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SISTEMA COC DE ENSINO Dirego-Geral: Sandro Bonds Diregao Pedagégica: Zelci C. de Oliveira Dirego Editorial: Roger Trimer Geréncia pedagégica: Juliano de Melo Costa Ger€ncia Editorial: Osvaldo Govone Geréncia de Relacionamento: Giovanna Tofano Ouvidoria: Regina Gimenes Conselho Editorial: Juliano de Melo Costa, Osvaldo Govone, Sandro Bonds e Zelci C. de Oliveira PRODUCAO EDITORIAL Autoria: Shirlei N. Dezidério Editoria: Naylor F. de Oliveira e Tiago C. Leme Assistente editorial: Luzia H. Favero F. Lopez Assistente administrativo: George R. Baldim Projeto grafico e direcdo de arte: Matheus C. Sisdeli Preparacdo de originais: Marisa A. dos Santos Silva e Sebastigo S. Rodrigues Neto Iconografia e licenciamento de texto: Marcela Pelizaro, Paula de Oliveira Quirino e Cristian N. Zaramella iagramago: BFS bureau digital llustrago: BFS bureau digital Revisdo: Flavia P. Cruz, Flavio R. Santos, José S. Lara, Leda G. de Almeida, Maria Cecilia R. D. B. Ribeiro, Milena C. Lotto e Paula G. de Barros Rodrigues Capa: [ABCOM comunicacio total Conferéncia e Fechamento: Edgar M. de Oliveira SistemadeEnsino ario v2 Sum CAPITULO 01 * GRANDEZAS FISICAS 1, Grandezas e medidas 2. Sistemas de unidade 3. Notagdo cientifica 4, Ordem de grandeza CAPITULO 02 * CINEMATICA ESCALAR: CONCEITOS BASICOS 1. Introdugao 2. Referencial 3. Repouso, movimento e trajetéria 4. Ponto material 5. Posicaio, deslocamento escalar e distancia percorrida 6. Fungo hordria da posicao (espaco) 7. Classificagdo dos movimentos CAPITULO 03 * VELOCIDADE 1. Velocidade escalar média 2. Velocidade média 3. Velocidade instantanea CAPITULO 04 * MOVIMENTO RETILINEO UNIFORME (MRU) 1. Fungo hordria da posigio (espaco) 2. Diagrama horério da posicdo (espaco) 3. Diagrama hordrio da velocidade 4, Velocidade escalar relativa 5. Movimento relativo uniforme CAPITULO 05 * ACELERACAO 1. Aceleracao escalar média 2. Aceleracdo instanténea 3. Diagrama hordrio da aceleraco CAPITULO 06 * MOVIMENTO RETILINEO UNIFORMEMENTE VARIADO 1. Fungo hordria da velocidade . Diagrama horério da velocidade Velocidade escalar média no MUV . Fungo hordria da posigio (espaco) .. Diagrama horério da posic3o (espaco) .. Equacio de Torricelli . Reclassificag3o dos movimentos . Queda livre CAPITULO 07 * DIAGRAMAS HORARIOS DO MRU EDO MRUV 1. Introdugao Diagramas hordrios do MRU 3. Diagramas hordrios do MRUV 4, Célculos de areas eNausen weaoun 12 2 2 2B 14 16 16 v7 19 19 20 21 24 24 24 25 26 26 30 30 30 30 32 32 32 32 33 35 35 36 RES 44 47 CAPITULO 08 * VETORES Vetor — Definigo e formas de representacao Adigdo de vetores Subtragdo de vetores Produto de um escalar por um vetor Versores Vetores representados por componentes CAPITULO 09 * CINEMATICA VETORIAL Introdugdo 1. Vetor posi¢ao e deslocamento vetorial 2. Vetor velocidade média 3, Vetor aceleracdo CAPITULO 10 * COMPOSICAO DE MOVIMENTOS 1. Deslocamento relativo 2. Velocidade relativa 3. Langamento horizontal 4, Langamento obliquo — lancamento de projéteis CAPITULO 11 ¢ MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME 1. Periodo e frequéncia 2. Velocidade linear 3. Grandezas angulares 4, Movimentos concéntricos e transmissdo no MCU oy eene EXERC/CIOS PROPOSTOS Capitulo 01 Capitulo 02 Capitulo 03 Capitulo 04 Capitulo 0S Capitulo 06 Capitulo 07 Capitulo 08 Capitulo 09 Capitulo 10 Capitulo 11 GABARITO 49 49 50 52 52 53 5S 55 55 55 56 60 60 62 64 67 67 67 69 72 75 7 81 85 89 93 97 112 119 126 134 146 155 Ginemética CAPITULO 01 « GRANDEZAS FISICAS ww 1. Grandezas e medidas Para propor o estudo dos temas que se seguem, é necessério antes estabelecer o que se denomina “grandeza” na fisica Iniciaremos por dizer que tudo que for passi- vel de medida pode ser chamado de grandeza fisica e 0 ato de medir associa; a essa grandeza, um numero. A ciéncia que se faz desde os primérdios da evolugdo humana depende de quéo boa ¢ a medida de uma grandeza, dé a indicacao de que conhecemos algo sobre ela. E claro que, com 0 passar do tempo, nossos métodos se tornam melhores e, consequentemente, a preciso com que medimos também. A partir de agora, vocé entraré em contato ‘com muitas grandezas, que sero definidas e exemplificadas a seguir, mas é importante lembrar que existem diferencas na forma de expressé-las, e essas diferencas dependem basi- ‘camente dos atributos da prdpria grandeza e do tipo de informagées necessério para definir completamente suas caracteristicas. Na fisica, elas sdo separadas em dois grupos: as escala- res e as vetoriais. A. Grandezas fisicas escalares ‘So aquelas que ficam perfeitamente caracte- rizadas por um valor numérico acompanhado da correspondente unidade de medida, como 60 caso de grandezas como tempo, tempera- tura, comprimento, massa, entre outras B. Grandezas fisicas vetoriais S80 aquelas que, para serem perfeitamente caracterizadas, devem apresentar outras in- formacdes além do seu valor numérico com a respectiva unidade, ou seja, devem conter informacdes sobre sua direcdo e seu sentido. Como exemplo de grandezas vetoriais, pode-- -se citar a velocidade, cujo vetor correspon- dente tem a ele associados nao sé a rapidez do objeto, mas também a direcdo e o sentido do movimento. Outros exemplos de grandezas fisicas vetoriais so: forca, aceleracao, empuxo etc. Fisica Todas essas grandezas podem e devem ser representadas por meio de uma seta que, na matematica, denomina-se vetor. C. Grandezas proporcionais As intensidades das grandezas fisicas podem estar relacionadas proporcionalmente de dois modos. D. Grandezas diretamente proporcionais Duas grandezas x e y so diretamente propor- cionais quando a razdo entre suas intensida- des 6 constante. Y = k (constante) x ou y=k-x (fungdo do 12 grau) Nesse caso, o grafico y x x 6: @ x % x E. Grandezas inversamente proporcionais As grandezas x e y so ditas inversamente proporcionais quando o produto de suas intensidades é constante. Nesse caso: y-x=k (constante) ku y=— (fungao hiperbélica) x O grafico yxx é: y, % Yar % V2" a dHivérbole equilitera Va Fisica 2. Sistemas de unidade Como foi dito antes, podemos definir grande- za como tudo aquilo que podemos comparar com um padréo, efetuando uma medida. Uma quantidade-padrao recebe o nome de unida- de. A unidade é a quantidade arbitraria que serve de comparaco entre grandezas de mes- ma espécie. Geralmente, as unidades sdo agrupadas em sistemas. Atualmente, 0 6 0 Sistema Internacional de Unidades, co- nhecido como SI, padronizado em 1960 na 112 Conferéncia Geral de Pesos e Medidas (CGPM), tendo como base o antigo Sistema sistema mais usado MKS (metro, quilograma, segundo). O16 o sistema oficialmente adotado no Brasil ena maioria dos paises. Ele ¢ composto de A tabela a seguir mostra alguns desses prefixos, que normalmente so utilizados para melhorar a Cinemética + sete unidades de bast + unidades derivadas: as unidades deri- vadas referem-se as grandezas deriva- das, que so definidas em funcdo das sete grandezas de base, por exemplo, a velocidade é uma grandeza derivada definida a partir das grandezas de base, comprimento e tempo; + miltiplos e submiltiplos decimais das unidades SI: so prefixos que podem ser usados com qualquer uma das uni- dades. forma de se expressar um valor numérico muito grande ou muito pequeno. Prefixos das unidades do SI Nome yotta zetta exa peta tera siga mega quilo hecto deca deci centi mili micro nano coe Simbolo Y Zz sr FO 4 za Fator de multiplicacao da unidade 10% = 1,000 000 000 000 000 000 000 000 10% = 1 000 000 000 000 000 000 000 10% = 1 000 000 000 000 000 000 10% = 1.000 000 000 000 000 10% = 1.000 000 000 000 10° = 1000 000 000 10° = 1000 000 10? = 1000 102 = 100 10 107=0,1 107 = 0,01 10 = 0,001 10-* = 0, 000 001 10 = 0,000 000 001 metro, quilo- grama, segundo, ampére, kelvin, mol e candela ~ que se referem as sete gran- dezas de base: comprimento, massa, tempo, intensidade de corrente elétri- ca, temperatura termodindmica, quanti- dade de matéria e intensidade luminosa; Ginemética Fisica Nome Simbolo Fator de multiplicagao da unidade pico Pp 10~? = 0,000 000 000 001 femto f 10~ = 0,000 000 000 000 001. atto a 10-* = 0,000 000 000 000 000 001 zepto z 10-% = 0,000 000 000 000 000 000 001 yocto y 10% = 0,000 000 000 000 000 000 000 001 Disponivel em: . Exemplo de usos de prefixos 01) Um quilograma = 1 kg = 1 - 10° g. Note que, ao se utilizar 0 k ou 0 seu valor numérico, ndo se altera a igualdade e, assim, o uso depende da necessidade. 02) Um nanémetro = 1 nm =1- 10m Para entender 0 porqué do uso dos prefixos, basta que se observe na tabela anterior que, embora a igualdade mostre que as duas formas com que foram escritos os nuimeros na terceira coluna sejam equivalentes, a primeira é, sem duivida, mais elegante e concisa ‘A menor constante conhecida na fisica é um numero da ordem de 10-*! Imagine que, nao dispondo de outras formas para se expressar esse numero, teriamos que escre- ‘vé-lo assim: 0,000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 006 7. Observe que foi inclufda na tabela uma forma de se escreverem nimeros como poténcia de 10, 0 que facilita muito a escrita e a realizaco de clculos matematicos. Essa forma pode ser utilizada, caso necessério, para se expressarem numeros que aparecem em diferentes areas das ciéncias, de uma forma especial conhecida como notacao cientifica. 3. Notagao cientifica Escrever os numeros em notacdo cientifica é fundamental quando se deseja expressar ou operar numeros (medidas) com grande quantidade de zeros. A notasao cientifica utiliza uma poténcia de dez para reescrever qualquer niimero como um pro- duto entre um ntimero que contém um algarismo na unidade e outro na primeira casa decimal e uma poténcia de dez que pode ter expoente inteiro positive ou negativo. Essa é a regra mais geral e pode ser visualizada como segue: Numero de 1a9 ? 4 Numero de 0.a9 100 GL) Expoenteintero postive ou negative Assim, qualquer nimero real pode ser escrito como o produto de um numero, cujo médulo esta compreendido entre 1 10 (incluindo o 1), por outro, que é uma poténcia de 10 com expoente inteiro (10°). Veja os exemplos: + O ntimero 5.300.000 escrito em notagao cientifica é 5,3 - 10° (a virgula foi deslocada seis casas para a esquerda) + Ontimero 0,000000000032 em notacao cientifica é 3,2 - 10-" (a virgula foi deslocada onze casas para a direita). 9 eoe Fisica >» ‘As poténcias negativas significam uma diviséo pela poténcia positiva correspondente e vice~ -versa. Veja os exemplos: Na multiplicagao dessas poténcias de dez vale a regra de multiplica¢ao que conserva a base e soma os expoentes: 10? - 103 = 10° e, na divisio, conserva-se a base e subtraem-se 10? os expoentes: 20° _ 492-(-5) = 192+5 = 107 105 Exemplo Usando a notacao cientifica, se possivel, calcular: a. 120 - 6.000 = 1,2 - 10? 6 - 103= 7,2 - 10° , 3.000.000 _ 3,0. 10° = SE 52-108 0,00015 1,5-10 EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. Vocé est viajando numa estrada e Ié em uma placa que o restaurante mais prdximo esta a 15 minutos, a sua frente. Considerando que a placa com o antincio do restaurante leva em conta que o limite maximo de velocidade nes- sa rodovia é de 120 km/h, a distancia minima, em m, entre vocé e o restaurante é: a. 300 b. 3.000 c. 30.000 4.1500 e. 15.000 Resolucdo Considerando a maxima velocidade, se vocé viaja 120 km em uma hora, em um quarto de hora (15 min) teré percorrido um quarto de 120 km, ou seja, 30 km ou 30.000 m Resposta c 10 Cinemética 1,2: 10?+8-10=1,200-10"+8-107= (1.200 + 8) 10+ = 120,8 Note que para a soma e a subtragdo é necessé- rio que os nuimeros estejam multiplicados por poténcias de mesmo expoente. 4, Ordem de grandeza Em alguns casos, ¢ suficiente uma nocao apro- ximada do numero que exprime o valor de uma grandeza. Nesses casos, o valor da gran- deza é representado somente pela poténcia de 10 da notacao cientifica e recebe 0 nome de ordem de grandeza (0G). ‘A.0G € a poténcia de 10, de expoente inteiro, que mais se aproxima da medida da grandeza analisada. Assim, a ordem de grandeza de um niimero x 10" é OG = 10” quando o valor de x for inferior a 3,2 (/10 ), e OG = 10" quando o valor de x for superior a 3,2 02. A decomposi¢ao & um processo natural pelo qual passam os vegetais e animais apés a mor- te. Esse proceso ¢ realizado com a ajuda de fungos e bactérias, denominados decompo- sitores, e & extremamente importante para manter 0 equilfbrio ecoldgico. A figura a seguir mostra um dos maiores mamiferos do planeta, de massa M = 4,9 toneladas, sendo reduzido pelo processo de decomposicao, no qual agem bactérias de massa m= 1,1- 10-3kg. rE ay Ginemética E por meio da decomposicgao que os compos- tos presentes nos organismos mortos so libe- rados na natureza, servindo de nutrientes para outros seres. Segundo 0s dados do texto, a ordem de gran- deza da razao entre as massas do elefante e de uma das bactérias que participam do processo de decomposicao é de: a. 106 b. 103 «108 d. 10% e.10” Resolucdo _M_ 4,9-10? R= = R=4,4- 10 m= 1,1-10 Como 4,4 > 3,2, tem-se que OG = 10”. Resposta E 03, Assinale V (verdadeiro) ou F (Falso) para as frases abaixo. () 01—Temperatura é grandeza escalar. () 02-Massa é grandeza escalar. (_) 04—Forga é grandeza vetorial. (.) 08~A aceleragio da gravidade é grande- za vetorial. (.) 16 Volume é grandeza escalar. Resolugdo Todas as frases sdo verdadeiras. Temperatu- ra, massa e volume so grandezas que ficam perfeitamente caracterizadas por um némero {intensidade) e por um significado (unidade). Forga e acelera¢ao sdo grandezas que neces- sitam, além da intensidade, de uma direcao e de um sentido. Fisica 04. Uma subst&ncia, mantida a temperatura cons- tante, tem sua massa e seu volume represen- tados na tabela. m(ke) 0,8 24 40 8,0 vu) 1 3 5 10 a, Massa e volume sao grandezas direta- mente proporcionais? Justifique. b, Esboce o grafico mx V correspondente. ¢. Qual é a massa de substdncia corres- pondente ao volume de 0,7 L? d. Qual é 0 volume correspondente a massa de 3,2 kg? Resolucio a. Como ™~ (constante), entéo massa e Vv volume sao grandezas diretamente proporcio- nais. b. 0 grdfico m - V é uma reta, passando pela origem dos eixos. m (kg) Vil) 0,8 d. Do mesmo modo: 3,2 v =>V=4L Fisica 1. Introdugao ‘A mecdnica é 0 ramo da fisica que tem por objeto o estudo dos movimentos dos corpos e das forcas de interago entre eles. Por motivos didaticos, ela é dividida em trés partes: * Cinematica - Estudo dos movimentos independentemente de suas causas, por exemplo, ao se estudar o movi- mento de um carro, a cinemética nao se preocupa em saber o que faz 0 carro se movimentar, Dindmica ~ Estudo das causas dos mo- vimentos dos corpos. Na dindmica, 6 fundamental a relago entre forga e va- riagdo de velocidade. A dinamica trata também dos estudos da energia e do momento linear associado a um corpo. Estética — Estudo das condigdes de equilibrio dos corpos, ou seja, anali- sa as condicdes para que um corpo se mantenha em equilibrio estético ou dinamico. Comegaremos nosso estudo pela cinematica, definindo a principio alguns conceitos basicos que sero, mais adiante, complementados por outros de modo a fornecer uma conceituacao gradativa e abrangente de todas as grandezas fisicas envolvidas nos processos de movimen- tos dos corpos. 2. Referencial Dois pontos importantissimos para esse estu- do sio discutidos a seguir. © primeiro é: quando um corpo est4 em mo- vimento? O segundo: por que é necessério saber a posi- do de um corpo no espaco e no tempo? Bem, a resposta a primeira pergunta esta inti- mamente ligada ao conceito de referencial, ja que movimento é um conceito relativo. Para compreender essa afirmacao, analise por um momento, sua prépria condico numa si- tuacdo em que esta lendo este livro, sentado confortavelmente, em sua casa ou na escola. coe 2 Cinemética CAPITULO 02 « CINEMATICA ESCALAR: CONCEITOS BASICOS > | A principio, sua percepcdo afirmaria que vocé no esta em movimento jé que, no referencial de um ponto fixo na Terra, vocé néo muda de posigio no decorrer do tempo. No entanto, sabemos que a Terra esté em movimento de translagao em torno do Sol por aproximadamente 365 dias, e mais, que ela gira em torno de seu préprio eixo dando uma volta completa a cada 24 horas, aproximadamente. Tomando o raio da Terra no Equador como R, = 6,37 - 10° m chega-se ao valor aproximado de 1.650 km/h para a rapidez com que veriamos variar a posicéo de um ponto sobre a superficie da Terra no Equador, se observassemos de fora. © valor da rapidez com que a Terra descreve sua 6rbita em torno do Sol é ainda maior, pré- ximo de 108 mil km/h. Segundo esses célculos, é possivel afirmar que nossa percepsao da realidade nem sempre concorda com os fatos reals. Por isso, destaca-se a necessidade de compreender, por meio de estudos rigorosos, como as coisas séo de fato. Pelo menos até onde nosso desenvolvimen- to intelectual e tecnolégico nos permite, fica claro que o homem tem modificado significati- vamente sua compreensao do mundo em que vive para, assim, poder modificé-lo segundo as necessidades que acredita ter. Na visdo cléssica da ciéncia, é possivel prever a posi¢ao que um corpo ocuparé no futuro, se for conhecida sua posicgo num determinado momento e como essa posi¢ao variara no de- correr do tempo. Dat, as equagées do movi- mento que definiremos a seguir. Entdo, um corpo esté em movimento quando sua posigdo se altera, em relago a um dado referencial. Com respeito a segunda pergunta, é realmen- te importante saber como se modifica a posi- 80 de um corpo num referencial? Bem, mesmo que quiséssemos desprezar 0 ga- nho intelectual e atitudinal que a sistematiza- 80 de conhecimentos possibilita ao homem, que se desenvolve internamente enquanto realiza cdlculos e abstragSes matematicas, ainda teriamos que considerar 0 quanto 0 mundo e nossas atividades didrias necessitam desse conhecimento. Ginemética $6 como exemplo, saber a posigo dos corpos é imprescindivel para monitorar objetos e sa- télites, para compreender o funcionamento do GPS e de muitos outros instrumentos que se utilizam de varidveis posicionais e tempo- rais. Mas, claro, nés nem notamos tudo isso quando abrimos uma pagina de localizacao ou mapas no Google. Isso também 6 natural. Porém, para compre- ender fendmenos importantes em diversas dreas do conhecimento, necessitamos cons- truir 0 raciocinio de como as equacées ma- temidticas sao utilizadas nas ciéncias para descreverem situagdes diversas, como mo- nitoramento posicional de objetos, automé- veis etc. Entao, vamos la! © movimento geral de um corpo, em uma, duas ou trés dimensées, é descrito por trés grandezas bésicas: deslocamento, velocidade e aceleracao. Todas elas so grandezas vetoriais, mas é pos- sivel, a principio, quando o movimento acon- tece sob circunstncias definidas, simplificar a notacdo vetorial para a notacao escalar. Isso requer certo cuidado, na definicdo dessas grandezas, mas pode ser feito. Dessa forma, estudando o movimento de um corpo (mével) em uma tinica dimensio, as grandezas deslocamento (que equivale & va- riago de posigdo), velocidade e aceleracdo podem ser tratadas como grandezas escalares, ou seja, definidas por um numero e sua unida- de correspondente. © conceito de referencial é indispensdvel, no entanto, para qualquer caracterizaco de mo- vimento. Assim, para falar de movimento, te- mos também que relacioné-lo a um referencial. Isso equivale a dizer que sempre, a0 estudarmos ‘o movimento de um corpo, estamos, necessa- riamente, fixando outro como referencial 3. Repouso, movimento e trajetéria Depois de estabelecermos um referencial, ja é possivel, entéo, dizer se um corpo est, ou nao, em movimento. B Fisica Assim, se a posi¢ao do corpo variar no tempo, em relaco ao referencial adotado, o corpo es- tard em movimento e, caso contrario, estard em repouso. Note que, devido & relatividade da situacio, um corpo pode estar em movimento e em Tepouso, a0 mesmo tempo, segundo referen- ciais distintos. Pode parecer estranho, mas no é. Veja o exemplo a seguir. Vocé, enquanto viaja de casa para a escola, de carro, estar se deslocando segundo um refe- rencial fixo na Terra, o que caracteriza 0 movi- mento, mas estard em repouso para um refe- rencial fixo no carro porque, neste caso, sua posicdo relativa ao carro nao estaré variando. Veja que, no referencial do carro, sua posicéo 6 Uinica e nao se pode falar em trajetoria, nessa situagdo. Nao existe um trajeto ou percurso de deslocamento interno ao vefculo, jé que vocé no se move dentro dele. Porém, para a situa¢o de movimento, associa-se um novo conceito: a trajetéria Ela pode ser definida como 0 conjunto de pon- tos sucessivos que delimita o percurso de um corpo, ou seja, as posigdes ocupadas por ele a0 longo do tempo segundo o referencial ado- tado. Vamos imaginar uma situagéo na qual um ponto em movimento desenha no espaco as sucessivas posicdes ocupadas por ele. Observe a figura a seguir, na qual um helicéptero sobe verticalmente com velocidade aproximada- mente constante. Figura | Agora, vamos analisar 0 movimento de um ponto sob a perspectiva do piloto: ele veria um ponto pintado na hélice descrevendo uma circunferéncia, num plano logo acima de sua cabeca. coe Fisica a Figura Il Mas, se 0 mesmo movimento fosse anali- sado por um homem numa posicao fixa no solo, 0 ponto, além de girar em torno do eixo vertical do helicéptero, ainda estaria subin- do, devido ao seu movimento vertical, de modo que a trajetéria do mesmo ponto, na visdo deste segundo observador, seria heli- coidal. Veja a diferenca entre as duas traje- t6rias, comparando a figura anterior com a figura a seguir: Figura lil coe 4 Cinemética 4, Ponto material Em alguns casos, durante a modelagem de um problema, podem-se simplificar os célculos, tratando-os de forma aproximada. Um exem- plo disso é 0 caso de um estudo sobre o movi- mento de um carro, ao longo de uma rodovia muito extensa. Se 0 nosso interesse nao for descrever em de- talhes tudo 0 que acontece nos pormenores das partes do veiculo, mas simplesmente ob- servar grandezas como velocidade, aceleracao ou a posicao dele em relacdo & estrada, pode-se aproximar o veiculo a um ponto, denominado ponto material. Essa aproximacao depende do interesse do es- tudo, como foi dito anteriormente, e s6 sera plausivel se as dimensdes do objeto estudado puderem ser desprezadas quando compara- das as dimensdes relevantes do movimento. De modo geral, qualquer corpo, por maior que seja, pode ser considerado um ponto material, em determinadas condicées. ATerra, por exemplo, que possui um diémetro de 12.800 km, pode ser considerada como par- ticula (ponto material) quando nosso interesse for observa-la em seu movimento de transla- go ao redor do Sol. Nesse caso, ela descreve uma trajetéria eliptica de comprimento mui- to maior que seu raio, o que torna possivel a aproximaco sem prejuizo nos célculos. Um contraexemplo, que ilustra uma situacdo na qual essa aproximacdo nao seria aconselha- vel, pode ser percebido num problema em que é necessério calcular 0 tempo de travessia de um trem sobre uma ponte, por exemplo. Des- prezar o préprio comprimento do trem, que as vezes pode ser igual ou maior que a ponte em si, seria introduzir um erro de cdlculo da mes- ma ordem de grandeza do tempo que se est buscando medir. Nesse caso, 0 comprimento do trem nao é desprezivel com relago ao comprimento da ponte e, por isso, além de desnecesséria, a aproximacdo dele a um ponto material seria mesmo inapropriada. Ginemética EXERCICIOS RESOLVIDOS o1. O planeta Jupiter é um ponto material? Resolucao Depende do movimento estudado. Se quiser- mos analisar 0 movimento do planeta em tor- no do Sol, ele pode ser associado a um ponto. Entretanto, se formos estudar o seu movimen- to de rotacao, ele no pode ser associado a um ponto. 02. Ponto material tem massa desprezivel? Resolugo Nao. Ponto material tem dimensdes despreziveis. 03, Um garoto paralisado de medo agarra-se 20, carrinho de uma roda-gigante. O menino esta ‘em repouso ou em movimento? Resolucao Depende do referencial adotado. Em relagio a0 carrinho, o garoto esté em repouso; em relaco ao Sol, o garoto estd em movimento. Em relacdo a Terra, se a roda-gigante estiver em movimento, © garoto também estaré em movimento. 04, Um automével desloca-se numa rodovia pla- na e horizontal, numa razdo de 20 km/h. Um passageiro, sentado no interior do automével,, tem nas maos uma bolinha de gude. A bolinha 6 lancada verticalmente para cima pelo pas- sageiro e retorna em seguida para suas maos. Qual é a trajetéria da bolinha? Resolugdo Em relago ao automével, a bolinha executa um movimento cuja trajetéria é um segmento de reta vertical. 1s Fisica Em relac&o a superficie da Terra, a bolinha exe- cuta um movimento cuja trajetéria é um arco de pardbola, pois, enquanto a bolinha sobe e desce, 0 automével desloca-se para a frente ao a aa /@ e e e 05. UFRJ Helofsa, sentada na poltrona de um 6nibus, afirma que o passageiro sentado 8 sua fren- te ndo se move, ou seja, estd em repouso. Ao mesmo tempo, Abelardo, sentado & margem da rodovia, vé o nibus passar e afirma que 0 referido passageiro estd em movimento. De acordo com os conceitos de movimento e de repouso, usados em mecénica, explique de que maneira devemos interpretar as afirmacdes de Heloisa e Abelardo para dizer que ambas estdo corretas. Resolugdo Para Heloisa, a posi¢ao do passageiro sentado a sua frente permanece inalterada, portanto ele estd em repouso. Para Abelardo, a posico do passageiro muda no decorrer do tempo, portanto o passageiro esta em movimento. Ambos (Heloisa e Abelardo) esto corretos, pois 0s conceitos de movimento e de repouso so relativos, isto 6, dependem do corpo to- mado como referéncia. Fisica 5. Posicao, deslocamento escalar e distancia percorrida No caso de movimentos unidimensionais & pos- sivel, como jé foi dito, tratar uma grandeza fisica vetorial como se ela fosse uma grandeza escalar. Nesse caso, no podemos esquecer que esta- mos olhando somente para um dos atributos das grandezas vetoriais, mas que isso incorre em compreender primeiramente o que est sendo feito. Dizer que velocidade é grandeza vetorial esta absolutamente correto, pois para caracterizd-la & necessario conhecer a rapidez com que um corpo muda de posigdo no espaco, assim como a direcdo e o sentido de seu movimen- to. Sé assim é possivel saber sua nova posi¢ao, para qualquer instante posterior de observacéo. No caso de movimentos unidimensionais, 0 corpo em movimento esta restrito a deslocar-se sobre uma trajetéria definida e, assim, as informagées sobre a direcdo e o sentido de seu movimento podem ser previamente co- nhecidas. Por isso, podemos descrever esse movimento considerando apenas a intensida- de de sua velocidade, que se denomina ra dez ou velocidade escalar. Para a grandeza fisica deslocamento, que é vetorial, acontece o mesmo. A variacao da po- sigdo do corpo sobre sua trajetéria também pode ser dita escalar e, normalmente, quan- do calculamos 0 deslocamento escalar de um corpo, estamos nos referindo ao comprimento da trajetéria descrita por ele no movimento considerado e, ainda, se o movimento é a fa- vor ou contrario a orientacao da trajetéria, Dessa forma, define-se posicdo ou espaco (s) como uma grandeza escalar que permite a lo- calizagao de um mével ao longo de determina- da trajetdria, em relaco ao ponto de referén- cia adotado como origem (0) ° ts, BI 8, Na figura anterior, 0 espaco s do mével quando ele se encontra no ponto A é 80 km, ou seja, s,= 80 km. Quando ele encontra-se no ponto B, sua nova posicdo ou espaco é -30 km, que se escreve como s, = -30 km coe 16 Cinemética Observe que o espaco ndo determina se o mé- vel est em movimento ou em repouso e, em caso de movimento, nao se refere distancia percorrida por ele. O espaco fornece apenas sua localizacao. Agora, se ele mudar de posicao, pode-se dizer que seu deslocamento escalar (As) 6 dado pela diferenca entre suas posigées final (s,) e inicial (s): As=5,— No exemplo da figura anterior, o deslocamento escalar: *entreAeBé: ASqp = Sp ASpg=—110 km -30-80 Sa *eentre BeAé: ASaq= Sy Sq = 80 - (-30) ASjq= 110 km No caso do As > 0, 0 mével se desloca a favor da orientacao da trajetdria e, caso As < 0, 0 mével se desloca no sentido contrério ao da orientagao da trajetéria. O repouso é caracteri- zado pela invaridncia da posicSo, ou seja, s,= s, e As =0. Se nao hé inversiio no sentido do movimento do corpo, a distancia percorrida num determi- nado intervalo de tempo é igual a intensidade de seu deslocamento escalar correspondente e, se houver inversao, a distancia percorrida seré igual & soma dos médulos do desloca- mento da posi¢do inicial até o ponto de inver- so e do deslocamento do ponto de inversdo até sua posicao final. No Sistema Internacional, a unidade do deslo- camento escalar é 0 metro (m). 6. Fungo horaria da posi¢ao (espaco) Quando um mével esta em movimento em relaco a um determinado referencial, seu(s) espaco(s) varia(m) no decorrer do tempo. Po- demos, entao, expressar a posic¢ao de um mé- vel como uma fungao do tempo: () Ginemética Essa expresso recebe o nome de fungao hord- ria do espago e representa a lei do movimento para esse mével. A seguir, alguns exemplos de fungdes hordrias do espaco: s(t)=2-t s(t)=543-t s(t)=2-2-t+3-? No 12 exemplo, s (t) = 2 - t, dizemos que o es- paco sé diretamente proporcional ao tempo t; no 22, s (t) = 5 +3-t, s varia linearmente comt e, no 32, s(t) =2-2-t+3-t?, a relacdo entre set é uma funcdo quadratica Conhecendo-se a fun¢3o hordria do espaco de um mével, para determinar a sua posicgo em qualquer instante desejado, basta substituir esse instante de tempo na fungio e, devido a relati- vidade de qualquer movimento, nao é possivel determinar a trajetéria descrita por um corpo por meio de sua fungdo s x t. Afinal, o mesmo movimento pode ser observado de maneiras dis- tintas para dois ou mais observadores diferentes. ‘A fungo do 22 exemplo é associada ao movi- mento uniforme, cuja fungao s -t pode ser com- parada as =, + v- t, enquanto no 3¢ exemplo, a caracteristica do movimento uniformemente variado, pode ser comparada s=s,+v,t+ 2 +P. Essas fungées serdo estudadas mais profunda- mente nos médulos a seguir. 7. Classificagao dos movimentos A. Movimento progressivo De acordo com o que estudamos sobre velo- cidade, vimos que, se um mével se desloca EXERCICIOS RESOLVIDOS on, © que significa dizer que o espaco é constante? Resolugdo Significa que, em relac3o ao referencial adota- do, 0 mével se encontra em repouso. I7 Fisica no mesmo sentido com que a trajetéria foi orientada, 0 valor do espaco aumenta com 0 passar do tempo e, com isso, seu deslocamen- to e, consequentemente, sua velocidade, sio positivos: As>Oev>0 Nesse caso, seu movimento é denominado progressivo e sua velocidade instantanea, em qualquer instante considerado, é positiva tam- bém: v>0. B, Movimento retrégrado Por outro lado, quando o movimento se dé no sentido contrério ao da orientacao da traje- t6ria, ele 6 denominado retrégrado. Nesse caso, As» 03. Em uma dada trajetéria, o que podemos con- cluir quando: a. 0 espago aumenta em valor absoluto? b. 0 espaco diminui em valor absoluto? ¢. 0 espaco aumenta em valor algébrico? 4d. 0 espaco diminui em valor algébrico? Resolucdo O mével se afasta da origem. b. O mével se aproxima da origem. ©. Omével se desloca no mesmo sentido da orientagao da trajetéria, d, 0 mével se desloca em sentido contrério 20 da orientacao da trajetéria. 04, Um ponto material desloca-se sobre uma tra- jet6ria retilinea, obedecendo a seguinte fun- 80 hordria do espaco: satiated Sendo s medido em metros e t, em segundos, determine: a. 0 espago inicial; b. 0 espaco no instante t,= 15; ¢. 0 espaco no instante t, = 2s; 4, 0 deslocamento escalar entre os instantes tet, Resolugdo a. eespaco inicial é o espaco no instante Para t,=0 => s=s, 5)=(OP-4-(0)+4 = s,=4m b. Parat,=1s— s s,=(1P-4-(1)+4 = s,=1m c. Parat,=2s s=s, 5,= (22-4: (2)+4 = s,=0 As=s,-5, As = 0-4=9As= -4m 18 Cinemética 05. ( diagrama a seguir representa 0 espaco s em fungaio do tempo t, para o movimento de um ponto material que se desloca em relaco a um dado referencial em trajetéria retilinea. s (metros) 60 ‘t (segundos) Determine: a. 0 espago inicial; b. 0 deslocamento escalar entre os instantes Oe4s; c. a distancia percorrida entre os instantes Oe4s. Resolugdo ‘Aanilise do grafico nos permite concluir que: a b. «. d= |20-60] + |60-20|= 40+40=80m vote (oes) i Ginemética Conhecer a velocidade escalar média de um corpo é importante para casos em que se de- seja, por exemplo, saber uma estimativa do tempo de viagem entre duas cidades. E claro que, durante uma viagem de Sao Paulo ao Rio de Janeiro, um motorista acelera, para, anda trechos do percurso com velocidade constante e chega até mesmo a ficar algum tempo estaciona- do para o almoco. No entanto, como informagao interessante a um turista, nao é necessario que se conhegam os detalhes de cada viagem feita de So Paulo ao Rio, mas, em média, qual é o tempo aproximado da viagem. Para efeito de célculos, basta conhecer o des- locamento escalar entre as duas cidades e o tempo de viagem. Dai, de forma simples, 6 possivel estimar o tempo que ela levaria para perfazer o trajeto com base no que denomina- mos velocidade escalar média. A velocidade escalar média de um corpo ndo 6, no entanto, a Unica forma de se definir velo- cidade. Existem outras formas que consideram a velocidade ponto a ponto do movimento, ou ainda como a taxa média ou instantanea de variagdo da posicao do corpo em rela¢o ao tempo. 1. Velocidade escalar média A primeira ideia que fazemos da velocidade est associada a rapidez. Quanto maior for a velocidade de um carro, mais répido ele se mo- vimentara e, portanto, maior sera a disténcia percortida por ele num dado intervalo de tempo. Como sabemos, o conceito de rapidez est as- sociado a velocidade escalar, e no represen- ta nosso conhecimento com relacdo ao vetor velocidade. Isso quer dizer que dois corpos que se movimentam de forma totalmente di- ferente, em trajetérias diferentes, podem ter associados aos seus respectivos movimentos 0 mesmo valor de velocidade escalar. Nesse caso, considera-se a rapidez com que um mével varia sua posi¢go no decorrer do tempo e define-se sua velocidade escalar mé- dia como a razo entre o deslocamento escalar do corpo, ao longo de sua trajetéria, e o tempo gasto nesse percurso. Note que, nesse caso, 9 Fisica CAPITULO 03 « VELOCIDADE ww deve-se conhecer a trajetéria do corpo, pois, mesmo que ela nao seja retilinea e a distancia percorrida por ele nao seja a menor distancia entre dois pontos, ainda é possivel medir sua trajetéria e calcular sua rapidez. Veja a figura a seguir: Trajetéria Deslocamentos sucessivos (retos) sobre a trajetéria, Importante A distancia percorrida pelo mével é sempre um numero positivo, no entanto, quando associamos essa distancia ao deslocamento, dito escalar, 0 sinal positive do deslocamento serd relacionado a0 movimento no mesmo sentido da orientacdo da trajetéria e 0 sinal negativo do desloca- mento, a0 movimento em sentido contrario. Vejamos um exemplo. Suponha que um carro passe pelo km 50 de uma rodovia as 7 horas da manhi e pelo km 110 as 10 horas da manha do mesmo dia, con- forme mostra a figura. Or @ioh ke i0 k50 De acordo com os dados, o deslocamento do carro, a0 longo da rodovia, foi de 60 km (110 — 50) num intervalo de tempo de 3 horas (10-7), 0 que nos permite afirmar que, em média, 0 carro deslocou 20 km a cada hora. Esse resultado (20 km/h) representa o valor da velocidade escalar média. Desse modo, define-se: Velocidade escalar média é a razdo entre o deslocamento escalar (As) e 0 intervalo de tempo (At) correspondente. coe Fisica Essa velocidade no depende da forma da trajetéria (retilinea ou curvilinea) e 0 des- locamento escalar (As) pode ser positivo, negativo ou nulo. J4 0 intervalo de tempo (At) é sempre positivo, pois o momento fi- nal da observacao é sempre posterior ao inicial, assim: * quando As > 0, a velocidade escalar média ¢ positiva; nessas condigées, 0 mével desloca-se a favor da orientacao da trajetéria; quando As < 0, a velocidade escalar média é negativa; assim, o mével deslo- ca-se no sentido contrério ao da orien- taco da trajetoria; quando As = 0, a velocidade escalar média é igual a zero; 0 mével perma- nece em repouso, ou ele finaliza o mo- vimento no mesmo ponto do qual par- tiu — 0 espago final (s) coincide com 0 espaco inicial (s,) — 0 que s6 € possivel quando o mével retorna pela mesma trajetéria de ida. Observe que, nesse caso, existem dois movimentos envol- vidos: 0 de ida e o de volta, segundo 0 mesmo trajeto. No Sistema Internacional, a unidade do deslo- camento escalar é 0 metro (m) e a unidade de intervalo de tempo é o segundo (s). Assim, a unidade de velocidade escalar média é metro por segundo (m/s). Na prética, € muito comum a velocidade ser expressa em km/h (quilémetro por hora). Sendo 1 km = 1.000 me 1h = 3.600 s, temos: 4.000 4k + m/s 1km/h m/h= Portanto, para transformar velocidade em km/h para m/s, basta dividir o valor por 3,6. Exemplo: 90 km/h 20 m/s = 72 km/h coe 20 Cinemética 2. Velocidade média © conceito de velocidade média é um pouco diferente por se tratar da taxa de variacdo da posi¢ao do corpo no tempo. Nesse caso, é ne- cessario conhecer a funcao da posigao e cal- culd-la para os dois instantes entre os quais se deseja determinar a velocidade média. Assim, nosso conhecimento de fungées e dos gréficos de funcdes deverd ser suficiente para nos auxiliar na compreenso do conceito de velocidade média e do conceito de velocidade instantanea Quandb a relaco s - t é conhecida, a velocida- de média nada mais é do que a taxa de varia- 80 média da funcdo posigao s (t) entre dois instantes quaisquer: s,(t)-s,(t) tot, Para determiné-la a partir do grafico da fun- go, basta olhar para a inclinacao da reta se- cante que corta a funcdo em dois pontos dis- tintos: As Note que tg 0 = v,, é a inclinagdo da reta se- cante a curva s (t), ou seja, a média da taxa de variago da funcao entre os dois instantes considerados, t, e t, Ginemética Observacao E possivel encontrar problemas nos quais se usa a notagdo velocidade média sem sequer mencionar a equacao do espaco. Nesses ca- 50s, 0 estudante deve interpretar que o que est sendo pedido é o valor da velocidade es- calar média. A velocidade instanténea refere-se também & taxa de variagdo da fungdo posi¢ao, quando considerados intervalos de tempo infinita- mente pequenos, como veremos a seguir. Fisica 3. Velocidade instantanea Em um movimento, a velocidade escalar ins- tantdnea é uma grandeza que relaciona a posi- 0 (ou espaco) (5) e 0 tempo (t) de modo que © intervalo de tempo necessdrio para passar de uma posicao a outra é extremamente pe- queno, ou seja, a velocidade instantdnea da a velocidade do mével considerando dois ins- tantes to préximos, que é possivel considerar que t,—t, 0 (— lé-se: tende a). Observe o grafico abaixo no qual os instantes t, ¢ t, so extremamente préximos % As Al At=t,—t, +0 A inclinagao da reta tangente & fungiio em cada ponto nos dard a informacao de quanto vale a velocidade nesse instante, ou na média dos instantes, muito préximos, considerados. Veja que 0 cdlculo da velocidade instantanea também é restrito ao cdleulo da inclinagdo de uma reta com relaco ao eixo horizontal quando se conhece a fungao s-t. Porém, isso é um assunto da matematica, que deverd estender-se até cdlculos de limites e deri- vadas que nao fazem parte do presente estudo. Nesse momento, é suficiente compreender que: 1._avelocidade instantanea é dada pela inclinagdo da reta tangente & fungdo s xt, em cada ponto. 2 miais, é a seguinte: a regra mais simples de derivaco, que pode ser feita aqui por tratar-se de fungdes polino- Seja s(t)=a-t ds (t w= Fe att ‘Que é a funcdo horéria da velocidade. Nota: se s(t) for a adigio de varios termos polinomiais, v(t) serd a adi¢ao da derivada de cada um desses termos. 2 coe Fisica Cinemética Veja 0 exemplo: s(t) =-1-1)+2-P-4-t!+5- 10 (note que os expoentes 1 e 0 de t nem precisavam aparecer, mas foram marcados para esclarecer ds w=F v(t) os calculos a seguir: B-(-1)-t2 2-2-1772 $1-(-4)- th 40-517 “3 +4 toa Observagao — A velocidade instantanea de um mével é, necessariamente, tangente a trajetéria dele, em qualquer instante considerado. EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. Duas pessoas fazem uma viagem de 200 km em dois carros. Uma delas faz 0 trajeto sem pa- radas e com uma velocidade escalar média de 80 km/h. A outra faz uma parada de meia hora e mantém, antes e apés a parada, uma velocidade escalar média de 100 km/h. Qual delas completa © percurso no menor intervalo de tempo? Resolucao O tempo gasto pela pessoa que faz o percurso sem paradas, percorrendo 200 km com uma velocidade escalar média de 80 km/h, & 200 km 80 km/h A outra pessoa faz 0 percurso de 200 km a 100 km/h, mas com uma parada de meia hora (0,5h). Assim, 0 tempo gasto na viagem é de: tyes = Atvogem + At, t= 200km 'J00 km/h => At=2,5h +0,5h= Aty., =2,5h Assim, ambas completam o percurso no mes- mo tempo. 02. Cefet-CE Jogo viaja, em seu carro, de Fortaleza para Beberibe, mantendo uma velocidade média de 72 km/h. A distancia percorrida ao longo da estrada (suposta retilinea) é de 72 km. Se a velocidade média de Joao fosse 20% menor, a duragdo de sua viagem aumentaria____minutos. a.10 b.15 18 4.20 e.25 Resolugao A velocidade média de Jodo é 72 km/h. Logo, © tempo necessério para percorrer 72 km é de 1h. Reduzindo a velocidade média em 20%, a nova velocidade média de Joao seré 0,8 - 72 km/h. A duragdo da viagem serd, entéo: At= As /v=72/(0,8-72)=1/0,8=1,25h Um quarto de hora a mais que antes, ou 15 minutos de acréscimo, Resposta B 03, PUC-RJ No grafico abaixo, observamos a posi¢o de um objeto em fungdo do tempo. Podemos di- zer que a velocidade média do objeto entre os pontos inicial e final da trajetdria, em m/s, 6: 10. 05: 09. igi (m) Bos. “10. 0 @ "120 180 Tempo) 240" 300" 360 a b. « WIN wine a 23 Resolugao As _ (5, At (t, Resposta A 22 Ginemética 04, Um corpo tem seu espaco variando com o tempo segundo o grafico abaixo: s(m) EX) o 30 Ts) Calcule: a. a velocidade média entre os instantes 0,0 7,0s; b. a velocidade instanténea no instante 10. Resolugdo a. Calculando pelo grafico do espaco po, temos: stem) tem- o 50 i) b. Tracando uma reta tangente ao grafico no instante t = 5 s, tem-se: (mn) ° 30 ts) 8,4-4,0— Fisica 05. A posi¢ao de um mével em sua trajetéria varia conforme a fungao hordria: s=t-4-t+4 (SI) Determine o instante em que o mével inverte 0 sentido do seu movimento. Resolugao Quando 0 mével inverte o sentido do movi- mento, sua velocidade escalar se anula. Para resolver o problema, determinemos ini- cialmente a funcao hordria da velocidade e, fa- zendo v = 0, obtemos o valor correspondente do tempo. 2-4 ttd ds v=—=2-t-4 dt v=2-t-4 (SI!) Fazendo v = 0, vem:2-t-4=0 2t=4ot Para melhor ilustraco do exemplo, apresen- tamos a seguir os graficos cartesianos das fun- Ges: P-4-ted 2t-4 s(m) v (m/s) 4 Note que, entre 0 e 2s, 0 movimento é retrd- grado (v < 0) e, apés t = 2 s, o movimento é progressivo (v > 0). Fisica Na classificag3o dos movimentos, devemos sempre observar a velocidade com que um mével se desloca. Ela sempre nos indicaré 0 tipo de movimento, pois como jé foi dito an- teriormente, a velocidade instanténea de um corpo é sempre tangente a trajetria descrita por ele, em cada ponto. © movimento mais simples que um corpo pode ter é regido por uma velocidade escalar constante. Se, porém, essa velocidade coinci- de com sua velocidade média e instantanea, ou seja, se a velocidade for invariante em in- tensidade, direcdo e sentido, estamos falando de um movimento com velocidade constante e denominado movimento retilineo e uniforme (RU). No movimento retilineo e uniforme, a ve- locidade escalar instantanea é constante e n&o nula. No movimento retilineo e uniforme, um corpo percorre deslocamentos iguais em intervalos de tempo iguais. Observe a figura. v=4m/s (constante) » ‘Acima, a velocidade do mével é constante e igual a 4 m/s, 0 que implica que, em cada in- tervalo de tempo de 1s, ele percorre 4m. Como, no movimento retilineo e uniforme, a velocidade escalar instantinea é constante, entdo ela é igual 4 velocidade escalar mé- dia: v= v,,. Assim, podemos escrever: y 4s "At 1. Fungo hordria da posi¢o (espaco) Para chegar & funcdo hordria do espago, que calcular a posicao do mével des- crito por ela, em qualquer instante de tempo, 2 Cinemética CAPITULO 04 * MOVIMENTO RETILINEO UNIFORME (MRU > | t-t,na vamos substituir As = s~ s, ¢ A\ a expressao anterior e reescrevé-la assim: “(t-t) Se considerarmos 0 instante inicial de obser- vacao igual a zero (t,= 0), obtemos: Essa expresso é denominada fungéo horéria do espago do movimento uniforme. 2. Diagrama hordrio da posigao (espaco) ‘A fungao horaria do espago do movimento uniforme (s = s,+ vt) € uma fungdo do pri- meiro grau do tipo y = a - x + b, ou seja, uma fungao linear. Vamos comparar as duas equasées, de modo a perceber quais sdio as constantes e quais as variéveis de ambas, destacando as varidveis em negrito e mudando a posisao na escrita para facilitar a comparagao: Coeficiente angular Coeficiente linear | Varidvelindependente aridvelindependente Variével dependente_[yij=bea-x sit Na primeira, (b) & 0 coeficiente linear e é 0 ponto no qual a funco intercepta o eixo verti- cal ye (a) é a tangente do angulo que a reta faz com 0 eixo horizontal x. Na segunda equacao, vemos que a forma de se representar st 6 id€ntica, como mostra a figura: ye) Ginemética A representaco gréfica do espaco (s) em fun- 40 do tempo (t), conhecido como diagrama horério, é um segmento de reta. Quando 8, 0 angulo que a fungdo faz com o eixo horizontal, ¢ agudo, sua tangente é po sitiva e temos uma fungo crescente. Esse é exatamente 0 caso do movimento progressi- vo, pois ele é realizado no mesmo sentido da trajetéria Caso contrério, se @ 6 um 4ngulo obtuso, sua tangente é negativa e temos um movimento com velocidade negativa que corresponde ao movimento contrério & trajetéria, portanto retrégrado. Veja que, no caso do movimento retrégrado, a funcao é decrescente A seguir, temos a relago entre a velocidade, 0 deslocamento escalar e o intervalo de tem- po no grdfico do espaco em funcao do tempo para esse movimento: s 25 Fisica 3. Diagrama hordrio da velocidade Como a velocidade escalar é constante, o gré- fico da velocidade em fungao do tempo é 0 mostrado na figura seguinte. Progressivo Retrogrado Progressivo Asta As>0 t As<0 AsS-A Retrogrado O deslocamento escalar pode ser relacionado a rea entre o grafico e 0 eixo horizontal, con- tanto que se observe que, se a velocidade for positiva, o deslocamento relativo também o serd, e, se a velocidade for negativa, o desloca- mento seré numericamente igual a drea, mas com sinal negativo. Observacao Uma anilise dimensional pode ser sugestéo de método para sabermos qual a unidade de uma grandeza encontrada através de uma re- ago matemética, levando em consideracgo que sé podemos somar ou subtrair grandezas de mesma natureza. Exis tye t Nesse caso, supondo que vocé saiba que a posicao (s) de um corpo é dada em metros e que o tempo na equacao acima seja dado em segundos, a unidade da grandeza velocidade (v) deve ser tal que, quando multiplicada por segundo, resulte na unidade metro, pois o pro- duto vt seré somado & posigo inicial s,, que tem a mesma unidade de medida da posi¢io, o metro. coe Fisica 4. Velocidade escalar relativa Consideremos duas particulas A e 8 movendo-se em uma mesma trajetéria e com velocidades escalares v, e v, , em duas situacdes distintas: movendo-se no mesmo sentido e em sentidos opostos, A velocidade escalar que uma das particulas possui em relacéo a outra (tomada como referéncia) ¢ chamada de velocidade relativa (Vga) € 0 Seu médulo é calculado como relatamos a seguir: A. Méveis em sentidos opostos Cinemética 5. Movimento relativo uniforme Se dois méveis, ao longo da mesma trajetéria, mantiverem constantes suas velocidades esca- lares, logo um em relacdo ao outro executard um movimento relativo uniforme, aproximan- do-se ou afastando-se um do outro com velo- cidade relativa de médulo constante. Dessa forma, podemos estabelecer a seguinte expresso para este MU: Sao At (constante #0) Veet Os processos de encontro ou ultrapassagens de méveis sao analisados normalmente atra- vés de movimento relativo. Suponha, por exemplo, duas particulas trafe- gando na mesma trajetéria com velocidades escalares constantes, v, @ V,, @ separadas ini- cialmente por uma certa disténcia D,, como B. Méveis no mesmo sentido. indica a figura a seguir. y y vy =9— =o —9= A A 8 Como os movimentos tém sentidos opostos, a velocidade relativa é dada em médulo por: Veer = [val + [Val Observacao Ao estabelecermos um movimento relativo entre méveis, um deles é tomado como refe- rénciae, portanto, permanece parado em rela- 40 a si mesmo, enquanto 0 outro se aproxima ou se afasta dele com uma certa velocidade relativa. Observe isso no esquema abaixo. Parado coe 26 ‘Tomando-se um dos corpos como referéncia, 0 outro terd, até o encontro, um deslocamento relativo de médulo D,. O intervalo de tempo (At) gasto até o encontro serd calculado assim: Parado Ginemética EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. Um carro se desloca em uma estrada retilinea com velocidade escalar constante. A figura mostra as suas posiges, anotadas em intervalos de 1 min, contadas a partir do km 30, onde se adotou t= 0. <0 te1min t=2min t=3min SS Se am ae 9 9 9 km30 km28 km26.—km24 Responda ao que se pede. a. 0 movimento é progressivo ou retré- grado? b. Qual éasua velocidade escalar em km/h? ¢. Qual é a indicagdo de seu velocimetro? Resolucao a. E retrégrado, pois suas posigdes sio decrescentes no decorrer do tempo. b. Observa-se que, a cada minuto, o carro retrocede 2 km na rodovia, ou seja, apresenta As=-2km, Logo: As v=—= At 1min v ©. 0 velocimetro esté indicando 0 médulo da velocidade escalar constante do carro: 120 km/h 02. UERJ Um foguete persegue um avido, ambos com velocidades constantes e mesma direcdo. Enquanto o foguete percorre 4,0 km, o avido percorre apenas 1,0 km. Admita que, em um instante t,, a distancia entre eles é de 4,0 km e que, no instante t,, 0 foguete alcanca 0 avigo. No intervalo de tempo t,t, a distancia per- corrida pelo foguete, em quilémetros, corres- ponde aproximadamente a: a47 b.53 6,2 4.86 Fisica Resolugao v=constante MU avy t, Foguete Aviso P/foguete s,=O+4-v,-t No encontro, 5, 4eyet Substituindo 0 tempo de encontro na equacao do movimento do foguete, temos: , 4 _16 o+4 33 km % ay 3 Resposta B 03. © grafico a seguir representa aproximada- mente a velocidade escalar de um ciclista, em funcao do tempo, durante uma viagem de 3,0 horas. Av (km/h) 30 15 0 10 2,0 t(h) Determine, nessa viagem: 3,0 a. 0 deslocamento escalar do ciclista; b, a sua velocidade escalar média. Resolugdo a. Observa-se no grafico que o ciclista execu- ta duas etapas em movimento uniforme: viaja a 30 km/h nas primeiras 2 horas e, a seguir, a 27 Fisica >» 15 km/h na ultima hora de viagem. Em cada etapa, temos: As=v- At As, = (30) - (2) = 60 km As, = (15): (1) = 15 km Logo, na viagem toda, temos: Asi) = AS, + AS, = 60+ 15 ASpyy)= 75 km 04, Um mével, em movimento retilineo e retré- grado, possui velocidade constante e de valor absoluto igual a 5,0 m/s. No instante t = 0, ele se encontra em um ponto situado a 20 m a di- reita da origem dos espagos. Supondo que a trajetéria tenha orientacao positiva para a di- reita, determine: a. a fungo horéria do espaco; b. 0 instante em que o mével passa pela origem dos espacos. Resolugao a. apresenta s, Trata-se de um movimento uniforme que 0m e v=—5,0 m/s (retrégrado). t=0 -5,0m/s V1 0 20m Sendo: s=s,+v-t=s=20-5,0-t (SI) b. Origem dos espagos: s = 0 Assim: 0= 20-5,0-t=t=4,0s 05. A tabela a seguir apresenta as posicdes ocupa- das por um mével, em movimento uniforme, em fung3o do tempo. stm) 10 ts) 2 4 6 8 -2 -10 0 Ww 2 A partir da tabela anterior, faga o que se pede. a. Dé 0 formato da trajetéria do mével. b. Construa o diagrama hordrio do espaco ecalcule a velocidade escalar do mével. 28 Cinemética ¢. Determine a posigao (s,) do mével no instante t = 0. d.Escreva a fungéo horéria do espaco para esse mével. Resolucao a. Indeterminada, pois ndo hd dados para apontar 0 seu formato. b. Graficos-t: sm) 20 of ts) g 40 v=tg0=—=5m/s 8 ¢. Escolhemos um ponto qualquer da tabela Por exemplo: t= 8,05 es = 10m Substituindo na fungio hordria s=s,+v-t, temos: 10=s,+5 (8) 10=5,+40 => 5)=-30m d. Sendo s, =-30mev=5,0m/s, temos: S=S,+v-t =s=-3045-t (SI) 06. Udesc Dois caminhées deslocam-se com velocidade uniforme, em sentidos contrarios, numa rodo- via de mao dupla. A velocidade do primeiro ca- minhio e a do segundo, em relacao & rodovia, 80 iguais a 40 km/h e 50 km/h, respectiva- mente. Um caroneiro, no primeiro caminhao, verificou que 0 segundo caminhao levou ape- nas 1,0 s para passar por ele. O comprimento do segundo caminhdo e a velocidade dele em relago ao caroneiro mencionado sao, respec tivamente, iguais a: a. 25m e90km/h b. 2,8me 10 km/h ¢. 4,0 me 25 m/s d. 28 me 10 m/s e.14me50km/h Ginemética Resoluco Velocidade relativa: Ypg = 40+50= 904 (= 25%n/s) Seja Lo comprimento do segundo caminhéo. Assim: L L Vege) = >= 25=—— = L= 25m At 1,0 Resposta A 07. UERJ Dois automéveis, M e N, inicialmente a 50 km de distncia um do outro, deslocam-se em ve- locidades constantes na mesma direcdo e em sentidos opostos. O valor da velocidade de M, em relacao a um ponto fixo da estrada, é igual a 60 km/h. Apés 30 minutos, os automéveis cru- zam uma mesma linha da estrada. 29 Fisica Em relacdo a um ponto fixo da estrada, a veloci- dade de N tem o seguinte valor, em quilémetros por hora: a. 40 b. SO c. 60 d. 70 e. 80 Resolugao 50 km _ 50 km. 30min 0,5h 40 km/h Resposta A Fisica >») 1, Aceleragao escalar média Quando a velocidade de um mével varia no decorrer do tempo, dizemos que o movimento apresenta aceleracdo. Suponha que a veloci- dade de um mével seja v, no instante t, e que a velocidade seja v em um instante posterior, t. Nessas condigées, definimos: Acelerago escalar média ¢ a razio entre a variagdo de velocidade escalar instantanea e © correspondente intervalo de tempo. _Av_v=¥ At tt No Sistema Internacional, a unidade de acele- m/s s A aceleracao escalar média pode ser positiva, negativa ou nula, mas, como o intervalo de tempo At é sempre positivo, temos: ragdo €™/S = m/s*. + se v>v, a aceleragio escalar média positiva; Se V < Vy, a aceleragio escalar média é negativa; se v = v,, a aceleracdo escalar média é nula. 2. Aceleracao instantanea A aceleragdo escalar instantdnea ¢ a acelera- ¢4o que um mével possui em cada instante de movimento. Nos movimentos nos quais a ace- leraco escalar instantanea é constante, ela ¢ igual a aceleracao escalar média. De modo anélogo ao que foi feito para calcular a velocidade instantdnea, pode-se obter a acelera- 640 instantanea por meio da funcdo vt, como a taxa de variacdo instantanea da velocidade en- tre dois instantes to préximos que tt, > 0. 30 Cinemética CAPITULO 05 * ACELERAGAO > | Note que 0 conceito é o mesmo que foi apre- sentado antes: a taxa instantanea de variagao. ‘Agora é como se dé a variacdo da velocidade que nos interessa, mas a forma de célculo é a derivagao da funcao velocidade - tempo, como explicado anteriormente. Sejav(t)=a-t" neath) (t) a ee que é a fungao horéria da aceleracao. Nota: se v (t) for a adicgo de varios termos polinomiais, a (t) serd a adi¢ao da derivada de cada um destes termos. Veja o exemplo: v (t)=—4-18+2- 8 Iv d (t= = 6-(-4)-t84 42-2. 4 a(t) at (4) tt + a(t)=-24- B+4a-t 3. Diagrama horario da aceleracio No caso da aceleragao constante, o diagrama hordrio mostra uma reta paralela ao eixo ho- rizontal, podendo ser positiva (Av > 0) ou ne- gativa (Av <0), como mostra a figura a seguir: Ginemética EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. Um meével possui velocidade escalar de 5,0 m/s. Sendo acelerado durante 10 s, atinge a veloci dade escalar de 25 m/s. Determine a aceleracao escalar média para esse mével. Resolucao Av _25-5,0 At 10 =a, =2m/s? Uma aceleragio escalar média de 2,0 m/s? significa que a velocidade escalar instantanea variou em média de 2,0 m/s a cada segundo. 02, Um automével, movimentando-se a 90 km/h, 6 freado e para em 10 s. Determine a acelera- 0 escalar média durante a frenagem. Resolucao Sendo 90 km/h Av _ 0-25 "at 10 5 m/s, temos: =a, =-2,5m/s? Nesse exemplo, temos a velocidade escalar instanténea positiva e a aceleracao escalar média negativa. Isso significa que, no decorrer do tempo, a velocidade escalar instantanea diminui, pois a aceleracao média possui sinal contrario ao da velocidade e, consequente- mente, contrario ao da trajetoria. Fisica 03, Um ponto material desloca-se segundo a funcdo horaria do espaco: s=t42-4+4-t-12 (SI) Determine, no instante a, 0 espago; b. a velocidade escalar; ¢. aacelerago escalar. Resolucao. a. Parat=1s—s=s, =1s: s,=18+2-2+4-1-12=95,=-5m ds S_3 dt Parat=1sv=\, bv Peat ed P+4-1+4=>y,=11m/s a= =6-t+4 lssaza, 1+4=9 a, = 10 m/s? Fisica >») Em relaco a um dado referencial, um movi- mento é considerado uniformemente variado (MUV) quando apresenta aceleracdo escalar constante. Nessas condi¢des, a velocidade escalar (v) do mével varia linearmente com 0 ‘tempo, e 0 espaco (s) do mével varia com o tempo segundo uma funcao do 2° grau. Assim, no MUV, temos: Av a * a fungdo horéria da velocidade ¢ uma fungi linear, ou seja, v= f (t) é do 12 rau; * a fungdo horéria do espaco (s) é uma fungio quadratica, ou seja, s= F(t) é do 2° grau. aceleragao escalar constante: a= a, = 1, Fungo hordria da velocidade A partir da definicfo de aceleragao escalar, pode-se obter a funcao hordria da velocidade, v= f(t), da seguinte forma: v-Vo t o Considerando t,= 0, obtém-se: V-Vo t Nessa expresso, denominada funcao hordria da velocidade para 0 MUV, v, é a velocidade inicial do mével e a é a aceleracao escalar. Para qualquer instante t > 0, a funco hordria nos fornece a velocidade v do mével. vevyytact => 2. Diagrama horario da velocidade J8 que a fungdo horéria da velocidade de todo MUV é do primeiro grau, o grdfico ve- locidade - tempo teré a forma de uma reta in- clinada, a partir da velocidade inicial v,. 32 Cinemética CAPITULO 06 * MOVIMENTO RETILINEO UNIFORMEMENTE VARIAI > | 3. Velocidade escalar média no MUV Sabemos que a razdo As/At fornece a veloci- dade escalar média de qualquer movimento Entretanto, no MUV, ela também pode ser calculada através da média aritmética das ve- locidades instantaneas inicial (v,) e final (v).. Observe a demonstracio a seguir: As* drea(A) a Votv 2 De modo geral, a velocidade escalar média no MUV pode ser determinada entre dois ins- tantes quaisquer (t, e t,), obtendo-se a média aritmética das velocidades escalares desses instantes (v, e v,), ou seja: +¥, 2 Pela velocidade escalar média calculada, po- demos também determinar o deslocamento escalar relacionado. Por exemplo, um carro ‘em MUV que varia sua velocidade escalar de 15 m/s para 25 m/s, num prazo de 4,0 se- gundos, desloca: As=v,-At Ginemética 4, Fungo hordria da posico (espaco) De modo geral, 0 deslocamento escalar (As), num certo intervalo de tempo (At), pode ser determinado por meio do célculo da érea exis- tente entre o grafico v - te 0 eixo dos tempos. Essa area ¢ limitada pelo intervalo de tempo escolhido, conforme mostra a figura a seguir. v No caso particular do movimento uniforme- mente variado, o grafico da funcao horaria da velocidade é um segmento de reta inclinado, como pode ser visto na ilustragdo a seguir. Velocidad t Tempo EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. Um automével com velocidade escalar de 90 km/h (ou seja, 25 m/s) é freado uniforme- mente e para apés 10 s. Analisando essa fre- nagem, calcule: a. a aceleracao escalar do carro; b, 0 seu deslocamento escalar até parar. Resolugao vevytact 0=25+a-10=a a. 2,5 m/s? 33 Fisica Nesse caso, o deslocamento escalar é dado, numericamente, pela érea do trapézio desta- cado no grafico. Lembrando que a area de um trapézio é dada por: ( Obtemos, para o deslocamento: ae-(238) a8 Observagao — Na expresséo acima, note que V+Vp (4 aritmética das velocidades entre dois instan- tes, no MUV. Sendo v=v,+a:t, As base maior + base menor J atu 2 2 | € a velocidade média, ou a média Finalmente, rearranjando os termos, tem-se: ae exit 2 que é a funcdo hordria do MUV. test? -2, As=25-10+ 10? = As=125m Podemos também calcular 0 deslocamento escalar sem utilizar a aceleracao escalar. Vo tv Observe At=|—2 At 2 0 10=125m As coe Fisica >» ‘A fungo hordria do espaco de um mével é dada por: s=2+3-t+4-t (SI) Determine para esse movimento: a. 0 espago inicial (s,), a velocidade inicial (v) a aceleraco escalar (a); b. a funcdo hordria de sua velocidade. Resolugao a. Trata-se de um movimento uniformemen- te variado, pois a fungao hordria dada é do 22 grau, ou seja: 02. a cr »~ Metade da aceleracio tovjrt + Espagoincial Velocidade incial Por comparagao com a fungao dada, temos sy=2m 3m/s Qs b. Pela fungdo hordria da velocidade do MUY, vem: vevjtart > v=348-t a =8m/s? (sl) Pode-se também obter a funcdo acima direta- mente por derivagao (ds/dt). 03. O grafico abaixo representa a posicao (espa- 0) em funcao do tempo para o movimento de uma particula, que tem aceleracao esca- lar constante. Cinemética Pede-se: a. instante (t) em que a particula para; b. a sua velocidade escalar inicial (v,); ¢. a sua aceleragao escalar (a); d. a funco hordria do espaco do mével. Resolugdo a. No grafico, o instante do vértice da pa- rébola (t = 2,0 s) indica 0 momento em que ocorre a inverséo de sentido do movimento (0 mével passa de progressivo para retrégrado), ou seja: v=0=t=2,0s b. Nota-se pelo gréfico que, nos dois primei- ros segundos de movimento, a particula teve uma variacao de espaso igual a As 0-5,0=4,0m Logo, sua velocidade escalar média foi de: As _4,0m At 2,0s =2,0m/s Lembrando que a velocidade média no MUV equivale & média das velocidades inicial e final, ver: vey, Vp = pt em que v=0 (inversdo) Assim: 0 2,0=2*¥0 = y,=4,0 m/s 2 . Usando a funcdo hordria da velocidade do MUY, temos: v= vj tat, em que v=Oemt=2,05. Logo: 0=4,0+a-2,0 = a=-2,0 m/s? dos v a ty tte 2 Substituindo na funcao os valores do espaco inicial (5, = 5,0 m, pelo gréfico), da velocidade inicial (v,) e da aceleragao escalar (a) da parti- cula, vem: 0 +4,0-t+ -2) “e Essa expressdo representa a equagdo da parabola do grafico s-t dado. 34 Ginemética 5. Diagrama horario da posi¢ao (espaco) Essa expresso, s = so +vo-t+ 2-t?, 6 deno- s, gn 2 minada funco horéria do espagd no MUV, na qual s)6 0 espaco inicial; v, & a velocidade ini- cial e a é a aceleracdo do movimento. Como sabemos, a representacao grafica de toda funcdo matemética do segundo grau é um ramo de parabola, assim a representacao grafica da funcdo é: s Pardbolas (inversio) A concavidade da pardbola do grafico s - test associada ao coeficiente do termo t? e sera voltada para cima quando a aceleraco escalar do MUV for positiva. Se a aceleracao escalar for negativa, a concavi- dade da parabola seré voltada para baixo. Devemos observar que, como jé foi dito, a aceleracdo num MUV é constante e, por isso, ela serd sempre negativa, ou sempre positiva, para um movimento qualquer. Jé a velocidade poderd ser negativa ou positiva, dependendo do intervalo de tempo considerado. Nos casos em que a aceleraco for negativa, a velocidade serd uma funcio crescente até 0 instante de inversao do sentido do movimen- to, pois toda parabola com concavidade para baixo tem um vértice que € 0 ponto maximo da fungao. A partir desse ponto, no qual a velocidade é nula (v = 0), a velocidade seré uma funcao de- crescente e 0 movimento, que até entdo era progressivo, passa a ser classificado como re- trégrado, pois o mével estaré ent&o se moven- do em direco oposta aquela de orientacio da trajetoria Da mesma forma, podemos analisar o caso de aceleraco constante e positiva: a concavida- de da pardbola é voltada para cima, portanto Fisica © gréfico terd ponto de minimo, que coincide novamente com o ponto de velocidade nula Nesse ponto, o mével para, a fim de inverter ‘0 sentido de movimento, de modo que, até o vértice da parabola, a funcdo da velocidade seja uma funcao decrescente e o movimento seja retrégrado. A partir da inversdo (v = 0), a funcdo da velocidade serd crescente e o movi- mento passa a ser progressivo. 6. Equagao de Torricelli Como vimos na seco anterior, o movimento uniformemente variado pode ser descrito por meio das fungées do espaco, da velocidade e da aceleraco, que, neste caso, é constante Na figura a seguir, temos os dois graficos pos- siveis da velocidade em funcao do tempo para o MUV. aro oO t A partir do grafico da velocidade, podemos de- terminar a aceleracao do movimento unifor- memente variado, conforme mostra a figura A equacio denominada equagdo de Torricelli relaciona a velocidade escalar com o deslo- camento escalar, num movimento uniforme- mente variado, de modo independente do tempo. Para obté-la, vamos utilizar as duas expressdes seguintes: V+V, As= 2 Substituindo a 2? equacio na 1? , obtemo: W¥) 6 as a 2-a )-at @ a= vw Dessa expresso, resulta: vi +2-a-As Essa expresso € a equacdo de Torricelli para o MUV. coe Fisica Cinemética 7. Reclassi Para uma melhor compreensao dos movimentos variados, é importante que se saiba classificé-los, além dos aspectos ligados ao sinal da velocidade, ou seja, se o mével vai (progressivo) ou volta (retrégrado) na trajetoria, como acelerado ou retardado. Essa classificagio permite-nos identificar se 0 mével esté aumentando sua velocidade em inten- sidade ou se esta freando. Veja o quadro a seguir. cago dos movimentos Movimento acelerado v>Oea>0 v0 Movimento retardado v>Oea<0 v<0ea>0 £0 movimento em que a intensi- a a dade da velocidade diminui. Isso vy — ——v ocorre quando a velocidade e a aceleragdo tém sinais contrérios. Orientagao da trajetéria Orientacdo da trajetéria O produto de a por v é um numero negativo, ou seja, a - v<0 EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. UniSEB-SP © mével A, que inicialmente estava em repou- 30, desloca-se com aceleracdo escalar cons- tante, enquanto o mével B percorre toda a pista com velocidade escalar constante. Assim, pode-se afirmar que: © gréfico a seguir representa a variaco da posigdo, em funcao do tempo, de dois méveis que se deslocam em pistas paralelas, horizon- tais e retilineas. Funges horérias: tat a. 0 encontro entre os dois méveis ocorre no instante 9 s. b. 0 médulo da acelerag3o do mével A & 0,4 m/s?. as ts) coe 36 Ginemética c. 0 médulo da velocidade do mével B é 6 m/s. d. no instante do encontro, o médulo da velocidade do mével A é 8 m/s. €. a posicao inicial do mével A é 95 m. Resolugdo Posigdo em fungio do tempo, mével A 1 an +Vont 8 , com s,,= 90 m, como z indica 0 grafico e v., = 0 m/s, pelo enunciado do problema. Dessa forma, a fungio fica escri- tacomo: s, 90+d-a-8 2 Pelo grafico, a posigao do mével A no instante 15sé0m. Assim: 0=90+5 ag 15 =a, =-0,8 m/s? ‘A fungao horaria do mével A é: $,=90-0,4-t? (I) Velocidade em funcao do tempo: Vogt 3,°t 3 V,=—0,8¢t (II) Vs © mével B se desloca com velocidade constan- te (MRU). Velocidade do mével B: Ass at Assim, a funcao horaria das posigées do mével 75 y, SV, == v5 =5,0 m/s 5 t on + Vat Sy (uy) No instante de encontro: Sy =, 90-0, P=5-t=90,4-12+5t-90=0 Resolvendo a equacdo pela formula resolutiva de Bhaskara, encontra-se t = 10's. Da equacao (II), determina-se 0 médulo da ve- locidade do mével A no instante do encontro dos méveis, isto é 0,8-t=v,=-0,8- 10 vy=-8 m/s ~. |vl =8m/s Resposta D Fisica 02. Um carro parte do repouso com uma acelera- 0 escalar constante de 2,0 m/s? e percorre 25 m. Nesse percurso: a. qual a velocidade escalar final atingida pelo carro? b. qual a sua velocidade escalar média? Resolucdo a. Nota-se, pelos dados, a auséncia da gran- deza tempo. Logo, devemos determinar a ve- locidade atingida por uma equacao nao horé- ria, Usando a equacao de Torricelli, temos: R+2-a-As vi=0?+2-2-25=>v=10m/s wv b vo t¥ 2 Vy =o =v, = 5,0 m/s 2 03. Um ponto material desloca-se sobre uma tra- jetéria retilinea, obedecendo a funcdo horéria do espaco abaixo: =2-t+2-t (SI) Classifique 0 movimento no instante t = 2 s, indicando se é progressivo ou retrégrado e se 6 acelerado ou retardado. se Resolugao Para classificar 0 movimento, devemos anali- sar 0s sinais da velocidade e da acelaracao no instante considerado. + Avelocidade é obtida através da derivada da funcao horéria do espaco: ds V= Ge 772+ 4t (Tuncdo hordria da velocidade) No instante t = 2s: vy =-2+4- (2) =v, =6 m/s * Aaceleracio é dada pela derivada da funcdo horaria da velocidade: dv dt = a=4 m/s? (constante) © movimento no instante 2 s é progressivo (v > 0) eacelerado (v ea tém mesmos sinais). 37 Fisica 8. Queda livre Por que todos os objetos, soltos de uma altura qualquer, caem em diregdo a Terra? Essa € uma pergunta que sera discutida mais profundamente em dindmica; por ora, vamos olhar este fato apenas do ponto de vista da queda em si. E fato que os objetos caem em direcao a Terra sempre que so abandonados de uma posi¢o qualquer no espaco, dentro dos limites que nos é possivel observar a olho nu, pelo menos. Isso acontece porque eles esto dentro do que cha- mamos de campo gravitacional do planeta. 0 movimento dos corpos em queda é um tipo de MUV que acontece exclusivamente na vertical, jé que o campo gravitacional, ou, como é conheci- do, a aceleracao da gravidade (g), ¢ praticamen- te constante em intensidade e vertical para baixo (aponta para o centro da Terra) em cada ponto. Todo corpo massivo tem, em torno de si, um campo de atuacao. No caso da Terra, por ter massa muito maior que os objetos do cotidia- no, é possivel perceber 0 movimento acele- rado de um corpo em sua direcdo, quando é abandonado préximo da sua superficie. O movimento em si depende de varios fatores. No entanto, em condicdes de total liberdade e livre da resisténcia do ar, qualquer movimento de queda vertical é considerado um movimen- to em queda livre. A expressao queda livre significa cair no vazio, sem a resisténcia que o ar oferece ao movi- mento dos corpos. Nesse caso, a velocidade de um corpo aumen- ta, aproximadamente, 35,3 km/h a cada segun- do de queda. Isso significa dizer que, partindo do repouso, em 1 s de queda, o corpo atinge a velocidade de 35,3 km/h; apés 2 s, 70,6 km/h; apés 3 s, 105,9 km/h, e assim por diante. Essa taxa de variacao de velocidade por unidade de tempo recebe o nome de aceleracao da gravi- dade, que representamos pela letra g, e vale: = 35 (km/h)/s = 9,8 (m/s)/s = 9,8 m/s? interessante saber que a aceleracdo de queda, nes- ses casos, é a mesma para todos os corpos, pois depende da massa do planeta e no da massa do corpo em queda. Vejamos alguns exemplos. Em alguns parques de diversao existe um dis- positivo onde as pessoas experimentam du- coe Cinemética rante poucos segundos a sensagéo de queda livre. Em menos de dois segundos, as pessoas atingem velocidades da ordem de 60 km/h. O mesmo acontece com as pessoas que praticam © esporte denominado bungee-jump. Presas por uma corda, elas caem, durante poucos se- gundos, praticamente em queda livre. Na condigao de queda livre, todos os corpos soltos simultaneamente de uma mesma altura chegam ao solo ao mesmo tempo e com a mes- ma velocidade, independentemente de suas massas e formats. A figura a seguir ilustra um corpo caindo, a partir do repouso (v, = 0}, em queda livre de uma altura h acima do solo. solo 38 Ginemética Para pontos préximos da superficie da Terra (até 200 m de altura, por exemplo), podemos considerar que, durante a queda, a velocidade do corpo aumenta uniformemente, ou seja, a aceleragdo do movimento é constante. t=0 v=o Isso nos permite dizer que um corpo em que- da livre realiza um movimento retilineo uni- formemente acelerado. Assim, considerando a velocidade inicial de queda igual a zero e a aceleragdo do movimento, g, podemos apli- car as mesmas equacées vistas no movimento uniformemente variado (MUV) para relacionar altura de queda (h) e 0 tempo. Orientando-se a trajetéria de cima para baixo, com a origem no ponto inicial do movimento, temos: A velocidade (v) adquirida apés certo tempo (t) de queda é dada por: vevtat => v=get Também € possivel, suprimindo 0 tempo das equacées, expressar a velocidade atingida (v) em fungo da altura descida (h). Usando a equacao de Torricelli, temos: v=2-e-h Assim, a velocidade escalar atingida é direta- mente proporcional ao tempo de queda e, a0 mesmo tempo, diretamente proporcional raiz quadrada da altura descida. v yit2iards => 39 Fisica Normalmente, na resolugo de exercicios, 0 valor da aceleracao da gravidade (g = 9,8 m/s?) 6 adotado como 10 m/s? A. Deslocamentos sucessivos Como se trata de um MUV vertical, um objeto em queda livre, a partir do repouso, apresenta deslocamentos escalares sucessivos (em inter- valos de tempo iguais) diretamente propor- cionais aos ntimeros impares. Repare que as distancias descidas, em sucessi- vos intervalos de tempo (t), formam uma pro- gressdo aritmética proporcional aos nimeros impares, ou seja: d, 3-d,5-d,7-detc No grafico da velocidade em fungio do tempo, o deslocamento é numericamente igual a drea da figura, o que evidencia a proporgdo ante- rior. ONO C/e/fe|® | u(s) coe Fisica >» Observe essa proporcao, a partir de intervalos j@nticos de tempo, At: * no primeiro intervalo de tempo, o des- locamento é d; * no segundo intervalo de tempo, o des- locamento é 3 EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. Um corpo é abandonads, a partir do repouso, de uma altura h = 45 m acima do solo terrestre. Despreze a resisténcia do ar e considere B= 10 m/s’ Determine: a. 0 tempo de queda do corpo até 0 solo; b. 0 médulo da velocidade do corpo no instante em ele atinge o solo. Resolugao f2-h_ [2-45 a t= i = t=3,0s V V 10 b. v=g-t=10-3,0=v=30m/sou 2-10-45 => v=30m/s = re h= 02. Uma pedra 6 abandonada de uma altura de 3,2 m acima do solo lunar e gasta 2,0 s para atingir 0 solo. Pede-se: a. o valor da aceleracao da gravidade na Lua; b, a altura descida pela pedra em seu ulti- mo segundo de queda; . 0 grafico velocidade - tempo de queda. Resolugao a. Na Lua no ha atmosfera, logo a pedra re- aliza uma queda livre até atingir 0 solo lunar. Assim: g 2 e 32-5. 0,0? g=1,6 m/s Cinemética + no terceiro intervalo de tempo, o des- locamento é 5 - d, e assim sucessiva- mente. Esses resultados, obtidos por Galileu Galilei (1564-1642) em seus experimentos sobre queda dos corpos, ficaram conhecidos como proporcées de Galileu. b. No primeiro segundo de queda, a pedra desceu: 2p 2 ue (1,0? =0,8m 2 h, Logo, durante seu segundo e ultimo segundo de queda, ela percorreu: h,=h—h,=3,2-08 = h,=2,4m Lembrando que as distncias descidas, su- cessivamente a cada 1,0 s, encontram-se na ordem dos ntimeros impares, poderiamos ter optado pelo seguinte calculo h=h,+h, (em que, pela ordem, h, = 3-h,) 3,2=h,+3-h, 3,2=4-h, ¢. Apedra tem velocidade inicial nula (v, = 0) @, apés 2,0 s, atinge uma velocidade final de queda de: veg t=16°2,0 v= 2 m/s Através desses valores, temos: v (m/s) 1,0 2,0 t(s) 40 Ginemética Fisica 03, b. Quantos centimetros ela percorrerd A figura a seguir mostra, em intervalos de 1,0 s, durante seu quarto segundo de movi- a mudanga de posico de uma bolinha que se mento sobre a rampa move sobre uma rampa longa, apds ser sola Resolucao no instante t a. 0 movimento é uniformemente acele- rado, ja que os deslocamentos sucessivos da bolinha (a cada 1,0 s) so crescentes e propor- cionais aos nuimeros impares, isto é: 10 cm (no 12 segundo), 30 cm (no 22 segundo), 50 cm (no 3° segundo) etc. b. Se os deslocamentos consecutivos da boli- nha (a cada 1,0 s) seguem a ordem dos nme- ros impares, portanto no quarto segundo, isto 6, entre t= 3,0 set = 4,05, a bolinha percorre- ra 70 cm. a. Que tipo de movimento ela executa so- bre a rampa? B. Lancamento vertical No langamento vertical para baixo, o movimento é uniformemente variado, mas diferente da queda livre, a velocidade inicial é diferente de zero. Mas, 0 que acontece com um corpo langado verticalmente para cima? Desprezando a resisténcia do ar, descrevemos 0 movimento do corpo da seguinte forma: no ato do lancamento, ele adquire uma velocidade, denominada velocidade inicial (v,), vertical para cima, que faz 0 corpo subir. Mas, 8 medida que sobe, 0 corpo perde velocidade a razéo de 9,8 m/s a cada segundo de subida (aceleracao da gravidade). No instante em que a velocidade do corpo se anula, ele atinge o ponto de altura maxima. Em seguida, ele cai em queda livre, como estudado anteriormente. A figura ilustra as fases do movimento descritas Assim, sendo ambos os movimentos retiline- no texto, 0s e com aceleracdo constante e igual a g, 0 movimento de subida é retardado, pois a velo- cidade diminui uniformemente de v, até zero, @ 0 de descida é acelerado, de forma que a velocidade é restituida, em intensidade, pela aceleragio da gravidade que agora aponta no mesmo sentido da velocidade de queda. Para nse um referential no solo com a trajetoria orien- tada para cima, conforme mostra a figura, as equacées do langamento vertical sao + fungio horéria do espaco: 2 n=v,-t- 2 Origem * fungao hordria da velocidade: v=v,—g°t * equacdo de Torricelli: v? = v,2-2- gh Avelocidade do corpo tem a mesma intensida- de e diregao, mas sentido contrario, em cada posi¢do que ele assume no movimento de su- bida e de descida correspondente. Para calcular 0 tempo de subida e a altura maxima atingida pelo corpo lancado vertical- mente para cima, podem-se usar as equacdes anteriores. Dai: 4 eoe Fisica >») Cinemética a) Lembrando que no final da subida a velocidade se anula, temos: vevj-g-t 0-8 ve Vy 8° t= t= b) Pela equacao de Torricelli, vem: 2+2-a- As Mb 2-8 o +28) Pins, =? Pie, = A fungo horéria da velocidade e os diagramas horarios sio mostrados a seguir. Vv=Vp-g°t Desce acelerando xeon Descida Observacao Se 0 corpo for lancado verticalmente para cima de uma altura h, acima do solo, para um referen- cial no solo e com a trajetéria orientada para cima, a funcdo horaria do espaco é: coe a Ginemética EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. Um corpo é langado verticalmente para cima, a partir do solo, com velocidade escalar inicial de 30 m/s. Despreze a resisténcia do ar e con- sidere g = 10 m/s’. Determine: a. 0 tempo de subida; b. 0 tempo total de voo; ¢. a altura maxima atingida Resolucao vy 30 » t= => t,=3,0s g 10 b. Como o tempo de subida é igual ao de descida, temos: 10 + 3,0 => thay = 6,05 va 302 mix 2g 2-10 =P Ang, = 45m Fisica 02. grafico a seguir indica como variou a velo- cidade escalar de uma pedra, em funcao do tempo, apés ter sido langada verticalmente para cima a partir do solo de um certo planeta. vm/s) Desprezando qualquer efeito atmosférico, cal- cule: a, 0 valor da aceleracao da gravidade em tal planeta; b. a altura maxima atingida pela pedra. Resolugdo a. Pode-se observar no grafico que o tempo que a pedra leva para subir até atingir a altura maxima e parar é 4,0 s. Com a fungao horéria da velocidade, temos: vo-g't 0=10-g-4=>g=2,5 m/s? b. 0 deslocamento de um grafico v - t pode ser determinado pela drea sob a curva. Por- tanto, a altura maxima pode ser calculada por meio do deslocamento da pedra, que serd a rea do triangulo formado entre os tempos t= 0 Fisica Cinemética CAPITULO 07 » DIAGRAMAS HORARIOS DO MRU E DO MRU > | 1. Introdugao Tais caracteristicas séo representadas grafica- s mente da seguinte forma: Conhecendo-se o diagrama horério de uma 8 das grandezas de um movimento (espaco, velocidade ou acelerasao), pode-se tirar con- 8 clusdes a respeito das outras grandezas, bem como construir seus respectivos diagramas horarios. Reta Inclinada © quadro a seguir relaciona os diagramas ho- rérios com as informacdes que podem ser ob- tidas em cada um deles. Grafico Permite calcular a sxt velocidade aceleragao e x variagao de espaco Reta paralela ao eixot L axt variagdo de velocidade Um movimento pode ser composto por etapas com caracteristicas diferentes. Por exemplo, & um veiculo pode entrar em movimento, ace- lerando de modo uniforme (MRUV), e, apés certo tempo, passar a manter constante sua velocidade atingida (MRU). Interpretar e construir diagramas horérios Para esse tipo de movimento misto, a par- tir das caracteristicas jé estudadas de MRU e MRUV, so os objetivos deste capitulo. Teta aolongodo eho & 2. Diagramas hordrios do MRU 3. Diagramas horarios do MRUV © movimento uniforme (MRU) apresenta as © movimento uniformemente variado (MRUV) seguintes caracteristicas: possui as seguintes caracteristicas: \ 7 . s=f(t) |) .) +t (12 grau) st |C) [eegey ted 20 gu) v=F() |[) v= constantez0 veri) [>] vey) +a-t (22 gray) co aN a=tte |) azo 2-10) [c)]— a=consiante+o coe “4 Ginemética A representacio grafica dessas caracteristicas Fisica segue abaixo: Pardbola Reta inclinada Reta paralela 20 eho t EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. O grafico a seguir indica como varia a posigao de uma pessoa em funcao do tempo, ao longo de uma caminhada em linha reta. s(m) Com base no gréfico, faca o que se pede. ‘a. que ocorre com a pessoa entre os instantest = 40s e t=60s? b. Qual a disténcia total percorrida pela pessoa entre os instantes 0 e 80s? ¢. Construa o diagrama hordrio de sua ve- locidade escalar. Resolucdo a. Entre os instantes 40s e 60s, a pessoa encontra-se em repouso (espaco constante) b. Nos primeiros 40 s, a pessoa caminha em movimento uniforme progressivo (s cres- ce linearmente com t) e se desloca: As= =60-20=40m. 45 Fisica >» Nos tiltimos 20 s, a pessoa retrocede, em movi- mento uniforme, do espaco 60 m para o espaco 40 m. Logo, desloca-se: As = 40-60 =— 20m. Conclusao ow = WAS! + IAS,44!= 40 + 20 dia = 60m c. Nos primeiros 40 s: As _40™ _ 1 om/s (constante) At 40s Nos tltimos 20 s: As _-20m At 20s —1,0 m/s (constante) Lembrando que a velocidade é nula (repouso), entre os instantes 40 s e 60 s, temos: v (m/s) 1,9 2 é t(s) -10] 02. A posi¢ao s de um vefculo, que se move en- tre dois semaforos de uma avenida retilinea, 6 mostrada em fungdo do tempo t pelo grafico abaixo. Considere que os trechos AB e CD do grafico sejam arcos de parabola, com vértices respectivamente em Ae em D. Esboce os diagramas horérios da velocidade e da aceleracao para esse movimento. {metros} Cinemética Resolucao Primeiro vamos detalhar 0 tipo de movimento desenvolvido em cada trecho e, posteriormen- te, desenhar os graficos Trecho AB: MRUV com v, = 0 em Ae em 4 se- gundos se desloca 24 metros, logo: As _ 24m Sa 6m/s At 4s / O+v 36=— av 12 m/s At At 4 Trecho BC: MRU com v = 12 m/s (a velocida- de final do trecho AB). Aceleracdo nula (a = 0). Em 4 segundos, o veiculo se deslocou 48 metros. (As,. = 72-24 = 48). Trecho CD: MRUV com a =-3 m/s?, pois as pa- rébolas AB e CD so simétricas, sendo CD com concavidade para baixo. ‘Trecho DE: 0 veiculo permanece em repouso, no hé alterag3o da sua posi¢o no decorrer do tempo. v(m/s) ql 4 2 16 ts) Ginemética 4. Calculos de areas (0 deslocamento escalar (As) num certo inter- valo de tempo (At), para um movimento qual- quer, pode ser determinado através do célculo da area existente entre o grafico v-t e 0 eixo dos tempos, limitada pelo intervalo de tempo escolhido. Observe isso no diagrama abaixo: © diagrama hordrio da velocidade pode indi- car que 0 movimento é composto por etapas, de tal forma que podemos, em cada trecho, identificar suas caracteristicas e também cal- ‘cular seus respectivos deslocamentos escalares. Observacao Fisica Acelerado Uniforme ay Aeelerado Analogamente, a rea calculada no diagrama hordrio da aceleracao, entre 0 grafico e 0 eixo dos tempos, limitada por um At, indica a varia- 30 de velocidade ocorrida naquele intervalo. a A area sob 0 grafico espaco - tempo nao tem significado fisico pratico. Logo, nao ha razéo para efetuarmos seu calculo. EXERCICIO RESOLVIDO 01. O gréfico a seguir indica como varia a velocida- de escalar de uma composigio de metré, em fungao do tempo, durante seu tréfego entre duas estagSes. Com base no grafico: a. calcule 0 deslocamento escalar da com- posicdo entre as duas estacdes; b. construa o diagrama horario da acele- rago escalar para esse movimento. 7 coe Ginematica Resolugao a. O deslocamento escalar em um grafico de vt énumericamente igual a drea sob a curva, isto é: As*area (B+b)-h _ (100+50) wpe = As =3.750m A + 50=3.750 b. Para construir 0 diagrama, é necessério calcular a acelera¢do escalar nas trés etapas do movimento: sentret=06 AN AV 50 Lo m/s At 25 © entre t = 25 e t = 50 no ha variago da velocidade (MU), portanto Av = 0 e a= 0. = 25s (MUV): a entre t= 75 set = 100s (MUV): Av_V=Vp_0-50 2m/s? At At 25 Com 05 valores encontrados, desenha-se Bratico: a (m/s?) Ginemética ‘Até 0 momento, embora tenhamos citado as grandezas fisicas escalares e vetoriais, basica- mente restringimos os célculos as situacdes que envolveram grandezas escalares. A partir de ago- ra, é necessério estabelecer as diferencas entre ‘essas grandezas e, ainda, introduzir uma impor- tante ferramenta matemdtica, que possibilita os ‘clculos com grandezas fisicas vetoriais. 1. Vetor — Definicao e formas de representac3o © vetor é um segmento de reta orientado, muito poderoso no que se refere & descricdo de seus atributos. €, pode-se dizer, o conjun- to de todos os segmentos orientados que tém ‘a mesma direcao, o mesmo comprimento e 0 mesmo sentido. Veja quais so seus atributos. 1. Intensidade: seu comprimento é propor- cional a intensidade da grandeza vetorial. Diregao: é a reta suporte do vetor. Sentido: é a orientacao do segmento de reta. Veja a figura seguinte. a Intensidade ! Diregéo Os vetores podem ser representados por uma letra qualquer, maiiscula ou mintscula, com uma seta em cima (a ou A) para indicar que se trata de uma grandeza vetor A. Vetores iguais Dois vetores so iguais quando eles apresen- tam a mesma intensidade, a mesma direcdo 0 mesmo sentido. 49 Fisica CAPITULO 08 + VETORES wu B. Vetores opostos Dois vetores so opostos quando apresentam a mesma intensidade, a mesma direcao e sen- tidos contrérios. C. Vetor nulo (5) Assim como o conjunto dos numeros reais contém 0 zero, existe um vetor nulo que tem direcdo e sentido arbitrérios e intensidade igual a zero. Pode resultar da adicdo de veto- res opostos, como veremos mais adiante. D. Vetor unitario Eo vetor de intensidade igual a uma unidade. 2. Adicao de vetores Na adigo de dois ou mais vetores, pode-se utilizar uma regra conhecida como a regra do poligono. Esta regra consiste em transladar os vetores, ou seja, mudar sua posicao no espaco sem al- terar nenhum de seus atributos, de modo que a extremidade de um coincida com a origem do outro, independentemente da ordem. Assim, os vetores so colocados numa sequén- cia qualquer, de forma que o vetor soma (5) obtido unindo-se a origem do 12 vetor a ex- tremidade do ultimo vetor, conforme a figura. Fisica No caso particular da adigao de dois vetores, podemos utilizar também a regra do paralelo- gramo, como mostrado a seguir: 6 Os vetores, nesse caso, s40 aproximados de modo a terem suas origens no mesmo ponto. Em segui- da, a partir da extremidade do vetor a, tragamos uma paralela ao vetor B e, da extremidade do ve- tor b, tragamos uma paralela ao vetor a. 6 Finalmente, ligamos 0 ponto que correspon- de & origem comum dos vetores ao ponto de encontro das paralelas aos vetores, obtendo o vetor soma. O seu sentido é da origem dos ve- tores para o encontro das paralelas, conforme a figura anterior. Se a. é 0 Angulo entre as direcdes dos vetores, aiintensidade do vetor soma é dada pela equacéo: St=a?+b?+2-a-b-cosa Casos particulares * Se 0 = 0, os vetores a e b possuem a mesma diregdo e mesmo sentido. Nesse caso, o médulo do vetor soma é dado por: ssatb coe 50 Cinemética Se 01 = 180°, os vetores a e b posuem a mesma direcao e sentidos contrarios. O médulo do vetor soma é dado por: la-b| s Se & = 90°, as diregdes dos vetores a e b sio perpendiculares entre si 6 Aplicando o teorema de Pitdgoras, obtemos 0 médulo do vetor soma: s=a? +b? Observacao Qualquer que seja o angulo ot entre as direcdes dos vetores a e b, podemos afirmar que a inten- sidade do vetor soma esta compreendida entre a soma minima e a soma maxima, ou seja: la-bl» Cinemética 04. 05. Dados os vetores 4 e b, obter ovetorR=3+6 Dados os vetores 3 e b coma = b = 20, obter nos casos abaixo, em que a=3 eb =4. ovetor R=a +b. a.0=0° ) a ab —*. 120° fh. b R=atb=3+4 R=7 180° Resolugao R=|a—b|=|3-4] R=1 = 90° R= Va? +b? R= 25 R=5 4. Produto de um escalar por um vetor Podemos multiplicar um vetor a por um escalar n (numero real), obtendo um novo vetor p. pena Esse novo vetor p tem as seguintes caracteristicas: = diregao: a mesma de a (paralelo aa) omesmo de asen>0 ~ sentido: sri = contrério ao de dsen tangente a trajetéria (a mesma dev) igual ao de V, quando acelerado Sentido” entido,’ ‘oposto ao de Vv, quando retardado Retardado 57 Fisica Y Acelerado Nos movimentos uniformes, a intensidade da velocidade néo varia e, portanto, a aceleracdo tangencial é nula. A aceleracdo tangencial sé existe em movimentos variados (acelerados ou retardados) e independe do tipo de traje- t6ria (retilinea ou curvilinea) C. Aceleragao centripeta O vetor aceleragdo centripeta possui as seguintes caracteristicas: a Direcdo — perpendicular av . v: velocidade escalar Médulo — | R: raio instanténeo da curva Sentido orientado para o centro da curva Nos movimentos retilineos, a direco da ve- locidade nao varia e, portanto, a aceleracdo centripeta é nula. A aceleragdo centripeta sé existe em movimentos de trajetérias curvas e independe do tipo de movimento (uniforme ‘ou variado). coe Fisica >» EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. Uma particula move-se em trajetéria circular, com velocidade escalar constante de 10 m/s. A figura a seguir mostra suas passagens pelos pontos A e B, quando cumpre um quarto de volta em 2,0 segundos. 10 m/s a. Essa particula possui velocidade cons- tante? b. Determine o médulo do vetor que in- dica a variagao de sua velocidade entre os pontos A e B. ¢. Qual é 0 médulo de sua aceleraco ve- torial média entre os pontos A e B? Resolugdo a. Nao, pois seu vetor velocidade varia em di- reco (na figura, V, é horizontal e v, é vertical). b, AV=Va-Va 10 m/s |4|=va0= +10 |4¥|=2V10 m/s wom av e. fxl-fle nim/s a 2,0 02. Verifique se as afirmacdes abaixo sao corretas (C) ou erradas (E) de acordo com o carter ve- torial da grandeza velocidade. 1. Em qualquer movimento circular ha va- riagao de velocidade. I. Movimento uniforme sempre possui velocidade constante. 58 Cinemética Ill, A diregao da velocidade sera constante quando a trajetéria for uma reta. Resolucdo |. (C) — Nos movimentos curvilineos, o vetor velocidade sempre varia em direcio. Il. (E) - O vetor velocidade é constante sé no movimento retilineo uniforme (MRU). lil. (C) = Somente em trajetérias retilineas, 0 vetor velocidade mantém sua direcao. 03. Um ponto material move-se em trajetéria circular de raio igual a 20 m, em movimento uniformemente acelerado. No instante t = 0, 0 médulo de sua velocidade vale 5,0 m/s e, 1,0 apés, vale 10 m/s. Determine 0 médulo do vetor aceleragao no instante t = 1,0s. Resolugao Vamos, inicialmente, obter as intensidades das componentes da aceleragao vetorial para t=10s: 1. O médulo do vetor aceleragao tangencial & constante e dado por: Av 10-5,0 = =a at 1,0 |, = 5,0 m/s? 2. 0 médulo do vetor aceleragao centripeta, no instante t = 1,0 s, é dado por: 10? 20 yw =a, =5m/s? O médulo do vetor aceleracdo instantanea é dado por: fom vat > a= 5,0? +5,0? =a= 5,02 m/s? 04. Ginemética Com relagao & aceleragao vetorial de uma par- ticula, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as frases abaixo. 01. Num movimento com trajetéria retilinea, a acelerac3o ¢ constante. 02. Nos movimentos retilineos e uniforme- mente variados, a acelerago é nula. 04, Nos movimentos circulares e unifor- mes, 0 vetor aceleragdo é constante. 08. Nos movimentos curvos, a aceleracao é nula, 16. Quando o médulo da aceleracao centripeta &constante, o movimento é retilineo. 32. Todo movimento uniforme é desprovi- do de aceleracio. Resolucao 01. (F)—Nos movimentos retilineos, a acelera- ¢4o centripeta é nula e, portanto, a acelerac3o vetorial resume-se a aceleracao tangencial. Se © movimento for uniforme, a aceleracao sera 59 Fisica constantemente nula. Se o movimento for uni- formemente variado, a aceleracdo ser cons- tante e diferente de zero. Se o movimento for variado, a aceleraco vetorial no ser cons- tante 02. (F) - Nos movimentos uniformemente va- riados e retilineos, a acelera¢o vetorial resu- me-se & aceleragdo tangencial, que é constan- te e nao nula. 04. (F) - Nos movimentos circulares, a acele- ragSo centripeta varia em direcao. 08. (F) — Nos movimentos curvos, deve existir aceleraco centripeta 16. (F) - Para que o movimento seja retilineo, a aceleracio centripeta deve ser constante- mente nula 32. (F) — No movimento uniforme em trajetd- ria circular (MCU), a aceleraco vetorial é n3o nula (a, #6). Para nao haver acelera¢ao, o mo- vimento uniforme tem que ser retilineo. Fisica >») 1. Deslocamento relativo A composigao de dois movimentos, resultando em um terceiro, pode ser obtida aplicando-se © principio da simultaneidade de Galileu: 0 movimento de um corpo pode ser o resultado da composigao de outros movimentos realiza- dos simultaneamente. Como exemplo, considere um barco movimen- tando-se nas dguas de um rio que apresenta correnteza. © movimento do barco em relagio as margens do rio pode ser entendido como a composica0 de dois movimentos: 0 movimento do barco em relagao as Aguas do rio e o movimento das guas (correnteza) em relago as margens. As- sim, se, em determinado intervalo de tempo, © deslocamento do barco em relacao as 4guas 6 dy, @ 0 deslocamento das aguas em relagdo & margem é djyp, entdo, 0 deslocamento do barco em relacao a margem (dy,) é dado pela soma vetorial desses dois deslocamentos, ou seja: EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. Durante o treinamento, um nadador olimpico pretende atravessar um rio cuja distancia entre as margens é L = 80 metros. Esse rio tem uma correnteza constante e de médulo v, = 6,0 m/s. Supondo que o nadador consiga desenvolver uma velocidade constante v, = 8,0 m/s per- pendicular as margens do rio, determins 60 Cinemética CAPITULO 10 + COMPOSICAO DE MOVIMENTOS > | Para um observador colocado na margem do rio, os trés deslocamentos acima séo denomi- nados: * d,, — deslocamento total (d,) - € 0 deslocamento do corpo (neste caso, 0 barco) em relagao ao referencial fixo para 0 observador, ou seja, a margem; d,, — deslocamento relativo (d,) - € 0 deslocamento do corpo (barco) em relacdo ao referencial que se movi- menta em relagao ao observador; dy, —- deslocamento de arrastamen- to (d,) — E 0 deslocamento do referen- cial mével (aguas) em relaco ao refe- rencial fixo para o observador. Portanto, o deslocamento total é a soma ve- torial do deslocamento relativo com o deslo- camento de arrastamento: 2. Velocidade relativa Como os deslocamentos so simult&neos, po- demos dividir a expresséo acima pelo intervalo de tempo (At) e obter a relacao entre as velo- cidades: Va tVa Avelocidade total ¢ a soma vetorial da velocidade relativa com a velocidade de arrastamento. a. o tempo de travessia; b, o médulo do deslocamento do nadador ‘em relaco as margens, nessa travessia. Ginemética Resolucdo a. Na travessia, o atleta teve um desloca- mento relativo 8s 4guas que coincide em mé- dulo com a largura do rio. Logo: b. A velocidade do nadador em relagéo as margens é obtida pela velocidade resultante (¥,), composi¢ao da sua propria (v,) e da ve- locidade da correnteza (v,). Pelo teorema de Pitagoras, vem: vq = WA + v2 = VB,0? - 6,0? =10 m/s Portanto, durante a travessia o atleta se deslo- cou efetivamente: As, = vq * At = (10 m/s) - (10s) = 100 m 02. A escada rolante de uma galeria comercial, de comprimento AB = 9,0 m, liga os pontos Ae B ‘em pavimentos consecutivos com uma velocida- de ascendente de médulo v, = 0,50 m/s, como ilustra a figura a seguir. Suponha que uma pes- soa, mantendo uma velocidade constante de médulo v, em relagio & escada, desca-a de B para A (contra o arrastamento da escada) num prazo de 18s. Fisica Determine v, e 0 tempo que a pessoa gastaria se tivesse efetuado o inverso: subisse a escada de A para B, caminhando sobre ela com veloc dade de médulo v,.. Resolugao a. Em relago ao solo, a velocidade da pessoa serd a resultante das velocidades v, e v,. Ou seja +iew No trajeto BA, V, e V, possuem sentidos opos- tos. Logo, em médulo, tem-se: v, = Vp~ Vp Observando-se os dados, nota-se que a pessoa cumpriu o trecho BA de 9,0 m em 18s, ou seja, sua velocidade em relacdo ao solo vale: Com base nisso, vem: va=V in =Ve nV. 0,50=v,-0,50 = v,=1,0m/s b. Na subida AB, V, e V, possuem o mesmo. sentido. Logo, a nova velocidade resultante terd médulo igual a:v,=V,+V_=1,0+0,5=1,5 m/s. Assim, 0 tempo que seria gasto na subida AB é: vy, 15m/s t= AB 90M a 6.05 Fisica 3. Langamento horizontal Quando langamos horizontalmente um corpo, com uma velocidade inicial v, a partir de certa altura do solo, notamos que ele descreve uma trajetéria curva em seu voo até o solo. Se a re- sist€ncia do ar for desprezivel, essa curva sera um arco de parabola, conforme a figura =o Sem efeito do ar Pardbola \ —1 COC‘ © movimento parabélico do corpo pode ser obtido pela composigio de dois movimentos: 01. um movimento retilineo uniforme na hori- zontal; nesse caso, 0 corpo percorre distancias iguais em intervalos de tempo iguais; 02. um movimento de queda livre na vertical, ou seja, um movimento retilineo uniforme- mente acelerado. Equagdes do movimento Um objeto disparado de uma altura h com velocidade horizontal v,, sob a ago exclusi- va da gravidade (g), atinge o solo apés certo tempo de queda (t) e apresenta um alcance ho- rizontal (D). coe Cinemética A equacao para 0 tempo de queda t é obtida a partir da funcao hordria do espaco do MUV imento na vertical: 62 E a equagdo para o alcance D é obtida a partir da funcao horéria do MU para 0 movimento na horizonte 0 + Voy" t Sendo s =D, 5)=0 e Vo, obtemos: A velocidade que o mével atinge em seu voo parabélico, apds certo tempo (t) do disparo, & obtida pela adicao vetorial de suas velocida- des componentes, isto XY Ginemética EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. A partir da borda de uma mesa de altura h = 0,80 m, lancam-se horizontalmente duas pequenas esferas Ae B, que cumprem até o solo os alcances indicados na figura abaixo. Considere g = 10 m/s? e despreze o ef do ar. Pede-se: a. 0 tempo da queda de cada esfera até co solo; b. o médulo da velocidade de lancamento de cada esfera. Resolugdo a. 0 tempo s6 depende da altura, logo serd © mesmo para as duas esferas, pois elas so abandonadas da mesma altura. get? 2 10-t? 2 P=0,16 t=0,4s He og b. Através de seus alcances e do tempo co- mum de queda, temos: 02. A figura a seguir mostra em escala a velocida- de (v) adquirida por uma bola, t segundos apés ‘ocorrer seu disparo horizontal da janela de um prédio. Adote g = 10 m/s? e despreze a resistén- cia do ar. Fisica elt) Sm/s TJS m/s Determine: a.a intensidade da velocidade (v,) com que a bola foi langada da janela; b. 0 tempo t decorrido; ¢. altura (h) descida pela bola; d, a distancia D em que se afastou do pré- dio. Resolucdo a. Decompondo a velocidade ¥, temos sua componente horizonal v, medindo v,, isto é: 10 m/s 5S m/s b. A componente vertical de V, em t segun- dos de atuagao da gravidade, vale v, = 20 m/s, logo: ywrect 20=10-t=>t=2,0s ©. Devido & queda livre que ocorre na vertical, temos: n-8e 2 1 h 22,08 h 20m dD =10-2=>D=20m Fisica 4. Langamento obliquo — langamento de projéteis Quando langamos obliquamente um corpo, com uma velocidade inicial (V,), inclinada de um Angulo @ com a horizontal, notamos que ele descreve uma trajetéria parabdlica em relagdo ao solo, caso a resisténcia do ar seja desprezivel. Bs De modo analogo ao anterior, o estudo desse movimento pode ser feito pela composigao de dois outros: 01. um movimento retilineo e uniforme na horizontal; 02. um movimento retilineo uniformemen- te variado na vertical: retardado na su- bida e acelerado na descida Parabola “O A decomposicéo da velocidade inicial ¥, nos eixos horizontal (x) e vertical (y) é 0 ponto de partida para a obtencdo das equagées do movimento parabélico. (Os quadros a seguir resumem as caracteristicas desses movimentos componentes. Mov. vertical Mov. horizontal | MU Muv fox (Cte) X=Vpit Equagées do movimento Consideremos um objeto disparado do solo com velocidade inclinada de um angulo @ com coe 64 Cinemética a horizontal. Sob a acdo exclusiva da gravida de (g), 0 objeto atinge uma altura maxima (H) quando sua velocidade vertical se anula, ou seja, quando sua velocidade € horizontal (v,). Retorna ao solo com velocidade de intensida- de v,, apés percorrer uma distancia horizontal denominada alcance (D) durante um tempo de voo (T). - Com base no movimento vertical (MUV), ob- temos a altura maxima e o tempo de voo, em fungao de v, , @ e g. Lembrando que, no final da subida, a velocidade vertical se anula (v, = 0), temos: W=VR+2-a,- As, (equacao de Torricelli) vy sen OP Qe 2 Como 0 tempo de subida (t,) é igual ao tempo de descida, basta dobrarmos o tempo de subi- da para obtermos 0 tempo de voo (7), ou seja: Ve=vjy- 2g: H=> H= Por outro lado, o alcance horizontal (D) cor- responde ao deslocamento do movimento horizontal uniforme, durante o tempo de vo. Assim: D=v,-T 2 D=(v, -cos®) y, sen 0 vj-2-sen0-cos 0 8 => Ginemética De acordo com a expressdo do alcance (D), concluimos que, entre todos os angulos de disparo (8), aquele que propicia o maior alcan- ce horizontal é 45°, pois sen 26 seré maximo e igual a 1 quando 28 for 90°, ou seja, quando @ = 45°. Devido a esse fato, o alcance horizontal maximo (9 = 45°) para uma dada velocidade inicial € obtido por: EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. ‘Ao bater um tiro de meta, um goleiro imprime a bola uma velocidade de médulo v, = 25 m/s inclinada de um angulo @ com a horizontal, tal que sen 0 = 0,8 e cos 0 = 0,6. Admita que, no local, a resisténcia do ar seja desprezivel e adote g = Supondo que a bola retorne ao solo, sem ser interceptada por qualquer jogador, determine: a. a altura maxima (H) atingida por ela; b. a velocidade da bola no dpice do voo; €.0 seu tempo total de voo (T); d. 0 seu alcance horizontal (D). Resolucdo a. Para esse célculo, é necessério obter-se, inicialmente, a componente vertical de v,. Ou seja: \, sen 9 = (25 m/s) - 0,8 = 20 m/s Lembrando-se que, no final da subida, a velocidade vertical da bola se anula, pode-se determinar sua altura maxima usando a equa- So de Torricelli Fisica Para Angulos de lancamentos complementa- res, isto &, 8, + 8, = 90°, os respectivos alcan- ces serao iguais: D, = D,. Y 75° =H=20m 2+g 2-10 No ponto mais alto do voo parabélico, a velocidade da bola é horizontal, isto é, corres- ponde & componente horizontal (v,,) de sua b. velocidade inicial (v,), ou seja: V = Vo, = Vo" COS 8 = (25 m/s) - 0,6 = 15 m/s Calculando o tempo de subida, tem-se: =a, ~@:t(MUV vertical) c 20m/s O= Ve, -8-t, >t, ge i0m/# Como a altura da subida é a mesma da desci- da, 0 tempo de subida é igual ao de descida Logo, o tempo de voo seré 0 dobro do tempo de subida, isto é: 2-2ssT= Os Pode-se também obter 0 tempo de voo duplicando-se 0 tempo de queda, ou seja: dd. Oalcance horizontal representa o desloca- mento total do movimento horizontal unifor- me. Logo: D=v,,°T D=(15 m/s) - (4,0s) => D= 60m 65 Fisica >» Um canhao dispara projéteis com velocidade Vo = 200 m/s, a partir do solo horizontal. Con- sidere que, no local de disparos, a aceleracao da gravidade seja de 10 m/s? e despreze a re- sisténcia do ar. a. Qual o angulo (8) de disparo, com a ho- rizontal, que permite o maior alcance horizontal de um projétil? b. Qual o maior alcance horizontal, em quilmetros, que um projétil disparado por esse canhao pode atingir? Resoluco = 45° v 02. = 2002 =4,000m = D,, =4,0km 66 Cinemética 03. A figura a seguir mostra a trajetéria parabélica de um jato d’dgua, disparado do solo segundo um Angulo de 30°, numa operagao de comba- te ao incéncio localizado num apartamento a 5,0 m de altura do solo. Sabendo-se que o jato d’égua penetra no apartamento horizontalmente e adotando-se g= 10 m/s?, pede-se: aa intensidade da velocidade (v,) com que a égua sai da mangueira; b. a distancia (d) entre 0 local da man- gueira e o prédio, Resolucao a. A altura do apartamento (5,0 m) corres- ponde altura maxima atingida pela 4gua, pois sua velocidade, nessa altura, tem dire- ¢80 horizontal. Usando a equacdo de Torricelli para 0 MUV vertical, vem O2=vi-2-g°H Viy=2°8*H=2-10-S => v3,=10m/s Voy = Vp "Sen 30° 10 =v, 0,5 = v,=20 m/s Pelo movimento horizontal uniforme, te- b. mos: d=v,,-t, (t,:tempo de subida) (>) d=10V3m M v3 2 10 10 d= (vy cos 30°) 10 d (» 2) 2} 1 => Ginemética 1. Periodo e frequéncia Quando um movimento uniforme é realizado a0 longo de uma trajetéria circular, ele se tor- na repetitivo, isto 6, o mével passa por uma mesma posi¢ao e com a mesma velocidade em intervalos de tempo iguais. Dizemos que esse movimento é periddico. \ ; O periodo (T) de um movimento periddico é © intervalo de tempo necessdrio para o mével completar um ciclo. Para um corpo em movi- mento circular uniforme (MCU), o periodo re- presenta a dura¢3o de uma volta. No Sistema Internacional, 0 periodo é medido em segundos (s). A frequéncia (f) de um movimento periddico € 0 ntimero de vezes que o fendmeno se re- pete na unidade de tempo. Para um MCU, a frequéncia pode ser definida como o ntimero de voltas (n) realizadas em certo intervalo de tempo (At), ou seja: n pa At A frequéncia pode ser expressa em rotagées por minuto (rpm) ou em rotagdes por segundo (tps). No SI, a unidade de frequéncia é rps, que recebe o nome de hertz (Hz): 1Hz=1rps De acordo com as definigdes acima, pode-se estabelecer a relagao entre periodo e frequéncia: n_ 1volta At perfodo 1 f >t 67 Fisica CAPITULO 11 * MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME wu 2. Velocidade linear No MCU, a velocidade escalar é comumente denominada velocidade linear, pois trata-se do movimento ao longo da linha circular que o mével percorre. Sua intensidade pode ser obtida ‘em fungo do periodo ou da frequéncia do movi- mento, conforme indicado a seguir. 2k (constante #0) As=2-m-r Em 1 volta: At=T _2-0-R _ 0 A intensidade (v) corresponde a intensidade do vetor velocidade V. Por esse vetor ser tangente a trajetéria circular, a velocidade linear também pode receber o nome de velocidade tangencial Observacao Quando uma roda de raio R rola sem escorre- gar em uma pista horizontal, em movimento uniforme, podemos obter a velocidade esca- lar (v) com que o centro da roda translada, em fungao do periodo (t) ou da frequéncia (f) de rotagao da roda, pelas expressées acima: v ou v=2-m-R-f atet eatae ou vy 2m Rf Normalmente, o velocimetro de um carro detecta a intensidade da velocidade escalar desenvolvida por ele na pista pela frequéncia de rotagao de uma das rodas do carro. Conhecendo-se o raio da roda (R), a expressdo aci- ma permite a calibragao do velocimetro do carro. Fisica >» EXERCICIOS RESOLVIDOS o1. Uma pessoa esta em uma roda-gigante que tem raio de 5,0 me gira em rotacao uniforme. ‘A pessoa passa pelo ponto mais préximo do chao a cada 20 segundos. ‘Adotando x = 3, determine: a. a frequéncia do movimento da pessoa em rpm e em hertz (H2); b. a velocidade linear da pessoa. Resposta a. Como o periodo do movimento vale 20 s ou 1/3 min, vem: 1 => f=3rpm a 3 Aa t-0,05H 20 ye2eR b. + 3:5,0m ——— S=v=15m/s 205 02. Um carro trafega numa estrada retilinea com velocidade escalar constante de 108 km/h. A figura a seguir ilustra uma de suas rodas, cujo raio mede 25 cm, e a posigao de dois pontos ‘Ae B da periferia da roda, num certo instante. Considerando m= 3, calcule: a. a frequéncia de rotagao da roda; b. as velocidades dos pontos A e B, em re- lacdo a pista. Resolugao v=108 30 m/s e R=0,25m vel @Rf 30=2-3-0,25: f= f=20Hz 68 Cinemética b. Os pontos A e B tanto rotacionam em tor- no do centro da roda quanto sdo arrastados pela translag3o da roda. Compondo-se esses dois movimentos (rotaco + translaco), tem-se: w Rotagko Translagio Resultante Logo: v,=2+v=2> (108) => v, = 216 km/h ev,=0 03, Um carrinho de controle remoto é capaz de proporcionar uma frequéncia maxima de 4 Hz sobre suas rodas traseiras. Se as rodas traseiras desse brinquedo possuem um raio (R,) quatro vezes maior que as rodas dianteiras (R,), ¢ essas tém um raio de 2 cm, responda ao que se pede. a. Qual o médulo da velocidade maxima que o brinquedo atinge? b. Qual a frequéncia das rodas dianteiras? Considere em seus célculos que 0 brinquedo nao é capaz de derrapar sobre o piso. Resolugao a. O brinquedo atinge a velocidade maxima quando a frequéncia das rodas traseiras é 4 Hz, portanto: va2-m Rf, f, v=2-m-4: (2em):4=> v= 64 ncm/s b. Como o brinquedo se move como um todo, ambas as rodas (dianteiras e traseiras) tam a mesma velocidade, e as frequéncias de suas ro- das dianteiras estdo associadas pela relacao: ve2-m Ry fy=2-1- Ref, logo: & AREA 4-4H2=16H2 Ginemética 3, Grandezas angulares Considere uma particula executando um des- locamento linear (As) ao longo de uma circun- feréncia de raio r. Observe na figura que a esse deslocamento linear corresponde um deslocamento angular (A8), definido pelo Angulo central Em radianos, 0 deslocamento angular ¢ dado As R por: 40 A. Velocidade angular No movimento circular uniforme, o mével gira ngulos centrais iguais em intervalos de tem- po iguais, ou seja, ele possui uma velocidade angular (.o) constante A velocidade angular ((o) é a razao entre © deslocamento angular (A8) e o corres- pondente intervalo de tempo (At). 2n i o ‘Aunidade da velocidade angular ¢ radiano por segundo: rad/s. No MCU, podemos determi- nar a velocidade angular em fungdo do perio- do ou da frequéncia. Para isso, basta lembrar que, num periodo, o mével completa uma vol- ta, ou seja, gira 2 - m radianos (360°). Assim, podemos escrever: 2h ou w=2-n-F 7 0 Fisica B. Relacdo entre ve @ Podemos, também, relacionar a velocidade li- near e a velocidade angular de um mével num trajeto circular de raio r. Resumindo, temos: As_2-0R Velocidade linear:v =“ 20 R (2 5 28.28. nl 8] att $ C. Fungo horéria da posicao angular A figura representa uma particula em MCU numa circunferéncia de raio R, sendo s, seu espago inicial (em t = 0) e s seu espaco em um instante posterior t. Em correspondéncia a es- ses arcos de circunferéncias, podemos definir, em radianos, sua posigio angular inicial (@,) € a final (8) do seguinte modo: Velocidadeangular: Assim, ao dividirmos a fungio hordria do espa- go do MU, s=s, +: t, pelo raio R, obtemos a fungao horaria da posigao angular do mével em MCU. Assim, temos: s R D. Aceleracao no MCU Como no MCU, o vetor velocidade é constan- te em intensidade, mas varidvel na direcdo e no sentido, e 0 vetor aceleraco sé apresen- ta a componente centripeta, de intensidade constante e direcdo variavel, mas sempre orientada para o centro da trajetéria, confor- me mostra a figura, assim: Sov st to 6 coe EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. O lancamento de disco é um desporto da drea do atletismo. 0 objetivo da prova consiste em lancar um disco na disténcia mais longa possivel. disco utilizado foi padronizado em 1907 e, desde entdo, possui 2 kg e 22 cm de raio. O disco, quando langado, completa uma revolucéo a cada 0,2 segundos. Considere dois pontos distintos sobre a super- ficie desse disco, o ponto A na borda do disco e © ponto B, a uma distancia igual a R/2 do centro do disco. Calcule: * as velocidades angulares dos pontos AeB; * suas velocidades lineares. (Use x = 3.) Resolugdo a. Como os pontos Ae B pertencem ao disco, © periodo desses pontos 0 periodo do pré- prio disco, ou seja, eles completam uma volta a cada 0,2 segundos. Assim, suas velocidades ngulares so iguais a do prdprio disco. 70 Cinemética * 05 vetores velocidades ¥ possuem a mesma intensidade; * omesmo acontece com os vetores ace- leragdo centripeta, 3,, cujo intensidade é dada por: e aS a= 150° b. Sabemos que o ponteiro das horas (H) completa uma volta a cada 12 h (720 min) eo ponteiro dos minutos (M), a cada 1h (60 min). Lembrando que, em cada perfodo (T), temos 360° de giro, ento: ©, = (360°/T) = (360°/720 min) = 0,5°/min (360°/T) = (360°/60 min) = */min Fisica ¢. Até & superposigao, se o ponteiro das ho- ras girar AQ, 0 ponteiro dos minutos ter que girar A@ + 150°. A0=0,-At 150 = (@,- @,)-At 0 150 =(6 ~ 0,5): At At=27,27min At=27min+16s o.x=27ey=16 04. A funcdo hordria da posigdo angular de uma particula, em tréfego numa circunferéncia de raio 1m, 6 dada por: 0=244-t(S!) Pede-se: a. a posi¢ao angular inicial e a velocidade angular da particula; b. a sua velocidade linear; c. 0 periodo e a frequéncia de seu movi- mento. Resolucdo 0=0,+0-t a | 6, =2 rad e @=4 rad/s O=24+4¢ b yem-R=41 = v=4m/s ce @a2t + 2m xz 4-2E otaBs 7 Fisica Cinematica 4. Movimentos concéntricos A woos v e transmissao no MCU 4 8 As coroas e as catracas de uma bicicleta com marchas constituem um exemplo de movi- mentos concéntricos (mesmo centro) e de y transmisséo de movimento circular por meio v de uma corrente (coroa-catraca). 3 coroas, 6 catracas + Movimentos concéntricos (3 coroas ou 6 catracas): todos os pontos das coroas (catracas) giram com a mesma velo- cidade angular (w, = w, = @,); quanto mais afastado 0 ponto estiver do centro de rotago, maior a velocidade escalar: v=o:R * Transmissdo de MCU Existem casos em que um MCU é transmitido por meio de correia ou correntes, por contato direto entre engrenagens ou, ainda, por eixos de rotagio. A. Por correia ou corrente No caso do exemplo acima, no qual a catraca e a coroa da bicicleta esto ligadas por corrente, tem-se que ambas, coroa e catraca, possuem a mesma velocidade escalar 14 Doe” Reg, = ®, Moros or = ®ax.* Res Como w = 2: 1- f, podemos escrever: fear * Reoe = Isso significa dizer que a engrenagem de menor raio gira com maior frequénci Fe,” Rea E, nesse caso, ambas giram no mesmo sentido. Veja o esquema: coe 2 B. Por contato direto Quando uma roda-girante toca perifericamen- te uma outra, sem escorregamento entre elas, ocorre também a transmissao da velocidade li- near entre elas. Normalmente, isso se faz com uso de engrenagens acopladas, como mostra a figura: Veja 0 esquema simplificado de velocidades: A B A relagio entre as velocidades so as mesmas do movimento anterior, mas agora, o sentido de giro de uma das rodas é contrério ao da outra. C. Por eixo concéntrico de movimento 8 A No caso de polias ou discos em movimentos concéntricos ligados a um mesmo eixo de ro- taco, as velocidades tangenciais da periferia dos discos nao sio as mesmas, pois depen- dem dos raios deles que podem ser diferen- tes, no entanto, as grandezas angulares so as mesmas, assim como o sentido de giro. Nesse 2m 2-0 caso, tem-se: I Te Tr=Ts |? | fy Ginemética EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. sistema de arrefecimento de automéveis funciona através de duas polias, A e B, que so interligadas por meio de uma correia. Um potente motor é capaz de girar a polia A, cujo raio 6 R, = 15 cm, com frequéncia de 35 rpm. Sabendo que o raio da polia B é R, = 25 cm, responda ao que se pede. a. Qual é a frequéncia da polia B? b, Qual é a velocidade linear da correia? Resolucao a. fe, 35 rpm 15 cm=f, 25 cm => f,= 21 rpm b. A velocidade linear da correia e das bobi- ras so iguais, portanto: V=2- WR f= 2-1 Ry fy 35 v=2-3-15cm- — =52,5 cm/s 60 ou 21 v=2-3- 25cm: — =52,5 cm/s 60 02. A figura abaixo representa trés engrenagens: A (16 dentes), 8 (12 dentes) e C (8 dentes). Elas giram vinculadas, conforme indicado, sendo que B gira no sentido horério. 7 Fisica a. Em que sentido giram as engrenagens Ae? b, Qual das engrenagens ter maior velo- cidade angular? ¢. Quantas voltas a engrenagem C efetua para cada volta que A completa? Resoluco a. Na transmissao de MCU por contato direto entre engrenagens, sempre ocorre a permuta de sentido de giro, ou seja, as engrenagens Ae Cgiram de modo oposto ao de B: anti-horério. b. No sistema, a engrenagem de menor raio tem a maior velocidade angular, isto é, a en- grenagem C é a que gira com maior frequéncia ¢. Para cada volta de A, 16 dentes de cada engrenagem devem se tocar. Como C possui 8 dentes, ela deverd realizar 2 voltas. 03. A figura a seguir mostra as medidas dos dia- metros da roda (C), da catraca (B) e da coroa (A) de uma bicicleta comum. Se um ciclista, passeando com essa bicicle- ta, pedalar com frequéncia de 1,0 Hz, qual 0 médulo da velocidade de tréfego da bicicleta? Use m= 3 e despreze escorregamentos. Resolucao 1. Para o sistema coroa-catraca, temos: fy Re = fy Ry 10-12 = f,-4=>f,=3,0 Hz 2. Como a catraca B é solidéria 8 roda C, am- bas giram com a mesma frequéncia (3,0 Hz). Devido ao rolamento da roda C no solo, a velo- cidade da bicicleta sera v= 2m - Re fe, isto €: v=2-3-0,40 m-3,0Hz=>v=7,2 m/s Fisica >» Cinemética ANOTAGOES coe 4 Ginemética 01. Udesc Considere as seguintes proposicées sobre grandezas fisicas escalares e vetoriais. 1.A caracterizagio completa de uma grandeza escalar requer tio somente um ndmero seguido de uma unidade de medida. Exemplos dessas grandezas s80 0 peso e a massa II, O médulo, a direc3o e o sentido de uma grandeza caracterizam-na como vetor. Ill, Exemplos de grandezas vetoriais séo a forga, o empuxo e a velocidade. IV. A Gnica grandeza fisica que é escalar e vetorial ao mesmo tempo é a tem- peratura. Assinale a alternativa correta. a. Somente as afirmativas I! e IV so ver- dadeiras, b. Somente as afirmativas | e II sio verda- deiras. ¢. Somente as afirmativas | e Ill sio ver- dadeiras. d. Somente as afirmativas II e Ill so ver- dadeiras. e. Somente as afirmativas Ill e IV sdo ver- dadeiras. 02. Um retangulo possui drea constante de 12 cm? ‘As medidas de seus lados podem variar. Sendo as medidas de seus lados x e y, obtenha a. a relacdo entre as medidas dos lados; b. 0 grafico de y em fungao de x. 03. Uma forca Unica de intensidade F est apli- cada num corpo de massa constante e igual a 4 kg. Nessas condicées, a forca é direta- mente proporcional 8 aceleragdo adquirida pelo corpo (F = m- a), em que m é a massa. Variando-se a intensidade da forca de zero a 12.N, obtenha: a.a intensidade da aceleragdo do corpo quando a intensidade da forca for de 12.N; b. 0 grafico da intensidade da forca em funco da intensidade da aceleracio. 7 Fisica CAPITULO 01 wa 04, UFU-MG Analise as grandezas fisicas a seguir. 1. Campo elétrico Carga elétrica Campo magnético Potencial elétrico Trabalho Poténcia Momento linear Forca Energia mecdnica 10. Velocidade Dos grupos abaixo, 0 constituido sé de gran- dezas escalares é: a. 1,3,7,8,10 d.5,6,7,8,10 b. 1, 2,3,5,6 e.2,4,5,6,9 ©.2,4,5,6,8 05. Dadas as afirmagées abaixo: |. calor é grandeza escalar; Il, a direcao da forca peso € para baixo; IIL, temperatura é grandeza escalar. Assinale a alternativa que corresponde a(s) afirmagao(des) correta(s) a. Somente | é correta b, Somente Ill é correta c. Le Ill sdo corretas. d. le Il sd0 corretas e. |, Ile lil sdo corretas. 06. Vunesp Sao conjuntos de grandezas escalares e veto- riais, respectivamente: a. (pressio, forca, aceleracéio) e (tempo, densidade, temperatura). b. (carga elétrica, temperatura, massa) ¢ (empuxo, velocidade, aceleracdo) c. (deslocamento, volume, massa) e (cam- po magnético, campo elétrico, campo gravitacional) d. (massa, tempo, energia) e (peso, pres- so, carga elétrica). e. (densidade, volume, massa) e (empu- x0, forca, trabalho) coe Fisica 07. UEA-AM Em uma famosa histéria infantil, para subir no alto de uma torre, uma bruxa utilizava os longos cabelos de uma princesa, de aproxima- damente 17 anos, que nunca havia cortado seu cabelo, Supondo que o cabelo da princesa cresceu sempre na mesma propor¢do, a uma taxa média de 0,5 mm por dia, a altura aproxi- mada da torre, em m, é a3 d. 100 b. 10 e. 300 ©. 30 08. Fatec-SP ara se ter uma nogdo do universo na- nométrico, no qual a dimensio da sica ére- presentada pelo prefixo nano, I nm equivale aproximadamente ao comprimento de dez tomos enfileirados. Um nanotubo de car- bono tem um didmetro da ordem de 10. nm. A dimensio de uma molécula de DNA situa-se na escala de 100 nm e & pouco me- nor que a de um virus, As hemicias, que so as células vermelhas do sangue, sio da ordem de 10 micrémetros (10 jum) ou 10.000 nm. O diametro de um fio de cabelo pode medir cerca de 100,000 nm. TOMA, Henrique €. 0 mundo nanométrico: a dimenso do novo século. So Paulo: Oficina de textos, 2004. p.13 adaptado. De acordo com o texto e com as medidas apro- ximadas, é correto afirmar que: a. um nanotubo de carbono é cem mil ve- zes mais fino do que um fio de cabelo. b. so necessérios cem mil atomos enfilei- rados para compor o didmetro de um fio de cabelo, c. na escala mencionada no texto, um mi- crémetro (1 um) equivale a 100 nané- metros (100 nm). d. as hemécias so, aproximadamente, 10 vezes maiores do que os virus e. 0 diametro de um fio de cabelo tem aproximadamente 100 jum. 09. UCS-RS Segundo matéria publicada na Folha Online Ciéncia, de 19 de setembro passado, foram registrados pela primeira vez os perigos da nanotecnologia para os seres humanos. Tra- balhadoras chinesas teriam sofrido danos coe 78 Cinemética pulmonares permanentes por exposicio por longo tempo, sem protecdo adequada, a nanoparticulas, em uma fabrica de tintas. Como se sabe, a nanotecnologia é largamen- te utilizada na industria, com emprego, por exemplo, em artigos esportivos, eletrénicos, cosméticos, roupas, desinfetantes, utensi- lios domésticos, revestimento de superfi- cies, tintas e vernizes e também mesmo na medicina. Pelo seu mintisculo didmetro, en- tre 1 e 100 nanémetros, as nanoparticulas podem ultrapassar as barreiras naturais do corpo humano por meio de contato com a pele com problemas ou pela ingestao ou ina- ago. Sendo um bilionésimo de um metro, um nanémetro corresponde a: a. 1-10 metros. b, 1-10 metros €. 1-10" metros, d, 1- 10° metros. e. 1- 10° metros. 110. UCS-RS Uma cépsula de remédio contém as seguintes quantidades de diferentes substancias medici- nais: 0,075 g, 20 mg, 0,0005 g, 4 mg e 500 Lg (microgramas). Qual é a quantidade total, em mg, dessas substancias na cdpsula? a. 25,075 b. 26 «. 100 d. 110 e. 524,0755 11. Unicentro-PR Amatéria est organizada em estruturas de di- ferentes escalas. Um pequeno bloco de cristal apresenta dimensdes da ordem de 10? m, en- quanto 0 dtomo de hidrogénio tem dimensées da ordem de 108 cm Com base nessas informagées, um pequeno bloco de cristal é maior do que 0 dtomo de hi- drogénio um ntimero de vezes igual a: a. 1.000.000.000 b. 100.000.000 ¢. 10.000.000 d. 1.000.000 e. 100.000 Ginemética 12. UNIRIO-RJ © ano-luz é definido como sendo a distan- cia que a luz (300.000 km/s) percorre em um ano. Com boa aproximacao, podemos afir- mar que 1 ano-luz = 10 trilhdes de quiléme- tros. O universo é composto por um grande numero de galéxias e cada galaxia, pode-se dizer, contém um numero desconhecido de corpos celestes. Para que a luz atravesse a nossa galaxia, a Via Léctea, ela precisa per- correr 100 mil anos-luz. A ordem de gran- deza em quilémetros do tamanho de nossa galaxia 6: a. 1015 b, 102 c. 108 d. 108 e. 1010 13. UFF-RI Os produtos quimicos que liberam clorofluor- carbonos para a atmosfera tém sido considera- dos pelos ambientalistas como um dos causa- dores da destruico do oz6nio na estratosfera. ‘A cada primavera aparece no hemisfério sul, particularmente na Antartica, uma regio de baixa camada de oz6nio ("buraco”). No ano 2000, a drea dessa regio equivalia a, aproxima- damente, 5% da superficie de nosso planeta. ‘A ordem de grandeza que estima, em km?, a drea mencionada é: Dado: raio da Terra = 6,4 - 10? km n=3 a. 10° b, 10° ¢. 107 d. 10° e. 102 14. Uespi © médulo da aceleracéo da gravidade (g) na superficie terrestre é aproximadamente igual a 10 m/s?. Quando expresso em km/h?, o mé- dulo de g possui ordem de grandeza igual a: a. 10° b. 103 «. 10° d. 107 e. 10° 79 Fisica 15. UFPE Um estudante de fisica aceita o desatio de de- terminar a ordem de grandeza do numero de feljes em 5 kg de feijo, sem utilizar qualquer instrumento de medicio. Ele simplesmente despeja os feijées em um recipiente com um formato de paralelepipedo e conta quantos feijées ha na aresta de menor comprimento ¢, como mostrado na figura. Ele verifica que a aresta c comporta 10 feijdes. Calcule a potén- cia da ordem de grandeza do ntimero de feijes no recipiente, sabendo que a relacdo entre os comprimentos das arestas é: a/4 = b/3 = c/1. c= 10 feijées 16. Uespi (modificado) Estima-se que o planeta Terra tenha se forma- do hd cerca de 4,5 bilhdes de anos. Qual é a poténcia de 10 da idade da Terra em horas? a. 10% d. 107 b. 108 e. 10 c. 10 17. Sistema COC Um menino sai de sua casa e vai para a esco- la dando, em média, um passo por segundo. Sabe-se que o tamanho médio de seu passo é de 40 cm e que ele gasta 20 minutos no traje- to casa-escola. Com base nessas informacdes, pode-se concluir que a distancia percorrida pelo aluno, ao realizar o trajeto casa-escola, é, aproximadamente, igual a a. 480 m d. 1.200 m b. 500 m e. 2.400 m ¢. 520m coe Fisica Cinemética 18. FEI-SP a. 10? d. 105 O perimetro do Sol é da ordem de 1.0° me b. 10° e. 10° © comprimento de um campo de futebol é da 108 ordem de 100 m. Quantos campos de futebol seriam necessarios para dar uma volta no Sol se os alinhssemos? a. Cem mil campos b. Dez milhdes de campos ¢. Cem milhdes de campos d. Um bilho de campos e. Dez bilhées de campos 19, Os pneus dos automéveis possuem dimetro de aproximadamente 60 cm. Sabendo-se que, a cada volta completa do pneu, a distancia percorrida pelo automével é 1 - D (sendo D o diémetro do pneu), a ordem de grandeza do numero de voltas de cada pneu, em uma via- gem de 360 km, é: coe 80 20. Até 0 momento, o valor acumulado na Mega Sena para o primeiro prémio da virada é de R$ 8.108.052,58. Seria invidvel que um pré- mio como esse fosse pago, a um ganhador, com moedas de um centavo de real porque, nesse caso, seriam necessdrias n moedas. numero n e a ordem de grandeza da quan- tidade de moedas de um centavo necesséria para esse pagamento esto corretamente es- critos, respectivamente, na alternativa: a. 10- 10% e 10° b, 81-10% 10° €. 8-108 e 10° d.8,1- 10° 10° e.8-10%e 10° Ginemética Fisica CAPITULO 02 ww 21. UFSM-RS 22. FCC-SP Em um 6nibus que se desloca com velocida- Todo movimento é relativo. Entdo, pode-se di- de constante, em relaco a uma rodovia reta _zer que, para trés pontos materiais A, Be C: que atravessa uma floresta, um passageiro faz 1. se A estd em movimento em relagio a a seguinte afirmaco: “As arvores esto deslo- B, e Besté em movimento em relacao a cando-se para trés”, Cento A esté em movimento em re- Essa afirmagao é pois, considerando-- lagao aC; “se como referencial, € (so) ___ Il, se A esta parado em relacdo a B, e B que se movimenta(m). estd parado em relagdo a C, entio A Selecione a alternativa que completa correta- esta parado em relacao aC. mente as lacunas da frase. Responda mediante o seguinte cédigo: a. correta ~ a estrada — as drvores a. lesté certo e Il est errado. b. correta ~ as arvores ~a estrada b, lesté certo e Il esté certo. ¢. correta ~ 0 énibus ~ as drvores ¢. lesté errado e Il esta certo. d. incorreta ~ a estrada ~ as drvores d. le ll esto errados. e. incorreta ~ 0 énibus ~ as érvores e. nada se pode afirmar. 23, PUC-SP Leia com atengio a tira da Turma da Ménica mostrada abaixo e analise as afirmativas que se seguem, considerando 0s principios da mecainica classica Turma da Ménica / Mauricio de Sousa I. Casco encontra-se em movimento em relac3o ao skate e também em relacdo ao amigo Cebolinha. II, Casco encontra-se em repouso em relagdo ao skate, mas em movimento em relacdo ao amigo Cebolinha. Ill Cebolinha encontra-se em movimento em relago ao amigo Casc3o, Esto corretas: a. apenas |. d. tle lll, b.lell. e.Llelll c.lelll 24, AFA-SP a. arco de elipse. De uma aeronave que voa horizontalmen- b. arco de parabola. te, com velocidade constante, uma bomba é abandonada em queda livre. Desprezando-se 0 efeito do ar, a trajetéria da bomba, em rela- d. ramo de hipérbole go & aeronave, sera um: e. um ponto. 81 eoe €. segmento de reta vertical. Fisica 25. © goleiro Marcos chuta uma bola de forma que ela vai cair no meio do campo. Durante o movimento da bola, o jogador Denilson corre de forma que ele consegue ficar sempre na mesma vertical da bola. Qual a trajetoria da bola vista pelo jogador Denilson? 26. Fuvest-SP Uma bolinha de massa m, presa através de um fio a um ponto P do teto de uma sala de aula, é abandonada em B, a partir do repouso. Quan- do a bolinha passa por A, diretamente abaixo de P, 0 fio se rompe. Nos eixos x e y tracados, quai dos esquemas abaixo pode representar a trajetoria subsequente da bolinha? P 82 Cinemética 27. Observe atentamente a figura a seguir. Trajetéria daluaem relagio & Terra ~~ Trajetoria da Terraem relago a0 Sol A linha sinuosa (trago continuo) acima repre- senta, provavelmente, a trajetéria da Lua em relacdo a que referencial? 28, UEM-PR Um avigo, a uma altura H = 1 km do solo, so- brevoa uma cidade com velocidade horizontal constante e solta uma caixa que se move até o solo. Desprezando a resist&ncia do ar, assinale © que for correto. 01. Para um observador no avido, a traje- t6ria da caixa é uma reta perpendicular ao solo. Para um observador no aviio, o mé- dulo do vetor deslocamento da caixa é igual aH. Para um observador parado no solo, 0 médulo do vetor deslocamento da cai- xa é maior que H. Para um observador parado no solo, a trajetéria da caixa 6 uma reta que une oavido ao solo. 02. 04. 08. 16. Para os dois observadores, o médulo do vetor aceleraco da caixa é igual a0 médulo da aceleragdo da gravidade. Dé a soma das afirmacdes corretas. Ginemética 29. UFOP-MG Um motorista dirige em uma estrada plana com velocidade constante. Uma pessoa que esté para- da no acostamento da estrada joga uma moeda verticalmente para cima no momento em que 0 carro passa por ela. Desprezando o atrito com o ar, marque a opgao que indica como o motorista va trajetdria da moeda. “TT 30. UEMS. Um garoto dentro de um trem em movimento retilineo e uniforme vé um pingo d’dgua cair do teto do vagéo no qual se encontra. A traje- téria do pingo é vista por ele e por uma pessoa sentada em uma cadeira na estago, respecti- vamente, como: a, uma reta obliqua (formando, angulo di ferente de zero com relaco & vertical) e uma curva b. curva e curva, pois 0 trem esté em mo- vimento, ¢. uma curva e uma reta vertical, j4 que o trem se movimenta. d. uma reta na vertical e uma curva, por- que hé velocidade constante na hori- zontal e acelerada na vertical. e, reta e reta, pois o movimento do trem nao afeta a trajetdria vista por diferen- tes referenciais. 31. UERJ No interior de um avio que se desloca horizon- talmente em relac3o ao solo, com velocidade constante de 1.000 km/h, um passageiro deixa cair um copo. Observe a ilustracao abaixo, na qual esto indicados quatro pontos no piso do corredor do avido e a posicao desse passageiro. DME a 0 copo, ao cair, atinge 0 piso do aviso préximo a0 ponto indicado pela seguinte letra: 83 Fisica a.P eR b.Q ds 32. UEM-PR Dentro do vagdo de uma locomotiva, esta um garoto que joga verticalmente para cima uma bola de ténis. Apds atingir a altura ma- xima, a bola retorna & sua mao. A locomoti- va se move com velocidade constante v, em relacdo a uma plataforma fixa. Na platafor- ma, estdo dois observadores, Ae B. O ob- servador A esta parado sobre a plataforma, enquanto que o observador B se move com a mesma velocidade constante v da locomo- tiva. Despreze a resisténcia do ar e assinale © que for correto. 01. 0 garoto e 0 observador A veem a bola descrever a mesma trajetoria. 02. O garoto e o observador B veem a bola descrever a mesma trajetoria. 04, Os observadores Ae B veem a bola des- crever a mesma trajetoria. 08. © observador A vé a bola descrever uma trajetéria parabélica 16. 0 observador B vé a bola descrever uma trajetéria parabélica 33. Uma particula tem equago hordria dos espa- 0s dada por: 100-204] ls (s) a. Qual a trajetéria da particula? b. Em que instante a particula passa pela origem dos espacos? 34. Dois méveis percorrem a mesma trajetéria, sendo suas posigdes medidas a partir de uma origem comum. As equacdes hordrias dos dois movimentos sao, respectivamente: f Considerando que s, e s, so expressos em metros e t em segundos, 0 encontro (s, = s,) ocorrera no instante: =30-80-t 10+20-t 01s 025 c.t=0,35 d.t=0,4s coe Fisica 35. UniSEB-SP Duas pequenas esferas, A e B, colidem na origem (0) do sistema cartesiano (x,y) repre- sentado na figura, no instante t = 0. Imediata- mente apés 0 choque, elas passam a trafegar, respectivamente, sobre os eixos x e y, obede- cendo as seguintes funcdes horérias: x=3-te y= 4 -t, sendo as posigdes x ey medidas em metros e t em segundos. Qual a distancia (d) entre as esferas no instante t = 1s? a.8m b.7m «5m 36. Cesgranrio-RJ Uma formiga movimenta-se sobre um fio de linha. Sua posigo s varia com o tempo t, con- forme mostra o grafico. Entre os instantes t= 0 5,08: Stes) 60" 20 30 40 50 a, qual o deslocamento escalar da formiga? b. qual a distancia percorrida por ela? 37. ITA-SP Dois automéveis, que correm em estradas retas e paralelas, tam posigdes a partir de uma origem comum, dadas no Sistema Internacional de uni- dades por: x, = 30tex, = 1,0: 10° +0,2t2 Calcule 05 instantes te t’ em que os dois automéveis de- vem estar lado a lado. Na resposta, vocé devera fazer um esboco dos graficos x,(t) e x,(t) 38. Unitau-SP Numa estrada, um carro parte do km 50, vai até 0 km 60, onde, mudando o sentido do mo- coe 84 Cinemética vimento, regressa até atingir o km 32. Nesse evento, a variago de espaco (deslocamento escalar) e a dist&ncia efetivamente percorrida so, respectivamente, iguais a: a. 28 km e 28 km. b, -18 km e 38 km. c. 18 km e 38 km. d, -18 km e 18 km. e. 38kme 18 km. 39, Espcex-SP O grafico abaixo indica a posico (s) em fun- ¢40 do tempo (t) para um automdvel em mo- vimento num trecho horizontal e retilineo de uma rodovia s (km) Da anilise do grafico, pode-se afirmar que o automovel: a, estd em repouso, no instante 1 min. b, possui velocidade escalar nula, entre os instantes 3 min e 8 min, c. sofreu deslocamento de 4 km, entre os instantes 0 min e 3 min. d. descreve movimento progressivo, en- tre os instantes 1 mine 10 min. e, tem a sua posi¢o inicial coincidente com a origem da trajetoria. 40, Mackenzie-SP Uma particula descreve um movimento uni- forme cuja fungdo horéria é s = -2 + 5t (SI). No caso, podemos afirmar que o valor da veloci- dade escalar e 0 tipo de movimento sao: a. -2 m/se retrégrado. b, -2 m/s e progressivo. c. 5 m/s e progressivo. d. 5 m/s e retrogrado. 2,5 m/s e retrégrado. Ginemética 41. Unicentro-PR Durante uma viagem, um passageiro obser- vou que o énibus passou por cinco marcos de quilometragem, consecutivos, no intervalo de 16 minutos. Sabendo-se que os marcos de quilometragem esto separados regularmente de uma disténcia igual a 5,0 km, a velocidade escalar média do éni- bus, medida pelo passageiro, em km/h, foi de: a.75 d. 95 b. 80 e. 100 90 42, UEA-AM Furacdes so ciclones tropicais que ocorrem no oceano Atléntico e a leste do oceano Pacifico Central. Um desses furacées, o Katrina, foi o pior que atingiu os Estados Unidos nos ultimos anos. Admita que o Katrina se movia em dire- so ao continente a uma velocidade constante de 24 km/h, com ventos de até 120 km/h. Nes- sas condigdes, quando o Katrina se encontrava a uma distancia de 1.200 km de uma cidade, foi acionado o sistema de alerta e vigiléncia de fu- racdes do governo americano. Contado a partir desse instante, o tempo, em horas, que a popu- lacdo teve para se prevenir do furacio foi: a. 10 d. 40 b. 20 e. 50 . 30 43. FMT. Pelo atual conhecimento da fisica, nada pode ser mais rdpido que a luz e sua velocidade no vacuo pode ser considerada constante e igual a 300.000 km/s. Ento, 0 espaco percorrido pela luz no vacuo em 3,3 » 10° s equivale, aproximadamente, a: a.um centimetro. __d. um quilémetro. b. um metro. e. uma milha, cum milimetro. 44, FEL-SP Um automével percorre um trecho retilineo entre duas cidades. Na primeira metade do trecho, ele possui velocidade média v e, na segunda metade do trecho, ele possui veloci- dade média 2 v. Qual é a velocidade média em todo 0 trecho? 85 Fisica CAPITULO 03 wa a. 133v b. 3,00v ©. 1,50v d.0,33v e.0,67v 45. Fepecs-DF Uma abelha comum voa a uma velocidade de aproximadamente v, = 25,0 km/h quando parte para coletar néctar, e a v, = 15,0 km/h quando volta para a colmeia, carregada de néctar. Supo- nha que uma abelha nessas condigdes parte da colmeia voando em linha reta até uma flor, que se encontra a uma dist&ncia D, gasta 2 minutos na flor, e volta para a colmeia, também em li- nha reta. Sabendo-se que o tempo total que a abelha gastou indo até a flor, coletando néctar e voltando para a colmeia, foi de 34 minutos, entdo a disténcia D é, em km, igual a: al b.2 63 4.4 eS 46. FGV-SP Empresas de transportes rodovidrios equipam seus veiculos com um aparelho chamado ta- cOgrafo, capaz de produzir sobre um disco de papel, o registro ininterrupto do movimento do veiculo no decorrer de um dia. coe Fisica Analisando os registros da folha do tacégrafo representada anteriormente, 2 qual correspon- de ao periodo de um dia completo, a empresa pode avaliar que seu veiculo percorreu nesse tempo uma distancia, em km, aproximadamen- te igual a a. 940. b. 1.060. ¢. 1.120. d. 1.300. e. 1.480. 47. Unioeste-PR O motorista de um caminho percorre a meta- de de uma estrada retilinea com velocidade de 40 km/h, a metade do que falta com velocida- de de 20 km/h e 0 restante com velocidade de 10 km/h. O valor mais préximo para a veloci- dade média para todo o trajeto é de: a. 30,0 km/h b. 20,0 km/h . 33,3 km/h d. 23,3 km/h e. 26,6 km/h 48. UFPR Em 1914, o astrénomo americano Vesto Slipher, analisando o espectro da luz de varias galaxias, constatou que a grande maioria delas estava se afastando da Via Lactea. Em 1931, o astré- nomo Edwin Hubble, fazendo um estudo mais detalhado, comprovou os resultados de Slipher @ ainda chegou a uma relaco entre a distancia (®) ea velocidade de afastamento ou recessao (v) das galaxias em relacdo a Via Lactea, isto é, x = H,1- v, Nessa relago, conhecida com a lei de Hubble, H, é determinado experimental- mente e igual a 75 km/(s.Mpc). Com 0 auxi dessas informagées e supondo uma velocidade constante para a recessao das galaxias, & possi- vel calcular a idade do Universo, isto é, 0 tempo transcorrido desde o Big Bang (Grande Explo- so) até hoje. Considerando 1 pc = 3 - 10° m, assinale a alternativa correta para a idade do Universo em horas. a. 6,25 - 10” b. 3,75 - 10 c. 2,40 108 d. 6,66 - 10% e.1,11- 10" coe 86 Cinemética 49. FURG-RS A onda verde, ou sincronizagéo de seméforos, 6 uma medida adotada em diversas cidades de modo a melhorar o tréfego de vefculos por ruas e avenidas muito movimentadas. Numa determinada rua da cidade, existem trés se- méaforos sincronizados: 0 primeiro, localizado na esquina da rua A, é temporizado para que o sinal dure 1 minuto (tanto o verde quanto 0 vermelho); 0 segundo, localizado 200 m adian- te, tem o mesma temporiza¢ao, mas um atra- so de 8 s em relacao ao primeiro; e o terceiro, localizado 400 m além do segundo seméforo, tem uma temporizacdo de 42 s e um atraso de 48 s em relagao ao primeiro. Considerando que um carro passa pelo primeiro seméforo quando este ativa o sinal verde, a velocidade minima, em km/h, que se pode desenvolver para aproveitar uma onda verde, isto é, os trés sinais verdes, em sequéncia, vale: a.51 45 b. 24 . 22 e. 40 50. Sistema COC Um ciclista percorreu a dist&ncia entre duas cidades com velocidade escalar média igual a 4 an dices, v durante = da distancia entre elas. No per- curso restante, a velocidade escalar média do ciclista foi de 2 vy. Nessas condigées, podemos afirmar que a velocidade escalar média do ci- clista em todo 0 trajeto foi de: 2, 11 11 ay 10 ev 51. UFPE O gréfico a seguir mostra a posicio de uma particula, que se move ao longo do eixo x, em fungdo do tempo. Calcule a velocidade média da particula no intervalo entre t= 2set=85, em m/s. Ginemética 52. FGV-SP_ Numa corrida de Férmula 1, a volta mais rapi da foi feita em 1 min e 20 s, a uma velocidade escalar média de 180 km/h. Pode-se afirmar que o comprimento da pista, em metros, é de: a, 180 d. 14.400 b. 4.000 e. 2.160 ¢. 1.800 53. FEI-SP Um carro faz uma viagem de 200 km a uma velocidade escalar média de 40 km/h. Um se- gundo carro, partindo 1h mais tarde, realiza a mesma viagem e chega ao ponto de destino lo mesmo instante que o primeiro. Qual ¢ a velocidade escalar média do segundo carro? a. 45 km/h d. 60 km/h b. 50 km/h e. 80 km/h ©. 55 km/h 54. FEI-SP Um carro A percorre uma disténcia entre duas cidades em 5 horas. Uma hora apés a saida do carro A, sai do mesmo ponto um carro Be trafega em direcdo 4 mesma cidade. Sabendo-- -se que 0s dois chegam no mesmo instante na cidade, qual é a relacdo entre as velocidades médias dos dois carros? y, a, 4 = 1,25 Vina Vn b, *=0,80 Vin ¢. “PA = 1,10 8 1,20 87 Fisica 55. Uniube-MG Um énibus gastou 6 horas para ir da Ponte do Rio Grande até So Paulo, que distam aproxi- madamente 420 km. Percorreu nas trés pri- meiras horas 220 km e, nas trés horas seguin- tes, os restantes 200 km. Pode-se afirmar que a velocidade média do énibus foi de: a. 75 km/h ¢. 70 km/h b. 65 km/h d. 80 km/h 56. Olimpiada Brasileira de Fisica As equacdes hordrias das posiges de dois méveis que se deslocam simultaneamente em uma mesma trajetéria retilinea sio dadas, em unidades do Sitema Internacional (SI), por: 20+10t+100 Eles possuem a mesma velocidade escalar no instante S,=25tes, a. 12s d. 25s b. 13s e. 30s 24s 57. UFRI-RJ Uma particula se movimenta com funco ho- réria do espaco dada por: s=200-40t +2,0t? (SI) a. Qual a trajetéria da particula? b. A partir de que instante, a particula in- verte o sentido de seu movimento? c. Qual a posig&o do ponto de inversao de sentido de seu movimento? ‘58. Fatec-SP_ Um atleta inicia seu treino a partir do repouso e comeca a cronometrar seu desempenho a partir do instante em que esté a uma velocida- de constante. Todo o percurso feito pelo atleta pode ser descrito por meio de um grafico da sua posigo (s) em fungao do tempo (t), con- forme figura a seguir. Fisica Se marcarmos os pontos A, B, Ce D nesse gré- fico, podemos afirmar que as velocidades ins- tantaneas V,, Vg Vc € Vo, Fespectivamente nes- ses pontos, séo tais que obedecem & seguinte ordem crescente: AVS Vg SVC SVy de VS Vp SVQ SVQ Bi Vg a. 2g af bg a & a 82. Uespi Uma propaganda de um automével informa que, numa reta, ele vai de zero a 100 km/h em 10 segundos. Qual deve ser a sua aceleracao, supondo que ela seja constante? a. 36.000 km/h? d. 146.000 km/h? b, 64.000 km/h? e. 164.000 km/h? ¢. 100.000 km/h? 83. UFC-CE O grafico da velocidade em funcao do tempo (em unidades arbitrérias), associado ao movi- mento de um ponto material ao longo do eixo x, € mostrado na figura abaixo. Velocidade iTempo Assinale a alternativa que contém 0 gréfico que representa a aceleracdo em funcio do tempo correspondente ao movimento do pon- to material Aceleragio 93 Aceleracso Aceleracso. [Tempo Aceleracao Acelerago 84. FEI-SP Uma moto possui aceleracao dada pelo gréfico a seguir. A velocidade para t = 2s € 10 m/s. Qual € sua velocidade em m/s no instante t = 10 s? coe Fisica e. 18 85. Fatec-SP Acelerago escalar constante de 5 m/s? signi- fica que: a. em cada 5 m, a velocidade escalar varia de 5 m/s. b, em cada segundo, sao percorridos 5 m. c. em cada segundo a velocidade escalar varia de 5 m/s. d. em cada 5 m, a velocidade escalar varia de 1m/s. e.a velocidade escalar permanece sem- pre igual a 5 m/s. 86. Unisinos-RS Quando um motorista aumenta a velocidade es- calar de seu automével de 60 km/h para 78 km/h em 105, ele esta comunicando ao carro uma ace- leragao escalar média, em m/s?, de: a. 18 4.18 b.0,2 2.05 5,0 87. Unimep-SP Uma lancha de salvamento, patrulhando a costa maritima com velocidade de 20 km/h, recebe um chamado de socorro, Verifica-se que, em 10 s, a lancha atinge a velocidade de 128 km/h. A aceleracdo média utilizada pela lancha foi a. 3,0 m/s? b. 3,6 m/s? c. 10,8 m/s? d. 12,8 m/s? e. 30 m/s? coe 94 Cinemética 88, UFPE Um caminhlo com velocidade escalar inicial de 36 km/h é freado e para em 10 s. A acele- ragdo escalar do caminhdo, durante a freada, tem médulo igual a: a. 0,5 m/s? d. 3,6 m/s? b. 1,0 m/s? e. 7,2 m/s? 1,5 m/s? 89, Vunesp ‘Ao executar um salto de abertura retardada, um paraquedista abre seu paraquedas depois de ter atingido a velocidade, com diregao ver- tical, de 55 m/s. Apés 2 s, sua velocidade cai para 5 m/s. Calcule a aceleracao escalar média do paraquedista nesses 2 s, 90. UEL-PR A velocidade escalar de um corpo esta repre- sentada em funcao do tempo na figura a se- guir. Podemos concluir que a aceleracéo esca- lar média entre t=O e t=10sé: a. nula b. 1,0 m/s? 15 m/s? d. 2,0 m/s? e. 3,0 m/s? 91. Fameca-SP Num acelerador de particulas, uma particula « é lancada com velocidade de 10 m/s em trajetéria retilinea no interior de um tubo. A particula saiu do tubo com velocidade de 9 - 10* m/s. Sendo a aceleragao constante e igual a 10° m/s?, o intervalo de tempo em que a particula permaneceu dentro do tubo foi a, 0,003 s d.8-10%s 'b. 0,00001 s 24-1055 6.91035 Ginemética 92. UFTM-MG Um cientista, estudando a aceleracao escalar média de trés diferentes carros, obteve os se- guintes resultados: + ocarrol variou sua velocidade de v para 2.v num intervalo de tempo igual a t; o carro ll variou sua velocidade de v para 3.v num intervalo de tempo igual a 2 t; © carro Ill variou sua velocidade de v para 5 v num intervalo de tempo igual aS t. Sendo a,, a, e a, as aceleragées médias dos carros |, Ile Ill, pode-se afirmar que: a. a,=a, d.a,=a,>a, ea, b.a,>a,>a, “ 2 < ay 1, em que x é a posigio ex- pressa em metros, e t o tempo empresso em segundos. Marque a alternativa que corres- ponde ao tempo necessario para a particula percorrer a distancia de 10 metros. a.5s b.2s cis d.7s e.3s 108. UEA-AM Uma das causas de acidentes de transito 6 a imprudéncia de certos motoristas, que reali- zam manobras arriscadas ou inapropriadas. Por exemplo, em uma manobra realizada em um trecho retilineo de uma rodovia, 0 mo- torista de um automdvel de passeio de com- primento igual a 3 m resolveu ultrapassar, de uma sé vez, uma fileira de veiculos me- dindo 17 m de comprimento. Para realizar a manobra, 0 automével, que se deslocava inicialmente a 90 km/h, acelerou uniforme- mente, ultrapassando a fileira de vefculos em um intervalo de tempo de 4 s. Supondo que a fileira tenha se mantido em movimen- to retilineo uniforme, a uma velocidade de 90 km/h, afirma-se que a velocidade do au- tomével, no instante em que a sua traseira ultrapassou completamente a fileira de vei- culos, era, em m/s, igual a: coe 98 Um trem de metré acelera, a partir do repouso, a 1,2 m/s? em uma estac3o para percorrer a pri meira metade da distncia até a estacao seguin- te, e depois desacelera a ~1,2 m/s? na segunda metade da distancia de 1,1 km entre as estages. Determine: (a) 0 tempo de viagem entre as esta- g6es e (b) a velocidade escalar maxima do trem. 110. AFA-SP Duas particulas, A e B, que executam movi- mentos retilineos uniformemente variados, encontram-se em t = 0 na mesma posicdo. Suas velocidades, a partir desse instante, so representadas no grafico abaixo. v (m/s) t(s) As aceleragées experimentadas por A e B tm © mesmo médulo de 0,2 m/s?. Com base nes- ses dados, é correto afirmar que essas parti- culas se encontrarao novamente no instante: a. 10s b. 50s c. 100s d. 500s 111. Um carro parte do repouso e acelera unifor- memente durante 10 s, atingindo a velocidade de 20 m/s. Em seguida, é brecado uniforme- mente, atingindo 0 repouso 15 s apés 0 inicio. do movimento. a. Calcule a acelerago do carro em cada etapa do movimento. b, Quantos metros o carro percorreu du- rante a fase de acelerago? E durante a fase em que foi brecado? Ginemética 112. UEA-AM Uma barata corre em linha reta para fugir de uma provavel chinelada. Se a barata parte do repouso, e se desloca com aceleracao constan- te de 0,1 m/s2, 0 tempo, em segundos, que ela leva para atravessar um corredor de 3,2 m de comprimento a2 " 4.8 b.4 e.10 <6 113. UCS-RS- Um recurso eletrénico que esté ganhando fora nos videogames atuais é 0 sensor de movimento, que torna possivel aos jogado- res, através de seus movimentos corporais, comandarem os personagens do jogo, muitas vezes considerados como avatares do joga- dor. Contudo, esse processo nao é instantd- neo: ocorre um atraso entre o movimento do jogador e 0 posterior movimento do avatar. Supondo que o atraso seja de 0,5 s, se num jogo um monstro alienigena esta a 18 m do avatar e parte do repouso em direcao a ele para atacé-lo, com aceleracao constante de 1 m/s? (informago disponibilizada pelo pré- prio jogo), quanto tempo, depois do inicio do ataque, o jogador deve socar o ar para que seu avatar golpeie o monstro? Por simplifica- 40, despreze em seu célculo detalhes sobre a forma dos personagens. a.10s 4.555 b. 18s e735 64,75 114. Vunesp Um jovem afoito parte com seu carro, do re- pouso, numa avenida horizontal e retilinea, com aceleragio escalar constante de 3,0 m/s2. Mas, 10 segundos depois da partida, ele perce- be a presenca da fiscalizacdo logo adiante. Nes- se instante, ele freia, parando junto ao posto onde se encontram os guardas a. Se a velocidade escalar maxima permi- tida nessa avenida é 80 km/h, ele deve ser multado? Justifique. b. Sea freada durou 5,0 s, com acelerago escalar constante, qual a distdncia total percortida pelo jovem, desde o ponto de partida até o posto de fiscalizacao? Fisica 115. Cesgranrio-RJ Um automével, partindo do repouso, leva 5,05 para percorrer 25 m, em movimento unifor- memente variado. A velocidade final do auto- mével é de: a. 5,0 m/s d. 20 m/s b. 10 m/s e. 25 m/s ©. 15 m/s 116. UFTM-MG Desejando aumentar a velocidade para 25 m/s sem produzir desconforto aos passageiros, um motorista mantém seu carro sob movimento re- tilineo uniformemente variado por 10 s enquan- to percorre um trecho de 200 m da estrada. A velocidade que o carro ja possula no momento ‘em que se decidiu aumentd-la era, em m/s: aS d. 12 b.8 e.15 «10 117. Mackenzie-SP Um trem de 120 m de comprimento se desloca com velocidade escalar de 20 m/s. Esse trem, ao iniciar a travessia de uma ponte, freia unifor- memente, saindo completamente da mesma 10s apés com velocidade escalar de 10 m/s. O comprimento da ponte é: a. 150m b. 120m ©.90m d. 60m e.30m 118. Fuvest-SP Dois pontos materiais P, e P, movem-se sobre a mesma reta, obedecendo as seguintes expres- sOes: s,=-10-t+5-t2es,=30+5-t-10-t2 Os simbolos s, es, representam os espacos em metros a partir de uma origem comum; o tem- po t é medido em segundos (t 2 0). Calcule: a. 0 instante e a posicdo em que os dois méveis se encontram; b. as velocidades e as aceleracées escala- res de ambos no instante de encontro; c. quando so iguais as velocidades esca- lares de P, e P,; d. os instantes em que os méveis mudam de sentido. coe

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