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RELATÓRIO E CONTAS 2005

Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.


ÍNDICE

REFER em … 2005 ..............................................................................................................................3


Órgãos Sociais....................................................................................................................................7
Enquadramento Macroeconómico ...................................................................................................9
Actividades em 2005 .......................................................................................................................12
1) Exploração...........................................................................................................................12
2) Conservação e Manutenção ..............................................................................................18
3) Investimentos .......................................................................................................................22
4) Outras Actividades ...............................................................................................................28
Recursos Humanos ...........................................................................................................................32
Participações da REFER ....................................................................................................................35
Situação Económica e Financeira ...................................................................................................39
Demonstrações Financeiras .............................................................................................................51
Anexo ao Balanço e Demonstração dos Resultados .......................................................................57

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 1


A REFER EM … 2005

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REFER em
REFER em …
… 2005
2005

O ano que agora termina caracterizou-se por mais uma etapa vencida pela REFER no sentido de
consolidar cada vez mais a sua Missão de proporcionar ao mercado uma infra-estrutura de
transporte competitiva, gerindo e desenvolvendo uma rede ferroviária eficiente e segura, no
respeito pelo meio ambiente, pese embora o ambiente de fortes restrições orçamentais que se
atravessa a nível nacional.
A 27 de Outubro deste ano, tomou posse o actual Conselho de Administração da REFER
assumindo desde então como área prioritária de actuação, de acordo com orientações da
tutela, a dinamização de uma política de contenção de custos, quer ao nível da gestão e
exploração da infra-estrutura, quer ao nível do investimento, garantindo a disponibilidade da
Rede Ferroviária Nacional em condições de fiabilidade e de segurança máximas.
A REFER, enquanto prestadora do serviço público de gestão da infra-estrutura apresentou, em
2005, uma variação positiva dos níveis de serviço prestados aos Operadores atingindo Índices de
Pontualidade REFER da ordem dos 90% nos comboios Pendulares, 92% nos comboios Regionais e
97% nos comboios Suburbanos. Prosseguiu igualmente o esforço iniciado em exercícios anteriores
no sentido de dotar a actividade de gestão da circulação de melhores sistemas de regulação,
segurança e de apoio, permitindo obter maior fiabilidade da informação, uniformização de
processos/procedimentos e de um sistema de monitorização do desempenho da circulação e
melhorando a comunicação a esse nível com os operadores.
Ainda no âmbito da exploração foi tomada a decisão de criar dois Centros de Comando
Operacional (CCO) em Lisboa e Porto, que irão possibilitar a optimização e exploração da rede e
a gestão da circulação com elevados padrões de segurança, eficiência e qualidade.
No sentido de assegurar a disponibilidade, fiabilidade e segurança da infra-estrutura procedeu-se,
em 2005, à contratualização integrada da manutenção e conservação nas Zonas de
Conservação de Lisboa, cobrindo toda a Área Metropolitana da Capital, e do Sul, cobrindo a
rede entre Lisboa e o Algarve. A REFER na sequência desta contratualização iniciou um processo
de avaliação dos resultados obtidos que irá enformar a decisão de continuar esta política nas
restantes zonas de conservação.
Prosseguindo a opção estratégica de desenvolver uma cultura da Qualidade na Empresa, a Zona
de Conservação do Porto alcançou a Certificação em Qualidade, de acordo com os requisitos
da Norma NP EN ISO 9001:2000, juntando-se assim à Zona de Lisboa, certificada desde 2003.
No âmbito da sua actividade de investimento, a REFER prosseguiu, por conta do Estado, a
execução dos projectos de investimento de modernização e desenvolvimento da Rede
Ferroviária Nacional e de supressão de Passagens de Nível.
Neste particular, a REFER atingiu em 2005, com uma antecipação de um ano, o objectivo
nacional de obter uma densidade média de Passagens de Nível de 0,5 PN/km, ou seja 1,399 PN
e uma densidade de 0,497PN/km, o que a par das acções desenvolvidas sobre a segurança no

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atravessamento de passagens de nível tem permitido a diminuição progressiva dos acidentes,
passando de 102 acidentes em 2004 para 78 em 2005.
A REFER associou-se à semana temática sobre sinistralidade rodoviária, de iniciativa da
Presidência da República através da distribuição de brochura informativa sobre segurança nos
atravessamentos da via-férrea, acompanhada de uma campanha televisiva de sensibilização
sobre a segurança no atravessamento de passagens de nível.
No âmbito dos investimentos de modernização da Rede Ferroviária Nacional, destacam-se a
conclusão da electrificação da Linha da Beira Baixa até Castelo Branco, permitindo ao operador
a utilização de tracção eléctrica entre Lisboa e Castelo Branco, e o início da empreitada do Túnel
do Rossio no âmbito das acções de emergência tomadas aquando do encerramento, em finais
de 2004, desta importante infra-estrutura do sistema de transportes da Área Metropolitana de
Lisboa.
A modernização da Rede Ferroviária contou este ano com um total de investimentos realizado,
incluído no PIDDAC, na ordem dos 426 milhões de euros.
No âmbito da cobertura desses investimentos, as contribuições do Estado, tendo em conta o
período de restrição que se atravessa, têm sido diminutas sofrendo uma redução ao longo dos
anos, pelo que em 2005 corresponderam a 4,4%.
A estrutura da cobertura financeira dos investimentos PIDDAC teve o seguinte comportamento: o
Cap. 50º representou cerca de 4,4% (18,1 milhões de euros) os Fundos Comunitários 32,4%
(131,7 milhões de euros) e Outras Fontes de Financiamento situaram-se nos 63,2% (257,3 milhões
de euros), salientando-se que, à semelhança dos anos anteriores, as contribuições do PIDDAC e
dos Fundos Comunitários têm vindo a diminuir, pelo que o recurso ao endividamento representa a
maior parcela da cobertura financeira dos investimentos, com o resultante impacto negativo em
termos de encargos financeiros.
No seguimento da Política de Ambiente definida pela REFER, ao longo de 2005 foi elaborada a
primeira versão do Manual de Gestão Ambiental, de acordo com a norma ISO 14001 tendo
como objectivo a sua implementação durante o ano de 2006.
Para cumprimento de obrigações legais da empresa iniciaram-se as acções necessárias à
elaboração dos Mapas e Planos de Redução de Ruído no âmbito do Plano de Gestão de
Actividades Ruidosas.
No âmbito Gestão de Passivos ambientais em matéria de Resíduos iniciou-se a criação dos
Sistemas de Recolha de Resíduos e respectivo encaminhamento e valorização.
No âmbito da Segurança a REFER, para além do papel de prevenção, já mencionado,
relativamente aos acidentes em Passagens de Nível, deu-se continuidade às acções
conducentes à criação de um Plano de Emergência Geral para toda a Rede Ferroviária Nacional
e à criação do Sistema de Gestão de Segurança, que irão permitir melhorar a gestão em
situações de acidentes e os procedimentos de segurança entre Direcções da Empresa.

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Em 13 de Dezembro de 2005, aquando da apresentação do Projecto da Alta Velocidade, a
Tutela estabeleceu um conjunto de orientações estratégicas para a REFER e RAVE. Para além da
natural articulação entre as duas empresas, a REFER ficou incumbida de:
• desenvolver o Plano da Futura Rede Ferroviária Nacional
em articulação com os restantes sistemas de transporte,
e o plano de Migração da Bitola da rede convencional;
• reequacionar os investimentos da modernização da
Linha do Norte, garantindo os investimentos relacionados
com a segurança e com as necessidades futuras da
oferta de serviços de passageiros;
• garantir a articulação com o Sistema Logístico Nacional e com os sistemas portuário,
aeroportuário e rodoviário.
A REFER, no final do ano, contava com um número médio de colaboradores na ordem dos 4000,
colaborando empenhadamente com o Conselho de Administração na prossecução dos
objectivos e respondendo aos grandes desafios que se perspectivam para o Futuro REFER.
É ainda de salientar a leal e diligente colaboração da Comissão de Fiscalização, sendo também
devido o nosso agradecimento às instituições financeiras, ao Instituto Nacional do Transporte
Ferroviário e aos Ministérios Tutelares, pelo indispensável apoio na concretização dos objectivos
traçados.

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ÓRGÃOS SOCIAIS

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ÓrgãosSociais
Órgãos Sociais

No final de 2005 tomou posse o novo Conselho de Administração da REFER cujos membros e as
áreas de actividade são as que se apresentam a seguir.

ƒ Direcção Geral de Engenharia;


ƒ Secretário-geral;
ƒ Delegação da REFER no Norte;
ƒ Recursos Humanos;
Presidente do Conselho de ƒ Qualidade e Ambiente
Administração
Luís Filipe Pardal, Eng.

ƒ Economia e Finanças;
ƒ Plano e Controlo;
ƒ Planeamento Estratégico;
ƒ Aprovisionamentos e Logística.
ƒ Património Imobiliário; Vice-Presidente do Conselho
de Administração
Alfredo Vicente Pereira, Dr.

ƒ Jurídico e Contencioso;
ƒ Relações Internacionais;
ƒ Fundos Comunitários;
ƒ Auditoria;
ƒ Comunicação e Imagem.
Vogal do Conselho de
Administração
Romeu Costa Reis, Dr.

ƒ Direcção Geral de Exploração e


Conservação;
ƒ Segurança.
Vogal do Conselho de
Administração
Alberto Castanho Ribeiro, Eng.º

ƒ Sistemas e Tecnologia de Informação


ƒ DGEC
o Direcção de Gestão e Controlo,
Tarifação de Acesso à Infra-estrutura
o Direcção de Gestão de Contratos
Comerciais
Vogal do Conselho de ƒ Articulação com o Contrato de
Administração Concessão da Fertágus
Carlos Alberto Fernandes, Eng.º ƒ Contratualização com o Estado

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ENQUADRAMENTO
MACROECONÓMICO
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Enquadramento Macroeconómico
Enquadramento Macroeconómico
Em 2005 Portugal registou uma taxa de crescimento que, sendo embora positiva, 0.3%,
representa uma modestíssima retoma da economia nacional. Um país pequeno e com elevada
dependência energética sofreu naturalmente mais que outros com a escalada do preço do
petróleo, estimando-se esse impacto numa redução de 0.6 pontos percentuais no crescimento
dos anos de 2005 e 2006. Como factor adicional de contracção económica estão as políticas
económicas orientadas para a consolidação orçamental.

No entanto, nem só de problemas conjunturais se faz a crise que Portugal atravessa. O


alargamento da Europa aos países de Leste, a par da crescente globalização e redução do
proteccionismo face a países terceiros coloca sérias dificuldades a um país que ainda pretende
assentar muita da sua competitividade em factores em que já deixou de ser competitivo, como
é o caso dos baixos salários.

O ajustamento que se procura na economia nacional resulta nesta fase num aumento do
desemprego, traduzido numa ainda maior contracção da procura interna e na queda dos níveis
de confiança. O investimento sofreu também uma redução de 3.1% em 2005, a par do
abrandamento registado no consumo público.

A REFER exerceu assim a sua actividade no ano de 2005 numa conjuntura francamente
desfavorável, tendo como único aspecto positivo os baixos níveis de taxa de juro que têm
acompanhado esta fase do ciclo económico, o que apesar de tudo se reflecte favoravelmente
nos resultados da empresa.

Internacionalmente, os níveis historicamente baixos das taxas de juro foram também


acompanhados, ao longo de todo o ano de 2005, de uma redução dos spreads de crédito,
sobretudo para empresas de rating elevado, como é o caso da REFER, em particular nas
maturidades mais longas, fruto de um enquadramento de grande liquidez nos mercados
financeiros internacionais e de pressões da procura associadas a fenómenos vários, como a
reforma dos fundos de pensões na Europa.

Enquanto mandatária do Estado na concretização do plano de investimentos na modernização


da rede ferroviária nacional, a REFER contribuiu certamente para a manutenção de muitos postos
de trabalho, directos e indirectos, tendo no entanto sido possível perceber ao longo do ano um
agravamento na situação de muitas das empresas que trabalham no sector da construção civil e
sectores relacionados.

No seu papel de gestora da infra-estrutura, a REFER sofre directamente os efeitos de uma


conjuntura económica desfavorável. O crescimento do tráfego, de passageiros como de
mercadorias, que uma fase expansionista propicia, representa para a empresa praticamente a

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única possibilidade de aumento de receitas de exploração, num enquadramento
necessariamente de défice crónico.

Nas duas vertentes em que a REFER actua, é particularmente notório o efeito negativo das
restrições orçamentais do Estado Português. Quer as contribuições para o financiamento da
actividade de investimento, quer a compensação nos custos de exploração pela prestação de
um serviço público, voltaram em 2005 a situar-se em níveis muito aquém dos necessários,
aumentando a pressão do endividamento e acentuando o desequilíbrio estrutural da empresa.

Taxa de
CENÁRIO MACROECONÓMICO 2005 crescimento (E)

Consumo Privado 1.2


Consumo Público 0.6
FBCF -4.1
Exportações 2.2
Importações 1.0
PIB 0.3

Balança Corrente + Balança de Capital (% PIB) -5.9

IHPC 2.5

Taxa de desemprego 7.6

Fonte: Banco de Portugal

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ACTIVIDADES EM 2005
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Actividades em 2005
Actividades em 2005

A REFER, enquanto prestadora do serviço público de gestão da infra-estrutura integrante da Rede


Ferroviária Nacional, compete-lhe desenvolver as actividades pertinentes ao seu objecto, de
acordo com princípios de modernização e eficácia, actuando em duas áreas de negócio:

• Gestão e Exploração da Infra-estrutura, compreende a gestão da capacidade, a


conservação e manutenção da infra-estrutura ferroviária e a gestão dos respectivos
sistemas de comando e controlo da circulação, incluindo a sinalização, regulação e
expedição, por forma a assegurar condições de segurança e qualidade
indispensáveis à prestação do serviço público de transporte ferroviário.
• Investimento, consiste na construção, instalação e renovação da infra-estrutura,
actividade desenvolvida por conta do Estado (os bens integram o domínio público
ferroviário).

Gestão e Exploração da Infra-estrutura

1) Exploração

Caracterização da Rede Ferroviária Nacional

No final do ano de 2005, a Rede Ferroviária Nacional tinha uma extensão de 3.613 km, dos quais
2.839 km com tráfego ferroviário. As características da rede com tráfego ferroviário em 2005
estão evidenciadas no quadro seguinte.

Sem Tráfego Rede Ferroviária


Com Tráfego Ferroviário
Ferroviário Nacional

Electrificada Não
TOTAL TOTAL TOTAL
Electrificada
25.000V 1.500V Sub-Total

Via Larga 1.411 25 1.436 1.211 2.648 325 2.972


Via Única 844 - 844 1.196 2.040 - 2.040
Via Dupla 534 25 559 15 575 - 575
Via Múltipla 33 - 33 33 - 33
Via Estreita 0 0 0 192 192 449 640
Via Única - - - 192 192 449 640

TOTAL 1.411 25 1.436 1.403 2.839 774 3.613

Constata-se que no final do ano de 2005 o total das linhas electrificadas era de 1.436 km, que
corresponde a 51% da rede com tráfego ferroviário.

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Electrificação

Linhas Extensão (Km)

Linha do Minho 25
Nos ultimos quatro anos a rede electrificada aumentou 531
Linha do Douro 16
km (19%). As intervenções foram ao longo do país com Linha de Guimarães 31
Ramal de Braga 15
predominância na Linha do Sul.
Linha da Beira Baixa 78
Linha do Oeste 4
Concordância Poceirão 4
Linha do Alentejo 26
Concordância Ermidas 1
Concordância Funcheira 3
Linha de Sines 58
Linha do Sul 234
Linha do Algarve 38

TOTAL 531

Sistemas de Segurança e Controlo de Comando

No final de 2005 cerca de 50% das linhas


com tráfego ferroviário geridas pela REFER
Convel 1.232 Km
tinham instalados sofisticados sistemas de
ATS 25 Km
segurança, nomeadamente equipamento
Rádio Solo/Comboio 1.492 Km
de via do sistema de Controlo Automático
Rádio Solo/Comboio
25 Km
de Velocidade (Convel) e de Controlo e s/ Transmissão de Dados

Comando de Circulação (rádio-solo comboio).

Entradas em Serviço desde 2002


Desde 2002 a REFER, disponibilizou
Convel Radio Solo Comboio aos operadores uma infraestrutura
Linhas
Extensão (Km) com novos equipamentos,
Linha do Minho 39 18 proporcionando acréscimos de
Linha do Douro 16 38
segurança e fiabilidade. Foram
Linha de Guimarães 5 25
Ramal de Braga 16 15 inaugurados sistemas de convel
Linha do Norte 5
ao longo de 492 km,
Linha de Leixões 19
Linha da Beira Baixa 101
relativamente ao equipamento
Linha do Oeste 4 3 rádio solo comboio foi
Concordância S. Gemil 4
implementado em mais de 582,8
Concordância Ermidas 1
Linha do Alentejo 12 26 Km.
Concordância Funcheira 3 3
Linha de Sines 51 51
Linha do Sul 228 265
Linha do Algarve 93 38

TOTAL 494 582

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Gestão da Capacidade

Em 2005 a capacidade disponibilizada pela REFER Circulação Média/dia Ano 2005


aos operadores foi de 72 milhões de Ck’s, o nível Número Total 2003
de utilização da Rede é na ordem dos 54% da Suburbanos 1011
capacidade disponibilizada, a que corresponde Longo Curso/Regionais 442

cerca de 2000 circulações diárias média. Mercadorias 248

Marchas (Comboios em vazio) 302

Operador CP - E volução dos Comboios Kilomet ro


Realizados
O operador CP em 2005 utilizou 37,6 milhões
(correspondente a 52% da capacidade
40.000.000
disponibilizada) da rede ferroviária nacional,
30.000.000
medida em termos de ck’s (comboio/km), repartido
20.000.000 em serviços de passageiros (29,1 milhões de ck’s)

10.000.000
mercadorias (7,1 milhões de ck’s) e marchas
(comboios em vazio, 1,1 milhões de ck’s).
0
Ck CK CK Total Ck
Passageiros Mercadorias Marchas Realizados

2003 2004 2005

Operador Fert agus - E volução dos Comboios


Kilomet ro Realizados
O operador FERTAGTUS utilizou 1, 6 milhões de
2.000.000
ck’s da rede ferroviária disponibilizada
(representa 2%), distribuído pelos serviços de
passageiros (1,5 milhões de ck’s) e marchas 1.000.000

(105 mil ck’s).

0
2003 2004 2005

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Índice de Pontualidade

Durante o ano de 2005, verificou-se, na generalidade, uma variação positiva dos níveis de
serviço prestados aos Operadores. Assim, no que se refere aos Índices de Pontualidade por
causas imputáveis à REFER (IPR), verificou-se a seguinte evolução:

Ín d ice d e Pon tu a lid a d e R EF ER


1

0,8

0,6

0,4

0,2

0
Pendulares Internacionais Intercidades Inter-regionais Regionais Suburbanos Mercadorias
(IC)

2004 2005

Salienta-se a evolução positiva verificada nos comboios Pendulares (+7,1%), atingindo um IPR
muito próximo de 0,90, e nos comboios IC (+ 5,18 %). Esta evolução positiva ficou a dever-se em
grande parte à conclusão dos trabalhos de modernização do troço Entroncamento – Albergaria,
que ocorreu em Junho de 2005.
Em relação aos comboios suburbanos, verificou-se um ligeiro abaixamento do IPR,
fundamentalmente devido aos impactos negativos provocados pelo encerramento do túnel do
Rossio, que ocorreu no último trimestre de 2004.
Os comboios internacionais tiveram um abaixamento do respectivo IPR que se deveu à
estabelecimento de diversos afrouxamentos nas linhas do Minho e Beira Alta, conjugados com o
aparecimento de avarias de sinalização, e sistema CONVEL, particularmente na linha da Beira
Alta.

O nível de pontualidade nos últimos dois anos tem-se vindo a aproximar da meta de 92%
estabelecida como objectivo, considerando as condições técnicas de exploração, e a estrutura
de tráfego onde tem muito peso o suburbano no conjunto do total da circulação.

Do conjunto de causas dos atrasos verificadas, apenas 6% foram directamente imputáveis à


REFER em 2005.

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Efectivo

O efectivo afecto ás actividades de exploração da infra-estrutura em Dezembro de 2005 foi de


2.070, repartidos pelas actividades de gestão da capacidade, da circulação e dos respectivos
sistemas de regulação e segurança e serviços gerais. Nos últimos anos assistiu-se nestas áreas a
uma redução de 8% do efectivo (182 trabalhadores).

Variação Variação
Direcção de Exploração 2003 2004 2005
2003-2004 2004-2005

Serviços Centrais 25 30 20% 28 -7%


Gestão da Capacidade 22 21 -5% 25 19%
Gestão de Contratos Comerciais 15 15 0% 17 13%
Dir Projecto dos CCOs 0 1 6 500%
Gestão da Circulação - Serviços Centrais, PCC e PCT 55 47 -15% 46 -2%
ROC Porto 529 465 -12% 429 -8%
ROC Coimbra 778 710 -9% 668 -6%
ROC Entroncamento 421 358 -15% -100%
ROC Lisboa 381 372 -2% 632 70%
ROC Setúbal 373 263 -29% 219 -17%

Total 2.574 2.252 -13% 2.070 -8%


Valores relativos a Dezembro de cada ano

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Demonstração dos Resultados
euros
Os custos operacionais da actividade de
CONTAS Exploração exploração representam 37% dos custos
CUSTOS 131.898.863 operacionais totais dos quais Fornecimentos
61-Mercad. Vend. e Consum. 241.177
62-Fornec. e Serv. Externos 31.336.286 e Serviços Externos e os Custos com o
63-Impostos e Taxas 592.247
Pessoal contribuem com 24% e 45%
64-Pessoal 59.394.158
65-Outos Custos Operac. 22.429 respectivamente.
66-Amortizações 2.149.234
67-Provisões 194.711 Os Custos e Perdas Financeiros e Custos e
Custos Operacionais 93.930.242
68-Custos e Perdas Financ. 22.365.070 Perdas Extraordinários são repartidos em
69-Custos e Perdas Extraord. 15.603.550 função do peso dos custos operacionais, e
93.930.242
PROVEITOS 51.234.117
representam 30% do total dos custos.
72-Prestação de serviços 26.458.299
73-Proveitos suplementares 3.552.679 Os proveitos operacionais da actividade de
74-Subsídios à Exploração 14.357.856
75-Trab. p/ própria empresa 11.100 exploração representam 12% dos proveitos
Proveitos Operacionais 44.379.934
79-Prov. e Ganhos Extraord. 6.854.184
operacionais totais dos quais se destacam a
Prestação de Serviços e os Subsídios à
Resultado Operacional -49.550.308

86-Imposto s/Rendimento 33.009


Exploração, com 80% dos Proveitos totais

RESULTADO
desta actividade.
-80.697.754

O cálculo dos proveitos da Prestação de Serviços teve em conta a afectação dos custos dos
serviços essenciais às respectivas actividades, enquanto que os Subsídios à Exploração foram
repartidos em função dos custos operacionais de cada uma das actividades. Salienta-se
contudo, que os proveitos incluídos nesta rubrica se encontram compensados nos custos
operacionais, na rubrica Fornecimentos e Serviços Externos.

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2) Conservação e Manutenção

Acções de Conservação e Manutenção

Com o objectivo de melhorar as condições de disponibilidade da infra-estrutura, foram realizadas


um conjunto de acções, destacando-se:
• Reabilitação do Túnel do Rossio, foram
reparadas anomalias e patologias existentes e
levantadas pela Equipa de inspecção REFER e
LNEC,

Túnel do Rossio
• protecção de Fundações de Pontes na

Linha do Douro,
• Manutenção preventiva sistemática
da superestrutura de via através do
ataque mecânico pesado,

• substituição de carris nas Linhas do Norte,


Oeste e Ramal de Alfarelos,
• L. Sul (km 105,615 ao PK108,781) empreitada
para reabilitação da via,
• estabilização de talude em vária Linhas da
rede,
• deservagem química na rede ferroviária nacional, a terminar em 2006,
• L Douro – Túneis da Má Passada, Pedra Caldeira e Valeira – empreitada para concepção
e reparação.

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Estrutura Organizativa

A estrutura da Conservação Manutenção é dividida em áreas geográficas, de forma a facilitar o


acesso e gestão da infra-estrutura:

Aos órgãos regionais compete a concretização no terreno das


políticas de conservação aprovadas pela Direcção de
Conservação e Manutenção, têm as suas áreas geográficas
de actuação limitadas conforme o mapa.

Modelo de Contratação

A orientação estratégica da Empresa, decorrente da


necessidade de se evoluir para níveis de performance que
garantam aos operadores uma oferta de qualidade, conduziu
à contratualização global da actividade de manutenção da
infra-estrutura ferroviária por não estar devidamente apetrechada de meios para o efeito.
O Modelo de Contratação Integrada permite uniformizar e aproximar as formas e métodos de
manutenção das várias zonas geográficas, aceder a tecnologias e meios anteriormente
indisponíveis e reduzir o elevado número de contratos existentes que exigem elevado esforço
interno na sua gestão. Assim, foram assinados os dois primeiros contratos de manutenção globais
e integrados, ZOC Lisboa e ZOC Sul, que englobam as especialidades Via e Geotecnia, C. Civil e
B. Tensão, Catenária, Estruturas Especiais – pontes, aquedutos e túneis.

Certificação da Qualidade

Prosseguindo a opção estratégica de desenvolver uma cultura da Qualidade na Empresa, a Zona


Operacional de Conservação do Porto alcançou em 2005 a Certificação em Qualidade, de
acordo com os requisitos da Norma NP EN ISO 9001:2000, juntando-se assim à ZOC Lisboa. Foi
decidido que a ZOC Centro deverá iniciar o processo conducente à certificação integrada em

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 19


Qualidade, Ambiente e Segurança. Num próximo passo, as ZOC’s já certificadas deverão
proceder à integração dos seus sistemas com as vertentes de Ambiente e Segurança.

Monitorização de Desempenho

De forma a satisfazer a necessidade de dotar a Conservação e Manutenção de um instrumento


de gestão operacional que lhe permita gerir a sua actividade nuclear, foi implementado um
Modelo de Indicadores de Gestão da Manutenção, que visa atingir 3 grandes objectivos:
• Medição da actividade – identificando e permitindo relacionar inputs (ex: custos)
e outputs (ex: nº de avarias) da actividade de manutenção, de forma a introduzir
medidas correctivas e/ou preventivas;
• Introdução de comparabilidade – quer a nível da REFER (comparação entre ZOC/
Eixos e entre especialidades) como a nível externo (com outros gestores de infra-
estruturas);
• Fixação de metas – através do estabelecimento de objectivos de desempenho e
a sua potencial ligação a um sistema de compensação dos elementos da área.

Custo da Conservação e Manutenção

O custo da actividade Conservação e Manutenção foi cerca de 80 milhões de euros.


Dos quais se evidencia as contas 62 Fornecimentos e Serviços Externos com o montante de 40
milhões de euros que corresponde a 49% e a conta Custos com Pessoal, 26 milhões de euros
com o peso de 32%.

A REFER tem vindo a adoptar nos últimos anos uma política de recurso progressivo à prestação
de serviços externo em substituição do trabalho interno.

Este procedimento, é consequência dos rápidos e constantes desenvolvimentos tecnológicos


verificados e da modernização que tem vindo a ter lugar nas Infra-estruturas e nas Estações que
introduzem um elevado nível de complexidade na actividade da manutenção, em particular,
nas áreas de via, telecomunicações, catenária, O quadro apresentado é o reflexo disso mesmo,
de facto, os subcontratos que apresentam um valor mais elevado são, via, telecomunicações.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 20


Efectivo

O quadro de pessoal da Conservação Manutenção tem verificado, ao longo dos últimos anos,
uma diminuição generalizada do número de efectivos. Apresenta-se de seguida a evolução do
quadro de pessoal:

Demonstração dos Resultados

euros A actividade Conservação apresenta um


CONTAS Conservação resultado operacional negativo no montante

CUSTOS 112.389.199
de 35,6 milhões de euros para o exercício
61-Mercad. Vend. e Consum. 7.784.827 de 2005, de acordo com a Demonstração
62-Fornec. e Serv. Externos 39.550.342
63-Impostos e Taxas 1.130.763 de Resultados.
64-Pessoal 25.973.861
65-Outos Custos Operac. 111.926 Os custos operacionais da actividade de
66-Amortizações 4.488.053
67-Provisões 996.890 conservação representam 32% dos custos
Custos Operacionais 80.036.662 operacionais totais dos quais os
68-Custos e Perdas Financ. 19.056.968
69-Custos e Perdas Extraord. 13.295.570 Fornecimentos e Serviços Externos e os
80.036.662
PROVEITOS 51.242.546 Custos com o Pessoal contribuem com 35%
72-Prestação de serviços 31.286.046
74-Subsídios à Exploração 12.742.897
e 23% respectivamente.
75-Trab. p/ própria empresa 358.291 Os Custos e Perdas Financeiros e Custos e
Proveitos Operacionais 44.387.234
79-Prov. e Ganhos Extraord. 6.855.311 Perdas Extraordinários são repartidos em
Resultado Operacional -35.649.427 função do peso dos custos operacionais, e
44.387.234
86-Imposto s/Rendimento 28.126 representam 30% do total dos custos.
RESULTADO -61.174.779 Os proveitos operacionais da actividade de
conservação representam 28% dos proveitos operacionais totais dos quais se destacam a
Prestação de Serviços e os Subsídios à Exploração, com 86% dos Proveitos totais desta actividade.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 21


O cálculo dos proveitos da Prestação de Serviços teve em conta a afectação dos custos dos
serviços essenciais às respectivas actividades, enquanto que os Subsídios à Exploração foram
repartidos em função dos custos operacionais de cada uma das actividades.

3) Investimentos
Acções de Modernização

No âmbito da sua actividade investimento a REFER realizou, por conta do Estado, projectos de
investimento, tendo em vista a modernização e desenvolvimento da Rede Ferroviária Nacional,
dos quais se destacam as acções de:
• electrificação da Linha da Beira Baixa, que contempla também uma nova sinalização
e telecomunicações, a supressão de passagens de nível e a remodelação de edifícios
e plataformas de algumas estações e apeadeiros;
Esta acção disponibilizará adicionlamente ao operador uma infra-estrutura ferroviária
em rede electrificada numa extensão de
78 km (Mouriscas – Castelo Branco).
• progresso nos trabalhos de estabilização
Túnel do Rossio e simultaneamente
remodelação da Estação do Rossio;
Túnel do Rossio

Apesar dos constrangimentos


provocados ao cliente pelo
encerramento daquela infra-estrutura
ferroviária, a questão da segurança de pessoas e bens exigiu esta intervenção. A
reabertura do Túnel está prevista para 4º trimestre de 2006, após concluída uma
intervenção profunda.
• Conclusão das intervenções no interface Poente de Campanhã, no âmbito da
construção da Nova Gare Intermodal, numa parceria entre a REFER, através da
INVESFER (empresa detida pela REFER) a Câmara Municipal do Porto e a Empresa Metro
do Porto, SA, o que viabilizou a abertura à exploração do novo parque de
estacionamento subterrâneo, com uma capacidade para 450 viaturas.

• Conclusão dos trabalhos de beneficiação da


estação de Rio Tinto, os quais, para além da
construção de uma passagem inferior de
peões, com acesso por escadas e elevadores
Estação de Rio Tinto

às novas plataformas de passageiros,


contemplaram ainda a construção de um
interface com capacidade para cerca de 50
lugares.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 22


• Instalação do Sistema de Controlo Automático da Velocidade dos Comboios (CONVEL),
nos troços Ermesinde – Lousado, Contumil – Ermesinde, Cete – Caíde, Contumil –
Leixões, Lousado – Santo Tirso e Lousado – Braga.
• Conclusão da modernização do Subtroço 2.1 (Entroncamento – Albergaria) – Trabalhos
Gerais de Construção Civil, Via e Catenária;

• Instalação de Sinalização Electrónica, no Subtroço

Ovar)
2.1 (Entroncamento – Albergaria);

Subtroço 3.2 (Quintans –


• Modernização do Subtroço 3.2 (Quintans – Ovar) –
Trabalhos Gerais de Construção Civil, Via e
Catenária;

Passagens de Nível
Em 2005 a REFER promoveu acções que visam a redução da sinistralidade nos atravessamentos
nível, através da sua supressão, da melhoria das condições de segurança e de campanhas de
sensibilização.
Nesse sentido, o número de passagens de nível suprimidas (128) e reclassificadas (154) foi de 282.
PNs Suprimidas PNs Reclassificadas
Planeado Realizado Planeado Realizado

DELEGAÇÃO NORTE (DN) 9 1 --- ---


DIR. DE INVESTIMENTOS (IV)

- Empreendimento Linha do Norte (LN) 24 22 --- 8


- Empreendimento Linha da Beira Baixa (BB) 12 3 1 3
- Empreendimento Área Metropolitana de
15 7 ---
Lisboa (ML)
- Empreendimento Ligação Sines - Elvas (SE) 1 --- --- ---
REFER

IV - Total 52 32 1 11
DIR. DE ATRAVESSAMENTOS E GESTÃO DE PNS (PN)
- Dep. de Supressão e Reclassificação de
75 75 47 49
PNs (SRPN)
- Dep. de Gestão de PNs (GTPN) 3 13 89 93
PN - Total 78 88 136 142
REFER - total 139 121 137 153

INVESFER 1 1 --- ---


ENTIDADES EXTERNAS -Autarquias (CM) (*) (*)
5 6 --- 1

Totais 145 128 137 154

(*) - 3 supressões e 1 reclassificação resultam de Obras com Protocolo entre a REFER e as Autarquias

A densidade média de PN’s no final de 2005 foi de 0,479 Passagens de Nível por quilómetro
(PN’s/km), valor inferior ao objectivo definido para 2006 (0,50 PN’s/km) no Decreto-Lei nº 568/99
que regulamenta as Passagens de Nível.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 23


A REFER nos últimos seis anos executou cerca de 97% das acções de supressão de Passagens de
Nível, passando de 2.386 PN’s existentes na rede ferroviária para 1.348PN’s.
No âmbito da semana temática sobre sinistralidade rodoviária, iniciativa da Presidência da
República, a REFER associou-se, desenvolvendo acções de:
• distribuição de brochura informativa sobre segurança nos atravessamentos da via-
férrea,
• e participação na campanha televisiva de sensibilização sobre a segurança no
atravessamento de passagens de nível.
A observância de todas estas acções em conjunto, possibilita a diminuição progressiva dos
acidentes em passagens de nível, como se constata este ano, o número de acidentes passou de
102 em 2004 para 78 em 2005.

Acident es em P assagens de Ni vel - 1990 a 2005

250
225
200
175
Nº de acidentes

150
125
100
75
50
25
0
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

TOTAL 234 218 198 205 182 166 147 144 144 154 119 123 113 105 102 78
Colhidas 35 45 38 34 22 18 18 22 17 25 15 17 18 15 18 19
Colisões 199 173 160 171 160 148 129 122 127 129 104 106 95 90 84 59

Valor do Investimento Global

O volume de investimentos realizado pela REFER durante o exercício de 2005 situou-se na ordem
dos 426 milhões de euros, representando uma taxa de realização de 80% face ao previsto. Deste
total, 96% (407 milhões de euros) dizem respeito a intervenções em ILD’s inscritos no PIDDAC,
correspondendo os restantes 4% (19 milhões de euros) a investimentos realizados fora do âmbito
do PIDDAC, dos quais se destacam os investimentos correntes em infra-estruturas (7,7 milhões de
euros), estudos de âmbito genérico (9,4 milhões de euros) e os investimentos de funcionamento
(1,9 milhões de euros).
O quadro seguinte ilustra os investimentos realizados no ano de 2005, em comparação com o
programado bem como a respectiva forma de financiamento.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 24


Investimentos em 2005
(milhares de euros)
Cobertura Financeira (*)
Orçamento 2005
Realizado
PROGRAMAS / PROJECTOS revisto Financ.
PIDDAC Outras (b)/(a)
Comum.
(a) (b)

Integração dos Corredores Estruturantes do Território na


266.493 237.711 11.245 86.381 140.085 89%
Rede Transeuropeia de Transportes
Projecto Integrado da Linha do Norte 176.596 172.685 10.017 52.611 110.058 98%
Projecto Int.da Linha Algarve, incl.Itinerário Graneis Sol. 66.458 54.372 700 33.770 19.901 82%
Projecto Integrado da Linha Minho - Além Nine 1.781 612 50 562 34%
Linha Norte - Nova Estação de Espinho 13.467 9.211 350 8.861 68%
Ligação Ferroviária Porto de Sines - Espanha 8.192 832 128 703 10%

Desenvolvimento de Acessibilidades Urbanas 169.295 118.824 3.587 38.313 76.924 70%

Linha Sintra, R.Alcântara e Linha Oeste (até Sabugo) 31.932 17.667 750 16.917 55%
Linha Cascais 15.349 8.837 604 8.232 58%
Eixo Ferroviário Norte Sul (Chelas-Fogueteiro) 5.027 3.901 1 3.900 78%
Eixo Ferroviário Norte Sul (Braço de Prata-Chelas) 4.937 919 1 918 19%
Eixo Ferroviário Norte Sul (Coina-Pinhal Novo) 20.943 11.413 5 6.084 5.324 54%
Eixo Ferroviário Norte Sul (Barreiro-Pinhal Novo) 10.037 3.708 5 3.703 37%
Eixo Ferroviário Norte Sul (Pinhal Novo-Setúbal) 7.554 7.554 1 96 7.457 100%
Reforço Estrutural da Ponte 25 de Abril 3.521 3.215 70 3.145 91%
Linha do Minho (Porto - Nine) 28.676 28.135 1.200 9.951 16.984 98%
Linha de Guimarães 10.186 10.186 150 10.036 0 100%
Linha do Douro ( Ermesinde - Marco) 18.731 13.017 700 1.973 10.344 69%
Ramal de Braga 12.403 10.273 100 10.173 0 83%

Coordenação Intermodal 6.376 1.991 202 0 1.790 31%

Terminal Cacia e Ligação Porto de Aveiro 4.418 446 200 246 10%
Acessibilidades Ferroviárias ao Porto de Lisboa 484 72 1 71 15%
Linha de Leixões e Concordância de S.Gemil 1.474 1.474 1 1.473 100%

Desenvolvimento de Acessibilidades Regionais e


45.378 35.738 2.220 1.182 32.336 79%
Interregionais
Projecto Integrado da Linha Beira Baixa 28.205 24.670 2.100 1.182 21.388 87%
Projecto Integrado da Linha Oeste 3.433 2.463 30 2.433 72%
Projecto Integrado da Linha Douro (Marco-Régua) 5.808 4.145 30 4.115 71%
Modernização Linha Algarve 4.516 2.477 30 2.447 55%
Linhas de Carácter Regional 3.416 1.983 30 1.953 58%

Segurança, Qualidade e Eficiência do Sistema de


14.390 12.985 800 5.881 6.304 90%
Transportes
Segurança Rodoviária - Supr.e Reconversão de PN 14.390 12.985 800 5.881 6.304 90%

Total Investimento em ILD - PIDDAC 501.931 407.251 18.054 131.757 257.440 81%

Estudos e Projectos 14.492 9.415 9.415 65%


Investimentos Correntes de Infraestruturas 15.719 7.779 7.779 49%
Investimentos de Funcionamento 2.754 1.891 1.891 69%
Total Investimento - Não PIDDAC 32.965 19.086 0 0 19.086 58%

Total de Investimentos REFER 534.896 426.337 18.054 131.757 276.526 80%

(*) - A cobertura financeira dos investimentos está na óptica da tesouraria

O financiamento dos investimentos em ILD’s inscritos no PIDDAC foi assegurado pelo Estado
através do Orçamento de Estado no âmbito do Cap. 50º, pelos Fundos Comunitários e Outras
Fontes de Financiamento. Em 2005, a estrutura da cobertura financeira dos investimentos PIDDAC
teve o seguinte comportamento: o Cap. 50º representou cerca de 4,4% (18,1 milhões de euros)

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 25


os Fundos Comunitários 32,4% (131,8 milhões de euros) e Outras Fontes de Financiamento
situaram-se nos 63,2% (257,4 milhões de euros), salientando-se que, à semelhança dos anos
anteriores, as contribuições do PIDDAC e dos Fundos Comunitários tem vindo a diminuir, pelo que
o recurso ao endividamento representa a maior parcela da cobertura financeira dos
investimentos, com o resultante impacto negativo em termos de encargos financeiros.

Cobert ura Financeira dos I nvest iment os

PIDDAC Fundos Comunitários Out. Fontes Financ.

600.000

500.000
Milhar e s de e ur o s

400.000

300.000

200.000

100.000

0
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Inve stime nto Re alizado

Efectivo

A REFER conta na sua actividade de Investimentos com 252 colaboradores, conforme


apresentado no quadro seguinte. Esta actividade reduziu o seu efectivo em 15%,
acompanhando a redução dos investimentos nos últimos anos.

Variação Variação
Investimentos 2003 2004 2005
2003-2004 2004-2005

Total Colaboradores 295 295 0% 252 -15%

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 26


Demonstração dos Resultados
euros
A estrutura da REFER e os materiais
CONTAS Investimento
aplicados na execução do programa de
CUSTOS 57.490.868
Investimentos gerou um valor de
61-Mercad. Vend. e Consum. 17.818.738
62-Fornec. e Serv. Externos 7.306.409 aproximadamente 48,8 milhões de euros
63-Impostos e Taxas 49.963
64-Pessoal 23.405.558 conforme demonstração dos resultados
65-Outos Custos Operac. 191.373
66-Amortizações 3.094.354 seguinte:
Custos Operacionais 51.866.396
Os custos operacionais da actividade de
68-Custos e Perdas Financ. 2.799.153
69-Custos e Perdas Extraord. 2.825.320 investimento representam 21% dos custos
PROVEITOS 55.169.898 operacionais totais dos quais se destacam
72-Prestação de serviços 67.364
73-Proveitos suplementares 2.383.504 os Custos com o Pessoal que contribuem
75-Trab. p/ própria empresa 48.846.409
76-Outros Prov.Operacionais 660 com 41% dos custos desta actividade.
Proveitos Operacionais 51.297.937 É de referir que os custos e proveitos
78-Prov. e Ganhos Financ. 28.018
79-Prov. e Ganhos Extraord. 3.843.943 imputáveis à actividade de investimento
Resultado Operacional -568.458 são capitalizados praticamente na sua
86-Imposto s/Rendimento 0 totalidade, fazendo com que o Resultado
RESULTADO -2.320.970 Líquido corresponda em grande parte a
68-Enc Financ não Capitaliz no Inv 21.922.263 custos e perdas financeiros relacionados
RESULTADO LÍQUIDO -24.243.233 com o investimento mas que devido às
regras contabilísticas essa imputação não foi possível.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 27


4) Outras Actividades

Ambiente

Ao longo deste ano na actividade ambiente destacam-se as seguintes áreas:


Sistema de Gestão Ambiental – Desenvolvimento dos Procedimentos Gerais e Operacionais,
Instruções de Trabalho e documentos de Apoio para os processos de suporte e de realização de
serviço, identificados como necessários para a implementação do Sistema de Gestão Integrado
de Qualidade e Ambiente (SGIQA) na Direcção de Ambiente. Destaca-se ainda o início do
processo de consulta aos órgãos de um conjunto de procedimentos, assim como, a
implementação do processo de Gestão Documental e de Documentação Técnica, observando
a estrutura de Gestão da Qualidade interna ao órgão.
Avaliação de Impacte e Monitorização Ambiental – Para além da condução e
acompanhamento dos processos de Avaliação de Impacte Ambiental e de Incidências
Ambientais, destaca-se a compilação dos antecedentes dos diferentes processos de Avaliação
levados a cabo no passado e preparação dos Planos de Monitorização a implementar, com
início em 2006.
Acompanhamento e Auditoria Ambiental – Ao longo do ano em causa destaca-se o enfoque na
actividade de Conservação, designadamente, prestando o apoio no contexto da Conservação
Integrada da Zona Operacional de Conservação de Lisboa e do Sul. A par deste trabalho de
apoio técnico este ano marca o reforço da actividade de formação orientada, especificamente
nesta fase, para os colaboradores destes dois serviços. Um projecto no contexto do
acompanhamento ambiental de empreitadas, que mereceu especial empenho, é a obra de
reforço estrutural do Túnel do Rossio.
Ruído – O ano fica marcado pelo lançamento do processo de elaboração da Cartografia Digital
da Linha de Cascais, assim como do processo de consulta para a Linha de Sintra. Outro aspecto
relevante é o início da utilização da modelação matemática para avaliar níveis de ruído. Foi
criado o Grupo de Trabalho Permanente para o Ruído e, neste contexto, terminado o trabalho de
identificação de receptores potencialmente afectados pelo ruído de circulação ferroviário,
utilizando como base os dados do Census de 2001 do Instituto nacional de Estatística, trabalhado
com base em Sistemas de Informação Geográfica.
Resíduos – Foi aprovado normativo específico para a gestão de Materiais Usados e Resíduos, que
veio estabelecer um quadro de responsabilidades claro nesta matéria, sendo que o processo de
gestão é suportado numa nova aplicação designada por e-resíduos. Os resultados desta nova
disciplina tiveram reflexos já neste ano, tendo-se constatado uma subida significativa (250%) nas
vendas de resíduos valorizáveis. Obteve-se a desclassificação de resíduo perigosos, para resíduo
não perigoso, das travessas de madeira usadas do caminho-de-ferro. Concluíram-se as tarefas
de organização do espaço no Entroncamento e foi concluída a primeira fase dos processos de
Qualificação de Operadores de Resíduos.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 28


A outro nível permaneceram os trabalhos no quadro dos Protocolos e Contratos de Assessoria
(arqueologia, ruído e resíduos), tendo se juntado a vertente de energia e emissões (em
desenvolvimento), assim como, a integração paisagística, cuja aplicação prática teve reflexos na
preparação da obra de Modernização do Troço Casa Branca – Évora.
Por fim, destaca-se ainda a primeira abordagem ao Relatório de Sustentabilidade incidindo no
exercício de 2004.

Segurança

Na actividade Segurança deu-se continuidade aos trabalhos iniciados em 2004 em diversas


áreas de actuação, nomeadamente:

Área da Emergência da Rede Ferroviária Nacional:


Elaboração de um Plano de Emergência Geral para a Rede Ferroviária Nacional (em fase
de conclusão);
Realização de simulacros na Linha de Cascais e Ponte 25 de Abril;
Área da regulamentação ferroviária:
Participação na revisão e actualização da regulamentação ferroviária relativa à segurança
da exploração;
Área de Formação:
Colaboração na realização de acções (28 acções de formação) em domínios específicos
da segurança da exploração (nomeadamente, IET 77 e Regulamentação Geral de
Segurança);
Auditorias / Inspecções realizadas:
Auditorias/Inspecções a Material Circulante e verificação da conformidade com a
Regulamentação (35 acções);
Acompanhamento de comboios dos Operadores (controlo com periodicidade mínima:
bimensal);
Realização de acções de inspecção técnica e de segurança à rede ferroviária
Área da homologação do material circulante dos empreiteiros:
Verificação do material circulante tanto dos Operadores como dos Empreiteiros, respectiva
compatibilização com a infra-estrutura ferroviária e dos seus ciclos de manutenção
(coordenados 81 processos para emissão de ICS)
Área do controlo das construções em áreas “non aedificandi”:
Emissão de pareceres em processos apresentados para redução de obrigações
associadas às áreas “non aedificandi” (construção em áreas adjacentes ao domínio
público ferroviário).
Foram ainda, iniciadas as conversações com a CP para a contratualização do socorro
ferroviário e articulação de procedimentos comuns sobre a problemática os incêndios florestais.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 29


Foram desenvolvidos ao longo de todo o ano múltiplos contactos de informação com as
estruturas distritais e municipais dos Bombeiros e Protecção Civil e com o INEM/CODU.

Património

Na área do Património há a destacar os seguintes trabalhos desenvolvidos:

• 73 km protocolados com as autarquias de Vila Pouca de Aguiar, Vouzela, Amarante


e Celorico de Basto incluídos em troços ferroviários sem circulação ferroviária,
dando assim sequência ao plano estratégico das Ecopistas, perspectivando-se que
durante os próximos dois anos se venham a concessionar mais 430 Km.

• Conclusão da execução de levantamentos aero-fotogramétricos numa extensão de


371 km`s de via ferroviária, que servirão de base à construção do Sistema de
Informação Geográfica.

• Disponibilização neste momento cerca de 20.000 lugares de estacionamento


criados junto de Estações de Caminho de Ferro e ao dispor dos utentes do modo
ferroviário, através de 80 parques de estacionamento, dos quais 27 (incluindo os
concessionados à Fertagus) tarifados.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 30


No quadro seguinte sintetiza-se de forma quantitativa as principais realizações ao nível do
Património no ano em análise:

Descrição Valor previsto para 2005 Valor real

Estacionamento Automóvel
(1)
N.º de lugares de estacionamento 6.800 7.132
Receita de Estacionamento 555.000 493.774
Outras Receitas 78.000 739
(6)
Recebimentos extraordinários 165.559 165.599

Informação Geográfica e Cadastro


(2)
Levantamentos aerofotogramétricos 180 0
(2)
Domínio gerido em SIG 50 0
(2)
Estudos Dominiais 10 26
Pareceres finais 250 257
Receita 7.200 7.227

Gestão e Valorização
Casas operacionais 470 391
Receita 210.000 217.978

Edifícios e terrenos concessionados 108 117


Receita 493.916 547.008

Ecopistas concessionadas 12 13
Receita 71.277 30.487
(5)
Outras receitas 11.250 9.926

Avaliações efectuadas 60 92
DUP 15

(3)
Condomínio sob gestão 5.669 5.669

Receita Total 1.592.202 1.307.139


Custo de Funcionamento 2.500.000 2.702.583

(1) Lugares tarifados


(2) Em quilómetros de via ou canal
(3) Área em metros quadrados
(4) Sempre que nada se diga em contrário, os indicadores são expressos em unidades
(5) Outras receitas do espaço canal
(6) Recuperação da dívida da SIENT

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 31


RECURSOS HUMANOS
Recursos Humanos

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 32


Recursos Humanos

Efectivo Médio N úmero de Trabalhadores


5500
No seguimento do que tem acontecido nos últimos
5000
anos, verificou-se em 2005 uma significativa redução
do efectivo da REFER face ao ano de 2004, em 8% 4500

(de 4.362 trabalhadores para 4.024 trabalhadores).


4000
O universo Homem/Mulher mantém-se inalterado na
proporção 81% e 19%, respectivamente. 3500
5183 4814 4362 4024

3000
Distribuição Territorial 2002 2003 2004 2005
Média Dezembro
Apesar da redução verificada em termos de pessoal,
durante o período compreendido entre 2003 e 2005
não se constataram modificações significativas na Distribuição dos Trabalhadores
da RE FER
estrutura territorial do efectivo. Algarve
Alentejo
3%
A considerável concentração de pessoal nas 7%
Norte
proximidades de Lisboa é o reflexo natural da 21%

conjugação de dois factores: a localização da


Lisboa
grande maioria dos órgãos corporativos e de staff 35%

Centro
junto da sede da empresa, e o elevado volume de
34%
tráfego ferroviário na Área Metropolitana de Lisboa.

Qualificações Profissionais

Pessoal REFER - Níveis de Qualificação O reajustamento do efectivo da REFER


100%
12% 14% 16% teve igualmente reflexos nos níveis de
9% 10%
80% 10% qualificação profissional e na preparação
60%
48% para os desafios decorrentes da
47% 48%
40% inovação tecnológica associada ao
20% sector ferroviário, verificando-se um
31% 29% 26%

0% acréscimo do peso relativo dos Quadros


2003 2004 2005
e uma diminuição de Profissionais Não
Profissionais Não Qualificados Profissionais Qualificados
Qualificados.
Encarregados e Chefes de Equipa Quadros

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 33


Formação e Educação
70 5.000
A aposta na formação tem sido um aspecto
60 3.935
chave no processo de valorização profissional 4.000
50

N.º Fo r mando s
do efectivo. Os resultados mais relevantes 2.700

N.º H o r as
3.000
40
prendem-se com a cada vez maior 30
1.605 2.000
percentagem de Quadros com formação 20
1.000
complementar em gestão. 10 23
14
11
0 0
2003 2004 2005
Comunidade
Horas de Formação por Trabalhador
No âmbito da relação entre a REFER e a Formandos

comunidade há que referir, para além dos


gastos em patrocínios e donativos, o surgimento e a maturação de projectos directamente
relacionados com o meio ferroviário, capazes de potenciar o aproveitamento de diversos
recursos disponíveis (nomeadamente o património imobiliário, a requalificação urbanística e
paisagística na envolvente das estações e as redes digitais de dados) e, simultaneamente,
prestar um serviço útil para En ca rg os com Projectos p a ra a Comu n id a d e
a população. 2 0 0 .0 0 0

174.015
A título de exemplo,
salientam-se o “Projecto 150 . 0 0 0

Ecopistas” (aproveitamento
Euros

de corredores ferroviários 10 0 . 0 0 0
89.547
desactivados para fins
56.999 58.036
turísticos, por vezes 50 . 0 0 0 42.649

proporcionando uma
9.198
acessibilidade alternativa a 0

centros urbanos) e os 2003 2004 2005

“Quiosques Multimédia”
Patrocínios e Donativos Investimento em Ecopistas
com 64 terminais instalados
em 31 estações, financiados no montante de 248 mil euros pelo POSC (Programa Operacional
Sociedade do Conhecimento).
Igualmente digno de destaque é o facto de a REFER ter dispendido, nos últimos anos,
sensivelmente 600 mil euros em campanhas de promoção do uso do transporte público (e,
particularmente, da ferrovia) nas zonas urbanas e na sensibilização para o respeito das regras
de segurança em passagens de nível.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 34


PARTICIPAÇÕES REFER
Participações da REFER

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 35


Participações da REFER

A REFER tem participações num conjunto de empresas criadas no


âmbito da reorganização do Sector Ferroviário, que se iniciou na
década de 80, ainda antes da criação da própria REFER, e que,
pela natureza da sua actividade complementam a actividade da
gestão de infra-estruturas ferroviárias.

REFER – Rede Ferroviária Nacional, EP

TELE- GESTÃO FORMAÇÃO ACTIVIDADES GESTÃO DOS


COMUNICAÇÕES ESPAÇOS
IMOBILIÁRIA PROFISSIONAL FERROVIÁRIAS COMERCIAIS

REFER
TELECOM, SA INVESFER, SA FERNAVE, SA FERBRITAS, SA CP COM, SA

100% 99,33% 10% 98,43% 80%

GIL, SA
33%

RAVE, SA
40%

METRO
MONDEGO, SA
2,50%

Empresas Afiliadas e Principais Actividades

Das Participações REFER destacam-se as empresas que são detidas em mais de 50% pela
Empresa mãe.

O estabelecimento, gestão e exploração de infra-estruturas e sistemas de telecomunicações, a


prestação de serviços de telecomunicações, bem como o exercício de quaisquer actividades que
sejam complementares, subsidiárias ou acessórias daquelas, directamente ou através de constituição
ou participação em sociedades.

Promoção e comercialização de terrenos e edifícios, gestão de empreendimentos


imobiliários, aquisição e venda de bens imóveis, bem como a constituição de direitos
sobre os mesmos bens.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 36


Prestação de serviços de consultoria e assistência técnica, industrial e comercial, no domínio
dos transportes e outros, realização de empreitadas de obras públicas e de construção civil,
exploração industrial e comercial de pedreiras e actividade de gestão da qualidade em
empreendimentos da construção.

Promoção e comercialização das lojas e espaços comerciais existentes ou a criar nas


estações e gares dos caminhos-de-ferro portugueses, existentes ou futuras.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 37


SITUAÇÃO ECONOMICA E
FINANCEIRA
Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 38
Situação Económica e Financeira
Situação Económica e Financeira

Proveitos
Apesar de uma oferta adicional de mais quilómetros de via electrificada e melhores condições
de segurança, o crescimento dos proveitos não acompanhou esse esforço devido à rigidez
tarifária.
O valor dos Proveitos Operacionais registou um crescimento de 3,75% (5.743.512 euros)
destacam-se as principais variações:
• A Taxa de Uso cobrada ao Operador CP apresenta uma ligeira diminuição cerca de 800
mil euros (55,8 milhões de euros em 2004, 54,9 milhões de euros em 2005). A ligeira
diminuição da receita é porque em algumas das linhas ou troços de linha com um elevado
registo de CK's, por forte preponderância de tráfego suburbano, foram aplicadas em 2005
tarifas de utilização da infra-estrutura ferroviária inferiores às praticadas em 2004 em
consequência das regras de cálculo a observar, designadamente, o ano de referência de
reporte dos custos a considerar para o seu cálculo.

• decréscimo de 6% na rubrica Prestação de Serviços (4.223.482 euros), devido à redução


na conta Utilização de Canais de cerca de 5 milhões de euros (8%), comparativamente
com o exercício do ano anterior. A redução das Manobras de Comboio justifica na íntegra
aquela variação.

• incremento de 137%, conta de Proveitos Suplementares (9.683.621 euros). A conta


Concessão de Licenças e Alugueres, onde estão incluídos alugueres de espaços comerciais,
valores cobrados à CP e FERTAGUS pela utilização de estações, Parques de estacionamento
cobrados à SIENT e Estacionamento de Material Circulante cobrado à CP, registou um
acréscimo de 320% (Concessão de Licenças e Alugueres em 2004 - 1.152.663 euros, em
2005 - 4.845.921 euros, deste valor 2.774.731 euros são referentes a cedência de espaços nas
estações e 1.325.670 euros a parques de estacionamento).
As contas de Venda de Sucatas, Publicidade e Outras Receitas registaram neste período
valores muito superiores aos facturados no ano anterior. A conta Publicidade, apresentou em
2004 – 13.032 euros e em 2005 – 1.070.611 euros, 99,9% desse valor refere-se ao contrato
CPCOM Gestão Espaços Publicitários.
A conta Venda de Sucatas apresentou em 2004 – 737.090 euros e em 2005 – 2.440.527
euros, (especificando esta conta, venda de carril 1.086.034 euros, venda de travessas de
madeira 270.269 euros e venda de cobre 332.603 euros).
A conta Outras Receitas registou uma subida de 99%, em 2004 – 1.697.074 euros e em 2005 –
3.382.614 euros, cerca de 2 milhões de euros é referente a Utilização de Canais – comboios
suprimidos.

• Decréscimo de 4% na conta Subsídios à Exploração (1.235.460 euros), de acordo com a


Resolução do Conselho de Ministros nº 174/2005 foi atribuído à REFER o montante de
27.100.752 euros a título de Indemnizações Compensatórias. Este valor inclui a Taxa de Uso da

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 39


FERTAGUS até Novembro de 2005, 2.832.410,90 euros, uma vez que o operador não atingiu o
limite inferior da banda de tráfego de passageiros estabelecida no Contrato inicial. O valor da
Taxa de Uso relativa a de Novembro e Dezembro está na conta 72 – Prestação de Serviços.
Os Resultados Operacionais apresentaram um agravamento de 4% (3.360.769 euros),
.

comparativamente com o ano de 2004. O crescimento registado nos Proveitos Operacionais


(5.743.512 euros) foi menor que o crescimento dos Custos Operacionais (9.104.281 euros).
A Estrutura dos Proveitos sofreu algumas alterações, nomeadamente ao nível da rubrica
Prestação de Serviços. O peso desta rubrica sobre o total dos proveitos desceu para 32,8%, em
2004 era de 38%. As Manobras de Comboios cobradas aos operadores sofreram um
decréscimo acentuado.

Estrutura de Proveitos

Prestação de Serviços 32,8%


38,6%

Trabalhos p/ Própria Empresa 24,7%


26,4%

Proveitos Extraordinários 10,3%


10,2%

Proveitos Financeiros 9,8%


4,7%

Subsidios à Exploração 13,6%


15,7%

Proveitos Suplementares 8,4%


3,9%

Outros Proveitos 0,4%


0,5%

2004 2005 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

A rubrica Proveitos Financeiros apresenta um crescimento na ordem dos 132% (11 milhões de euros).
Em Abril 2005 a REFER efectuou uma operação de reversão de swap de taxa de juro que rendeu um
proveito financeiro de 7,8 milhões de euros. A conta Ganhos Empresa Grupo e Associadas registou
uma variação positiva de 3,9 milhões de euros, avaliada nos ganhos da FERBRITAS em cerca de 56 mil
euros, REFER TELECOM cerca de 3,7 milhões de euros, CPCOM cerca de 79 mil euros e METRO
MONDEGO de 92 mil euros.
A rubrica Proveitos Financeiros aumentou para 9,8% o seu peso sobre o Total dos Proveitos.
A conta Proveitos Suplementares duplicou o seu peso sobre o total dos Proveitos,
comparativamente com o ano anterior.
Os Resultados Financeiros sofreram um agravamento de 2%, comparativamente com o exercício de
2004.
Os Proveitos Extraordinários apresentam uma ligeira diminuição de 0,09% (19.221 euros), relativamente
ao ano anterior.
Os Resultados Extraordinários apresentam um agravamento de 35%, comparativamente com o
exercício de 2004. Os Custos Extraordinários aumentaram cerca de 3,9 milhões de euros (12%). Os
Proveitos Extraordinários registaram um decréscimo, na ordem dos 19.221euros.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 40


Custos
Os Custos Operacionais cresceram cerca de 4% (9.104.281 euros) comparativamente com o
ano anterior, salientam-se as variações mais significativas:

• Um crescimento de 24% na rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos


(16.809.167euros), O valor dos Subcontratos cresceu 24,5% (10.702.084 euros). Os
investimentos de modernização da infra-estrutura ferroviária introduzem cada vez mais
um elevado nível de complexidade na actividade da manutenção, em particular, nas
áreas de Sinalização, Telecomunicações, Subestações de Tracção, Passagens de Nível,
obrigando a um acréscimo significativo do recurso à contratualização externa.

O valor dos Outros Fornecimentos atingiu um acréscimo de cerca de 6 milhões de euros. Para
esse acréscimo contribuiu um incremento do valor das rendas, nomeadamente a renda do
edifício da Direcção Geral de Engenharia, o valor da electricidade de tracção (parcialmente
compensado pela facturação à CP/FERTAGUS), o valor da vigilância e segurança e o valor do
seguro de responsabilidade civil. O peso da rubrica Fornecimentos e serviços Externos
aumentou para 23 % do Total dos Custos. Em 2004 era de 21%.

• Um decréscimo de 59% na rubrica Provisões, dado que foram anuladas provisões


relativas a processos judiciais em curso, de cerca de 3,5 milhões de euros.

A rubrica de Custos com pessoal Estrutura de Custos

mantém a tendência 9,5%


Custos Extraordinários 9,7%
decrescente dos exercícios 18,5%
Encargos Financeiros 19,5%
anteriores (3,61% representando
4,4%
Provisões e Amortizações 3,8%
um montante na ordem dos 4,3
35,8%
Custos com o Pessoal
milhões de euros). O peso desta 31,3%

20,8%
Fornecimentos e Serviços Externos
rubrica sobre o Total dos Custos 23,4%

7,2%
desceu para 31%, em 2004 era Consumos de Materiais 7,1%

3,8%
de 36%. Outros Custos 2,2%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

2005 2004

Os Custos Financeiros apresentam um crescimento de 16% (10.005.702 euros), destacando-se, para


isso, um acréscimo de 4,6 milhões de euros de juros suportados, pelo registo de 328 mil euros de
perdas de valorização das empresas do grupo, nomeadamente INVESFER, S.A. (319 mil euros), e RAVE
(8 mil euros) e pelo acréscimo de 3,5 milhões de euros correspondentes a gastos de emissão do
empréstimo obrigacionista de 600 milhões de euros de 2005 (desconto de emissão + comissões).

Os Custos Extraordinários registaram um acréscimo de 12% (3.951.815 euros), os aumentos verificados


nesta rubrica referem-se essencialmente à anulação de proveitos especializados em anos anteriores,
nomeadamente referentes à Ponte 25 de Abril, ao INTF e ao Metro do Porto.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 41


Cobertura dos Custos Operacionais pelos Proveitos Operacionais

A evolução da cobertura dos Custos Operacionais pelos Proveitos Operacionais manteve-se


constante no último ano (euros)

(63%). Os Custos 2003 2004 2005

Operacionais cresceram
Custos Operacionais 266.003.157 242.156.939 251.261.220
na mesma proporção
que os Proveitos Proveitos Operacionais 199.554.110 153.350.011 159.093.523
Operacionais (3,7%). Em
Cobertura dos Custos Operacionais
2003 essa cobertura 75% 63% 63%
pelos Proveitos Operacionais
apresentou valores na
ordem dos 75%, justificados pelo acréscimo acentuado das contas Subsídios à Exploração e
Trabalhos para a Própria Empresa nesse ano.

Resultados
A REFER terminou o ano de 2005 com um Resultado Líquido negativo no montante de
160.369.481 euros, resultante da diferença entre o total dos Proveitos 199.108.215 euros e o total
dos Custos 359.477.696 euros, o que representa um agravamento de 4% (6.212.242 euros),
comparativamente com período homólogo do ano anterior.

(euros)

2005 2004

Resultados Operacionais -92.167.697 -88.806.928

Resultados Financeiros -52.675.475 -53.767.657

Resultados Correntes -144.843.172 -142.574.585

Resultados Extraordinários -15.456.238 -11.485.202

Resultados Antes de Impostos -160.299.410 -154.059.787

Resultado Líquido do Exercício -160.369.481 -154.157.239

Demonstração de Resultados Por Actividades


No cumprimento das obrigações emergentes do Decreto Lei nº 104/97 de 29 de Abril, a REFER
incorre em custos e proveitos afectos ao desenvolvimento das missões que lhe estão atribuídas,
ou seja, à prestação do serviço público de gestão de infra-estrutura integrante da rede
ferroviária nacional e à construção, instalação e renovação das infra-estruturas ferroviárias.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 42


A metodologia utilizada no apuramento dos custos afectos a cada uma das actividades
baseou-se nos critérios utilizados na apresentação das Contas de Regulação ao INTF, de
acordo com o estipulado no Regulamento 21/05 de 3 de Fevereiro.
Para além das actividades desenvolvidas no âmbito das missões, a REFER no desenrolar do seu
normal funcionamento, desencadeia outras actividades complementares e marginais que
justificam os custos e proveitos espelhados na Demonstração de Resultados por Actividades.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR ACTIVIDADES 2005


euros

ACTIVIDADES
TOTAL DA
CONTAS
Investimento Conservação Exploração Outras EMPRESA

CUSTOS 57.490.868 112.389.199 131.898.863 35.706.432 337.485.362


61-Mercad. Vend. e Consum. 17.818.738 7.784.827 241.177 488.571 26.333.312
62-Fornec. e Serv. Externos 7.306.409 39.550.342 31.336.286 8.465.047 86.658.084
63-Impostos e Taxas 49.963 1.130.763 592.247 2.638.503 4.411.476
64-Pessoal 23.405.558 25.973.861 59.394.158 7.385.322 116.158.899
65-Outos Custos Operac. 191.373 111.926 22.429 3.389.850 3.715.579
66-Amortizações 3.094.354 4.488.053 2.149.234 605.959 10.337.600
67-Provisões 0 996.890 194.711 2.454.668 3.646.269
Custos Operacionais 51.866.396 80.036.662 93.930.242 25.427.921 251.261.220
68-Custos e Perdas Financ. 2.799.153 19.056.968 22.365.070 6.054.464 50.275.654
69-Custos e Perdas Extraord. 2.825.320 13.295.570 15.603.550 4.224.048 35.948.488
80.036.662 93.930.242 25.427.921 251.261.220
PROVEITOS 55.169.898 51.242.546 51.234.117 41.461.654 199.108.215
71-Vendas 0 0 0 0 0
72-Prestação de serviços 67.364 31.286.046 26.458.299 7.471.120 65.282.830
73-Proveitos suplementares 2.383.504 3.552.679 10.779.399 16.715.581
74-Subsídios à Exploração 0 12.742.897 14.357.856 20.000 27.120.753
75-Trab. p/ própria empresa 48.846.409 358.291 11.100 22.486 49.238.286
76-Outros Prov.Operacionais 660 0 0 735.413 736.073
Proveitos Operacionais 51.297.937 44.387.234 44.379.934 19.028.417 159.093.523
78-Prov. e Ganhos Financ. 28.018 0 0 19.494.425 19.522.442
79-Prov. e Ganhos Extraord. 3.843.943 6.855.311 6.854.184 2.938.812 20.492.250

Resultado Operacional -568.458 -35.649.427 -49.550.308 -6.399.503 -92.167.697


44.387.234 -138.377.147
86-Imposto s/Rendimento 0 28.126 33.009 8.936 70.071

RESULTADO -2.320.970 -61.174.779 -80.697.754 5.746.286 -138.447.218

68-Enc Financ não Capitaliz no Inv 21.922.263 21.922.263

RESULTADO LÍQUIDO -24.243.233 -61.174.779 -80.697.754 5.746.286 -160.369.481

BALANÇO
O valor do Activo da REFER registou em 2005 o montante de 6.500 milhões de euros, assinalando
um aumento de cerca de 8%, quando comparado com o mesmo período em 2004. A rubrica
que detém o maior peso é o Imobilizado, que corresponde a cerca de 97% do total do activo.
Quando analisado o activo da REFER, constatamos que a maior variação, quando comparado
com 2004, está nos Investimentos Financeiros que aumentaram cerca de 137%. Para tal
contribuíram os suprimentos concedidos à INVESFER, este valor corresponde a cerca de 50% do
total dos Investimentos Financeiros.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 43


Os acréscimos e diferimentos sofreram uma diminuição de 57%, dado terem sido anuladas
especializações de facturação ao operador CP, efectuadas em anos anteriores.

Estrutura do Balanço

3,0%

97,0% 17%

38%

45%

Realizado + Disponivel Imobilizado C apital Próprio Passivo M/L Prazo C urto Prazo

A estrutura do Capital Próprio não alcançou este exercício uma alteração significativa em relação
ao ano anterior, sendo em 2005 cerca de 2.440 milhões de euros, há no entanto a registar uma
variação de 5% na conta de Outras Reservas (entrada de Fundos Comunitários e Capitulo 50º –
PIDDAC).
No que respeita ao Passivo, este registou um aumento de 13% quando comparado com o ano
anterior, estando justificado por um aumento de 25% nas Dividas a Terceiros Médio Longo Prazo,
devido ao financiamento de 600 milhões de euros a 10 anos, efectuado no início do ano. As
Dividas a Terceiros Curto prazo sofreram um decréscimo de 11%, o recurso a Dividas a Instituições
de Crédito a Curto Prazo sofreu uma redução (15%), dada a existência do referido financiamento.
Assim, a estrutura do Passivo apresentou como alteração o facto das Dividas de Médio e Longo
prazo aumentaram o seu peso sobre o Total do Passivo para 71%, quando em 2004 esse valor
era de 64%, em contrapartida as Dividas de Curto Prazo baixaram o seu peso no Total do Passivo
(2004 – 34%, 2005 - 27%).
As Provisões sofreram em 2005 um decréscimo de 6%, dado ter sido anulada a provisão no valor
de 2, 4 milhões de euros, respeitante à Concessões de transportes, provisão constituída em 2000.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 44


Indicadores

Rácios 2003 2004 2005

Dívidas Curto/Médio e Longo Prazo a


Rácio de endividamento bancário 47% 54% 57%
Instituições de Crédito / Total do activo

Custo Financiamento Curto Prazo/ Total


Custo Financiamento Curto Prazo Dividas a Instituições de Crédito de Curto 4,19% 3,52% 3,16%
Prazo

Custo Financiamento M/Longo Prazo/


Custo Financiamento Médio /Longo Prazo Total Dividas a Instituições de Crédito de 3,08% 2,64% 3,19%
M/Longo Prazo

Cobertura Custos Operacionais pela Taxa (Taxa de Uso + Financiamento Estatal) /


35% 35% 33%
de Uso e Financ. Estatal Custos Operacionais

Cobertura do Investimento pelo (Capitulo 50 + Fundos Comunitários) /


23% 20% 35%
Financiamento Estatal + Comunitário Investimento PIDDAC

(Compras+FSE+Imobilizado)/(Fornecedo
Prazo Médio Pagamentos 155 117 128
res+Outros Devedores)

Analisando os rácios REFER face ao ano anterior, constata- Rácio de endividamento bancário

se um acréscimo no Rácio do Endividamento de 54% em


80%
2004 para 57% em 2005, devido a um aumento das
Dividas a Instituições de Crédito. Se compararmos com o 60%

exercício de 2003 este rácio cresceu 10 p.p.


40%
A REFER contraiu no início do corrente ano um empréstimo
obrigacionista no montante de 600 milhões de euros para 20%

um prazo de 10 anos. Este empréstimo é integralmente


0%

utilizado na consolidação de passivo de curto prazo. 2003 2004 2005

O Rácio Custo Financiamento Curto Prazo diminuiu para 3,16%, contra 3,52% apresentado no
período homólogo de 2004. O valor das Dividas a Instituições de Crédito de Curto Prazo diminuiu

Custos de Financiamento cerca de 15%, comparativamente com o ano


2004, sobretudo influenciado pelo elevado
5,00%

4,00% valor de amortizações de dívida de médio e


3,00% longo prazo ocorrido em 2005 e incluídas no
2,00%
passivo de curto prazo em Dezembro de 2004.
1,00%
Ao compararmos com o ano de 2003,
0,00%
2003 2004 2005 observa-se que o custo de financiamento de
Custo Financiamento Curto Prazo
curto prazo tem vindo a melhorar.
Custo Financiamento Médio /Longo Prazo

O Rácio Custo Financiamento Médio/Longo Prazo apresenta uma subida relevante


comparativamente com o período homólogo de 2004. Este rácio está influenciado pelas

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 45


amortizações ocorridas sobretudo no final do ano (mais de 216 milhões de euros) que
acarretaram encargos significativos de juros ao longo do ano e cujo valor não consta já do
passivo a 31 de Dezembro, distorcendo o resultado (recalculado nestes termos, o custo do
endividamento a médio e longo prazo em 2005 situou-se em 2,95%). O valor das Dívidas a
Instituições de Crédito de Médio e Longo Prazo aumentou 25%.

O Rácio Cobertura Custos Operacionais pela Taxa de Uso e Financiamento Estatal atinge em
2005 o valor de 33%, quando em 2004 este Co be r tur a Custo s O pe r ac io nais pe la Tax a de
Uso e Financ ia me nto E statal
rácio era de 35%. O valor da Taxa de Uso e o
Financiamento Estatal sofreram um ligeiro 35%

decréscimo (2%), comparativamente com o 34%

ano 2004, tendo os Custos Operacionais


33%
crescido cerca de 4%.
32%

31%
2003 2004 2005

Co be r tur a do Inve stime nto pe lo O Rácio Cobertura do Investimento pelo


Financ iame nto E statal + Co munitár io
Financiamento Estatal e Comunitário teve um
40%
aumento bastante acentuado no corrente
30% exercício. Este rácio é calculado na óptica

20%
financeira, ou seja, são considerados para efeitos
de cobertura do investimento no período os fundos
10%
comunitários recebidos nesse período. Em 2004 o
0%
2003 2004 2005
investimento da REFER foi financiado em 20% pelo
Estado e pelos Fundos Comunitários, já em 2005
este financiamento aumentou para 35%, dado o desfasamento entre a realização da despesa e
o recebimento das respectivas comparticipações Comunitárias. Actualmente, os valores
recebidos pela REFER, como financiamento dos fundos comunitários, dizem respeito ao elevado
nível de investimento executado em anos anteriores.
A cobertura dos investimentos pelo Estado manteve-se constante nos dois últimos exercícios,
(Capº 50, 4%).

P r azo Mé dio P ag ame nto s


O indicador Prazo Médio de Pagamentos 200

apresenta 128 dias de prazo médio de pagamento 160

no final do exercício em análise. Este prazo


120
representa um ligeiro aumento comparativamente
80
com o ano transacto.
40

0
2003 2004 2005

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 46


A análise de indicadores económico-financeiros evidencia uma ligeira recuperação no indicador
de liquidez geral, atingindo este ano um valor de 0,17, em 2004 era de 0,14.
Liquidez Geral Autonomia Financeira Estrutura Endividamento

0,90

0,80

0,70

0,60

0,50

0,40

0,30

0,20

0,10

0,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Em 2005 assistiu-se a crescimento de 13% do Activo Circulante, provocada essencialmente pelo


acréscimo da conta Clientes (aumento de 62%, relativamente ao ano anterior). Em
contrapartida, o Passivo Circulante registou um decréscimo de 11%. A REFER, no início do
exercício, contraiu um empréstimo de longo prazo no montante de 600 milhões de euros,
consolidando passivo de curto prazo no mesmo montante.
O indicador autonomia financeira mantém a tendência decrescente que se tem assistido nos
últimos exercícios. O agravamento do Resultado Líquido é uma das razões para a evolução
negativa do Capital Próprio. Esta rubrica representa no exercício em análise, 38% do Total do
Activo (em 2004 representava 41%), ou seja 62% do activo é financiado pelo endividamento.
No que se refere à estrutura de endividamento, o total dos montantes relativos a compromissos
de curto prazo representa 27% do Passivo Total, este rácio desceu comparativamente com o
período homólogo do ano anterior, pelas razões já explicadas anteriormente.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 47


PROPOSTA DE APLICAÇÃO
DE RESULTADOS
Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 48
Proposta
oposta de Aplicação
de Aplicação de Resultados
de Resultados

Nos termos das disposições em vigor, propõe-se que o Resultado Líquido do Exercício – défice de
160.369.481 euros –, seja transferido para a Conta de Resultados Transitados.

Lisboa, 27 de Março de 2005

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente Luís Sousa Pardal

Vice-Presidente Alfredo Vicente Pereira

Vogal Romeu Costa Reis

Vogal Alberto Castanho Ribeiro

Vogal Carlos Alberto Fernandes

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 49


DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 50
Demonstrações Financeiras
Demonstrações Financeiras

Balanço
a 31 de Dezembro de 2005 (euros)

2005 2004
Código ACTIVO Notas
Activo bruto Amortizações e Activo líquido Activo líquido
Ajustamentos

IMOBILIZADO:
Imobilizações incorpóreas: 10
431 Despesas de Instalação 154.561 143.754 10.807 21.614
432 Despesas de Invest. e Desenv. 24.911.506 16.410.403 8.501.103 2.425.482
433 Propriedade e Outros Direitos 2.704.085 921.314 1.782.771
443 Imob. Incorp. em curso 5.346.983 5.346.983 14.560.853
33.117.135 17.475.471 15.641.664 17.007.949
Imobilizações corpóreas: 10
421 Terrenos e recursos naturais 139.231.805 139.231.805 128.555.509
422 Edifícios e outras construções 3.490.552.966 5.002.320 3.485.550.646 3.393.887.736
423 Equipamento básico 48.465.144 7.983.682 40.481.462 41.230.510
424 Equipamento de transporte 7.495.473 6.695.362 800.111 778.492
425 Ferramentas e utensílios 472.605 449.067 23.538 24.114
426 Equipamento administrativo 11.463.184 9.265.182 2.198.002 2.406.559
429 Outras imobilizações corpóreas 439.325 238.718 200.607 234.282
441/2/4 Imobilizações em curso 11 2.550.144.553 2.550.144.553 2.238.220.199
448 Adiantamento por conta de imobilizações corpóreas 14.299.600 14.299.600 12.183.731
48.12 6.262.564.655 29.634.331 6.232.930.324 5.817.521.132
Investimentos financeiros:
411 Partes de Capital 10
4111 Empresas do Grupo 16 17.859.098 17.859.098 15.364.784
4113 Outras Empresas 16 104.031 104.031 12.476
413 Empréstimos Financiamento 16
4131 Empresas do Grupo 16 35.672.625 35.672.625 6.172.625
4133 Outras Empresas 16 1.882.869 1.882.869 1.871.429
55.518.623 55.518.623 23.421.314
CIRCULANTE:
Existências: 34
36 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 41 29.161.241 247.704 28.913.537 23.581.600
35 Trabalhos em curso 14.375.186 14.375.186 9.089.600
32 Mercadorias 22 726.691 726.691 178.662
37 Adiantamentos p/conta compras 287.015 287.015 494.809
44.550.133 247.704 44.302.429 33.344.671

Dívidas de terceiros - Curto Prazo


21 Clientes 48.1 52.476.646 52.476.646 32.378.874
24 Estado e outros entes públicos 28 47.625.959 47.625.959 51.604.615
22/261/2/8 Outros devedores 48.5 38.005.504 38.005.504 36.251.464
23 138.108.109 138.108.109 120.234.953
Títulos Negociáveis
18 Outras Aplicações de Tesouraria
Depósitos bancários e caixa:
12 Depósitos bancários 3.715.395 3.715.395 11.359.513
11 Caixa 21.571 21.571 53.592
3.736.966 3.736.966 11.413.105

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:
271 Acréscimos de proveitos 4.214.771 4.214.771 16.807.014
272 Custos diferidos 5.799.415 5.799.415 6.405.453
10.014.186 10.014.186 23.212.467
Total de amortizações 47.109.802 36.977.543
Total de ajustamentos 247.704 61.000
Total do Activo 6.547.609.807 47.357.506 6.500.252.301 6.046.155.591

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 51


Balanço
a 31 de Dezembro de 2005 (euros)

Código CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 2005 2004

CAPITAL PRÓPRIO: 40
51 Capital 35 305.200.000 305.200.000
55 Ajustamentos Partes de Capital -40.556 -106.428
575 Outras reservas 3.256.622.139 3.100.869.129
59 Resultados Transitados -960.525.882 -806.368.644
Subtotal 2.601.255.701 2.599.594.057

88 Resultado líquido 40 -160.369.481 -154.157.239


Total do Capital Próprio 2.440.886.220 2.445.436.818

PASSIVO:
Provisões 34
293 Processos Judiciais em curso 48.4 18.187.589 18.343.105
294 Acid.Trab. e Doenças Profissionais
296 Riscos e Encargos - Participadas 10.272.398 8.662.057
298 Outras provisões 2.394.230
299 Provisão Pré Reformas 48.13 85.883 841.287
28.545.870 30.240.679
Dívidas a terceiros-Médio e Longo prazo: 29
231/2 Dívidas a instituições de crédito 48.6 2.891.871.885 2.312.886.111
261 Fornecedores de leasing 19.746
2.891.891.631 2.312.886.111

Dívidas a terceiros - Curto prazo:


12/231 Dívidas a instituições de crédito 832.942.071 975.453.971
221/3 Fornecedores, c/c 39.925.045 34.323.903
228 Fornecedores - Facturas em recepção e conferência 16.797.042 15.839.653
229 Adiantamentos a Fornecedores 17.839 85.177
261 Fornecedores de imobilizado, c/c 157.401.584 168.717.139
24 Estado e outros entes públicos 28 3.338.443 3.182.441
262/3/5+267/8/9 Outros credores 34.288.264 20.634.129
1.084.710.288 1.218.236.413

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:
273 Acréscimos de custos 54.026.572 39.241.392
274 Proveitos Diferidos 191.720 114.178
54.218.292 39.355.570

Total do Passivo 4.059.366.081 3.600.718.773

Total do Capital Próprio e do Passivo 6.500.252.301 6.046.155.591

O TÉCNICO OFICIAL de CONTAS O CONSELHO de ADMINISTRAÇÂO

Isabel Lopes PRESIDENTE Luís Sousa Pardal

VICE-PRESIDENTE Alfredo Vicente Pereira

VOGAL Romeu Costa Reis

VOGAL Alberto Castanho Ribeiro

VOGAL Carlos Alberto Fernandes

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 52


DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
Periodo findo em 31 de Dezembro de 2005 (euros)

Código CUSTOS E PERDAS Notas 2005 2004

61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas:


Matérias Subsidiárias 41 26.333.312 26.333.312 24.173.791 24.173.791

62 Fornecimentos e serviços externos 86.658.084 69.848.917

Custos com o pessoal:


641+642 Remunerações 87.880.058 91.726.402
Encargos sociais:
645/7/8 Outros 28.278.841 116.158.899 28.785.821 120.512.223

662+663 Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 10 10.150.897 6.045.792


666+667 Ajustamentos 186.704

67 Provisões 34 3.646.269 13.983.870 8.895.207 14.940.999

63 Impostos 4.411.476 9.209.832

65 Outros custos e perdas operacionais 3.715.579 8.127.055 3.471.177 12.681.009


(A) 251.261.220 242.156.939
683+684 Amortizações e ajustamentos de aplic. e inv. financeiros
681/2+685/8 Juros e custos similares 45 72.197.917 72.197.917 62.192.215
(C) 323.459.137 304.349.154
69 Custos e perdas extraordinários 46 35.948.488 31.996.673
(E) 359.407.625 336.345.827

86 Imposto s/ Rendimento Exercício 70.071 97.452


(G) 359.477.696 336.443.279

88 Resultado líquido do exercício 40 -160.369.481 -154.157.239

199.108.215 182.286.040

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 53


DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
Periodo findo em 31 de Dezembro de 2005 (euros)

CÓDIGO DAS
PROVEITOS E GANHOS Notas 2005 2004
CONTAS

72 Prestação de Serviços 48.1 65.282.830 69.506.312

75 Trabalhos para a própria empresa 48.3 49.238.286 47.576.028

73 Proveitos suplementares 16.715.581 7.031.960

74 Subsídios à exploração 48.2 27.120.753 28.356.213

76 Outros proveitos e ganhos operacionais 736.073 879.498

(B) 159.093.523 153.350.011

7812/5/6+783 Rend. de títulos negociáveis e de outras aplicações financeiras


Outros 6.798.611
7811/8+782/5/6/8 Outros juros e proveitos similares:
Outros 45 12.723.831 19.522.442 8.424.558 8.424.558
(D) 178.615.965 161.774.569

79 Proveitos e ganhos extraordinários 46 20.492.250 20.511.471

(F) 199.108.215 182.286.040

Resumo:
Resultados operacionais: (B) - (A) = -92.167.697 -88.806.928
Resultados financeiros: (D - B) - (C - A) = -52.675.475 -53.767.657
Resultados correntes: (D) - (C) = -144.843.172 -142.574.585
Resultados antes de impostos: (F) - (E) = -160.299.410 -154.059.787
Resultado líquido do exercício: (F) - (G) = -160.369.481 -154.157.239

O TÉCNICO OFICIAL de CONTAS O CONSELHO de ADMINISTRAÇÂO

Isabel Lopes PRESIDENTE Luís Sousa Pardal

VICE-PRESIDENTE Alfredo Vicente Pereira

VOGAL Romeu Costa Reis

VOGAL Alberto Castanho Ribeiro

VOGAL Carlos Alberto Fernandes

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 54


DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES
Periodo findo em 31 de Dezembro de 2005 (euros)

2005 2004

Prestações de Serviços 65.282.830 69.506.312


Custo das Vendas -208.451.316 -201.539.948
Resultado Bruto -143.168.486 -132.033.636

Outros Proveitos e Ganhos Operacionais 93.810.693 83.843.699


Custos de Distribuição
Custos Administrativos -39.094.325 -37.145.814
Outros Custos e Perdas Operacionais -3.715.579 -3.471.177
Resultados Operacionais -92.167.697 -88.806.928

Rendimentos de participações de capital


Relativos a empresas interligadas 6.135.544 3.698.069
Relativos a outras empresas

Rendimentos de títulos negociáveis e de outras aplicações financeiras


Relativos a empresas interligadas
Outros 6.798.611

Outros Juros e proveitos similares


Relativos a empresas interligadas
Outros 8.757.900 4.726.489

Amortizações e provisões de aplicações e investimentos financeiros

Juros e custos similares


Relativos a empresas interligadas -111.435
Outros -74.367.531 -62.080.780
Resultados Correntes -144.843.173 -142.574.585

Proveitos e Ganhos extraordinários 29.939.762 20.511.471


Custos e Perdas extraordinários -45.395.999 -31.996.673
Resultado Antes de Impostos -160.299.410 -154.059.787

Imposto sobre o rendimento do exercício -70.071 -97.452


Resultado Líquido do Exercício -160.369.481 -154.157.239

O TÉCNICO OFICIAL de CONTAS O CONSELHO de ADMINISTRAÇÂO

Isabel Lopes PRESIDENTE Luís Sousa Pardal

VICE-PRESIDENTE Alfredo Vicente Pereira

VOGAL Romeu Costa Reis

VOGAL Alberto Castanho Ribeiro

VOGAL Carlos Alberto Fernandes

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 55


ANEXO AO BALANÇO E
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 56
Anexo ao Balanço e Demonstração dos Resultados
Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados

Nota Introdutória
A Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P., abreviadamente designada por REFER, E.P. é uma
entidade pública empresarial, dotada de autonomia administrativa e financeira e de património
próprio, sujeita à tutela dos Ministérios das Finanças e do Equipamento Social, com sede na
estação de Santa Apolónia em Lisboa e foi constituída pelo Decreto-Lei nº 104/97 de 29 de Abril
tendo como actividade principal a prestação de serviço público de gestão da infra-estrutura
integrante da rede ferroviária nacional e ainda tem como atribuição a construção, instalação e
renovação das Infra-estruturas ferroviárias.

Nota 1. Derrogações ao POC


As demonstrações financeiras da empresa foram elaboradas, nos seus aspectos mais
significativos, em conformidade com o Plano Oficial de Contabilidade (POC), aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 410/89, de 21 de Novembro.
As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de
Contabilidade. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis à
Empresa ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras.
Todos os valores estão expressos em Euros (Eur), salvo indicação em contrário.

Nota 2. Comparabilidade do Conteúdo das Contas


No exercício de 2005, a REFER não procedeu a alterações de práticas ou políticas contabilísticas.
No entanto, por forma a acolher as alterações introduzidas pela entrada em vigor do Decreto –
Lei 35/2005 de 17 de Fevereiro, as quantias relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de
2004, apresentadas para efeitos comparativos, foram reexpressas apresentando-se de acordo
com o referido Decreto Lei.
Dada a evolução do sistema de informação, na Demonstração de Resultados Por Funções e no
cálculo do custo das vendas e prestação de serviços, o método do cálculo foi ajustado, tendo
sido igualmente efectuado o ajustamento do respectivo valor, de 2004, em termos comparativos.
De acordo com a alínea b) do nº IX da Directriz Contabilística nº 28/01, de 6 de Junho, a
empresa optou por não reconhecer, os activos e passivos por impostos diferidos, relativos à
primeira aplicação da referida Directriz.
Quanto a impostos diferidos Activos, atendendo que existem Prejuízos Fiscais por utilizar, no valor
total de Eur 704.694.926 (ver nota 6) que dada a actual conjuntura económica e os orçamentos
dos próximos anos, não se espera que venham a existir lucros fiscais no futuro que possibilitem a
recuperação das diferenças temporárias activas.
Em relação a impostos diferidos Passivos, não existem situações que os originem.
Procedemos a alterações na vida útil de alguns códigos – 1430, 1435 e 2240 - do Decreto
Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro, devido às imposições da Lei n.º 60-A/2005, de 30 de
Dezembro.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 57


Nota 3. Bases de Apresentação e Principais Critérios Valorimétricos
As Demonstrações Financeiras foram preparadas no pressuposto da continuação das operações,
a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa, mantidos de acordo com os princípios de
contabilidade geralmente aceites em Portugal.
Os critérios valorimétricos utilizados em relação às várias rubricas do Balanço e da Demonstração
dos Resultados foram os seguintes:

Nota 3.1. Imobilizações


O Imobilizado é constituído, essencialmente, por Infra-estruturas ferroviárias de Longa Duração
(ILD´s), e engloba património dos Gabinetes extintos, património transferido da CP e investimento
realizado pela REFER.

Nota 3.1.1. Imobilizações Incorpóreas


As Imobilizações Incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição e são amortizadas
pelo método das quotas constantes durante um período de 3 anos.

Nota 3.1.2. Imobilizações Corpóreas


Estão evidenciadas pelos valores de aquisição e/ou transferência e amortizados anualmente,
quando aplicável.
As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, para que o valor dos bens
seja reintegrado durante a sua vida útil estimada.
As taxas de amortização utilizadas foram as seguintes:

Taxas
Edifícios 2% e 100%
Equipamento básico 3,33% a 100%
Ferramentas e utensílios 12,5% a 100%
Equipamento de transporte 4% a 100%
Equipamento administrativo 12,5% a 100%
Outras imobilizações corpóreas 12,5% a 100%

Os encargos financeiros inerentes à aquisição das Infra-estruturas de longa duração são


capitalizados em imobilizado em curso, até à data da sua conclusão (ver nota 11).
O imobilizado considerado Infra-estrutura do Estado não foi objecto de qualquer amortização.
No presente exercício, as Infra-estruturas consideradas REFER, foram objecto de amortização.

Nota 3.1.3. Investimentos Financeiros


Os Investimentos Financeiros dizem respeito a participações nas seguintes empresa:

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 58


- GIL – Gare Intermodal de Lisboa, SA
- FERBRITAS – Empreendimentos Industriais e Comerciais, SA
- INVESFER – Promoção e Com. de Terrenos e Edifícios, SA
- REFER TELECOM – Serviço de Telecomunicações, SA
- RAVE, SA
- FERNAVE – Formação Técnica, Psicologia Aplicada e Consultoria em
Transportes e Portos, SA
- METRO MONDEGO, SA
- CPCOM – Exploração de Espaços Comerciais da CP, SA

encontrando-se valorizadas pelo método da equivalência patrimonial.


Em 2004 foi assinado um Contrato Promessa de Compra e Venda de acções da Ecosaúde –
Educação, Investigação e Consultoria em Trabalho, Saúde e Ambiente, SA, celebrado entre a
Fernave, a CP e a REFER, onde a Fernave irá alienar à CP e à REFER, na proporção de 50% / 50%
a totalidade das acções que a Fernave detêm da Ecosaúde. Ainda não foi celebrado o contrato
definitivo.

Nota 3.2. Existências


As existências são constituídas por matérias-primas, subsidiárias e de consumo e encontram-se
valorizadas ao custo de aquisição, utilizando-se o custo médio como método de custeio.
A Provisão à data de 31 de Dezembro de 2004 era de Eur. 61.000 tendo sido reforçada para Eur.
247.704 após a inventariação de stocks.
Os Trabalhos em curso respeitam à construção do edifício Interrepública.

Nota 3.3. Acréscimos e Diferimentos


A conta dá expressão ao princípio contabilístico da especialização do exercício.

Nota 3.4. Subsídios Atribuídos para Financiamento de Imobilizações Corpóreas


Os subsídios atribuídos à Empresa a fundo perdido, para financiamento de imobilizações
corpóreas, são registados em reservas, uma vez que as ILD´s não são objecto de amortização
(ver nota 16).

Subsídios Recebidos Montante

PIDDAC 18.053.705
FEDER/IOT 20.243.101
DGVII 478.500
FUNDO DE COESÃO 116.896.634

155.671.940

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 59


Nota 3.5. Provisões
As provisões constituídas correspondem às necessidades previstas ( ver nota 34).

Nota 4. Activos e Passivos Registados em Moeda Estrangeira


Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira, em 31 de Dezembro de 2005,
foram convertidos para Euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes naquela data. As
diferenças de câmbio foram contabilizadas em resultados.

Moeda Cotação

Francos Suíços 1,5551


Dólar 1,3725
Coroa Sueca 9,3885

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas


de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças ou
pagamentos, foram registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do
exercício.

Nota 6. Impostos Diferidos

Conforme mencionado na nota 2, a REFER não reflectiu nas suas contas o valor de impostos
diferidos, porque o valor de resultados transitados fiscais dos últimos seis anos, são os seguintes:

Exercício Montante

1999 117.890.581
2000 88.572.597
2001 124.998.468
2002 118.234.573
2003 110.760.838
2004 144.237.869
704.694.926

Nota 7. Número Médio de Pessoal


O número médio de pessoas ao serviço da empresa, no presente exercício foi de 4.024
empregados.

Nota 8. Despesas de Instalação, de Investigação e Desenvolvimento e Propriedade Industrial


As Despesas de Instalação, bem como as de Investigação e Desenvolvimento, incluem
essencialmente custos com estudos e projectos relacionados com a constituição da REFER.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 60


Nota 10. Movimento do Activo Imobilizado
O movimento ocorrido na rubrica de imobilizações e as respectivas amortizações que constam
do balanço estão discriminados nos mapas 10.1 e 10.2. As transferências entre contas
correspondem para além da passagem de imobilizado em curso para definitivo, a correcções
na classificação de alguns bens.

Nota 11. Custos Financeiros Capitalizados


Durante o exercício foram imputados a Imobilizações em Curso custos financeiros relacionados
com empréstimos contraídos para as financiar. Deste modo, foram capitalizados Eur 36.018.652,
dos quais cerca de Eur. 33.717.480 são juros dos empréstimos do BEI, do Banco Berlim, do Banco
ABN e do Banco WestLB, sendo o restante referente às Taxas de Aval dos financiamentos referidos.
(ver nota 14b)

Nota 14. Caracterização das Imobilizações Corpóreas e em Curso:


a)
• Não existem Imobilizações em poder de terceiros
• A totalidade das Imobilizações estão afectas à actividade da empresa
• Imobilizações implantadas em propriedade alheia:
As Imobilizações Corpóreas implantadas em propriedade alheia ascendem a
Eur 187.562 e referem-se a Edifícios situados na Av. Fontes Pereira de Melo,, no
Terreiro do Paço, na Av. Columbano Bordalo Pinheiro e na Rua Diogo Couto.
Relativamente a este Edifício existem ainda Imobilizações em Curso no valor
de Eur 14.267.
• Não existem Imobilizações localizadas no estrangeiro

b) Encargos Financeiros Capitalizados


Aumentos do
01.01.2005 31.12.2005
Ano

Encargos Financeiros
Juros 126.816.651 33.717.480 160.534.131
Taxa de Aval 5.742.813 2.301.172 8.043.985
132.559.464 36.018.652 168.578.116

NOTA 15. Locação Financeira


À data de 31.12.2005 existiam os seguintes contratos de Locação Financeira:

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 61


Locadora Equipamento Valor

Listopsis Fotocopiadora Toshiba e-studio 160 2.731


Copicanola Fotocopiadora Cannon IR 2200 4.813
Fotocopiadora Multifunções 4.039
Ricoh Fotocopiadora AF 2238 PP 14.017
Impressora Laser P6021100737 12.079
Fotocopiadora Multifunções J2030800039 41.628
Fax 3310 A3532101660 704
Fotocopiadora AFCIO CL 7000 P9630500910 10.370
Fotocopiadora AFICIO 2238 K0331201076 10.156
Fax 3310 A3538900880 704
Fotocopiadora AFICIO CL 7000 P9630500904 10.370
Fotocopiadora Multifunções J2636700789 9.033
FAX 3310 A3539200479 704
Fotocopiadora AFICIO 2018d J9237200498 3.576
124.924

Nota 16. Empresas do Grupo, Associadas E Participadas

Capitais Resultado Valor de


Empresas Participação %
Próprios Exercício Balanço
Do Grupo
FERBRITAS 98,43% 6.746.654 57.138 6.640.732
Empreend. Industriais e Comerciais, AS
Rua José da Costa Pedreira nº11 - Lisboa
INVESFER 99,33% -677.803 -871.725
Promoção e Com. De Terrenos e Edif., AS
Palácio de Coimbra - Rua de Santa Apolónia nº 51 - Lisboa
REFER TELECOM 100,00% 9.892.518 3.739.147 9.892.518
Serviços de Telecomunicações, AS
Estação de Santa Apolónia - Lisboa
RAVE 40,00% 2.279.005 -21.906 911.602
Av D.João II Lote 1.07.2.1, 1º Piso- Parque das Nações - Lisboa
CPCOM - Exploração de Espaços Comerciais da CP, AS 80,00% 517.809 97.866 414.247
Av. Da República, 90 Galeria Fracção 4 - Lisboa

17.859.099

Associadas
GIL 33,00% -23.815.250 -2.178.914
Gare Intermodal de Lisboa, AS
Av.Marechal Gomes da Costa, nº 37 - Lisboa

Outras Empresas
FERNAVE 10,00% -17.401.040 -1.973.109
Formação Técnica, Psicologia Aplicada e Consultoria
em Transportes e Portos,AS
Rua Castilho nº 3 - Lisboa
METRO MONDEGO 2,50% 4.161.242 -153.642 104.031
Praça 8 de Maio, 38 - Coimbra
104.031
17.963.130

As informações supra referidas relativas às empresas participadas foram extraídas das respectivas
demonstrações financeiras relativas ao exercício em aprovação.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 62


As participações financeiras que detemos sobre aquelas empresas são valorizadas pelo método
da Equivalência Patrimonial.
A REFER constituiu uma provisão para riscos e encargos para retractar as suas responsabilidades
decorrentes da participação nos capitais próprios das entidades GIL, Fernave e Invesfer. (ver nota
34)
Às empresas do Grupo – Ferbritas e Invesfer – e Outras Empresas – Fernave – foram concedidos
empréstimos – Suprimentos com carácter de permanência prolongada, num total de Eur
37.555.494, repartidos do seguinte modo:

Empresa Montante

Empresas do Grupo
Ferbritas 997.861
Invesfer 34.674.764
35.672.625
Outras empresas
Fernave 1.882.869
1.882.869
37.555.494

O empréstimo à Invesfer vence juros à taxa Euribor 12M + 1,5% e será reembolsado entre 2007 e
2009. Para o exercício de 2005, foram especializados/reconhecidos Eur. 597.736 de juros pela
dívida contraída.

Nota 21. Movimentos ocorridos nas rubricas do Activo Circulante

O movimento ocorrido nas rubricas do activo circulante, é como segue:

Contas Saldo Inicial Aumentos Reversão Saldo Final

Existências
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 61.000 186.704 247.704

61.000 186.704 247.704

Nota 22. Mercadorias


Em 31.12.2005 esta rubrica decompõe-se do seguinte modo:

2005 2004

Mercadorias em trânsito 121.751 178.662


Mercadorias em poder de terceiros 604.940
726.691 178.662

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 63


O valor referente a Mercadorias em Trânsito refere-se a Aparelhos de Mudança de Via (AMV’S),
cujos desenhos não estão aprovados, não podendo ser criada a respectiva nomenclatura. Estes
AMV’s transitaram nesta rubrica do exercício anterior.
As Mercadorias em poder de terceiros dizem respeito a balastro que a Ferbritas produziu, para a
REFER e que se encontram nas suas instalações.

Nota 23. Dívidas de Cobrança Duvidosa


Não existe necessidade de constituir provisão para clientes de cobrança duvidosa.

Nota 25. Dívidas activas e passivas com o pessoal

2005 2004

Saldos Credores 732.685 767.632

Saldos Devedores 617.566 518.484

Nota 28. Estado e Outros Entes Públicos


À data de 31 de Dezembro de 2005, não existiam dívidas em situação de mora com o Estado e
Outros Entes Públicos. O valor desta rubrica é composto por:

2005 2004

Activo Passivo Activo Passivo

IVA 46.842.596 45.790 50.867.432


Imp. S/
Rendimento 355.866 985.228 339.508 1.137.689
Segurança Social 427.497 2.104.169 396.836 2.028.809
Outros 203.256 839

47.625.959 3.338.443 51.604.615 3.166.498

O valor de IVA credor, diz respeito a situações de 2001, que foram corrigidas em Dezembro de
2005, originando IVA Liquidado, tendo sido objecto de liquidação em Janeiro de 2006. Os
respectivos juros de mora foram devidamente especializados.
Do valor de IRC devedor, o valor de Eur. 20.000 refere-se a um erro aritmético originado na
declaração modelo 42 do CIRS, de Fevereiro2000, tendo sido objecto de pedido de reembolso,
o qual já foi diferido em Fevereiro de 2006; Eur. 284.490 é referente aos pagamentos especiais
por conta e o valor restante é referente às retenções efectuadas na fonte, em 2005, por
entidades devedoras de rendimentos prediais e financeiros e que irá ser deduzido ao pagamento
do IRC do ano 2005.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 64


O saldo devedor a Segurança Social justifica-se por a REFER ser empresa centralizadora, e neste
âmbito, substituir-se temporariamente à Segurança Social, pelo pagamento devido aos
trabalhadores na situação de baixas/licenças médicas.

Nota 29. Dívidas a Terceiros a Mais de Cinco Anos


As dívidas a Médio e Longo prazo encontram-se repartidas do seguinte modo:

Descrição Valor Data Fim Taxas

Dívidas a Instituições bancárias a mais de 5 anos

BEI - Travessia Ferroviária do Tejo 99.759.579 15.09.2016 2,440%


BEI - Projecto Linha do Douro 43.894.215 15.09.2016 2,440%
BEI - Travessia Ferroviária do Tejo - B 79.807.663 15.09.2017 2,440%
BEI - CPIII Linha do Norte - B 49.879.790 15.06.2022 2,440%
BEI - CPIIE 16.495.113 15.06.2012 2,460%
BEI - Linha do Minho - A 66.835.393 15.09.2018 2,440%
BEI - Travessia Ferroviária do Tejo - C 88.449.969 15.09.2018 2,440%
BEI - CPIIB 11.971.149 15.09.2011 4,830%
BEI - CPIII Linha do Norte - D 25.937.491 15.09.2020 2,440%
BEI - Ligação ao Algarve - A 90.000.000 15.09.2021 2,440%
BEI - Ligação ao Algarve - B 30.000.000 15.03.2022 2,440%
BEI - Linha do Minho - B 59.855.748 15.09.2021 2,440%
BEI - CPIII2 Linha do Norte A 100.000.000 15.03.2022 2,440%
BEI - CPIII2 Linha do Norte B 200.000.000 15.06.2022 2,440%
BEI - Suburbanos 100.000.000 15.06.2024 2,440%
Berlin 250.000.000 04.08.2010 2,156%
ABN 300.000.000 11.04.2011 2,163%
WESTLB 200.000.000 08.10.2012 2,194%
JP Morgan 300.000.000 16-03-2015 1,884%
JP Morgan 150.000.000 16-03-2015 2,335%
JP Morgan 150.000.000 16-03-2015 2,329%
2.412.886.110

Empréstimo Logo < 5 anos 500.000.000


Parcela de curto prazo 21.014.225

2.891.871.885

Os empréstimos do BEI, ABN, Berlin e Westlb foram contraídos exclusivamente para financiamento
de projectos de investimento. Os juros são pagos trimestral, semestral ou anualmente e
postecipadamente. Com excepção dos empréstimos do ABN, do Berlin, do WestLB e do Logo
Securities que serão pagos de uma só vez, nos restantes o capital é reembolsado em anuidades
iguais e consecutivas, após o período de carência. Todos os empréstimos, com excepção do Logo
Securities e o JP Morgan, têm Aval do Estado ( ver nota 48.6)

Nota 32. Garantias Prestadas


Em 31 de Dezembro de 2005 a REFER tinha assumido responsabilidades por garantias prestadas,
como segue:

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 65


Garantias Bancárias Prestadas a Clientes 1.122.295
Garantias Bancárias Prestadas a Fornecedores 3.421.317
Outras Garantias 7.863.327

Livranças prestados pela REFER


Barclays Bank 75.000.000

Esta livrança está associada à linha de crédito concedida.

Nota 34. Movimento Ocorrido nas Provisões

O desdobramento das contas de Provisões acumuladas e respectivo movimento do exercício foi


o seguinte:

Contas Saldo Inicial Aumentos Redução Saldo Final

293 - Proc. Judiciais em curso 18.343.104 2.035.929 2.191.444 18.187.589


296 - Ajust.Investimentos Financeiros 8.662.057 1.610.341 10.272.398
298 - Outras Provisões 2.394.230 2.394.230
299 - Prov. Pré Reformas 841.287 755.404 85.883
30.240.678 3.646.270 5.341.078 28.545.870

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 66


A Provisão dos Processos Judiciais em curso inclui os processos judiciais do Apoio Jurídico, bem
como os referentes às Relações de Trabalho.
A Provisão para Pré Reformas diz respeito a pessoas de áreas que transitaram da CP em situação
de Pré Reforma, pelo que foi constituída a respectiva provisão, sendo utilizada nos exercícios a
que dizem respeito. Esta provisão termina em 2007.
A Provisão para Riscos e Encargos – Participadas destina-se a retractar a responsabilidade da
REFER decorrente da participação nos capitais próprios da GIL – Gare Intermodal de Lisboa, SA ,
Invesfer, SA e Fernave – Formação Técnica, Psicologia Aplicada e Consultoria em Transportes e
Portos, SA os quais apresentam valores negativos de cerca de Eur. 23.815.250, Eur. 677.803 e Eur.
17.401.040, respectivamente.

Nota 35. Movimento Ocorrido no Capital


O Estado Português detém 100% do capital da REFER. O Capital Estatutário no presente exercício
não sofreu qualquer alteração.

Nota 40. Variação das Outras Rubricas de Capital Próprio


O movimento ocorrido nas rubricas de Capitais Próprios, das rubricas constantes no balanço, foi o
seguinte:

Contas Saldo Inicial Aumentos Regularizações Saldo Final

51 - Capital Estatutário 305.200.000 305.200.000


55 - Ajustamentos de Partes de Capital -106.428 65.872 -40.556
57 - RESERVAS
575 - Subsídios
Transferidas:
dos extintos GNFL, GNFP, GECAF 678.085.773 678.085.773
da CP ( Anexo III e 2º Semestre) 128.604.887 128.604.887
da CP (Anexo IV e V) 716.452.794 716.452.794
Subsidios obtidos:
PIDDAC 612.837.051 18.053.705 630.890.756
FEDER/IOT 370.083.784 20.243.101 390.326.885
F COESÃO 540.946.148 116.896.634 657.842.782
DGTREN 1.725.185 1.725.185
DGVII 9.780.503 478.500 10.259.003
Expo 98 31.147.349 31.147.349
UE - Feder 7.101.823 7.101.823
AP Lisboa 949.736 949.736
INTF 158.713 158.713
SETEP 8.479 8.479
REN 2.418.465 2.418.465
PRODOURO 67.338 67.338
COPÉRNICOS 9.572 9.572
AP Aveiro 373.529 373.529
3.100.751.129 155.671.940 0 3.256.423.069
576 - Doações 118.000 81.070 199.070
57 - RESERVAS 3.100.762.701 155.818.882 0 3.256.622.139
59 - Resultados transitados -806.368.644 154.157.239 -960.525.883
Resultado do exercício -154.157.239 154.157.239 -160.369.481 -160.369.481
2.445.436.818 309.976.121 -6.212.242 2.440.886.219

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 67


Nota 41. Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas
Demonstração do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas:

2005 2004

Existência Inicial 23.642.600 22.605.796


Compras 29.942.583 24.276.144
Regularizações Existências 1.909.370 934.451
Existências Finais -29.161.241 -23.642.600
26.333.312 24.173.791
Estes custos correspondem a material vendido e consumido, material incorporado no
Investimento e na regeneração de Aparelhos de Mudança de Via.
Salientamos a alteração de cálculo na Demonstração de Resultados por Funções, mencionado
na nota 2.
Nota 43. Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais
As remunerações atribuídas aos Órgãos Sociais foram as seguintes:
2005 2004

Descontos Descontos
Regime da Remunerações Remunerações Remunerações Remunerações
Patronais Patronais
Segurança Social Principais Acessórias Principais Acessórias
para a SS para a SS

Conselho de Administração (de 01/01/2004 a 26/10/2005)


José de Sá Braamcamp Sobral Presidente Regime Normal 52.767,00 48.716,00 18.024,00 78.347,00 24.250,00 18.607,00
José Osório da Gama e Castro Vice Presidente CGA 53.391,00 37.745,00 17.611,00 68.427,00 18.798,00 12.480,00
Luís Miguel dos Reis Silva Vogal Regime Normal 48.845,00 40.262,00 16.749,00 70.670,00 19.388,00 16.784,00
José Roque de Pinho Marques Guedes Vogal Regime Normal 47.239,00 37.746,00 16.367,00 70.670,00 18.866,00 16.784,00
(de 01/01/2004 a 23/09/2004)
António Bentes Correia Alemão Vogal Pensão de Velhice 49.300,00 13.748,00 11.989,00
(de 24/09/2004 a 26/10/2005)
Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho Vogal Regime Normal 53.856,00 72.044,00 11.728,00 7.820,00 4.544,00 1.244,00

Conselho de Administração (de 27/10/2005 a 31/12/2005)


Luís Filipe Melo e Sousa Pardal Presidente Regime Normal 10.139,00 10.663,00 4.098,00
Alfredo Vicente Pereira Vice Presidente Regime Normal 9.593,00 5.344,00 2.864,00
Romeu Costa Reis Vogal CGA 8.969,00 9.257,00 0,00
Alberto José Engenheiro Castanho Ribeiro Vogal Regime Normal 8.969,00 10.127,00 3.690,00
Carlos Alberto João Fernandes Vogal CGA 8.969,00 9.257,00 0,00
TOTAL 302.737,00 281.161,00 91.131,00 345.234,00 99.594,00 77.888,00

Nota 45. Demonstração dos Resultados Financeiros


A demonstração dos resultados financeiros é como segue:

2005 2004

Custos e perdas Financeiras


681 - Juros suportados 61.913.629 57.292.766
682 - Perda Emp.Grupo e Assoc. 394.090 234.658
685 - Diferenças de câmbio desfavoráveis 25.779 4.830
688 - Outros custos e perdas financeiras 9.864.419 4.659.961
Resultado Financeiro -52.675.475 -53.767.657
19.522.442 8.424.558
Proveitos e ganhos Financeiros
781 - Juros Obtidos 7.681.205 4.713.320
782 - Ganhos Emp.Grupo e Assoc. 3.965.931 3.698.069
785 - Diferenças de câmbio favoráveis 2.934 4.702
786 - Descontos de pronto pagamento 16.912 7.973
788 - Reversões e outros prov. e ganhos financ. 7.855.460 494
19.522.442 8.424.558

Dos juros suportados, cerca de 31% dizem respeito a juros de curto prazo.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 68


As Perdas em Empresas do Grupo e Associadas, referem-se ao ajustamento das participações na
RAVE e Invesfer.
A rubrica Outros Custos e Perdas Financeiras é composta do seguinte modo:

2005 2004

Serviços Bancários 1.578.118 1.786.032


Gastos c/Emissão Obrigações 3.528.733 4.417
Taxa Aval 1.509.061 1.720.890
Diferenças arredondamentos 3 35
Outros não específicados 3.248.504 1.148.587
9.864.419 4.659.961

A Taxa de Aval diz respeito aos empréstimos BEI, ABN, Berlin e WestLB tendo sido capitalizada em
cerca de Eur 2.301.172.
Cerca de 65% da rubrica Outros não especificados, referem-se a custos com anulação swap
UBS, os restantes 35%, dizem respeito às despesas com os empréstimos Logo Securities I e II, que
estão a ser diferidas por 5 e 6 anos, respectivamente.
Cerca de 42% dos juros obtidos referem-se a ganhos com o Swap UBS Logo.
Os Ganhos em Empresas do Grupo referem-se à Equivalência Patrimonial efectuada na Ferbritas,
REFER Telecom , CPCom e Metro Mondego.
Na rubrica Outros, encontram-se registados Eur. 7.850.000, referentes à transferência do Swap UBS
no Santander.

Nota 46. Demonstração dos Resultados Extraordinários


A demonstração dos resultados extraordinários é como segue:

2005 2004

Custos e perdas Extraordinárias


691 - Donativos 27.000 44.124
693 - Perdas em Existências 258.943 292.618
694 - Perdas em Imobilizações 67.745 86.986
695 - Multas e penalidades 11.201 3.373
696 - Aumentos de Amortizações 218.524 787
697 - Correcções Exercícios Anteriores 19.348.278 13.173.790
698 - Outros custos e perdas extraordinários 16.016.797 18.394.995

Resultado Extraordinário -15.456.238 -11.485.202

20.492.250 20.511.471
Proveitos e ganhos Extraordinários
791 - Restituição Impostos 2.608 195
793 - Ganhos em Existências 343.622 2.451.658
794 - Ganhos em Imobilizações 6.146.533 91.704
795 - Benef. Penal. Contratuais 37.822 68.102
796 - Reduções de Provisões 2.948.250 12.695.844
797 - Correcções Exercícios Anteriores 10.999.232 5.189.979
798 - Outros proveitos e ganhos extraordinários 14.183 13.989
20.492.250 20.511.471

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 69


Cerca de 26% do saldo da rubrica Custos e Perdas - Correcções Exercícios Anteriores,
corresponde à anulação de proveitos especializados em 2002 referentes à Ponte 25 de Abril;
cerca de 2% refere-se à anulação de proveitos especializados em 1999 e 2000, referentes ao
protocolo de concessão de exploração do Metro do Porto e 4% refere-se a valores que
esperávamos receber da DGTT sobre o Eixo Ferroviário Norte-Sul. Por prudência procedemos à
anulação destes proveitos, visto já terem uma certa antiguidade.
Em Outros Custos e Perdas Extraordinários cerca de 93% da conta referem-se às Indemnizações
de Rescisões por mútuo acordo do ano corrente, os restantes 7% dizem respeito às Pré Reformas
(ver Nota 48.13).
Na rubrica Ganhos em Imobilizações, 99 % do saldo refere-se à alienação de terrenos em Tomar,
Aveiro e Guimarães, à Infervisa.
Na rubrica Reduções de Provisões, cerca de 26% diz respeito à utilização da Provisão para Pré
Reformas e 74% está relacionado com os Processos Judiciais resolvidos.
Na rubrica Proveitos e Ganhos - Correcções de Exercícios Anteriores perto de 24%, diz respeito à
correcção da Provisão de Férias e Subsídio de Férias de 2004 e cerca de 22% referem-se à
anulação da provisão constituída em 2000, para concessões de transportes.

Nota 47. Informações Exigidas por Diplomas Legais


Nota 47.1. Informação a que se refere o Despacho do Secretário de Estado do Tesouro, de 25 de
Junho de 1980:
• Encargos com estruturas representativas dos trabalhadores
Para os trabalhadores envolvidos a tempo inteiro – Dirigentes Sindicais e
Comissão de Trabalhadores - foram determinados encargos para a estrutura
representativa dos trabalhadores, no exercício de 2005 no montante total de
Eur. 223.384 discriminado do seguinte modo:

Montante

Retribuição Mensal 123.883


Diuturnidades 11.714
Sub. Férias e Décimo Terceiro mês 23.157
Contribuição Patronal 41.620
Outros 23.010

223.384

• Número de trabalhadores envolvidos


A tempo parcial ( nº médio):
Dirigentes sindicais 126
Comissão e Subcomissões 30
A tempo inteiro:
Dirigentes sindicais 10
Comissões Trabalhadores 1

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 70


Nota 47.2. Informação a que se refere o Decreto – Lei nº 411/91 de 17 de Outubro:
A dívida à Segurança Social – T.S.U. ascende a Eur 2.104.169, não se encontrando qualquer valor
em situação de mora.

Nota 48. Informações Adicionais


Outras informações consideradas relevantes para melhor compreensão da posição financeira e
dos resultados:

Nota 48.1. A REFER começou no exercício de 1999 a fase de exploração das suas infra-estruturas
e consequentemente a cobrança da taxa de uso aos operadores ferroviários - CP e FERTÁGUS,
bem como outros serviços.
À data de 31.12.2005 a dívida daquelas duas entidades está repartida do seguinte modo:

Montante

CP 48.351.938
Fertágus 4.124.708
52.476.646

Neste exercício foi facturado à CP, referente a taxa de uso o total de Eur 54.933.742.
Em relação à Fertágus, não tem sido efectuado qualquer pagamento, visto que de acordo com
o contratualmente estabelecido, o tráfego encontra-se abaixo da banda mínima de referência,
para poder ser facturada. Nos termos do Dec-Lei nº 189-B/200, de 2 de Junho, o Estado tem
compensado a REFER do montante daquela taxa, valor incluído no montante de Indemnizações
Compensatórias recebidas. Em 2005, ascendeu a Eur 2.832.411.

Nota 48.2. Durante o presente exercício foram contabilizados Eur 24.268.342 a título de
Normalização de contas (RCM 174/2005).

Nota 48.3. Os Trabalhos para a Própria Empresa englobam os custos com os materiais, mão de
obra e equipamentos aplicados no investimento, os custos de funcionamento dos órgãos
directamente relacionados com o investimento e parte dos custos de estrutura dos restantes
órgãos da empresa, no valor de Eur 48.846.409.

Nota 48.4. No final do exercício de 2005, os processos judiciais, em curso, referentes a


expropriações, atingem o valor de Eur 4.206.180. Os processos judiciais objecto de provisão
referem-se a acidentes e pedidos de indemnização por estragos, por ocupação de terreno, etc,

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 71


que ascendem a Eur 8.842.343, dos quais Eur. 6.800.000 são do Grupo Dragados SA, e a
processos das relações do trabalho que atingem o montante de Eur 9.345.243.

Nota 48.5. A rubrica Outros Devedores é composta por:

2005 2004

Fornecedores 1.226.298 3.694.108


Pessoal 617.566 518.484
Valores a Regularizar 4.651.505 8.059.586
Outros devedores e credores 31.420.795 23.956.467
Outros 89.340 22.819
38.005.504 36.251.464

Cerca de 45% do valor da rubrica Valores a Regularizar, referem-se a pedidos de reembolso de


IVA cujo direito à dedução ultrapassou o prazo de um ano, dos quais já foram pedidos aos
Serviços do IVA cerca de Eur 1.993.620. (Eur 517.146 em Julho de 2001, Eur 582.499 Novembro
de 2002 e EUR. 893.975 em Abril de 2004). Perto de 34% referem-se a facturas da ReferTelecom
que aguardam repartição dos órgãos quer por centro de custo, quer por PEP.
Na rubrica Outros Devedores, encontram-se cerca de Eur 6.739.141 (correspondente a 21% do
saldo) nas contas dos Tribunais, para fazer face aos processos de Expropriações. A Infervisa, a O2
– Tratamento de Ambiente, o Parque Expo, a CPCom e a Fernave perfazem cerca de 45% do
saldo.

Nota 48.6. Existem Eur 1.812.886.111 referentes a Avales prestados pelo Estado, pelos
empréstimos do BEI, dos Empréstimos dos Bancos Berlin, ABN e WestLB.

Nota 48.7. À data de 31 de Dezembro de 2005 existem cerca de Eur 192.709.409 de Garantias
Bancárias Recebidas de Fornecedores, e cerca de Eur 35.396.174 referentes a Outras Garantias
Recebidas de Fornecedores.

Nota 48.8. Em relação a Garantias Bancárias Recebidas de Clientes/Devedores, existem, à data


de 31.12.2005, cerca de Eur 1.836.903, em relação às Outras Garantias , o valor ascende a Eur.
73.190.

Nota 48.9. Com a aquisição das acções da FERBRITAS, a REFER assumiu em 1999 integralmente
as obrigações daí decorrentes, o que origina que a REFER passará a ser responsável pelas cartas
de conforto subscritas a favor do Banco Mello relativas a Leasings Imobiliários / Financiamentos de
Médio e Longo Prazo até aos montantes de Eur 4.239.782 e Eur 498.798, respectivamente.

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 72


Nota 48.10. Em relação à Invesfer, a REFER é responsável pelas cartas de conforto que foram
subscritas a favor do BPI, relativas a crédito de curto prazo, Médio e Longo prazo e leasing de
viaturas, até aos montantes de Eur 274.339, Eur 39.904 e Eur 67.116, respectivamente.

Nota 48.11. Para a Fernave, a REFER é responsável pela carta de conforto subscrita a favor Banco
Espírito Santo, relativa a um financiamento de curto prazo até ao montante de Eur 2.743.388.

Nota 48.12. Cerca de 98,66% do total de Imobilizações Corpóreas, correspondem a Imobilizado


de conta do Estado (ILD`s). Assim, esta rubrica atingiu em 31.12.05 Eur 6.187.392.044, dos quais
Eur 2.540.286.594 respeitam a Imobilizado em Curso.

Nota 48.13. Com a transferência de cerca de um milhar de trabalhadores pré-reformados


anteriormente à constituição da REFER que exerciam a sua actividade em áreas transferidas para
esta Empresa em 1998 e 1999, a REFER teve necessidade de constituir provisões de Eur
25.285.517, as quais estão a ser utilizadas nos exercícios a que dizem respeito. Esta provisão
termina em 2007.

Nota 48.14. A rubrica Outros Credores é composta por:

2005 2004

Credores diversos 10.153.717 5.015.507


Pessoal 732.685 767.632
Adiantamentos p/ vendas 21.743.727 13.114.231
Outros 1.658.135 1.736.759
34.288.264 20.634.129

Na rubrica Credores diversos, a CP e a Estação de Viana-Centro Comercial perfazem cerca de


63% do saldo.
Na rubrica Adiantamentos p/ vendas as firmas Visabeira, Portugal, Condiana e El Corte Inglês
perfazem cerca de 65,5% do Saldo

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 73


TÉCNICO OFICIAL de CONTAS CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Isabel Lopes Presidente Luís Sousa Pardal

Vice-Presidente Alfredo Vicente Pereira

Vogal Romeu Costa Reis

Vogal Alberto Castanho Ribeiro

Vogal Carlos Alberto Fernandes

10.1 Movimento Ocorrido nas Rubricas do Activo Imobilizado


Rubricas Saldo Inicial Transf/Reg Aumentos Abates Saldo Final

Imobilizações Incorpóreas
Despesas de Instalação 154.561 154.561
Despesas de Investigação e Desenvolvimento 13.542.939 11.368.567 24.911.506
Propriedade Industrial e Outros Direitos 29.928 2.674.157 2.704.085
Imobilizações em Curso 14.560.853 -13.305.221 4.091.351 5.346.983
(1) 28.288.281 737.503 4.091.351 33.117.135
Imobilizações Corpóreas
ILD`s (Estado)
Terrenos e Recursos Naturais 127.927.537 10.676.778 183 138.604.132
Edificios e Outras Construções 3.369.284.298 91.844.383 58 3.461.128.623
Equipamento Básico 30.268.679 30.268.679
Imobilizações em Curso 2.230.147.564 -108.046.965 418.185.995 2.540.286.594
Adiant. P/conta de Imob.Corpóreas 12.183.731 -4.373.568 6.489.437 14.299.600
5.769.811.809 -9.899.372 424.675.432 241 6.184.587.628
REFER
Terrenos e Recursos Naturais 627.972 2.627.176 2.627.476 627.672
Edificios e Outras Construções 28.659.181 771.978 6.815 29.424.344
Equipamento Básico 17.681.073 22.073 566.357 73.037 18.196.466
Equipamento de Transporte 7.161.336 314.541 158.003 138.408 7.495.472
Ferramentas e Utensílios 449.130 23.475 472.605
Equipamento Administrativo 10.331.535 354.048 845.668 68.068 11.463.183
Outras Imob. Corpóreas 423.674 15.651 439.325
Imobilizações em Curso 8.072.636 -703.484 2.488.809 9.857.961
73.406.537 3.386.332 4.097.963 2.913.804 77.977.028
(2) 5.843.218.346 -6.513.040 428.773.395 2.914.045 6.262.564.656
(1) + (2) 5.871.506.627 -5.775.537 432.864.746 2.914.045 6.295.681.791
Investimentos Financeiros
Partes de Capital
Empresas do Grupo 15.364.783 2.494.315 17.859.098
Empresas Associadas
Outras Empresas 12.477 91.554 104.031
Emprestimos Financiamento
Empresas do Grupo 6.172.625 -500.000 30.000.000 35.672.625
Outras Empresas 1.871.429 11.440 1.882.869
23.421.314 2.085.869 30.011.440 55.518.623

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 74


10.2 Movimento Ocorrido nas Amortizações das Rubricas

Rubricas Saldo Inicial Transf/Reg Aumentos Abates Saldo Final

Imobilizações Incorpóreas
Desp de Instalação 132.947 10.807 143.754
Desp Invest e Desenvolvimento 11.117.457 5.292.946 16.410.403
Prop Indust e Outros Direitos 29.928 891.386 921.314
11.280.332 6.195.139 17.475.471
Imobilizações Corpóreas
Edificios e Outras Const 4.055.743 946.577 5.002.320
Equipamento Básico 6.719.240 1.297.342 32.900 7.983.682
Equipamento de Transporte 6.382.843 448.309 135.790 6.695.362
Ferramentas e Utensílios 425.015 24.052 449.067
Equipamento Administrativo 7.924.976 -1.401 1.408.676 67.069 9.265.182
Outras Imob Corpóreas 189.392 49.326 238.718
25.697.209 -1.401 4.174.282 235.759 29.634.331
36.977.541 -1.401 10.369.421 235.759 47.109.802

DEMONSTRAÇÃO DE ORIGEM E APLICAÇÃO DE FUNDOS


Periodo findo em 31 de Dezembro de 2005
ORIGEM DOS FUNDOS APLICAÇÃO DOS FUNDOS

Internas Aumentos de imobilizações


Resultado Liquido do Exercício -160.369.481 Imobilizações Incorpóreas
Amortizações 10.132.261
Variação de provisões -1.694.809 Imob. Em Curso 4.091.351
-151.932.029 4.091.351
Externas
Aumentos dos capitais próprios Imobilizações Corpóreas
Ajustamentos de Capital 65.872 Equipamento Básico 566.357
Aumentos de reservas 155.753.010 Equipamento de Transporte 158.003
155.818.882 Ferramentas e Utensilios 23.475
Movimentos financeiros a médio e longo prazo Equipamento Administrativo 845.668
Aumento das dívidas a terceiros Outras Imob. Corporeas 15.651
Empréstimos Obtidos 578.985.774 Imobilizações em Curso 420.674.805
Fornecedores Leasing 19.746 Adiantamentos 713.902
579.005.520 422.997.861
Diminuições de Imobilizações
Imobilizações Corpóreas
Terrenos 2.627.659 Investimentos Financeiros 32.097.309
Equipamento Básico 73.037
Equipamento Transporte 138.408
Edifícios e Outras Construções 6.873
Equipamento Administrativo 68.068
2.914.045 Aumento dos Fundos Circulantes 126.619.897

585.806.418 585.806.418

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 75


TÉCNICO OFICIAL de CONTAS CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Isabel Lopes Presidente Luís Sousa Pardal

Vice-Presidente Alfredo Vicente Pereira

Vogal Romeu Costa Reis

Vogal Alberto Castanho Ribeiro

Vogal Carlos Alberto Fernandes

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 76


DEMOSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - Método indirecto
Periodo findo em 31 de Dezembro de 2005
2005 2004

Actividades Operacionais :
Resultado do Exercício -160.369.481 -154.157.239
Ajustamentos:
Amortizações e Ajustamentos 10.132.261 5.779.097
Provisões -1.694.809 9.949.478
Aumento das dívidas de terceiros -21.851.812
Diminuição das dívidas de terceiros 3.978.656 111.173.503
Aumento das Existências -11.165.552 -10.359.660
Diminuição das Existências 207.794 385.557
Aumento das dívidas a terceiros 20.212.666 528.434.699
Diminuição das dívidas a terceiros -153.738.791 -145.691.877
Aumento dos acréscimos de custos e proveitos diferidos 14.862.722
Aumento dos acréscimos de proveitos e custos diferidos
Diminuição dos acréscimos de custos e proveitos diferidos -7.086.197
Diminuição dos acréscimos de proveitos e custos diferidos 13.198.281 32.824.306
Fluxo das actividades operacionais (1) -286.228.065 371.251.667
Actividades de Investimento :
Investimentos financeiros 32.097.309 6.318.822
Imobilizações corpóreas 420.083.816 492.508.054
Imobilizações incorpóreas 4.091.351 6.595.869
Fluxo das actividades de investimento (2) 456.272.476 505.422.745
Actividades de Financiamento :
Empréstimos obtidos 578.985.774 113.604.829
Fornecedores 19.746
Aumento de capital
Ajustamentos de Partes de Capital 65.872 123.222
Reservas 155.753.010 95.366.282
Resultados Transitados -72.057.654
Fluxo das actividades de financiamento (3) 734.824.402 137.036.679

Variação de caixa e seus equivalentes


(4)=(1)-(2)+(3) -7.676.139 2.865.601
Caixa e seus equivalentes no fim do periodo 3.736.966 11.413.105
Caixa e seus equivalentes no inicio do periodo 11.413.105 8.547.504
Variação de caixa e seus equivalentes -7.676.139 2.865.601

O TÉCNICO OFICIAL de CONTAS O CONSELHO de ADMINISTRAÇÂO

Isabel Lopes PRESIDENTE Luís Sousa Pardal

VICE-PRESIDENTE Alfredo Vicente Pereira

VOGAL Romeu Costa Reis

VOGAL Alberto Castanho Ribeiro

VOGAL Carlos Alberto Fernandes

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 77


DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - Método directo
Periodo findo em 31 de Dezembro de 2004
2004 2004

Actividades Operacionais
Recebimentos de clientes 61.900.639 155.146.274
Empréstimos de curto prazo obtidos 524.318.292
Pagamentos a fornecedores -257.475.279 -245.572.281
Pagamentos ao pessoal -116.158.899 -120.512.223

Fluxo gerado pelas operações -311.733.539 313.380.062

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento -70.071 -97.452


Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional 24.886.145 60.242.125

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 24.816.074 60.144.673

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 24.411.980 21.565.742


Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias -45.414.635 -32.263.368

-21.002.655 -10.697.626
Fluxo das actividades operacionais (1) -307.920.120 362.827.109
Actividades de Investimento
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Subsidios de investimento
Juros e proveitos similares 21.692.055 8.424.558

21.692.055 8.424.558
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros 32.097.309 6.318.822
Imobilizações corpóreas 420.083.816 492.508.055
Imobilizações incorpóreas 4.091.351 6.595.869

456.272.476 505.422.746
Fluxo das actividades de investimento (2) 434.580.421 496.998.188
Actividades de Financiamento
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 578.985.774 113.604.829
Fornecedores 19.746
Reservas 155.753.010 95.366.283
Outros 65.872 123.222

734.824.402 209.094.334
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
Amortização de contratos
Juros e custos similares
Dividendos
Resultados Transitados -72.057.654
Outros
-72.057.654
Fluxo das actividades de financiamento (3) 734.824.402 137.036.680
Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)-(2)+(3) -7.676.139 2.865.601

Efeito das diferenças de câmbio


Caixa e seus equivalentes no fim do periodo 3.736.966 11.413.105
Caixa e seus equivalentes no inicio do periodo 11.413.105 8.547.504
Variação de caixa e seus equivalentes -7.676.139 2.865.601

O TÉCNICO OFICIAL de CONTAS O CONSELHO de ADMINISTRAÇÂO

PRESIDENTE Luís Sousa Pardal


Isabel Lopes
VICE-PRESIDENTE Alfredo Vicente Pereira

VOGAL Romeu Costa Reis

VOGAL Alberto Castanho Ribeiro

VOGAL Carlos Alberto Fernandes

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 78


Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa

Descrição 2005 2004


Numerário 21.571 53.592
Depósitos bancários 3.715.395 11.359.513
Disponibilidades constantes no Balanço 3.736.966 11.413.105

As notas cuja numeração se encontre ausente deste anexo não são aplicáveis
2. Descriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes

Relatório e Contas 2005 | Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. 79

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