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Edvcacdo: Experincia e Sentido Jan Masschelein Maarten Simons Em defesa da escola Una questa piblica Trdugio Cristina Antunes auténtica Copy © 2012 an Maschinen Sons Copy © 2073 tonen Fato's “Tuo Origa nfo of he Stal "ots eos sats el tn ao, ety ae dea fone ont apr es Sn oonsavens nc680 cm fovcachoeoerinnesxts0 avo Akar Foseca Jonge Uno ‘Sate imege de Anton onc Water Koran jovem ara de 1875) anucio enous rst Antes Irgone Os seao ata nea onade Ewes Iotrnacionais de Cotaogaco na ube (CP) ado cetogeiona rao Tim dtc lu auto pba an Msn, tess naan Capes boro As nso cng meee of tein eg at a Faet! , Ines a cao ema ‘eens Haake 579 AAUTENTICA EOTTORA LTDA flo orate So raio FMCCTE and mice a Poli 2073, Crp sn ‘otatay bnoietone te aoa 23 wa a 2300 Cee tess ie lana ‘evr 80281222 APRESENTACAO DA COLECAO A expetiéncia, © nio a verdade, é o que di sentido & escritura. Digamos, com Foucault, que escrevemos para transformaro que sabemos e no para transmite 0 sabido. Se alguma coisa nos anima a escrever é a possibilidade de que esse ato de escritura essa experiéncia em palavras, nos permit liberar-nos de certas verdades, de modo a deixar- _mos de ser 0 que somos para ser outra coisa, diferentes do que vimos sendo. Também a experiéncia, e nfo a verdade, € o que di sentido a educagio. Educamos para transformar 0 que sabemos, no para transmitiro jd sabido, Se alguma coisa ‘nos anima a educar é a possibilidade de que esse ato de cdueagio, essa experiéncia em gestos, nos permita liberar- nos de cettas verdes, de modo a deixarmos de ser 0 que ‘somos, para ser outsa coisa para além do que vimos sendo. A colegio Educagio: Experiéncia ¢ Sentido propde- se a testemunhar experiéncias de eserever na educasio, de educar na escritura. Essa colegio no é animada por rnenhumn propésito revelador, convertedor ou doutrinatio: definitivamente, nada a sevelar, ninguém a converter, ne nhama doutrina a transmitie. Teata-se de apresentar uma ‘scrtuta que pertita que enfim nos livremos das verdades pela quals educamos, nas quais nos educamos. Quem sabe assim possamos ampliar nossa liberdade de pensar a educa- ‘glo e de nos pensarmos a nés priprios, como educadores. ‘O leitor podera conchuir que, sca filosofia é um gesto que afirma sem concessées a liberdade do pensar, entio esta € uma colegio de filosofia da educagio. Quigé os sentidos «que povoam os textos de Educagio: Experiéncia e Sentido ‘possam testemunhé-lo. Jorge Larroa ¢ Walter Koban * Coordenadores da Coleg Jape Lac Plsonede ese hand Fao dns de Bane (nde ano (CER. 9 Introdugio Capitulo 1 13. Acnsaptes, demandas, pasiroes 13 1 Alnasie 1411, Condi de padre erapeio 16 11h Deamaiugo da ene 17 102 Fata de ofcieeupreguilidade 19 VA domanda de mfrma ea psi de reedincia Capivulo 2 25 O queéo escolar? 30. 171 Uma gusto de supenio (ober, tac ect parts) 37 VIL Ums quent de poforeio (oe orn as ono, rar wn bp coma) 43 IL Ume guetiade ate de mando on abr eine, rag ida, forma) 52. 1X. Une gust dtl (ox pratense, dcpln) 66. Une questo de ide (on se ea de cm, nde) TB XL Uma gut de amor (on amano, as, prepa e maria) 86 XI. Una questo de prparaio (on tare forma, er bem trinad, ser beedacae sar sites) 95 XIE B, finale ama gusto dereposailiade edaca (on exer triad ae ida, tree ara o ae) Capitulo 3 105 Domando a escola 109 X11; Ptgao M14 XV. Paegeisnto 16 XVE Natualigio 122 VAL. Teno 126 XVUN.Prieoiagio 128 XIX, Populniae Capitulo 4 131 Domando o professor 137 XX. Prfsionaiao 146 Xi, Fesilgsoo Capitulo § 155. Experimentum scholae: a igualdade do comeo 173. Obras citadas e consultadas INTRODUCAO- Embors a eseole tenka sempre permanecido como um. simbolo de progresso ¢ de um futuro melhor, suas origens no sio sem méculas. Culpada de mas agdes desde 0 seu inicio nas eidades-estados gregas, a escola foi uma foote de “tempo livre” — a tradugio mais comum da palavra grega skbolé—, ito &, tempo livre para o estudo e a pritica ofe- recida as pessoas que nio tinham nenhum direito a ele de acordo com a ordem arcaica vigente na época. A escola era, pportanto, uma fonte de conhecimento e experiéncia dispo- nibilizacla como um “bem comum”. Foi sorte da escola, 20 longo da histéria, er eseapado da censusa definitiva por juiz, (ou isi ou de ter sido privada de sen direito de existir. Ou, ‘mais propriamente, durante uma grande parte da historia, os esforgos para punir as transgressées da escola foram correcionais:a escola era algo a ser constantemente melho- rado ¢ reformado. Era tolerada, desde que se submetesse 1 programas de ajuste ou se dedicasse a0 servigo de um Conjunto de ideais fxos (politicos e religiosos) ¢ projetos ja prontos (a construgio da nacio, as missdes civilizadoras). ‘A pattie da segunda metade do século XX, no entanto, a propria existéncia da escola foi posta em questo. Radicais, pr6“desescolarizagio” ~ talvez.o mais famoso entre eles seja Ivan Illich — fizeram apelos inffuentes para liquidar a escola rapidamente, argumentando que as raizes do mal ° conch “occ: ean So? estavam na propria educagio escolar e que a escola é cri- ‘minosa na sua logica institucional. Incorporada na escola, diz Illich, ests falsaideia de que alguém realmente precisa da escola como instituigio para verdadeitamente aprender. [Nés aprendemos muito mais e muito melhor fora da escola, insist ele. Mas, na época de hoje, de aprendizagem perma- nente ¢ ambientes (letrémicos) de aprendizagem, talvez se esteja permitindo que a escola tenha uma morte tranquila. Antecipa-se o desaparecimento da escola em razaio da sua redunclincia como uma insttuigio dolorosamente desatual- xada. A escola, assim continua o raciocinio, jé nfo pertence ‘este tempo € época e deve set completamente reformada. "Todos os argumentos oferecidos em defesa da escola so descartados « priori como ineficazes, redundantes ou in ‘mero palavreado conservador. Nos nos recusamos, firmemente, a endossar a con- denagio da escola. Ao contritio, defendemos 2 sua absol- vigio. Acreditamos gue € exatamente hoje ~ numa época ‘em que muitos condenam a escola como desajeitada frente 4 realidade moderna e outros até mesmo parecem querer abandoné-la completamente — que o que aescola é¢ 0 que la faz se torna claro. Também esperamos deixar claro que ‘uitas alegagdes contza a escola sio motivadas por um antigo medo e até mesmo ddio contra ume de suas carae- tcristicasradicais, posém essencial: ade que a escola oferece “tempo livte” e transforma o conhecimento eas habilidades em “bens comuns”,e, portanto, tem 0 patna para dar a todos, independentemente de antecedentes, talento natutal ou aptidio, o tempo e o espago para sair de seu ambiente cconhecido, para se superar e renovar (e, portanto, mudar de forma imprevisivel) o mundo. Os anos escolares sio uma fonte de medo para todos ‘os que procusam perpetuar 6 velho mundo ou para aqueles| io ecto aque tém uma clara ideia de como um mundo novo ou faruro pode parecer. Iss0 é, particularmente, verdadeiro para aqueles que querem usar a geracio mais jovern para ‘manter tona o velho mando ou trazet um novo mundo a cexisténcia, Tais pessoas nfo deixam nada ao acaso: a escola, o-corpo docente,o curticulo, ¢, através dels, a geragio mais jovem deve ser domada para atender as suas finalidades. Em. ‘ua palavras, os conservadores © 0s progeessisias,jgual- ‘mente, assumem certo ar de suspeitajustficada em relagio Aeducagio escolar e20s educadores — que sfo presumidos caulpados até que se prove o contratio, Na nossa defesa da escola nao concordamos com esse tipo de extorsio. Nao ‘vamos defender a escola contra acusagdes que surgem de cexpectativas erréneas baseadas em uma negacio temerosa desconfiada do que realmente consist a escola: uma so- ciedade que prové tempo e espago para renovar a si mesma, oferecendo-se, assim, em toda a sua vulnerabilidade. O perigo de apresentar esse argumento hoje, & claro: & que cle chega muito irremediavelmente tarde. A logica vai soar ‘como um canto do cisne ~ ou pio, um plano conservador para restaurar 0 passado no futuro, A nossa formulagio & bastante simples a esse respeito: a escola é uma invenio hhistériea e pode, portanto, desaparecer. Mas isso também significa que a escola pode ser reinventada, e é precisamente isso o que vemos como nosso desafio e, como esperamos deixar claro, a nossa responsabilidade no momento atual Reinventar a escola se esume a encontrar formas concretas sno mundo de hoje para forneces “tempo livre” ¢ para reunit (6s jovens em torno de uma “coisa” comum, isto é, algo «que aparece no mundo que seja disponibilizado para uma nova geragio. Para nés, o futuro da escola € uma questio publica —ou melhor, com essa apologia, queremos torné-la ‘uma questio publica. Por essa razo, nfo assumimos a voz " aio Bucci: a4 Som de advogados especializados, mas sima de porta-vozes in- ‘eressados. Nas préximas piginas, vamos nos esforgar para cexplicar por que € como podemos empreender a reinven- ‘si0 da escola. Mas primeiro, vamos abordar, brevemente, algumas das acusagdes, demandas e posigdes que a escola ‘enfrenta hoje.

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