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NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 23.ª ed., revista e atualizada. Rio de Janeiro : Editora Forense,
2003, páginas 01 a 09.
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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3ª.ed. revista
e ampliada – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999, página 1646: “Prolegômenos. [Do gr. Prolegómena, ‘coisa que se
dizem antes’} S. m. pl. 1. Exposição preliminar dos princípios gerais de uma ciência ou arte. 2. Introdução geral de
uma obra. 3. Prefácio longo.”
Como disciplina do curso jurídico, deve ser entendida como disciplina
autônoma, pois desempenha função exclusiva que não se confunde com qualquer outra
disciplina, uma vez que, possui regras gerais que a todo direito é pertinente "o que possui
de específico é a sistematização dos conhecimentos gerais”, como bem ensina PAULO
NADER.
3
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3ª.ed. revista
e ampliada – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999, página 780: “Epistemologia. [Do gr. Epistéme, ‘ciência’;
‘conhecimento’, + -O- + -logia.] S.f. Conjunto de conhecimentos que têm por objeto o conhecimento científico,
visando a explicar os seus condicionamentos (sejam eles técnico, históricos, ou sociais, sejam lógicos, matemáticos, ou
lingüísticos), sistematizar as suas relações, esclarecer os seus vínculos, e avaliar os seus resultados e aplicações. [Cf.
teoria do conhecimento e metodologia (2).]”.
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A expressão – com a devida vênia ou licença -, está escrita em português e aquela expressão dentro dos parênteses –
data venia -, está escrita em latim.
3- OUTROS SISTEMAS DE IDÉIAS GERAIS DO DIREITO
3.1- Filosofia do Direito. É a disciplina que propõe a reflexão sobre o direito e seus
postulados com o objetivo de formular o conceito do Jus e de analisar as instituições
jurídicas no plano do dever ser, levando-se em consideração a condição humana, a
realidade objetiva e os valores justiça e segurança.
3.2- Teoria Geral do Direito. A disciplina Teoria Geral do Direito é de caráter também
propedêutico, buscando analisar, conceituar os elementos estruturais (formais) e
permanentes do direito, como pressupostos e disposições da norma jurídica, coação,
relação jurídica, fontes formais e informais da norma jurídica, bem como condições
intrínsecas do Direito.
Contudo, tal disciplina carece de importantes unidades que versam
sobre os fundamentos, valores e conteúdo fático (experiência de vivência) do Direito;
representa uma seção da Introdução, pois não fornecer aos iniciantes as várias dimensões
do fenômeno jurídico, da mesma forma que a disciplina Introdução ao Estudo do Direito
fornece.
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Todo o texto deste item é construído a partir e com base absoluta na obra de Paulo Nader, já citada, páginas 6 e 7.
Em 1912, com a reforma Rivadávia Correia, foi instituída a
Enciclopédia Jurídica, que permaneceu como matéria de iniciação durante três anos,
sendo posteriormente suprimida pela reforma Maximiliano. A disciplina Filosofia do Direito
passou então a ser ensinada como disciplina introdutória, lecionada na primeira série até
que, em 1931, com a chamada reforma Francisco Campos, passou a ser ensinada na
última série e nos cursos de pós-graduação, em face de sua diferenciação pelo conteúdo 6
próprio frente à disciplina destinada à iniciação do estudante ao direito. No lugar da
disciplina Filosofia do Direito, para a primeira série, foi criada a disciplina Introdução à
Ciência do Direito, que permanece até os dias de hoje no currículo mínimo, com alteração
apenas no nome, que passou a ser Introdução ao Estudo do Direito, por força do novo
currículo, estabelecido pela Resolução n.º 3, de 2 de fevereiro de 1972, do egrégio
Conselho Federal de Educação.
A Portaria nº 1.886, de 30 de dezembro de 1994, do Ministério da
Educação e do Desporto, que estabeleceu novas diretrizes para o curso jurídico, confirmou
o caráter obrigatório do estudo da disciplina Introdução ao Estudo do Direito e alterou a
sua denominação para Introdução ao Direito. Tal mudança não implica modificação do
conteúdo ou enfoque da disciplina, que continua a ser Introdutória ao Estudo do Direito.
Ressalta-se, por oportuno, que a Filosofia do Direito foi incluída, finalmente, no elenco das
disciplinas obrigatórias do curso jurídico.
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É importante lembrar que o temo CIÊNCIA significa o conhecimento sistematizado ou metodicamente construído
sobre um objeto, com a finalidade de conhecê-lo. Por sua vez, a CIÊNCIA DO DIREITO – estuda o fenômeno
jurídico indagado, com base na natureza científica do saber jurídico, qual seja, compreender um fenômeno social que
reclama regulamentação ou desregulamentação, a partir do olhar do Direito.
Nesse contexto, diferentemente da disciplina Introdução ao Estudo do Direito que é iniciática e propedêutica, a
disciplina FILOSOFIA DO DIREITO, possibilita através de seus princípios, hipóteses e resultado, com base na
característica da epistemologia jurídica, tratar dos problemas da ciência do direito, procurando resolvê-los,
delimitando o sentido de ciência, a especialidade do objeto e do método da especulação jurídico-científica.
“Epistemalogia- [ do gr. espistéme, ciência x -o-x- io]. S.F filos- Estudos crítico dos princípios,
hipótese e resultados de ciências já constituídas e que visa determinar os fundamentos lógicos, o
valor e o alcance objetivo das teoria da ciência [ c.f teoria do conhecimento e metodologia (2).]”
Portanto a disciplina FILOSOFIA DO DIREITO: a) Reflete sobre o caráter teórico, prático ou crítico do Direito e da
Jurisprudência. b) Apresenta distinção da ciência do direito e das demais ciências que igualmente como ciência do
direito, tem por material da pesquisa os fenômenos jurídicos. c) Fazendo indagações a cerca do saber científico.
Quando estudamos a palavra Direito a partir de sua origem e suas
possíveis compreensões ou sentidos através dos tempos ou pelas variações históricas da
concepção de seu vocábulo, estamos almejando saber a etiologia e etimologia da palavra
Direito, qual seja, a origem mais o significado da palavra Direito, tomando-a a partir da
origem e pela sua compreensão através dos tempos até nossos dias.
9
TELLES JÚNIOR. Goffredo. Iniciação na Ciência do Direito. – São Paulo: Editora Saraiva, 2001, pág. 377.
10
É importante ressaltar que, o homem hoje chama de Direito, não só as leis, mas todas as normas de conduta escritas e
não escritas, nascidas das várias matrizes da produção normativa (estatal ou popular).
11
REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27ª ed., 2ª tiragem. – São Paulo: Editora Saraiva, 2003, pág.02
concebido apenas como regra ou comando, concebeu-o antes como
“realização de convivência ordenada”.
...
O Direito é, por conseguinte, um fato ou fenômeno social; não existe
senão na sociedade e não pode ser concebido fora dela. Uma das
características da realidade jurídica é, como se vê, a sua qualidade de
ser social.”
Apontado que o Direito Positivo como sendo aquele Direito que regula
a vida em sociedade, restando diferenciado este da regra moral, religiosa, trato social e da
idéia de justiça, torna-se importante trazer à baila a lição de MIRANDA15, cujos
12
DINIZ, Maria Helena. Compêndio de Introdução à Ciência do Direito. 10ª ed. – São Paulo: Editora Saraiva, 2003,
pág. 243.
13
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 23.ª ed., revista e atualizada. - Rio de Janeiro: Editora Forense,
2003, páginas 01 a 09.
14
MIRANDA, Custódio da Piedade U. Teoria Geral do Direito Privado. – Belo Horizonte: Del Rey , 2003, pág. 17.
15
MIRANDA, Custódio da Piedade U. in ob. Cit, pág. 16.
ensinamentos indicam os limites do que seja Direito Positivo, bem como sua diferenciação
das demais ordens do Direito, a partir da propriedade e característica do Direito Positivo:
Pág. 281
“A divisão tradicional
206. O direito de propriedade e o direito de crédito servem de modelo
à divisão tradicional dos direitos subjetivos em jus in rem ou DIREITO
REAL, e jus in personam, ou DIREITO PESSOAL, o primeiro
exprimindo a faculdade ou prerrogativa exercida sobre uma coisa,
direito sobre uma coisa; o segundo, a faculdade ou prerrogativa
exercida sobre outra pessoa, direito sobre a conduta alheia. Aqui
ficamos no plano do direito privado, exatamente aquele em cujos
quadros o direito subjetivo tem sido estudado mais amplamente, e o
foi, sobretudo por WINDSCHEID, IHERING e a maioria dos que lhes
acompanharam as teorias ou tentaram sua conciliação. Em IHERING,
contudo, já encontramos, incluído entre os direitos sobre as coisas, o
direito de uso geral, correspondente à utilização a que se destinam as
coisas públicas. Propõe ainda ela a divisão do direito em INDIVIDUAL
e COMUM: ao primeiro chama direito exclusivo, do ponto de vista do
gozo, ao passo que o segundo se caracteriza pela “comunidade
indivisa e indivisível ao gozo” (assim os direitos “que pertencem a uma
associação que tem personalidade civil ou aos destinatários das
fundações piedosas como tais”).
Direitos reais e direitos pessoais, direitos individuais e direitos comuns,
eis, pois, as divisões, ou a classificação, tradicionais.”