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1 | | PARIS, CAPITAL DO SECULO XIX - Introducao® “ALi, came, em ans ce eo 9 © objec deste livo & uma iluso express por Schopenhauer numa férmula segundo a qual para apreender a esncia da hiscéria bast compacar Herddoro e © formal da mani.” Ea expresso da sensagzo de verigem carscrerstia da concepsto ‘que século XIX se fia da histria. Crtesponde & um ponto de vst que considera ‘© curso do mundo como uma série iimitada de fet congelados em forma de cos ( rexidvo caraceritico desa concepsio€o que se chamou “A Histéria da CiviliagSo" (que fax 0 invertiro das formas de vide e das eragdes da humanidade ponto a ponto As ciquezas que se encontram asim coleionadas no eesouro da cvlasio aparecem Aoravanceidentifcadas para sempre. Essa concepeio atribui pouea importincia ao faxo de que devem no apenas sua existéncia como ainda sua tanemisio aun exforso constante da sociedad, esforgo arevés do qual esas riquezssencontram-se,além do mais, estranhamentealteradas. Nossa pesquisa procurs mostrar como, em conseqiéncia dessa representagiocoisificada da civlizaso, 2 formas de vide nova ¢ 38 novas cage de base econémica e técnica, que devemos a0 século XIX, entzam no uverso de uma ancasmagoria Tai riagSessofrem ess “ihuminasso” no somente de maneita tric, por uma eansposicfo ideolégica, mas também na imediacer da presenga sensive. ‘Manifestamese enquanto faneasmagoras. Asim apreentam:-se as “passgens",primeias baron’ 20"Creat” deep sro nt eure eos ae (ov 125250 «qual ems ace tts) 2 con ot es ts, cl ny Germs 2 2.82) rec rvs des de S25) stones Formas de aplicaso da consragio em eros tsim apresentans-se a exposigbes univers, ‘ajo acoplamenta & indGsria de entretenimento ¢ significative; na mesma ordem de Fenomenos, a experitaca do Mineur, que se abandona 3x fantasmagoras do mercado. ‘A ess fancasmagorias do mercado, nas quais os homens aparece somente sob seus aspects spices, covtespondem as da interos, que se devem 3 inclinagéo imperiosa do hhomem a deixar nos cOmedas em que habica a marca de sua existnci individual privada, Quanto & fanasmagora da prépria civilimgfo, encontrou seu campeio emt ‘Haussmann e sua expressio manifesta nas cansformagées que ele relizou em Pais. = [Ene brio, entctano, e ese eslendor com os quis se cerca a socedade produtora de mercadoras,¢ sentiment iuséro de sua seguranga néo esto ao abrigo de amass o que the vém lembrar a dercocada do Segundo Império ¢ a Comuna de Paris. Na mesma époct, o adversiio mais cemido dessa sociedide, Blanqui, reelou, no seu ‘iltimo escrito," 08 tagoecesiveis dessa fancasmagora. Nese texto, 2 humanidade figura como condenada. Tudo o que el poderé esperar de novo revelarse como uma realidade desde sempre presente; ¢ este novo serd tio pouco capat de Ihe proporcionar uma solugio liberadora, quanco uma nova moda € capae de renovar a tociedade. A especulagio efsmica de Blangui comporta 0 ensinamento segundo 0 qual a humanidade serétomada por uma angisia mitiex enguanto a fentasmagota at fcupar um lugss ‘A Foutier ou as passagens Sevsmacor most portage a tise aojecae que say porns eben (gee 2 hsuseda eval ‘ds ores ‘Asin das passgens de Pars consuls nos quinze anos apés 1822. ‘Apres condi para seu sparecimenco& a eoajuncuafavorivel do oméccio txt (Os maps de nour, o¢ primeiros eabelecimentos a mancer grandes estoques dle meredoviae, omega a aparecer So os precusores das lojas de departamentes. FE a en epoca que Bale fr alto quando esceve: O grande porma das vines canta suas eaofe colordar ds Madeleine 8 Porte SaincDenis” As passages sio cenior de mereadorias de ho. Pra explas, a ate plese a serio do comers Os contemporines nose cansam de admirtas. Dante ato empo pemanecerio uma auagfo ara os esas. Um Guia Mado de Pari di: “Estas pasagens, uma secene inveno do lxo industrial so galrias coberas de video © com paredes reverida de micmore, que atavessim guartieber incites, cujos propietitios se tira para ese ipo de eseclo. Em ambos or ldos des gles, que ecber 4 © sags Sana fom pars ABs potion Arenas, P1872 01) boo a Ot tp ee 5 luz do alto, slisham se 2s ljas mais elaganes, de medo que tl passagem é ums cidade, ‘um mundo em miniatura.” Foi nas patsagens que se realizaram as primeires expridnciae com a iluminazio a gis [A segunda condicio exgia pars 0 deseavolimento das passgene deve-se 20 incio da eansrugfo meidica Sob Impéio, essa tees era consderada uma contsbuigio pura enovar a arquceura no send do cacao gego. Boeicher, 0 tcico du anguttura, expres o sentiment gel quando die que "quanto formas dz are do noo siema, 0 silo heléico” deve entrar em vigor. O estilo Empive& 0 estilo do teossmo cevolucionério pars o qual © Exado € wm fim em si. Asin como Napolefo aio compreenden 2 nacurces fincinal do Estado como inscumenco de poder para a bargusia,tmpouco arquicetos de sa época compreeaderm a natura Fancional do ferro, com o qual 0 principio consrutvo se tna preponderance a arquierure. Bes aeuietosconetroem suport imicendo colina pompesns, rics imitando resdincas, assim como mais tarde as primers exagds pateiam chal A construsio desempenha 0 papel do subconscente Apes dio, o concito de engenhiro, que data das gueras da rvlug, comet ase aia, ¢€ ino dat rivalidades ene 0 onstutor co decoraor,enze a Bane Polytechnique ea Fea der Berux-Ars— Fela primeira yer des os manos, srg um novo matetial de consrago aril, fe. Be vai pasar por uma evalugto exo ritmo se ase 20 longo do séclo,€ rece um impul deisvo no dia em que se confata que ¢ locomotive — objeto dos mais divers experimentos desde os anos 1828-1829 — nfo funciona adequadament senso sobre wilhos de feo. O elo aparece como a primis poss rmontada em feo, precusor de vig. viene emprego do ferco ns iui © seu uso € encorajaio, mas passagens, aos paves de exposes, nae nage de tern = todas eas consruges viendo fins eensisoe. ca de uzrendete no fn ce que tsa intrsee (Ge masa altar de ge stu vreoaoe mes, ‘sled ene rorevotagi qu arene snes (apa 2 ero pos pat re © impulso mais profundo da wtopis fouriersea veio do surgimento das ‘mdquinas. O flanstéro devia reeondusit og homens a um seme de rages no qual 8 moralidade aio inka mais nada afer. Nevo se torazianele um membro mais i & sociedade que Fénelon, Fourier nfo pretende, para tanto, pautar-se pela virude, mas por um funcionamento eficax da sociedad eajas Forgas motorat aio at pansies, Pela engrenagens das panses, pela combinagSo complesa das paises mecanisias com 2 paixio cabalsta, Fourier considera a pricologia colerva como um mecenisino de relojori. A hurmonia fosrierita o produro necesito dese jogo combinado, "ear ih Ege, MEV fei, 157, 9.85.11) Sours Fourorinzoduz 20 mundo de formas austeras do Império o idle colorido do estilo dos anos 1830. Cris um sistema onde se misuram os produtos de sua visto colorda ¢ de sus idiossinerasia com ot algariemos. As "harmonias” de Foutier nfo jnvocam de mancira alguma uma misties dos nmeros extalda de uma tradicio qualquer, Sio decorréncia de seus préprios decrevos:elveubragées de uma imaginecio ongenizadora que, nel, era extremamente desenvolvida. Assim dle prev a significa das encontros para os citadinos. O dia dor habitantes do fianstésio exganiza-se no fem suse cass, mat em grandes salar semelhantes aos saguses da Bolsa, onde os enconttos so srrnjedos por correcares [Nas passagens, Fourier vu 6 ctnone arquitetnio do filanstéio. E 0 que acencun 0 cardter Empire de sua utopia, que o préprio Fourier reconheceingenuameste: "0 Estado sociessio serk desde o inicio tanto mais brilhance quanco foi por muito tempo preter. A Geécia, aa época de Sélon e Pésiles, jf podetia lo crado."* {As passagens que se destoaram inicalmente a fins comerciais romam-se, com Feuer, residéncas. © flantério € uma cidade fita de pasagens. Nes “cidade de passagens, 2 construgio do engenheico tem aparéncia de faneasmagoria. A “cidade de pasagens” € um sonho que deletaré 0 olhar dos parisenses até a segunda mexade do século sudenro, Ainda em 1869, xs “as galrias de Fourier fornecem 0 ugado da wtopia de Molin, Pari on Un 2000. A cidade adoea al uma estrucra que fz dla, com suas Iojase seus apareamentos, 0 cendro ideal para o flinext Mare se posiciona contra Carl Grin para defender Foutier¢ valorizar sua “concepefo colessal do ser humano".® Considerava Fourier 0 nico homer, 20 lado de Hegel, que tzouxera 3 lus « mediocridadeesencal do pequeno-burgués. A superagto ‘Sntematiea dese tipo em Hege! cortesponde, em Foutier, seu aniguilamento através ‘do humor. Um dos ragos mais nocives da uopiafourersa& que akéia da exploracto ‘da narueza pelo homem, to difundida na época posterior, the ¢ esranha, A cénica ‘se apresenta a Fourier muro mais como a fagulha que asia fog & pdlvora da natures. “alves esteja aia chave de sua repesentagio bizar, segundo a qual o falanstésio se propagata "por explasio". A concepsio posterior da explora da nauceza pelo homem {0 refleso da exploragio real do homem pelos proprcttins dos meios de producto, Se a incegraio da técnica na vida social facasou, a culpa se deve a esse explorasio 1 sem tat, Pts, FL 26253 WL Tey Hoi, to 200, P1885, 3.0L) ‘Sra eer ore ent cer cese ete tet cde 59 rte os arts ceponsere does e125 (8) steno a | ta ede sew SF B. Grandville ou as exposicées universais Sim, ua « mundo tose 6 Pri ci, ‘ina oun ero cou leno tte en's Soi, eos crn 8 ostades, ilioe ier soye 27 ewer ts As exposigis unverais $0 0s centos de peregrinago 20 fiche meseadovia. “A Buropa se delocou para ver mercadoras, afima Taine, em 1855. As exposicbes univers tveram como precusorasexposgbes nacionais ds insti, a primers dlas acoateceu em 1798, no Campo de Mare. El nasceu do desejo de “divert as cases laboriosas erorna-se pars esas un fexa de emancipagio’. Os trabalhadores Formato «primeira cliencla. O quado da indSsri de eneretcnimenta sina nfo se consieia Ente quadeo,¢ «fea popular que o forncce. © cdlebre dscursa de Chaptal sobre = indie sbre ess exposgg0, ~ Or stine-simonianas, que projram a industraliasio do planeta, ee aproptamn de idéis das exposigBe universis. Chevalies,« primeira autoridade nese novo dominio, € um disipule de Enfantin e redaror do jornalsxine simoniano Le Globe. Os saine-simonianos previam 0 desenvolvimento da indistia ‘mundial, mas nfo a luta de dasses. Eis por que, apesar de sua participagio em todos 0s empreendimentos industais¢ comercs, por volta da metade do séulo, deve-se constatar sua impoténeia nas questeseelaivas 20 proletariado. As exposigdes univers idealisam 0 valor de uoca das mereadoras. Cram tum quado ne qual seu valor de uso passa a sequado plano. As exposgBes univesis constitufam uma escola onde as multid6es, forsosamenteafastadas do consumo, se Imbuiram do valor de toca das mercadorias 3 ponto de se identificazers com ele: “PE proibido tocar nos objecos expostos.” Assim, elas do aceso a uma Fantasrmagodia fonde o homem entta para se deixar diss. No interior das dversbes, 2s quais © individ se entroga, no quadto da inden de enteteniment, rest conseantemente tum elemento que compe uma massa compact. Ess mass se dleita nos parques de diversées com as montanbas rusas, os “cavalos mecinios’, os “bichosda-seda’, numa stitade claramente rescionéra, Ela se deixalevar assim a uma submissio com a qual deve poder cantar tanto a propaganda indusial quanto a politica. ~ A entroniayio da mercadoriae eeplendor das dstagSes que arodeiam, cis o tema secreta da arte de Santee Grandville. Da a dispatidade ente seu clemenca urépico ese elemento elnica. Seas anificios sutis na representagio de objeos inanimados corespondem a0 que Marx cama de “argcias teol6gicas” da mercadova. Sua expresso concreta manifesta-se claramente na ipéialitd— uma designagio de mercadoria que surge nessa época na distri de luxo. As exposigdes universais constroem um mundo feito de especilidads". As Fantasias de Grandville realizam a mesma cost. Flas modenam univers, © anel de Sanumo tornsse para ee um balcio em ferro fandido, onde os habitants de Sasurn tomam ar a0 car da noite. Assim também um balezo em ferco fandido represencara, na exposicio wniversl, o anel de Sarurn, e aqueles que ali cntram se veriam levados numa fintasmagoria em que se seaciriam wansformados em Ihabitantes de Saturno, O correspondents lterssio desa utopia gréfica é a obre do sibia fourerina Toustenel Toustenel era encarregado da segio de citncias natusis rum jornal de moda, Sua zoologia dspse o mundo animal sob o ceo da moda, ‘Considera a mulher como mediadors entre © homem e os animais. ha é, de algum modo, «dscoradora do mindo animal que, em toca, coloca 2 seus pés suas plumas e suse pels. "Nao hd prazer maior para o lio que 0 de Ihe corearers as unas, contanto que uma moca bonita segure a tesour.” |A moda prescreve o ritul segundo 0 qual 0 fetiche, que é a mercadora, eae sr adorado, Grandville etende ¢ auoridade da moda sobre os abjeros de uso didrio tanto quanto sobre o cosmos. Levando-a até o¢extemos, ele revela sua narurezs. El, acoplao corpo vivo ao mundo inorginico. Foe 20 vivo, ela fix valer os diticas do ‘adiver. © Feschismo que exes essim submetido 20 sex appeal do inorginico ¢ seu nervo vital. As fancasias de Grandville correspondem 2 ese espirico da moda, que pollinate mais arde desreveu com ext imagem: “Tedas as mavéias dos diferentes teinos da natures podem agora entrar na composi da roupa da mulher. Vi um ‘vestido encancadr feito de raha de cortg.. A porcelana, agree louga inomperam bruscamente na arte da vestimenta. Fazem-sesapatos de video de Venezae chaptus de exsal de Baccarat." * age snl ade ce nas Org Penal ol 3, Fat, 1839. 20, eh 2 ute Apt, Pte Ae, a, 1927, 29.7576.) Feces te HSH 5 . Luts Flpe ou o intérieur "No reinado de Lu‘ Flip, o homem privado faz sua entrada na hist, Para 1 homem privado, os locas de habitagfo encontram-se, pela primelre ver, em opescfo 06 locais de tnbatho. Aqueles consiuem o intériew,o escricvio & seu complemento, (Gre, por seu lado, se distingue niidamente do estabelecimento comeral que pot seus globes, sts mapas muri, suas balustrade, se apresenta como uma sobrevivencia de formas barrocas anteriores &residéncin) © homem privado que, em seu esticéio, presta contas&cealdade, desja ser sustentado em suas iluses plo Seu intriewr. Essa necesidade€ to imperativa que cle nfo pensa em insti em seu interes de negécios tama cara conscia de sua Fungo socal. Na organizagSo de seu circulo privado, le recalea esas dias preocupagSes, Dai derivam ar faneatmagoriae do intérienr: este representa para 6 homem privado o universo, Ai ele rine a regideslonginquas e as lembrancas do passa. Seu salio ¢ um eamarote no tetro do mundo, (0 inerior 0 aslo onde se efigia a arte. O coleconadar se torn 0 verdadero ocupance do interior Seu ofa é a idelizagso dos abjecos. A ele cabe ena earls de iio de reccar das coisas, j que as possi, seu cater de mercadoia. Mas no poderiaIhes confcirsengo c valor que tm para © mador,em ver do sex valor de wa. O coledionador se compraz em suscitar um mundo ndo apenas longinquo e exinto, mas, 20 mesmo tempo melhor, um mundo em que © homem, a realidade, € tio pouco prvido daqullo de que necesste como no mundo real, mas em que as coisas esto iberadas de servidSo ‘de seem sei hares Sino ine epousa” 7 (0 imeror ato € apenas 0 universo do homem privado, € também seu eof. Desde Luts Filpe, encontra-se no burgués ents endéncia de indenizar-se da auséncia oar de raswos da vide privada na grande cidade. Essa compensoso, ele tent encontrila entre as quatro paredes de seu apartamento, Tudo se passa como se fosse wma questo ‘de honza nfo deisar se perderem of rasror de seus abjete de uso e de seus acestries. Infxigivel preserva as impresses de uma mulkidio de objews; pura seus chinelos ¢ seus relgios, seus clheces e seus guarda-chuvas, imagina capase estojos. Tem uma clara preferénca pelo veludo e « pelicia que conservam a marca de todo contato. [No estilo do Segundo Impéro, © zpartamento torna-se uma espécie de habitdculo (On vestigios de seu habtance moldam-ce no inériewy. Dal nasce @ romance policil ‘que pesquisa ess vestigjose segue ess piss. A Flaafe de Mobili « 0 “romances policiis” de Edgar Poe fem deleoprimeitofisiognomonista do interior. Os ciminosos, as primeieasnarratvaspolcinis (The Black Ca, The Tel Tle Hear, Wiliam Walon), ‘no sioner cavalheios nem marginals «sim pessoas privadaspercencentes& burguesia, cy “eso rocua por me a. fe mite prove. A liquidagio do intéricar tve lugar nos tltimos lstes do séeulo, movida pelo moder spl, as etava preparads de longa daa, A atte do intérieur era uma are de genero, O Jugendii! anuncia vu fim, Erguese contra a preensio do ginero em nome de um inal do século, de ums asprasso de brasos sempre abertos, O Jugend, pea primeira ve, leva em conta cores format tectinica, Esforgi-se ao mesmo tempo fm reilas de suas relages funcionalse apreseni-las como constants natura: emt sama, esforgase em enilizélas, Os novos elementos da constrigfo em ferro e, ent parcicular, a forma do “suporte” retém a arencio do Jagenditil. No dominio da ‘omamensagio, procuca inegrar esas formas 2 arte. O concrete pe & sun dspasigio roves virtalidades em arquiterur, Em Van de Velde, a casa se apresenta como & cexpresio plistica da pesonalidade © motivo otnamental desempenta nessa cata © papel da assinarura no quadro. Ele e compran em falar uma linguagem linear de ariter meditinico, onde a flor, simbolo da vida vegetativa,insinua-se nas pebprias linhas da conseruséo. (A lisha curva do Jugend surge desde 0 vealo das Hoes do ‘Mal, Uma expécie de guirlands marca o enlace das Florer do Mel, pasando pelas "almas das flores” de Odilon Recon até o “her cali de Swana.S") ~ Como havia previsto Fourier, & cada vee mais nos escritdrios e centras de nepScias que se deve ‘er Aan, apy ee a) ‘Pi: oe ee, Ws nd Bae, 0, at i Sc 2, an, 155, smn) 0 exo bg Vande el 1859-957 emmy una fo ies soe ga ‘agen as eer 3casn os pre em Uns 595) Mc OC de ear. A ere “ae aaa” 9 esenna de Shane a “a er \ | | | roa ate 8 6) procurat @ verdadero quadeo da vida do cidadio. © quadro Mesicio de sua vida se ‘constieai na cus particular. E assim que O Arguteo Salus: resume 0 Jugendstil 2 tentatina da individuo de rvalizar com a séniea, apoiande-se na sua inerovidade, Teva & perdigo: o auquitco Solaes morte, caindo do alto de sus prépra tree D. Baudelaire ou as ruas de Paris uso para mim tenes egre” © engenho de Baudelaire, cujo alimento € 4 melancolia, € um engenho alegérico, Pela primeira ver, em Baudelaire Paris cora-se objewo de poesia Urea. ssa poesia local vai de encontzo a qualquer poesia regional. O olhar queo engene alegécico langa sobre a cidade expreta bem mis o sentimento de uma profunde alenacto. Eo olhar do fineut, cujo género de vida disimala, por tis de wma miragem benfiza, a miséria dos fanuros habtantes de nossas mettdpoles. O fléneur procura regio na li. A multdio € o véu aravés do qual a cidade familiar se transforma, para © Aineur, em faatasmagoria, Fssa fancasmagoria, em que a cidade aparece ora como paitagem, ora como aposemto, parece fer inspirado a decoragio das lojas de ddepartamentos que poem, asim, a prépria Minetie a servigo de seus negécios. De ‘qualquer forms, as loja de departamentossio a ultima pazagem da flnesie, Na figura do Mineur a incelecrualdade familiriza-se com o mercado. Para It ‘eneaminha-se 9 fineut, penssndo dar apenas uma vole; mas, na verdade, & para ‘eneontrae um comprador. Ness exapaintermediria, quando 2 inelectuaidade tem nds mecenas, mas jf comess a se eurvar As exigtncias do mercado (na forma de folhetim), cle constitui a bohime, A indeterminagio de sua posicio econémica corzesponde a ambighidade de sua funsio politics. Esta se manifesta com muita cvidencs nas Fgura das conspredoresproisionais que se rcrucam na bobime. Blangui 0 representaace mais notvel dese categoria. Ninguém eve, no século XIX, uma suroridade revaluciondria comparivel & sua, A imagem de Blangui passa como um raio nas “Litasas de Sett"2* Isso nfo impede que a rebelifo de Baudebite tenka _guardado sempre o cater do homem atscil ela nfo tem sida. A nica eomuno sual em sua vido, ele @realiza com um prosiuta. ges St, eer ae do Ma Se Bose) ‘ethan ware dstingls ceo gnc centeno, © incur representa © arauto do mercado, Nesta qualidade ele € a0 mesmo tempo 0 explorador da mulidio. A maltidéo despers no homer que a clase entrege luma espécie de embriaguer acompanhada de iusées muito particulars, de tal modo ‘que ee e gaba, vendo o passant lvado pela multdio, de e-1o clstificed a partic de seu exterior, de télo reconhecido em todas as dobras de sus alma. As fisilogias contemporineas sio faras em documentos sobre essa singular concepglo, A obra de Balzac founece excelentes documentos desse tipo. Os carncteresrpicasreconhecidos ‘entre os tanseuntesimpactam a tal ponto os sentidos que no surpreende que susie « curisidade de apreender-se, para além deles, a singularidade especial do sujeito. ‘Mas 0 pesdelo que correspande & perspicicisiluséria do Bsiognomonista, de que falamos,€ ver ests tags dstntvos,particulaes ao sujit,sevelarem-se, por sua ve, spenas como of elementos consticuintes de urn tipo nove, de tal modo que, afinal de conta, individualidade melhor definida acabaria senda © exemplar de um tipo. ai que se manifesa, no corasio da flinerc, uma faneasmagoriaangustiane. Baudelaire desenvolveusa com grande vigor em “Os Sete Velhos". Trata-se, nesse poema, do aparecimenco sere vezes reiterado de um velho de aepecto repugnante. O individua que € asim apresentado na sua mulplcagfo, como sempre 0 mesmo, texemiinha & angistia do cidadio de néo mais poder, apesar da expressio de suas singularidades ‘ais excénericas, comper o circulo magico do tipo. Baudelaire qualifica 0 aspecto dessa procsso de infernal. Mas 0 novo que ele espreitou durante toda sa vida io € feito de ura matétia que nao dessa fantasmagoria do “sempre-iqual. (A prova que pode ser apeesentda de que esa poesia transcreve o¢sonhoe de um vicado emu haxixe| no invalida em nads ext inexpretarso,) i ten. vp, ‘A chave da forma algsticaem Baudelaire solidi da sigificagzoespetfiea ‘que a mereadoria adquite devido a seu prego. Ao avileamento das cosas por meio do seu significado, que ¢ earacteristico da slegoria do século XVIL, corresponds © aviltamento singular das coisas por meio do seu prego, enquanto meveedoria. Esse sviltamento que softem as coisas pelo fro de poderem ser taxadas como mercaorias€ | | | 1 / | / i i | | / | | oc se pee contrabalanceado em Baudelaire pelo valor inestimével da novidade. A novidade representa eis: absoluto que nfo € mais acesivel a nenhuma interprecasSo nem a ‘nenhuma comparagio. Ela se torna o dltimo refigio da arte. O ultimo poema das Fores do Mal. A Viagem: “O More, velho capiio, jf ¢ tempol Levantemos a incor!” ‘A dima viagen do ineur: a More. Seu objetivo: 0 Nevo. © nove € uma qualidade independence do valor de us da meresdori, Em na orig dessa iso cuj infaigvel provedora €a mods. Que a kim linha de resstncia da are coincdise com a linha de ataque mais avangada da mereadora, iso deve ter cicada a Baudelaire, “Spleen Ideal” ~ no eulo deste primero ciclo das loves do Mla palavra sscrangeirs mais vetha de lingua Fancesa foi acoplada i mais ceente.® Para Bandelive ‘fo hf conteatgio entre 0s dois coneeits. Reconhece no spleen a skim em data das transigurages do ideal, sendo que o ideal Ihe parece a primeira em data das expresses do pier. Nese culo, em que 0 supremamente novo & apresentdo 40 letor como umn "supremarsente antigo", Baudelaire dew «forma mais vigorosa a seu concico do modetno. Sua teora da arte em inteiramente como eixo a “belea moderna’, sendo (que © critério da modernidade the parece se este: ela & marcada pelo sel da fataldade de ser um dia antgidade,e 0 revela quel que étestemunha de seu nascimento. Eis 4 quintessenciado imprevisco que vale para Baudelaire como une qualidade inalendvel do belo. A face de prdpria moderidade nos Fulina com um olharimemoril. Asim € 0 olhar da Medusa para of grepoe E. Haussmann ou as barricadas ‘A atvidade de Haussmann incorpors-e ao impetalsmo napolebnico que favorece o capitalismo financeiro. Em Pars, a expeculagdo esté no seu apogeu. ‘As expropriasées de Haussmann suscitam uma espeealasio que beirs 4 erpaga, ‘As sentengas ca Corte de Cassio, ingpiradas pela oposigio burguesa e oreenista, Atumentam of rises financeicos da haussmannizagéo. Haussmann tent refrgar sua dicaduca, coloando Paris sob um regime de excecto. Em 1864, num discuzso na Camara, cle dive curso a seu ddio contra a popula insvel das grandes cidades Essa populacio aumenta constantemence devido a seus empreendimentos. A alee apni len neapres nga 1765 en ilo im en 158 en ena dos aluguéis expusa o proletriado para os subirbios. Por isvo os bairros de Pais perdem sua fisionomia propria. Constituise 0 “eineurio vermelho” apersrio. Haussmann deu 2 si mesmo o ttlo de “atvsa demelidor". Senta que tina vocssso pata a obra que havi empzeendido e scenes exe fata em suas meméria. Ox mercides cena (Ls Halle) so considerados a construgio de maior sucesso de Haussmann, © hi af um sintoma interesante. Dizin-se da Ci, bergo da cidade, que depois da passagem de Haussmann s6 restou ume jgreja, um hospital, um edifcio publico e tama caserna, Hugo e Mérimée dfo a encender o quanto as transformagies de Haussmann eram vistas pelos parisienses como um monumento do despotismo napolednico. Os moradores da cidade nao se sentem mais em cass: comesim 4 ter ‘conscigncia do cariter desumano da cidade grande. A obrs monumental de Maxime ‘du Camp, Paris, deve sua existéncia a eta tomada de comscitnca, As gravaras de Meeyon (por volta de 1850) consttuem 2 méscara moreusia da velhs Pati A verdaderafinaldade dos trbalhos de Haussmann era proteget-e contea 4 eventualidade de uma guerra civil. Quesia cornar para sempre imposstvel a constragio de barricadas nas cuas de Pais. Com a mesma intencéo, Luis Fie j inteoduaira 0 calgamenco de madsire. Mesmo assim, as baricadas desempenharam um papel considerivel na revolugio de fevercico [de 1848]. Engels eratou dos problemas de tikes nas huts de bariadas. Haussmann procura prevei-os de dois modos. A largura nposivel a construgio de baricadas, € novas vias ligaréo em linha dire as casernas 20s bairvos operdcios. Os contemporineos bat cempreendimento de “ embelesamenco extatégies" cds rats corns i re el, ca esters ideal urbanistico de Haussmann eram as perspectives sabre as quai se albrem longas filers de rus. Ese ideal cotesponde & tendéncia,comente no sécula XDX, de enobrecer as necessidadeseénicas com preudofinaldadesaciticas. Os remplos do poder espiitual ¢ secular da burguesia deviam encontrar sua apotease no enquadramento das fleiras de ras. Dissimulavam-se essas perspectivas, ances da inauguragi, por uma tela que se levantava como a8 descobre um monument, @ vista se abria enti sobre uma igreja, ums estagio, uma estirua eqlesue ov qualquer ‘outro simbolo da civlizagio, Na haussmannizacio de Pars 2 funtasmagoria se fer pode. Como destinada uma espécie de perenidade, dea entrever 20 mesmo tempo Peseta at paren 6S seu cariter cme. A Avenue de TOpéra que, segundo a expressfo maliciosa da época, bre a perspeciva do cubiculo da zeladora do Hétel du Louvre, deta ver coms quo pouco se contentavs a megalomania do presto, oy ‘Sila re Over eS 199 A buticads foi eessuscitada pela Comuna. Mais forte ¢ melhor concebida ‘que nunca, El bata 0s grandes boulevard, egue-se muita vers & lesa do primi andar ¢ esconde as trincheias que ela prosege. Assim como 0 Manifro Comunie fecha aera dos conspiradores profsionas, também a Comiuna pie fim fntarmagoria ‘que domina 2s primeirasaspiragées do proletatiado. Gragas a el, dissipate aiuto de ‘que a tarefa de revolusao proleira sera a de eoneluie # obre de 89, em esteita

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