives, tengo, portan 10,4 escolha das perguntas que voct inf Fizer Sein critica ¢ obseevatlon, sem ser consinange dor ou invasive. . 3. Trés perguntas-chaves: or que, quando e com quem? Por que visitar? Deve haver racionalidade ¢ planejamento, H organizasto de uma visita. Nao esequega gu ve ao aleance de ui objetivo. Desde 0 momento em que se projeta a visita are sua efetivagaio, estamos plncjanda uma me. Ihor aprosimagio cx cealidade do sujeiro ou grupo quese pretende observar ouaten et, Ir a visita com uma ideia ou roreire mites de tudo, a visita domiciliar se preliminar chs dnformagaes que voce pre tende obter € indispensivel, © toteira sobre fo que perguntar ov investigar deve ser Fe to € colocado ent prisica ‘A patticipagia do profissional na vishia deve estar orientada e ao mesmo tempo li- mieuda ao objetivo d Isso oo sig nifica wina condigao de rigider, imposra 0 profissional, ao visitar. Longe disso, re- presenes uum eritério para que preserve a qualidade ¢ © profissionalisme oa visita, respeitando 0 tempo e assuntolarendimen to pragramado. Assiny, nfo se truia de deixat sem resposea aguels drivida do ussairio sobre como agendar o atendiment cont o ofa muologiste no posto de save em que ctaba- Thames. E papel do profissional, au visiar scessar o mvixiny de informagdes © exclare cimentos possiveis a0 que: for desnanclado, Quando visi Nem sempre a dia que escathemos para realizar uma visirn & propicio ao seu che- senvolvimento, De modo contratio, po: rém, Re vezes aquela visita que estamos pla- nigjaindo sealicar ha algum tempo tarna-se possivel, favorecicla per uma coineidéncia ‘ow acidente siguacional Vissi Dawe Evitar realizar visitas em feviados'e ho. rérios inapmopriados, beim como verificar antecipadamente a dispanibilidade de transporte da iosticuigao pane levar o pro- fissional aré-a residéncia a ser visitada sto medidas simples que wsseguram um mini- mo de organizasio. Prognamacia a exectigio da vivica, ¢ fun damental que se defina com o sujeite a ser Visto s dota ehoririaeseolhicos Ihe sio favonivels. Bsse acerts 6 vical para que aia apenas a visit efetixamente acon, come Camber para que as bases cemocriicas e de respeito seam proviamente estalaekeicas © esforgo do profissional ¢ atender 0 cidadao, respeitando sua rocina familiar € pessoal, desorganizando o mitaimo posst vel 0 cotidiano da ful, Assim, aates de falar com 9 sujcite a ser visitado, recamenclanse apenas o agenda mento prefiminar de wx ou dois horitios esteatcyices, os quais serio definidos ern conjunto coma pesson visirada, Visinas-swrp raza, alan de invasivas © de saga cis, teyelain-se manifestos de uma cultura autoritiria, moralizadora, fiscaliza tira c disciplinar e, por essa nvao, devem. set bandas do pensamente ¢ pricier do profissional que visita SuuTN Ana Com quem visiea? A pesos sada ditt no son ambiente; privativo, acordow com un profissional fe ira visit la © na bora acbrdada che- ann @ sta porta: quatro pessoas (o profis sional acompanhsaclo de 1és estudantes) : ila, no A pessoa, queantesestaya aangiila, aguatio do profisional, pass a ar afi tay ealver perwandar Quern sao esas pessoas iqive vienan coon ele? Anues interessuila em Cratar lo tema que motivo a visita, agora preveupada com fiatilidades, como: ande nao sontar? Comegon « confuse, antes Como proceclimenca profissional, a i sita difere de uma reuniio ou encontro de suaigos, em que “sempre cabe mais ann”, hao importando quem, ; ‘A visita requer, portance, profissiona- lismo, ¢ isso no é enon trade em aricudes espontancistas out oportunistas. Ean vista disso, sempre que necessitio, ilegie a companhia de profissionais ilencemente, a pre- aia bs anunciada antecipadamente ¢ justificula tnais que ima eompandsid, eke deve repr sentar a observagio de algum aspecto que Veuta Dowie seu acompanhanite convidado domicie mais que voee. Visitas agendladas porassistentes para acompanhamento de famifiasem eujo scio habiram paciences portadores de so frimenco psiquica podem justificar a pre- senga de médicas psiquiactas e psicclogos nna atividade domiciliar O importante & vite a importante ¢ que se evite a compa tohia de pessoas leigas ou mesmo de pro- Fissionais que tem alguima rewerea ot bree conceita relacionado ae grupo que vacé vai visiear, Unt pi jeitos pade comprameter a qualidade ile sua visita, desde 0 relicionamento aud o ingnéstice ow o epo de pode recencle realizar acitude inesperida desses str endimenra que cise gue srt prt wear eos cole) crite nde tea deuntindiche aneses, ¢ isso seria muito constrangedor para clas e para seus colegas) por fim, embie-se que nfe-érecomen- divel que numero de viiendones ses supe fio a0 das pessoas vistadas. Erm visite domi= ciliar nfo se lev toda a equipe até a casa ct pesioa, mas apenas aqitele ou aqireles (dois bu t1€s, ne aixime) profissonais implica dlos no diagndsrico on acenclionenco, Una alhiadeks, dias ances, no pronti sive rio ct Furia que sors vishiada, poder dar na decisio de quantos profissianais podem participar do arendimento, Muitas veres, em casebres ei que ax eabem os priprios Fumiliares, uma visica de mais de um profissional ¢ invidvel ecu 4, A relagao profissional na visita domiciliar Fenn oe tratando de Gana visiea doiciise a relagie estabelecida entie quem wisitae quem € visto sem significariva important Primeite porque ambos se afigarany st >, dotados de 1270, emo- jeitos do prove {io e subjetiviclades em inceragg Fin segundo lugar porque € a relagso que possbilitatd a cxpansae ¢ livee expressto do ido ou obstaculi- sujcice visitaclo. colaho Jando a desenvolvimento da visita A empatia, 0 respeita mito, a:hosi- zonralidade ei atinucle de ndo-julgamento do pesquisadoracerea slo conteudo do que € relatado ou apresentaido st0 08 eanclueo ses indispensiveis da visa A demonstragio disso deve partic do prsprio profissional a introduzie a visiea, divenilo a qre veto © colocando-se 4 dispo, rele honesea, Siga0 pasa uma conversa am Ao passo quite s seuda na confiangt mucus, na reciprocida: dee nse compreensio, stias chances de ex pautta numa relaggo ba fo amplians-se, Constr ania relagao agea livel, que permica ao individuo ou grape visitado ficar @ vomtede, nas sempre reser vando-se «na rego profissional NAO femte, porranta, moscear-se define dequem voce est visitando. Aja com cordialidude sem perder a nacuralid 5. A dialética da duracao da visita domiciliar A concepgio de um iempo Ginico cape de revelat fendmenos ou significaclos da vida de dererminade individne on grupo s6 pode tearrecar nm leiwur resumida da realidade Sy Avia observada ou gstimularo oculamento cht ver slule, por paste de quem € observe, A diversicacle dos fendmenos precisa de tempo para manifestar-seansolhascle pro 7 precesqueayasnadollealindonen tig oes ta sian We np Vitia Boscia Dificilmente, pum tempo «to resumi do, voee terg chances de perceher alge mais Ave acor do mavel em que est sentado, Assim como 0 olhar complexe ni & ins cantinco, a realdace nao tevela ss came plesickade de imediaco. Reserved visita que iti seaizar um campo compativel conta visto que ind orienta Prever urn inveryala de una a duas horas pode ser Rivorivel. Mas se sta charagao ser nferior 00 superior a iso, 9 prsiprio proces $0 € que dird, Fsteja pronro pata deprrarse com situagoes que podesio csticar ou estrei- tar 0 tempo que voee definiu para sua visi Inmagine una siiuagio: voce evea pron to para fazer uma visa a una adolescente que es cd grivida e mora com os pais. Sua intensao € fazer 6 acompanhamenco da gesttez0 © orienkiy a garora para alguns cuidados. Qeorre que tin dia antes da vi 1 familia extra em cri © passou a e discutir © cobrar-se mumamente par to- esos fatores implicados na gesta . Voce nda sabe nada disso ¢ vai A visitay trang lamence. Quando chega la, a resposta a uma pergunea sua vem acompanhada de tum comentitio agressive ditigido 3 ado- lescemte-ou simplesmente pelo chara con wullsive da garoes, Boom! Comunico-Ihe, amigo, que 0 renphrbo que voce preci patra esta visita cera de ser significativamen- reamplindo! gindo que fez uma visita profissional © conwirio também pode avont Voce che searsumando para sair (nd imporcase vai {Lum aniversirig ou a Umma entrevista para tun cmprego). Fle 189 contnitie voce estar fin- ina casa ce aim sujele sir ony meta hora, € vor’ ealela que sem uns quinze minutos de papo. Decisia diffeil: vale ap meyar wina conversa que tem pris Go cutte para torminar? E mais que isso: voce go estan artiscando o-concetido da visits AU conversa? com o suijeito num momento fom ¢quic ele esti com toda sua arengiio vol radda para uma oucia coisa? & ransTore pra usec © born sone er dda vst Stinnsapage de tempo disp ck sem caear que x ate nacions clar pave spe achat de ia, es Vins Downciiat Casos como esses, gute alguns conside- es casas las pessoas nos esperando todas os dias, Afi al rcalidade existe independentemente das nossas visitas. ‘Tem, portanto, vida e ritmo proprio. Nao & porque vai vivitar algudn que 0 dia daquicla pessoa deixar de cum prir seu idnexitio proprio, Taco isso indicat como ¢ importante ato s6 considerar a duracto da visita como tam- bem saber identificar seo mamento em que se cneonira © indlivielo om sua Fumi li ram como fiaprevisros, esto 6. O registro da visita domiciliar Construira mennsria cla visita ¢ importance. A sistematizaydo dos relatos orais, das obser vaydes, encaminhamentos © evaclusdes ob- riclos dleve estar present no registro la visita ser ineluida entre ox documentos que his toriam o atendimenta ida familia ow indie chuo em tela, E tituigdes como profissiomais forinulem un recomendsive! que tanto ins pronmuiio em que a visite seit inceprada & ‘tina de acompanhamento profisional. As Shans Nex sim, asseyura-seque tal como os demaisatea- dimentos (entievistas, exaines, .) 0 cont do da visiia seja objedivamente incorporado eapraveitido no estilo, avaliagio e aborcke- gein do. nso. rompendo com a visio empi Fista a ela associaca. Nos hastidons, 0 regis: tro nase dh adogio de alguns proces vos durante a realizagao da visita Geralmente, o uso de gravador, to égil c tomade da mesma para quem visita, nae ¢ forma pelo sujeite ow grupo visitadlo, A pideere acto, Fiscal sensagao de estar senda a lo enn todas as manifestagSes orais pelo gravador conta o dbjew woh seri, pew foe na relagte, pesanda poder do visita dor, jf previamente carregae pela institu a9 0 cargo que nela exerce Um bleco de setas, uma prancheea © euneta part aponear ajgumas observagcies sao o silicicate par quc 0 registra sefa rea lizado, sem colocar enr segundo plano a relagio humana esuabelecieks. Sselatecer, no iniclo da visira, que x pranchets eo bleco dle potas gerto usados evennalmente park registrar informacoes indispensiveis & va “a que sera escrito’ Wien Domina de farer da visita domiciliar ama aborelagem conypiess e sequiente, chquante tal, con Ollivro aproseneou pistasecaminhos nessa dliregao, tendo a étiea, © humanismo, a eri sidade €.4 complexidade como luzes Mas agora € com voce E chegada « hota de woe posigiio profission Xoes apresentadas, A partir de agom, porcanto, voce & 0 meitie, pois é voce quem faz avisita deco- lars roviver e brithar I, comm base nas refle Bor erabalhot Sawiia Asi 1 AMARO, Suis. Vii cowicitan oniereyte para it rigor cobiplect. Ine Detailers, J. (oF) Fondmiono, tna tee compose de rhagsen Pore © EDIPUCRS, 2000 2, BACHELARD, Gaston, O novo esphit cour >, Lisboa Baigoes 70, 1986. 4, A farvnagta co expire eentifica, Ri she fa noite: Fuhnosa Conapanea. 1996. be A filomfia uflnoacle nomen ci foe Ubon: batons Poses Se, 199 5. 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O micodc S- Samanidande da Heenecnidacs Teal. avcrnir Vela Silo Sling 20804 Ministra cursos, palestras ® presta consultoria a organizagaes @ empresas secialmente responsaveis na organizagao ce projetos socials, especialmente nas areas de educagao, direitos da cranga e do adolescente, direitas humanos, © racial, sade, assisténcia social, desenvolvimento de comunidades, plangamente, politicas publicas @ gestao. Em 2005, folagraciada come Prémnio Educaco ~ Froféy Pena Libertivia, pela SINFRO-RS. Saramaro@terra.com br

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