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FACULDADE ALFA

Daniela da Silva Holtz


Denise Ribeiro
Pricila Azevedo Santos

ARTIGO CIENTIFÍCO:
Discussão Teórica sobre o Ensino da Leitura

Praia Grande/SP
26 de maio de 2010

Discussão Teórica sobre o Ensino da Leitura


“Ler é compreender e compreender é sobre tudo um processo
de construção de significados” (Solé, Isabel. Revista Nova Escola, p.92).

A proposta desse artigo é fazer uma discussão teórica sobre o ensino da


leitura. Notamos que há dificuldades por parte dos educadores quanto ao fato
de habilitar seus alunos para uma boa leitura. Fica então a seguinte pergunta:
Como ensinar a leitura?

Ao utilizamos no presente artigo uma reflexão sobre os procedimentos de


leitura numa metodologia teórica, baseando-se nos livros “Texto e Leitor:
Aspectos Cognitivos da Leitura” (Kleiman, 2002) e “Oficina de leitura: teoria e
prática¨ (Kleiman, 1993), encontramos algumas possibilidades de como ensinar
a leitura.

Ângela Kleiman, propõe estratégias de leitura que facilitam a interação entre o


leitor e o texto, opondo-se a leitura de “passar os olhos”, onde não se transmiti
nenhum ensinamento para o leitor e só o desestimula. Discute também a
importância da leitura não apenas em sala de aula, mas também a importância
da leitura para a vida.

Segundo Kleiman (1993, p. 10), “ao lermos um texto, qualquer


texto, colocamos em ação todo nosso sistema de valores, crenças e atitudes
que refletem o grupo social em que se deu nossa sociabilização primária, isto
é, grupo social em que fomos criados”.

A Lei 11.645 de 10 de março 2008, diz que: “o desenvolvimento da


competência leitora é um processo de aprendizagem progressiva,
indispensável para que os estudantes adquiram os conhecimentos de todas as
áreas”.

E em “Oficina de leitura: teoria e prática¨ (Kleiman, 1993, p 10), “o ensino da


leitura é o ensino de estratégias, e o desenvolvimento de habilidades
lingüísticas são necessárias para o ato de ler”.

Kleiman (2002) afirma que “A compreensão de um texto é um processo que se


caracteriza pela utilização de conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o
que ele já sabe ao longo de sua vida. Segundo Kleiman (2002) “há outros
conhecimentos relativos ao conhecimento prévio: conhecimento lingüístico,
conhecimento textual e conhecimento mundo, que juntos formam o
conhecimento prévio.

O conhecimento lingüístico, é o conhecimento gramatical, isto é, a


compreensão da gramática, fonética, acentuação, organização, e conjunção
dos verbos. Sendo assim, uma estratégia cognitiva, ou seja, operações para o
processamento do texto, que se apóiam no conhecimento de regras
gramaticais e no conhecimento do vocabulário. Propor o ensino do vocabulário,
é uma maneira de criar condições para o leitor iniciante ampliar seu conjunto
de palavras instantaneamente (dicionário mental do leitor).

Já o conhecimento textual, é o conjunto de noções e conceitos sobre o texto.


Existem vários tipos de texto que são classificados pela sua estrutura, podendo
ser: narrativo, expositivo ou descritivo.

A estrutura do texto narrativo é caracterizada pela marcação temporal


cronológica e pela casualidade; a estrutura do texto expositivo é organizada por
componentes ligados entre si, por diversas relações lógicas, tais como:
problema e solução, e por fim, a estrutura do texto descritivo, que pode ser
reconhecido por certos efeitos descritivos, como: um efeito de listagem.

Na sala de aula, o professor pode elaborar uma atividade onde os alunos leiam
um texto, por exemplo, um Conto de Fadas, e peça aos alunos que façam a
descrição dos personagens. Assim, estará trabalhando a estrutura do texto
descritivo. Num outro dia, o professor pode pedir para que os alunos
reconstruam a história lida, exercitando então a estrutura do texto narrativo.

Quanto ao conhecimento de mundo, pode ser adquirido formalmente ou


informalmente. O conhecimento formal é de caráter enciclopédico e o
conhecimento informal são as experiências e o convívio em sociedade. Em
sala de aula, é importante que o professor e os alunos interajam, trocando suas
experiências e conhecendo novas culturas, ampliando assim, seu
conhecimento de mundo.
O professor deve propiciar contextos a que o aluno deva recorrer
simultâneamente, a fim de compreendê-lo em diversos níveis de conhecimento,
tanto gráficos como lingüísticos, pragmáticos, sociais e culturais.

Até o momento, podemos concluir a importância do conhecimento prévio para


a leitura, e identificar alguns exemplos de como trabalhá-lo em sala de aula.

Entretanto, outra estratégia de leitura é proposta por Kleiman (2002), “o


estabelecimento de objetivos específicos para a leitura”. Sabendo-se que a
capacidade de processamento e memória melhoram significativamente quando
é fornecido um objetivo específico na realização de uma tarefa. E que essa
capacidade de estabelecer objetivos na leitura é chamada de estratégia
metacognitiva.

As estratégias metacognitivas são operações realizadas com algum objetivo


em mente, isto é, quando somos capazes de dizer e explicar a nossa ação.

Um bom exemplo para trabalhar o objetivo específico e melhorar a leitura dos


alunos é esclarecer a atividade que será realizada antes que o aluno leia o
texto. Por exemplo: citar as idéias principais proposta pelo leitor, ou, reescrever
o texto com suas próprias palavras.

O objetivo específico também é importante para a formulação de hipóteses,


Kleiman (2002), “quando o leitor está realmente engajado na leitura, ele
começa a formular hipóteses para o texto.” o leitor faz suposições sobre o
texto.

Para trabalhar com o tema “hipóteses” em sala de aula, o professor pode pedir
para que os alunos leiam um determinado trecho de um texto e formulem um
final para o texto, baseando-se apenas no que foi lido. Os alunos vão perceber
quantas idéias, o mesmo texto pode apresentar.

Para a compreensão do texto é importante também a coesão e a coerência.


Kleiman (2002) “É necessário uma organização sintática e também uma
organização de idéias para que a mensagem passada pelo autor fique clara
para o leitor.”

Segundo Sayeg (1990), a coesão é a organização sintática do texto, onde o


código verbal está diretamente ligado a microestrutura do texto (recursos
morfológicos). Já a coerência é a organização de idéias, tornando o texto claro
e compreensivo, está relacionada à macroestrutura do texto (organização do
texto).

Quando os alunos lêem um texto e conseguem identificar a mensagem


passada pelo autor, prova que o texto é coeso e coerente. Revisar textos
coletivamente e localizar informações é uma ótima atividade para trabalhar a
coerência e a coesão.

O leitor não recebe apenas as informações passada pelo texto, ele argumenta,
formula idéias, cria hipóteses. O leitor faz uma verificação da intenção
argumentativa (mensagem) do texto.

Para Kleiman (2002), “A leitura é uma interação à distância entre leitor e o


autor, via o texto escrito”.

Podendo-se constatar que, Kleiman (1993) “a capacidade do leitor para


perceber a estrutura do texto, inferir informações, intenção e atitudes do autor
para reconstrução de relações lógicas e temporais, são determinantes
essenciais para a compreensão bem sucedida do texto.”

O professor ao ler notícias em sala de aula e debater o tema, faz com que os
alunos formulem perguntas e respostas, argumentem e contra-argumentem,
manifestem e acolham opiniões, assim, o aluno desperte seu papel social
e aguce seu senso crítico.

Portanto, podemos concluir que a boa leitura, aquela feita de forma correta,
com objetivos, contribui para a formação do ser humano, amplia horizontes, faz
com que o leitor conheça novas culturas, mas, Lei (11.645/08) “não basta
colocar os alunos na frente dos textos, é preciso planejar uma diversidade de
situações”.

A escola precisa ter como objetivo, tornar seus alunos capazes de integrar uma
comunidade de leitores, onde o compartilhar práticas culturais diversificadas,
ler textos diferentes se adequando aos propósitos e as características de
gêneros e escrever textos com diferentes situações e intenções, abandonem a
idéia daquela “leitura de passar os olhos” e se tornem leitores realmente ativos.
Por fim, a autora Ângela Kleiman, nos remete em suas obras uma fonte
riquíssima de conhecimentos cognitivos para a compreensão de texto. Cabe
agora, a todo professor, trabalhar para que seu aluno alcance as competências
necessárias para a leitura.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 8. ed.


Campinas,SP: Pontes, 2002
• KLEIMAN, Ângela. Oficina de leitura: teoria e prática.
Campinas: Pontes, 1993
• SIQUEIRA, João Hilton Sayeg de. O texto: movimentos de leitura, táticas
de produção, critérios de avaliação. São Paulo: Selinunte, 1990
• LEI nº 11.645/08
• SOLÉ, Isabel. Leitura, um objeto de conhecimento. (Revista Nova
Escola, Abril, 2009, agosto: p.92).

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