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Soren eT ARERR, se REE iin, Sucka Ce nee 86 REVISTA DE DIREITO MERCANTIL = 103 10. ntegragio regional, globaliracao econémiea ¢ a regulanientagio na- clonal A concomitincia de processos de integragio regional e globalizagio da eco- ‘nomia estio nos forgando, quer queiramos unio, a enfrentar antigos conceitos € necessidades sob nova lu2:estd se tornan- do imperativo e cada vez mais frequent mesmo em reas ou matésias antes no abrangidas por tais necessidades, pensar intemracionalmentc desafios ¢ solugées. Mais do que nunca também o ro, Nesse sentido, cabers a cada o dade de circulagio de capitas. Nes- ‘como em outros. campos, pode-se hesitar, como na formulagzo de Alexen- dre Koyré, entre “universos in De algum modo,e em algum momen- to, ponto de equilforio tem de ser alcan- ado, Resta ver como ¢ quando tal esta- do de homeostase pode ser aleangado, TEXTOS CLASSICOS ORIGEM DO DIREITO COMERCIAL (Capi lo 1 do Corso i Diritto Commerciale ~ Introduzione € Teoria dell'Impresa, 3. ed., Milio, Giuffré, 1962, de Tullio. Asca FABIO KONDER COMPARATO* Quando observamos a rio tardamas em pereeber 2 frequéncia com que no di . tema tradicional se costrapiem voliqma mostrar a formagio de ins que se colocam paralelamente 20 revelendo-nos destate a impor a.de um fendmeno proprio dos dois mas que enformam todes os direitos da Cristandade icotomia pode parecer ildgica a tum observador preocupade com $i em contraposi¢io de inicio aos observadores mais atentos nao esca- pard o fato de que 2 dicotomia exerce a importante fungao de conciliar a rigidez (que & certeza) do Direito, com a sua também perene exigEncia de elasticida- do, de adaptaglo. A sistema tradicional e inst ele concorem perm ciliar a adogo de novos principios com tum caminko lento ¢ experimental, dando aque duzindo-os “Serores © de abstrtamente, sua ampla eplical e forca de expansio, mas ri aplicando-os de infeio onde © Autor da tradugio © notes REVISTA DE DIRETTO MERCANTIL ~ 103, 19 romano ndo havia e« fexatamente porque sua fundirer no sistema geral (0 fendmeno processual preced qUentemente 0 substancial: 0 di nasce historicamente da ago. O sis eqiitativo encontra, por isso, a sua igem num fendmeno processual e se poe, ‘antes de tudo, como sistema de apbes judiciais e em fungzo, eventualmente, de ‘uma peculiar jurisdicdo; 0 jus honorarium tem sua fonte no edito do pretor romano; equity anglo-saxdnica nos poderes do Chanceler, coordenando-se com uma diferenca de jurisdigoes. Podemos, pois, no terreno hist ‘exigencias internacional correspondew, como veremos, 0 dircito fem suas origens. izagio das comunas que © mega a afirmat civilizagio fer speci ‘vimento hist6rico (€ italinas, Remontando a essa época encontra- tudo nas comunas ntrional, i ges gerais; ceritérios e valoragdes. num tado, mas que, em via de prin 25 cidades da peninsula ¢ que eclodix, uumaleance gerale mente podem Simpltaneamente, no campo do penss- acabar por assumir esse aleance $2°2!, mento © na operosidade do tréfico: na celebrando-se, destarte, exatamente na superagio de’ sua espec ‘maior triunfo, 2. A fungio do direito comercial diz fespelto a essa ordem de fendmenos. que nos velo o némero ti ‘nos darmos conta da simp! tentar fazer 0 céleulo abandonando a numeracio nnalam-nas desde 0| ‘Mas um sistema de di seja, uma série de normas coordenadas a partir de principios comuns, s6 come Texte. CLAssicos 89 que © romano-candnico comum, 8 um diteito "vulgar", pod ara fim, foi a época do que se pode chamar, Renascenga. como ela se contrapunha, destarte, & economia servil romana) ¢ 2 sua florescéncia era acompanhada tambér por uma transformagao na organizagio diversos ramos dda propriedade agrdria. A cidade por exemplo em centro de consumo ¢ de trocas, ‘uma via de comunicacio para horizon: {es mais largos e um incentivo aos ne- g6cios especulativos por meio de trocas 4 longa distincia, que engendravam 20 mesmo tempo riscos, riquezas e experi- éneias. ‘Com a segunda metade do século artesdos e mercadores viram-se as ddos em corporagdes de artes ¢ oficios, menores (como a dos pel compreendendo os mesires de cada AS corporagées metca fe, 20 lado deles, mas em posig20 subor- lado dos pequenos comerciantes com dinade, seus companheiros de trabatho e mentalidade artesanal, os grandes mer- ‘os aprendizes (excluidos os assalariados). cadores que 0s primeiros podem, se- Se bem que as associagies de profis- gundo alguns, coatrapor-se. De resto, s6 sionais (obrigadas a pagar Taramente os pequenos e grandes comer- cciantes, comerciantes no varejo € 10 atacado, formaram corporagies distin~ tas. Os’ grandes comerciantes, a partir 2 ori dos séculos XIII ¢ XIV siotempresirios. associagSes livres - com escopos religio- com uma esfera de agdo internacional, 0s e de socorro mituo, para a defesa dos interesses comuns dos associados e paraa defesa do coméreio urbano— parece cons- icfo da comuna e a forte imigragao do ‘campo para as cidades. As corporagies, fem seu ordenamento intern dda comuna, com os seus co jorisdi¢Zo ‘corporativa. A ‘orporages acabari. por amide, com a hist Luzzatto enxerga justamen- (soberano, entre as ativi- ITA DE DIREITO MERCANTIL ~ 103 muito embora, indo-se que processos sua variedade) uma indi s-artesfs 5; OU entdo exerce, ccompras para revender fas revendas, 205 negécios de banco ¢ cémbio, ¢ aos que The fossem conexos. 3. A mitida disciplina interna das amigos ¢ de depo ‘ontersente com intenio monopolistico, 10s diante de wm homem de negécios de no sentido de evitar a concorréncia, pelos ‘modemmo, diante do empresdrio ca- tcrmos da superprodugio (de onde a Ena pessoa destesque Luzzstto proibiggo aos ndo matriculados de exer~ feivindica 2 qualidade de verdadeiros cicio ds atividade regulamentada), coor- representantes da modemnidade da vida denando-se com a dsciplina das relagdes Ie XIV, como autores da expansio da ‘So justamente os séculos XI os séculos de ouro da economia em especial nos 1es dos negoctantes, e, portanto, fea estes aplicdvel. Os costumes, desde logo Consuetudines de Genova, fem 1086; Constitum usus de Pisa, em Liber consuetudinum de Milio, rerciantes correspondia a da justiga por parte dos cOns (como mercanzia plas cinco artes depois retomados e desenvolvidos nos maiores). Fundando-se na autonomia _estatutos corporativos (como os da parte a competéncia da respectiva da lai de Florenca, em 1301; o Breve ‘antes de tudo, Mercarorum de Pisz, em 1316; 0s es- cestendend: frdne 08 ot TEXTOS CLAssicos: 1 records, entte outros, 0 Ci nauticum de Veneza, de 1255; 38 Ta me, segundo muitos autores do séeulo XI, para a parte latina, ¢ do século XIV para a parte redipida em lingua vulgar, as ocdenagies de Tran do século XiV; 0 Breve curiae maris de Pisa, de 1308. sas normas so interpre afirmava por primeiro © renascimento ‘comunal. ( hoje alvidado coi navio para emprego na expedi 5 Con teumento preciosa, que se pre desenvolvimento de uma’ ¢ vee. O mar tem sido sempre ia, como lembra Jacques de liberdades e ini- Edo cimbio ma desenvolvimento tende pre mais, uma caract ‘econdmica. A soma mutuada 2 indepizacdo paga antecipa~ conta de participagao © também, segundo uma tese di sociedade em comandita, a qual, ao in- CC. ans, 633 a 665 do Cédigo Comercial beatliro, vés, & reconduzida por ovttos 2 uma derivagao da sociedade em nome cole. tivo, 0 direito comercial airma-se, assim, como um diteito auténomo de classe, fruto da pritica consuetwai niria dos comerciantes, com uma juris- digd0 especial fundada na avtonomi corporativa; ditcito, poranto, somente aplicdvel a0s comerciantes. Stas regras Jo, pois, aplicéveis segundo um. = dado que, até 0 ‘9 comércio era prediom) ido. As caravanas, ‘quais, nos séculos Xie sobressaem as da Champagne), fusdo em todos es pai cardter internacionalmente _ Jus gentium, esccevia na metade Jo século XVI 0 mais antigo dos ruadisias italianos, Benvenuto Stracca, de Aacons, referindo-se 20 diteito comercial. E 20 crater internacional do dieito cernercial referia-se no sfeulo XVII Lore fie © pai do dircito comercial mgles. A elaborago doutrinal, se bem que fl atraso em telacdc 4 for forga criadsra. serd depois sistematizada no Tractawus de mercatura de Siracea, de 1553, obra ‘que permanecerdé coma a exzosigdo fundamental sobre a maria Ao lado da elaboracio doutrizal, de- que recolhiam as informagies suscett- veis de servir aos comerciantes, como, por exemplo, no inicio do século XIV, 3 Pratica della mercatura de Francesco Balducei Pegolott. REVISTA DE OIREITO ternacional do ditto co- ‘comum. Est ia exercida, no logra ser (que vinham aos estendendo sua competéncia, const ‘ional comum (common law) de indole ‘da elaboragso das {érmulas processus Esse direito nacional comum, jf na segunda metade de século XV, aparece ‘como sistema completo, doravante con traposto ao da Europa continental; © a primeira consciéncia dessa contraposigio Lorge, segundo a opinigo mais difundida enite os autores, no De laudibus legis ‘Angliae de Fortescol, de 1460. ‘Mas essa contrapasigao 6 supe campo do dircito comercial e mi estatutéria e consuetudinariamente c ‘ado na Buropa continental, gragas sobre tudo & elaboragao das comunas italiana. comercial terra e que somente no: século XVI feaba por fundir-se e enguadrar-se na ‘comunon law, como uma de suas pat imeira sistematizagao do di inglés & de recordar-se a ‘comerci de Malynes, de 1622, que pode mesmo favizinhar-se, em sua elaboragio juridica, 2 de Stracea, embora desta se diferencie Bes econdmicas, mencanmi. ~ 103 Europa continental, fundados no dit ‘ea orientagao casutsta do dice ddo seu ordenamento processual. fesse que, somente em meados do século fenguadrar-se no corpo da a {glo e no seu ordenamento process com a autonomia de x classe, a sua vigéncia caso de fato submet comercial inglés, Edward Coke assumiu 0 cargo de Chief imeiro periodo, 0 gles. se. apresenta, ada — em contraste com ‘0 que ocorria no continente ~ como frato de uma aut6noma claborago ado pelos tr (pie powder courts), ou por instituides nos onze sido conferidos os Smercado™ (sobretudo com o fito de tute dente 08 TEXTOS CLAssicos Jo, fstemtava pois, nesse_ primero periodo, caracteristicas sensivelmente 10 comercial essas_ que ppermaneceram em vigor ainda n0s pe- subseqdentes. fato de cero fruto de um forma cde uma clase préprias exigén- clas, Ele formava, destarte, um corpo de dagu la geral, jo comercial, ro periodo, era o reflexo da ia prevalecente das cidades nas na vida dos tréficos. Ao lado da andlogad das comunas it ‘em ume atmosfera que, para parafrasear um dito célebre, nfo conhecia Alpes ‘nem Pirineus. Ea Catalunha que deveros, assim, XIEXV), consolidagio do di ‘mo mediterrineo com influé (ero dein me mos usos de Wisby (para 0 ‘mar Batico) — Oléron e Wisby so nomes de localidades ~ e mais ainda no Guidon de la Mer, fonte das ordenagdes da mari- tha de Luts XIV. n,claborada dizia 3. como notado, 305. 4. A regulagio as respeito, ates de tu problemas que, num sentide amplo, po- ‘dem ser qualificados como problemas do mercado, Podemos, assim, meiro periodo, na 1d0s, ora contrapostos 30 desenvolvimento geral do dircito roma- nio-candnico comum. {que nio havia telecomnicagdes. desenvolve entre pragas di ros no estabelecimento p doutrina dos res longinquos (e eis a ina dos agentes © comissési sua organizagao exigia a idéia de 0 passo que a marca do produto se hharmonizava com a preocupagao corpo- isando a garantir a conformidade aos esquemas cos de elementos por assim di {que encontramos numa agricul riarcal, Exige ndo . como também liberdade de ‘a para modelar 0 contrato. Sur- a validade do 94 REVISTA OIREITD MERCANTIL. ~ 103 validade do pacto, nu sem divida de forma, mas ndo de causa). O reexame da pecuniae levava a uma elal + freqientemente, contrapunta, a0 di € a05 costumes (105 qu as exigéncias comer mum, Desenvolvemse, de um lado, a do documento ¢ da prova docu- gf de um mercado especul {ando exigéncias mais vivas de protegio diante do inadimplemenio, Do cémbio maritimo surge. como lembrado, 0 seguro (cujos primeitos documentos datam, na Ilia, do século XIV), Suas regras (obviamente no cam po maritimo) comegaram a ser elabora- das, destacando-se do cambio . onde 0 conceito de risco se apreseatou pela primeira vez. ‘Aos pagamentos pragas distan- de moeda, resto apresenta um esquema fréximo daguele ainda hoje usado para essa fina- lidade. ‘uma soma de dinheiro de Caio em determinada moeda,

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