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DEFESA PESSOAL
PARTE TEÓRICA
Natal – RN
Janeiro / 2006
PAULO ROBERTO DE ALBUQUERQUE COSTA – TEN CEL PM
DEFESA PESSOAL
Natal – RN
Janeiro / 2006
PENSAMENTO
Nós pedimos com insistência:
Não digam nunca: isso é natural!
Diante dos acontecimentos de cada dia.
Numa época em que reina a confusão.
Em que corre sangue.
Em que se ordena à desordem.
Em que a humanidade se desumaniza.
Em que os arbitrários tem força de lei.
Não diga nunca: isso é normal.
Bertolt Brecht
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 06
O INSTRUTOR ....................................................................................................... 07
COMENTÁRIOS DO INSTRUTOR ......................................................................... 08
CAPÍTULO 1 – O ALUNO ...................................................................................... 11
CAPÍTULO 2 – A ORIGEM DO PENSAMENTO MARCIAL .................................. 13
1. De onde veio a Palavra marcial ........................................................................... 13
2. Um pouco da História para melhor conhecer a origem das Artes Marciais ......... 15
3. História das Artes Marciais a serem Estudadas .................................................. 16
3.1 Origem e Evolução do Jiu Jitsu .......................................................................... 16
3.2 Na Índia .............................................................................................................. 17
3.3 Na China ............................................................................................................ 17
3.4 No Japão ............................................................................................................ 17
3.5 No Brasil ............................................................................................................ 18
3.6 No Rio de Janeiro .............................................................................................. 18
4. Origem e Evolução do Judô ................................................................................ 19
4.1 Jigoro Kano (1860 – 1938) ................................................................................ 19
4.3 Sobre a Fundação do Instituto Kodokan ........................................................... 20
4.4 A chegada do Judô no Brasil ............................................................................. 21
5. Origem e Evolução do Karatê .............................................................................. 22
5.1 Os Monges Oriundos da Índia ........................................................................... 22
5.2 Okinawa – O berço do Karatê Dô ...................................................................... 23
5.3 Gichin Funakoshi – O Pai do Karatê Moderno ................................................... 27
5.4 Oficialização do Karatê-Dô na educação escolar de Okinawa .......................... 29
5.5 O Karatê-Dô Shotokan chega ao Japão ............................................................ 30
5.6 O missionário do Karatê-Dô Shotokan moderno ............................................... 30
5.7 A filosofia Budô .................................................................................................. 32
5.8 As conseqüências da guerra no Karatê-Dô ....................................................... 32
5.9 A propagação do Karatê-Dô Shotokan no mundo ............................................. 34
5.10 Início do Karatê no Brasil ................................................................................. 35
5.11 O Karatê-Dô Shotokan chega ao Rio Grande do Norte .................................. 41
CAPÍTULO 3 – Direitos Humanos e Direitos Internacionais Humanitários ...... 44
1. Perguntas Chaves ................................................................................................ 44
2. Questões Éticas e Legais Relacionadas ao uso da Força e Arma de Fogo –
Armas Letais ............................................................................................................ 44
3. O Direito a Vida a Liberdade e a Segurança de todos as Pessoas .................... 45
4. Uso da Força para Encarregados da Aplicação da Lei ....................................... 45
5. Princípios Básicos sob o Uso da Força e Arma de Fogo - Arma Letal............... 46
5.1 Dispositivos Gerais e Específicos ...................................................................... 47
5.2. Princípios Essenciais ........................................................................................ 48
5.3. Qualificação, Treinamento e Aconselhamento ................................................. 48
5.4. Uso de Armas .................................................................................................. 49
5.5 Uso Indevido de Força e Arma de Fogo ........................................................... 50
5.6. Opções de Uso de Força ................................................................................. 50
CAPÍTULO 4 – DO INTERROGATÓRIO JUDICIAL .............................................. 51
CAPÍTULO 5 – NOTAS PUBLICADAS NA IMPRENSA ....................................... 53
CAPÍTULO 6 – AS ARTES MARCIAIS NA SOCIEDADE ATUAL ........................ 57
1. A Prática das Artes Marciais ............................................................................... 58
2. O Karatê-Dô na Educação e Saúde da Criança ................................................. 58
CAPÍTULO 7 - DEFESA PESSOAL ....................................................................... 60
1. Que é Defesa Pessoal ........................................................................................ 60
2. Ainda sobre Defesa Pessoal ............................................................................... 60
3. Benefícios e Finalidade da Defesa Pessoal ........................................................ 61
CAPITULO 8 – DA AGRESSIVIDADE ................................................................... 63
1. Agressividade e Violência – um enfoque psicológico ......................................... 63
2. Origem Generalizada .......................................................................................... 63
3. O Ser Humano é Agressivo ................................................................................ 63
4. Tipos de Violência Imposta pela Máquina Estatal e o Sistema Econômico ........ 65
5. Violência e suas Modalidades ............................................................................. 65
6. Ação e Reação .................................................................................................... 66
7. Técnicas para a Dissolução da Violência ............................................................ 67
CAPÍTULO 9 - DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO .............................................. 69
1. Lesão Corporal à Luz da Lei ............................................................................... 69
2. Legitima Defesa a Luz da Lei .............................................................................. 71
2.1 Comentários acerca do art 25 CP ..................................................................... 71
2.2 Tenham cuidado ao responder uma agressão .................................................. 72
2.3 A Legislação reconhece o direito a defesa, mas condene excessos ............... 72
3. Emprego da Força .............................................................................................. 73
CAPÍTULO 10 – ABUSO DE AUTORIDADE ......................................................... 74
CAPÍTULO 11 – DA VIOLENCIA POLICIAL .......................................................... 76
A Violência Policial Militar no Exercício da Função ................................................ 76
CAPÍTULO 12 – ÉTICA ........................................................................................... 86
Introdução ............................................................................................................ 86
1. Que é Ética ? ...................................................................................................... 87
2. Que é Moral ? ..................................................................................................... 88
3. Que é Amoral ? ................................................................................................... 88
4. Conduta e Comportamento Humano ................................................................... 88
5. Influencia Ambiental ............................................................................................. 88
6. Controle na Formação da Consciência Ética ....................................................... 89
7. Consciência Ética ................................................................................................ 89
8. Vícios Sociais ...................................................................................................... 89
9. Conduta do Ser Humano em sua Comunidade e em sua classe ........................ 90
10. Classes Profissionais ......................................................................................... 90
11. Código de Ética ................................................................................................. 90
12. O que Consta nesse Código ............................................................................. 91
13. Base Filosófica do Karatê-Dô Shotokan ........................................................... 92
14. Julgamento da Conduta Ética de Classe .......................................................... 95
CAPÍTULO 13 – SOBREVIVENCIA POLICIAL ..................................................... 97
CAPÍTULO 14 AS ARTES MARCIAIS NA SOCIEDADE MODERNA .................. 98
CAPÍTULO 15 – ARTES MARCIAIS COMO ESPORTE ....................................... 100
CAPÍTULO 16 – DIFERENÇA ENTRE DEFESA PESSOAL E A ARTE
MARCIAL ESPORTE .............................................................................................. 101
CAPÍTULO 17 – OS TREINAMENTOS .................................................................. 104
CAPÍTULO 18 – TÉCNICAS DE MANUSEIO COM BASTÃO ............................... 110
1. Bastão (Policial) ................................................................................................... 110
2. Tonfa I .................................................................................................................. 112
3. Tonfa II ................................................................................................................. 112
CAPITULO 19 – DEFININDO O QUE REALMENTE É DEFESA PESSOAL ......... 114
CAPÍTULO 20 – LEGISLAÇÃO – CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
FÍSICA – CONFEF E CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA - CREF 117
CAPÍTULO 21 – AULAS DE DEFESA PESSOAL – PRÁTICA DOJO .................. 117
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 118
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 119
ANEXOS ................................................................................................................. 120
Anexo 1 – Lei 9.696, de 16 de setembro de 1998 .................................................. 121
Anexo 2 – Resolução nº 013/99 – Registro de não-graduados em Educação
Física no CONFEF REVOGADA ............................................................................ 123
Anexo 3 – Resolução nº 021/00 – Dispõe sobre o registro de pessoas Jurídicas
nos CREFs .............................................................................................................. 125
Anexo 4 – Lei nº 9.981, de 14 de julho de 2000. ..................................................... 127
Anexo 5 – Resolução nº 030/00 – Dispõe sobre os cursos para práticos ............... 136
Anexo 6 – Resolução nº 036/00 – Dispões sobre o registro dos não graduados no
CONFEF. ................................................................................................................. 137
Anexo 7 – Resolução COFEF nº 045/2002. – Dispões sobre o registro de não
graduados em Educação Física no Sistema CONFEF/CREFs. ............................. 138
Anexo 8 – Resolução nº 039/01 – Dispões sobre data limite para registro de não
graduados no CONFEF. .......................................................................................... 140
Anexo 9 – Lei Complementar nº 218, de 18 de setembro de 2001.- Autoriza a
instituição de unidade administrativa que especifica na estrutura da Secretaria de
Estado da Defesa Social, e dá outras providencias. ............................................... 141
- Plano de Matéria de curso de defesa pessoal. ..................................................... 143
- Capa de Avaliação ................................................................................................ 148
- Quadro Demonstrativo do Corpo Discente ........................................................... 149
- Quadro Horário das Instruções .............................................................................
- Termo de Matrícula ................................................................................................ 151
- Portaria de Matrículas ............................................................................................ 152
- Solicitação de Inscrição em Curso ......................................................................... 153
- Plano Didático da Academia de Polícia Militar Cel Milton Freire de Andrade ....... 154
- A Filosofia do Karatê-Dô ........................................................................................ 167
- O Karatê aplicado a Defesa Pessoal ..................................................................... 174
- CURRICULUM VITAE do Ten Cel Albuquerque ................................................... 179
APRESENTAÇÃO
Este trabalho é fruto de 25 anos de observações acerca da conduta e visão que policiais
militares têm sobre a aplicação de técnicas de defesa pessoal, visão esta, totalmente
distorcida, fruto da má orientação ao longo dos tempos em seus cursos de formação somada à
falta de acompanhamento da evolução do mundo através dos tempos, fazendo uso deste
mecanismo para, através da técnica e do uso da força, agredir não somente fisicamente, mas,
principalmente, a integridade moral e psicológica do cidadão, negando-lhe os seus direitos,
alegando muitas das vezes para isso, ter feito uso da “legítima defesa”.
No entanto, objetivando não só transmitir os ensinamentos corretos a respeito da
legalidade de se poder fazer uso das técnicas de defesa pessoal, procuramos, principalmente,
conscientizar estes policiais do direito à cidadania que todos os povos e nações possuem
dentro da legalidade.
Dentro deste tema, foi necessário interligar a defesa pessoal à cidadania, à luz das leis
vigentes não apenas do Brasil, mas, no mundo.
O INSTRUTOR
Fotografia do Tc Albuquerque
Ten Cel Albuquerque - 3º Dan de Karatê Shotokan
Interestadual de Karatê Shotokan do Rio Grande do Norte pelo segundo mandato, proprietário
da Escola de Karatê Shotokan de Natal, com mais de 30 anos de prática de Artes Marciais
(defesa pessoal), dentre elas técnicas de Judô, Aikidô, capoeira e jiu jitsu, sendo especialista
em técnicas de karatê aplicada à defesa pessoal, com vários títulos em campeonatos a nível
estadual e nacional e cursos técnicos com os mais renomados Mestres de Karatê do Brasil e
do Mundo. É instrutor de Defesa Pessoal dos Alunos Oficiais da APM/PMRN desde 1995.
COMENTÁRIOS DO INSTRUTOR
É visível nos dias atuais a expressiva demanda da sociedade pela prática de Defesa
Pessoal no Brasil. O fenômeno decorre de fatores tais como o crescimento econômico, poder
aquisitivo das pessoas, melhor qualidade de vida e principalmente a insegurança pública que
assola a sociedade moderna brasileira.
No entanto, cresce o número de academias nos centros urbanos. Neste sentido, cresce
também o número de pessoas que se autodenominam professores ou mestres em artes
marciais, abrindo suas academias e colocando em risco a saúde dos alunos, além de no caso
de artes marciais, servirem de verdadeiras escolas motivadoras de prática de violência.
Nesse pensamento, é que existe toda uma legislação desportiva e penal no Brasil,
objetivando coibir essa prática clandestina ou irregular.
No entanto, a Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte, pelo motivo do seu
crescimento, perdeu o controle da prática de instrução de defesa pessoal dentro da
Corporação.
Cada Unidade aplica os ensinamentos de defesa pessoal e artes marciais sem nenhum
tipo de acompanhamento, sem critérios e sem se preocupar com os resultados advindo dessa
instrução.
Nesse sentido, o objetivo deste comentário é mostrar a necessidade de se analisar e
discutir a prática de defesa pessoal na Polícia Militar do Rio Grande do Norte, mostrando as
suas irregularidades e sua impotencialidade diante de tal situação, chegando a causar
comentários negativos no ambiente desportivo entre dirigentes de organizações e
principalmente entre os verdadeiros professores de educação física e defesa pessoal.
Todas as Policias do mundo possuem nas suas estruturas organizacional um setor que
cuida especificamente da área de Defesa Pessoal como um todo; estes Setores,
Departamentos ou Centros, já são uma realidade hoje no Brasil. Podemos citar por exemplo,
dentre outras, a Policia Militar do Estado de São Paulo que tem um Centro de Treinamento de
Defesa Pessoal, que trabalha em parceria com órgãos da área desportiva do Governo, que
planeja, coordena e disciplina as atividades de Defesa Pessoal e Artes Marciais naquela
organização policial militar.
Nesta perspectiva, surge a necessidade urgente da criação e ativação de um
Departamento de Defesa Pessoal para a Polícia Militar do Rio Grande do Norte, com o
objetivo de conduzir essa área tão importante nos dias atuais para uma organização policial e
a sociedade em geral, não permitindo que aberrações venham a ocorrer isoladamente
causando prejuízo a Corporação, sendo ela mesma a responsável direta pelo problema.
O ALUNO
a) Emprego da Força
b) Emprego da força física
c) Arte Marcial
d) Defesa Pessoal
e) Abuso de autoridade
f) Legitima Defesa
g) Equipamentos não letais
h) Equipamentos letais
CAPÍTULO 2
Segundo LACEY (1999), o Homem é uma raça que evoluiu de organismos unicelulares
para o seu estado mias elevado por meio de uma série de transformações biológicas ocorridas
a milhões de anos, onde muitos acreditam que o ser humano tinha vida marítima, uma
pequena célula, que deu origem a uma outra forma de vida, e com o passar dos anos, foi
tomando nova forma de vida até chegar no homem.
NICHOLAS (1999), afirma que Antropólogos acreditam que o homem tem sua origem
em macacos antropóides, ou que este foi derivado de um ancestral antropóide em comum, que
ao longo de milhões de anos evoluiu, mudando de forma até chegar no seu estado mais
elevado, o homem, o que segundo eles, explica a existência do homem das cavernas, que
seria uma das fases da evolução do homem.
Mas entre as diversas teorias sugeridas pelos Antropólogos evolucionistas, nenhuma
delas possui comprovação aceita pela maioria dos estudiosos da antropologia, existem sim
muitos casos isolados, mas que não oferecem nada de real, e além disso não há descobertas
cientificas ou arqueológico para dar sustentação a nenhuma destas teorias.
Afirmam alguns cientistas que aproximadamente há 5 milhões de anos, surgia o homem
sobre o planeta Terra, tendo provavelmente como berço o continente africano. Tinha início o
longo, sangrento e, por vezes, glorioso caminhar da História.
Os estudiosos tradicionais dividiam a evolução humana em dois períodos: a Pré-
História, caracterizada pela ausência de escrita, e a História propriamente dita, quando se
formaram as primeiras civilizações. Essa divisão é bastante simplista e conceitualmente errada,
pois, sendo o homem um agente histórico por definição, seu aparecimento e suas primeiras
atividades já caracterizam uma realidade que, efetivamente, pode ser denominada de
“histórica”. Além disso, os antigos historiadores definiam a Pré-História pelo critério da
carência: ausência de Estado, falta de sofisticação tecnológica, economia estritamente de
subsistência e desconhecimento da escrita. Em suma, comunidades selvagens e, por
conseguinte, desprovidas de História. Essa visão nos parece preconceituosa, pois parte do
conceito de que o processo civilizatório só teve início quando nasceram as estruturas e os
valores que a nossa cultura, neles baseada, define como tais. Também a Pré-História é dividida
em períodos: o Paleolítico, o Mesolítico e a Idade dos Metais, desdobrada em período do
Bronze e o do Ferro.
As idéias gerais da teoria da evolução das espécies sofreram, aos poucos, alterações e
aperfeiçoamentos. Todavia, as bases do evolucionismo subsistem até hoje e o nome de Darwin
(Charles Darwin, naturalista inglês (1809-1882), à sua doutrina.) ficou ligado a uma das mais
notáveis concepções do espírito humano.
Acreditamos que desde o primeiro golpe desferido com um osso em direção a um objeto
ou ser vivo originou os golpes de espada que hoje aperfeiçoados, denotam a perfeição da
técnica atual em relação às suas origens.
É inevitável não estabelecermos a origem do pensamento marcial às guerras. Daí o fato
de ser chamado de artes marciais, que remonta a origem do deus marte, ou o deus da guerra.
Explicarei melhor:
Marte (Ares), deus sanguinário e detestado pelos imortais, nunca teve grande
importância entre as populações helênicas. Em numerosas localidades, parece até haver sido
inteiramente desconhecido, e se o seu culto conservou na Lacônia importância maior que
alhures, deve-se à rudeza dos habitantes de tal país. Foi somente entre os romanos que Marte
adquiriu importância verdadeira e permanente; o tipo de Palas conformava-se muito mais ao
gênio grego. Com efeito, Palas é a inteligência guerreira, ao passo que Marte nada mais é do
que a personificação da carnificina. Ávido de matar, pouco lhe importa saber de que lado está a
justiça e cuida apenas de tornar mais furiosa a luta.
O deus da guerra e da violência aparece-nos sempre em atitude de repouso. Tem, por
vezes, numa das mãos a Vitória, como Júpiter ou Minerva. Vemo-lo com tal aspecto numa
famosa estátua da Villa Albani. Uma linda pedra gravada mostra Marte segurando com uma
das mãos a Vitória e com a outra a oliveira, símbolo da paz proporcionada pela vitória. A
maioria das vezes usa um capacete e empunha uma lança ou gládio. Aparece, assim, em
várias medalhas, mas as estátuas que o representam isoladamente não são demasiadamente
comuns entre os gregos. Entretanto, a bela estátua do Louvre, conhecida pelo nome de Aquiles
Borghese passa hoje por ser um Marte. Explica-se o elo que usa num dos pés pelo hábito de
certos povos, e notadamente os lacedemônios, de agrilhoarem o deus da guerra.
Parece ter sido o escultor Alcameno de Atenas quem fixou o tipo de Marte, tal qual
surge habitualmente nos monumentos artísticos. Os atributos habituais do deus são o lobo, o
escudo e a lança com alguns troféus. Uma medalha cunhada na época de Seotímio Severo
nos mostra Marte com uma lança, um escudo e uma escada para o ataque. Sob tal aspecto,
Marte recebe o epíteto de Teichosipletes (o que sacode as muralhas).
Resumindo, no que conhecemos por história, Bodhidharma é o pai das artes Marciais.
Dizem na China que, quando o homem de Nenderthal utilizou-se pela primeira vez de um
osso ou de uma pedra para melhorar suas qualidade na luta, surgiu o KUNG FU. Pois bem,
iremos abordar um pouco de história para melhor conhecer a origem das Artes Marciais.
O Jiu-Jitsu foi criado na Índia, aproximadamente a 2.000 anos antes de Cristo, numa
pequena e pacata vila interiorana sem recursos para confecção de armas ou grandes sistemas
de defesa, observando as posições em que, de um "meio suave", seria possível aos seus
habitantes desequilibrar, derrubar e defender-se de seus ofensores. Após uma invasão de
tropas chinesas à Índia, foi levado para a região do rio Meckong e usado por lavradores para
defenderem-se de salteadores e andarilhos hostis. Eventualmente, foi introduzido no Japão e lá
foi aperfeiçoado adicionando-se torções de articulações, estrangulamentos, imobilizações e
alavancas, o que tornou o Jiu-Jitsu mais eficiente numa luta de corpo-a-corpo e na defesa
pessoal. Com o início da entrada da cultura ocidental no Japão, foi solicitado a Jigoro Kano,
excelente atleta de jiu-jitsu, que desenvolvesse uma modalidade que assemelhasse com o jiu-
jitsu e que não deixasse transparecer as técnicas eficientes e secretas da nobre arte; Jigoro
Kano, então, desenvolveu o Judô, baseado em projeções e imobilizações com bastante
finalizações, muito assemelhado ao princípio do jiu-jitsu em sua fase chinesa. O Jiu-Jitsu foi
introduzido no Brasil em 1920 por ESAI MAEDA, cônsul japonês no Pará.
3.2 Na Índia
3.3 Na China
A China pôr sua vez caracterizou o Jiu-Jitsu como prática bélica, pois esta civilização
desenvolveu um grande número de estilos de artes marciais. O Jiu-Jitsu era praticado com um
kimono curto de mãos livres, além da luta corporal, tinha grande importância no desarmamento.
Sua prática chega no auge na época dos “Reinos Combatentes” e na unificação da China por “
Chin Shih Huang Ti\".
3.4 No Japão
O Jiu-Jitsu chega ao Japão no séc.II depois de Cristo, advindo da China. Muitas foram
as correntes que transmitiram esta arte ao país do \" Sol Nascente\", inclusive, existem
inúmeras lendas nipônicas relacionadas à criação e artes marciais. A história registrada em
1.600, afirma que um monge chinês \"Chen Gen Pin\" teria ensinado três Samurais, a cada qual
ensinara uma especialização a saber: Atemi, torções e projeções. E estes difundidos a todo o
japão, ou mesmo se fundindo com outras escolas de jiu-jitsu. No Japão Feudal se utilizam
inúmeros nomes relacionados com o Jiu-Jitsu, alguns se divergiam em fundamentos técnicos
outros eram extremamente semelhantes; Aikijitsu, Tai Jitsu, Yawara, Kempô, e mesmo o termo
Jiu-Jitsu se dividia entre estilos como: Kito ryu, Shito Ryu, Tejin e outros. É nesta época, onde a
forte divisão da calsse social japonesa enaltecia a nobreza dos Samurais que o Jiu-Jitsu se
desenvolve a fundo. Os pequenos nipônicos aperfeiçoam a arte de lutar, onde poderiam decidir
a vida ou a morte de um guerreiro em disputa. Era então o Jiu-Jitsu, uma prática obrigatória
aos jovens que futuramente seriam \"Samurais\" ao lado da esgrima, literatura, pintura,
cavalaria e outros.
3.5 No Brasil
Carlos Gracie, que fora treinado por Mitsuo Maeda passa pôr Minas Gerais e em Belo
Horizonte ministra algumas aulas num hotel da região. Em seguida vem para São Paulo e no
bairro das Perdizes monta uma academia. Sem o sucesso desejado se instala no Rio de
Janeiro e na Capital começa a ensinar, e também a seus irmãos: George, Gastão, Hélio e
Oswaldo. Hélio Gracie passa a ser o grande nome e difusor do Jiu-Jitsu. Já instalado no Rio,
forma inúmeros discipulos. George Gracie foi um desbravador, viajou por todo o Brasil, no
entanto, estimulou muito o Jiu-Jitsu em São Paulo, tendo como alunos: Otávio de Almeida,
Nahum Rabay, Candoca, Osvaldo Carnivalle , Romeu Bertho e muitos outros. Alguns
continuam na ativa. No Rio de Janeiro mais especificadamente na zona oeste, o mestre “Fada”
foi notoriamente um dos baluartes do Jiu-Jitsu, tendo grande número de formados. Enquanto
isso, na mesma época de Mitsuo Maeda, outros japoneses continuaram difundindo o Jiu-Jitsu.
“Geo Omori” por exemplo, aceitava desafios no picadeiro do circo “queirolhos” e foi ele também
quem fundou a primeira Academia do Brasil, em São Paulo no Frontão do Braz na Rua: Rangel
Pestana , no ano de 1925 ( Segundo o historiador Inezil Penna). Os irmãos Ono vieram ao
Brasil na década de 30 advindos de um renomado mestre de Jiu-Jitsu do Japão. Aqui no Brasil
formaram muitos alunos mas acabaram por adotar a prática do Judô. Takeo Yuano muito
conceituado por sua exímia técnica, viajou por todo o Brasil e ensinou Jiu-Jitsu em cidades
como São Paulo e principalmente em minas Gerais, onde lecionou e até estimulou a criação da
Federação local.
Conhecida como a “Meca” do Jiu-Jitsu, por ter concentrado praticamente toda a Família
Gracie.Os grandes nomes da família Gracie depois de Hélio foram: Carlson e Rolls Gracie.
Atualmente Rickson Gracie é reconhecido como o melhor lutador do mundo! A primeira
organização do Brasil, foi a fundação da Federação Carioca, formada por Hélio e continuada
por Robson Gracie. Atualmente existe a Confederação Brasileira e Mundial, comandadas por
Carlos Gracie Júnior.
4. ORIGEM E EVOLUÇÃO DO JUDÔ
4.1 O JUDÔ
O Judô de hoje é baseado no velho Jiu Jitsu. Das técnicas deste último, reexaminadas,
apuradas, sistematizadas e ajuntadas a um ideal, deriva o Judô.
O início do desenvolvimento histórico do combate corporal se perde na noite dos
tempos. A luta, inclusive por necessidade e sobrevivência, nasceu com o homem e, a esse
respeito, os documentos remontam os tempos mitológicos.
Um manuscrito muito antigo, o Takanogawi, relata que os “deuses” Kashima e Kadori
mantinham poderes sobre os seus súditos graças às suas habilidades de ataque e defesa.
A Crônica Antiga do Japão (Nihon Shoki), escrita por ordem imperial no ano de 720 de
nossa era, menciona a existência de certos golpes de habilidade e destreza, não apenas
utilizados nos combates corporais mas também, como complemento da força física, espiritual e
mental, relatando uma história mitológica na qual um dos competidores, agarrando o
adversário pela mão, o joga ao solo, como se lançasse uma folha.
Segundo alguns historiadores japoneses, o mais antigo relato de um combate corporal
ocorreu em 230 aC, na presença do imperador Suinin. Taimano Kehaya, um lutador insolente
foi rapidamente nocauteado por um terrível cultor do combate sem armas, Nomino Sukune.
Naquele tempo não havia regras e combate padronizadas. As lutas poderiam desenvolver-se
até a morte de um dos competidores.
As técnicas de ataque e defesa utilizadas guardam muita semelhança com os golpes do
sumô e do antigo ju-jitsu.
O prof. Kano estabeleceu o Instituto Kodokan em 1882, época em que o dojô (local de
treino) tinha apenas 12 tatamis e o número de alunos era nove. O ju-jitsu foi substituído pelo
judô pela razão de que enquanto "jitsu" significa técnica o "do" significa caminho, este último
podendo ter dois significados: o de um caminho em que você anda e passa e o de uma
maneira de viver.
Como meio de ensino, no Kodokan, Jigoro Kano adotou o randori, kata e métodos
catequéticos, adicionando educação física ao treinamento intelectual e à cultura moral. A
harmonia desses três aspectos de educação constituem a educação ideal pela qual o judô será
ensinado.
Ao redor do ano 20 da era Meiji (1887), o judô tinha dominado o ju-jitsu, que foi varrido
de vários países. O princípio do "JU", do judô, passou a significar o mesmo que na frase
"gentileza é mais importante que obstinação".
Assim a teoria do "JU", que é gentileza, suavidade, pretende utilizar a força do oponente
sem agir contra ela, podendo ser aplicada não somente na competição mas também aos
aspectos humanos.
O prof. Kano disse em 1910 que a teoria da cultivação da energia tratava de adotar um
método para melhorar a habilidade mental e física pelo armazenamento de ambas quanto for
possível. Ele disse que o seu bom uso é cultivar e usar a energia humana para o bem e que a
teoria pode ser adquiri-la através do treinamento de judô, podendo ainda ser ampliada para
todos os aspectos da vida. Antes de se expandir, o conceito de judô do professor veio a formar
dois grandes guias: o melhor uso da energia individual e o bem estar mútuo. Com estes
princípios o judô expandiu-se no próprio Japão e no exterior. Com esta base, o prof. Kano
deixou como ensinamento que através do treinamento a pessoa deve se disciplinar, cultivar o
seu corpo e espírito através das técnicas de ataque e defesa, fazendo engrandecer a essência
do caminho. O melhor uso da energia e o bem estar mútuo são uma versão resumida dos
ensinamentos de Jigoro Kano, que definiu como objetivo último do judô construir a perfeição de
uma pessoa e beneficiar o mundo.
Em 1904, Koma ao lado de Sanshiro Satake, saiu do Japão. Seguiram então para os
Estados Unidos, México, Cuba, Honduras, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Equador, Peru
(onde conheceram Laku, mestre em ju-jitsu que dava aulas para a polícia peruana), Chile, onde
mantiveram contato com outro lutador, (Okura), Argentina (foram apresentados a Shimitsu) e
Uruguai. Ao lado da troupe que a eles se juntou nos países sul-americanos, Koma exibiu-se
pela primeira vez no Brasil em Porto Alegre. Seguiram depois para o Rio de Janeiro, São
Paulo, Salvador, Recife, São Luís, Belém (em outubro de 1915) e finalmente Manaus, no dia 18
de dezembro do mesmo ano. A passagem pelas cidades brasileiras foi marcada apenas por
rápidas apresentações. Por sua elegância e semblante sempre triste, Mitsuyo Maeda ganhou o
apelido de Conde Koma durante o período que ficou no México. A primeira apresentação do
grupo japonês em Manaus, intermediado pelo empresário Otávio Pires Júnior, em 20 de
dezembro de 1915, aconteceu no teatro Politeama. Foram apresentadas técnicas de torções,
defesas de agarrões, chaves de articulação, demonstração com armas japonesas e desafio ao
público. Com o sucesso dos espetáculos, os desafios contra os membros da equipe
multiplicaram.
Entre os desafiantes, boxeadores como Adolfo Corbiniano, de Barbados, e lutadores de
luta livre romana como o árabe Nagib Asef e Severino Sales. Na época Manaus vivia o "boom"
da borracha e com isso as lutas eram recheadas de apostas milionárias, feitas pelos barões
dos seringais. De 4 a 8 de janeiro de 1916, foi realizado o primeiro Campeonato de Ju-jitsu
amazonense.
O campeão geral foi Satake. Conde Koma não lutou desta vez, ficando apenas com a
organização do evento. No dia seguinte (09/01/1916), o Conde, ao lado de Okura e Shimitsu,
embarcou para Liverpool, na Inglaterra, onde permaneceram até 1917. Enquanto a dupla
permaneceu no Reino Unido, Satake e Laku seguiram lecionando ju-jitsu japonês aos
amazonenses no Atlético Rio Negro. E os mestres orientais continuaram vencendo combates a
que eram desafiados. Até que em novembro de 1916, o lutador italiano Alfredi Leconti,
empresariado por Gastão Gracie, então sócio no American Circus com os Irmãos Queirollo,
chegou a Manaus para mais um desafio. Sataki que estava adoentado cedeu seu lugar para
Laku, sendo este derrotado por Leconti. Sataki, em recuperação, seria o próximo adversário do
italiano, mas devido a brigas geradas por ocasião do combate entre Laku e o desafiante, o
delegado Bráulio Pinto resolve proibir outras lutas na capital.
Em 1917, de volta ao Brasil, mais especificamente em Belém, e tendo ao lado sua
companheira, a inglesa May Iris Maeda, Conde Koma ingressa no American Circus onde
conhece finalmente Gatão Gracie. Em novembro de 1919, o Conde retorna a Manaus, agora
na condição de desafiante de seu amigo Satake. Foi então que aconteceu a única derrota de
Koma em toda sua carreira. Na biografia anterior diziam que ele nunca havia sido derrotado.
Então ele volta para Belém e em 1920, já com a crise da borracha, é desfeito o
American Circus. Com isso, Mitsuo Maeda embarca novamente para a Inglaterra. Em 1922,
regressa como agente de imigração, trabalhando pela Companhia Industrial Amazonense e
começa a ensinar judô aos belenenses na Vila Bolonha. No mesmo ano, seu ex-companheiro
Satake embarca para a Europa e nunca mais se tem notícias do grande mestre.Conde Koma
continuou em Belém, falecendo em julho de 1941. Carlos e Hélio Gracie, filhos de Gastão
seguiram atuando no ju-jitsu, modalidade que aprenderam com Koma no circo do pai.
A primeira idade de ouro do Karatê, como tem sido chamada, ocorreu por
volta de 1940, quando quase todas as importantes universidades do Japão
tinham em seus clubes de Karatê. Nos primeiros anos do pós-guerra, ele sofreu
um declínio, mas hoje, graças ao entusiasmo dos que defendem o Karatê-Dô,
ele é praticado mais amplamente do que nunca, difundindo-se para muitos
outros países no mundo inteiro, criando uma Segunda idade de ouro.
Após a 2ª Grande Guerra, eram freqüentes as solicitações as solicitações
das Forças Aliadas estacionadas no Japão para assistir a exibições das artes
marciais. Peritos em Judô, Kempô e Karatê-Dô formaram grupos que visitavam
as bases militares duas ou três vezes por semana com a finalidade de
demonstrar suas respectivas artes. Conta-se que era grande o interesse dos
membros das forças armadas pelo Karatê, uma arte que estavam vendo pela
primeira vez em suas vidas.
Em 1952, o Comando Aéreo Estratégico da Força Aérea dos Estados
Unidos enviou um grupo de jovens e de oficiais ao Japão para estudar o Judô,
o Aikidô e o Karatê-Dô. O objetivo era treinar instrutores de educação física e,
durante os meses em que estiveram no Japão, eles seguiram um programa
rígido, estudando e praticando intensivamente. O Mestre Nakaima, um dos
discípulos de Ginchin Funakoshi, era o líder dos homens que ensinavam o
Karatê-Dô Shotokan, considerava isso um grande passo adiante para esta arte.
Por mais de uma dezena de anos depois, dois ou três grupos continuaram indo
ao Japão todos os anos.
Esse programa de treinamento foi altamente considerado e começaram a
vir grupos de outros países, além dos Estados Unidos. Vários outros países
também solicitaram que fossem enviados instrutores de Karatê-Dô Shotokan
para que se pudesse treinar em maior número de instrutores. Essa, sem
dúvida, foi uma influência que ajudou a torna popular o Karatê-Dô Shotokan em
todo o mundo.
O Karatê-Dô é, como sempre foi, uma arte de defesa pessoal e uma
forma saudável de exercícios físicos; mas, com o aumento de sua
popularidade, cresceu muito o interesse pela realização de disputas, como
aconteceu com o Kempô e o Judô. Na sua maioria, devido aos esforços dos
entusiastas mais jovens, onde, o primeiro campeonato de Karatê-Dô de todo o
Japão foi realizado em outubro de 1957. Ele foi promovido pela Associação
Japonesa de Karatê e, no mês seguinte, a Federação dos Estudantes de Karatê
de todo o Japão promoveu um campeonato diante de uma audiência de milhões
de pessoas. Além de serem estes eventos memoráveis, esses dois
campeonatos despertaram um interesse maior ainda pela arte marcial em todo
o país.
Hoje eles são realizados anualmente numa escala cada vez maior. E num
grande número de países, competições semelhantes estão sendo realizadas.
No topo de todos eles está o Campeonato Mundial de Karatê-Dô. As
competições e a disseminação do Karatê no exterior são os progressos mais
significativos dos anos posteriores à 2ª Grande Guerra.
O karatê, arte marcial japonesa, é praticado por pessoas de todas as idades em todas
as regiões do Brasil. Entre os seus admiradores e praticantes estão profissionais liberais,
professores, estudantes, empresários, donas-de-casa e pessoas com as mais diversas
ocupações. Podem ser encontradas nas academias e competições de karatê crianças,
adolescentes, adultos e idosos, de ambos os sexos.
Uma extensa série de meios legais foi dada às organizações de aplicação da lei, no
mundo todo, de modo a capacitá-los a cumprir com os seus deveres de aplicação da lei e de
prestação de assistência em situação em que seja necessário.
Esses meios como, por exemplo, poderes e autoridades, entre outros, à prisão,
detenção, investigação criminal e o uso da força e armas de fogo (letal). Em especial, a
autoridade legal para empregar a força, incluindo o uso letal de armas de fogo em situações
em que se torna necessária e inevitável para os propósitos legais da aplicação da lei, seria
uma situação na qual os encarregados da aplicação da lei e os membros da comunidade se
encontram em lados opostos. A princípio, os confrontos envolvem os encarregados da
aplicação da lei e cidadãos individualmente. Na verdade, porém, têm a capacidade de
influenciar a qualidade do relacionamento entre a organização de aplicação da lei e a
comunidade como o todo.
É óbvio que este relacionamento será ainda mais prejudicado no caso de uso da força
ilegal, isto é, desnecessária e desproporcional.
Os encarregados da aplicação da lei têm que estar comprometidos com um alto
padrão de disciplina e desempenho que reconheça tanto a importância como a delicada
ação a ser realizada. Procedimentos adequados de supervisão e revisão servem para
garantir a existência de um equilíbrio apropriado entre o poder discricionário exercido
individualmente pelos encarregados da aplicação da lei e a necessária responsabilidade legal
e política das organizações de aplicação da lei como um todo.
Apesar de não ser um tratado, o instrumento tem como objetivo proporcionar normas
orientadoras aos “Estados-membros na tarefa de assegurar e promover o papel adequado dos
encarregados da aplicação da lei”, os princípios estabelecidos no instrumento “devem ser
levados em consideração e respeitados pelos governos no contexto da legislação e da prática
nacional, e levados pelos governos ao conhecimento dos encarregados da aplicação da lei
assim como de magistrados, promotores, advogados, membros do executivo e do público em
geral”.
5.1 Dispositivos Gerais e Específicas
De acordo com essas disposições dos Princípios Básicos sobre o Uso da Força e
Armas de Fogo (PBUFAF), Os governos são encorajados a adotar e implementar as normas e
regulamentos sobre o uso da força e armas de fogo contra as pessoas pelos encarregados da
aplicação da lei. Além disso, são encorajados a manter as questões de natureza ética
associadas ao uso da força e de armas de fogo sob constante avaliação.
1) presença;
2) engajamento tático;
3) isolamento e contenção;
4) munições químicas / armas não letais / gás;
5) defesa pessoal leve;
6) defesa pessoal enérgica;
7) armas de impacto / (contundentes);
8) armas de fogo / armas letais.
CAPÍTULO 4
Do Interrogatório Judicial
(Nota de Aula da Polícia Federal Australiana)
O Poder Judiciário irá com certeza, no caso de emprego de força, questionar a polícia
sobre o seu uso. É muitas vezes nessa fase que o policial tem uma real perspectiva do que
vem a ser aceitável ou não.
Existem cinco pontos que são normalmente do interesse do Poder Judiciário:
1. A aplicação da força era necessária?
2. O nível de força utilizada era proporcional com o nível de resistência oferecida?
3. Foram consideradas todas as opções?
4. Os ferimentos causados eram consistentes com o nível de resistência oferecida?
5. A força foi aplicada de “boa-fé” ou de modo malicioso ou sádico?
¾ Comentários:
1. - A aplicação da força era necessária?
Para determinar essa questão é necessário observar a situação individual e julgar
por seus próprios méritos.
A corte pergunta “a aplicação da força era necessária”, e também precisa perguntar
“qual era o objetivo do exercício, e era necessária a aplicação da força para atingir o
objetivo?”
Se a situação era de confrontação envolvendo uma prisão legal e legítima de um
sujeito violento, diríamos que o uso da força era necessário e justificado.
Celma Tavares
A violência policial é um fato, basta lembrar as inúmeras vítimas como Sergey Queiroz,
Magnaldo Félix e, mais recentemente, Fábio Oliveira, e não um caso isolado ou um "excesso"
do exercício da profissão como querem fazer crer as corporações policiais e as autoridades
ligadas ao sistema de justiça e segurança. E, em se tratando de um fato concreto, deve ser
encarada como um grave problema a ser solucionado pela sociedade. Um grave problema
porque a violência ilegítima praticada por agentes do Estado, que detêm o monopólio legítimo
do uso da força, ameaça substancialmente as estruturas democráticas necessárias ao Estado
de Direito.
A polícia constitui o aparelho repressivo do Estado, que tem sua atuação pautada no
uso da violência legítima. É esta a característica principal que distingue o policial do marginal.
Mas essa violência legítima está ancorada no modelo de ordem sob a lei", ou seja, a polícia
tem a função de manter a ordem, prevenindo e reprimindo crimes, mas tem que atuar sob a lei,
dentro dos padrões de respeito aos direitos fundamentais do cidadão – como direito à vida e à
integridade física.
É difícil admitir, mas existe uma demanda dentro da sociedade para a prática da
violência policial. É esta violência que serve à sociedade dentro de diversos aspectos e
circunstâncias, mas, especialmente, no tocante à solução dos crimes contra o patrimônio e na
repressão às classes perigosas. Por isso mesmo, a dificuldade do Estado no âmbito da
segurança pública, no final do século XX, continua sendo o controle da violência legítima, do
qual decorreria, conseqüentemente, a extinção do uso ilegítimo da força por parte dos
organismos policiais.
Finalmente, o que não se deve perder de vista dentro desta discussão é o risco que a
tolerância à violência policial acarreta para a democracia. Sem uma polícia condizente com
práticas democráticas e de respeito aos direitos fundamentais do cidadão existirá sempre a
ameaça de que o "regime de exceção paralelo" transforme-se num regime institucionalizado.
Celma Tavares
Mas, qual o significado dessa palavra que nos últimos dois séculos passou a fazer parte
do cotidiano sócio-político das nações? Segundo João Ricardo Dornelles, "para alguns se trata
de direitos inerentes à vida, para outros é a expressão dos valores superiores que se encarnam
nos homens e outros, ainda, entendem que são produtos da competência legislativa do Estado
..." (O que são Direitos Humanos, Ed. Brasiliense, pag. 09).
O que caracterizou a evolução dos Direitos Humanos no século XX foi sua incorporação
no plano internacional. Exemplo disso é a existência de inúmeros documentos que funcionam
como mecanismos de proteção contra a violação dos direitos, como a Declaração Americana
dos Direitos e Deveres do Homem, aprovada em Bogotá, em 1948, a Convenção Americana de
Direitos Humanos (Pacto de San José), aprovada na Costa Rica, em 1969 e a Declaração
Universal dos Direitos dos Povos, aprovada em Argel, em 1977. Porém, mesmo com tantos
instrumentos de controle, ao nível de direito internacional surge um problema: a ausência de
poder coercitivo, por se chocar diretamente com um conceito ilimitado de soberania nacional.
No Brasil, país que é signatário de algumas destas declarações, a violação dos direitos
humanos faz parte da ordem do dia. Basta lembrarmos fatos como do Carandiru (SP), em
1992, Eldorado dos Carajás (PA), em 1995, ou os inúmeros casos de tortura probatória e
punitiva registradas nas delegacias e penitenciárias de todos os Estados. A violência policial, o
abuso de poder, a prática de tortura por parte dos órgãos de segurança e a impunidade são
inerentes à realidade brasileira, compõem a imagem do país no exterior.
Não se pode deixar de afirmar que algumas atitudes, como o lançamento do Programa
Nacional de Direitos Humanos, já foram tomadas para minimizar o problema, e que alguns
setores da sociedade, como organizações não-governamentais, se empenham para modificar
esta realidade. Mas não se deve esquecer que ainda representam uma ínfima contribuição se
comparada com as arbitrariedades que são cometidas diariamente. É inadmissível que uma
instituição que tem por dever zelar pela segurança dos cidadãos, utilize-se da tortura para
desenvolver seu trabalho.
Deveria haver por parte dos Estados e do próprio Governo Federal uma postura mais
rígida de punição aos casos de tortura realizada por policiais. Da mesma forma a sociedade
civil deveria aprender a se indignar diante desta prática e se mobilizar de maneira mais
enérgica para combatê-la.
Até quando a sociedade vai aceitar e ser conivente com estes atos de ilegalidade e
sordidez? A única certeza que temos é a de que enquanto a conscientização e posterior reação
não acontecem, continuaremos assistindo a cenas de barbárie gratuita.
Do ponto de vista legal não podemos nos defender de qualquer agressão com força
ou violência superior àquela imprimida pelo agressor - ou passamos nós a ser os
agressores e passíveis de processo judicial.
Hoje em dia, o perigo de sermos atacados na rua é quase iminente. A qualquer hora de
qualquer dia podemos ser abordados por alguém com intenções menos sérias, próprias ou
convenientes. Assim, para nosso próprio bem, devemos estar preparados para esta
eventualidade.
DA AGRESSIVIDADE
Um dos problemas que mais se debatem hoje em todos os círculos, sociais, políticos,
científicos, populares e acadêmicos, é o da violência. Mesmo porque, ele se atrela ao da
criminalidade, embora não lhe corresponda exatamente. A esses debates não pode se furtar à
psicologia jurídica ou psicologia forense, obviamente. As manifestações da violência podem ter
suas implicações jurídicas, não só criminais, mas também em sede de justiça da família e da
infância e juventude, assim como da sociedade em geral, já que a violência encontra um de
seus mais importantes berços no próprio seio familiar. O assunto é por demais vasto. A
violência, em si, poderia ser, como já tem sido, tema de eventos científicos.
Porém, o que nos interessa no presente capítulo é discutir alguns, reconhecidamente
polêmicos, relativos ao tema da violência, particularmente questões relativas ao seu conceito e
a sua origem no psiquismo e na conduta humana, para que possamos nos treinamentos de
defesa pessoal, orientar melhor os policiais militares, contribuindo para a diminuição da
violência policial na área operacional e até mesmo no relacionamento familiar, o que passamos
a analisar os seguintes pontos:
2. Origem generalizada
Todo defeito do ente humano tem sua origem no ego. O ego é a causa de todo o mal. É
responsável por toda amargura, tristeza e fracassos da raça humana. Portanto, depredação, da
pichação, do uso das drogas e da violência generalizada, na escola, na família, nos campos de
futebol, no trânsito, no exercício da função policial e na sociedade em geral, está inserida no
ego, na forma de agregados psíquicos humano, em suas múltiplas formas mentais.
Essa afirmação pode causar estranheza porque sempre conhecemos alguém que é
muito bonzinho, “incapaz de fazer mal a uma mosca”. Neste caso, avalia-se a agressividade
exclusivamente por suas manifestações: o comportamento. A pessoa “incapaz de fazer mal a
uma mosca” é considerada como não agressiva, como não tendo nenhuma hostilidade
(provocante, agressivo) dentro de si, nenhum impulso destrutivo na sua relação com as coisas
e com outras pessoas.
Para superarmos a estranheza que a afirmação inicial causa é necessário compreender
que a agressividade é o impulso que pode voltar-se para fora (heteroagressão) ou para dentro
do próprio indivíduo (auto-agressão).
A agressividade sempre está relacionada com as atividades de pensamento,
imaginação ou de ação verbal e não-verbal. Portanto, alguém muito “bonzinho” pode ter
fantasias altamente destrutivas ou sua agressividade, pode manifestar-se pela ironia, pela
omissão de ajudar, ou seja, a agressividade não se caracteriza exclusivamente pela
humilhação, constrangimento ou destruição do outro, isto é, pela ação verbal ou física sobre o
mundo.
A educação e os mecanismos sociais da lei e da tradição buscam a subordinação e o
controle dessa agressividade. Assim, desde criança o ser humano aprende a reprimi-las e a
não expressá-la de modo descontrolado, ao mesmo tempo em que o mundo da cultura cria
condições para que o indivíduo possa canalizar, levar esses impulsos para produções
consideradas positivas, como a produção intelectual, a produção artística, o desempenho
esportivo e outras atividades consideradas sociais..
Nesse enfoque, cuja referência é a psicanálise, afirma-se que a agressividade é
constitutiva do ser humano e, ao mesmo tempo, afirma-se a importância da cultura, da vida
social, como reguladores dos impulsos destrutivos. Essa função controladora ocorre no
processo de socialização, no qual espera-se que a partir de vínculos significativos que o
indivíduo estabelece com os outros, ele passe a internalizar os controles. Então, deixa de ser
necessário o controle externo, pois os controles já estão dentro do indivíduo. Mas, mesmo
assim, em todos os grupos sociais existem mecanismos de controle e/ou punição dos
comportamentos agressivos não valorizados pelo grupo. A sociedade tem seus mecanismos,
que se concretizam na ordem jurídica; as leis.
Esse modo de compreende a agressividade humana coloca em questão se a sociedade
está conseguindo ou não criar condições adequadas para a canalização da violência.
A agressividade está na constituição da violência, mas não é o único fator que a explica.
É necessário compreender como a organização social (a PM) estimula, legítima e mantém
diferentes modalidades de violência. O estímulo pode ocorrer tanto no incentivo à competição
escolar e no mercado de trabalho como no incentivo a que cada um dos cidadãos dê conta de
sua própria segurança pessoal. A legitimação pode ocorrer na guerra, no combate ao inimigo
religioso, ao inimigo político. A manutenção da violência ocorre quando se conservam milhões
de cidadãos em condições subumanas de existência, o que acaba por desencadear a prática
de delitos associados à sobrevivência (roubar para comer, as prostituições precoces de
crianças e jovens, dentre outros).
A violência está presente também quando as condições de vida social são pouco
propícias ao desenvolvimento e realizações pessoais e levam o indivíduo a mecanismos de
autodestruição, como o uso de drogas, o alcoolismo, o suicídio.
Jurandir F. Costa, em seu livro Violência e Psicanálise, afirma que podemos entender
como violência àquela situação em que o individuo “foi submetido a uma coerção (ato de
constranger alguém a fazer alguma coisa) e a um desprazer absolutamente desnecessário ao
crescimento, desenvolvimento e manutenção de seu bem-estar, enquanto ser psíquico
(psiquismo: conjunto das características psicológicas de um indivíduo)”.
Isso significa que é necessário deixar de considerar como violência, exclusivamente, a
prática de delitos, a criminalidade. Essa é uma associação feita, por exemplo, pelos meios de
comunicação de massa (rádio, televisão e jornais) e que acabamos por reproduzir. Mas
existem outras formas que não reconhecemos como práticas de violência e que estão diluídas
no cotidiano, às quais, muitas vezes, já nos acostumamos, como a violência na família, na
escola, no trabalho, do atendimento precário da saúde, das ruas, da polícia.
6. Ação e Reação
Estamos vivendo num mundo onde não existe mais padrão para a violência.
Assassinato, roubo, agressão, assalto, seqüestro, estupro, tortura, estado de alerta o tempo
todo, sobrevivência urbana, guerra civil não declarada entre classes, etc.
Sempre usamos como comparação à vida tranqüila dos índios, a harmonia com a
natureza, a liberdade etc. Esquecemos que eles também têm que viver com cuidado para não
serem surpreendidos pelos perigos naturais que os cercam. Não existe ignorância sobre a
selva e as precauções que devem ser tomadas para viver em comunhão com plantas e
animais. Eles não vivem com medo, mas temem e respeitam aquilo que pode causar dano ou
trazer perigo. Nós também devemos respeitar a selva que habitamos, conhecer seus perigos e
nunca supor que "isso não vai acontecer comigo".
Somos todos vítimas em potencial. Não existe treinamento que nos torne imortais ou
invencíveis, porém nos traga autoconfiança e um pouco mais de segurança. O mais importante
é manter a calma para controlar as ações ou reações.
Imagine que nós somos uma grande "manada" e que os "predadores" são os
assaltantes. Eles buscam atacar àqueles que demonstram fraqueza ou pouca possibilidade de
reação. Uma atitude ou postura firme, sem demonstrar pânico ou medo, pode salvá-lo de uma
possível abordagem.
Evitar certos lugares em determinados horários e outros lugares a qualquer hora, não
ostentar riqueza ou carregar muito dinheiro, prestar atenção à sua volta com discrição.
Na selva de concreto não é só a violência física que nos afronta e sim a falta de respeito
e amor ao próximo. Lembramos que ao optar pela prática de artes marciais ou defesa pessoal
você não está se preparando para uma guerra, e sim procurando maior controle sobre si
mesmo em todos os momentos difíceis, sejam de perigo ou simplesmente de decisão.
Não se pode erradicar a violência da sociedade da forma como se tentou até hoje,
atacando-a no efeito. É preciso atacá-la no seu nascedouro, na origem, na causa. E, para isso,
precisamos saber onde ela nasce; coisa que a escola convencional não ensina às crianças.
Não ensina porque não sabe. E não sabe porque não quer saber a verdade, a crua realidade
dos fatos.
E por incrível que pareça, qualquer indivíduo pode erradicar de dentro de si mesmo os
germes da violência, ou pelo menos neutralizá-los. Para isso a escola ou as pessoas
compromissadas com a educação precisaria ter uma didática concreta, que orientasse o
estudante a maneira correta da combater a violência na sua causa por meio da dissolução dos
seus eus desumanos, do seu ego.
Para acabar com a violência social é preciso que os instrutores e professores ensinem
aos seus alunos, seja crianças, adolescentes ou jovens que ainda não se tornaram
demasiadamente violentos, a maneira como não se prostituírem socialmente com a violência
generalizada do mundo dos adultos; a não se tornar violento, como mais uma vítima do
sistema. E, é preciso ensinar, a quem já se contaminou com os vírus da violência, com os eus
da ira, da ambição, da inveja, do orgulho, da preguiça, etc., a técnica de erradicação destes
defeitos, por intermédio do sistema de revolução da consciência, que começa com a prática de
auto-observação de si mesmo. É preciso saber e ter a coragem de ensinar que o ser humano é
responsável pela violência social, pela violência familiar, racial, policial, etc., e, mostrar onde
ela inicia, ou seja, no interior de cada um de nós mesmo, através dos agentes componentes do
ego. Por isso, é preciso uma didática concreta de dissolução destes eus geradores de defeitos,
para ensinar ao homem erradicar do interior de si mesmo o germe dos eus engendradores de
todo tipo de violência. É preciso educá-lo com aquela educação que possui a inteligência
vegetal, da árvore produz frutos para alimentar não só a si mesma, mas a todos os demais
seres vivos da biomassa.
Nesse pensamento, passamos a refletir sobre a violência praticada por policiais no
exercício da função. Notadamente, verifica-se que na policia militar do Estado do Rio Grande
do Norte, com exceção apenas do Curso de Formação de Oficiais, não há nenhum registro de
que o efetivo distribuído em suas respectivas Unidades e Subunidade operacionais, tenham
ensinamentos doutrinários dentro da prática de defesa pessoal, que enforque a aspecto da
violência e agressividade através de professores devidamente qualificados.
Para essa doutrina, os grandes Mestres das artes marciais do passado nos deixou a
doutrina do Budô. Ensinamentos dentro do respeito ao próximo, da disciplina marcial, da ética
e da moral. Filosofias doutrinárias para o equilíbrio e controle das ações humanas, não só para
os movimentos mecânicos das técnicas de defesa pessoal, mas, para a vida em sociedade. No
entanto, essa doutrina não é ensinada pela grande maioria dos professore de artes marciais
existentes no mundo atual, doutrina esta que deve ser repassada na prática de defesa pessoal
nas organizações policiais, pois, é básica para o controle da violência humana e
conseqüentemente, da violência policia tão atual.
CAPÍTULO 9
DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
Lesão Corporal
§ 1º Se resultar:
I – incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III – debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV – aceleração de parto.
Pena – Reclusão, de um a cinco anos.
§ 2º Se resulta:
I – incapacidade permanente para o trabalho;
II – enfermidade incurável;
III – perda ou inutilizarão de membro, sentido ou função;
IV – deformidade permanente;
V - aborto.
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
Diminuição da pena
§ 4º - Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou
moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o
juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Substituição da pena
§ 5º - O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela
multa de duzentos a dois mil cruzeiros:
I – se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo anterior:
II – se as lesões são recíprocas.
Aumento da pena
§ 7º - No caso de lesão culposa, aumenta-se à pena de um terço, se ocorrer qualquer
das hipóteses do art. 121, § 4º.
Legítima Defesa
Art. 25 – Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Um praticante de artes marciais não é discriminado perante a lei no que diz respeito ao
direito de legítima defesa, mas os critérios de avaliação de conduta podem ser diferenciados.
Diante de uma ameaça, torna-se raro haver uma reação capaz de dosar a força estritamente
necessária para escapar do perigo. Em casos nos quais uma vítima reage de forma exagerada,
provocando graves danos no agressor, é perfeitamente compreensível a alegação, por parte de
um leigo, de descontrole dos efeitos da força empregada. Já para alguém mestrado em artes
marciais, em tese, com conhecimento técnico e habilidade para enfrentar situações de
confronto, a mesma alegação pode não ter o mesmo peso em um processo judicial.
Deve-se ensinar e treinar defesa pessoal de forma cientifica e sem recorrer á utilização
de violência.
Defesa Pessoal é estar à altura de qualquer confronto, sem utilizar métodos ou técnicas
violentas.
3. EMPREGO DA FORÇA
Não poderíamos falar de técnicas de defesa pessoal sem nos reportarmos a prática da
violência policial no exercício da função. Para isso, discorremos sobre os seguintes pontos:
b) O Trabalho Policial
O trabalho policial, na concepção de Tavares dos Santos (1997), caracteriza-se por uma
ambivalência entre o exercício da coerção física legítima e o desempenho de funções de bem-
estar social e de relacionamento com as comunidades.
O ofício policial conformou-se como um “serviço” cujo produto se vincula à “paz social”,
isto é, a critérios de produtividade que estão localizados na ausência do crime e,
conseqüentemente, de criminosos e de “desordem social”, resultando, conforme afirma Elias
(1994), na institucionalização e legitimação da prática da violência pela polícia no momento em
que ela monopolizou o direito ao uso da força física, na mesma proporção em que ela foi
destituída da sociedade.
Cabe ressaltar que o termo violência é impreciso, requerendo que, seja abordado sob
diferentes perspectivas até chegar à definição de violência policial, com a qual se opera neste
capítulo. Neste momento do texto, toma-se a definição de violência como “ação que deteriora
ou destrói aquilo a que se aplica” (Blackburn, 1997, p. 405).
O problema da violência dos órgãos policiais não pode ser assim dissociado da
problemática da estrutura político-social em que se insere. Na realidade, aqui, como em outras
formas de criminalidade, fatores vários podem ser identificados em cada caso isolado, mas a
explicação verdadeira encontra-se no fenômeno geral, e não na violência de um determinado
policial tomado isoladamente.
Nesta concepção, conforme assinalou Bandura apud Saraiva (1989, p. 169), “aqueles
que consideram que seus interesses sociais estão salvaguardados pelo sistema aplaudem as
práticas repressivas que mantém o controle social”.
c) A Violência
Afirma Grossi Porto, (1995), que assim, associar violência à pobreza, à desigualdade, à
marginalidade, à segregação espacial, etc., pode levar a desvendar apenas uma parte
importante, mas insuficiente, da explicação sociológica do fenômeno.
Focalizando o caráter múltiplo do fenômeno da violência, deve-se, ainda, considerar as
formas ou os sentidos que esta assume em seu processo de concretização. Sob esse enfoque,
poder-se-ia falar da violência como forma de dominação, de sobrevivência, da violência como
afirmação da ordem institucional-legal, como contestação dessa mesma ordem, como forma de
manifestação de não-cidadania, de manifestação de insegurança, da violência policial, do
medo, etc. (Santos Filho, 2000).
Tavares dos Santos (1995), considera a violência como um dispositivo de poder, uma
prática disciplinar que produz um dano social, atuando sobre espaços abertos, a qual se
instaura com uma justificativa racional, desde a prescrição de estigmas até a exclusão efetiva
ou simbólica. Essa relação de excesso de poder configura, entretanto, uma relação social
inegociável, porque atinge, no limite, a condição de sobrevivência, material ou simbólica,
daquele que é atingido pelo agente da violência.
Entende-se por violência a relação social caracterizada pelo uso real ou virtual da
coerção, que impede o reconhecimento do outro – pessoa, classe, gênero ou raça – mediante
o uso da força ou da coerção, provocando algum tipo de dano.
Adorno (1995) enfatiza que ao longo de mais de 100 anos de vida republicana, a
violência, em suas múltiplas formas de manifestação, permaneceu enraizada como modo
costumeiro, institucionalizado e positivamente valorizado – isto é, moralmente imperativo - de
solução de conflitos decorrentes das diferenças étnicas, de gênero, de classe, de propriedade
e de riqueza, de poder, de privilégio e de prestígio.
O controle legal da violência permaneceu aquém do desejado. Seus principais
obstáculos repousam, em linhas gerais, nas circunstâncias sócio-políticas, dentre as quais se
destacam as que seguem:
Primeiro - o restrito raio de ação dos grupos organizados da sociedade civil. De fato, a
despeito do papel essencial que os movimentos de defesa dos direitos humanos exerceram no
processo de reconstrução democrática na sociedade – sobretudo porque, ao denunciarem
casos de violação desses direitos, de arbitrariedade e de abuso de poder, exigiram das
autoridades públicas o cumprimento de suas funções constitucionais -, pouco se avançou no
sentido do controle democrático da violência.
Terceiro - ausência de efetivo controle do aparato repressivo por parte do poder civil.
Dentre as diversas noções de violência existente, uma das noções que interessa a este
artigo é a denominada violência legal. Assim, considerando-se a idéia da origem contratual do
Estado concebida por Hobbes, descrita por Azambuja (1995), os homens viviam em estado de
natureza e para progredirem, bem como para a própria sobrevivência, decidiram abrir mão da
autotutela em nome de um ente que recebera a delegação de poderes para monopolizar a
violência e praticá-la em nome do Estado, o qual foi denominado “Leviatã”.
Tal violência é definida como sendo o tipo de “violação de direitos” patrocinada por uma
agência estatal, enfim, pelo Estado. Essa violência, todavia, caracteriza-se por ser exercida
com autorização legal, isto é, a violência praticada pelos agentes do Estado, em seu nome,
com autorização legal.
Nesta concepção, a violência legal, é oportuno destacar que há uma grande dificuldade
em discernir a violência legal, praticada por PM, da violência ilegal praticada por estes mesmos
policiais. A dificuldade reside em estabelecer o limite entre um e outra, uma vez que a linha
divisória é por demais tênue (Ledur, 2000, p.22).
Viera apud Ledur (2000, p. 24) analisando o quadro de violência generalizada existente
no país e o clamor público por mais repressão, assim manifesta-se:
“Essa lógica de mais repressão já começa a dar
demonstrações de que talvez não seja tão bem sucedida assim.
No Brasil, ela não se limita apenas ao aumento do poder
ofensivo do Estado, do poder legal, ampliando penas, reduzindo
a idade penal, criando mais órgãos policiais; chegamos a um
verdadeiro estado de exceção, quando a polícia busca se
superar; uma outra violência que não a violência legal. O número
de civis mortos em confronto com a polícia militar subiu
consideravelmente”.
d) A Violência policial
A violência será policial quando cometida por integrantes das organizações policiais no
exercício de suas funções. A violência policial é um fato não um caso isolado ou um "excesso"
do exercício da profissão. E em se tratando de um fato concreto deve ser encarada como um
grave problema a ser solucionado pela sociedade, porque a violência ilegítima praticada por
agentes do Estado, que detêm o monopólio legítimo do uso da força, ameaça substancialmente
as estruturas democráticas necessárias ao Estado de Direito.
A polícia constitui o aparelho repressivo do Estado que tem sua atuação pautada no uso
da violência legítima. É esta a característica principal que distingue o policial do infrator. Mas
essa violência legítima está ancorada no modelo de "ordem sob a lei", ou seja, ausência de
respeito ao modelo de "ordem sob a lei": a polícia tem a função de manter a ordem, prevenindo
e reprimindo crimes, mas tem que atuar sob a lei, dentro dos padrões de respeito aos direitos
fundamentais do cidadão – como direito à vida e à integridade física (Celma Tavares, 1998).
Finalmente, o que não se deve perder de vista dentro desta discussão é o risco que a
tolerância à violência policial acarreta para a democracia. Sem uma polícia condizente com
práticas democráticas e de respeito aos direitos fundamentais do cidadão vai existir sempre a
ameaça de que o "regime de exceção paralelo" transforme-se num regime institucionalizado
(Celma Tavares, 1998).
A violência policial é vista por Amador (1999) como uma expressão do sofrimento
psíquico dos policiais no trabalho, porque as atitudes arbitrárias, cometidas por policiais contra
a população e seus combatidos, aparecem como parte dos mecanismos defensivos
construídos coletivamente, visando a manterem-se na esfera intermediária entre a saúde
mental e a loucura.
A violência policial pode voltar-se contra o próprio policial, no caso da prática do suicídio
ou, então, contra outros policiais no território da organização do trabalho. Deste modo, a
violência dos policiais não consiste, apenas, em expressão de seu sofrimento, pois ela,
também, contribui para a constituição deste sofrimento psíquico que por sua vez, pode
expressar-se pela violência, formando um elo na grande cadeia de violência da sociedade
(Amador 1999).
Nesta concepção torna-se um ambiente muito promissor para conduzir o Policial Militar
despreparado ao cometimento de atos de violência, abuso de poder e arbitrariedades, uma vez
que o próprio Estado a institucionaliza.
Apesar da ampla difusão para a sociedade dos Direitos Humanos e a participação direta
dos meios de comunicação de massa neste processo, a Policia Militar do Rio Grande do Norte
responde à intensa pressão política para reduzir a violência policial através da intensificação de
um controle formal mais sistemático e objetivo, controle este se não inexistente, mas, pelo
menos, ineficaz.
ÉTICA
INTRODUÇÃO
São freqüentes as queixas sobre falta de ética na sociedade, na política, na indústria, na
cultura, na religião e até mesmo nos meios desportivos.
A sociedade contemporânea valoriza comportamentos que praticamente excluem
qualquer possibilidade de cultivo de relações éticas. É fácil observar que o desejo obsessivo na
obtenção, possessão e consumo da maior quantidade possível de bens materiais é o valor
central na nova ordem estabelecida no mundo e que o prestígio social é concedido para quem
consegue esses bens. O sucesso material passou a ser sinônimo de sucesso social e o êxito
pessoal deve ser adquirido a qualquer custo. Prevalecem os desprezos ao tradicional, o culto a
massificação e mediocridade que não ameaçam e que permitem a manipulação fácil das
pessoas.
Um dos campos mais carentes, no que diz respeito à aplicação da ética, é o do trabalho
e exercício profissional. Por essa razão, executivos e teóricos em administração de empresas
voltaram a se debruçar sobre questões éticas.
O individualismo extremo, muitas vezes associado à falta de ética pessoal, tem levado
alguns profissionais a defender seus interesses particulares acima dos interesses das
empresas em que trabalham, colocando-as em risco.
Esse quadro nos remete diretamente à questão da formação de recursos humanos, pois
são as pessoas a base de qualquer tentativa de iniciar o resgate da ética nas empresas e nas
relações humanas de trabalho.
Os programas de treinamento, educação e desenvolvimento de recursos humanos dão
muita ênfase aos assuntos técnicos, que são exaustivamente abordados, discutidos e
considerados, esquecendo por completo os aspectos éticos, essenciais para a dinâmica de
qualquer atividade profissional.
Essa deficiência de boa formação, também ocorre nos meios esportivos, em particular
entre os praticantes de Artes Marciais, onde é possível verificar o profundo desconhecimento
que os aspectos éticos, são essenciais para a dinâmica de qualquer atividade profissional.
Essa deficiência de formação também ocorre nos meios das federações, academias,
associações, clubes, etc..., onde é possível verificar o profundo desconhecimento que os
dirigentes, professores e alunos têm sobre o assunto.
O “currículo” adotado em grande número de Confederações, Federações, Associações
e Academias, exceções à parte, parece não dar muita ênfase ao estudo e aplicação da ética.
A ética é uma característica inerente a toda ação humana e, por essa razão, é um
elemento vital na produção da realidade social. Todo homem possui um senso ético, uma
espécie de “consciência moral”, estando constantemente avaliando e julgando suas ações para
saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.
Existem sempre comportamentos humanos classificáveis sob a ótica do certo e errado,
do bem e do mal. Embora relacionadas com o agir individual, essas classificações sempre têm
relações justas e aceitáveis.
Via de regra está fundamentada nas idéias de bem e virtude, enquanto valores
perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa existência plena e feliz.
O estudo da ética talvez tenha se iniciado com filósofos gregos há 25 séculos atrás.
Hoje em dia, seu campo de atuação ultrapassa os limites da filosofia e inúmeros outros
pesquisadores do conhecimento dedicam-se ao seu estudo. Sociólogos, psicólogos, biólogos,
teólogos e muitos outros profissionais desenvolvem trabalhos no campo da ética.
Ao iniciar um trabalho que envolve a ética como objeto de estudo e prática,
consideramos mais importante, como ponto de partida, estudar o conceito de ética, que é: a
ciência que estuda o comportamento moral das pessoas na sociedade, ou ainda: a ciência do
comportamento moral dos homens em sociedade.
Neste pensamento, um Código de Conduta Ética, busca mostrar a importância da
ética na formação de recursos humanos, buscando as vantagens que uma entidade de
Karatê e a sociedade podem obter com este trabalho, que se torna uma realidade para
todos aqueles que pertencem a um órgão representativo de praticantes do Karatê
Shotokan.
1. QUE É ETICA ?
Como Ciência:
• é entendida como ciência da conduta humana perante o ser e seus
semelhantes.
• É a ciência que realiza estudos de aprovação e desaprovação das ações dos
homens.
• É a ciência que estuda a conduta e o comportamento moral ou amoral do
homem na sociedade.
• Como ciência, busca os modelos da conduta conveniente, objetiva, dos seres
humanos.
2. QUE É MORAL ?
3. QUE É AMORAL ?
Ét. Que é privado de qualificação moral; que se situa fora da categoria (Pessoa
que não tem o senso da moral), por não se referir a fato suscetível de julgamento
normativo do ponto de vista do bem e do mal.
Ét. Diz-se da conduta humana que, suscetível de qualificação moral, não se
pauta, pelas regras morais vigentes em um dado tempo e lugar, seja por ignorância do
indivíduo ou do grupo considerado, seja pela indiferença, expressa e fundamentada, aos
valores morais.
Em fim, o que a ética estuda é a ação que, comandada pelo cérebro, é observável
e variável, representando a conduta humana.
5. INFLUÊNCIA AMBIENTAL
O meio em que se vive tende a influir sobre nossa consciência, sendo necessário
um esforço para conviver em todas as esferas, sem, todavia, deformar nosso caráter.
Não basta educar, sendo necessário controlar o educando para observar se ele
cumpre corretamente o que lhe foi ministrado e aplicando os corretivos racionais e
humanos.
Os erros não se corrigem com outros erros e a educação não deve seguir o
caminho da intimidação, mas sim, do chamamento à realidade da vida.
Provérbio popular:
7. CONSCIÊNCIA ÉTICA
A consciência ética resulta da relação íntima do homem consigo mesmo, ou seja,
é o fruto da conexão entre as capacidades de “ego” (eu) e aquelas das energias
espirituais, responsáveis pela nossa vida.
Id x Ego
8. VÍCIOS SOCIAIS
• Egoísmo;
• Violência;
• Avidez pelo poder; etc.
Em suma, um conjunto de defeitos que habita hoje o mundo social que destrói
relações éticas.
A razão pela qual se exige uma disciplina do homem em seu grupo, repousa no
fato de que as associações possuem, por natureza, uma necessidade de equilíbrio que
só se encontra quando a autonomia dos seres se coordena na finalidade do todo. É a lei
dos sistemas que se torna imperiosa, do átomo às galáxias, de cada indivíduo até uma
sociedade.
Em tudo parece haver uma tendência para a organização e os seres humanos não
fogem a essa vocação.
A união dos que realizam o mesmo trabalho foi uma evolução natural e hoje se
acha não só regulada por Lei, mas consolidada em instituições fortíssimas de classe.
Tal conjunto racional, com propósito de estabelecer linhas ideais éticas, já é uma
aplicação desta ciência (ética) que se consubstancia em uma peça magna, como se uma
lei fosse entre as partes pertinentes a grupamentos sociais.
O caráter de uma pessoa é aquilo que a distingue diante das outras: é aquilo que lhe é
próprio. Nosso caráter é desenvolvido pela educação recebida dos pais, professores, pela
cultura de nosso povo e pelos padrões de comportamento veiculados pelos meios de
comunicação, que tão grande impacto têm exercido no desenvolvimento da pessoa humana.
No entanto, nosso caráter, isto é, nossa propriedade, aquilo que nos define diante dos demais,
pode ser desenvolvido não apenas como reflexo de uma educação externa, mas também com
a nossa participação consciente. O Karatê é um processo de auto-conhecimento e de
investimento no crescimento pessoal e, como tal, resulta em frutos que podem ser grande valia
para o indivíduo.
Fidelidade tem dois significados: Em primeiro lugar, quer dizer que nós acreditamos em
um determinado princípio. Em segundo lugar, significa que somos fiéis a esse princípio. Na
realidade, o sentido da fidelidade só é encontrado naqueles que são fiéis, não naqueles que
apenas afirmam que acreditam no princípio. Quanto à razão, afirma um grande pensador que
ela é o maior bem distribuído entre os homens. Com ela é possível diferenciar as coisas e
adquirir conhecimento. No entanto, ser dotado de razão não quer dizer que se vive de acordo
com a razão: “não basta ter espírito bom, é necessário dirigí-lo bem”. O espírito do homem é
rico em possibilidades, mas se for mal dirigido, acabará por negar a sua própria riqueza. A
prática do Karatê nos proporciona o maior fruto do espírito, “o equilíbrio”.
Apesar dos Códigos legais imporem penas aos que desrespeitam seus semelhantes,
eles não têm possibilidade de alcançar o interior das pessoas e influenciá-las, isto é tarefa dos
educadores. O Karatê como atividade educativa, tem como princípio levar o indivíduo a
perceber a si mesmo e o seu semelhante, não só isso mas, também, conscientizá-lo do valor
do Respeito, não só ao semelhante, mas a si mesmo. O Respeito pelo outro não significa uma
anulação do próprio ego e o respeito por si não quer dizer a anulação do outro.
Por outro lado, uma pessoa pode também respeitar a seu próximo, não porque os
Códigos Legais são punidores, mas porque todo ser humano tem um valor como pessoa e
porque a “boa vontade” é uma virtude do espírito que pode ser desenvolvida e aperfeiçoada. O
Karatê é uma maneira de se chegar a ela e ao respeito. Desse ponto de vista, o Karatê
apresenta uma grande utilidade para o desenvolvimento humano e a paz social e política, não
só entre os cidadãos de um mesmo país, mas entre todos os homens e todos os países.
O lutador de Karatê é ponderado e prudente. Ele aprende que os “Katás” começam com
defesas e que no Karatê não há golpes de agressão. O principal objetivo da arte do Karatê não
é o outro como alvo, mas a própria pessoa. Isto vai provocar uma caminhada para a
consciência de si mesmo e para a superação de aspectos negativos do comportamento e da
mente. Na realidade o Karatê é uma reeducação da mente e dos padrões de comportamento.
Quando se diz : “Conter”, afirma-se que o homem é capaz de mudar os padrões de
pensamentos agressivos em pensamentos de respeito e equilíbrio. A prática do Karatê vai aos
poucos, modificando os padrões de pensamentos e substituindo os pensamentos de agressão
por pensamentos de harmonia.
Quando você lê o Kun você provavelmente deve notar algo. Cada Linha começa com
o numero 1 (Primeiro). Porque? Por que não 1, 2, 3, etc? Bem, o Mestre Funakoshi achou
que nenhum item do Kun fosse mais importante do que outro, por isso cada item foi
numerado com 1.
Você deve ler e estudar o Kun , quanto mais você o faz, melhor você entederá da
próxima vez que lê-lo.
• Antes de tudo, esse local deve ser preservado, não devendo jamais ser
pisado de sapato (calçado) mesmo que esteja só praticando ginástica.
• O aluno mais novo (menos graduado) não deve chamar o mais antigo
(mais graduado) para lutar.
• Durante o descanso das aulas ou durante uma explicação, procurar
ficar em atitude de respeito, evitando cruzar os braços ou pôr as mãos
na cintura.
• Durante as aulas explicativas e/ou prática não conversar nem mesmo
baixinho com algum colega.
• Durante uma aula de kata por exemplo, não deve o aluno mais graduado
corrigir os iguais ou menos graduados, exceto quando autorizado pelo
Sensei ou Shihan.
• Os alunos mais novos devem observar os colegas mais graduados para
tirar bom proveito e os mais graduados dar o bom exemplo de conduta
e treino.
• Não é de bom tom os menos graduados tentarem corrigir os mais
graduados, exceto fora do Dojo e de maneira informal e cuidadosa, para
não constranger o mais graduado.
• Falar mal dos mais graduados na presença de dos menos graduados.
• Denegrir a imagem dos mais graduados, iguais ou menos graduados.
• Etc...
Estabelecido um código de ética, para uma classe, cada indivíduo a ele passa a
subordinar-se, sob pena de incorrer em transgressão, punível pelo órgão competente,
incumbido de fiscalizar o exercício profissional.
CORRESPONDÊNCIA
Órgão competente Confederação, Federação, Associação, Ligas.
Tribunais de Ética Comissão de ética e Disciplina das
Confederações, Federações, Associações.
Fiscalização (Conselhos Regionais e Federal) Diretorias e Corpo de Instrutores faixas pretas.
SOBREVIVENCIA POLICIAL
Programa de Treinamento
2. Um repertório técnico que seja o mínimo possível, mas, que abranja as possíveis
situações em que o agente confronta diariamente.
O 'Programa' deve constar de 15 áreas de base que abranja a totalidade das situações
de pequenos delitos e desrespeito à autoridade. As 15 áreas são:
1) Controlo de suspeitos.
2) Sujeição de suspeitos.
3) Condução dos detidos.
4) Revistas de detidos.
5) Algemagens de detidos.
6) Defesa contra ataques com armas brancas.
7) Manuseamento de cassetete e bastões tipo tonfa e oriental.
8) Controlo nas viaturas.
9) Controlo de desobedientes.
10) Utilização de bastão e tonfa.
11) Pancadas defensivas.
12) Pancadas atordoantes – Pontos Vitais.
13) Anular agarres ao agente.
14) Defesa contra ataques com objetos (paus, garrafas, etc).
15) Defender de 3 ou mais atacantes.
16) Armas-não-letais – antipessoal e antimaterial.
CAPÍTULO 14
1. OS TREINAMENTOS DE UM ATLETA
A parte geral tem como objetivo principal criar uma base no praticante,
tanto física como técnica. Em seu conteúdo encontramos espaço para a
realização das primeiras avaliações visando conhecer o nível de aptidão do
indivíduo.
Os exercícios gerais são a maioria nessa fase onde, o volume predomina
sobre a intensidade. Preferencialmente, os trabalhos visam a resistência geral
e níveis básicos de força.
Em parte, tem sua importância vital, pois ela pode estar atrelada a uma
fase básica, dando assim a característica de ciclos que já foram comentados.
Por isso, tanto para o atleta quanto para o treinador, é necessário uma
visão global de todo o planejamento, para um melhor entendimento do
processo e da evolução da condição atlética.
1.3. Preleção
Muitas vezes esta parte é deixada de lado. O tempo pode ser pequeno e
não há muita atenção para o que é dado. Alguns professores optam por um
simples alongamento, achando que isso pode resolver todo o problema de
recuperação, o que ao nosso ver não é o mais indicado.
A parte final da aula é tão importante quanto às outras, pois tem como
objetivo principal iniciar a recuperação do atleta, tema que hoje em dia se dá
especial atenção, principalmente pelo fato de ser fator muito influente para o
sucesso da próxima aula.
1. BASTÃO ( POLICIAL)
Com o bastão surge ainda outra inovação: os ataques livres. Nas práticas a dois e nas
formas preestabelecidas ou katas os movimentos são fixos e imutáveis. Já no ataque livre, eles
variam sem prévio aviso e sem estarem combinados.
O bastão não deve ser visto como um mero instrumento de prática, mas como uma
parte ou extensão do seu corpo, por onde o Ki deve fluir. O bastão deve ter vida e
sensibilidade.
O ideal é que cada praticante tenha o seu próprio bastão, pois qualquer diferença
nas medidas ou textura prejudica o seu manuseio. Com o treinamento continuado, o bastão
passa a fazer parte de nossa vida e a identificação mútua é perfeita. Ele, como os demais
instrumentos de prática, deve ser tratado com respeito, ser um objeto de estimação e de
proteção. Estas razões são suficientes para justificar que as armas devem ser tratadas com
carinho e cuidado. Ao colocá-lo no solo, repouse-o com cuidado ao invés de atirá-lo com
desdém.
a) ser eficiente;
b) pouco traumática e
c) não violenta.
A movimentação utilizada não transmite ao espectador a idéia de violência ou
agressividade, apesar da eficácia.
Este curso veio atender reivindicações de policiais, que desejavam defesas efetivas
contra ataques armados ou não, quer em pé ou no solo, inclusive com técnicas para o
transporte ou a imobilização de pessoas.
As técnicas de Defesa Pessoal levaram em conta todos esses fatores, havendo técnicas
específicas, que são eficientes, não violentas, e fáceis de se aprender. No caso da defesa
pessoal, em primeiro lugar vem a eficiência, mas sem necessidade de violência desmesurada e
desnecessária.
Os pontapés e socos, salvo poucas exceções, são evitados como defesa. Também,
são evitadas as técnicas de agarramento.
Para nos defendermos, teremos que usar todos os recursos, inclusive as vantagens que
nos proporcionam o nosso próprio corpo em função do nosso biotipo. A defesa pessoal não
admite indecisões, razão da ênfase para sempre se simular mentalmente novas situações onde
precisamos agir.
As origens da Tonfa são nebulosas, mas, acredita-se que essa peça de madeira seja a
empunhadura de um moinho utilizado pelos povos orientais. Esse moinho seria formado por
uma pedra grande, com sulcos, e uma menor, redonda, que gira sobre a maior pulverizando os
grãos. A Tonfa seria a manivela que gira essa roda menor (é interessante notar que muitas das
técnicas dessa arma são giratórias). Quando apareciam problemas, destacava-se essa
empunhadura do moinho e utilizava-se como arma.
As dimensões são muito particulares, devendo ir da palma da mão até cerca de 5cm
abaixo do cotovelo. Todas as partes da Tonfa podem ser utilizadas em técnicas marciais, tanto
para golpear (utilizando as pontas) quanto para bloquear (com a arma paralelo ao antebraço).
Costuma-se usar a sua parte maior em apresamentos e torções, usando o lado menor como
alavanca. Seus movimentos de rotação ocasionam contra-ataques fulminantes.
3. Tonfa II
Apesar de sua importância dentro das técnicas do KOBUDO, sua difusão no mundo
ocidental é mais nominal do que prática. São poucos os professores que conhecem e difundem
seu uso entre os praticantes das Artes Marciais. Uma das Artes Marcias que usam esta arma
é o karatê.
CAPÍTULO 19
DEFININDO REALMENTE O QUE É DEFESA PESSOAL
Uma maneira de se definir o que é defesa pessoal é explicar o que ela não é. Saber se
defender, certamente, não é a capacidade de lutar, não é vingar-se, não é uma arte, não é
um esporte e não é uma cena de luta de um filme. Defesa pessoal é treinar e aprender a
usar apropriadas formas e ações físicas, se não existe outra forma mais prática e
eficiente à disposição.
Muitas vítimas de assalto acabam sofrendo lesões perigosas ou até mesmo morrendo,
não porque não sejam fortes, ou incapazes de se defender fisicamente, mas, simplesmente,
porque psicologicamente não estavam preparadas e treinadas para lidar com uma situação
emergencial do tipo que sofreram.
É necessário, também, ficar bem claro que as pessoas quando praticam cursos de defesa
pessoal, devem se preocupar em como se defender em caso de uma emergência, e não
apenas a aprender a bater nos outros, usando punhos, e pontapés ou técnicas de ataque a
pontos vitais ou estrangulamentos. É fundamentalmente e mais importante treinar a mente e
as emoções. Os aspectos morais e até mesmo legais expressam claramente os limites e o
grau de energia mínima que deve utilizar uma pessoa submetida a possível agressão com a
finalidade de se livrar, parar, ou escapar de tal situação. Nas formas de defesa do passado,
qualquer agressor era visto como alguém extremamente perigoso e maldoso. Na vida real de
nossos dias a coisa é diferente.
Nosso lado infantil, vingativo adora pensar que uma pessoa que nos ataca merece
receber qualquer coisa que se possa descarregar violentamente sobre ela de forma que
sofra bastante. Porém, tanto do ponto de vista prático como até mesmo legal, as coisas não
são assim. Se alguém lhe dá um tapa na cara, e você lhe dá uma facada em resposta,
haverá exame de corpo de delito, com lesões corporais, e você será indiciado e responderá
um processo cheio de problemas, e às vezes, terá até que enfrentar policiais corruptos, pelas
delegacias afora lhe causando um dano muito superior à agressão leve inicialmente sofrida.
É importante se conscientizar que destruir um atacante simplesmente achando que porque
ele lhe fez uma agressão merece qualquer tipo de resposta, certamente não é uma atitude
de defesa pessoal.
Os diretores dos filmes em Hollywood sabem muito bem que o medo, o ódio, a vingança
e a raiva são excitantes e poderosos energizadores. A razão disto é que eles trazem para a
corrente sanguínea das pessoas a droga favorita para fazer com que as pessoas modifiquem
sua maneira de ser: a adrenalina. Desta feita essas emoções são extremamente sedutoras e
por isto levam rapidamente as pessoas a seguir um caminho escuro, que pode trazer sérios
problemas sejam de ordem civil, criminal, ou de culpa para o resto da vida. As técnicas
físicas de karatê, judô, e outras artes marciais, ensinam o praticante a lidar com todas as
situações de agressões, mas o mais importante é o treinamento espiritual, de consciência
das emoções, para diante de determinada situação resolver a questão da maneira, mais
simples, sem causar mal além do estritamente necessário, e mais, se possível, transformar o
agressor em um parceiro.
Quem realmente quiser aprender a destruir as pessoas e procura a arte marcial mais
eficiente, deve aprender a dirigir mísseis intercontinentais equipados com ogivas atômicas,
que é a melhor forma de causar destruição. Para quem quer agredir pessoas nas ruas
existem cursos de tiro com pistolas automáticas, uso de explosivos, facas, etc. A defesa
pessoal do karatê, por exemplo, nada tem a ver com o objetivo de agredir; ela visa aprender
a se livrar de um problema da forma mais inteligente e favorável possível. Se alguém tem a
fantasia de se tornar uma pessoa invencível nas ruas aprendendo uma arte marcial,
dificilmente vai aprendê-la. As artes marciais são um caminho de vida e não um instrumento
de poder para subjugar e dominar as pessoas. Para alguém se tornar eficiente e forte, na
vida, deve primeiro ver a realidade, algo muito diferente do que se vê nas telas, onde uma
pessoa desarmada enfrenta dezenas de agressores armados e os derrota com técnicas
mirabolantes.
As técnicas de Karatê não são algo que se possa aprender rapidamente, são necessários
anos de prática disciplinada e constante, para se conseguir dominar alguém mais forte. Os
karatekas e judocas acreditam que mais importante do que aprender técnicas de guerra para
enfrentar os outros, é livrar do espírito a idéia de querer dominar os outros, e procurar a
harmonia, a parceria, a justiça.
Esta atitude trará a paz e o respeito, e estes são os melhores ingredientes para a defesa
pessoal real, e total. Visa evitar a agressão antes que ela nasça.
CAPITULO 20
LEGISLAÇÃO
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA – CONFEF
CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA - CREF
CAPITULO 21
CONCLUSÃO
Concluímos o presente curso de defesa pessoal: uma agregação à luz dos diretos, com
a certeza de termos colaborado com a formação dos alunos, esperando, que os mesmos
apliquem os conhecimentos aqui adquiridos em suas vidas profissionais, contribuindo
dignamente com a sociedade potiguar, em particular, com o cidadão mais carente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VASQUEZ, Adolfo Sanches. Ética. 9º. ed. São Paulo: Civilização Brasilira, 1986.
WATANABE, Ippo. Revista do Conselho Regional de Sociologia do Estado de São Paulo. São
Paulo: ano 1, n 0, dez. 1996.
SÁ, Antonio Lopes de. Ética Profissional. Ed Atlas S.A. 4ª edição, São Paulo: 2001.
VASCOCELOS, Marcos de. Ética: um problema atual? Ed Atlas, São Paulo: 2003.
COSTA, Paulo Roberto de Albuquerque. Karatê Budô. Apostila para o CFOPM, 2006.
ANEXOS
ANEXOS 1
Presidência da República
Subchefia para Assuntos Jurídicos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA:
Art. 2º Apenas serão inscritos nos quadros dos Conselhos Regionais de Educação Física os
seguintes profissionais:
III - os que, até a data do início da vigência desta Lei, tenham comprovadamente exercido
atividades próprias dos Profissionais de Educação Física, nos termos a serem estabelecidos pelo
Conselho Federal de Educação Física.
RESOLVE:
Parágrafo único - a inscrição provisória tem validade máxima de um ano, sendo que, findo o
prazo, o requerente deverá fazer nova solicitação.
Art. 7º - O deferimento do pedido definitivo, por parte do requerente, dar-se-á, somente, após
freqüência, com aproveitamento, em curso promovido pelo CREF, que incluam questões
pedagógicas, ético-profissionais e científicas.
Jorge Steinhilber
Presidente
Resolução nº 021/00
Dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas nos Conselhos Regionais de Educação Física
CONSIDERANDO, o inciso IV, do artigo 56, do Estatuto do CONFEF, criado pela Lei nº
9.696/98, o qual estabelece ser da competência do CREF inscrever, fornecendo registro de
funcionamento, às pessoas jurídicas que prestam serviços na área da atividade física, desportiva e
similares;
CONSIDERANDO, o § 4º, do Art. 58, da Lei nº 9.649/98, que estabelece serem os conselhos de
fiscalização de profissões regulamentadas, autorizados a fixar, cobrar e executar as contribuições
anuais devidas por pessoas físicas ou jurídicas, bem como preços de serviços e multas, que
constituirão receitas próprias, considerando-se título executivo extrajudicial a certidão relativa
aos créditos correspondentes;
RESOLVE:
Art 1º - A Pessoa Jurídica (PJ) de direito público ou privado, cuja finalidade básica seja
prestação de serviço na área da atividade física, desportiva e similar, está obrigada a registrar-se
no respectivo Conselho Regional de Educação Física.
Art. 2º - O requerimento para registro será dirigido ao Presidente do CREF acompanhado dos
seguintes documentos:
Art. 3º - Deferido o pedido, o CREF emitirá certificado de registro com validade até 30 de
Março, do exercício seguinte, na área de sua jurisdição, que deverá ser afixado pela pessoa
jurídica em local visível ao público, durante o período de atividades.
Parágrafo único: ficará a critério de cada CREF, a instituição do modelo de certificado a ser
utilizado.
Parágrafo único: mantida a decisão do CREF, caberá recurso ao Conselho Federal de Educação
Física, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da notificação da decisão.
Art. 5º - Concedido o registro, a Pessoa Jurídica ficará obrigada a recolher uma anuidade a cada
exercício, conforme disposições legais vigentes.
Parágrafo único: caberá aos CREFs, estabelecer os valores das taxas e anuidades das pessoas
jurídicas, no ano 2000.
Jorge Steinhilber
Presidente
Publicada no D.O.U. em 18/08/2000.
ANEXO 4
Presidência da República
Subchefia para Assuntos Jurídicos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
"Art. 3o.................................................................."
"............................................................................."
"a) (revogada);"
"b) (revogada)."
"Art. 4o....................................................................."
"..............................................................................."
"............................................................................"
"X - três representantes indicados pelo Congresso Nacional, sendo dois deles da
maioria e um da minoria." (AC)
"Art.15. ........................................................................"
".................................................................................."
"§ 2o É privativo do Comitê Olímpico Brasileiro – COB e do Comitê Paraolímpico
Brasileiro – CPOB o uso das bandeiras, lemas, hinos e símbolos olímpicos e
paraolímpicos, assim como das denominações "jogos olímpicos", "olimpíadas", "jogos
paraolímpicos" e "paraolimpíadas", permitida a utilização destas últimas quando se
tratar de eventos vinculados ao desporto educacional e de participação." (NR)
"................................................................................."
"................................................................................"
"§ 2o A entidade a que se refere este artigo não poderá utilizar seus bens patrimoniais,
desportivos ou sociais para integralizar sua parcela de capital ou oferecê-los como
garantia, salvo com a concordância da maioria absoluta da assembléia-geral dos
associados e na conformidade do respectivo estatuto." (AC)
"§ 3o Em qualquer das hipóteses previstas no caput deste artigo, a entidade de prática
desportiva deverá manter a propriedade de, no mínimo, cinqüenta e um por cento do
capital com direito a voto e ter o efetivo poder de gestão da nova sociedade, sob pena
de ficar impedida de participar de competições desportivas profissionais." (AC)
"Art. 27-A. Nenhuma pessoa física ou jurídica que, direta ou indiretamente, seja
detentora de parcela do capital com direito a voto ou, de qualquer forma, participe da
administração de qualquer entidade de prática desportiva poderá ter participação
simultânea no capital social ou na gestão de outra entidade de prática desportiva
disputante da mesma competição profissional." (AC)
"§ 1o É vedado que duas ou mais entidades de prática desportiva disputem a mesma
competição profissional das primeiras séries ou divisões das diversas modalidades
desportivas quando:" (AC)
"a) uma mesma pessoa física ou jurídica, direta ou indiretamente, através de relação
contratual, explore, controle ou administre direitos que integrem seus patrimônios; ou,"
(AC)
"b) uma mesma pessoa física ou jurídica, direta ou indiretamente, seja detentora de
parcela do capital com direito a voto ou, de qualquer forma, participe da administração
de mais de uma sociedade ou associação que explore, controle ou administre direitos
que integrem os seus patrimônios." (AC)
"a) ao cônjuge e aos parentes até o segundo grau das pessoas físicas; e" (AC)
"...................................................................................."
"§ 3o O valor da cláusula penal a que se refere o caput deste artigo será livremente
estabelecido pelos contratantes até o limite máximo de cem vezes o montante da
remuneração anual pactuada." (AC)
"§ 5o Quando se tratar de transferência internacional, a cláusula penal não será objeto
de qualquer limitação, desde que esteja expresso no respectivo contrato de trabalho
desportivo." (AC)
"..............................................................................."
"§ 2o Para os efeitos do caput deste artigo, exige-se da entidade de prática desportiva
formadora que comprove estar o atleta por ela registrado como não-profissional há,
pelo menos, dois anos, sendo facultada a cessão deste direito a entidade de prática
desportiva, de forma remunerada." (AC)
"Art. 30. O contrato de trabalho do atleta profissional terá prazo determinado, com
vigência nunca inferior a três meses nem superior a cinco anos." (NR)
"I - participar dos jogos, treinos, estágios e outras sessões preparatórias de competições
com a aplicação e dedicação correspondentes às suas condições psicofísicas e
técnicas;" (AC)
"II - preservar as condições físicas que lhes permitam participar das competições
desportivas, submetendo-se aos exames médicos e tratamentos clínicos necessários à
prática desportiva;" (AC)
"................................................................................"
"................................................................................."
"....................................................................................."
"III - dois advogados com notório saber jurídico desportivo, indicados pela Ordem dos
Advogados do Brasil;" (NR)
"§ 1o (Revogado)."
"§ 2o O mandato dos membros dos Tribunais de Justiça Desportiva terá duração
máxima de quatro anos, permitida apenas uma recondução."
"Art. 57. Constituirão recursos para a assistência social e educacional aos atletas
profissionais, ex-atletas e aos em formação, recolhidos diretamente para a Federação
das Associações de Atletas Profissionais – FAAP:"
"II - um por cento do valor da cláusula penal, nos casos de transferências nacionais e
internacionais, a ser pago pelo atleta;" (NR)
"................................................................................"
"Art. 93. O disposto no art. 28, § 2o, desta Lei somente produzirá efeitos jurídicos a
partir de 26 de março de 2001, respeitados os direitos adquiridos decorrentes dos
contratos de trabalho e vínculos desportivos de atletas profissionais pactuados com
base na legislação anterior." (NR)
"Art. 94. Os artigos 27, 27-A, 28, 29, 30, 39, 43, 45 e o § 1o do art. 41 desta Lei serão
obrigatórios exclusivamente para atletas e entidades de prática profissional da
modalidade de futebol." (NR)
Art. 3o Os prêmios de jogos de bingo obtidos de acordo com a Lei no 9.615, de 1998, e
não reclamados, bem como as multas aplicadas em decorrência do descumprimento do
disposto no Capítulo IX do mesmo diploma legal, constituirão recursos do INDESP.
Art. 4o Na hipótese de a administração do jogo de bingo ser entregue a empresa
comercial, é de exclusiva responsabilidade desta o pagamento de todos os tributos e
encargos da seguridade social incidentes sobre as respectivas receitas obtidas com essa
atividade.
Resolução nº 030/00
Dispõe sobre os cursos para práticos, instituídos pela Resolução CONFEF nº 13/99
RESOLVE:
Art. 2º - Os cursos deverão ser formatados de tal forma que 40% da carga horária seja reservada
a conhecimentos técnico-científicos, 30% na aplicação na parte didática-pedagógica e 30% na
aplicação de conceitos éticos.
Jorge Steinhilber
Presidente
Dispõe sobre a data limite para o registro dos não graduados no CONFEF
RESOLVE; Art. 1º - Fixar o dia 30 de Junho de 2001, como data limite para o registro daqueles
não graduados, que atuam na área das atividades próprias dos Profissionais de Educação Física,
previsto no inciso III, do art. 2º, da Lei nº 9.696/98, no CONFEF.
Art. 2º - Esta Resolução entrar em vigor na data de sua publicação e ficam revogadas as
disposições em contrário.
Jorge Steinhilber
Presidente
RESOLVE:
Art.1º - O requerimento de inscrição dos não graduados em curso superior de Educação Física,
perante os Conselhos Regionais de Educação Física - CREFs, em categoria PROVISIONADO,
far-se-á mediante o cumprimento integral e observância dos requisitos solicitados.
Art. 2º - Deverá o requerente apresentar comprovação oficial da atividade exercida, até a data do
início da vigência da Lei nº 9696/98, ocorrida com a publicação no Diário Oficial da União
(DOU), em 02 de Setembro de 1998, por prazo não inferior a 03 (três) anos, sendo que, a
comprovação do exercício, se fará por:
Art. 6º - Deferido o pedido, o requerente receberá a sua inscrição perante o Conselho Regional
de Educação Física - CREF, em categoria de PROVISIONADO, sendo fornecida a Cédula de
Identidade Profissional na cor vermelha, onde constará a atividade comprovada no art. 2º, para a
qual, o requerente, estará credenciado a continuar atuando.
Jorge Steinhilber
Presidente
RESOLUÇÃO Nº 039A/01
Dispõe sobre a nova data limite para o registro dos não graduados no CONFEF
RESOLVE:
Art. 1º - Fixar o dia 30 de Agosto de 2003, como data limite, em âmbito nacional, para o registro
daqueles não graduados, que atuavam na área das atividades próprias dos Profissionais de
Educação Física, previsto no inciso III, do art. 2º, da Lei nº 9.696/98, no CONFEF.
§ 2º - Após a presente prorrogação, não será permitido que se promova nova data para
consumação dos registros.
Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação e ficam revogadas as
disposições em contrário.
Jorge Steinhilber
Presidente
I – férias;
II – licença para tratamento de saúde;
III – licença por acidente em serviço;
IV – licença por motivo de gestação, adoção ou guarda judicial;
V – licença prêmio por assiduidade.
Art. 7º. Fica criado no Quadro de Pessoal da Polícia Militar do Rio Grande do
Norte um cargo de provimento em comissão de Coordenador, destinado à
chefia da Seção Jurídica do Gabinete do Comando Geral.
Art. 8º. As despesas decorrentes da presente Lei correrão por conta das
dotações orçamentárias consignadas ao Orçamento Geral do Estado do
corrente ano.
Art. 9º. A presente Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
II – UNIDADES DIDÁTICAS
IV – VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Poderá ser aplicada, de acordo com a iniciativa do docente, como métodos de avaliação
do rendimento dos alunos, do tipo valorização da sua participação e aproveitamento no
desenvolvimento das instruções.
V – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS. O Alferes. Direitos Humanos. Ano 8,
nº 26, 1980.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Programa Nacional de Direitos Humanos. Ministério da
Justiça. Brasília, 1996.
PROCURADORIA GEREL DA REPÚBLICA. Compilação das normas e princípios das
Nações Unidas em matéria de prevenção do crime e de justiça penal. Lisboa, 1995.
ROVER, C. de. Para servir e proteger. Direito Humano e Direitos Internacional Humanitário
para forças policiais e de segurança. CICU, 1998.
SAMPAIO, Jáder dos Reis. Qualidade de vida, saúde mental e psicologia social: Estudos
contemporâneos II. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1999.
ALMEIDA FILHO, Neomar. Epidemiologia social das desordens mentais: revisão da
literatura latino americana. In: TUNDIS,, Silvério. A. Costa, Nilson (ORG) Cidadania e
loucura: políticas de saúde mental no Brasil. Petrópolis, vozes, 1990.
D’ANDRÉA, Flávio Fontes. Desenvolvimento da Personalidade. 2ª ed. Editora Difel, São
Paulo, 1998.
PAIXÃO, Antônio L. Problemas Sociais, Políticas Públicas. In ZALUAR, Alba (org) Drogas e
Cidadania.1ª ed., Editora brasiliense, Brasília, 1994.
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR. Org. Vox Legis, Edição 1980, São Paulo, 1980.
GOMES NETO, F. A. Código Penal Brasileiro Comentado. Nos termos da nova Constituição
Brasileira. Vol. 1, ed. Brasiliense, São Paulo, 1989.
II – UNIDADES DIDÁTICAS
• Origem;
• monges da Índia;
• A expansão das artes marciais;
• As artes marciais no Brasil e Rio Grande do Norte;
• Artes marciais nas organizações militares e policiais.
• Com os braços;
• com as pernas;
• pontos sensíveis;
• defesas e ataques contra agressões à mão livre e
• defesas e ataques de chutes.
• Pegadas e enforcamentos;
• Gravatas e
• agarramentos.
• Empunhadura;
• Técnicas de realizar defesas;
• Técnicas de golpear e
• Técnicas de imobilizações.
IV – VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Poderá ser aplicada, de acordo com a iniciativa do docente, como métodos de avaliação
do rendimento dos alunos, do tipo valorização da sua participação e aproveitamento no
desenvolvimento das instruções.
V – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AVALIAÇÃO
NOME DO ALUNO: Nº
OBSERVAÇÕES
RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA E DA DEFESA SOCIAL
POLÍCIA MILITAR
ACADEMIA CEL MILTON FREIRE DE ANDRADE
Nada mais havendo a constar, deu-se por encerrado o presente termo de matrícula.
Natal/RN, de de 200__.
POSTO/GRAD. NOME RG
2. Encaminhe ao Ilmo. Sr. Cel PM Comandante Geral da Polícia Militar do Rio Grande
do Norte, para homologação
3. Publique-se e arquive-se.
Do:
Ao: Ilmº. Sr. Ten Cel PM Comandante da Academia Cel Milton Freire de Andrade
ASSUNTO: Inscrição em Curso ( Solicita )
Cumprimentando V.Sª., venho pelo presente expediente, solicitar a inscrição dos policiais
militares abaixo relacionados, no Curso de Defesa pessoal e cidadania: uma agregação à luz dos
direitos, de acordo com o que prescreve o Plano de Curso.
__________________________________
Assinatura
PLANO DIDÁTICO DA ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
CEL MILTON FREIRE DE ANDRADE
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA SOCIAL
POLÍCIA MILILITAR
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
“CEL MILTON FREIRE DE ANDRADE”
1. EMENTA
Cabe ao Estado o uso exclusivo da força física contra aqueles que não se dispõem a
cumprir as regras impostas. A força utilizada deve ser suficiente para conduzir as pessoas ao
cumprimento das normas, não sendo permitido o excesso que também caracteriza o
descumprimento da lei pelo representante do Estado.
2. OBJETIVO GERAL
A disciplina Defesa Pessoal, como a denominação bem explicita, tem por objetivo
garantir a defesa do policial e/ou de terceiros que estejam sendo vítimas de ofensas físicas. Os
integrantes das organizações policiais, que têm como função promover a segurança pública,
necessitam de treinamento constantes para proporcionar essa segurança e proteção aos membros
da sociedade. Não coaduna com as agências de segurança pública a lógica do ataque.
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Proporcionar Ao profissional na área de segurança pública, conhecimentos que o habilitem
a identificar os conceitos de Direitos Humanos e Cidadania e sua importância, com o intuito de
concientizar os alunos sobre os valores básicos da dignidade humana e o conhecimento dos
principais instrumentos jurídicos nacional e internacionais para proteção dos Direitos Humanos e
cidadania e as regras dirigidas a Policial Militar e/ou civil, capacitando o aluno para a condição
das ações de Polícia sob a ótica dos Direitos Humanos e Cidadania.
4. METODOLOGIA
O docente deve recorrer principalmente as aulas expositivas procurando estimular o aluno
para o debate e reflexão crítica dos conteúdos, valendo-se da utilização intensa de exemplos além
dos instrumentos convencionais de ensino didático/pedagógico.
4.1 - Aulas expositivas
4.2 - Utilização de recursos áudio visuais.
4.3 - Aulas práticas
5. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
RELAÇÃO DE ASSUNTOS
1. Apresentação do objetivo da matéria
2. A importância
3. Fundamentos educativos das Técnicas de aquecimento de quedas
4. Fundamentos das posições de auto defesa
5. Retomada de equilíbrio
6. Desequilíbrio de oponentes
7. Fundamentos das técnicas de rolamentos
8. Rolamentos de costas
9. Rolamento de frente
10. Retomada do equilíbrio após o rolamento
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SAMPAIO, Jader dos Reis . Qualidade de vida, saúde mental e psicologia social: Estudos
contemporâneos II. São Paulo, Casa do Psicólogo,1999.
1. EMENTA
Cabe ao Estado o uso exclusivo da força física contra aqueles que não se dispõem a
cumprir as regras impostas. A força utilizada deve ser suficiente para conduzir as pessoas ao
cumprimento das normas, não sendo permitido o excesso que também caracteriza o
descumprimento da lei pelo representante do Estado.
2. OBJETIVO GERAL
A disciplina Defesa Pessoal, como a denominação bem explicita, tem por objetivo
garantir a defesa do policial e/ou de terceiros que estejam sendo vítimas de ofensas físicas. Os
integrantes das organizações policiais, que têm como função promover a segurança pública,
necessitam de treinamento constantes para proporcionar essa segurança e proteção aos membros
da sociedade. Não coaduna com as agências de segurança pública a lógica do ataque.
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Proporcionar Ao profissional na área de segurança pública, conhecimentos que o habilitem
a identificar os conceitos de Direitos Humanos e Cidadania e sua importância, com o intuito de
concientizar os alunos sobre os valores básicos da dignidade humana e o conhecimento dos
principais instrumentos jurídicos nacional e internacionais para proteção dos Direitos Humanos e
cidadania e as regras dirigidas a Policial Militar e/ou civil, capacitando o aluno para a condição
das ações de Polícia sob a ótica dos Direitos Humanos e Cidadania.
4. METODOLOGIA
O docente deve recorrer principalmente as aulas expositivas procurando estimular o aluno
para o debate e reflexão crítica dos conteúdos, valendo-se da utilização intensa de exemplos além
dos instrumentos convencionais de ensino didático/pedagógico.
4.1 - Aulas expositivas
4.2 - Utilização de recursos áudio visuais.
4.3 - Aulas práticas
5. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
RELAÇÃO DE ASSUNTOS
01 Fundamentos das Técnicas de imobilização estando o oponente em pé
02 Fundamentos das Técnicas de imobilização estando o oponente deitado
03 Aplicação de chaves de articulações e estrangulamento
04 Técnicas de projeção utilizando os braços
05 Técnicas de projeção utilizando o quadril
6. AVALIAÇÃO:
A avaliação do desenvolvimento dos alunos se caracterizará pela aplicação de provas
individuais e trabalhos a serem apresentados perante a classe ou de forma escrita; sendo
realizada uma verificação a cada 15 aulas.
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SAMPAIO, Jader dos Reis . Qualidade de vida, saúde mental e psicologia social: Estudos
contemporâneos II. São Paulo, Casa do Psicólogo,1999.
1. EMENTA
Cabe ao Estado o uso exclusivo da força física contra aqueles que não se dispõem a
cumprir as regras impostas. A força utilizada deve ser suficiente para conduzir as pessoas ao
cumprimento das normas, não sendo permitido o excesso que também caracteriza o
descumprimento da lei pelo representante do Estado.
2. OBJETIVO GERAL
A disciplina Defesa Pessoal, como a denominação bem explicita, tem por objetivo
garantir a defesa do policial e/ou de terceiros que estejam sendo vítimas de ofensas físicas. Os
integrantes das organizações policiais, que têm como função promover a segurança pública,
necessitam de treinamento constantes para proporcionar essa segurança e proteção aos membros
da sociedade. Não coaduna com as agências de segurança pública a lógica do ataque.
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Proporcionar Ao profissional na área de segurança pública, conhecimentos que o habilitem
a identificar os conceitos de Direitos Humanos e Cidadania e sua importância, com o intuito de
concientizar os alunos sobre os valores básicos da dignidade humana e o conhecimento dos
principais instrumentos jurídicos nacional e internacionais para proteção dos Direitos Humanos e
cidadania e as regras dirigidas a Policial Militar e/ou civil, capacitando o aluno para a condição
das ações de Polícia sob a ótica dos Direitos Humanos e Cidadania.
4. METODOLOGIA
O docente deve recorrer principalmente as aulas expositivas procurando estimular o aluno
para o debate e reflexão crítica dos conteúdos, valendo-se da utilização intensa de exemplos além
dos instrumentos convencionais de ensino didático/pedagógico.
4.1 - Aulas expositivas
4.2 - Utilização de recursos áudio visuais.
4.3 - Aulas práticas
5. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
RELAÇÃO DE ASSUNTOS
01 Emprego de técnicas de amortecimento de quedas de frente
02 Emprego de técnicas de amortecimento de quedas de costas
01 Emprego de técnicas de amortecimento de quedas de lado
01 Emprego de técnicas de rolamento de frente
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SAMPAIO, Jader dos Reis . Qualidade de vida, saúde mental e psicologia social: Estudos
contemporâneos II. São Paulo, Casa do Psicólogo,1999.
1. EMENTA
Cabe ao Estado o uso exclusivo da força física contra aqueles que não se dispõem a
cumprir as regras impostas. A força utilizada deve ser suficiente para conduzir as pessoas ao
cumprimento das normas, não sendo permitido o excesso que também caracteriza o
descumprimento da lei pelo representante do Estado.
2. OBJETIVO GERAL
A disciplina Defesa Pessoal, como a denominação bem explicita, tem por objetivo
garantir a defesa do policial e/ou de terceiros que estejam sendo vítimas de ofensas físicas. Os
integrantes das organizações policiais, que têm como função promover a segurança pública,
necessitam de treinamento constantes para proporcionar essa segurança e proteção aos membros
da sociedade. Não coaduna com as agências de segurança pública a lógica do ataque.
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Proporcionar Ao profissional na área de segurança pública, conhecimentos que o habilitem
a identificar os conceitos de Direitos Humanos e Cidadania e sua importância, com o intuito de
concientizar os alunos sobre os valores básicos da dignidade humana e o conhecimento dos
principais instrumentos jurídicos nacional e internacionais para proteção dos Direitos Humanos e
cidadania e as regras dirigidas a Policial Militar e/ou civil, capacitando o aluno para a condição
das ações de Polícia sob a ótica dos Direitos Humanos e Cidadania.
4. METODOLOGIA
O docente deve recorrer principalmente as aulas expositivas procurando estimular o aluno
para o debate e reflexão crítica dos conteúdos, valendo-se da utilização intensa de exemplos além
dos instrumentos convencionais de ensino didático/pedagógico.
4.1 - Aulas expositivas
4.2 - Utilização de recursos áudio visuais.
4.3 - Aulas práticas
5. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
RELAÇÃO DE ASSUNTOS
01 Emprego de técnicas de esquiva de golpes
02 Emprego de técnicas de defesa e imobilização com projeção
03 Emprego de técnicas de condução de agressor
04 Emprego de técnicas de torções com o domínio do agressor
6. AVALIAÇÃO:
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SAMPAIO, Jader dos Reis . Qualidade de vida, saúde mental e psicologia social: Estudos
contemporâneos II. São Paulo, Casa do Psicólogo,1999.
1. EMENTA
Cabe ao Estado o uso exclusivo da força física contra aqueles que não se dispõem a
cumprir as regras impostas. A força utilizada deve ser suficiente para conduzir as pessoas ao
cumprimento das normas, não sendo permitido o excesso que também caracteriza o
descumprimento da lei pelo representante do Estado.
2. OBJETIVO GERAL
A disciplina Defesa Pessoal, como a denominação bem explicita, tem por objetivo
garantir a defesa do policial e/ou de terceiros que estejam sendo vítimas de ofensas físicas. Os
integrantes das organizações policiais, que têm como função promover a segurança pública,
necessitam de treinamento constantes para proporcionar essa segurança e proteção aos membros
da sociedade. Não coaduna com as agências de segurança pública a lógica do ataque.
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Proporcionar Ao profissional na área de segurança pública, conhecimentos que o habilitem
a identificar os conceitos de Direitos Humanos e Cidadania e sua importância, com o intuito de
concientizar os alunos sobre os valores básicos da dignidade humana e o conhecimento dos
principais instrumentos jurídicos nacional e internacionais para proteção dos Direitos Humanos e
cidadania e as regras dirigidas a Policial Militar e/ou civil, capacitando o aluno para a condição
das ações de Polícia sob a ótica dos Direitos Humanos e Cidadania.
4. METODOLOGIA
O docente deve recorrer principalmente as aulas expositivas procurando estimular o aluno
para o debate e reflexão crítica dos conteúdos, valendo-se da utilização intensa de exemplos além
dos instrumentos convencionais de ensino didático/pedagógico.
4.1 - Aulas expositivas
4.2 - Utilização de recursos áudio visuais.
4.3 - Aulas práticas
5. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
RELAÇÃO DE ASSUNTOS
01 Recordação do objetivo particular da matéria
02 Aspectos gerais de abordagem
03 Emprego das técnicas de defesa contra bastões nos membros superiores
04 Emprego da algema como técnica complementar
6.AVALIAÇÃO
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SAMPAIO, Jader dos Reis . Qualidade de vida, saúde mental e psicologia social: Estudos
contemporâneos II. São Paulo, Casa do Psicólogo,1999.
1. EMENTA
Cabe ao Estado o uso exclusivo da força física contra aqueles que não se dispõem a
cumprir as regras impostas. A força utilizada deve ser suficiente para conduzir as pessoas ao
cumprimento das normas, não sendo permitido o excesso que também caracteriza o
descumprimento da lei pelo representante do Estado.
2. OBJETIVO GERAL
A disciplina Defesa Pessoal, como a denominação bem explicita, tem por objetivo
garantir a defesa do policial e/ou de terceiros que estejam sendo vítimas de ofensas físicas. Os
integrantes das organizações policiais, que têm como função promover a segurança pública,
necessitam de treinamento constantes para proporcionar essa segurança e proteção aos membros
da sociedade. Não coaduna com as agências de segurança pública a lógica do ataque.
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Proporcionar Ao profissional na área de segurança pública, conhecimentos que o habilitem
a identificar os conceitos de Direitos Humanos e Cidadania e sua importância, com o intuito de
concientizar os alunos sobre os valores básicos da dignidade humana e o conhecimento dos
principais instrumentos jurídicos nacional e internacionais para proteção dos Direitos Humanos e
cidadania e as regras dirigidas a Policial Militar e/ou civil, capacitando o aluno para a condição
das ações de Polícia sob a ótica dos Direitos Humanos e Cidadania.
4. METODOLOGIA
O docente deve recorrer principalmente as aulas expositivas procurando estimular o aluno
para o debate e reflexão crítica dos conteúdos, valendo-se da utilização intensa de exemplos além
dos instrumentos convencionais de ensino didático/pedagógico.
4.1 - Aulas expositivas
4.2 - Utilização de recursos áudio visuais.
4.3 - Aulas práticas
5. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
RELAÇÃO DE ASSUNTOS
01 Emprego de técnicas de defesa contra armas de fogo longas
02 Identificação de pontos vitais mais comuns na agressão com armas de fogo
03 Noções básicas de luta contra um e dois agressores
6. AVALIAÇÃO:
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SAMPAIO, Jader dos Reis . Qualidade de vida, saúde mental e psicologia social: Estudos
contemporâneos II. São Paulo, Casa do Psicólogo,1999.
1. A FILOSOFIA DO KARATÊ-DÔ
O karatê-dô é uma arte marcial originada a partir das técnicas de defesa sem
armas de Okinawa, e tem como base a filosofia do Budô japonês. Através de
muito trabalho e dedicação, ele busca a formação do caráter de seu
praticante e o aprimoramento da sua personalidade.
Cada pessoa pode ter objetivos diferentes ao optar pela prática do Karatê, que devem
ser respeitados. Cada um deverá ter a oportunidade de atingir suas metas, sejam elas tornar-
se forte e saudável, obter autoconfiança e equilíbrio interior ou mesmo dominar técnicas de
defesa pessoal. Contudo, não deve o praticante fugir do real objetivo da arte. Aquele que
só pensa em si mesmo, e quiser dominar técnicas de Karatê somente para utilizá-las numa
luta, não está qualificado para aprendê-lo, afinal, o Karatê não é somente a aquisição de certas
habilidades defensivas, mas também o domínio da arte de ser um membro da sociedade bom e
honesto. Integridade, humildade e autocontrole resultarão do correto aproveitamento dos
impulsos agressivos e dos instintos primários existentes em todos os indivíduos.
Hoje em dia, novos conceitos surgiram, e o Karatê passou a ser analisado também
sobre os seguintes aspectos:
2. FILOSOFIA (BUDÔ):
Esse propósito de "anti-violência" pode ser muito bem expresso através do seguinte
ensinamento:
4. DOJO KUN
5. ETIQUETA NO DOJO
O Dojo é um lugar especial que deve ser considerado como um templo. Deve-se
guardar respeito, não se eleva à voz, as piadas são evitadas e nunca deve ser pisado com
sapatos.
O silêncio é condição fundamental para quem treina e assim sendo, mesmo nos
vestiários, a conversa sem alteração de voz é uma demonstração de educação e serenidade.
6. A PALAVRA OSS
Por isso, o treinamento do Karatê como defesa pessoal se divide em três etapas:
- GINÁSTICA:
- ALONGAMENTO:
AGILIDADE:
- COORDENAÇÃO MOTORA:
- TERAPIA:
- CONCENTRAÇÃO:
- DETERMINAÇÃO:
O homem por sua natureza quer alcançar sempre mais, contudo a busca por alguma
coisa implica em saber onde buscar e o que realmente se busca. Assim sendo torna-se
fundamental a conscientização da sua capacidade em conseguir o que se quer alcançar e da
importância em se lutar para consegui-lo. O Karatê-Dô é um meio para se chegar a este estado
de auto-afirmação, com um real propósito de ação em função de alguma coisa construtiva para
o verdadeiro crescimento interior, e a satisfação em poder si sentir pleno e abundante em todas
as suas realizações.
- DISCIPLINA:
- EFICIÊNCIA:
O treinamento técnico do Karatê-Dô tem como objetivo principal a eficiência, sob vários
aspectos. Primeiramente a primazia de se treinar verdadeiramente o que os grandes mestres
nos deixaram. E compreender que o resultado obtido na aplicação de uma determinada técnica
será proporcional a maneira pela qual esta técnica foi estudada e assimilada, bem como o
empenho em se desenvolver todas as qualidades necessárias interligadas entre si para gerar a
eficiência pretendida.
- AUTO-CONTROLE:
Dominar uma técnica, implica em se aprofundar na mesma até que ela se torne parte de
um todo, e esse todo incorporado a real finalidade de sua aplicação no momento correto e no
tempo certo, contudo saber utilizá-la, condiz com a responsabilidade em assumir o efeito
causado e conseqüentemente o modo pelo qual se pode controlar esse efeito. Assim sendo
compreender suas limitações e trabalhar para estende-las cada vez mais de forma consciente
é o caminho trilhado pelo verdadeiro praticante de Karatê-Dô.
- MEDITAÇÃO:
- FILOSOFIA:
EDUCAÇÃO:
- RESPEITO:
A água calma reflete exatamente a imagem de tudo que está ao seu alcance, e se a
mente é mantida calma, a compreensão dos movimentos do oponente, ambos psicológicos e
físicos, serão imediatos e acurados, juntamente com a resposta, tanto de defesa como de
ataque, que serão apropriados e adequados.
Mas por outro lado se a superfície da água estiver conturbada as imagens que ela
refletira serão distorcidas. Em outras palavras a mente está preocupada com pensamentos de
ataque e defesa ela não vai compreender a intenção do oponente, criando uma oportunidade
para o ataque dele.
A água também tem outras propriedades. Ela pode ser bastante destrutiva.
De fato a água é uma das forças mais destrutivas na terra. Sua mente deve
ser como a água. Quando necessário, ser tão destrutiva quanto se pode.
( 2006 )
1 – DADOS PESSOAIS
2 – DOCUMENTAÇÃO
3.3. Professor de Karatê da Academia de Polícia Militar APM/RN –CFO – desde 1996.
4 – TÍTULOS
4.1. Vice Campeão Estadual na modalidade “Kata individual”, categoria juvenil – 1973
Natal/RN.
48. 3º lugar Kumite ( luta ) equipe 19-37 anos, no campeonato brasileiro de 1999, Cabo
Frio - Rio de Janeiro.
4.9. Campeão Brasileiro 1998, modalidade “Shiai Kumite individual”, categoria “Master”
– Goiania/GO.
5 – TÍTULOS RECEBIDOS
6 – CERTIFICADOS
6.1. Certificado de Faixa Preta 1º Dan, expedido pala Associação de Karatê Shotokan
da Bahia – ASKABA, 28.09.83, Salvador-BA.
7 - DIPLOMAS
7.1. Diploma de Faixa Preta 1º Dan expedido pela Confederação Brasileira de Karatê
Shotokan -CBKS, RG nº 0058 Rio de Janeiro/RJ, assinado pelo representante oficial do Japão
no Brasil, Mestre Sadamu Uriu 8º Dan.
7.3. Diploma de Faixa Preta 2º Dan expedido pela Confederação Brasileira de Karatê
Shotokan -CBKS, RG nº 0058 Rio de Janeiro/RJ, assinado pelo representante oficial do Japão
no Brasil, Mestre Sadamu Uriu 8º Dan.
8.1. “Curso de Aperfeiçoamento em Kata Shotokan”, para a Academia Corpo e Forma, sito
Conjunto Panatis III,1997, Natal/RN.
8.2. “Curso de Examinador” para a Federação de Karatê Shotokan do Rio Grande do Norte –
FKS-RN, 1999, Natal-RN.
8.3. “Curso de Arbitragem” para a Federação de Karatê Shotokan do Rio Grande do Norte –
FKS-RN, 1999, Natal/RN
8.5. “Curso de defesa Pessoal”, Modalidade Karatê, para o 3º ano do CFO/PM da Academia de
Policia Militar Cel Milton Freire de Andrade, turmas 96 a 2005, Nata/RN.
8.8. Instrutor de Defesa Pessoal da Escola de Formação de Agentes da Polícia Civil do Rio
Grande do Norte – ESPOL – 2002.
9 – PUBLICAÇÕES
9.3. Monografia: Prática de Defesa Pessoal na Polícia Militar do RN: uma análise critica e uma
proposta para criação de um departamento de defesa pessoal – CSP 2003.
9.4. Matéria na Revista Ação Policial sobre o tema “Ten Cel PM Albuquerque: uma vida
dedicada às artes marciais” – 2006.
10.1. A Washington, Nova York e Florida nos Estados Unidos da América, em 1995.
10.2. As cidades de Lisboa, Fátima, Batalha e Porto em Portugal / Europa, em 2000.
10.3. As cidades de Santiago de Compustela, Barcelona, Ávila, La coroña, Salamanca,
Valadolid, e Madri na Espanha / Europa, em 2000.
Com esses dois versículos das Sagradas Escrituras, podemos constatar que
Deus sempre se preocupou com o ensino, mas, principalmente que o homem evolua no
conhecimento (cultura ampla).
Na Arte Marcial (Defesa Pessoal), não se admite nos dias atuais a prática tão
somente mecânica, ou seja, meros movimentos. É preciso crescer no conhecimento através de
cursos, seminários, congressos, pesquisas, trabalhos técnicos científicos, viagens de
integração a outros estados e paises, para que se possa atingir um nível mais elevado de
conhecimento, fazendo com que a mente abra para novos horizontes, não permanecendo
atrofiada por falta de uso.
Nesse contexto, Concluo alertando: não se deixe iludir por uma mera faixa de
cor preta ou pela força da juventude, necessita-se de algo mais.