Lous Athusser IDEOLOGIA E APARELHOS IDEOLOGICOS D0 ESTADO(08 APARELHOS IDEOLOGICOS DE ESTADO © aque & proving norescéntar& eteorin mar sistas do Estado € pols outra cols. Devemas agora avangar com prudéncia ‘mam terreno ode, de facto, ot elisscos do Iarxitno now precederam hi longo tempo, mas som fer sstematizado, sob uma forma Ueiriea, 8 progressos decisvos que t= #33 ‘experifncina eon reus métodos © procestos (Gemarches) Implicaram, As nine experiencing ‘2 mitozoe permaneceram de facto no terreno (ie prion poltica, De facto, na sin pritiea pollen, os elise sicoa do. marsinmo trataram o Estado como tuna reaidade mais complaxa do que 2 defin- fgio que deo re ana cteoria marxista do Estados, mesmo completada como a. apreten ia ava pritlea reconhceram esta. cot a”plexdsde, mas correspondents ‘Gostariamos de tntar esbogar muito esque ‘maticamente esta teora correspondente. Para ive fin, picpomoa a teve aczuinte ‘Para so avangar aa tooria do Eatado, & Indlopensivel ter em conta, ndo a6 a distingio fntre poter de Eatado © aparcino de Bstado, mas também outta relldade que se situs ‘manifestamente do lado do aparelho (repres- S00) de Estado, mite nio ae confunde com ola Designaremos esta reaidade pelo seu conceit os apavethos idcoigicos de Bstado. Que sto 08 aparethon Wdeoligieas de Estado (ate)? [io ae confundem com o aparelbo (repres- ‘svo) de Estado, Lenbremos. que na teria 9 exprimiram numa teoria tere de tices a cocks tbe 8 grea ae (ot 3) 29, 95 88 OF Latte do Prison Soa e = ARE rmarsista, o Apsrelho de\Rstado (AE) com preendas 0 Governo, a Admialstragio, o Fxi- tito, a Polisi, on Tribunals, ax Prices, otc ‘qe constituem agulo a que ehamaremos = parr de agora 0 Aparelio Repressivo de Extado, Reprensivo indien que o Aparalho de ‘stado em quastio «funciona pee violncian, pelo menos no limite (porgue « repressio, por exerplo administrativa, pode revsti for mas no fatas) esignamos por Aparethos Wdeoligcos de Eatado um certo nimero da realidades que s€ ‘preventam ao observadoriediato sob a forma e inatituigdey datintan e eopecalizadas. Pro- fpomon ume lista emplrica dostag relidades ‘Que claro, neceesitaré de scr examinada por- ‘etorizalamente, posta 4 prova, rectified ‘ereuaborada. Com tous as reservas que eta ‘exiginela impos, podemos desde ji considerar como Aparcihos Hologic de Estado aa ine titigies seguintes (a ordem pea qual as emun- clamos no tem qualguer significado pari cular) 0 ALE relgiogo (0 sistema das diferentes grea), s Ba<0 ATE escolar (0 alatema daa diferentes ccolas pibleas e particlare), 0 AIE familiar’, = ATE jariico?, <0 ALE politico (o sistema polition de ‘que fase parte on diferentes partidos), “=o ALE sindeal, <0 AIE do informagio (impronsa, rio- steloviso, te), —o AIE cultural (Letras, Blas Artes, dasports, ete) Dissimos: os AIE no se confundem com © Aparelho.(represtivo) de Hetado, Em que onsite a aiferenca”? ‘Num primeiro momento podemos obeervar que, se existe cm Aparclng. (repreaaivo) de Estado, existe uma pluraidade da Aperstioe Feoligicos do Estado. Suponio que ela exste, ‘dugbo dn forga de trabatho. E, segundo ca modas ‘oamsta, ldade Ge produlo e (ow) waned ” 7 poet ‘ unidade que constitu gota pluraidade de ATE, ‘ham corpo Unico nfo & imediatamente vive, "Num segundo momenta, podomes coastatar aque enquanto 0 spareino (repressivo) do Ex {do,unificado, pertence inteirameate 20 domi io piblico, a maioria. dos. Aparelhos Ideol6- icoe de Estado (na sua dlspersio sparente) Teva pelo contrrio do dominio privado, Pr vvadas sto as Tgrejas, on Partido, oa sindeatos, fs familias, algumas escolas, a maloria dos Jormals, as empremas cultural, ote, et, Por agora deixemos do parte a nossa pri: relra.observagio. Mas o leltor ao doixaré de rolevar a aegunds para noa penguntar om ‘que dirltopodemos considerar como Apare- Thos Tdoldgicos de Bstadoinstitigony qe, ma ssua_grande malori, no possuom eatuto [iblie, e slo pure © simplesmente inatitulgies Drivadas, Como Maraisis consiente que ers, Gramsci sh ralientara esta objeegio. A distin: so eatre o pdbico« 0 privado & uma distineso Interion'no Greta bur, © vila oe domi- nlos (subordinados) em que o direito burgués fexerce 08 seus epoderen, O dominio do Estado fseapache porgue esta «pars alem do Direito» ‘0 stado, quo é 0 Estado da clase dominant, ‘aio nem piblico nem privade, € pelo con- 6leivio «condi de tole a datinglo etre bio pevado, Podenos der «mama ‘oie partndo agora don nono Aparelas Leo login de Estado, Pouce importa que teins {Wsigies que o ran afm epcay 08 spriradny O que importa ¢ 0 oeu fui rrento,Lnattigdee privadaa poder perfelta- Inentefunsonar> como Apres Tdclogicoe de Ext. Una anc tn pouo mala pro- ‘ands de gualguer dos ATE prin sfiieate para provar o que acablion de dice ‘Mas vamog 20 eesencal, © ho aiatngae ‘os AIB do Apaeibo (repreasvo) de Estado, £sduernga fundamental aegunte: © Apaelso repreesivo de Brtado «funciona pla Vole oquasto on Apaelor Taolgicon Ge Estado Fancionam. pea cio Podemos presser retifeando cata ditn- fo, Drea de facto que qualquer Aparelho fe Bxtado, sje cle repersivo ou idelézeo, ‘funciona suultanamente pela Wolncia ¢ fis idologin, mas com sma ference mato portaste que inpee s canfuso dos Apare Thow Tdsoighoe do Estado com 0 Apaelho (represaiv) de Eat. TE que cm st mcmo o Apaelho (repessivo) de Bato funciona de una manera macnvar 6 \ rente prvalnte pla repredo (ncusve Seay, eabora fuoclone socunariamexte gla Haeloga. (Mio hd aparlboguramete repre sito) Bxonplan: 0 Excite Pola faci ram tame pol Idologie,simultancamente fara asngorar a eun propria cosio ¢ repro {ugh e pelo valores que projectam no exterior. ‘Da mera manele mas ivereameste dav: mon der que, em ni mennos, on Aparehos {eotiicos de Estado funciona dé um modo iitsivamente prevalent pela. lop, em torn funsonando scundariatente pela re pred meamo que no limite, mas apenas bo Unite, ata ea bastante atenuada ia Indy OW Ate simlen (Nio ht apactho par rent ieolgio). Asin ess © ay Tareas ‘educams por motos spropriaoe de nngbe=, de ecluten, de alee, ee, nob on seus ficiantes, masts suns velba Ast & Foe Ta Assim 'o Apache TE citer! (a con stra, para 26 menclonar eta), ete Serk ul referir que extn deerangto 20 opi fanconameto> (de maneza prevalent de mancisaseeuniia) pela ropreeio © elt Moto, connate ae tata Go Aparebo ( prewivo) de Estado ou dos Apareitos Teo Jégleon de Hata, permite comprecader facto edo constantemente so ticerem combnagSes ‘ulto aubis explicit ou tictas entre 0 jogo do Aparetho (repressive) do Batado © o Jogo fos Aparehos Meolgcos de Estado? A vida ‘quotdiana oferecen inimeros exemplesdisto ‘que 6 preciso ostudar em pormenor para irmos ‘ale elim du simples obsorvacio. xia obeervagio obrenos a via da com preenilo do que constitul a unidade do corpo Sparentomeate dispar dos AI. Se os ATE ‘funcloname de mancira nussivamente prevar lente pela ieologa,o que unifica a aua diver sidade 6 presiamenta ste funcionamento, nt ‘medida em que a ideologia pela qual funclo- ram & sempre unifcada apesir das suas con fradighe ¢ da sua diveridade, na ieotoyia dominance, que & sda selaawe dominante> [Be qulsermos considarar que em principio a ccatse dominates detim io poder de Estado (Ge uma forma franca ov, ‘a mioria. das vezes, por meio de Allancas de claase ou do Eager de elames), «disp portanto do Apa relho (repressive) de Estado, podemoe admitir ‘Que @ mosma clase dominente & activa nos parece ideoigicos de Estado. © claro, asir por lela deertoa no Aparelho (repressive) ‘Ne ata e eagir» por intermédio ds idelogia 48 ominante nos Apareos ieoligios de Estado slo dus coisas diferentes. Serd precio entrar ‘bo pormonor desta giferengs,—iuas ela 20 poder esconder a realidads de wma profunda ‘entidade. A partir do que ethemos, nenhuma las pode duracclmente ator o poler de Bs tao sem ezeroersimultancamente a sua hege ‘monia sobre © nos Aparethow Teolsgioe de Extado. Dos im tea exemple prova a pre. ‘eapagto lancisante de Lenine de revohcionar ‘© Aparetho ideclgico de Estado exolar (entre futros) para pemnitir 20 proltaniado sowie co, que tna tomadoo poder de Estado, ase sgurar o futuro da itadura do proltariago © 4 passagem a0 socialismo Teta ttima nota permi-noe compreender ‘que os Aparelhos Idvoligleos de Estado podem fer nio 28 0 avo mas também 0 focal da lita de classes por vezos de formas renhidas da tao classes. A classe (ow a aliange de latses) no poder no domina tdo faclente 5 Bammer moa conta 2 hata dn aren, dneperdia Sanu que ea cor some ou fin fee ; ”(AUB como o Apareiho (repressive) de Bs- tado, isto nlo sb porque as ontigas classes ominantes podem durente muito tempo can- Sservar nelee posgies fortes, mas também por (que a resintincin daa clases exploradas pode fneantrar melon ocasises doce exprimir eles, quer stilizando aa contradigoes existen- tes (aos AIE), quer conquistando pela lata (aos ATE) posigies de combate ‘Resumarion aa now notas. ‘ie Se Ato io Ot, 1» chi eis penne ‘mimes prop fol formdo yor Mane 20 ‘roicio'H Contig: sQutodo ae comer te bir spr ete prune on on poe {is mele ae pote centile =a formes ‘S25 ign ann war (gcse cirerms nat femas Wedge cet, ‘Stn na formas deine AUB Mae 3 ta 0 bers Se a tese que propusemos 6 fondamentada, somoe conduzidos retomar, embora precsan- ova num poato, a teorla maraistaeleseice do ‘Bstado, Diromos que por wm lado 6 preciso di Lingulr o poder de Hxtado (e 8 sua detengio por.) eo Aparetho de Estado por outro lado, Mas acrescentaremos que 0 Aparelho do B=: ‘ado comproende dois corpos: o corpo daz {nstituigSes que representam o Aparetho Te pressive de Eatado, por um Jado, © 0 corpo as insttuigdes que repmesentam 0 corpo dos ‘Aparelhos Tdeoldgicos de Estado, por outro in, Das, se assim é, no podomoe deixar de coloear a questo seguinte, mesmo no esti, ms roms rene forma, « {ah pose tambem career nae formas foe ATE Soetato vine costes ay came ms pour arma do Ee "Bina om vrtade do sependo prints tn Sao usages on AB pong eth sora ‘acon uuu oats parte gue to om Mog, ‘a ttrnsttrn, ane ros podio gue so ‘agen apna uu conse ate Got‘muito sumétio, das nossa indlcagSes: qual & ‘eractamente a medida do papel doe Aparelbos eoligicos de Estado? Qual pode ver o fun daeento da sia importtzcia? Noutros terme {gue corresponde a «fungioy destes Aparelhon ‘deoidgcoe do Estado, que nfo funsionems pola repressio, mas pela ideoogia SOBRE A REPRODUGKO DAS RELACOES DE PRoDUcAO Podemos agara responder & nossa quetto central que permanoces em suspense durante Jongas piginss: como é assegurada a reprodi. (0 das relagiee de prodgdot [Na linguagem da tépica (lnfrestrutur, superestrutura, dlremos: 6 em grande parte assegurads* pela euperectruturs,jurdico-pall: tea e Ideolégien. Mas visto que considerimos sndispensive! atrapasar este Inguagem ainda deecritiva, “Bent nue, pre a in rt Prose de profacto © do proto Seca Mat Slo wpe eau que an Tater nee eo s