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Produção de alface batavia em vaso utilizando-se como

fertilizante misturas de vermicomposto e turfa

Nelson Miguel Guerreiro Lourenço1


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Universidade do Algarve, FCT, Edifício 8, Campus de Gambelas, 8005-139 Faro.

A utilização de matéria orgânica como reserva e fornecedor de nutrientes para as


plantas possui aspectos positivos na qualidade das culturas e do solo uma vez que a sua
incorporação tem demonstrado ser uma prática viável no aumento da fertilidade e
produtividade, melhorando física, quimica e biologicamente as plantas. Os compostos
orgânicos usados como alternativa para o aumento da fertilidade do solo, podem resultar
em incremento da matéria orgânica e actividade biológica. Os adubos orgânicos são
considerados fertilizantes de baixo teor em nutrientes, contendo apenas dez ou vinte por
cento dos nutrientes encontrados nos fertilizantes químicos existentes. Contudo, quando
devidamente mineralizados melhoram as condições físicas, químicas e biológicas do
solo.
O vermicomposto é um produto que resulta da degradação mesofílica de materiais
orgânicos por meio da interacção entre minhocas e microrganismos que se mineraliza
lentamente, libertando gradualmente nutrientes para as plantas. Apresenta algumas
características que, em conjugação com doses adequadas de materiais orgânicos e
inorgânicos resultaram no aumento das produções dos produtos hortícolas. Modifica
ainda as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, apresentando vantagens em
relação a outros fertilizantes e substratos orgânicos.
A alface (Lactuca sativa) é uma das espécies do género Lactuca. Este género é
relativamente próximo do género Cichorium, ao qual pertencem a escarola e as diversas
formas hortícolas da chicória sendo cultivada pelas suas folhas, normalmente
consumidas cruas em salada. As suas folhas são constituídas essencialmente por água,
fornecendo ainda vitaminas, fibra e minerais à dieta do Homem. Actualmente
consideram-se grupos de cultivares onde se inclui a designação da respectiva variedade
botânica como é exemplo o tipo “batavia”.
Realizou-se um ensaio entre Fevereiro e Maio de 2009 no Horto do Campus de
Gambelas na Universidade do Algarve. As modalidades em estudo consistiram em
diferentes misturas de dois substratos: uma turfa comercial e um vermicomposto
produzido através de estrume de ovelha, nas seguintes proporções: 100% de
vermicomposto; 75% de vermicomposto mais 25% de turfa, 50% de vermicomposto
mais 50% de turfa, 25% de vermicomposto mais 75% de turfa e 100% de turfa.
Foi adquirida uma placa de sementeira com alfaces tipo “batavia” com 3 semanas
de germinação tendo sido posteriormente instaladas em cada uma das modalidades num
total de 50 vasos com 10 repetições por modalidade em vasos de 2 L . Cada vaso foi
regado manualmente e não foi aplicada adubação mineral. Este procedimento foi
repetido para a 2.ª campanha da cultura. No inicio da primeira e segunda campanha as
plantas apresentavam um peso médio de 2,7 g e 2,6 g respectivamente (n=3). Em cada
modalidade, pesou-se a parte aérea de todas as plantas individualmente. O somatório
destes valores permitiu posteriormente calcular o peso fresco total da modalidade.

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Figura 1 – Aspecto de plântulas de alface para vasos de 2 L após a transplantação.

No final, todas as plantas foram removidas e pesadas individualmente, tendo sido


separadas a parte aérea da parte radicular. A produção total de cada modalidade foi
determinada através do somatório da parte aérea de todas as plantas.
A natureza das modalidades influenciou as produções de alface. Observaram-se
aumentos de produtividade proporcionados pela turfa (modalidade O 100) durante a
primeira campanha, enquanto que na segunda campanha se observaram aumentos de
produtividade nas modalidades contendo mais vermicomposto (VO 75-25) embora
menos imediatos e visíveis do que os obtidos com adubação mineral convencional,
apresentando maior duração, provavelmente pela libertação mais progressiva de
nutrientes e pelo estímulo do crescimento radicular, tendo fornecido à planta
quantidades consideráveis de macro e micronutrientes.

V100, VO 75-25, VO 50-50, VO 25-75, O100

Figura 1 – 2.ª campanha de produções de alface em 5 modalidades.

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Os valores médios obtidos nas duas campanhas encontram-se na Tabela 1. Do
ponto de vista agronómico, a modalidade indicada para produção em alface foi VO 75-
25, registando-se nesta os únicos aumentos de produções entre as duas campanhas sem
necessidade de adubação adicional mineral entre as duas campanhas para o aumento das
produções (Figura 2).
Globalmente, a utilização de vermicomposto, apresentou vantagens em termos de
produtividades, obtendo-se aumentos de produções sem necessidade de adubação
complementar na modalidade vermicomposto + turfa 75%-25% (VO 75-25) tendo-se
considerado o melhor substrato para esta cultura hortícola.

Tabela 1 - Valores médios de pesos frescos e pesos totais.

Primeira campanha Segunda campanha


Modalidade
Peso fresco (g) Peso total (g) Peso fresco (g) Peso total (g)
V 100 106,5 1064,9 110,6 884,8
VO 75-25 82,5 825,2 129,9 1038,8
VO 50-50 112,8 1128,0 70,5 563,6
VO 25-75 119,7 1196,9 76,8 551,7
O 100 100,9 1008,6 23,1 184,5

Tabela 2 – Percentagem de variação de peso fresco entre as duas campanhas.

Modalidade Variação entre as duas campanhas (%)

V 100 -16,9
VO 75-25 + 25,9
VO 50-50 -50,0
VO 25-75 -53,9
O 100 -81,7

Em todas as modalidades se registaram decréscimos da primeira para a segunda


campanhas com excepção da modalidade VO 75-25 tendo a maior variação entre as
duas campanhas registou-se na modalidade O 100 com -53,9 % (Tabela 2).
Os dados obtidos em ensaio permitiram concluir que a utilização de substratos
orgânicos, no caso particular vermicomposto, apresenta vantagens em termos de
produtividades obtidas para culturas hortícolas, em particular para a alface “batavia”,
obtendo-se aumentos de produções sem necessidade de adubação complementar na
modalidade VO 75-25 (Tabela 1) tendo esta modalidade sido considerada como o
melhor substrato para esta cultura hortícola.

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