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AATENGKO! pizer@)orerro few Informativo 500 - ST] \® Marcio André Lopes Cavalcante DIREITO CONSTITUCIONAL Fundamentagao de decisdo judicial Nao existe dbice a que o julgador, ao proferir sua decisdo, acolha os argumentos de uma das partes ou de outras decisées proferidas nos autos, adotando fundamentacao que Ihe pareceu adequada. 0 que importa em nulidade é a absoluta auséncia de fundamentagao. A adocao dos fundamentos da sentenga de 1 instancia ou das alegacées de uma das partes como razées de decidir, embora nao seja uma pratica recomendavel, nao traduz, por si sé, afronta ao art. 93, IX, da CF/88. Arreprodugao dos fundamentos declinados pelas partes ou pelo érgao do Ministério Paiblico ou mesmo de outras decisdes proferidas nos autos da demanda (ex: sentenca de 1? instdncia) atende ao art. 93, IX, da CF/88. Motivacdo | A motivacéo por meio da qual se faz remisso ou referéncia as alegagbes de uma das per partes, a precedente ou a deciséo anterior nos autos do mesmo processo é chamada pela relationem | doutrina e jurisprudéncia de ffetivaeso JOU fundamenitaeao | per relationehn (Ou |alllnde. Também é denominada de fBtivaeao referenciada, por referéncia ou por remissao. Veja: (..) MOTIVACAO PER RELATIONEM. LEGITIMIDADE JURIDICO-CONSTITUCIONAL DESSA TECNICA DE MOTIVACAO. |...) Esta Corte jé firmou o entendimento de que a técnica de motivacdo por referéncia ou por remissdo é compativel com o que dispée 0 art. 93, IX, da Constituigdo Federal. NGo configura negativa de prestacdo jurisdicional ou inexisténcia de motivagdo a decisdo que adota, como razdes de decidir, os fundamentos do parecer langado pelo Ministério Piiblico, ainda que em fase anterior ao recebimento da dentincia. (Al 738982 AgR, Relator Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, julgado em 29/05/2012) Proceso __| Corte Especial, ERESp 1.021,851-SP, Rel. Min, Laurita Var ulgados em 28/6/2012. DIREITO ADMINISTRATIVO Irredutibilidade da remuneragao e teto constitucional ‘A partir da entrada em vigor da EC n. 41/2003 (que deu nova redagao ao art. 37, XI, da CF), 0 servidor nao pode alegar direito adquirido ao recebimento de remuneragao, proventos ou pensdo acima do teto remuneratério, nem em ato juridico perfeito que se sobreponha ao teto constitucional, nao prevalecendo a garantia da irredutibilidade de vencimentos diante da nova ordem constitucional. Processo | Segunda Turma, RMS 32.796-RS, Rel, Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 26/6/2012, Concurso piiblico e negativa de nomeaco Ocorre abuso de poder se a Administragao Publica se nega a nomear candidato aprovado em concurso para o exercicio de cargo no servico piblico estadual em virtude de anterior demissdo no ambito do Poder Publico Federal se inexistente qualquer previsdo em lei ou no edital de regéncia do certame. Process __| Sexta Turma. RMS 30.S18-RR, Rel, Min, Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 19/6/2012, www.dizerodireito.com.br Pagina L pizer@)orerro ‘nfermacio jaridhca em feed DIREITO CIVIL Prescrigo Se um fato constitui, ao mesmo tempo, um ilicito civil e penal, poderd ser proposta uma ago civil de reparagao de danos e uma a¢ao penal, que tramitarao em instncias diferentes e relativamente independentes. 0 prazo prescricional para a ago de reparacdo de danos é de 3 anos. O art. 200 do CC afirma que nao correra o prazo de prescricao para essa agao civel antes que a decisdo sobre o fato na esfera penal transite em julgado. No entanto, o prazo prescricional da a¢ao civel somente ficaré suspenso, nos termos do art. 200, do CC, se existir processo penal em curso ou, pelo menos, a tramitagao de um inquérito policial apurando o fato sob a ética criminal. Se nao existir ago penal nem inquérito policial sobre o fato, o prazo da a¢do civel est correndo normalmente. Process _| Terceira Turma. Resp 1.180.237-MT, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, jlgado em 19/6/2012. Obrigagées (cay iza¢o de juros) 1~A capitalizagao de juros, também chamada de anatocismo, ocorre quando os juros sio calculados sobre os préprios juros devidos. IIA capitalizagdo ANUAL de juros é permitida, seja para contratos bancérios ou ndo-bancérios. Ill - A capitalizagao de juros com periodicidade inferior a um ano, em regra, é vedada. Excecdo: 6 permitida a capitalizagao de juros com periodicidade inferior a um ano em contratos BANCARIOS celebrados apés 31 de marco de 2000, data da publicagao da MP 1.963- 17/2000 (atual MP 2.170-36/2001), desde que expressamente pactuada. IV A capitalizacao dos juros em periodicidade inferior a anual deve vir pactuada de forma expressa e clara. Para isso, basta que, no contrato, esteja prevista a taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal. Os bancos nao precisam dizer expressamente no contrato que esto adotando a “capitalizagao de juros”, bastando explicitar com clareza as taxas cobradas. Proceso | Segunda Secso. Asp 973.877-R5, Rel. origindrio Min, Luis Felipe Salomdo, Rel. para o acérdo Min. Maria Isabel Gallot,julgado em 27/6/2012. Obrigagées (teoria do adimplemento substancial) Por meio da teoria do adimplemento substancial, defende-se que, se o adimplemento da obrigagao foi muito préximo ao resultado final, a parte credora nao teré direito de pedir a resolugao do contrato porque isso violaria a boa-fé objetiva, j4 que seria exagerado, desproporcional, iniquo. No caso do adimplemento substancial, a parte devedora nao cumpriu tudo, mas quase tudo, de modo que o credor terd que se contentar em pedir o cumprimento da parte que ficou inadimplida ou entao pleitear indenizacao pelos prejuizos que sofreu (art. 475, CC). Em uma alienasao fiduciaria, se o devedor deixou de pagar apenas umas poucas parcelas, ndo cabera ao credor a reintegracao de posse do bem, devendo ele se contentar em exigir judicialmente o pagamento das prestacdes que nao foram adimplidas. Proceso __| Terceira Turma, REsp 1.200.105-AM, Rel. Min, Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 19/6/2012. INFORMATIVO exquematizadl PiginaZ pizer@)orerro ‘nfermacio jaridhca em feed Cldusula penal (redugao no caso de adimplemento parcial) ‘A cléusula penal deve ser reduzida equitativamente pelo juiz sea obrigacao principal tiver sido cumprida em parte. Process __| Terteira Turma, REsp 1.212,159-SP, Rel, Min, Paula de Tarso Sanseverina, julgada em 19/6/2022 Responsabilidade civil (ofensas em redes sociais) ‘Ao ser comunicada pelo ofendido de que determinado texto ou imagem que est4 em uma rede social (Orkut®, Facebook®, Twitter® etc.) possui conteiido ilicito, deve a empresa provedora da rede retirar a pagina do ar no prazo maximo de 24 horas, sob pena de responder solidariamente com 0 autor direto do dano, em virtude da omissao praticada. Processo | Tercelra Turma. REsp 1.308.830-RS, Rel. Min. Nancy Ancrighi, julgado em 8/5/2012. Provedor de pesquisas na internet e filtragem dos resultados Os servigos prestados pela GOOGLE na internet, como € 0 caso de seu sistema de buscas, mesmo sendo gratuitos, configuram relagao de consumo. 0 fato de o servico prestado pelo provedor de servico de Internet ser gratuito nao desvirtua a relagdo de consumo, pois o termo “mediante remuneracao”, contido no art. 32, § 2°, do CDC, deve ser interpretado de forma ampla, de modo a incluir o ganho indireto do fornecedor. 0 provedor de pesquisa ¢ uma espécie do género provedor de contetido. A filtragem do contetido das pesquisas feitas por cada usuario nao constitui atividade intrinseca ao servico prestado pelos provedores de pesquisa, de modo que ndo se pode reputar defeituoso, nos termos do art. 14 do CDC, o site que nao exerce esse controle sobre os resultados das buscas. Os provedores de pesquisa nao podem ser obrigados a eliminar do seu sistema os resultados derivados da busca de determinado termo ou expresso, tampouco os resultados que apontem para uma foto ou texto especifico. Nao se pode, sob o pretexto de dificultar a propagacdo de contetido ilicito ou ofensivo na web, reprimir 0 direito da coletividade a informagdo. Sopesados os direitos envolvidos e 0 risco potencial de violagao de cada um deles, o fiel da balanca deve pender para a garantia da liberdade de informagao assegurada pelo art. 220, § 12, da CF/88, sobretudo considerando que a Internet representa, hoje, importante veiculo de comunicagao social de massa. Proceso _| Terceira Turma, Resp 1.316.921-R, Rel. Min. Nancy Andrighi,julgado em 26/6/2012. Responsabilidade Itragao causada por vizinho Pode ser condenado a pagar indenizagao por dano moral o responsavel por apartamento de que se origina infiltracao nao reparada durante muitos meses por desidia, o que gerou constante e intenso sofrimento psicolégico ao seu vizinho. Essa situagdo configura mais do que mero transtorno ou aborrecimento, Processo | Terceira Turma. Resp 1.313.641-R, Rel, Min, Sidnei Benet, jlgado em 26/6/2012. INFORMATIVO exquematizadl Piginad pizer@)orerro ‘nfermacio jaridhca em feed Responsabilidade civil por apontamento de titulo para protesto Obs: se vocé estiver se preparando para concursos na érea notarial/registral, é fundamental estudar esse julgado no Informative Esquematizado. O simples apontamento do titulo, sem o efetivo registro do protesto, ainda que de forma indevida, é incapaz de gerar dano moral a quem quer que seja. 0 dano moral somente ocorrera se 0 protesto indevido for efetivado, ou seja, se, apés 3 dias da intimagao, nao houver pagamento ou sustagao, ocasiéo em que o protesto ser lavrado. Apenas com a efetivacao do protesto, este é registrado e se torna piiblico, trazendo efeitos negativos a pessoa protestada, que sera, inclusive, incluida nos cadastros negativos de crédito. Processo | Quarta Turma, Resp 1.005.752:PE, Rel. Min ui Felipe Salomdo, julgado er 26/6/2012. Contrato de seguro 0 fato do contrato de seguro ser limitado aos casos de furto qualificado exigiria que fosse detalhadamente explicadas ao contratante as diferengas entre uma e outra espécie de furto. Como o consumidor é considerado vulnerdvel, presume-se que ele ndo possua esse conhecimento. Desse modo, se essa distingao nao foi expressamente explicada a empresa contratante, conclui- se que houve uma falha no dever geral de informagao, que é direito do consumidor. Além disso, vale ressaltar que a contratante queria resguardar o seu patriménio contra possiveis desfalques, independentemente da sua modalidade, se decorrente de roubo ou de furto, seja simples ou qualificado, tendo em conta que o segurado deve estar protegido contra 0 fato e nao contra determinado crime. Assim, essa cléusula é abusiva. Proceso __| Tercelra Turma. Resp 1.293.006-SP, Rel. Min, Massami Uyeda, julgado em 21/6/2012. Direito de Familia (execugao de alimentos) Epossivel a cobranca de verbas alimentares pretéritas mediante cumprimento de sentenga (art. 475-J do CPC). Processo __| Terceira Turma. REsp 1.177-594-R, Rel. Min, Massari Uyeda, julgado em 21/5/2012. DIREITO DO CONSUMIDOR Responsabilidade civil no caso de antincio erdtico falso em classificado on line “a” descobriu que seu nome estava em um site de classificados na internet, relacionando-o com a prestagao de servicos de cardter erético e homosexual, tendo sido informado o telefone do local do seu trabalho. Ocorre que “A” nunca havia solicitado ou autorizado a publicagao desse antincio. “A” deve ser considerado consumidor por equiparacao e as empresas envolvidas no antincio devem ser condenadas a indeniza-lo por danos morais. Processo | Quarta Turma, Resp 997.993-M6G, Rel. Min, Luis Felipe Salomo, julgedo em 21/6/2012 INFORMATIVO exquematizadl Pagina pizer@)orerro DIREITO EMPRESARIAL Sociedade anénima (responsabilidade dos administradores) Obs: este julgado somente interessa para aqueles concursos no qual Direito Empresarial é cobrado de forma bem aprofundada. Para 0 ajuizamento da aco de responsabilidade civil contra os administradores da sociedade anénima, é necessaria a prévia propositura da ago de anulagao da assembleia geral que aprovou as contas da sociedade. Somente apés o transito em julgado da sentenga que julgar procedente a aco anulatoria da assembleia (pela ocorréncia de erro, dolo, fraude ou simulagao), sera possivel ajuizar a aga de responsabilidade. Process __| Tercelra Turma, Resp 1.313,725-SP, Rel. Min, Ricardo Vilas Bas Cueva, jlgado em 26/6/2012. Factoring ‘As empresas de factoring nao sao instituigbes financeiras, visto que suas atividades regulares de fomento mercantil nao se amoldam ao conceito legal, tampouco efetuam operagao de mituo ou captagao de recursos de terceiros. Uma sociedade empreséria que contrata os servicos de uma factoring nao pode ser considerada consumidora porque nao é destinataria final do servico e, tampouco se insere em situagdo de vulnerabilidade, j4 que nao se apresenta como sujeito mais fraco, com necessidade de protegao estatal. Logo, nao hé relacdo de consumo no contrato entre uma sociedade empresaria e a factoring. Proceso | Quarta Turma, REsp 938.979-DF, Rel. Min, Lus Felipe Salomdo, jlgado er 19/6/2012. ESTATUTO DA CRIANCA E DO ADOLESCENTE Portaria editada pelo juiz nos casos do art. 149 do ECA Conforme autoriza 0 art. 149 do ECA, o juiz pode disciplinar, por portaria, a entrada e permanéncia de crianga ou adolescente desacompanhados dos pais ou responsaveis em estddios, bailes, boates, teatros etc. No entanto, essa portaria deverd ser fundamentada, caso a caso, sendo vedada que ela tenha determinacées de cardter geral (§ 2° do art. 149) Proceso —_| Primeira Turma, REsp 1.292.143-5P, Rel. Min. Teori Zavasck, julgado em 21/6/2012, INFORMATIVO exquematizadl PiginaD uma ATENGAO! pizer@)orerro ‘nfermacio jaridhca em feed Adocao T) Pelo texto do ECA, a o conjunta somente pode ocorrer caso os adotantes sejam casados ou vivam em unio estavel. No entanto, a 3 Turma do ST] relativizou essa regra do ECA e permitiu a adocdo por parte de duas pessoas que ndo eram casadas nem viviam em unido estivel. Na verdade, eram dois irmaos (um homem e uma mulher) que criavam um menor ha alguns anos e, com ele, desenvolveram relacées de afeto. Il) Pelo texto do ECA, a adocao post mortem (apés a morte do adotante) somente poderd ocorrer se o adotante, em vida, manifestou inequivocamente a vontade de adotar e iniciou 0 procedimento de adogao, vindo a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentenca, Se 0 adotante, ainda em vida, manifestou inequivocamente a vontade de adotar o menor, poder ocorrer a ado¢io post mortem mesmo que nio tenha iniciado 0 procedimento de adogao quando vivo. Process __| Tercelra Turma, REsp 1.217.415-RS, Rel Min, Nancy Andrihi, jlgado em 19/6/2012. DIREITO PROCESSUAL CIVIL Desisténcia da aco pelo autor e concordancia do réu De acordo com o art. 267, § 4°, do CPC, apds o oferecimento da resposta, é defeso ao autor desistir da acao sem o consentimento do réu. Essa regra impositiva decorre da bilateralidade formada no processo, assistindo igualmente ao réu o direito de solucionar o conflito. Entretanto, a discordancia da parte ré quanto a desisténcia postulada deverd ser fundamentada, visto que a mera oposigao sem qualquer justificativa plausivel importa inaceitavel abuso de direito. A Unido, as autarquias, fundagdes e empresas publicas federais, com base no art, 3° da Lei 9.469/97, podem estabelecer, como condigao, que somente irdo concordar com 0 pedido de desisténcia formulado pelo autor caso este, além de desistir, renuncie expressamente ao direito sobre o qual se funda a acao. Aeexisténcia dessa imposicao legal do art. 3? da lei 9.469/97, por si s6, é justificativa suficiente para que os entes federais condicionem sua concordancia com o pedido de desisténcia da parte adversaria somente em caso de rentincia. Processo | Primeira Sedo. REsp 1.267.995-PB, Rel, Min, Mauro Campbell Maraves, juigado em 27/6/2012. Cumprimento de sentenca Para que nao haja a incidéncia da multa prevista no art. 475-J do CPG, no percentual de 10% sobre o valor da condenacao, é necessario que o devedor deposite a quantia devida em jufzo, com a finalidade de pagar o seu débito, permitindo ao credor 0 imediato levantamento do valor. Se o devedor depositar judicialmente a quantia devida com o escopo de garantir o juizo, para que possa discutir 0 seu débito em sede de impugnacao de cumprimento de sentenca, ndo haverd o afastamento da multa, pois o credor nao poderd levantar o dinheiro depositado até o deslinde da questao. Proceso | Qvarta Turma. RFsp 1.175.763-RS, Re. Min. Marco Buz, julgado em 21/6/2012. INFORMATIVO exquematizadl Pigina pizer@)orerro informagde jar fea em face Cumprimento de sentenga (impugnacao) Quando se inicia o prazo de 15 dias para a impugnagao ao cumprimento de sentenga? ‘+ Se houve penhora: 0 prazo para impugna¢ao comega a contar da intimagao do executado (na pessoa de seu advogado) a respeito da penhora. + Seo devedor, antes de haver penhora, apresentou depésito do valor cobrado em jutzo: 0 prazo se inicia na data em que o devedor realiza o depésito judicial para a garantia do juizo. Proceso | Quarta Turma, REsp 965.475-SP, Rel, Min, Luis Felipe Salomso, julgado em 21/6/2012. Execugdo (legitimidade) ‘Aadministradora de iméveis nao é parte legitima para ajuizar aco de execucao de créditos referentes a contrato de locagao, pois ¢ apenas representante do proprietario, e ndo substituta processual. Processo __| Terceira Turma, Resp 1.252.620-SC, Rel. Min. Nancy Andrigh,julgado em 19/6/2012 DIREITO PENAL PrescricSo da pretensdo executéria no caso de penas restritivas de direitos Se 0 condenado foragido ou que tem o livramento condicional revogado tem direito 3 contagem do prazo prescricional descontado o periodo efetivamente cumprido da pena, com muito mais razo cabe o desconto Aquele que simplesmente abandona 0 cumprimento da pena restritiva de direitos antes de seu término. Desse modo, se 0 condenado que esta prestando pena restritiva de direitos abandona o cumprimento, o prazo da prescri¢ao executéria deve ser regulada pelo tempo que resta a ser cumprido, aplicando-se, por interpretacao extensiva, o art. 113 do CP. Proceso __| Sexta Turma. HC 232.764-R5, Rel. Min, Maria Thereza de Assis Moura ulgado em 25/6/2012. Estelionato previdencidrio (art. 171, § 32 do CP) 0 estelionato previdenciario € crime “permanente” ou “instantaneo de efeitos permanentes” + Quando praticado pelo préprio beneficidrio: é PERMANENTE + Quando praticado por terceiro diferente do beneficiario: 6 INSTANTANEO de efeitos permanentes Processo | Terceira Secao. REsp 1.206.105-Rl, Rel. Mn, Gilson Dipp, julgado em 27/6/2012. DIREITO PROCESSUAL PENAL Sustentago oral no Tribunal do Juri em poucos minutos e nul jade Na sessao plendria do Tribunal do Jari, o advogado do réu fez a sua defesa em apenas 4 minutos. Submetido a votacao dos jurados, o réu foi condenado. OST] entendeu que houve flagrante ilegalidade, considerando que a atuacao do defensor nao caracterizou apenas insuficiéncia, mas sim auséncia de defesa. £ certo que a lei processual penal nao estipula um tempo minimo que deve ser utilizado pela defesa quando do julgamento do juiri. Contudo, nao se consegue ver razoabilidade no prazo utilizado no caso concreto, por mais sintética que tenha sido a linha de raciocinio utilizada. Apés a sustentacao proferida pelo advogado em prazo tao curto, o juiz que presidia o Tribunal do Jiri deveria ter declarado o réu indefeso, dissolvendo 0 conselho de sentenga e preservando, assim, o principio do devido processo legal. Proceso __| Quinta Turma, HC 234.758-5P, Rel. Min, Sebastiso Re's Jinior, ulgado em 19/6/2012. INFORMATIVO exquematizadl Pagina 7 pizer@)orerro ‘nfermacio jaridhca em feed Medida cautelar de afastamento do cargo 0 Prefeito que estiver sendo investigado pela pratica de crime pode ser afastado cautelarmente de seu cargo mesmo antes do oferecimento da dentincia, com base no art.319, Vi do CPP que revogou tacitamente o art. 2°, Il, do DL 201/67. Alei nao prevé um prazo maximo de afastamento cautelar, mas o STJ possui julgados sustentando que nao deve ser superior a 180 dias, pois tal fato caracterizaria uma verdadeira cassacdo indireta do mandato. Proceso | Quinta Turma. HC228.023-SC, Rel. Min. Adilson Vieira Macabu, julgado ern 19/6/2012. Renovagdo de permanéncia em presidio federal 0 juizo estadual solicitou a renovacao do prazo de permanéncia de um preso no presidio federal, afirmando que os motivos que fundamentaram a sua transferéncia persistiam. 0 juizo responsdvel pelo presidio rejeitou esse pedido, afirmando que o juizo de origem no provou nenhum fato novo que justificasse a permanéncia do preso no presidio federal. 0 jufzo estadual suscitou, entdo, conflito de competéncia, que € julgado pelo STJ. 0 ST}, ao analisar o conflito, decidiu que, quando os motivos que fundamentaram a transferéncia do condenado para pres{dio federal de seguranca maxima persistirem, justifica- se 0 pedido de renovasao do prazo de permanéncia, ainda que nao tenha ocorrido fato novo. 0 periodo de permanéncia do preso no pres{dio federal é renovavel excepcionalmente, quando solicitado motivadamente pelo juizo de origem, ndo exigindo novos argumentos. Assim, tendo sido aceitos pelo juizo federal os fundamentos no momento do pedido de transferéncia, é suficiente, para a renovagao do prazo, a afirmagao de que esses motivos de seguranga ptiblica ainda permanecem. O STj ressaltou, também, que nao cabe ao jufzo federal discutir as razées do juizo estadual ao solicitar a transferéncia ou renovagao do prazo em presidio federal, pois este é 0 nico habilitado a declarar a excepcionalidade da medida. Com isso, 0 STJ determinou que o apenado permaneca no presidio de seguranca maxima. Proceso | Terceira Seco. CC 122,042-R), Rel. originario Min, Gilson Dipp, Rel. para acérd30 Min. Marco Aurelio Belizze, julgado em 27/6/2012. DIREITO TRIBUTARIO (obs: este julgado somente interessa a quem presta concursos federais) Ede CINCO anos 0 prazo prescricional da ago promovida contra a Unido Federal por titulares de contas vinculadas ao PIS/PASEP visando a cobranca de diferengas de corregao monetaria incidente sobre o saldo das referidas contas, nos termos do art. 12 do Decreto-Lei 20.910/32 Primeira Segao, REsp 1.20S.277-P, Rel, Min, Teor Albino Zavasck, julgado em 27/6/2012. Processo INFORMATIVO exquematizadl Pagina

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