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i Dianite disso, o trabalho terapéutico, em geral, ¢ 0 grupal, Seema aes Snes one sin en tno Beer 0 REFLEXOES SOBRE A POSTURA ETICA. DO PSICSLOGO. ORGANIZACIONAL st una as res densi mista d ps6 ‘og, poissusiaquase qu aomasmotenipede masta iologa nofinldo seal XKeinsodoik eee oe demands de indaie nascent proce depen deobre odo extrto que reciavam canon nee te No Bru a dra ei erada por valtadae os dd lo Peto tani como att fala soln melhor onto fog poutiva ds tains series lucratividade. Pat art léparacémuitasmodiongies fram voifcades nes fen de Plog, nfo apenas no que se tebe eben tic, camo também aos propos Gino de ener Stan avo presente cata sepa OSIGNIFICADO DA AREA ‘So mutas as terminologias para oque estamos chamanda de Peicologic do Trabalho: Psicologia aplcada ao trabalho, aplceda ‘Aadmimistragéo, do comportamentono trabalho, aplicada aoe neg6cios, Psicologia Industral, entre outras (ZANELLI, 2002) Nos Estados Unidos, o uso corrente& de Psicologia Industrial ¢ Organizacional, sendo que este timo 6 mais recente fol fdotado com a intengéo de mostrar as modifiengoes por que ft drea passou, inclusive de foco, substituindo o itacial, de ‘ardter mais téenico, centrad no uso de testes, para outro mais abrangente, que inclui outras dimenstes. ‘0 contexto da sue eriagio aponta para o conceito da érea, durante muito tempo eminentemente téoniea © restrite fambiente de trabalho, até a tondéncia atusl, que procura Gnxergar 0 mundo do trabalho e es reagies do trabalhador ‘como articulados com o enntexto externo, com x sociedade @ historieidade, “f uma parte da Psicologia aplicada que Zanelli (2002, p. 24) dofine eomo: “(J ma rea de aplicagia dos prineipios © smétodos psicolégioos no contexto do trabalho.” E ense autor {quer respelda a opgfo da terminologia feite por nGs: ‘A danorinagi Peclogia Organinacionale 6 Trabalo thos largamente olen ex alguns pases earopeus, 3 rc apopeiada porque taza iia tanto dos fotares oom Teatusinelats do trabalho quanto das careceristicas trpuniecionais qu exroom influbcia sabreocrmporte- tents do trabolbador ZANELLI, 200, p- 2 ORLENTAGAO SEGUIDA E FUNCOES DESEMPENHADAS Para entendermos a orientagio filos6fica que a area vem seguindo, faze nevessirioretroceder um pouco ns sua hist6- tin, Como dissemos, sua origem é mareada pelo teonicismo & teompramiesocom a produtividade, de mad que osreeursos da ‘Psicologia erm postos a servigo dos interesscs capitalists, m J tien « pects lot: teria pritin Diante disenbia ao profiad int ibn npn da peng tags de teste avalago do potecialcantidate otal, € afim de methcr utilizar sua forga o cous talentos. Nao havia apap cna o thre emt or candigées de trabalho e sua satide fisica e mental. cf “ios uri ia Pradtiven proton da Paclo equa eae iio bmn oman cing “eh psp moan pp rdhgs conte on nega emp osaees para melhor aproveit4-lo na produgao. : es ss Unis de odo del Sheds cet ur peer NB edi no re sodnqveslgnsinstinta framerate predentin ‘otra tno aa coe ‘nennwene eno ina weston ir nl dn DO mae no nt aro era rn Spar ito peti de ping cota me svar ot ens Gurion cps estan do prin 0a nna eto sos hanno saaods hai Orne acl somone enn nah doa co cette asprsconpetinmostetpes deenvolvem nar alagbes de trabuho. Tomb agucls gue sv capam dango oe rar copes como os trabalhadares se relacionar. com os equipamentos, ‘como mobiliéno, entre outros, a fim ée ndo hes trazer danos fisicos e suas conseqiiéncias; ainda existem as vertentes do ttconselhamento vocacional e do desenvolvimento organita- Clonal. Respeetivamente: a que busea giudar o trabalfador a ‘deseobrir oque mais gosta de fazer, oque lhe traz mais alegrin no fazer profissional, e a que se ocupa em diagnosticar os problemas da empresa, a fim de organizsr os procedimentos ‘Se trabalho. Seguidas ainda pela vertente identificada como Felagies Industrials, que procura trabalhar as relagies en- tre os trabalhadores, destacando-se aquelas mantidas entre cempregedo e emprogador (ZANELLI, 2002). TBsse leque de alividades que se encontre a dieposicio 4o psicblogo organizacional foi ainda mais detalhademente texplicitado por Bastos e Galvdo-Martins (1990), ineluindo a produgio de conhecimento sobre o comportanento hurono has organizagBes; a realizagio Ge atividades de eapacitugio profissinnal entrada nas pessoas; a contribuigdo com isto ime de sate empresarial por meio da elaborapic de projetos de atuas Nao queremos entrar na seara da qualidade dos cursos de formagio do psicélogo, nem da sua competéncia para stuar [Nosst intengio foi to-somente tragar uma panorams, ainda {que sucinio, da stuagio do profssional da Psicologia que atua whas organizagbes, a fim de contextualizar seu comportatnento ‘moral. Nao tanto no que ele ver fazendo, mas, principalmen- te, no como deve agin. PERFIL DAS ORGANIZACOES: ALGUMAS REFLEXOES SOBRE A ETICA Gs cbjetivos, as earacteristioas adminictrativas ¢ am rela- «bes interpeseoais variam deorganizagio para orgunizazéo, de poca para época ede loeal para local, pois refletem 0 modelo mu al heen Sng, No Brie redomin o ml on siutlonal baseedo na epee no individual, em quo a ertividde se nbrepaqagucr outro valor Sioorzanizagies qu proc ae apretonar com corm proteins com obom-aar a cetineno oa spurange de todon qu dela participa, quando de fate rae em tan essncin pratcam eidiament oautortariame eiper sia de normnasdsclinaren que servem para sna co incnfonismos edison aves capezes de dsr confi e denier os problemas Verdedstamnte as rgieagha no so espns homo- goes, em que nfo exist conflitos nom logo de poder, ome cm quater otro agruoamento eile sn epagon haterogineos, em quo pom exiti eff de ntress compete rvliads. Como disemos, eles podem ler erasers diferentes, ol cada organizagéa fom ua cultura peépia que dling fun forma de Come ns orgaizagdn ska sons eltura maior da sosidade esa ena sna a tend nale comtit € de elas, arta of indietamente,etimularers alludes anttizas, emo aguelas que foram acompetslo sempre negativa eas diferongseditodncies om motion ab fvej ermentimento, O gue feta, quand aon ede, aermuniagi,o taba em equips «oerementa * profissionale pessoal dentro das organizagies, Como adverte Passos (2004, p. 1) © iimpria do econdieo so 16 , neo social 6 ameagad, na ‘medida em quo invert finalidate tien da predugd, delxando de ter a vida ¢ 0 bem-estar social como os fing Primordias, para grer em toro de i mesmo, Ness pro. ‘cst, o8 seros humana tomate neios endo fing, na. tramentos para aumoncar 0 pital, que von a limen tr se asi proprio, esse modo, atémesmo o sor humane ‘ransformacse em mereadoria eo nteresse econo smpbe-se are o da pesto humana H ns antler prigeo, pl, entre outrs congue, geen eens sccbinecaarate Seats See ee cosmo queers poset di em ied lua maior omscientizagio das pessoas acereados seus dvvitos erecta sera comes Seia eerie Fence na Peele ta anaes ee ee eee ee ~~" Gionais responsdveis por garantir a direcio écica da organiza. felea« Pica 0 necessitam de formagio adequada e atualizada, Intuigéo sensibitidade sio importantes, mas insuficentes diante da complexidade da questao, At6 porque, os limites da técnica # do ético néo sio pereebidos claramente por todos, de modo que, mites vezes, ndo se sabe quando comers um ¢ termina 8 outro e quando eles estdo tomando earainhos dispares, Ou 8a, um quo vise apenas a produtividade, sem levar em conta ‘sua fnalidade preeipua que deve sero bem-estar da pessoa ea Dreservagio da vida, de uma vida digna para todos os seres. FOSTURA ETICA DO PSICOLOGO ORGANIZACIONAL Inseridos oa um ambiente quo, cuase sempre, visa ao lucro conémnico em detrimento do socal, tem eoma desafio maior optar por ima prética emancipatéria, que pcomova adignidlads ‘a pessoa por meio da sua conseientizagéo, da atitude dada, criativae live de qualquer determinagéo, E ainda Zarelli (2002) quem nos ofvrece uma sintese coe: Fente com o que pensamas que deve ser aatitude Gtiea do pei. logo que desonvolve sua atividade profissional no ambiente ‘to trabalho, Diz ele: 4 Palcologa Organizacional 6 uma érea que se inseze ‘no campo relativo ao trabalho w tm estrito vinculo {orm aividades administratvas, Na perspestiva adotade, ‘uns notasextraplam a visio tradicional Ge justamonts so inaiviiuo ao trabalho e busca de efcéneta misma, ‘rata-se de prorizar o desenvolvimento da pestow, por Imei de madangas planadasoparticpativas, aaa quale homem possaadquirir mejor enteolde seu ambiente (GCANELLI, 2002, p25), Como dissemos, existem diferentes formas de se atuar re ambiente de trabalo. Two depende do compromisso do tuhnote Passos profisiona, incluindo sua formagéo, ambiente e perf da cmpresa eacolhida, Aquela que pode ser entendida coma ética dove investr na produgdo néo por ela mesma, mas como condigo para implementar mudangas socnis em uiregto & tuma sociedade mais digna e humana, ‘iante das ameagas que a sociedade estévivendo, prover cadas por atitudes de desrespeito 20 meio arsbiente@ ao ser Jnumano, aconando até mesmo com ameagas a vida humana, nose pide admitir que as prions profisionas se contentem como fazer tdenico, sem se preoeupar com as questbesétcus ‘Assim, nfo basta a0 profissional da psioloyia, que atua nas organizagies, ages pontuais, entradas em prcblemas ind- viduals ov eoletivos, mas agbos engajadas e comprotaetidas com a dignidade humana e a transforrasio social Para iso, a competéncia ténica 6 fundamental, mas ela sorinha nfo dé conta, O profissional necestard equilibria coma ética, Juntas poderdo enfrentar os impedimentos que porventura o ambiente de trabalho trouxer e avangar comm pritieasinovadoras e construtivas ‘As agdes conciliatérias e acomodativas, comuns entra profissionais que se colocam nas empresas em posigdes inter- medidrias entre a diregao e os dirigidos, requerem reflexiio e redirecionamento, salvo em situagispartcaares, tieamente {alando, a recomendagde dirigese para aexolhe de ages que fortalegam o rabalhador eincentivem relagdes means vortica- \jeadasfcando em uma ponia quem manda, na vata, quem dlve ser mandado. Bm tados os casos, o erescimenty do ser hhumano como pessea livre e eoniente deve ser a meta, sea, letrabalbador ou dirigente, O que ser possivel por meio do ‘uma orientagto segura epoliticamente bem fundamen‘ada, ( camino segura ¢ fer sempre uma postura floséfica, no sentido de questionadora, reflexivae artiulada, Ficar lancorado em determinaua stvagho ou teorias, sem levar em ‘conta o momento histrico eas cireunstancias, pode no sor time atitude constrativa, no sentido que estamos falando. fica ePsteatopia: keer pritien Nossas ages deihandam base tedrico-metodolégica s6lida, bjetivos bem definidos e sabedoria quanto eos seus limites, (© que equivale dizer que precisamos fazer da reflexdo nossa Diissola;refietir antes, durante e apés a ego, a fim de av liarmes nossa prética ¢ suas eonseyiéncias, Decerto oss nio 6a atitudo mais eonfortével para o profs: sional, om genal,e ode psicologia que atta nas organizagées «em eepectfico, pois requer, em algiins casos, ter que enfrentar os valores eo poder estabelecides; entretanio, é aquela mais apariguadora da conseiéneia do dever bem eutnprido para quem eabe que o seu fazer profissional deve levar ao desens volvimento do ser humnano, ‘Também ni € fil do ponto de vista da sua prética, pois co viver o dia-s-éia da empresa implica participar da sue ro- tina © dos cous valores, ¢ 0 profissional ni fice isento das influéncias que esse cotidiano axerce sabre as pessoas. Nesse enredamento, muitas vezes, 0 prego que se pagn é a autono- tia ea erticiénde, sem contar que ir de encontro ao sistema estabelocido gode eustar desde conflitos até a estabilidade econdmies. Tudo isso 36 poderd ser enfrentado com compo- ‘tanzia tebrieae wSeniea e formugao ética. 3 verdade que algumas organizagées favorecern mais essa ‘prtie étiea do que outras. Por exemplo, aquelas que jé conse. ‘muiramentendér o valor da aprendizagem e favorecem que todos ‘08 seus membros participem dela, também sio as mais éticas ¢ ‘mennvosrevadorusde atitudes emaneipatérias por parte das cus brofissionais. Como nao ¢ esse o modelo mais comum de orga _nlzagbes produtivas os profisionais, em especial os psicblogos, ue geralmente ceupam espegos no procesto da eciucacio ear. porativa edo desenvolvimento humano,séo levadios a escolher situagées que incentivem as empresas nese caminho, em vee e se acomodarem diante daquelas por ela apresentadtas les podem ter um signficativo papel em prol de mudancas va cultura da organizagio, dos seus valores e romportamen- tos adotados. Onde v ser humano dentro das organizagses Manter ese coesto dover humana deri, representa nguir o mess camino de pdronilo ajar, ane necsssriatratvio de forma diferent, no caso do pricdlogo ou da ptsogy,adotandenovas pata ou dando zovos signifiados as anteriores, o que vem neotaceo, Estudens!asueguram que ou do ees plaice nas empresa est diminsndo e resend a gota ma etucnyio t nbautegerencinmento de rites de capacity. ‘Aor posigfesque os alesog vm oetpand ou ten da condiges de ecupar na Peargu oganizatonal ctor determinant dade gees somponetn om a de que as empress dovnnbusenr recent conden tliado ua vil Nem tuago,polrtowuitiaa rete sobre seu favereimplementar ages quopromorama ste fsa e menial de todos os emprogadoseahuar ex emregt dora fever acl importantes paras e para a suiedade projets do vida mais bumanos “ave (2001p 136) ade considerando-seque muitos profissonas da Prislgia Ongunitaconal ontinsain pep dan dimento nic do seu Taser ‘A permantncia no nivel ténio, om qualquer stuaso dl feula ao pogo peer possilidates de inser, ae ‘0 faz ruandanedor ao ins de agent de madangh ‘As eompeténcas Venice ea a riativdade si neces siias ao profissional para que ele posea se coloeat a ee vigo a tratsformagio, CCriatividade © inovasio, portanto, que pose slocar a elton ea tecnologia c corviga da slug do problemas enfrenteds por inenso santingenta de pessoas, que tl ‘su possanos resumir er tarmos de melhoria da qual dade de vide, ZANELL, 901, p12), m fica Pslesiais teria e pravien Competénein’ tésnica epostura étiea para que possum e tender ese nbrirem a novas éreas de conhecimento-e questoes sinds nfo enfrentadas por elesno mundo do trabalho, a exem- ble da sate mental. do estresso, da fadign ede outros formas desoftimento originadas pelo trabalho. Enis, profiseional deve cclocer seu saber e suus competéncias a servigo des pes- soas e na buses de solugéer: para os seus sofrimentos, Como podimos interis, a8 possibilidades dos psicélogos ‘rgrnizacionais estio ampliadas ecom elas asupsrtunidades e egirem do forma cideda e a favor da sua disseminagio en- tre 02 tralalhadores e os dirigentes. Contudo, uma stuagio ‘ido assegura a outra e sou maior poder pode sex sindnimo de ‘maior doninagao dos empregados, caso ele nfo seja seguido de conscitncie étiea. Nessa perapectiva, as técnieas s2o im. Portantes como formas de promocio da pessou ¢ no devem sor usadas para rotulare elesifcar, Isso no momento acha-se mais faciitado para o psicdlogo, visto quo 6 evientea substituiséo dos tradicionais medelos de Bseato por outros mais preocupads com o humano e as ques. ‘es sociais ¢ ambientais. Nao so pode dizer que seja uma ten. Aéncia geral e escolhida livremente pelos gestores, mes uma exigéncia dy momento oportunizada por wna nova consciéncia erica da sociedatie, diante das ameagas queo ws da ciéneiae + da téenica nem eritérios étios, vem se aprosentando, ‘Nessa perspectiva, os psicslogos organizacionais tém muito ‘mais espayo para colocarem em pratica o que j esta sondo uma eonstunte em seus discursoa: “J resgate do dilogo, ensamento sistémico, compartilhamento da visdo, aborda, ‘gem educccional glotul, valores e superagio de bareeiras.” (ZANELL, 2001, p. 153), Prétiene estas ancorudas em novas teoriase visio de mundo, ‘¢ considerarmos que levam em conta 9 todo e nao o individuo Ssoladamente, Por exeinplo,aabordagem tradivionaleonsiderava ‘as inadequacies do empregado na empresa ou até mesmo suas doengas fists © psiguicas come resultantes da sua forma de cuizete Passos ser e de se comportar; a nova tendéncia ao olhar o'ser huunano ‘como ser de relagéo procura conhecer suas eondigbes de vida © de trabalho (carga horéra, saldro, estresse), a fim do aualisar 1s situngies de forma articulada. Base novo olhat, futo de amadurecimento da profissio © das mucangas pelas quais as organizagies eetéo pessando, mio ‘comporta profissionais que se islain na sua éreaeacroditamque sua: teorias e téenicas se bastam, A interdirciplinarado ve faz presente, de modo tebrica prético. O psicélogo organizacional, ‘Como dissemos, deveentendéla, abrir-seaclaepreparar-sc para ter oondigies de estabelecer e viver as parcerias que se fazer. nnecessrias: com a Administragio, a Sociologia, a Filosofia, Antropologia, #6 para citar algumae interfaces. papel ético do profissional da Psicologia ter o ccnheri- to necessirio para estabelocer e viver as parcerias,essim ‘como onhecer os problemas das ompresas e das pessoan que {lola favem parte na busea de solugSes mais hamanas, ustis tehonestas. Melhor ainda é prevé-los e agir de torme preven ‘iva, Em todas as situagoes 0 descompromisso, a acmodagio, ‘O medo das difieuldades eo encantamento diante de modelos prontos néo contribuem, ao contrério dificultazm ¢ amesgam » produto do seu trabalho, O pcofissional precisa ter um com- promisso politico ¢ ealoear sua téenica e seu coakecimento a sorvigo da sua ealizagto. Enfim, a atitude étien do psislogo organizacional deve ser com a qualidade de vida no ambiente de trabalho. Pace isso, precisa estar preparado para agir nos momentos de crive endo 6 nos de calmaria, ndo se amedrontando nem uprofundando fs desejustes, mas apontando caminlos as pessoas, sejamn elar sirigentes ou empregados comuns. Quanto aes62s a maior mis- so 6 ajudé-os a enxergar 0 outro como ser humano, de modo ‘a gor-lo como pessoa e no come recurso. | | | VIL POSTURA ETICA DO PSICOLOGO ESCOLAR ‘A Paicologia denominada de Escolar ou da Educacio com- poe com a Organizacional uma das éreas mais tradicionais. Bla surgiu no comego do século XX, a fim de estudar os proble mas relac‘onados 3 escola, mais concretemente, nas palavras ‘do Moira (20C8, p. 7) para: “resolver problemas escolares”. ‘A part'r dos anos 1940, ela se tornou uma drea de atuagio dos psieéiogos © hoje, sogundo pesquisa do Conselho Federal de Psicologia, datada do ano de 2002, absorve 24,4% dos ,Profissionais. ‘Na trajetéria que vimos soguindo, procuraremos no presente capitulo fazer algumas reflexses sobre © assuntoe, principal- mento, epsejaro debate e apontar alguns parimetroséticos, PSICOLOGIA ESCOLAR: APROXIMAGAO CONCEITUAL Tanamachi (2002, p. 85) define a Psicologia Escolar como: “(ud tuma fea de ostudo da Psicologia e de utengéo(forma «to profissional do psiblogo, qu tem no rontexto educacional escolar ou extra-cseolay, mas a ele relacionado 0 foro de sua atengio.”| Isso oressupSe uma articulagio da Psicologia com outras Areas do saber, principalmente eom suas dimensbes logivas, “ontolégicas e epistemoldgicas, pois ela precisa peasar e escc- le 0 sou fazer podagégico, a fim do ajudé-la a cumprir sow cumpromisso éticoe social com a demoeratizagio ao conhe- cimenta © a incluséo escolar. A Psicologia Escolar nfo pode roduzir-se ao contexto eis questées da escola, mas eytrupolar ‘cles, a fim de melhor conheet-la come inatituigio social e idoologicamente.compromietida, No inicio, sua atengéo era focada nos aspectos psicométri- os #elinios, por meio do exerctsio profissional om eonsult6- ios ou nas escolas, e os psiedloges cons'deradoe profissionais da area de sade. (0 papel do profissional, noasn vertunte, consistie em wus tar as concutas aos prinefpios da escola e, por sa vez, socias, Professores, alunos e familiares precisavaun wer trabalhados visando i plena aggoda escola. Assim, problemas como upatia, sagressividade ou dificuldades na aprendizagem, por parte dos alunos, ou inadequagdo metodoldgica e eomportamental, por parte dos professores, por exemplo, eram asruntos da Grea de tuagio do psiodloge. Na visio de Rocha (2004, p, 186): “O modelo elinieo apre= senta como perspectiva arestauracéo das condutes considera as inadequadas, ou seja, dos vincalos socioinstitucionais da crianga e da familiz.com as normas eseoleres.” Ao psiedlago compotia diagnosticar os problemas e sugerit 08 eamintos para suo solugdo,estabelecendo-se uma forma de tutela sobre © conduta escolar considerada inadequada. Além disso, na visa ce Malu (2008, p, 129) ‘A. aogio de madlos clinics de stun era ecompanhada or uma fore eargs de deseonhecimentoe patlogzagso ea Psicologia: teora prética cs fendmer.osedueseonais,sobretudo no que concorne 408 alunos proveniencas das slaazoe mais detprivilege das, queso coustituom na maoria da popula escolar bral. ‘Noseo perspectiva, a tendéncia ere, quase sempre, tratar © problema de forma isolada ¢ os sujeitoa nele implicados ‘como eeres sem histéria esem envolvimento com a realidade hist6rico-sociel. Bsae postura foi motivo de critica de muitos autores, por acreditarem que ela delxava de fora questdes po- Iiticas eflos6ficas, que influenciam ou determinam a forma ‘como os individuos se comportam ¢ como séo tratados, por ‘exemplo, £0 mesmo tempo em que reforgam a discriminagéo © as préticas sociais e educacionals hegeméniees. Como po- demos ver nas palavras de Meira (2003, p. 8): ‘A anilise do vonjunto dos princpai esticos dirgdas Priolagin Escolar parece indir qa ela aabou por so re- durin a uma Pacologia do escolar, desromprometida em relapéo ds questesfundamentais da edcago e& neve Aidade de efetivagio ae um proceso de democratzagdo ‘elueaconal At6 por volta dos anos 1970, eram multas as criticas feites ‘or eapexialistns a respeito da atuagdo da Pelcologia Escolar dos psicdlogos por seguirem essa tendéncia hegeménice, colocando-se no lugar de apoio da escola, buscando responder 8 quobxas, especialmente de professores, sobre difiuldades dos alunos, teis como: falta de concentragiv, indisciplina, rebeldia, apati, entre outros. A eritica reeafa também sobre ' pequena preduséo de conhecimento na drea. Nas diltimas trés décadas, a situagio vem tomando novo ‘rum, No que diz respeito a produgio de conhecimento, uma contribuigdo grande vem sendo dada pelos eursos de pés-gea- Guagio © no aspecto tedrico ideulégico por moio da pratica oy Ue profissionais vomprometides que no eoncordam com tsourso exclidente da soeiedade e rejeitam suas priticas perversus. Entretanto, como assinala Maluf (2008, p. 190) A Psloologia escolar em sus forma emergente pre ae Feconhesida mal pela ages de profisionasinovenores {lo que pelo disears, As prdticas s que nos referimas neo longe ée sre daminantese mio sic ensinaéas na {lori dos carts de formagio. Contudo, so inequivo: os seu nae evident sous oflios. Diante disso, antes de avangarmos naqvele que éfov0 do ‘nosso interesse, a postura ética do psieslogo escola, faremos algumas reflexes acerea da educacéo e da escolo, especial- mente do seu eompromisso ético, por sarem esses concei06 iimprescindiveis &compreenséo da Psicologia Escolar em geral ¢ do comportamento do psie6logo escolar em espectfico, EDUCAGAO, ESCOLA E COMPROMISSO ETICO ‘A-cduecagio pode ser entendida como “(..] o prinefpio por meio do qual a comunidades human conserva e transmite a sua peculiatidadefisica eespiritual.” (WERNER, 1995, p. 8), condigio necesséria & sobrevivencia de um povo, pois 6 sabido ‘que sem a transmisedo das caracterfsticas socials eda cultura ts comunidades desapareeeriam ou perderiam sua identida- de, Para isso, 6 de fundamental importincia 0 processo de socializagio, especialmente o educacional, enquanto vefculo de propagagéo ¢ tranamissio da base cultural e valorativa das sociedades, ‘A edeagéo serve para transmitir idéias politicas ¢ 60- ciais, prineipios religiosos, regras morais e para esiruturar xen # Psicologia: te sua forme de ser’ de comportarse Por exemplo, as possous aprender a dstingir as atitudes que so socalinenteacetas daquelas que aio rojetadas, on sentimentos que podem ser enplictaos eos que presisam ser abefudos, as emogies que doven sor lberadas em cada memento epor quer (adepender «do sexo, da raga eda condigéo soca. Com seo, infere-se que ela nfo é neutva, nem alhela aos problemae vvidos pela socedade, de modo que mesmo quan- do néo pretende privilogiar una classe ou grupo, acaba, na prities veculendo prineipios que representa o seu eng ‘mento socal. Que pode ser estabelecdo em vérias instancias, {ncluindo-se af dsde os do basoecondmice, referentesa quem castes aeducagt, até os de ordem politico deolégca, ou sia, de quom pensa e administra os rumos que ela deve tomar. Em sinter, eoducapio tem, eminentemente, das funghes uma culturul, que consiste em ensinar as novas geragbes normas moras, prineipios rligiosos, bases entétees,enfim, agelomentosculturais da scicando, ¢outra social, que visa a dizer cos individues quais so os sous lugares na sociedade, ‘Teoricamente, pedagogia, como forma de reflex sobre educagio, eloca-ce como desvinculada das questbesecond- ricas e weinis, comprometida apenas com a transmissio da cultura e do saber. O que néo se dé na pratica, pois ela ndo 6 roccbe essas interfardncias, como intarfers nolas. Mois nda ela estrutura-se em visbes de mundo ede ser humano determinado e, dosso ponto, orienta as préticaseducativas Decorrente desses pressupostos, a apo educativa ganha formas diferontes e eompromissos especticor, veiculando valoreo, modelos socais« vis6es de utundo coerentes com tals vineulagtes,eomo podemos ver nas diferentes correntes podagégices. Por exemplo, a concapgio tradicional parte de ‘uma visio entropolégica em que o ser humano é tido como portador do uma naturezasbsrata do ums esincia imutéve ‘Assim sendo, a educagén deve consistr em uma pritica ce- pas de desrnvolver suas qualidades a priori o educando a se estruturar como pessoa. O educador torna-se Geentro do processo, a quem compete transmitiro saber elaborado ¢ a tultura e o modelo a gerem soguidos pelos alunos. Nesse modelo de educagio, acredita-se que # transmisséo to conhectmento e dos modelos soviais exige diretividade & “pulso forte” do educador; o aluno, pera aprender, precisa comportar-se de forma diseiplinada, obediente e atencioea. Ainda que se saiba que a diseiplina escolar ¢importante, por~ ‘quanto colota limites e indica direitos e deveres aos educando, preparando-o8 para agir coerentemente em muitos aspectos, ‘Como nn eumprimente das tarefas, dos hordrios. na aquisigo los hibitos, ela também vetira a eriatividede, a autonomia iniciativa das pessoas, pois o provesso disciplinar, pera bficiente, precisa ser minucioso « ponto de inspecionar © controlar euidadosamente tudo. ‘Sein pretender enveredar pelas teorias edueacionais, a8 somente fundamentar a tese de que a edueagéo é um fazer ‘dealoqivo, como tedas as préticas humanas, conetiimos que ‘a teoria tradicional, mesmo que expliritamente, propde-se a tio-somente transmitir a cultura e preparar os discentes da melhor manera, v sem negligenciar o estudo dos cléasicos, transforma o ambiente escolur em algo pesado, em atrativos fe sem espago para a alegria. No cue diz respeito & edueagéo formal, também a escola segue una orientagio idesl6gicn a depender da sua visio de mundo ¢ dos conceitos basicos, tas corro de ser humano e de educagio que ela adota, O-que faz ‘decade realidade eseolar um exemplar tinicoe exige que sous sujeitos também aasim o sejam. Nao sendo aceitével, portante, rotulé-los ou considerd-los como naturalmente iguais. Eles devem ser considerados na sua totalidade e entendidos de forma articulada com suas condigdes concretas de vida, ‘Quanto a isso e focalizando na filosofia seguida pela esco- Ja, mais uma vez retomando a concepgéo tradicional, dante dos seus prinespios ideol6gicos, a escola é convertida em ura 1 tea Pstcotogi: tear e pritien ‘«spago moralizainte, fazendo as criangas acreditarem que o prazer 6 perigoso e ruim, que ele impede o desenvolvimento dle pessoas integras e sérias, colocando um wu sobre uma parte do real, encobrindo parte da verdade e dicotomizando ser humane, ‘Também o valor conferido ao estudo livresco, que decerto & ‘ésioo no processy educativo, da forma dicotémica como épas- sado, gera graves problemas. Entre sles, a forma fetichizada ‘como o liv visto pelos educandos » @ maneira preconcei- ‘tuosa como a leitura da realidade 6 tratada, Do mesmo modo, alguns problemas de ordem moral se colocam, destucando-se ‘ cerceamento da liberdade dos alinos em poderem falar do “seu mundo’, da sua realidade vivida, de conferie-Ihe o valor ‘que, de fato, Len pera eles. ‘Em sinteee, a educagéo tradicional transmite valores cris talizadne corso inquestionéveis objetivose, do mesmo modo, cstrutura as elages interpessoais na escola, descorhecendo que 8 indivicuas ao snicos e precisa ser tratados como tais, Considerando-se que a educagéo deve proporcionar @ clovagéo da condigio humana, uo que se refere a ter maior consciénein da sua situagho de sujeito, mais liberdade, pos- sibilitando que ele viva plenamente como pessoa, cla precisa estar comprometida com ume nova ordem social. [0 porque, ¢omo dissemoa, ela tende a conduair os educandos para os caminhos que a eamada hereménica na sociedad considera importants ‘Avverdadeira educaglo, aque pode ser tomada como tic, precise estsrarticulada com arrealidade concrets,voltada para ‘sereshamanos eis, historic esocialmente colocados. sso exi- ‘godola umn agi eritica,capaz de desmitiicar situagéesfalss, colocar er foco eontradigGes sociais e criarcondigdes para que ‘as possoas possam ter aliberdade de ser elas mesmas. ‘No rastzo desse princfpio, a primeira coisa que educagéo precisa fazer 6 assumir que ela néo é neutra, que é mantida iri por determinads segments vcs db quae r- sche intedniae tendo a rprodunir nun estrutua pode, Enirtanto, pre tanbem compreenior quo oon lag ise natal nem breverstvel, que o eampo edveacional 6 ‘opi elaboreie de noas reflexus eri omenter Pova ord sua cameragg ov superagéo de ura modelo pst, ene uta instances, plo cohesimonte que &transtio as sa gorges por i dn edueas, doe modelos seals “etna de forma como © proceso efucativo ge db, De {Gun sass coment, forma como teducago acotee, ees ania av flanementa entre profesor ean, spices de svlagedeesitac deacahidatoraese ct mage gnc, ple mas importante do que o ensnado efits camo eninge a, Porexempl, nada ean ihr onponta pedagtia eoamenecompromliea coma manda e coe Hberdode so na prin coiians a get re tandas ps autos eduatvor nto respi aferenge ‘io essinulem a honestdade es catividde ‘\iorma como tora sed na péticn €deisiva pare «cri do unm eden on rau & evident que & sett nao €um sr abit, elas conse no soi ent Pn com o otros; a prétca de uma elven én no fas taleament, esi articuleda coma condges soils ‘Néo se realiza uma prética educativn etiearaonte estru- ‘urada por meio da transmisséo pura e simples de regras © prineipios morais, sem lovar em conta que o ser humano 6 ‘um sujelto em eonstrugio e um ser no mundo. Explicando melhor: deve-se partir do suposto de que néo possuimos uma “natureza” universal e abstrata, que o ser humano é um pro- cesso, Do mesino modo, longe de ser uma eatidade abetrato, & individualidade dé-se na relagio com o socal econ anatrveze, Portanto, a educagio precisa abandonar a tendéncia de ensi- fica Pseotoga:teora e pritca nar raodelos universais e ajudar o edueando a elaborar a sus forme de sex e de viver em socivdie. ‘Somente uma “pedagogia emancipatéria”, como a éefine Gadotti (1986), comprome:ida com a transformagio social, ‘que nfo escamoteia o conflito, mas o evidencia, 6 capaz de ‘identifica: o verdadeiro caminlio da educagéo, Aquela que ndo ‘ensina os educandos a serem déceli, silenciosos epermissivos, ‘ens conscientos e eaparesde escolher entre a diversas opgbes ‘que a restidade Ihes apresenta. ‘Somente a educagéo comproraetida com uma nova ordem social 6 capex de romper com a moral dos imperativos¢ inves- ‘tirmuma prética que recpeite a subjetividade e proporcione ao __individuo 9 exereicio de liberdade. Esse compromisso implica a existincia de um novo educador, de novos contetidos pro- ‘grarnéticos, ressignificagéo do processo de avaliaséo, enfim, de wma nova prétice educativa, Para cus tais objtivos sejam aleangados,o primeiro passo deve vonsictir no rediresionamento dos fins da educagio, de modo a evitar que ela se torne uma prétiea amorfa, sem eria- tividade, reprodutivista e sem vineulos com a transformagio social, Umu prética em que nem a experiéneis do educador ‘nem o con‘etido programético se imponham sobre o real, que _ndo se tornem mitos para os discentes, pis iso néo os liber- aria, ao contrério sevia fonte de mistérioe de ignorancia. O contetido sistematizato, decerto, tem valor e presume tam: ‘bém qualidade, pois deve ser fruto de investigagao met6dica © fundamentagdo (eérica consistente; entretanto, ele néo dave sor tomade como mistério, como algo que se imponha a0 real, afinal, o conhecimento dove servir para que possamos entender ¢ organizar a realidade. ‘Tambénr a avaliagio deve ser repensada, pois nossa tra- digio autovitéria de educar a tem distanciado da dimensio positiva, como uma forma de reflexao sobre a prtica, visando | A molhoriu do processo e ao croscimento das pessoas, para se tornar um instrumento de pressin e de pods; que serve para classificar os individuos e as agées, apontar dofuitos © preserever punigées. 'Enfim, essas so atitudes que levam a uma prética edueuti- ) ‘va eticamente coerente, ou seja, capaz de preperar o educando para se tornar um sor humano livre e consciente dns seus fireitos e deveres, de escolher sua forma de vida e de agis, 0 ‘gue consistiria em realizar-ae como pessoa. Assim, 6 preciso omper com a idéia de que a escola dove transmitir de forme imperativa um conjunto de normas, prineipios e valores aos alunos; romper eom o paradigma ques6 se aprerde com a ciplina dificultendo que o aluno possa fazer suas elaboragoes tmentais e deseobrir seu préprio eaminho. ‘A educagio no deve servir para proibir, emsurar ¢ esca- ‘motear, pois isso obstaculiza « autonomia ¢ a liberdaue do Sujeito. Claro que néo estamos pressupondo liberdade como cescolha absoluta e, sim, escolha orientada rela conscitneis. (© papel da escola, assim como das familiar o du sociedado responsdvels pela educagio das novas geragies, deve consist ‘om formar a consciéneia, apontar o que deve ou nfo ser fol- to, dentro de determinada cultura e momento histérico. Ba conseiéneia do individuo que deve definir a sua furma de agir e orientar suas esclhas endo (como pensam muitas tendéncias ‘edueativas, em especial a tradicional) que ser livre é perigoso ce possbilita praticas desonestas, imorais edesumanas. Desse ‘modo, papel da educagio, em geral, eda escole, em espectio, dove sero de formar a coneciéneia exitica do educando, eer, imposigdes ou julgamentos. ‘Expliciteda nossa concepgdo de educagéo em goral e da colar em espeetfeo, ratomaremos nosso compromissn neste pitulo, de diseutir a prética moral do psie6logo educacional. Persoguiremos as questies: 0 que ele pode fazer pera néo contribuir com t2oris e prticas preconceituosos.e excleden tes? Camo ele poderé contribuir com a escola eos sujeitos da ‘edueagio em prol de um fazer pedagigico en.ancipatéric? flea Poco ATITUDE ETICA DO PSICOLOGO ESCOLAR Retomando o que dissomos anteriormente, evidencia-se | que eduicagéo deve ter como misséo principal a transforma- * gio social, ea escola, em particular, precisa ser instrumento \ deemancipagio das pessoas.\Diante disso, Tanamachi e Meira (2003, p. 22-23) apresentam a forma como a Psicologia deve contribuir para a consecucio de taisfinalidades: (Cabe & Psicologia oferscersubsidios pace odeseavolvi ‘esto de uma concepsiocientifia do individ, enten ido como wintose da histria socal da hursunidade, do ‘jo desenvolvimento deve conscientemente paticipar ara asegurar aun emancipate, ,, Nosenpeusnmento 6 coerunte com oda autora, pois, conforme {fdissenis antes, ofazor educacional sou entendimento pres: fupdem quests de ordem flostia, aexemplo de compreenséo do que 6 0 ser hvmano, Tembém, declinamos de conceitos sbstrato ¢universlizantes em pro daqueles que 0 calocam como um se sociale fruto de miltipas determinasées, ‘Em urn eaforgo para trazer a questo ao espago mais espe- sifico do tazerprofissional do peiotlogo, relembramos o que {i dito no inicio do eapttulo, quanto ao papel incialmente ssonferido wo peicslogo escolar de mediador esolucionador dos ‘problems trazdos pela escola. Quanto a isso, para infeio de converse, procuraremos caracterizar a qusixa como sendo 0 | lado aparente de algo que precisa ser anolisado, em vex de | tomé-la como a exprosslo vordadeira do real. A queixa nfo dover tomada como um problema a er reslvido, como urn ato iolado, mas esultante de fatore diversosjecondmieos, sociais, biolégios, antre outros. ‘A ‘qucina’ 6 apenas a aparéncia,o afer mediate queso) ‘arsceriza como uma representagia eens de anise, ‘brn ao peotogo mediar a compresaso da essincia do 4 (quo fot aproventado como ‘quit’, por meio da invast- 4 Atswesplicasanlagéo conjunc CTANAMACHI MBIRA, 1 2008, ». 20 0 psicdlogo escola¥ que centre eua prética na queixa arab”) por eneontrarculpados por situaées socialmente produridas "> mesmo tempo em que inocentamt as instituigses & os pod- ‘ujeitos is normas ¢ aos modelos hegeminicos. Tnverte-se com isso a questo, colocando sobre as pessoas sudiveis, aquelas que néo abrem mio da sua posigio de tito, of rétulos de desajustadas, inadequadas, desestrutue das, Quanto @ roalidade social que teima em saatar 0 ser Individual ¢ harmonioso, nada 6 adjudicado, « néo sor sta 1a vontade” em ajudé-losa se reequilibrarer. ‘Espera-se do paiedlogo escolar, do panto de vinta étivo, ( que compreenda as eantrudigbes que ce aninham no seio da (hoola e da eociedade, a fim de entrenticlas, por meio de es- tratégins de desmascaramento. Atitude que presiu de, além tio compromisso étieo, boa formagio tebrica, pois, mcatas ‘eres, camulflada em uma causa eparentemente pacifica ¢ honest, eneontra-se uma finalidade esparie. Como sugere Machado (2008, p. 68) tt mata rs of aun i ld ts {Gulag satnomin soso, preci ones ‘Eitdthan que deve sr conerada, pl roast S.Svivute! prone de rode da dexgulinde ‘também 6papel do psicslog exer, sere na comunid- dedaola on coctsepreconostor quel te quant ap ete ou ees enperase dl algo gue nfo &da wun clad dln ple ser come oafendinent invidunt da crlangal iutne agetc de que exists elgo do errado com la aaervente oa meio pare ajutar o> rupees descainhos prblicos. Agindo assim, eles respondem ao ques sociedade { ‘escola eaperam que fagam: avaliam, catagorizam, ajustam ) ea Pseolayas Leora @ prétin Compote a ele detkar claro qual 6a sua fungéo v o que a Psi- cclogia Escolar se propée e agir para que esse propésito seja cumprido e seu valor reconheeido, ‘Também, como vimos, este nio tem sido o caminho tradi- cionalmente tomas pelos psicélogos escolares que, muitas veres, aent na armadilh social efazom o jogo, diggnostican- do problemas ¢ definindo posigées a partir dos conceitos de \ normulidade e anormalidade. ‘Alguns psiblogos que vivenciaram experiéncias de pesquisa, ‘em que o camino tomado era ode reproducio da desigualdade social, sentiram no fntimo que algo estava errado, Machado (2008, p. 71-72) relata seu sentimentodiante de um trabalho de pesquisa realizado por ela em eseolas piblicas de Séo Paulo: Houve um momento neste trablho coma at erangas de lasso eepecial que meu sentimento era de trgho

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