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Como sempre

Eros quebrou suas asas


Romeu matou sua amada
Miguel escondeu sua espada
João alimentou a passarada

Cada um errou nos seus deveres


Criou na ignorância uma forma de desprezo
Foi de par em par
Dormiu de cama em cama
Neste jogo ímpar e incessante
Cantou na chuva, se acendeu em chama

Narciso faleceu no reflexo


Onde Julieta retribuiu o corte
Marte jogou seu escudo
E Maria, coitada, fez jogo duro

Todos eles de relance


Angustiaram em suspense
Fosse comédia, fosse drama
Feliz ou infeliz, o final que se repense

Sempre quem sofreu, sentiu


Naquele calcanhar de Aquiles
Naquele que compartilharam
Que deixaram nascerem frutos
Ou deixaram nascerem lágrimas

Fossem deuses ou humanos


Plebeus, crianças, republicanos
Santos ou compatriotas
Juntaram-se ao mesmo canto
Donde a flor desarma a guerra
Que dum silêncio se desfaz

Quão sereno, fosse límpido


Rosto encharcado
Poluído em traços
Daquele sofredor
Daquele que sentiu
Daquele que amou

Luísa Zanini Vargas (11/09/2009)

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