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Palestra

Da Idade das Trevas aos dias de hoje: A


atribulada infância, a criativa adolescência e a crise da idade adulta
do Sr. Universo

14 Maio, 9 h, Auditório da ESC

David Sobral
Instituto de Astronomia da Universidade de Edimburgo
Pensa-se que o Universo terá “nascido” por volta do ano 14 mil milhões a.C. num parto
complicado a que chamamos de Big Bang e com um brilho nos olhos tão intenso que ainda hoje
se lhe reconhece no olhar. Os seus primeiros dias estiveram, no entanto, longe de serem
brilhantes: foram precisas centenas de milhões de anos até que aprendesse a
falar e andar, que é como quem diz, até ser capaz de criar as primeiras
estrelas que marcaram o fim da idade das trevas e o verdadeiro início da
infância do Universo. Uma infância absolutamente atribulada onde
nasceram as estrelas mais luminosas de sempre, mas que rapidamente
explodiram em luz e deixaram para trás os elementos que hoje nos
constituem. Daí até à sua adolescência revolucionária, e, sobretudo,
absolutamente criativa, foi apenas mais um passo. Uma adolescência
vivida tão intensamente e tão produtiva que hoje, tendo atingido a idade
adulta e olhando para trás; e sobretudo sentindo o seu “corpo” a dar
sinais de fraqueza e a energia a escassear, o Universo está “deprimido” e a
sua produtividade diminui, dia após dia. São raras as estrelas que forma,
e a verdade é que a grande totalidade da sua luz vem de estrelas que criou
no pico da sua adolescência e que hoje, milhares de milhões de anos
depois, caminham para o fim das suas vidas. O Universo, “ontem” um jovem
repleto de luz azul, positivo, capaz de tornar possível o impossível, é “hoje” um adulto
barrigudo, deprimido, sedentário, vermelho. Mas como foi que tudo isto aconteceu – o que é que
se passou de tão extraordinário na sua infância e adolescência – e o que será que o futuro lhe
reserva?

DAVID SOBRAL

Escola Secundária de Casquilhos – Departamento de Matemática e Ciências Experimentais

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