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CÁLCULO

Turma:_________________
2
NOME:_________________________________Nº_______
Data _____/_____/2008
e-mail:______________________________
MVR
PLANO DE ENSINO RESUMIDO 2008
DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL II
PROFESSOR: MARCOS VINÍCIUS RIBEIRO
mvinicius@facens.br
TURMAS DE ENGENHARIA: CIVIL, COMPUTAÇÃO E ELÉTRICA:
2ºCN(128) , 2ºI1(132) , 2ºE1(131) , 2ºE2(130)
CONTEÚDO:
1°°SEMESTRE 2°° SEMESTRE
Módulo 1 Módulo 3
Introdução, Números Complexos.
Revisão de conceitos básicos Seqüências
Função de duas ou mais variáveis
Conceitos Básicos de Geometria Analítica
Derivadas Parciais Séries
Derivadas Direcionais
Diferencial Total e Gradiente
Módulo 2 Módulo 4
Integrais Múltiplas e sistemas Campos Vetoriais
de Coordenadas Não Retangulares Integrais Curvilíneas (de Linha)
Equações Diferenciais Lineares de 1ª e 2ª ordem (homogêneas)
SISTEMA DE AVALIAÇÃO:
A avaliação do rendimento escolar é feita por disciplina, incidindo sobre a freqüência e o rendimento. O
rendimento escolar anual é composto por duas notas semestrais e pela freqüência anual.
O rendimento semestral é obtido através da média dos módulos, em número de dois, visando à avaliação
progressiva do rendimento do aluno. A nota de cada módulo é composta por exercícios, provas, trabalhos e outras
atividades, sendo que, pelo menos uma das provas deverá ser escrita. O critério da composição da nota do módulo é
definido no plano de ensino de cada disciplina.
Haverá uma prova substitutiva por semestre. É facultado ao aluno faltar somente em uma das provas do
semestre com direito a substitutiva. Essa prova poderá substituir uma das provas, utilizadas para compor a média do
rendimento semestral. O conteúdo da prova substitutiva será o de todo o semestre.
O exame final visa à avaliação da capacidade do domínio do conjunto da disciplina e podem constar de
testes, questões discursivas, dissertativas, entre outros tipos.
Atribui-se nota 0 (zero) ao aluno que deixar de submeter-se à avaliação prevista, na data fixada, bem como
ao que nela utilizar-se de meio fraudulento.
Ao aluno que deixar de comparecer ao exame final, na data fixada, pode ser concedida segunda
oportunidade, desde que requerida no prazo de três dias após o exame, se comprovado motivo justo.
Pode ser concedida revisão da nota atribuída ao exame final, quando requerida no prazo de três dias de sua
divulgação. No exame o aluno será avaliado em todo o conteúdo da disciplina.
Avaliações de Cálculo II
2CN 2IN 2E1 2E2 Substitutivas Dia Exame Final
Módulo 1 31/03 31/03 02/04 03/04 1º Semestre 08 a 17/Dezembro
Módulo 2 09/06 09/06 11/06 12/06 18 a 28/junho
Módulo 3 15/09 15/09 17/09 18/09 2º Semestre 2ªChamada
Módulo 4 06/11 05/11 05/11 06/11 17 a 29/novemb 18 a 20/dezembro
O calendário de avaliações está sujeito a alterações pelo professor

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
1) THOMAS, George B. Cálculo volume 2 . 10ª.ed. Addison Wesley, Pearson Education., 2003.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
2) STEWART, James . Cálculo volume 2 . .4ªed. Pioneira, Thomson Learning.., 2001.
3) SWOKOWSKI, Earl W. Cálculo com geometria analítica. São Paulo : McGraw-Hill, c1983.
4) LEITHOLD, Louis. O cálculo com geometria analítica, Volume 2. São Paulo : HARBRA, 1977.

-1-
PARA REFLEXÃO
Para que haja crescimento o sacrifício é necessário

Negar a necessidade de mudanças não elimina o problema!


Ficar remoendo o passado, lamentando o que poderia ter sido feito e não foi, apenas desvia a
atenção do presente, onde realmente as coisas acontecem.
O único lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário – Albert Einstein

“Não espere benefício sem haver conquistado mérito”. Não espere o mérito sem esforço!!!!

“Eu não me envergonho de corrigir os meus erros e mudar as minhas opiniões porque,
não me envergonho de raciocinar e aprender”Alexandre Herculano
Não Adianta ficar lamentando, (coitadinho de mim, autocomiseração).
Cresça!!! Não jogue a culpa nos outros!!!
Diga não a preguiça!!! Seja um guerreiro Eu sou capaz!!!
A Bíblia diz Esforça-te e Eu te ajudarei!!!
Is 35.4 41.10,13
E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8.32
Ele não sabia que era impossível, foi e fez!!
Não faça da sua vida um rascunho, pois pode não dar tempo de passa-la a limpo!!!

A força não provêm da capacidade física e sim de uma vontade indomável – GANDHI
Mudança – Movimento (novos conhecimentos, Novas experiências, novas oportunidades) estas três desencadeiam
crescimento – Vitórias – Realizações.
Dê uma cotovelada de leve e fale ao seu vizinho, ei!! Movimente-se

Os quatro “D”
Determinação – é aquela força interior capaz de levar alguém a afirmar com convicção: “Este é o meu
sonho. Não morro sem realiza-lo, mesmo que demore vinte, trinta anos”.
Dedicação é a capacidade de se entregar à realização de um objetivo.
Disciplina é a capacidade de seguir um método. Quando se fala em disciplina, a primeira coisa que vem á
mente é o conceito de rigidez. Mas disciplina, na verdade, está associado à palavra discípulo, que é aquele
que tem capacidade de aprender com um mestre, segundo seu método.
Desprendimento é a capacidade de abandonar o que não esta funcionando para aprender o novo. É
desapegar-se de certa maneira de fazer algo para conseguir um resultado melhor.

A diferença entre o sábio e o ignorante é que o 1º sabe aproveitar suas dificuldades para
evoluir, enquanto o ignorante se sente vítima de seus problemas.
Cresça! Não lamente seus erros e dificuldades!!!
Quem reconhece suas fraquezas já deu o primeiro passo para superá-las.
Lembre-se: A sua vida deve ser uma oferta a Deus ao invés
de um monumento aos homens.
Os problemas para matemática não são problemas, são a razão de sua existência. Um
problema é um desafio a ser solucionado, uma questão a ser resolvida. A matemática tem um
caso de amor com os problemas

Para vencer na vida


Você deve colocar quilhões de perseverança! Fotógrafo de renome que nos
primeiros 5 anos de sua vida só fotografava animais, e ninguém dava nada para ele, e hoje é
expoente nas fotos para modelos.

-2-
A VIDA É DURA PARA QUEM É MOLE!!!
Lembra-te que o silencio, é às vezes, a melhor resposta. Em disputas com teus queridos,
trata só do caso corrente. Não vás buscar queixas do passado.
Quando perderes, pelo menos não percas a lição!
Julgar os outros é perigoso. Não tanto pelos erros que podemos cometer a respeito deles,
mas pelo que podemos revelar a nosso respeito. Voltaire

PACIÊNCIA E PERSEVERANÇA!!!!!

Aprenda que a PACIÊNCIA requer muita prática!

Só o tempo e o esforço trazem a competência

Alcançado o sucesso deve-se manter o que foi conseguido, e não exalta-lo!


Toma em conta que um grande amor, ou uma grande realização implicam grandes riscos
“ ...os físicos aprenderam a fazer as perguntas corretas. E fazer a pergunta certa é freqüentemente
mais do que a metade do caminho que conduz a solução do problema”
Werner Heisenberg(1901-1976)
“DEUS NÃO JOGA DADOS”
Albert Einstein
O que fazemos em vida, ecoa na eternidade!!! Do filme Gladiador
Partilhe o teu saber, é uma forma de alcançar a imortalidade!!!
Avalia o teu sucesso por tudo o que tiveste de renunciar para alcançar!
“Deus nos fez para atingirmos, como águias, elevadas alturas, mas nos contentamos com vôos
rasantes dos pardais.”
O músculo mais potente do corpo humano é a língua.
Tudo tem uma razão. As vezes as coisas acontecem por uma razão. Algo ruim força uma coisa
boa, ou para um bem maior
TRABALHE como se você não precisasse do dinheiro. AME como se você nunca tivesse sido
magoado. DANCE como se ninguém estivesse observando.
O maior risco da vida é não fazer nada!!!
Em tudo que a natureza opera, ela nada faz bruscamente! Lamarck
Segue os três Rs: Respeito por ti, Respeito pelos outros e Reponsabilidade por todos os teus atos
Lembra-te que não ter tudo o que se deseja é por vezes um magnífico golpe de sorte.

DEUS NÃO CHAMA AQUELES QUE SÃO EQUIPADOS. ELE EQUIPA AQUELES QUE SÃO CHAMADOS, E
ELE SEMPRE ESTARÁ LÁ PARA AMAR E GUIAR VOCÊ A GRANDES COISAS!
F E L I C I D A D E S ! ! !
Marcos Vinícius Ribeiro
11 de fevereiro de 2008

-3-
Diga em voz alta: Insisto! Persisto! Não Desisto!

“Posso todas as coisas nAqule(DEUS) que me fortalece”


Filipenses 4.13

-4-
O ACUSADO
Conta uma antiga lenda que, na Idade Média, um homem muito religioso foi
injustamente acusado de ter assassinado uma mulher.
Na verdade, o autor do crime era uma pessoa influente do reino.
Por isso, desde o primeiro momento, se procurou um bode expiatório para
acobertar o verdadeiro assassino.
O homem foi levado a julgamento, já temendo o resultado: a forca. Ele
sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo
desta história.
O juiz, que também estava combinado de levar o pobre homem à morte,
simulou um julgamento justo, propondo ao acusado que provasse sua inocência.
Disse o juiz: - Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte
nas mãos do Senhor. Vou escrever em um pedaço de papel a palavra "inocente" e
no outro pedaço a palavra "culpado". Você vai sortear um dos papéis e aquele que
sair será o veredicto. O senhor decidirá seu destino - determinou o juiz. Sem que o
acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis. Mas em ambos escreveu
"culpado", de maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance do
acusado se livrar da forca. Não havia saída. Não havia alternativas para o pobre
homem.
O juiz colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher
um. O homem pensou alguns segundos e aproximou-se confiante da mesa. Pegou
um dos papéis, rapidamente colocou-o na boca e o engoliu.
Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude
do homem. - Mas o que você fez? E agora? Como vamos saber qual será o seu
veredicto? - É muito fácil - respondeu o homem. - Basta olhar o outro pedaço que
sobrou e saberemos que acabei engolindo o seu contrário.
Imediatamente o homem foi libertado.

Por mais difícil que seja uma situação, não deixe de acreditar até o último
momento. Saiba que para qualquer problema há sempre uma saída.
Não desista, não entregue os pontos, não se deixe derrotar.
Persista, vá em frente apesar de tudo e de todos.
Creia que você pode conseguir.

Romanos 8:28 "E sabemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito."

Esta confiança que Deus nos deu de que no fim tudo vai dar certo, se ainda
não deu certo é porque ainda não chegou ao fim.

-5-
ABRAHAM LINCOLN
16º Presidente dos Estados Unidos da América
Republicano(1861-1865)
Assassinado no dia 15 de abril de 1865
12/02/1809 a 15/04/1865
PERSEVERANÇA
Ele fracassou nos negócios em 1831.
Tentou um outro negócio em 33. Fracassou.
Sua noiva morreu em 35.
Teve um colapso nervoso em 36.
Em 43 ele candidatou-se para o Congresso e foi derrotado.
Tentou em 48 e foi derrotado novamente.
Tentou se candidatar para o Senado em 55. Perdeu.
No ano seguinte, candidatou-se a vice-presidente e perdeu.
Em 59 candidatou-se ao Senado novamente e foi derrotado.
Em 1860, o homem que assinava A. Lincoln
foi eleito o 16° presidente dos Estados Unidos.

A diferença entre as realizações mais ousadas da história e seus mais


assombrosos fracassos está simplesmente em sua
FORTE VONTADE DE PERSISTIR.

“A probabilidade de fracassarmos na luta não nos deve deter no impulso de


combater por uma causa justa.”

-6-
A HISTÓRIA DO BURRO

Um dia, o burro de um camponês caiu num poço. Não chegou a se


ferir, mas não podia sair dali por conta própria. Por isso o animal chorou
fortemente durante horas, enquanto o camponês pensava no que fazer.
Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que o burro já
estava muito velho e que o poço já estava mesmo seco, precisaria ser tapado
de alguma forma. Portanto, não valia a pena se esforçar para tirar o burro de
dentro do poço. Ao contrário, chamou seus vizinhos para ajudá-lo a enterrar
vivo o burro. Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do
poço. O burro não tardou a se dar conta do que estavam fazendo com ele, e
chorou desesperadamente. Porém, para surpresa de todos, o burro quietou-
se depois de umas quantas pás de terra que levou. O camponês finalmente
olhou para o fundo do poço e se surpreendeu com o que viu. A cada pá de
terra que caía sobre suas costas o burro a sacudia, dando um passo sobre
esta mesma terra que caía ao chão. Assim, em pouco tempo, todos viram
como o burro conseguiu chegar até a boca do poço, passar por cima da borda
e sair dali trotando. A vida vai lhe jogar muita terra, todo o tipo de terra.
Principalmente se você já estiver dentro de um poço. O segredo para sair do
poço é sacudir a terra que se leva nas costas e dar um passo sobre ela. Cada
um de nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima. Podemos
sair dos mais profundos buracos se não nos dermos por vencidos.

USE A TERRA QUE TE JOGAM PARA SEGUIR ADIANTE!


RECORDE AS 5 REGRAS PARA SER FELIZ:

1. Liberte o seu coração do ódio.


2. Liberte a sua mente das preocupações.
3. Simplifique a sua vida.
4. Dê mais e espere menos.
5. Ame mais e... aceite a terra que lhe jogam, pois ela
pode ser a solução, não o problema.

-7-
O Barbeiro

Um senhor estava no barbeiro cortando os cabelos e


fazendo a barba e enquanto isso conversava com o barbeiro e
falava da vida e de Deus.
Dai a pouco, o barbeiro incrédulo não agüentou e falou: -
Deixa disso, meu caro, Deus não existe!
- Por quê?
- Ora, se Deus existisse não haveria tantos
miseráveis, passando fome! Olhe em volta e veja
quanta tristeza. É só andar pelas ruas e enxergar!
- Bem, esta é a sua maneira de pensar, não é?
- Sim, claro!
O freguês pagou o corte e foi saindo, quando avistou um
maltrapilho imundo, com longos e feios cabelos, barba
desgrenhada, suja, abaixo do pescoço.
Não agüentou, deu meia volta e interpelou o barbeiro:

- Sabe de uma coisa, não acredito em barbeiros!


- Como?!?
- Sim, se existissem barbeiros, não haveria pessoas de
cabelos e barbas compridas!
- Ora, eles estão assim porque querem. Se desejassem
mudar, viriam até mim!

- Entendeu agora?

-8-
F R A S E S
Mais do que máquinas, precisamos de “Elimine o que é velho para trazer o novo à
humanidade. Mais do que inteligência, vida” – Mao Tse-tung
precisamos de afeição de doçura. Sem essas
virtudes a vida será de violência e tudo “Esteja preparado para ventos favoráveis”
estará perdido. Charles Chaplin Provérbio Chinês

Ser homem é ser responsável. É sentir que “Deixem dormir o futuro como merece. Se o
colocando sua pedra se colabora na construção acordarem antes do tempo, teremos um presente
do mundo. Exupèry sonolento” Frans Kafka

A perseverança é o grande agente do êxito. “A coisa mais bela que o homem pode
Dargan experimentar é o misterioso” – Albert
Einstein
Se não há diálogo, de quem é a culpa? Da boca
ou do ouvido? Anônimo “Quando há confiança, nenhuma prova é
necessária. Quando não há, nenhuma é
Feliz aquele que consegue conhecer as causas possível” – Provérbio Chinês
das coisas. Vergílio
“O destino de muitos homens dependerá de
O homem não é anjo, e nem besta. Mas quem haver ou não biblioteca na casa paterna” –
quer ser anjo, acaba sendo besta. Pascal D’Amicis

Deus dotou o homem de uma boca e dois ouvidos “Tenho fases, como a lua. Fases de andar
para que ouça o dobro do que fala. Sêneca escondida, fases de vir para a rua...” –
Cecília Meireles
Acredito que somente uma pessoa que nada
aprendeu, não modifica suas opiniões. Emil “A liberdade é sempre a liberdade para aquele
Zatopek que pensa diferente” – Rosa Luxemburgo

A verdadeira coragem está em fazermos sem “Há mais fome de amor e de admiração neste
testemunhas o que seríamos capazes de fazer mundo do que de pão” – Madre Teresa
diante de todo mundo. La Rochefoucauld
“Quando os homens se calam submissos a um
O sucesso reside em três coisas: decisão , tirano é porque está próximo o dia em que se
justiça e tolerância. Goethe tornarão escravos” – Provérbio Sérvio

Ninguém tem dor de estômago por engolir “Se o vento soprar de uma única direção, a
palavras cruéis que deixou de dizer. Winston árvore crescerá inclinada” – Provérbio Chinês
Churchill
“Em toda a ciência o difícil é o começo” –
Ninguém é , sem ter se feito assim. Karl Marx
Kierkegaard
“Nenhum tecido é feito de um único fio” –
Eu, hoje, acordei mais cedo/ e , azul, tive Provérbio Chinês
uma idéia clara. / Só existe um segredo: /
tudo está na cara. Paulo Leminski “Em certa idade, quer por astúcia quer por
amor próprio, as coisas que mais desejamos
Julgar os outros é perigoso. Não tanto pelos são as que fingimos não desejar” – Proust
erros que podemos cometer a respeito deles,
mas pelo que podemos revelar a nosso “ Não acreditamos em reumatismo e em amor
respeito. Voltaire verdadeiro até que sofremos o primeiro
ataque” – Marie von Ebner-Eschenback
Aquele que tudo adia, não deixará nada
concluído, nem perfeito. Demócrito “Em amor, possuir é nada; desejar é que é
tudo” Stendhal
Elevai a tal ponto a vossa alma, que as
ofensas não a possam alcançar. Descartes “Quando esperamos, os segundos são anos;
quando recordamos, os anos são segundos” –
Quem sabe dominar seus pensamentos, sabe Paulo Bourget
governar sua vida.
R. W. Train “A preocupação nunca venceu o destino” –
Provérbio Chinês
Existem pessoas que se declaram perfeitas,
mas apenas porque exigem pouco de si mesmas. “Aconteça o que acontecer o tempo e a hora
Herman Hesse percorrem também o mais árduo dos dias” –
Shakespeare
O que sabemos é uma gota , o que ignoramos é
um oceano. Isaac Newton “A sanidade é a loucura bem aproveitada” –
George Santayana
O ignorante não é aquele sem instrução, é
aquele que não conhece a sí próprio. “A maré deve atingir seu nível mais baixo
Krisnamurti antes de mudar” – Provérbio Chinês

Não somos o que devíamos ser, não somos o que “As leis de nada servem quando os homens são
desejamos ser, não somos o que iremos ser. puros, e tornam-se implacáveis quando eles
Mas, Graças a Deus, não somos o que éramos. são corruptos” – Provérbio Chinês
Luther King
-9-
Onde existe uma vontade, existe um caminho. “Talvez eu deva às flores o fato de Ter me
Bernard Shaw tornado pintor” – Monet

A felicidade não é coisa fácil: É difícil “Tudo que foi prazer torna-se um fardo quando
encontrá-la em nós mesmos e impossível achá- não mais o desejamos” – Proust
la em outra parte. Rilke
“Cuidado com o homem que maltrata animais” –
O medo e a subserviência pervertem a natureza Bottach
humana. Rabelais
“É necessário que o educador invente ao lado
O rio atinge os seus objetivos, porque da coragem de lutar, a coragem de amar” –
aprendeu a contornar obstáculos. Quo Vadis Paulo Freire

A sobrevivência de um organismos depende da “Não se pode ensinar coisa alguma a alguém:


sobrevivência de um outro. Darwin pode-se apenas auxiliar a descobrir por si
mesmo” – Galileu
As idéias nada podem realizar. Para realizar
as idéias são necessários homens que ponham a “Não sejas doce demais: os outros te comerão.
funcionar uma força prática. Marx Não sejas amargo demais: os outros te
vomitarão” – Provérbio Indiano
“Os homens sempre desaprovam o que não são
capazes de fazer” – Cristina, rainha da
Suécia “Eu ainda não sabia caminhar e já amava as
mulheres” – Renoir

E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela


renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus. Romanos 12.2
O que fazemos em via, ecoa na eternidade!!! Do filme O Gladiador
De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.
Romanos 10.17
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas
velhas(antigas) já passaram; eis que tudo se fez novo. II Coríntios 5.17

Eu ouço e esqueço;
Eu escrevo e lembro;
Eu faço e aprendo.
Confúcio
You tell me and I forget
You teach me and I may remember
You involve me and I will never forget
Benjamin Franklin

A diferença entre o sábio e o ignorante é que o 1º sabe aproveitar suas dificuldades para
evoluir, enquanto o ignorante se sente vítima de seus problemas.
Qualquer estúpido pode ser infeliz. Não é necessário alguém especial para ver
problemas em qualquer coisa, a qualquer hora. Aliás, há pessoas que não desperdiçam uma
oportunidade de sofrer. Mas saber transformar pequenos acontecimentos em fonte de alegria é
habilidade de poucos.
“O sucesso nasce do querer. Sempre que o homem aplicar a determinação e a
persistência para um objetivo, ele vencerá os obstáculos, e, se não atingir o alvo, pelo
menos fará coisas admiráveis.”
José de Alencar
- 10 -
“Gosto de aprender porque me capacita a ensinar”. Sêneca

Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende .


Guimarães Rosa

“Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: nem ele me persegue,


nem eu fujo dele, um dia a gente se encontra” Mario Lago

Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde os outros
foram Grahan Bell

Sempre há um pouco de loucura no amor, porém sempre há um pouco de


razão na loucura F. Nietzshe

O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que tem
medo, muito longo para os que lamentam, muito curto para os que festejam. Mas,
para os que amam, o tempo é eternidade” William Shakespeare

Muitas pessoas perdem as pequenas alegrias enquanto aguardam a grande


felicidade Pearl S. Buck

A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser
vivida olhando-se para frente” Soren Kierkegaard

Para que repetir os erros antigos quando há muitos tantos erros novos a
cometer? Bertrand Russel

Se eu pudesse voltar à juventude cometeria todos aqueles erros de novo. Só


que mais cedo. Tallulah Bankhead

Você não pode ensinar a um homem; você pode apenas ajuda-lo a encontrar a
resposta dentro dele mesmo. Galileu Galilei

Há pessoas que nos falam e nem as escutamos; há pessoas que nos ferem e
nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossa vida e
nos marcam para sempre. Cecília Meireles

A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo. Merleau-Ponty

O amor é a melhor música na partitura da vida. Sem ele você será um eterno
desafinado no imenso coral da humanidade. Roque Schneider

Ame-me quando eu menos merecer, pois é quando eu mais preciso.


Provérbio Chines

Ter problemas na vida é inevitável.


Ser derrotado por eles é opcional!
- 11 -
O PEIXE
Somos o que fazemos mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que
somos. Os japoneses sempre adoraram peixe fresco. Porém as águas perto do Japão não
produzem muitos peixes há décadas. Assim, para alimentar a sua população, os japoneses
aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe do que
nunca. Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe chegar. Se a
viagem de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe já não era mais fresco. E os
japoneses não gostaram do gosto destes peixes. Para resolver este problema as empresas de
pesca instalaram congeladores em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em
alto-mar. Os congeladores permitiram que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em
alto mar por muito mais tempo. Entretanto, os japoneses conseguiram notar a diferença entre
peixe fresco e peixe congelado, e é claro, eles não gostaram do peixe congelado. Entretanto,
o peixe congelado tornou os preços mais baixos. Então as empresas de pesca instalaram
tanques de peixe nos navios pesqueiros. Eles podiam pescar e enfiar esses peixes nos
tanques, "como sardinhas". Depois de certo tempo, pela falta de espaço, eles paravam de se
debater e não se moviam mais. Eles chegavam cansados e abatidos, porém, vivos.
Infelizmente,os japoneses ainda podiam notar a diferença do gosto. Por não se mexerem por
dias, os peixes perdiam o gosto de frescor. Os japoneses preferiam o gosto de peixe fresco e
não o gosto de peixe apático. Então, como os japoneses resolveram este problema? Como
eles conseguiram trazer ao Japão peixes com gosto de puro frescor ? Se você estivesse dando
consultoria para a empresa de pesca, o que você recomendaria ? Quando as pessoas atingem
seus objetivos tais como, quando começam com sucesso numa empresa nova, pagam todas
suas dívidas ou o que quer que seja, elas podem perder as suas paixões. Elas podem começar
a pensar que não precisam mais trabalhar tanto, então relaxam. Elas passam pelo mesmo
problema que os ganhadores de loteria que gastam todo seu dinheiro, o mesmo problema de
herdeiros que nunca crescem de donas de casa, entediadas, que fcam dependentes de
remédios de tarja preta. Para esses problemas, inclusive no caso dos peixes dos japoneses, a
solução é bem simples. L. Ron Hubbard observou no começo dos anos 50. O homem
progride, estranhamente, somente perante a um ambiente desafiador. Quanto mais
inteligente, persistente e competitivo você é, mais você gosta de um bom problema. Se seus
desafios estão de um tamanho correto e você consegue, passo a passo, conquistar esses
desafios, você fica muito feliz. Você pensa em seus desafios e se sente com mais energia.
Você fica excitado em tentar novas soluções. Você se diverte. Você fica vivo! Para conservar
o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca japonesas ainda colocam os peixes dentro de
tanques. Mas, eles também adicionam um pequeno tubarão em cada tanque. O tubarão come
alguns peixes, mas a maioria dos peixes chega "muito vivo". Os peixes são desafiados.
Portanto, ao invés de evitar desafios, pule dentro deles. Massacre-os. Curta o jogo. Se seus
desafios são muito grandes e numerosos, não desista. Se reorganize! Busque mais
determinação, mais conhecimento e mais ajuda. Se você alcançou seus objetivos, coloque
objetivos maiores. Uma vez que suas necessidades pessoais ou familiares forem atingidas, vá
de encontro aos objetivos do seu grupo, da sociedade e até mesmo da humanidade.Crie seu
sucesso pessoal e não se acomode nele. Você tem recursos, habilidades e destrezas para fazer
diferença !!!! Então, ponha um tubarão no seu tanque e veja quão longe você realmente pode
chegar.
Ponha você mesmo o tubarão,
Antes que alguém o faça e você não esteja preparado

- 12 -
FUNÇÕES DE DUAS VARIÁVEIS
A temperatura T num ponto da superfície da Terra em qualquer instante de
tempo depende da longitude x e da latitude y do ponto. (Latitude – distância do Equador a
qualquer ponto da Terra, medida em graus sobre o meridiano que passa por esse lugar. Longitude
– Distância (em graus, minutos e segundo) entre o meridiano de Greenwich e o meridiano do
lugar considerado). Podemos pensar em T como uma função de duas variáveis x e y, ou
como uma função do par (x, y). Indicamos essa dependência funcional escrevendo
T = f(x, y).
O volume de um cilindro circular depende de seu raio r e de sua altura h. De
fato, sabemos que V = πr2h. Podemos dizer que V é uma função de r e de h,
escrevemos
V(r, h) = πr2h.

Definição: Uma função f de duas variáveis é uma regra que associa a cada par
ordenado de números reais (x, y) de um conjunto D um único valor real denotado por
f(x, y). O conjunto D é o domínio de f, e sua imagem é o conjunto de valores possíveis
de f, ou seja, {f(x, y) / (x, y) ∈ D}.

Freqüentemente escrevemos z = f(x, y) para tornar explícito os valores tomados


por f num ponto genérico (x, y). As variáveis x e y são variáveis independentes, e z é a
variável dependente.
[Compare com a notação y = f(x) para funções de uma única variável.]

Uma função de duas variáveis é uma função cujo domínio é um subconjunto de


2
R e cuja imagem é um subconjunto de R.
Uma maneira de visualizar tal função é pelo diagrama de flechas, onde o
domínio D é representado como um subconjunto do plano xy.
y

Se a função f é dada por sua fórmula e seu domínio não é especificado, fica
entendido como domínio de f o conjunto de todos os pares de valores (x, y) para os
quais a expressão dada fornece um número real bem definido.

Extraído:
2) STEWART, James . Cálculo volume 2 . .4ªed. Pioneira, Thomson Learning. 2001. Página873

Curiosidade: Sorocaba possui Latitude -23,50167º(ou 23º30’06’’) e


Longitude -47,45806º(ou 47º27’29’’)

- 13 -
CURVAS DE NÍVEL

Uma técnica para visualizar funções é a utilizada pelos cartógrafos,


nos mapas de contornos, em que todos os pontos têm a mesma elevação,
contorno este chamado de curvas de contorno ou curvas de nível.

Definição: - AS
CURVAS DE NÍVEL DE UMA FUNÇÃO F DE DUAS VARIÁVEIS
SÃO AS CURVAS COM EQUAÇÃO F(X,Y) = K, ONDE K É UMA CONSTANTE(NO DOMÍNIO
DE F)

Uma curva de nível f(x,y) = k é o conjunto de todos os pontos do


domínio de f nos quais o valor de f é k. Em outras palavras, mostra onde o
gráfico de f tem altura k. Iremos observar na figura do exercício que se
segue, a relação entre as curvas de nível e os traços horizontais. As
curvas de nível f(x,y) = k são apenas traços do gráfico de f no plano
horizontal z = k projetado sobre o plano xy. Assim, se você traçar as
curvas de nível da função e visualiza-las elevadas para a superfície,
poderá imaginar o gráfico da função colocando as duas informações
juntas. A superfície será mais inclinada onde as curvas de nível estiverem
mais próximas umas das outras. Ela é mais ou menos plana onde as
curvas de nível estão distantes uma das outras.
Um exemplo comum de curvas de nível ocorre em mapas
topográficos de regiões montanhosas. As curvas de nível são curvas em
que a elevação em relação ao nível do mar é constante. Se você andar
sobre um desses contornos, nem descerá nem subirá. Outro exemplo
comum é a função temperatura introduzida no início de funções de duas
variáveis. Aqui as curvas são chamadas de curvas isotérmicas e ligam
localidades que tem a mesma temperatura.
MVR2007

Extraído:
2) STEWART, James . Cálculo volume 2 . .4ªed. Pioneira, Thomson Learning. 2001. Págs. 878-879.

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Cálculo II – Módulo 01 – 1ª Lista
Prof. Marcos Vinícius Ribeiro
Para Aquecer, determine o Domínio das seguintes funções, com U = R:
1) f(x) = 2x3 2x − 9 3)
4) f ( x) = 3 x + 7
2) f ( x ) =
4 x + 17 f ( x) = 3 x − 13 x − 16
8 2
x 2 − 25
5) 6) x 2 −5 x + 6 8)
f ( x) = log
f ( x ) = sec(2 x − π )
7)
− x + 3x + 10
2
f ( x) = ln( x − 7 x)
2
x −5
f ( x) = 7
x−4
Determine o esboço gráfico do domínio das funções e calcule se possível f(2,4) das seguintes funções de
duas variáveis, sabendo que f : ℜ2 → ℜ
09) f(x,y) = 2x + y 16) f(x,y) = 4x2 +
3
4− y2

10) f(x,y) = 4 − x2 − y2 17) f(x,y) = 2x + 3y + xy

1 y4 − x4
11) f(x,y) = 18) f(x,y) =
25 − x 2 − y 2 y2 − x2

log (2x + y ) + 2 x − y
12) f(x,y) = ln(xy – 1)
19) f (x,y) =
13) f(x,y) = x + y2 + ln(1 + xy) 2
20) f(x,y) = log (2y+ x )

x− y
14)f(x,y) = + y − x2 21) f(x,y) = xy − 1
x+ y
x+ y 1
15) f(x,y) = + 2− x 22) f(x,y) =
2y + x x + y 2 − 49
2

23)Exemplo Seja f a função com domínio D dada por f(x,y) = 9 – x2 – y2 e


D = {(x,y) : x2 + y2 ≤ 9}.
Esboce o gráfico de f e exiba os traços nos planos z = 0, z = 2, z = 4, z = 6 e z = 8.

24) Aplicação: A temperatura T em um ponto (x,y) de uma placa de metal plana é dada
por T(x,y) = 4x2 + 2y2. encontrar as equações das isotermas(curvas de nível) de T em 12, 8, 4, 0
e em seguida, com as equações obtidas, traçar um mapa de contorno. Encontrar a equação dos
traços da função, fazendo seus gráficos e por fim esboçar o gráfico da função dada(superfície).
Determinar ainda a Imagem da função

Diversão: Esboce os gráficos das seguintes funções:


25) 26) 27) 28) 29)
2 2 2 2
f (x, y) = 1− x2 − y2 f(x,y) = 4 – x – 4y f(x,y) = x + y f (x, y) = 16 9x2 + 4y2 f(x,y) =
–1 6 – 2x – 3y

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Comparativo das Equações Reduzidas das Cônicas, com centro na origem.
Circunferência Elipse Hipérbole Parábola

Equações x2 y2 x2 y2
reduzidas x + y =r
2 2 2
+ =1 − =1
a2 b2 a2 b2
Exemplo 4x² + 4y² = 100 9x² + 4y² = 36 9x² - 4y² = 36
Coeficientes
de x² e y² IGUAIS DIFERENTES DIFERENTES
Quando os valores de a e b forem iguais na Elipse, tem–se circunferência.
Quando os valores de a e b forem iguais na hipérbole diz–se hipérbole eqüilátera.

Aplicações Praticas
A parábola é a curva que descreve a trajetória de um projétil (desprezando a resistência do ar); é
utilizada na construção de espelhos parabólicos utilizados, por exemplo,nos faróis de automóveis.
Você já lavou um carro com a mangueira? A trajetória que a água fez ao sair da mangueira é um
lançamento obliquo, ou seja,uma parábola.
A propriedade reflexiva da parábola possibilita muitas aplicações como, por exemplo na forma do
espelho de um holofote se obtém fazendo uma parábola girar em torno de seu eixo. Se uma fonte de luz é
colocada no seu foco então por lei da física um raio de luz será refletido ao longo de uma reta paralela ao
eixo. Emprega–se o mesmo principio na construção de espelhos para telescópios ou fornos solares. Um
raio de luz refletindo em direção ao espelho parabólico, paralelamente ao eixo se refletira no foco. Esta
propriedade é também utilizada em antena de sistema de radar, de televisão(parabólica), rádios
telescópios e microfones de campo usados em jogos de futebol.

A Elipse é a curva que descreve a órbita dos planetas.


Outras aplicações:
Construção de refletores odontológicos: o objetivo é concentrar o Maximo de luz onde está
trabalhando e também evitar que os raios luminosos incomodem o paciente. De maneira diferente dos
holofotes comuns, como os faróis de carro, os holofotes dentários se valem de espelho elíptico para
concentrar os raios luminosos emitido pela lâmpada colocada em um dos focos.
Construção de aparelho de emissão de raios usados em medicina: Por exemplo, o aparelho de
radioterapia cujos raios devem destruir os tecidos doentes sem afetar os tecidos sadios que se encontram
ao redor.
Nas salas de sussurro existentes. São construções de forma oval onde estão marcados dois pontos
no chão, duas pessoas em pé, uma em cada um desses pontos podem se comunicar em voz sussurrada,
inaudível no restante da sala. A forma da sala é de fundamental importância. Ao projeta – la fixam – se
dois pontos P e Q que fica na altura da cabeça das pessoas. A seguir toma – se uma elipse que admita P e
Q como focos e a sala é construída de tal maneira que qualquer plano que passe por estes pontos
intercepte a sala segundo uma elipse congruente com a escolhida.

A hipérbole é utilizada no estudo descritivo da expansão dos gases em motores a explosão.


Outras aplicações
A propriedade da reflexão da hipérbole possibilita muitas aplicações úteis, como por exemplo,
considere a superfície obtida girando – se uma hipérbole em torno da reta que contem seu eixo real ( a
superfície de um hiperbolóide de duas folhas) e admitindo – se espelhada a parte externa da superfície,
todo o raio de luz incidente a superfície na direção de outro foco. Isso possibilita a criação do sistema de
navegação hiperbólico desenvolvido na 2º guerra mundial como ajuda na navegação de navios e é
baseado na definição de uma hipérbole. Com este sistema, o navio recebe sinais sincronizados de radio a
partir de dois transmissores a grande distância com uma posição conhecida. O receptor eletrônico do
navio mede a diferença nos tempos de recepção entre os sinais e usa essa diferença para calcular a
distancia 2a.

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DERIVADAS PARCIAIS

DEFINIÇÃO:
Se f e uma função de duas
variáveis, suas derivadas parciais são
as funções f x e f y definidas por:
f ( x + h, y) − f ( x, y)
f ( x, y) = lim
x
h →0 h

f ( x, y + h) − f ( x, y )
f ( x, y) = lim
y
h →0 h

Notação para Derivadas Parciais


Se z = f(x,y), escrevemos:
∂f ∂ ∂z
f x ( x, y) = f x = = f ( x, y) = = f1 = D1 f = Dx f = z x
∂x ∂x ∂x
∂f ∂ ∂z
f y ( x, y) = f y = = f ( x, y) = = f 2 = D2 f = Dy f = z y
∂y ∂y ∂y
Regra para determinar a derivada parcial de z = f(x,y):

01) Para determinar fx, olhe y como uma constante e diferencie f(x,y) com relação a x.
02) Para determinar fy, olhe x como uma constante e diferencie f(x,y) com relação a y.
Derivadas Parciais de 2ª ordem.

Se z = f(x,y), temos:
∂  ∂f  ∂ 2 f ∂2z
( f x ) x = f xx = f 11 =  = = = z xx
∂x  ∂x  ∂x 2 ∂x 2
∂  ∂f  ∂ 2 f ∂2z
( f x ) y = f xy = f 12 =   = = = z xy
∂y  ∂x  ∂y∂x ∂y∂x
∂  ∂f  ∂ 2 f ∂2z
( f y ) x = f yx = f 21 =  = = = z yx
∂ x  ∂ y  ∂ x ∂ y ∂ x ∂ y
∂  ∂f  ∂2 f ∂2z
( f y ) y = f yy = f 22 =   = = = z yy
∂y  ∂y  ∂y
2
∂y 2

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DERIVADAS PARCIAIS MISTAS
As derivadas parciais mistas (ou derivadas cruzadas) fxy= fyx são iguais para a maioria das funções que
encontramos na prática. O teorema seguinte do matemático francês Alexis Clairaut(1713-1765), fornece condições
as quais podemos afirmar que
fxy= fyx
Interessante: Alexis Clairaut foi uma criança prodígio na matemática: aos 10 anos leu o texto de cálculo de
L’Hôpital, e aos 13 apresentou um artigo sobre geometria na Academia Francesa de Ciências. Aos 18 anos Clairaut
publicou Recherches sur les courbes à doube coubure, o primeiro tratado sistemático em geometria analítica
tridimensional, em que incluiu o cálculo de curvas espaciais.
Teorema de Clairaut Seja f uma função de duas variáveis x e y. Se f, fx, fy, fxy,e fyx são contínuas em uma
região aberta R, então fxy= fyx em toda região aberta R.

2ª Lista - Derivadas Parciais


Determinar para cada um dos exercícios, as derivadas parciais: fx, fy, fxx, fyy, fxy, fyx.
01) f(x,y) = 2x4y3 – xy2 + 3y + 1 02) f(x,y) = xey + y sen x 03) f(x,y) = ex.ln(xy)
04) f(x,y) = x.cos y + y.ex 05)f(x,y) = x.cos(x / y)

Obter apenas fx, fy, de :


y x
06) f(x,y) = (x3 – y2)5 07) f ( x, y ) = x 2 + y 2 08) f ( x, y ) = −
x y
Determinar fxx, fyy, fzz, fxy, fxz, fyx, fyz, fzx, fzy. De cada um dos exercícios:
09) f(x,y,z) = 3x2z + xy2 10) f(x,y,z) = x2y3z4 + 2x – 5yx 11) f(x,y,z) = x2e2ycos z
−y
15) f ( x, y, z ) = x.e − y.e + ze
z x
14)f(x,y,z) = ln(x + 2y + 3z) 16) f(x,y,z) = xyz.exyz
Extras: 01) f(x,y,z) = e3xsen2y + 2x4ln3z + y2cos3z 02) f(x,y,z) = exyz, 03) f(x,y,z) = cos(xyz),
3x
04) f(x,y,z) = sen(xyz), 05) f(x,y,z) = e cos5y.lnz +5x– 2y + 7z 06)f(x,y,z) = e2xz + cos(xy) – ln(yz)

APLICAÇÕES:
SWO. Pág. 379,380.
49) Uma chapa de metal plana jaz em um plano xy de modo que a temperatura T em (x,y) seja dada por T¨(x,y) =
10(x2 + y2)2 em que T é expresso em graus e x e y em cm . Determine a taxa instantânea de variação de T em relação
à distância em (1,2) na direção do:
a) eixo x b) eixo y
50) A superfície de um lago é representada por uma região D em um plano xy de modo que a profundidade sob o
ponto correspondente a (x,y) é dado por f(x,y) = 300 – 2x2 – 3y2, em que x, y e f(x,y) são expressos em metros. Se
um esquiador aquático está na água no ponto (4,9), determine a taxa instantânea à qual profundidade varia na
direção do:
a) eixo x b) eixo y
51) Suponhamos que o potencial elétrico V no ponto(x,y,z) seja dado por V = 100/(x2 + y2 + z2), onde V é dado em
volts e x, y, z em centímetros. Determine a taxa instantânea de variação de V em relação à distância em (2,-1, 1) na
direção do:
a) eixo x b) eixo y c) eixo z
52) Um objeto está situado em um sistema coordenado retangular tal que a temperatura T no ponto P(x,y,z) seja
dada por T = 4x2 – y2 + 16z2, em que T é expressa em graus e x, y, z em centímetros. Determine a taxa instantânea
de variação de T em relação à distância do ponto
P(4,-2,1) na direção do
a) eixo x b) eixo y c) eixo z
MVR 09/02/06

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EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARCIAIS
Derivadas parciais ocorrem em equações diferencias parciais que exprimem algumas
leis físicas. Por exemplo, a equação diferencial parcial.
∂ u + ∂ u =0
2 2

∂x ∂y
2 2

é chamada equação de Laplace em homenagem a Pierre Laplace (1749-1827).


Soluções dessa equação são chamadas funções harmônicas e são muito importantes no
estudo de condução de calor, escoamento de fluídos e potencial elétrico.

Exemplo: Mostrar que a função u(x,y) = exsen y é solução da equação de Laplace


<demonstração>

A equação da onda
∂ u =a ∂ u =0
2 2
2

∂t ∂x
2 2

descreve o movimento de uma onda, que pode ser uma onda do mar, uma onda de
som, uma onda luminosa ou uma onda se movendo numa corda vibrante. Por exemplo, se
u(x,t) representa o deslocamento da corda de violino no instante t e a distância x de um dos
términos da corda vibrante(como na figura), então u(x,t) satisfaz a equação da onda. A
constante a depende da densidade da corda e da tensão aplicada na corda.

corda

u(x,t)

“A Música parece uma equação:


bem formulada e cheia de
harmonia e sonoridade”

“DEUS NÃO JOGA DADOS”


O único lugar aonde o sucesso vem
antes do trabalho é no dicionário

"A imaginação é mais importante que o


conhecimento, pois através da imaginação
chega-se ao conhecimento mas através do
conhecimento não se chega à imaginação"
ALBERT EINSTEIN

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“SOLIDARIEDADE E HUMILDADE”
Há alguns anos, nas Olimpíadas Especiais de Seattle, nove participantes
todos com deficiência mental, alinharam-se para a largada da corrida dos 100
metros rasos.
Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de
dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar. Um dos garotos tropeçou no
asfalto, caiu e começou a chorar, os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o
passo e olharam para trás. Então viraram e voltaram, todos eles.
Uma das meninas, com síndrome de Down, ajoelhou-se, deu um beijo no
garoto e disse: - Pronto, agora vai sarar! E todos os noves competidores deram os
braços e andaram juntos até a linha de chegada.
O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos... Talvez os
atletas fosse deficientes mentais... Mas com certeza, não eram deficientes
espirituais... “
Isso porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida,
mas do que ganhar sozinho é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique
diminuir os nossos passos.
“Procure ser um homem de valor,
em vez de procurar ser um homem de sucesso”
Albert Einstein”

USE A IMAGINAÇÃO
Um cachorrinho, perdido na selva, vê um tigre correndo em sua direção.
Pensa rápido, vê uns ossos no chão e se põe a mordê-los. Então, quando o tigre está
a ponto de atacá-lo, o cachorrinho diz: - Ah, que delícia este tigre que acabo de
comer!
O tigre pára bruscamente e sai apavorado correndo do cachorrinho, e no
caminho vai pensando: "Que cachorro bravo! Por pouco não come a mim.
Um macaco, que havia visto a cena, sai correndo atrás do
>tigre e conta como ele havia sido enganado. O tigre, furioso, diz: - Este Cachorro
Vai me pagar! O cachorrinho vê que o tigre vem atrás dele de novo e desta vez traz
o macaco montado em suas costas. "Ah, macaco traidor! O que faço agora?",
pensou o cachorrinho.
Em vez de sair correndo, ele ficou de costas, como se não estivesse vendo
nada. Quando o tigre está a ponto de atacá-lo de novo, o cachorrinho diz: - Macaco
preguiçoso! Faz meia hora que eu o mandei me trazer um outro tigre e ele ainda
não voltou!
"EM MOMENTOS DE CRISE, SÓ A IMAGINAÇÃO É MAIS
IMPORTANTE QUE O CONHECIMENTO."
Albert Einstein

“A mente que se abre a novas idéias jamais retornar ao seu tamanho original”
Albert Einstein
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DIFERENCIAL TOTAL
(Incremento e Diferenciais / Aproximação Linear)
Definição: Seja w = f(x,y) e sejam ∆x e ∆y incrementos de x e y, respectivamente.
O incremento ∆w de w = f(x,y) é ∆w = f(x + ∆x, y + ∆y) - f(x,y).
Definição: Seja w = f(x,y) e sejam ∆x e ∆y incrementos de x e y respectivamente:
i) As diferenciais dx e dy das variáveis x e y são: ∆x = dx e ∆y = dy
ii) A diferencial total dw da variável w é:
∂w ∂w
dw = fx(x,y).dx + fy(x,y).dy ou dw = .dx + .dy
∂x ∂y
∆x = dx
Resumo: Sendo w = f ( x, y )  com ∆w = f ( x + ∆x, y + ∆y ) − f ( x, y )
∆y = dy
Se ∆x→0 e ∆y→0 temos ∆w ≅ dw Isto aplica-se para n variáveis.
∂w ∂w ∂w ∂w
dw = .dx1 + .dx 2 + .dx 3 + ... + .dx n
∂x1 ∂x 2 ∂x 3 ∂x n
2
Exemplo: Seja w = f(x,y) = 3x – xy
a) Se ∆x e ∆y são incrementos de x e y, determine ∆w (algébrico)
b) Utilize ∆w para calcular a variação exata de f(x,y) quando (x,y) variar de (1,2) para (1,01;1,98)
c) Por diferencial total (Compare)
Lista Básica - 3ª Lista
SWO Página 395
Por meio de diferenciais, aproxime a variação de f para as variações indicadas nas variáveis
independentes.
19) f(x,y) = x² - 3x³y²+4x-2y³+6; (-2,3) para (-2,02; 3,01)
20) f(x,y) = x²-2xy +3y; (1,2) para (1,03; 1,99)
21) f(x,y,z) = x²z³-3yz²+x-3+2y1/2z; (1,4,2) para (1,02; 3,97; 1,96)
22) f(x,y,z) = xy+xz+yz; (-1,2,3)para(-0,98; 1,99; 3,03)
REVISÃO GEOMETRIA
PARALELEPÍPEDO CUBO(Hexaedro) CILINDRO CONE ESFERA
AB = AB = AB = AB = A=
AL = AL = AL = AL =
AT = AT = AT = AT = V=
V= V= V= V=

23) As dimensões de uma caixa retangular fechada são 1m, 2m e 3m, com erro possível de 0,16 cm em
cada medida. Por meio de diferenciais, aproxime o erro máximo no valor calculado.
a) área total b) volume
M1) Uma lata de cerveja SKOL tem 6 cm de diâmetro e 11,8 de altura. Com erro de um décimo de mm
no raio e dois décimos de mm de altura, utilize diferenciais para aproximar o erro máximo da(o):
a)área lateral b) volume
M2) Foram feitas medidas do raio da base e da altura de um cone circular reto e obtivemos 8 cm e 15 cm,
respectivamente, com possível erro nessas medidas de dois décimos de milímetros para o raio e três
décimos de milímetros para a altura. Utilize diferencial para estimar o erro máximo (em cm³ ou ml )
cometido no calculo do volume
M3) A SKF produz mensalmente 10.000 rolamentos, que são utilizados na construção de motores
elétricos, um determinado rolamento é constituído de 12 esferas, onde o raio de uma esfera é igual a 1 cm.
Admitindo um erro máximo de três décimos de milímetro para o raio da esfera, utilize diferenciais para
estimar o máximo erro (em cm³ ou ml) no cálculo do volume da produção mensal de rolamentos.
Gabarito
19)dw = 7,38 20) dw = 0,07 21) dw = 1,87 22) dw = 0,11
23) ds = 0,0384m² M1) M2) M3)
dv = 0,0176 m³

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FUNÇÕES DEFINIDAS EM SUPERFÍCIES

Se tivermos interessados na temperatura w = f(x, y z) no ponto (x, y, z) em


um globo no espaço, podemos preferir pensar em x, y e z como funções das
variáveis r e s que fornecem as longitudes e latitudes dos pontos. Se x = f(r, s), y =
h(r, s) e z = k(r, s) , podemos então expressar a temperatura como uma função de r
e s com a função composta
w = f ( g ( r , s ), h( r , s ), k ( r , s ) ).
Sob condições ideais, w teria derivadas parciais em relação a r e s que
poderiam ser calculadas da maneira seguir.

Regra da Cadeia
PARA DUAS VARIÁVEIS INDEPENDENTES E TRÊS VARIÁVEIS INTERMEDIÁRIAS
Suponha que w = f(x, y z), x = f(r, s), y = h(r, s) e z = k(r, s). Se todas as
quatro funções forem diferenciáveis, então w terá derivadas parciais em relação a r
e s, dadas pelas fórmulas:
∂w ∂w ∂x ∂w ∂y ∂w ∂z ∂w ∂w ∂x ∂w ∂y ∂w ∂z
= + + e = + +
∂r ∂x ∂r ∂y ∂r ∂z ∂r ∂s ∂x ∂s ∂y ∂s ∂z ∂s
w = f(x,y,z)
Variável
dependente
∂w ∂w
∂x ∂w ∂z
∂y

Variáveis
x y z
intermediárias
∂y
∂x ∂r ∂z
∂r ∂r

Variável
independente
r
O mesmo pode ser feito para variável independente s.

Função Composta e diagrama para o Teorema


Isto aplica-se para “n”variáveis intermediárias e “m” variáveis independentes.
Extraído do Thomas, George B., Cálculo volume 2, páginas 286,287

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DERIVADAS DIRECIONAIS
Definição: Sejam w = f(x,y) e u = u1i + u2j um vetor unitário. A derivada direcional de f em P(x,y) na
direção de u, denotada por Duf(x,y), é

Duf(x,y) = lim f ( x + s u 1, y + s u 2) − f ( x, y )
s→ 0
s
Se a é um vetor arbitrário de mesma direção que u, chamaremos também Duf(x,y) a derivada direcional
de f na direção de a.
a
Lembrando que a direção de um vetor a é dado por seu o vetor unitário ou versor ua =
a
Teorema: Se f é uma função diferenciável de duas variáveis e u = u1i + u2j é um vetor unitário, então
Duf(x,y) = fx(x,y)u1 + fy(x,y)u2
Definição: Seja f uma função de duas variáveis. O gradiente de f(ou de f(x,y)) é uma função vetorial dada por

∇f(x,y) = fx(x,y)i + fy(x,y)j denota-se em geral por grad f(x,y)

DERIVADA DIRECCIONAL (forma de gradiente)


Duf(x,y) = ∇f(x,y) . u
Assim, para encontrar a derivada direcional de f na direção do vetor unitário(ou versor) u , formamos o
produto escalar do gradiente de f e u.
Dados os vetores v=(a,b) e w=(c,d), definimos o PRODUTO ESCALAR ou produto interno entre
os vetores v e w, como o número real obtido por: v.w = a.c + b.d Exemplo: O produto
escalar entre v=(2,5) e w=(-7,12) ou v = 2i +5j e w = -7i +12j, e o produto escalar será dado
por: v.w = 2.(-7) + 5.(12) = 46. Outra forma de escrever o PRODUTO ESCALAR entre os
vetores v e w é v.w=|v||w|cos(q) onde q é o ângulo formado entre v e w.
O símbolo ∇(chamado nabla), é um operador diferencial vetorial que se define como
∂ ∂
∇=i + j
∂x ∂y
Teorema do gradiente Seja f uma função de duas variáveis, diferenciável no ponto P(x,y)
(i) O máximo de Duf(x,y) em P(x,y) é ∇f ( x, y ) .
(ii) O máximo da taxa de crescimento de f(x,y) em P(x,y) ocorre na
direção de ∇f(x,y) ( ou melhor u∇f )

Corolário Seja f uma função de duas variáveis, diferenciável no ponto P(x,y)


(iii) O mínimo de Duf(x,y) em P(x,y) é − ∇f ( x, y ) .
(iv) O mínimo da taxa de acréscimo (ou o máximo de decréscimo) de
f(x,y) em P(x,y) ocorre na direção de -∇f(x,y) ( ou melhor -u∇f )
10/02/07
MVR

- 26 -
I N T E G R A I S M Ú L T I P L A S – MÓDULO 2
Um teorema publicado em 1907 por Guido Fubini diz que a integral dupla de qualquer
função contínua sobre um retângulo pode ser calculada como uma integral iterada (ou repetida) em
qualquer ordem de integração. Fubini provou seu teorema de modo mais geral, mas é assim que ele
se traduz no que estamos fazendo agora.

Teorema 1 – Teorema de Fubini (Primeira Forma)


Se f(x, y) for contínua na região retangular R: a ≤ x ≤ b, c ≤ y ≤ d, então.
d b b d
∫∫ R
f ( x, y )da = ∫
c ∫a
f ( x, y )dxdy = ∫
a ∫ c
f ( x, y )dydx
O Teorema de Fubini diz que integrais duplas sobre retângulos podem ser calculadas como
integrais iteradas. Assim, podemos calcular uma integral dupla integrando uma variável de cada vez.
O Teorema de Fubini também diz que podemos calcular a integral dupla integrando em
qualquer ordem.

Teorema 2 – Teorema de Fubini (Forma Mais Forte)

Seja f(x, y) contínua em uma região R

1. Se R for definida por a ≤ x ≤ b, g1(x) ≤ y ≤ g2(x), com g1 e g2 contínuas.


em [a,b], então:
b g2 ( x)
∫∫ R
f ( x, y )da = ∫
a ∫g1 ( x )
f ( x, y )dydx
2. Se R for definida por c ≤ y ≤ d, h1(y) ≤ x ≤ h2(y), com h1 e h2 contínuas
em [c,d], então:
d h2 ( y )
∫∫ R
f ( x, y )da = ∫
c ∫h1 ( y )
f ( x, y )dxdy

G U I D O F U B I N I (1879-1943)
Fubini freqüentou a escola secundária em Veneza, Itália, onde se mostrou um aluno
brilhante de matemática. Mais tarde concluiu seu doutorado em geometria pela Scuola
Superiore di Pisa. Em seguida trabalhou nas funções harmônicas em espaços curvos.
Ele lecionou na Universidade de Catânia, na Sicília, e mais tarde nas universidades de
Gênova e de Turim. Os interesses de Fubini eram amplos, da geometria diferencial à
análise e aplicação das equações diferenciais. Durante a Primeira Guerra Mundial
utilizou seu trabalho em benefício do exército italiano nas áreas de precisão de
artilharia, propagação acústica e circuitos elétricos. Durante a Segunda Guerra, quando
o fascismo tomou conta da Itália, ele foi forçado a renunciar a sua posição em Turim e
a deixar a Itália. Acabou emigrando para os Estados Unidos com a família, onde
lecionou por alguns anos, até sua morte. O trabalho de Fubini em cálculo envolveu a
integral de Weierstrass, as integrais de superfície e as séries de Taylor. Diz-se que ele
foi uma das mentes mais originais no campo da matemática durante a primeira metade
do século vinte.
Bibliografia: Thomas, George B. Cálculo volume 2 – Décima edição, páginas 358 a 360.

- 27 -
CÁLCULO II - Exercícios Extras – Coordenadas esféricas
01) Calcule o volume de 02) Encontre o volume do sólido, 03) Determine o volume do
uma esfera, usando interior ao cone z = r e também sólido que está acima do
integrais triplas em interior à esfera cone φ = π/3 e abaixo da
coordenadas esféricas onde r2 + z2 = a2, utilizando integrais esfera ρ= 4cosφ.
o raio é igual a “a”. triplas em coordenadas esféricas.

SWOKOWSKI – Volume 2 - Página 540


35) Determine o volume do 32) Determine o volume do sólido 36) Determine o volume do
sólido situado acima do cone delimitado pelo cone sólido exterior ao cone
2 2 2
z = x + y e interior à z = x 2 + y 2 , e pelo cilindro z2=x2 + y2 e interior a esfera
2 2 2
esfera x + y + z = 4z. x2 + y2 + z2 =1
x2 + y2 = 4 e pelo plano-xy.

Opcionais:
Op1] Utilizando coordenadas esféricas, calcular Op2] Utilizando coordenadas esféricas,
calcular o volume do sólido no
3 9− x 2 9− x − y
2 2 primeiro octante, limitado pela esfera r

∫ (x ) dz dy dx
2 3 = 4, pelos planos coordenados,
∫ ∫ +y +z
2 2
π π
0 0 0
o cone φ = e o cone φ =
6 3

Resumo: - Mudança de variáveis

Coordenadas Polares Coordenadas Cilíndricas Coordenadas Esféricas

r2= x2 + y2 r2= x2 + y2 z = ρcosφ


x = rcosθ x = rcosθ r = ρsenφ
y = rsenθ y = rsenθ x = ρsenφcosθ
 y z=z y = ρsenφsenθ
θ= arc tg  
x ρ2 = x2 + y2 + z2
ou ρ2 = r2 + z2
Elemento de volume
Elemento de área
dV =dxdydz =→rdzdrdθ Elemento de volume
dA =dxdy= →rdrdθ
dV = dxdydz =→ρ2senφdρdφdθ

Marcos Vinícius Ribeiro 10/02/2007

Em Cálculo
temos

Em Eletromagnetismo
temos

- 28 -
INTEGRAÇÃO POR PARTES

∫ udv = uv − ∫ vdu
Integração Tabular – páginas 529,530 e 580 do THOMAS volume 1

Integrais Impróprias – páginas 562 e 563 do THOMAS volume 1

SUBSTITUIÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

Na figura acima no lugar de x podemos colocar uma função genérica de x.


Chamaremos u= f(x) e a uma constante. Sendo assim temos:

a2 – u2 → u = asenθ
θ u2 – a2 → u= asecθ
θ a2 + u2 → u = atgθ
θ

Substituições Trigonométricas

θ
1. u = atgθ substitui a2 + u2 por a2sec2θ
2. u = asenθθ substitui a2 – u2 por a2cos2θ
θ
3. u = asecθ substitui u2 – a2 por a2tg2θ

- 29 -
GRÁFICOS

Y = TAN X Y = COTG X

Y = CSC X e Y = SIN Y = SEC X e Y = COS


X X

- 30 -
COORDENADAS CILÍNDRICAS

- 31 -
COORDENADAS ESFÉRICAS

- 32 -
CÁLCULO II
Resumo: - Mudança de variáveis
Coordenadas Polares Coordenadas Cilíndricas Coordenadas Esféricas

r2= x2 + y2 r2= x2 + y2 z = ρcosφ


x = rcosθ x = rcosθ r = ρsenφ
y = rsenθ y = rsenθ x = ρsenφcosθ
θ= arc tg  
y z=z y = ρsenφsenθ
x ρ2 = x2 + y2 + z2
ou ρ2 = r2 + z2
Elemento de área Elemento de volume
Elemento de volume
dA =dxdy=→rdrdθ dV =dxdydz =→rdzdrdθ
dV = dxdydz =→ρ2senφdρdφdθ

Dicas na construção de gráficos em Coordenadas Polares


AO
ESBOÇAR CURVAS POLARES LEMBRE-SE DE QUE É ÚTIL ALGUMAS VEZES LEVAR EM
CONTA A SIMETRIA.
As três regras seguintes vem da redução de um arco ao primeiro quadrante.
Lembremos que:
a)Se uma equação polar não mudar quando θ for trocado por - θ , a curva será
simétrica ao redor do eixo polar(simetria entre 1º e 4º quadrantes”).
b) Se a equação não mudar quando r for trocado por – r, ou ainda θ por π+ θ a
curva será simétrica ao redor do pólo. Isso significa que a curva permanecerá
inalterada se a girarmos 180º ao redor da origem(simetria entre 1º e 3º quadrantes).
c)Se a equação não mudar quando θ for trocado por π- θ, a curva será simétrica
ao redor da reta vertical θ = π/2 (simetria entre 1º e 2º quadrantes).

Nas equações polares da forma r = asen(nθ) ou r = acos(nθ), para qualquer


inteiro positivo n maior do que 1 e qualquer real não nulo a, teremos as rosáceas, que
consistem em um certo número de laços(ou folhas) unidas pela origem. Se n é par há
2n laços, e se n é impar, há n laços.
Marcos Vinícius Ribeiro 10/02/2007
Simetrias: Seja θ um 2º Quadrante 3º Quadrante 4º Quadrante 1º Quadrante
ângulo no 1º quadrante, Suplemento de θ Explemento de θ Replemento de θ Complemento de θ
temos:→→→→ (180º – θ) (180º + θ) (360º - θ) (90º – θ)
Quanto falta para 180º Quanto passou de 180º Quanto falta para 360º Quanto falta para 90º

180º- θ θ π-θ θ

180º + θ 360º - θ π+θ 2π - θ

- 33 -
Lista de Coordenadas Polares no Graphmat
Prof. Marcos Vinícius Ribeiro

Iremos entender para o graphmat que θ = t.


1) r = t (espiral de Arquimedes) 23) r = 5cos(4t)
2) r = 2sec(t) (?________?) 24) r = 6sin(9t)
3) r = -3csc(t) (?________?) 25) r = 6cos(6t)
4) r = 2sin(t) 26) r = 1 + 2sin(t/2) nefróide de Freeth
5) r = -3sin(t) 27) r = 1 –2sin(t/2) (variação)
6) r = 4cos(t) 28) r = 4 + 2sec(t) Conchóide de Nicomedes
7) r = -4cos(t) 29) r=sin(t)*tan(t) Cissóide de Diocles
8) r = 1 + 3sin(t) Limaçon 30) r=(1 -0.8*(sin(t))^2)^0.5 Hipopédia
9) r = 1 + 2sin(t) 31) r=e^sin(t) - 2cos(4t) (?__________?)
10) r = 1 + 1sin(t) Cardióide 32) r=(sin(4t))^2 + cos(4t)
11) r = 1 +0.7sin(t) 33) r=sin(9t/4)
12) r = 1 + 0.5sin(t) 34) r^2=5cos(2t) (?_________?)lemniscata
13) r= 1 + 0.2sin(t) 35) ) r^2=5sin(2t) (?______?)
14) r = 1 (¿______?) 36) r^2=5sin(3t)
Rosáceas 37) r=sin(t/2)
15) r = 3sin(2t) 38) r=sec(3t)
16) r = -4sin(3t) 39) r=1+4cos(5t)
17) r = 2cos(2t) 40) r=1/t^0.5
18) r = -4cos(3t) 41) r=sin(t) + (sin(5t/2))^3
19) r = 4cos(3t) 42) r=abs(sin(8t/5))
20) r = 3sin(5t) 43) r=3tan(2t)
21) r = 3sin(4t) 44) r=2tan(3t)
22) r = 5cos(5t) 45) r=3+2tan(3t)
46) r=2(sin(t))*(cos(t))^2 bifólio
Agora é a sua vez, crie gráficos em coordenadas polares. Até!!!
Importante: Ao imprimir procure deixar o graphpaper em coordenadas polares e tente ajustar a
escala para que todo o gráfico seja visto. O fundo pode ser monocromático.

Investigar a família de curvas polares dadas por r = 1 + c.senθ. Como o formato muda
quando c varia?(Essas curvas são chamadas de limações, que em francês significa caracol, por
causa do formato dessas curvas para certos valores de c.).
Para c > 1 existe um laço que diminui de tamanho quando c diminui. Quando c = 1 o laço
desaparece, e a curva torna-se a cardióide que esboçamos no gráfico__________.
Para c entre 1 e ½ a cúspide da cardióide é suavizada e torna-se uma “covinha”.
Quando c diminui de ½ para 0, a limaçon parece oval. Essa oval torna-se mais circular
quando c→0, e quando c = 0 a curva é apenas o círculo r = 1. Quando c se torna
negativo, o formato mudam na ordem inversa. De fato, essas curvas são reflexões ao
redor do eixo horizontal das curvas correspondentes com c positivo.

- 34 -
7π/12 π/2 5π/12 7π/12 π/2 5π/12
2π/3 π/3 2π/3 π/3
3π/4 π/4 3π/4 π/4

5π/6 π/6 5π/6 π/6

11π/12 π/12 11π/12 π/12

π 0 π 0

13π/12 23π/12 13π/12 23π/12

7π/6 11π/6 7π/6 11π/6

5π/4 7π/4 5π/4 7π/4


4π/3 5π/3 4π/3 5π/3
17π/12 3π/2 19π/12 17π/12 3π/2 19π/12

7π/12 π/2 5π/12 7π/12 π/2 5π/12


2π/3 π/3 2π/3 π/3
3π/4 π/4 3π/4 π/4

5π/6 π/6 5π/6 π/6

11π/12 π/12 11π/12 π/12

π 0 π 0

13π/12 23π/12 13π/12 23π/12

7π/6 11π/6 7π/6 11π/6

5π/4 7π/4 5π/4 7π/4


4π/3 5π/3 4π/3 5π/3
17π/12 3π/2 19π/12 17π/12 3π/2 19π/12

7π/12 π/2 5π/12 7π/12 π/2 5π/12


2π/3 π/3 2π/3 π/3
3π/4 π/4 3π/4 π/4

5π/6 π/6 5π/6 π/6

11π/12 π/12 11π/12 π/12

π 0 π 0

13π/12 23π/12 13π/12 23π/12

7π/6 11π/6 7π/6 11π/6

5π/4 7π/4 5π/4 7π/4


4π/3 5π/3 4π/3 5π/3
17π/12 3π/2 19π/12 17π/12 3π/2 19π/12

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S E Q Ü Ê N C I A S - Módulo 03
Colaboração: Aluno ABÍLIO Rafael Martins Soares 203529(Curso de Computação/2004)

Uma seqüência pode ser pensada como uma lista de números escritos em uma
ordem definida: a1, a2, a3, a4, a5, . . . , an , . . .. O número a1 é chamado de 1º termo,
a2 é o 2º termo e em geral an é o n-ésimo termo. Podemos lidar exclusivamente com
seqüências infinitas, e assim cada termo an terá um sucessor an + 1 .
Note que para cada inteiro positivo n existe um número correspondente an, e
assim podemos representar como um par ordenado (n, an) , ou ainda como uma função cujo
domínio é o conjunto dos N (Naturais). Mas geralmente escrevemos an em vez da notação de
função f(n) para o valor da função ao número n.

Notação: A seqüência {a1, a2, a3, a4, ... } é também denotada por {a n } ou por {a n }∞n =1
Exemplos:

(a) ∞ n
 n  an = 1 2 3 4 n 
  n +1  , , , ,..., ,...
 n + 1n=1 2 3 4 5 n +1 
(b)
 (− 1)n (n + 1) 
an =
(− 1) (n + 1)
n
 2 3 4 5
− , ,− , ,...,
(− 1) (n + 1) 
n
,...
  n

 3 n
 3n  3 9 27 81 3 
(c)
{ n − 3} ∞
n=3
an = n − 3 , n ≥ 3 {0,1, 2 , 3,..., n − 3,... }
(d)
 π

π  3 1 π 
cos n  an = cos n ,n ≥ 0 1, , ,0,..., cos n ,...
 6  n =0 6  2 2 6 

Aqui estão algumas seqüências que não tem uma equação de definição simples:

01) Se fizermos an ser o dígito na n-ésima casa decimal do número e , então


{a n } é uma seqüência bem definida cujos primeiros termos são:
{7,1,8,2,8,1,8,2,8,4,5,...}

n
 1
e = lim
n →∞ 1 +  = 2,71828182 8459045235 3602874713 5266...
 n
02) A seqüência de Fibonacci { f n } é definida recursivamente pelas condições:
f1 = 1 f2 = 1 f n = f n−1 + f n−2 n≥3
cada termo é a soma dos dois termos precedentes. Os primeiros termos são:
{1,1,2,3,5,8,13,21,34,55, 89,144, ...}

- 36 -
Essa seqüência surgiu quando o matemático italiano
conhecido como Fibonacci resolveu, no século XIII, um problema
envolvendo a reprodução de coelhos.

Fibonacci colocou o seguinte problema: Suponha que


coelhos vivam para sempre e que cada mês cada par produza um
novo par, que se torna reprodutivo com 2 meses de idade. Se
começarmos com um par de recém nascidos, quantos pares de
coelhos teremos no n-ésimo mês?

A sequência ao lado indicada com a letra L recebe o nome de sequência de Lucas. L = {1, 3, 4, 7, 11, 18, 29, 47, 76, ...}

E como falamos de par, de dois, o Triângulo de Pascal vem confirmar através dos
coeficientes do binômio
n n n!
(a + x) , ou números binomiais  p 
n 
onde  
 =
   p  p!(n − p )!
1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
1 6 15 20 15 6 1
1 7 21 35 35 21 7 1
1 8 28 56 70 56 28 8 1

Definição: Uma seqüência {a n } lim


tem o limite L e escrevemos n→∞ n a =L ou
an → L quando n → ∞ .
Se para cada ε > 0 existir um correspondente inteiro N tal que
an − L < ε sempre n > N .
Se n→∞ an =
lim
L existir, dizemos que a seqüência (tem limite), ou a
seqüência converge

(ou é convergente). Caso contrário, se n→∞ an = L não existir, a


lim

seqüência não tem limite, ou a seqüência diverge (ou é divergente).

ε - pode ser interpretado como a probabilidade de um macaco


sentar na frente de uma máquina de escrever e apertando as teclas
aleatoriamente escrever a obra completa de Shakespeare. Pode-se
afirmar que ε é igual a zero? A idéia é dizer que ε é muito pequeno,
porém diferente de 0 (zero). εsperança
“Falas nas aulas do Prof. Dr. Nelson Onuchic”

- 37 -
Macacos Datilógrafos
Uma afirmação clássica é que um macaco, batendo ao acaso nas teclas de uma máquina de escrever,
acabaria compondo a obra completa de Shakespeare, admitindo-se que continuasse datilografando indefinidamente,
século após século. Para tal estimativa, aplicou-se à regra da multiplicação da teoria das probabilidades. Um
resultado de 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 (1036) anos é considerado muito pequena por
alguns. Nesse mesmo espírito, Sir Arthur Eddington escreveu este poema: “Havia uma vez um macaco inteligente,
que sempre tocava um baixo, e que disse:” “Parece que, em bilhões de anos, acabarei compondo uma melodia”.
Página 74 - Do livro Introdução à Estatística – Mario F. Triola – 7ª edição Editora LTC

O Vocabulário de Shakespeare
De acordo com Bradley Efron e Ronald Thisted, as obras de Shakespeare contem 31.534 palavras
diferentes. Com auxílio da teoria das probabilidades, concluíram que Shakespeare conhecia ao menos outras 35.000
palavras que não empregou em suas obras. A estimativa do tamanho de uma população é um problema importante,
encontrado freqüentemente em estudos de ecologia, mas o resultado apresentado aqui é outra aplicação
interessante, [Veja “Estimating the Number of Unseen Species: How Many Words Did Shakespeare Know?
(Estimativa do Número de Espécies Não Vistas: Quantas palavras Shakespeare conhecia?), in Biometria, Vol. 63,
Nº 3] Página 63 - Do livro Introdução à Estatística – Mario F. Triola – 7ª edição Editora LTC

Os pontos do gráfico de {a n } devem estar entre as retas horizontais


y = L + ε e y = L − ε se n > N .
Esse desenho deve ser válido não importa quão pequeno ε seja escolhido, mas
geralmente um ε menor requer um N maior.

A única diferença entre n→∞ an


lim
= Le lim
x→∞ f ( x) = L é que “n” precisa ser inteiro.
Logo temos: Teorema: Se x→∞
lim
f ( x) = L e f (n) = an quando n é um inteiro então
lim
n→∞ n a = L.

- 38 -
lim 1
Sabemos que n→∞ se r >1
nr
lim
Definição: n→∞ an = ∞ significa que para cada número positivo M existe um
inteiro N tal que
an > M sempre que n > N .

CONVERGÊNCIA DE UMA SEQÜÊNCIA

A seqüência an, cujos elementos pertencem a um corpo ordenado


converge para L, se para cada número arbitrário ε > 0 pertencente a esse
corpo, for possível encontrar um correspondente natural N tal que se tenha:
a n − L < ε para todo n> N todos os índices maiores que N , pode ser
que uma seqüência é desorganizada até um instante e depois se
organiza. Logo estudamos a partir o momento da organização. Os
termos “desorganizados” não descaracterizam, tornam feia uma
seqüência.
Exemplo Dominó(todos desorganizados) e depois , a partir de um n
tenho a organização.

LEIS DOS LIMITES PARA SEQÜÊNCIAS


Se {an } e {bn }forem seqüências convergentes e C for uma constante então:
lim
n→∞
(an ± bn ) = lim
n→∞ n a ± lim
b
n→∞ n

lim
n→∞ Can = C n→lim∞ an
lim
n→∞
(anbn ) = n→lim∞ an . lim
b
n→∞ n

 an  lim
a
lim
n→∞
  = n→∞ n
lim
lim
se n→∞ n b ≠0
 bn  n→∞ n b
lim
n→∞ C =C
lim
n→∞
(an )k = ( lim
n→∞ n
k
a )
lim
n→∞
k an = k lim
n→∞ na

t = t n→∞ an
lim
lim an
n→∞
lim
n→∞
(logt an ) = logt (lim
ln→∞ an )

- 39 -
Guillaume François Antoine, Marquês de l'Hôspital (Paris, 1661 -
Paris, 2 de Fevereiro de 1704) foi um matemático francês. É
principalmente conhecido pela regra que tem o seu nome para
calcular o valor limite de uma fracção cujo numerador e denominador
tendem,

A Regra de L’Hôspital é assim chamada em homenagem ao nobre francês


marquêes de L’Hôspital(1661-1704), mas foi descoberta pelo matemático suíço
John Bernoulli(1667-1748)

A família Bernoulli teve sua origem na cidade de Antuérpia, na Holanda, vindo fugida para
a Suíça, por serem protestantes. Foi a única família da humanidade até os tempos de hoje a
produzir tantos matemáticos, doze ao todo, sendo os mais famosos os irmãos Jacques e Jean
Bernoulli, importantes discípulos de Leibniz que contribuíram de forma inigualável na
criação do Cálculo Diferencial e Integral. A palavra integral foi primeiramente usada
pelos Bernoulli em 1669, sendo logo admitida por Leibniz que "Cálculus Integralis"
seria um nome melhor que "Cálculus Sommatorius". Jean Bernoulli, filho de Nicolau
Bernoulli, nasceu em Basiléia, Suíça, no dia 07 de agosto de 1667. Seu pai lhe proporcionou
muito conhecimento de matemática, mas não pretendia que seus filhos se dedicassem a ela,
esperando que os mesmos fossem ministros religiosos ou médicos. Jean seguiu o caminho
estipulado pelo pai a princípio, chegando a escrever uma tese de doutoramento em medicina,
com apenas 23 anos de idade.Jean apaixonou-se pela teoria do cálculo diferencial e integral
e, em 1662, escreveu dois livros sobre cálculo. Nessa época, encontrava-se em Paris e, para
ganhar a vida, tornou-se professor particular de um jovem, Guilherme François L'Hospital,
Marquês de St Mesme, com o qual trocou o salário mensal para passar para suas
descobertas matemáticas para serem usadas como o desejasse; sendo assim, uma das mais
importantes contribuições de Jean Bernoulli para resolução de limites indeterminados passou
a ser conhecida mundialmente como regra de L'Hospital (Análise dos Infinitamente
Pequenos), publicado em Paris em 1699. Esta publicação é tida como primeiro livro de
cálculo diferencial e Integral editado no mundo, cuja importância foi enorme para a Jean Bernoulli
divulgação do cálculo entre os estudiosos do século XVIII. Na obra, L'Hospital demonstra
ser um escritor exímio, expondo de maneira ordenada a evolução das principais idéias- (1667-1748)
suportes das integrais e derivadas. O sucesso foi tão grande que durante dois séculos foi
publicado com tiragens de milhares de exemplares. L'Hospital agradece, no prefácio, de
maneira especial a Jean Bernoulli e a Leibniz. Bernoulli foi convidado a ser professor da
Universidade de Groningen em 1695, e, em 1696, começou a interessar-se pelo que seria o
cálculo varicional, propondo, na revista Acta Eruditorium, o célebre problema do tempo
mínimo de descida de um corpo sob ação do campo gravitacional, que foi resolvido por
Euler e por vários matemáticos, inclusive pelo próprio Jean. Casou-se, em 1694, com a
sobrinha de Euler, com a qual teve três filhos, todos gênios que fizeram grandes trabalhos
dentro da física e da matemática. Em 1711, ficou conhecido no mundo todo devido a seus
importantes trabalhos dentro da matemática, da física e da engenharia e, principalmente
pelos seus estudos sobre as propriedades da catenária, sendo várias vezes, homenageado
pelos reis e rainhas. Em 1712, começou a demonstrar sinais nítidos de loucura, expulsando
de casa seu filho Daniel, por ele ter conquistado um prêmio da Academia de Ciências de
Paris, ao qual Jean também concorreu. Tal inveja perdurou até o final de sua vida, ficando,
ao fim de 1747, praticamente sozinho no mundo, abandonado inclusive pela própria família.
Morreu em 03 de janeiro de 1748 na cidade de Basiléia, com 81 anos de idade, vítima de sua
loucura.

0 ∞
; ∞
0 ∞ ; 0.∞ ; ∞ − ∞ ; 1 ; ∞ ;0
0 0

Indeterminações Inconclusivas
quociente produto diferença potência

- 40 -
Regra de L´Hôspital – Suponha que f e g são diferenciáveis e
g , ( x) ≠ 0 próximo a a (exceto possivelmente em a ). Suponha que:
lim
x →a f ( x) = 0 lim
e x→a g ( x) =0

ou que x→a
lim
f ( x) = ±∞ e lim
x→a g ( x) = ±∞


(Em outras palavras, temos uma forma indeterminada do tipo 0 ou )
0 ∞
Então:
f ( x) lim f , ( x)
lim
x→a = x→a ,
g ( x) g ( x)
Se o limite do lado direito existir (ou é ∞ ou − ∞ ).

Exemplo de limites fundamentais.


sen x 1 − cos x tgx
lim
Trigonométricos: x→0 =1 lim
x→0 =0 lim
x→0 =1
x x x
x
 1
1 +  = e
lim
Exponencial: x→∞
 x

EXEMPLO INTERESSANTE.
lim ln n
Calcule x→∞
n Note que o numerador e denominador se aproximam do infinito
quando .Não podemos aplicar regra de L´Hôspital diretamente, porque ela não se aplica a
seqüências, mas sim a
funções de uma variável real. Contudo podemos aplicar a Regra de L´Hôspital à função
relacionada

f ( x) =
(ln x) ln x lim 1x
lim
⇒ x→∞ = 0
e obter x→∞
x x 1
lim ln n
Portanto, pelo teorema abordado temos: n→∞ =0
n

- 41 -
Letras do Alfabeto Grego
Note que utilizamos algumas letras gregas. Para melhor auxiliá-lo, eis a seguir o
alfabeto grego completo.

Letras minúsculas e maiúsculas do alfabeto grego, com seus respectivos nomes.

A α Alpha A Α Alpha
B β Beta B Β Beta
C χ Chi C Χ Chi
D δ Delta D ∆ Delta
E ε Epsilon E Ε Epsilon
F φ Phi F Φ Phi
G γ Gamma G Γ Gamma
H η Eta H Η Eta
I ι Iota I Ι Iota
J ϕ Phi 1 J ϑ Phi 1
K κ Kappa K Κ Kappa
L λ Lambda L Λ Lambda
M µ Mu M Μ Mu
N ν Nu N Ν Nu
O ο Ómicron O Ο Ómicron
P π Pi P Π Pi
Q θ Theta Q Θ Theta
R ρ Rho R Ρ Rho
S σ Sigma S Σ Sigma
T τ Tau T Τ Tau
U υ Úpsilon U Υ Úpsilon
V ϖ Omega 1 V ς Omega 1
W ω Omega W Ω Omega
X ξ Xi X Ξ Xi
Y ψ Psi Y Ψ Psi
Z ζ Zeta Z Ζ Zeta

- 42 -
16 a 20 de julho de 1969 – CHEGADA DO HOMEM A LUA

Em 20 de julho de 1969, presenciávamos uma das cenas mais emocionantes proporcionadas pela
ciência em todos os tempos. Em todo o mundo cerca de um bilhão de pessoas assistiram pela televisão ao
pouso do módulo lunar da Apollo 11, batizado de "eagle", no solo de nosso satélite. Duas horas após o
pouso, Neil Armstrong saiu da nave e entrou para a história como o primeiro homem a pisar na Lua,
sendo logo seguido por seu companheiro Edwin Aldrin. Os dois passaram 22 horas na Lua, sendo que
dessas, 2 horas e 40 minutos fora da nave.

Salmo 8
1 Ó Senhor, Senhor nosso quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois
expuseste nos céus a tua majestade.
2 Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitaste força, por causa dos teus
adversários, para fazeres emudecer o inimigo e o vingador.
3 Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que
estabelecestes,
4 que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites?
5 Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus, e de glória e de honra o
coroaste.
6 Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão, e sob seus pés tudo puseste:
7 ovelhas, e bois, todos, e também os animais do campo;
8 as aves do céu e os peixes do mar e tudo o que percorre as sendas dos mares.
9 Ó Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome!

As cousas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus; porém as reveladas


nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas
as palavras desta lei.
Deuteronômio 29.29

- 43 -
AMIGOS
Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo.
Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas,
conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através
daquele pequeno buraco.
Então, pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso.
Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia
ir mais longe.
Então o homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura
e cortou o restante do casulo. A borboleta, então, saiu facilmente.
Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas
amassadas.
O homem continuou a observá-la porque ele esperava que, a
qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem
capazes de suportar o corpo que iria se firmar com o tempo.
Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou resto de sua vida
rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz
de voar.
O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não
compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à
borboleta para passar a através da pequena abertura era o modo pelo
qual DEUS fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as
suas asas, de forma que ela estaria pronta para voar uma vez que
estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é, justamente, o que
precisamos em nossas vidas. A ausência de obstáculos nos
deixaria aleijados. Não iríamos ser tão fortes como
poderíamos ter sido.
Nós nunca poderíamos voar.
Eu pedi forças... E Deus me deu dificuldades para fazer-me forte.
Eu pedi sabedoria... E Deus me deu problemas para resolver.
Eu pedi prosperidade... E Deus me deu cérebro e músculos para
trabalhar.
Eu pedi coragem...
E Deus me deu pessoas com problemas para ajudar.
Eu pedi favores... E Deus me deu oportunidades.
Eu não recebi nada do que pedi...
“M A S E U R E C E B I T U D O D E Q U E P R E C I S A V A”.

- 44 -
O Pi na Bíblia
Fez também o mar de fundição, de dês côvados duma borda até a outra, e de cinco de alto; e um fio de
trinta côvados era a media de sua circunferência. II Crônicas 4.2 .
(1 côvado = distância da ponta do dedo ao cotovelo = 46 cm, e para o profeta Daniel 56 cm)

Em 1999, Yasumasa Kanada e Daisuke Takahashi da Universidade de Tóquio, calcularam o π com


206.158.430.000 casas.
π =3,1415926535897932384626433832795...
MVR
Curiosidade: Record
Sábado, 2 de julho de 2005, 03h17 Atualizada às 11h43.
Japonês bate recorde de memorização do número "Pi"

O psiquiatra japonês Akira Haraguchi, 59 anos, bateu o recorde mundial de memorização do número "Pi"
(3,1415...), depois de decorar 83,431 mil decimais. Ele demorou 13h para dizer todos os decimais num local público
de Kisarazu, ao sul de Tóquio. O recorde anterior, segundo o livro Guinness dos recordes, era de 42,195 mil
decimais.
O número Pi representa a relação entre a extensão de uma circunferência e seu diâmetro. Por ser irracional,
tem infinitos algarismos que não se repetem periodicamente.
Haraguchi já havia batido a marca em setembro passado com 54 mil decimais, mas a façanha não foi
homologada porque ele ultrapassou o tempo limite estabelecido pelos organizadores.
Colaboração: Aluna Débora Affonso(Curso de Civil/2005) em 28/07/05.

NOVO RECORD DO PI
Dezembro/2007 – Fonte www.terra.com.br

Colombiano bate recorde ao dizer 150 mil dígitos do número Pi O colombiano Jaime García bateu hoje o
recorde mundial ao conseguir dizer, de cor, mais de 150 mil decimais do número Pi diante de alunos da Faculdade
de Matemática da Universidade Complutense de Madri. Conhecido como "o computador humano", Jaime García
enfrentou desafios como descobrir a décima terceira raiz de um número de cem dígitos em 0,15 segundos e o cálculo
de 1 milhão de anos do calendário Gregoriano. Façanhas como esta colocaram-no cinco vezes no Guinness World
Records, o livro dos recordes, e ele pretende ser incluído novamente. Para atingir o novo recorde, García disse que
chegou a treinar "até 14 horas por dia" nos últimos meses. "Comecei pouco a pouco, todos os dias aprendia cem ou
150 números". Olhar um número de 200 dígitos e memorizá-lo em uma só olhada, repetindo-o da esquerda para
direita e da direita para a esquerda, foi um exercício útil para o desafio de hoje. García mostrou-se relaxado e
concentrado diante do público, que assistia atônito aos sucessivos cálculos mentais, e sob o olhar atento de dois
observadores que anotavam e revisavam os números. Foram necessárias 652 folhas para anotar todos os dígitos que
García ia dizendo e que o público acompanhava em uma projeção. O "computador humano" precisou de três dias
para chegar ao fim. A partir da quarta página, García passou a ser examinado por membros da platéia, até que
provou ser capaz de memorizar 151.204 números do Pi. O desafio foi verificado por dois observadores que
assinaram o documento a ser enviado ao Guinness para que o novo recorde seja reconhecido como de García.
Objetivo atingido, o colombiano quer descansar. "Agora vou desligar de tudo e vou descansar, passear e não pensar
em nada", disse à Efe.
O próximo desafio já sabe qual será: calcular calendários com 14 dígitos.
"Atualmente, detenho o recorde de calcular até um milhão de anos, mas já posso calcular os calendários de trilhões e
agora será um número com 14 dígitos", disse. Para García, "a matemática é um jogo". Ele incentiva todos a aprender
a desfrutar dos números, acrescentando que qualquer pessoa pode conseguir. "Eu não sou nenhum gênio, nem um
ser superdotado, mas foi a freqüência e a perseverança que me fizeram chegar até aqui", concluiu. EFE.
Agência EFE S/A.
O número pi – Cronologia
Bíblia: 1 Reis 7, 23: “Hiram fez ainda o mar, todo de metal fundido, com 5 cúbitos de diâmetro. Era redondo, tinha
dois cúbitos e meio de altura [semi-esfera], e dua circunferência tinha 15 cúbitos”.
Bíblia: 2 Crônicas 4, 1-2: “Salomão mandou fazer também um altar de bronze com 10 cúbitos de comprimento por
10 de largura e cinco de altura. Fez também o mar de metal fundido, redondo, com 5 cúbitos de diâmetro e
dois cúbitos e meio de altura, com 15 de circunferência”.
Baseado nestes textos fica evidente que no tempo de Salomão, cerca de 1000 anos a.C., os hebreus usavam o
número 3 para pi. Mesmo para a época este valor seria uma aproximação algo grosseira, pois os egípcios e os
mesopotâmicos já usavam o valor 256/81 = 3,16 para pi, valor que aparece no papiro egípcio de cerca de 1600 anos
a.C., conhecido como papiro de Rhind.

- 45 -
Os primeiros cálculos teóricos procurando o número pi através da razão entre o perímetro e o diâmetro de um
círculo são devidos a Archimedes de Saracura (287-212 a.C.). Ele obteve um intervalo onde deveria estar o número
pi:
223 / 71 < pi < 22 / 7
Se tomarmos a média, o valor de pi seria 3123/994 = 3,14185, que comparado com 3,14159 (exato até a 5a casa)
daria um erro de 0,0083%!
Os outros valores de pi, que foram “publicados” e que tiveram destaque ao longo da História foram:
Autor Época Valor
01) al-Khwarizmi ≈ 800 a.C. 3.1416
02) Tsu Ch'ung Chi 430-501 a.C. 355/113 = 3,14159
03) Ptolomeu ≈ 150 a.C. 3.1416
04) al-Kashi ≈ 1430 14 dígitos
05) Viète 1540-1603 9 dígitos
06) Roomen 1561-1615 17 dígitos
07) Van Ceulen ≈ 1600 35 dígitos
Como observação adicional, Al-Khwarizmi viveu em Bagdá e o termo algarismo é derivado do seu nome. Note a
semelhança do seu nome com a palavra algarismo.
Na Europa renascentista, na segunda metade do século XXVII um produto e uma soma de infinitos termos foram
estabelecidas para o valor de pi:
π 2 2 4 4 6 6 8 8 10
08) Produto de Wallis (1616-1703) = × × × × × × × × ×Λ
2 1 3 3 5 5 7 7 9 9
π 1 1 1 1
09) E a seqüência mais conhecida: =1− + − + −Λ
4 3 5 7 9
Esta fórmula muitas vezes é atribuída a Leibniz (1646-1716), mas é certo que James Gregory (1638-1675) já tinha
descoberto esta seqüência.
Autor Época Valor Colaboração:
10) Sharp 1699 71 dígitos
11) Machin 1701 100 díditos Prof. Dr. José Luiz S.
12) de Lagny 1719 112 dígitos de Arruda SERRA
24/05/05.
12) Veja 1789 126 dígitos
13) Veja 1794 136 dígitos
14) Rutherford 1841 152 dígitos
15) Rutherford 1853 440 dígitos
16) Shanks 1873 707 dígitos (527 corretos)
17) Computador 1949 2000 dígitos

O dia do Pi March, 14 ou 22 de julho

- 46 -
Determinação do valor de pi

A16 L16 A32 L32


L8 L16
A8 L8 2 2
L4 2

B32
B16 R
B8 R
R

Figura 1 Figura 2 Figura 3


(polígono de 8 lados) (polígono de 16 lados) (polígono de 32 lados)

n
O procedimento será determinar o perímetro do polígono de 2 lados.
O valor de pi será o limite deste perímetro quando n tende a infinito.
a) Para n=2, o polígono é um quadrado de diagonal 2R e daí,
L 42 =2R2 ou L 4 =R 2
b) Para n=3, o polígono é o octógono da figura 1, na qual tem-se:
2 2 2
2 2 L4 2 L4 2 L4 2
B8 = R - B8 = R- e A8 = R - B8 também L8 = A8
4 4 4
2 2 2 2
2 L4 2 2 L 2 L4 2 2 2 2R
L 8= + R +R - 4 - 2R R- L 8 = 2R - 2R R-
4 4 4 4
2 2
L 8 = R (2 - 2 ) L 8 = R 2- 2

c) Para n=4, o polígono tem 16 lados conforme figura 2.


2 2 2
2 2 L8 2 L8 2 L8 2
B16 = R - B16= R- e A16 = R - B16 também L16 = + A16
4 4 4
2 2 2 2
2 L8 2 2 L 2 2 2 L8 2 2 R (2 - 2 )
L16 = + R +R - 8 - 2 R B16 L16 = 2R - 2 R R- = 2R - 2 R R -
4 4 4 4

2 2 2 2 2
L16 = 2R - R 2+ 2 L16 = R (2 - 2 + 2 ) e L16 = R 2- 2+ 2

c) Para n=5, o polígono tem 32 lados conforme figura 3.


2 2 2
2 2 L16 2 L16 2 L16 2
B32 = R - B32 = R- e A32 = R - B32 também L32 = + A32
4 4 4
2 2 2
2 L16 2 2 L16 2 2 R (2 - 2 + 2
L32 = +R +R - - 2 R B32 = 2R - 2 R R- L32 = R 2 - 2 + 2 + 2
4 4 4
Portanto, o perímetro P do polígono de 32=25 lados vale
5 n
P25 = 2 x R 2- 2+ 2 + 2 Generalizando para P2n tem-se: P2n =2 x R 2 - 2+ 2 + + 2
n-2 vezes
A expressão para P2n pode ser provada por indução finita.
No limite, n P2n é o perímetro do círculo que vale 2 πR. Igualando, chega-se à:
8

π = lim n Obs.: esta expressão não é muito


2 x 2- 2+ 2 + + 2 conveniente para determinar pi
n com muitas casas decimais.
8

n-1 vezes

Como curiosidade apresenta-se a seguir o valor de π com 400 casas decimais determinado com outro procedimento.
π=3.14159 26535 89793 23846 26433 83279 50288 41971 69399 37510 58209 74944 59230 78164 06286 20899
86280 34825 34211 70679 82148 08651 32823 06647 09384 46095 50582 23172 53594 08128 48111 74502
84102 70193 85211 05559 64462 294 89 54930 38196 44288 10975 66593 34461 28475 64823 37867 83165
27120 19091 45648 56692 34603 48610 45432 66482 13393 60726 02491 41273 72458 70066 0631 5 58817
48815 20920 96282 92540 91715 36436 78925 90360 01133 05305 48820 46 652 13841 46951 94151 16094
Serra 2003

- 47 -
O número de EULER
n
 1
e = lim 1 + 
n →∞  n

Leonhard Euler, nasceu em Basiléia, Suíça no dia 15 de abril de 1707, e morreu em 18 de


setembro de 1783. Foi o matemático mais prolífico na história. Em 1735 perdeu a visão do olho
direito mas suas pesquisas continuaram intensas chegando a escrever até mesmo enquanto
brincava com seus filhos. Euler ocupou-se de quase todos os ramos da matemática Pura e
Aplicada sendo o maior responsável pela linguagem e notações que usamos hoje; foi o
primeiro e empregar a letra e como base do sistema de logaritmos naturais, a letra grega π
para razão entre comprimento e diâmetro da circunferência e o símbolo i para . Deve-se a
ele também o uso de letras minúsculas designando lados do triângulo e maiúsculas para seus
ângulos opostos; simbolizou logaritmo de x por lx, usou Σ para indicar adição e f(x) para
função de x, além de outras notações em Geometria, Álgebra, Trigonometria e análise.

Para n= 1 e=2
Para n= 2 e = 2,25
Para n= 3 e = 2,37037037 ...
Para n= 4 e = 2,44140625
Para n= 5 e = 2,48832
Para n= 6 e = 2,52162637 1742112482 8532235939 6433
Para n= 7 e = 2,54649969 7040713113 9479055738 4375
Para n= 8 e = 2,56578451 3950347900 390625

n= 9 e = 2,58117479 1713197181 9900315081 1675


Para n= 10 e = 2,59374246
Para n= 50 e = 2,69158802 9073605393 8940873551 5326
Para n= 100 e = 2,70481382 9421526093 2671947108 0753
Para n= 500 e = 2,71556852 0651725929 5998493080 5718
Para n= 1000 e = 2,71692393 2235892457 3830881219 4758
Para n= 10000 e = 2,71814592 6825224864 0376646749 1315
Para n= 100000 e = 2 ,718268237 1744896680 3506482442 605
Para n= 1000000 e = 2,718280469 3193768838 1979970845 436
Para n= 10000000 e = 2,71828169 2544966271 1985502257 7777 MVR
Para n → ∞ e = 2,71828182845904523536028747135266...

- 48 -
- 49 -
O número de Ouro
ϕ = 1,61803398 8749894848 2045868343 6564...
1 = 0,61803398 8749894848 2045868343 65638...
ϕ
Seqüência de Fibonacci(século XIII) 1,6180339887498900

1
1 1/1= 1,0000000000000000
2 2/1= 2,0000000000000000
3 3/2= 1,5000000000000000
5º) 5 5/3= 1,6666666666666700
8 8/5= 1,6000000000000000
13 13/8= 1,6250000000000000
21 21/13= 1,6153846153846200
34 34/21= 1,6190476190476200
10º) 55 55/34= 1,6176470588235300
89 89/55= 1,6181818181818200
144 144/89= 1,6179775280898900
233 233/144= 1,6180555555555600
377 377/233= 1,6180257510729600
15º) 610 610/377= 1,6180371352785100
987 987/610= 1,6180327868852500
1597 1597/987= 1,6180344478216800
2584 2584/1597= 1,6180338134001300
14181 4181/2584= 1,6180340557275500
20º) 6765 6765/4181= 1,6180339631667100
10946 10946/6765= 1,6180339985218000
17711 17711/10946= 1,6180339850173600
28657 28657/17711= 1,6180339901756000
46368 46368/28657= 1,6180339882053200
25º) 75025 75025/46368= 1,6180339889579000
121393 121393/75025 1,6180339886704400
196418 196418/121393= 1,6180339887802400
317811 317811/196418= 1,6180339887383000
514229 514229/317811= 1,6180339887543200
30º) 832040 832040/514229= 1,6180339887482000
1346269 1346269/832040= 1,6180339887505400
2178309 2178309/1346269= 1,6180339887496500
3524578 3524578/2178309= 1,6180339887499900
5702887 5702887/3524578= 1,6180339887498600
35º) 9227465 9227465/5702887= 1,6180339887499100
- 50 -
14930352 14930352/9227465= 1,6180339887498900
24157817 24157817/14930352= 1,6180339887499000
39088169 39088169/24157817= 1,6180339887498900
63245986 63245986/39088169= 1,6180339887499000
40º) 102334155 102334155/63245986= 1,6180339887498900
165580141 165580141/102334155= 1,6180339887498900
267914296 267914296/165580141= 1,6180339887498900
433494437 433494437/267914296= 1,6180339887498900
701408733 1,6180339887498900
45º) 1134903170 1,6180339887498900
1836311903 1,6180339887498900
2971215073 1,6180339887498900
4807526976 1,6180339887498900
7778742049 1,6180339887498900
50º) 12586269025 1,6180339887498900
20365011074 1,6180339887498900
32951280099 1,6180339887498900
53316291173 1,6180339887498900
86267571272 1,6180339887498900
55º) 139583862445
5 +1
A equação x2-x -1=0 tem solução ϕ=
2

ϕ = 1,61803398874989484820458683436564...
1
= 0,618033988749894848204586834365638...
ϕ
1 − 0,618033988749894848204586834365638... = 0,381966011250105151795413165634362...

f 54 86267571272
= = 1,61803398874989484820442951030922
f 53 53316291173

ϕ
1,61803398874989484820458683436564...
(55º) 139583862445 / (54º) 86267571272
1,61803398874989484820464692680794
somente depois da 21ª casa vai mudar

- 51 -
x
5 +1
Número de ouro: Φ =
2 1

5 +1 f 1
= lim n = Φ 1
1-x
2 n→ ∞ f
n-1
QUESTÃO 01
Número de ouro é a raiz x da equação(considerando x > 1)
x 1 1 x
= .que equivale a equação x 2 − x − 1 = 0 ou se considerarmos 1 > x temos = que
1 x −1 x 1− x
equivale a equação x 2 + x − 1 = 0 temos o valor do inverso do número de ouro.
Exercícios:
Mostre que o valor d e x pode ser também dado por
1
x = 1+
1 ou x = 1 + 1 + 1 + ... .
1+
1
1+
1 + ...
5 +1
= 1,61803398 8749894848 2045868343 6564... .
2
5 −1
= 0,618033988749894848204586834365638...
2
ANATOMIA
Leonardo da Vinci, em seus estudos de Anatomia, trabalhou com um modelo padrão
(O canon) para a forma de um ser humano, utilizando VITRÚVIO como modelo. Tais
dimensões aparecem na gravura abaixo. A notação a:b=c:d é uma proporção.

- 52 -
DIMENSÕES ÁUREAS NO HOMEM

Faça uma análise com o uso da gravura abaixo para observar como um
ser humano se adapta às dimensões áureas.

Extraído:

http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/alegria/fibonacci/seqfib2.htm

- 53 -
Um pouco de História da Matemática

Hipócrates de Quios (c. 470--c. 410 A.C.)


O matemático grego Hipócrates, que ensinou em Atenas, trabalhou em
muitos problemas clássicos de geometria, tais como a quadratura do
círculo. Muito de seus estudos na geometria estavam inseridos na obra
denominada Elements of geometry, que foi perdida, mas que foi publicada
nos dois primeiros volumes da obra Elements, de Euclides. O livro de
Hipocrátes também apresentava soluções para equações do segundo grau e
métodos rudimentares de integrais.

Aristóteles (384 - 322 a.C.)


Aristóteles nasceu em Estagira, uma colônia grega. Aos dezessete anos
viajou para Atenas e ingressou na Academia de Platão, tornando-se seu
discípulo. Quando Platão morreu, em 347 a.C., Aristóteles deixou
Atenas durante um período de doze anos. Retornou em 335 a.C.,
quando Atenas caiu sob o domínio dos macedônios. Lá lecionou e
pesquisou durante mais doze anos, tendo fundado o Liceu.

O ponto de partida para suas contribuições científicas foi os anos passados na Academia. A Academia à qual
Aristóteles se juntou em 367 a.C. diferenciava-se das outras de Atenas por seus interesses no campo da matemática.
Aristóteles acreditava que a matemática era uma ciência axiomática na qual os teoremas derivavam de princípios
básicos. Como tais, suas hipóteses e definições são genéricas na natureza e aplicam-se a mais de um problema ou
sistema. Ele adaptou e ampliou seu modelo matemático incluindo também as ciências físicas. Para Aristóteles, a
matemática era uma ciência que se relacionava com o mundo físico. Sempre enfatizando a lógica, Aristóteles
contribuiu em muitas áreas, entre elas a astronomia, a biologia, a física, a política e a ética.

Principal teorema: a irracionalidade da raiz quadrada de 2.

Citações: "A educação é a melhor provisão para a velhice".


"As principais formas de beleza são a ordem, a simetria e a precisão, o que as ciências matemáticas demonstram ter
em grau elevado".

De acordo com uma tradição, Hipócrates de Chios(cerca de 430 ªC), era originalmente um mercador cujos bens
foram roubados por piratas * Ele então foi a Atenas, onde viveu por muitos anos, estudou Matemática e compilou
um livro sobre os elementos de Matemática que influenciou fortemente Euclides um século mais tarde

Aristósteles, que raramente perdia uma chance de expressar seu desprezo pelos matemáticos, fez um relato dos
mais aviltantes sobre a infelicidade de Hipócrates. “É fato bem conhecido”, escreveu com gosto, “ que gente
brilhante num determinado campo pode ser bastante tolo em muitas outras coisas.
Assim, Hipócrates, embora hábil em geometria, era tão estúpido e franco que deixou um coletor de impostos de
Bizâncio frauda-lo numa fortuna.” Isso escrito por um homem que afirmou que corpos mais pesados caem ao chão
mais rapidamente e que os homens tem mais dentes que as mulheres.
Extraído do livro Cálculo com geometria analítica, SIMMONS, Makron Books, volume 2, página 685, As
lúnulas de Hipócrates

- 54 -
Euclides (c. 365 - c. 300 a.C.) EUCLIDES é mais conhecido por seu trabalho no campo da
geometria, apresentado na obra clássica intitulada The elements. Esse
livro lançou a base para a geometria e em geral para a matemática
axiomática. Todos os fatos deveriam ser provados dedutivamente
como afirmações de teoremas e proposições. O raciocínio pode
depender apenas das suposições feitas inicialmente (isto é, as
definições e axiomas) e dos teoremas e proposições relevantes
anteriormente estabelecidos. The elements é uma obra subdividida em
13 livros e tem início com definições e axiomas, incluindo o famoso
postulado paralelo, que afirma que apenas uma linha reta pode ser
traçada de um para outro ponto qualquer. Esse postulado é um
componente definitivo para a geometria euclidiana. Os livros foram
traduzidos para diversos idiomas e utilizados como textos sobre
matemática por mais de dois mil anos. Além dessa obra, Euclides
escreveu outros livros sobre geometria, incluindo a teoria das cônicas,
e sobre astronomia, óptica, música; muitas dessas obras encontram-se
perdidas. Euclides deu seu nome a vários conceitos matemáticos,
incluindo o algoritmo euclideano. Foi chamado de "Pai da Geometria".
Quando perguntado se havia um caminho mais rápido para aprender
geometria do que lendo The elements, Euclides replicou: "Não há
estrada real para a geometria". The elements representou uma
compilação do matemático teórico mais importante da época e
provavelmente continha a primeira obra e idéias de Pitágoras,
Hipócrates, Platão, Aristóteles e Eudoxo; sua realização principal, no
entanto, é o grande pensamento sistemáico de Euclides. .
Euclides viveu em Alexandria, no Egito, e
Teorema principal: Infinitude dos primas.
foi o mais talentoso e influente matemático
de sua época. Era mais jovem do que
Principal obra: The elements.
Platão e Aristóteles, mas era mais velho do
que Arquimedes. Embora seja provável
Citações: "As leis da natureza são nada mais que pensamentos
que tenha sido educado em Atenas, ele
matemáticos de Deus".
ensinou no Museum de Alexandria, um
instituto de pesquisa que enfatizava a
"Não há estrada real para a geometria".
ciência e a literatura. Euclides registrou,
coletou e ampliou a matemática do mundo
antigo. Foi um dos matemáticos mais
influentes de todos os tempos e um autor
prolífico.

Contar de 1 a infinito
Suponha que não haja limitações físicas.

Então é possível contar os naturais de 1 até o infinito em 1 segundo?

R: Sim. Mas como?

- 55 -
28/03/2002 - 08h22
MATEMÁTICA: O INFINITO E O QUASE "INSUPERÁVEL"

NÚMERO GUGOL
JOSÉ LUIZ PASTORE MELLO
Folha de S.Paulo
Em certa ocasião, o matemático americano Edward Kasner perguntou ao seu sobrinho
Milton Sirotta, de nove anos, qual era o maior número que existia. A resposta do pequeno
Milton _qualquer coisa como guuugol... não foi muito animadora, mas na mente criativa de
Kasner isso virou uma bela brincadeira matemática. Em homenagem ao sobrinho, Kasner
chamou de gugol ("googol", em inglês) o número 1 seguido de 100 zeros ou, dizendo de outra
maneira, o número 10 elevado a 100.
Não é tarefa fácil encontrar em nosso mundo real algo em quantidade tão grande quanto 1
gugol. Para ter uma idéia, o número de gotas de chuva que caem na cidade de São Paulo em um
século é muito menor que 1 gugol. Também o número total de grãos de areia das praias do litoral
brasileiro é menor que 1 gugol, assim como é menor que 1 gugol o número de elétrons em todo o
universo (que se estima ser algo em torno de 10 elevado a 79 elétrons).
Para não dizer que 1 gugol é um número insuperável, se imaginarmos o universo inteiro
ocupado por prótons e elétrons de tal forma que não sobre nenhum espaço livre, então o número
dessas partículas será maior que 1 gugol (10 elevado a 110 partículas, aproximadamente).
Vencida a barreira do gugol, que tal pensarmos agora em um número ainda maior: "10
elevado a 1 gugol" (Kasner batizou esse número de gugolplex).
Se fosse possível escrever um dígito a cada meio segundo, quanto tempo levaríamos para
escrever todos os zeros do número 1 gugolplex? A resposta exige apenas algumas contas. Dizer
que 1 gugolplex é o número 10 elevado a 1 gugol é equivalente a dizer que esse número tem o
primeiro dígito igual a 1, seguido de 1 gugol de dígitos iguais a 0.
Nas condições dadas, levaríamos 0,5.10 elevado a 100 segundos para escrever por
extenso o número de zeros de 1 gugolplex.
Levando-se em consideração que esse número é igual a 5.10 elevado a99 segundos e que
a idade estimada do universo é igual a 6,32.10 elevado a 16 segundos, é possível afirmar que,
desde o Big Bang até hoje, não houve tempo suficiente para a empreitada de escrever todos os
zeros de 1 gugolplex.
Para o leitor que pensa ter atingido o infinito com o gugolplex, que tal imaginar o número
1 gugolplex elevado a 1 gugolplex? Quanto ao nome desse novo número, fica por conta da
imaginação de cada um!

José Luiz Pastore Mello é professor de matemática do ensino médio do Colégio Visconde de
Porto Seguro

- 56 -
SÉRIES-
Se tentarmos adicionar os termos de uma seqüência infinita {an } ∞

n =1
obteremos uma expressão da forma
a1 + a2 + a3 + . . . + an + . . . que é chamada de uma série infinita(ou apenas uma série) e é denotada por abreviação,

pelo símbolo ∑a
n =1
n ou ∑a n . Mas faz sentido falar sobre a soma de infinitos termos?

Seria possível encontrar uma soma finita para a série 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + . . + n + . . ? ______.


Contudo se começarmos a adicionar os termos da série 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + ... + 1 + ..., podemos
2 4 8 16 32 64 2n
fazer as somas parciais se tornarem próximas o quanto quisermos de 2. Logo, parece razoável dizer que a soma

dessa série infinita igual a 2 e escrever ∑ 1 = 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + ... + 1 + ... = 2
n
n =0 2 2 4 8 16 32 64 2n
Utilizamos uma idéia similar para determinar se uma série geral tem uma soma ou não.
Consideremos as somas parciais
S1 = a 1
S2 = a 1 + a 2
S3 = a 1 + a 2 + a 3
S4 = a 1 + a 2 + a 3 + a 4

e, em geral.
n
Sn = a 1 + a 2 + a 3 + a 4 + . . . + a n = ∑i=1
ai

Essas somas parciais formam uma nova seqüência {S n } , que pode ou não ter um limite.
Se lim S n = S existir(como um número), então, como no exemplo anterior, o chamamos de soma da
n→∞

série infinita ∑a n .

O TESTE DE COMPARAÇÃO NO LIMITE


Suponha que an > 0 e bn > 0 para todo n ≥ N (sendo N um inteiro positivo).
an an an
1. Se lim b
n→∞ n
= c , 0 < c < ∞ , então tanto 2. Se lim b = 0 e ∑ b
n→∞ n
n 3. Se lim b
n→∞ n
=∞ e ∑b n

∑a n quanto ∑b n convergem ou ambas converge, então ∑ a converge.


n diverge, então ∑a n diverge.
divergem.
Definição 11.33 Definição 11.34
Uma série Σ a n se diz condicionalmente convergente, Se a série Σa n é absolutamente convergente,
se Σa n é convergente mas Σ an é divergente. então Σ an é convergente.

Teste da razão para convergência absoluta(11.35)

Seja Σan uma série de termos não-nulos, e suponhamos lim a n +1


=L
n→ ∞ a n

(i) Se L < 1, a série é absolutamente convergente.


a n +1
= ∞ , a série é divergente.
(ii) Se L > 1 ou lim
n →∞ a n

(iii) Se L = 1, devemos aplicar outro teste, pois a série pode ser absolutamente
convergente, condicionalmente convergente ou divergente

- 57 -
- 58 -
Definição - Série de Potencias

Uma expressão da forma ∑c x


n=0
n
n
= c0 x 0 + c1 x + c2 x 2 + ... + cn x n + ... é uma série de
potencias centrada em x = 0. Uma expressão da forma

∑c
n =0
n ( x − a) n = c0 ( x − a ) 0 + c1 ( x − a) + c 2 ( x − a) 2 + ... + cn ( x − a ) n + ...
É chamada de uma série de potencias em (x – a) ou uma série de potencias centrada em a ou uma série de potencias
ao redor de a. O termo cn(x – a)n é o enésimo termo; o número a é o centro.

Teorema 12 - O teorema da Convergência para séries de Potencias


Existem três possibilidade para ∑c


n =0
n ( x − a) n com relação à convergência.

1)Existe um número positivo R tal que a série diverge para x − a > R , mas converge para x − a < R .
A série pode ou não convergir em um dos extremos x = a–R e x =a + R.
2) A série converge para todo x (R = ∞).
3) A série converge com x = a e diverge em qualquer outro lugar ( R = 0).

O número R é o raio de convergência, e o conjunto de todos os valores de x para os quais a série


converge é o intervalo de convergência. . O raio de convergência determina completamente o intervalo de
convergência se R é zero ou infinito. Para 0 < R < ∞, contudo, permanece a questão sobre o que acontece nos
extremos do intervalo.
Veremos que o principal uso de uma série de potencias é que ela fornece uma maneira de
representar algumas das mais importantes funções que aparecem na matemática, na física e na química. Em

(−1) n x 2 n

particular, a soma da série de potencias J o ( x) = ∑ 2 n 2 é chamada de uma função de Bessel, em


n = 0 2 ( n!)
homenagem ao astrônomo alemão Friedrich Bessel(1784-1846), e a função

( − 1) n x 2 n +1
J1 ( x) = ∑
n=0 n! ( n + 1)!2 2 n +1 é outro exemplo de uma função de Bessel. De fato, essas funções

surgiram primeiramente quando Bessel resolveu a equação de Kepler da descrição do movimento planetário. Desde
aquele tempo, essas funções têm sido aplicadas em muitas situações físicas diferentes, incluindo a distribuição de
temperatura em uma placa circular e o formato da membrana de um tambor vibrando.

Séries de Maclaurin

1
1− x
= 1 + x + x 2 + x 3 + ... + x n + ... =
n =0
x n ( x < 1) ∑
1 ∞
= 1 − x + x 2 − x 3 + ... + (− x) n + ... = ∑ (−1) n x n ( x < 1)
1+ x n =0

Tabela 8.1 (Limites)


ln n 1 1
1) lim =0 2) lim n
n = 1 _ ou _ lim n n
=1 3) lim x n
= 1 __( x > 0)
n →∞ n n →∞ n →∞ n→∞
n
 x x xn
lim x = 0 _( x < 1) 1 +  = e x (para todo x) = 0 (para todo x)
n
4)
n →∞
5) lim
n→∞  n
6) lim
n → ∞ n!
→∞
Nas fórmulas 3 a 6, x permanece fixo quando n→

- 59 -
Série Harmônica
O que há de Harmônico sobre a Série Harmônica?
Os termos na série harmônica correspondem aos nós em uma corda vibrando que produzem múltiplos da freqüência
fundamental. Por exemplo, ½ produz o harmônico que é o dobro da freqüência fundamental, 1/3 produz uma freqüência que é 3 vezes a
freqüência fundamental e assim por diante A freqüência fundamental é a nota ou altura do som mais baixa que ouvimos quando uma

1
corda é tangida. A série-p ou série hiperârmonica(com p real positivo) ∑n
n =1
p
quando p = 1 é chamada série harmônica, é

provavelmente a série divergente mais famosa em matemática. O Teste da p-Série mostra que a série harmônica é divergente por um
triz; se aumentarmos p para 1,000000001, por exemplo, a série converge! A lentidão com a qual as somas parciais da série harmônica se
aproximam do infinito é muito impressionante.
A título de curiosidade é possível provar que seriam necessários e 19 termos ou 178.482.301 pelo menos para fazer a soma
parcial da série harmônica ultrapassar 20. Sua calculadora levaria várias semanas para calcular uma soma com este número de termos.
Apesar disso, a série harmônica realmente diverge.
A seguir demonstramos que a série harmônica é divergente. Um exemplo de uma série ∑a n que apesar de ser decrescente

e lim a n = 0 , é divergente, validando o Teste do Enésimo Termo, onde diz que se


n →∞
lim a n ≠ 0
n→∞
então a série ∑a n é divergente e se

lim a n = 0 então é necessária investigação adicional para determinar se a série


n →∞
∑a n
é convergente ou divergente.

Prova: Vamos investigar. Após a soma de um grande número de



termos da série harmônica, quando chegarmos a n = 1020, n
1 1 1 1 1 30


n =1 n
= 1 + + + + + ... é divergente , Solução:
2 3 4 5
= 10 ,
n = 10100, etc., estaremos somando tão pouco que teremos a
impressão de que a soma de todos os termos da série infinita
s1 = 1 realmente é um número finito. Aliás, hoje, com a ajuda do
computador, podemos até fazer cálculos experimentais
1
s2 = 1 + interessante.
2 Vamos supor que fossemos capazes de somar cada termo
da série em um segundo de tempo. Como um ano tem
1
( ) 1
(
s 4 = 1 + + 13 + 14 > 1 + + 14 + 14 = 1 + ) 2 aproximadamente
365,25 × 24 × 60 × 60 = 31.557.600 segundos , nesse
2 2 2
período de tempo seríamos capazes de somar a série até
1
( ) (
s 8 = 1 + + 13 + 14 + 15 + 16 + 17 + 18 ) 31.557.600, obtendo para a soma um valor pouco superior a
2 17; em 10 anos a soma chegaria a pouco mais de 20; em 100
anos, a pouco mais de 22. Como se vê, somas parciais de
1
( ) ( )
__ > 1 + + 14 + 14 + 18 + 18 + 18 + 18 = 1 +
3 termos da série harmônica jamais nos levariam a suspeitar que
2 2 ela diverge. Pelo contrário, essas somas só nos levam a pensar
que a série seja convergente. Isso, todavia, é falso! Basta
1
( ) ( ) (
s16 = 1 + + 13 + 14 + 15 + ... + 18 + 19 + ... + 161 ) verificar a demonstração de Nicole Oresme.
A demonstração de que a série harmônica diverge, feita
2
pela primeira vez por Oresme, mostra como é decisivo o papel
1
( ) ( ) ( )
__ > 1 + + 14 + 14 + 18 + ... + 18 + 161 + ... + 161 = 1 +
4 do raciocínio lógico para estabelecer que jamais seria
2 2 descoberta de outra maneira. De fato, como vimos, mesmo
somando os termos da série durante um século (se isso fosse
5 6
Similarmente, s 32 > 1 + e s 64 > 1 + Assim temos possível), não chegaríamos a um resultado que nos desse
2 2 qualquer indício de que a série seria divergente...
Para terminar, vamos fazer mais um exercício de
2 3 4 5 s > 1+ 6
s4 > 1+ s8 > 1 + s 16 > 1 + s 32 > 1 + 64
imaginação. Hoje em dia temos computadores muito rápidos,
2 2 2 2 2 e a tecnologia está produzindo máquinas cada vez mais
rápidas. Mas isso tem um limite, pois, como sabemos, nenhum
S22 > 1+ 2 S23 > 1+ 3 S24 > 1+ 4 S25 > 1+ 5 2n 1 + n sinal físico pode ser transmitido com velocidade superior à da
S >
2 2 2 2 2 luz. Portanto, nenhum -23 computador poderá efetuar uma soma
em tempo inferior a 10 segundos, que é o tempo gasto pela
Isso mostra que S2n →∞ quando n →∞ , assim {Sn} é divergente. luz para percorrer uma distância igual ao diâmetro de um
elétron. Pois bem, com tal computador, em um ano, mil anos
Portanto a série harmônica diverge.
e um bilhão de anos, respectivamente, poderíamos somar
O método usado no Exemplo acima para mostrar que a série termos em números iguais a
harmônica diverge deve-se ao matemático francês Nicole 315576 × 10 25 , 315576×1028 , 315576× 1034 .
E veja os resultados aproximados que obteríamos para a soma
Oresme(1323-1382 d.C.), maior matemático do período. Nascido da série harmônica, em cada um desses casos,
na Normandia, teve uma carreira que se estendeu do magistério ao respectivamente: 70,804 , 77,718 , 91,5273.
bispado.
Imagine, finalmente, que esse computador estivesse
ligado desde a origem do universo, há 16 bilhões de anos. Ele
O gráfico de uma série Divergente pode ser representado por uma
estaria hoje obtendo o valor aproximado de 94,2999 para a
espiral, enquanto que o de uma Convergente por um círculo soma da série harmônica, um número ainda muito pequeno...
Observação do Vídeo Arte e Matemática fita nº 3 apresentação 7 –
Da RPM 30 página 15-17 por Geraldo Ávila
Música das Esferas – TV Cultura

- 60 -
Lembrando que:

DEMONSTRAÇÃO π = 3,1415926535897932384626433832795...
e

e >π
π e e = 2,71828182845904523536028747135266...
que
π π
Chamemos de x = − 1 logo x = −1 > 0
e e

Podemos dizer que ex > x + 1?


Sim, basta substituir alguns valores para x como 1,2,3, etc.
π
Substituindo x = − 1 > 0 na desigualdade acima temos
e
π
−1 π
e e > − 1 + 1 ou
e
π
π
−1 π π
−1 π e e π
e e > ou ee
e > ou > Simplificando o denominador
e e e e
π

e e >π
e elevando os dois membros da desigualdade a e, (e>1)

(e e e ) > (π ) e
Finalmente temos

π e
e
Sabemos que
x 0 x1 x 2 x 3
e =
x
+ + + + ...
0! 1! 2! 3!
é uma série de Maclaurin

Logo é razoável aceitar que ex > 1 + x

- 61 -
- 62 -
- 63 -
ENTENDA O DÍGITO DA CARTEIRA DE IDENTIDADE- “R.G.”
Teste seu nº completando da direita para a esquerda, realize os produtos, some-os e TÁ-LÁ!

×1+ ×2+ ×3+ ×4+ ×5+ ×6+ ×7+ ×8+ ×9+ ×100 = _______ ÷11=_____(exato)
Até mais – Prof. Marcos Vinícius Ribeiro
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

ENTENDA O DÍGITO DA CARTEIRA DE IDENTIDADE- “R.G.”


Teste seu nº completando da direita para a esquerda, realize os produtos, some-os e TÁ-LÁ!

×1+ ×2+ ×3+ ×4+ ×5+ ×6+ ×7+ ×8+ ×9+ ×100 = _______ ÷11=_____(exato)
Até mais – Prof. Marcos Vinícius Ribeiro

Contar de 1 a infinito
Suponha que não haja limitações físicas.
Então é possível contar os naturais de 1 até o infinito em 1 segundo?
R: Sim. Mas como?

1
Somatório com n de 0 a infinito de 1/(2^(n+1)). Ou ∑
i =0 2
n +1

Isso resultara em 0.5, 0.75, 0.875... Até 1


1
Percebemos que as somas também formam uma
2
seqüência
1 1 3
+ =
2 4 4
1 3 7 15 31 63 127 255 2 n +1 − 1
, , , , , , , ,..., n +1 ,...
1 1 1 7 2 4 8 16 32 64 128 256 2
+ + =
2 4 8 8 ∞
1 2 n+1 − 1
1 1 1 1 15 ou que ∑ n +1 = n +1
+ + + = i =0 2 2
2 4 8 16 16

1
é só dizer cada número “n” em um tempo t = 2^(-n) ou t=
2n
É isso aí!
O tempo necessário ao próximo número é metade do anterior. Assim,
o número 1 poderia levar 0,5 segundos
o número 2 // 0,25 s
o número 3 // 0,125 s
o número 4 // 0,0625 s
o número 5 // ...............0,03125 s
o número 6 //................0,015625 s
o número 7 // 0,0078125 s
e assim sucessivamente até o infinito

- 64 -
CAMPOS VETORIAIS
São funções que associam vetores a pontos do espaço, ou ainda, a coleção de todos os
vetores associados a cada ponto.

Os vetores da figura, representam os vetores velocidade do ar e indicam rapidez, a


direção e o sentido, em pontos 10m acima da superfície na área da Bahia de São Francisco.
Dando uma olhada nas flechas maiores da parte (a), vemos que a maior rapidez dos ventos
naquele instante ocorre quando os ventos entram na Bahia através da ponte Golden Gate.
A parte (b) mostra um aspecto bastante diferente numa época posterior. Associado a cada
ponto no ar, podemos imaginar o vetor velocidade do vento. Este é um exemplo de campo de
vetores velocidade.
Geralmente um campo vetorial é uma função cujo domínio é um conjunto de pontos do
R2 (ou R3 ) e cuja imagem é um conjunto de vetores em V2 (ou V3).
Definição: Um campo vetorial em três dimensões é uma função F cujo domínio D é um
subconjunto de R3 e cujo contra-domínio é um subconjunto de V3.
Se (x,y,z) está em D, então
F(x,y,z) = M(x,y,z)i + N(x,y,z)j + P(x,y,z)k
onde M, N e P são funções escalares.
Definição: Um campo vetorial F é dito ser um campo vetorial conservativo se é o gradiente
de alguma função escalar, ou seja, se existe uma função f tal que, F= ∇f . Nesta
situação f é dita ser uma função potencial de F.
F ( x , y , z ) = ∇ f (x, y, z) para alguma função escalar.
Para se ter um campo vetorial conservativo ou campo vetorial gradiente,
temos, numa função que ter:
∂ ( ∂ f) ∂ ( ∂f )
=
∂y ∂x ∂x ∂y

Se tivermos F ( x, y, z ) = M ( x, y, z )i + N ( x, y, z ) j + P( x, y, z )k , F será conservativo se:


∂M ∂N ∂Μ ∂Ρ ∂Ν ∂Ρ
= e = e =
∂y ∂x ∂z ∂x ∂z ∂y
∂f ∂f ∂f
f é dita ser uma função potencial de F. Admite-se M = ;N = ;P =
∂x ∂y ∂z

- 65 -
Veremos agora duas operações para campos vetoriais que são básicas nas aplicações de cálculo vetorial
à mecânica dos fluídos [Fenômenos de Transporte ou SMFT(Sistemas Mecânicos e Fenômenos de
Transporte)] e a eletricidade e magnetismo (Eletromagnetismo). Cada operação lembra uma diferenciação,
mas uma produz um campo vetorial (∇ × F ) enquanto a outra produz um campo escalar ( ∇.F )
R O T A C I O N A L (∇ × F )
Definição.: Seja F (x,y,z) = M (x,y,z)i + N (x,y,z)j + P (x,y,z)k onde M, N, P têm derivadas parciais em
alguma região. O rotacional de F é dado por:
 ∂Ρ ∂Ν   ∂Μ ∂Ρ   ∂N ∂M 
rot F = ∇ × F =  − i +  −  j +  − k
 ∂y ∂z   ∂z ∂x   ∂x ∂y 
i j k
ou de forma prática: rot F = ∇ × F = ∂ ∂ ∂
∂x ∂y ∂z
Μ Ν Ρ
(A expressão não é propriamente um determinante, pois a 1ª linha é composta de vetores, a 2ª linha de símbolos de derivação parcial e a 3ª linha de funções escalares;
todavia, constitui um dispositivo extremamente útil para memorizar a incômoda fórmula da definição de rotacional) Escoamento Rotacional- Hopi Hari.

Rotacional é a mesma coisa que a Componente K da Densidade de Circulação(duas dimensões)Em três dimensões, a circulação em torno de um ponto P em um
plano é descrita como um vetor. Esse vetor é normal ao plano de circulação e aponta no sentido da regra da mão direita em relação ao sentido da circulação. O
comprimento do vetor dá a taxa de rotação do fluido, a qual geralmente varia à medida que o plano de circulação é inclinado ao redor de P.. A fórmula acima de
rotacional é o vetor de maior circulação em um escoamento com campo de velocidades F = Mi + Nj + Pk No escoamento de um fluido incompressível sobre uma
região plana(duas dimensões) a componente k do rotacional mede a taxa de rotação do fluído em um ponto. A componente K do rotacional é positiva em pontos onde a
rotação tem sentido anti-horário e negativa onde a rotação tem sentido horário.
A questão do rotacional é muito bem colocada aqui como estudo do escoamento rotacional que gera o escoamento turbulento, isto é, o escoamento plenamente
desenvolvido com turbulências, mais conhecido pelo termo técnico "vortéx" ou "vórtice”, como queira”. Aliás, um grande exemplo de rotacionalidade se encontra nos
ciclones e furacões, que tanto varre nas costas norte-americanas.

DIVERGÊNCIA ( ∇.F )

Definição.: Seja F (x,y,z) = M (x,y,z)i + N (x,y,z)j + P (x,y,z)k, com M, N e P dotados de derivadas


parciais em alguma região. A divergência ou o divergente de F, denotada por div F ou ∇.F é
dada por:
∂M ∂N ∂P
div F = ∇. F = + +
∂x ∂y ∂z
Outro operador diferencial aparece quando calculamos a divergência do gradiente de um campo vetorial
∇F . Se f é uma função de três variáveis, ou f(x,y,z) temos:
∂2 f ∂2 f ∂2 f
div( ∇f ) = ∇.(∇f ) = + +
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2
e essa expressão aparece tão freqüentemente que vamos abreviá-la com ∇ f . Esse operador ∇ = ∇.∇
2 2

é chamado de Operador de Laplace ou LAPLACIANO por sua relação com a equação de Laplace.
∂2 f ∂2 f ∂2 f
∇ f = 2 + 2 + 2 =0
2

∂x ∂y ∂z
Divergente é a mesma coisa que Densidade de Fluxo e que Divergente > 0 (Fonte) é quando o fluído chega através de um pequeno orifício (x,y) e
Divergente < 0 (Sumidouro) quando o fluido sai por um pequeno orifício(furo) em duas dimensões. Div F tem em três dimensões a mesma interpretação física que
tem em duas. Se F = Mi + Nj + Pk é o campo velociadade de um escoamento fluido, o valor de div F me um ponto (x,y,z) é a taxa à qual o fluido está sendo injetado
ou drenado em (x,y,z). O divergente é o fluxo por unidade de volume ou densidade de fluxo no ponto. No caso de estudar fluxos em geral (seja de fluídos, seja
magnéticos, sejam elétricos) que se estude pelo teorema de Stokes, que, a grosso modo, diz que todo fluxo pode ser representado pela seguinte lei: fluxo = integral na
área de (propriedade do meio x campo o elemento de área) onde o = produto escalar Por exemplo: fluxo de fluídos = integral de área de (massa específica x velocidade
o elemento de área) fluxo elétrico = integral de área de (permissividade elétrica x campo elétrico o elemento de área) E assim sucessivamente. Em outras palavras, o
divergente é uma ferramenta válida, mas para quem quer ver o fluxo na forma diferencial. O que se usa, em geral, é o fluxo na forma integral, usando o teorema acima
citado.
Definiremos agora uma integral que é semelhante a uma integral simples, exceto que, em
vez de integrarmos sobre um intervalo [a,b], integraremos sobre uma curva C. Tais integrais são
chamadas de integrais de linha, apesar de “integrais curvas ou integrais curvilíneas” ser uma
expressão mais adequada. Elas foram inventadas no começo do século XIX para resolver
problemas envolvendo escoamento de líquidos, forças, eletricidade e magnetismo.

- 66 -
INTEGRAIS DE LINHA
Já vimos que o trabalho feito por uma força f(x) que move uma partícula de A até B ao
b
longo do eixo x é W = ∫
a
f ( x)dx . É verdade também que o trabalho feito por uma força
constante F para mover um objeto de um ponto P para outro ponto Q do espaço é W= F.D, onde
D = PQ é o vetor deslocamento.
Seguindo o mesmo raciocínio, uma das mais importantes aplicações físicas das integrais
curvilíneas envolve campos de força. Suponhamos que a força que atua sobre o ponto (x,y,z) seja
F (x,y,z) = M (x,y,z)i + N (x,y,z)j + P (x,y,z)k ,
onde M,N e P são funções contínuas. Formularemos uma definição para trabalho
realizado quando o ponto de aplicação de F(x,y,z) se move ao longo de uma curva C que tem a
seguinte parametrização
x = g(t), y = h(t), z = k(t) onde a ≤ t ≤ b.
Suponhamos que o movimento se processe na direção definida pelos valores crescentes de t.

Subdividamos C por pontos P0, P1,P2, . . . , Pn, onde Pk tem coordenadas (xk, yk, zk). Se a norma
Ρ é pequena, então Pk está próximo de Pk+1 para cada k. Logo o trabalho realizado por
F(x,y,z) de Pk a Pk+1 pode ser aproximado pelo trabalho ∆ W k realizado pela força constante

F(x,y,z) quando seu ponto de aplicação se move ao longo de Pk Pk +1 que corresponde ao vetor
∆x k i + ∆y k j + ∆z k k .

Assim o trabalho ∆Wk realizado por F(x,y,z) ao longo de Pk Pk +1 é.


∆Wk = F(xk, yk, zk) (∆x k i + ∆y k j + ∆z k k ) ou ∆Wk =M(xk, yk, zk) ∆x k + N(xk, yk, zk) ∆y k +
P(xk, yk, zk) ∆z k

- 67 -
Definição de Trabalho

W = lim ∑ ∆W k W = ∫ M ( x, y, z )dx + N ( x, y , z ) dy + P ( x, y , z ) dz
P →0 k

Assim, o trabalho realizado quando o ponto de aplicação F(x,y,z) se move ao longo de C


é igual à integral curvilínea, em relação a s (parâmetro do comprimento de arco para C), do
componente tangencial de F ao longo de C. Para simplificar a notação, denotaremos F(x,y,z) por
F e T(s) (vetor tangente unitário) por T, e faremos dr = dxi + dyj + dzk = Tds
e resumindo temos:
Definição: Sejam C uma curva suave no espaço, T um vetor tangente unitário a C em
(x,y,z) e F a força que atua em(x,y,z). O trabalho W realizado por F ao longo de C é:

W= ∫ F.Tds = ∫ Fdr
c c
onde r = xi + yj + zk

Independência do Caminho

Definição: Se F(x,y,z) = M(x,y,z)i + N(x,y,z)j + P(x,y,z)k é contínua em uma região


conexa aberta D, então a integral curvilínea ∫ F dr é independente do caminho se e
somente se F é conservativo, ou seja, F(x,y,z) = ∇ f(x,y,z) para alguma função escalar f.

Seja F(x,y,z) = M(x,y,z)i + N(x,y,z)j + P(x,y,z)k contínua em uma região conexa aberta
D, e seja C uma curva parcialmente suave em D, com extremidade A(x1,y1,z1) e
B(x2,y2,z2). Se F(x,y,z) = ∇f ( x, y, z ) então:

( x2 , y 2 , z 2 )

∫ Μ( x, y, z) dx + N(x, y, z) dy + P(x, y, z) dz = ∫ Fdr = [ f ( x, y, z)]


( x2 , y2 , z2 )
( x1 , y1 , z1 )
( x1 , y1 , z1 )

Campos Vetoriais
Cálculo II – Lista de Exercícios – Modulo 04

1) Encontre um campo vetorial conservativo tendo a função potencial dada.


a) f ( x, y ) = 3 x 2 + 2 y 3 d) f ( x, y, z ) = x 2 − 3 y 2 + 4 z 2
b) f ( x, y ) = 2 x 4 − 5 x 2 y 2 + 4 y 4 e) f ( x, y, z ) = sen( x 2 + y 2 + z 2 )
c) f ( x , y ) = ye x − xe y f) f ( x, y, z ) = x 2 ye −4 z

2) Verifique em cada item se o campo vetorial é conservativo. Em caso afirmativo,


encontre a função que gerou este gradiente
a) F ( x, y ) = (3x 2 − 2 y 2 ) i + (3 − 4 xy ) j c) F ( x, y, z ) = ( x 2 − y ) i - ( x − 3z ) j + ( z + 3 y ) k
b) F ( x, y ) = y i + x j d) F ( x, y, z ) = ( ze x + e y ) i + ( xe y − e z ) j + (− ye z + e x ) k

- 68 -
3) Encontre ∇ x F e ∇.F
a) F ( x, y, z ) = x 2 z i + y 2 x j + ( y + 2 z ) k d) F ( x, y, z ) = cos y i + cos z j + cos x k
b) F ( x, y, z ) = (3 x + y ) i + xy 2 z j + xz 2 k e) F ( x, y, z ) = x 3λnz i + xe − y j − ( y 2 + 2 z ) k
c) F ( x, y, z ) = 3xyz 2 i + y 2 sen z j + xe 2 z k

4) Determinar o Laplaciano dos campos escalares

a) V = 4 x 3 y + 3 y 2 xz + 6 z 3 b) V = sen( x 2 + y )

Integrais de Linha
Cálculo II – Lista de Exercícios – Módulo 04

∫ 6x y dx + xy dy; onde C é o gráfico de y = x3 + 1 de ( -1, 0 ) a ( 1, 2 ).


2
1)
C

2) ∫ (x − y )dx + xdy; onde C é o gráfico de y = x de ( 4, -2 ) a ( 4, 2 ).


C
2

3 ) Calcule ∫ xydx + (x + y )dy ao longo de cada curva C de ( 0, 0 ) a ( 1, 3 ).


a) y
y b)

x
x
c) d) y
y

y = 3x2

x
x

- 69 -
∫ (x )
+ y 2 dx + 2x dy ao longo de cada curva C de ( 1, 2 ) a ( -2, 8 ).
2
4 ) Calcule
C

a) b)
y
y

x
x

c) d)

y y

y = 2x2

x x

5 ) Calcule ∫ xz dx + (y + z )dy + x dz se C é o gráfico de


C
x = e t , y = e − t , z = e 2t ;0 ≤ t ≤ 1 .

6 ) Calcule ∫ y dx + z dy + x dz se C é o gráfico de x = sen t , y = 2 sen t, z = sen


2
t; 0 ≤ t ≤ π /2 .
C

7 ) Calcule ∫ (x + y + z )dx + (x - 2y + 3z )dy + (2 x + y − z )dz , onde C é a curva de


C
( 0, 0, 0 ) a (2,3,4), se:
a) C consiste em três segmentos de reta, o primeiro paralelo ao eixo-x, o segundo
paralelo ao eixo-y e o terceiro paralelo ao eixo-z.
b) C consiste em três segmentos de reta, o primeiro paralelo ao eixo-z, o segundo
paralelo ao eixo-x e o terceiro paralelo ao eixo-y.
c) C é um segmento retilíneo.

8 ) Calcule ∫ (x − y )dx + ( y − z )dy + xdz se C é a curva de (1, -2, 3) a (-4, 5, 2) do tipo descrito
C
em (a) 1º // x, 2º // y, 3º // z; (b) 1º // z, 2º // x, 3º // y; e (c) segmento retilíneo; do exercício 07.

9 ) Se a força em (x, y) é F ( x, y ) = (2 x + y )i + ( x + 2 y ) j ache o trabalho realizado por F ao longo


das curvas (a)-(d) do exercício 04.

10 ) A força em um ponto (x, y) de um plano coordenado é dada por


( )
F ( x, y ) = x 2 + y 2 i + ( xy ) j . Ache o trabalho realizado por F(x, y) ao longo do gráfico de
y = x 3 de (0, 0 ) a (2, 8) .

- 70 -
11 ) A força em um ponto (x, y, z) em três dimensões é dada por F ( x, y, z ) = yi + zj + xk .
Determine o trabalho realizado por F(x, y, z) ao longo da cúbica reversa
x = t , y = t 2 , z = t 3 de (0, 0, 0 ) a (2, 4,8) .

12 ) Faça o exercício 11 se F ( x, y, z ) = e x i + e y j + e z k .

Nos exercícios seguintes, mostre que a integral curvilínea é independente do caminho e


calcule o seu valor

(3,1) (1,π / 2 )
13 ) ∫ (y 2
) (
+ 2 xy dx + x + 2 xy dy 2
) 14) ∫ e x
sen y dx + e x cos y dy
( ) −1, 2 ( )0,0

( −2 ,1, 3 ) ( −1,1, 2 )

∫ (6 xy )
+ 2 z dx + 9 x y dy + (4 xz + 1)dz 16) ∫ ( yz + 1)dx + (xz + 1)dy + (xy + 1)dz
3 2 2 2
15)
(1, 0, 2 ) (4, 0,3 )

( )
17) ∫ (2 y − x )dx + y 2 + 2 x dy ; de A é (0,-1) até B é (1,2).
C

( )
18) ∫ (ln x + 2 y )dx + e y + 2 x dy ; de A é (3,1) até B é (1,3)
C

 π
19 ) ∫ tg y dx + x + x sec
2
y dy; de A é (- 2,0 )até B é  4, 
C  4

 π
20 ) ∫ sen y dx + (sen y + x cos y )dy; de A (- 2,0) até B é  2, 6 
C

21 ) ∫ ( y + z )dx + (x + z )dy + (x + y )dz; de A é (0,0,0) até B é (1,1,1)


C

22 ) ∫ ( yz + x )dx + (xz + y )dy + (xy + z )dz; de A (0,0,0) até B (1,1,1)


C

Os exercícios 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 corresponde aos exercícios 3, 5, 7, 8, 9, 10,

11, 12, 16, 18, 19, 20 respectivamente do livro de Cálculo II – Swokowski – Páginas 582-583

Os exercícios 13, 14, 15, 16 correspondem aos exercícios 11, 12, 13, 14 respectivamente
de Cálculo II – Swokowski – Páginas 594-595

Os exercícios 17, 18, 19, 20, 21, 22 correspondem aos exercícios 21, 22, 23, 24, 27, 28
respectivamente de Cálculo II – Leithold - Página 1099

- 71 -
Respostas:
34 16 15 29
1) 2) − 3a ) 3b ) 6 3c ) 7 3d )
7 3 2 4
− 267
4a) –183 4b) –39 4c) –93 4d)
5
5)
1
12
( )
3e 4 + 6e − 2 − 12e + 8e 3 − 5 ≅ 23,97
7 19 1592
6) 7a )19 7b ) 35 7c ) 27 8a) –9 8b) –7 8c) 10)
3 2 21
412 13
11) 13 ) 14 14) e 15 ) –31 17) 18) e3 – e – ln27 + 2 = 16,07
15 2
4− 3
19) 4 20) 21) 3
2

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
Talvez a aplicação mais importante do cálculo seja as equações diferenciais.
Quando Físicos ou cientistas sociais usam o cálculo, em geral o fazem para analisar uma
equação diferencial surgida no processo de modelagem de algum fenômeno que eles estão
estudando. Embora seja freqüentemente impossível encontrar uma fórmula explícita para a
solução de uma equação diferencial, veremos que aproximações gráficas e numéricas
fornecem a informação necessária.
As equações diferenciais tem ampla aplicação na resolução de problemas complexos sobre
movimentos, crescimento, vibrações, eletricidade e magnetismo, aerodinâmica,
termodinâmica, hidrodinâmica, energia nuclear e todo o tipo de fenômeno físico que envolva
taxas de variação de quantidades variáveis.
Não temos a pretensão de constituir um tratado sobre o assunto. Nossa abordagem servirá
apenas como uma introdução a este vasto e importante ramo da matemática. Há cursos e
livros específicos devotados inteiramente ao estudo das equações diferenciais.

MODELAGEM COM EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

Na descrição do processo de modelagem consiste na formulação de um modelo matemático


de um problema real através de raciocínio intuitivo sobre o fenômeno ou através de uma lei
física baseada em evidência experimental. O modelo matemático freqüentemente tem o formato
de uma equação diferencial, isto é, uma equação que contém uma função desconhecida e
algumas de suas derivadas. Isso não surpreende, porque em um problema real freqüentemente
notamos que as mudanças ocorrem e queremos predizer o comportamento futuro com base na
maneira como os valores presentes variam. Vamos começar examinando vários exemplos de
como as equações diferenciais aparecem quando modelamos um fenômeno físico.

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS GERAIS

Uma equação envolvendo uma variável dependente e suas derivadas em relação a uma ou
mais variáveis independentes é chamada de Equação diferencial.
Em geral, uma equação diferencial é uma equação que contém uma função desconhecida
e uma ou mais de suas derivadas. A ordem de uma equação diferencial é a ordem da derivada
mais alta que ocorre na equação. Por exemplo, quando consideramos a equação diferencial.
y ' = xy entendemos que y é a função desconhecida de x.

- 72 -
Uma função f é chamada solução de uma equação diferencial se a equação é satisfeita
quando y = f (x) e suas derivadas são substituídas na equação. Assim, f é uma solução da
Equação acima se f ' ( x) = xf ( x) para todos os valores de x em algum intervalo.
Quando nos é pedido para resolver uma equação diferencial espera-se que encontremos
todas as soluções possíveis da equação. Já resolvemos algumas equações diferenciais
particularmente simples; a saber, aquelas da forma
y ' ( x) = f ( x)
Por exemplo, sabemos que a solução geral da equação diferencial
x4
y' = x3 é dada por y= +C
4
onde C é uma constante arbitrária.
Mas, em geral, resolver uma equação diferencial não é uma tarefa fácil. Não existe uma
técnica sistemática que nos permita resolver todas as equações diferenciais. Veremos como
esboçar gráficos das soluções mesmos quando não temos uma fórmula explícita. Também
aprenderemos como achar aproximações numéricas para as soluções.

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS SEPARÁVEIS

Podemos olhar para as equações diferenciais de primeira ordem a partir de um ponto de


vista geométrico (campo de direções) e a partir de um ponto de vista numérico (método de
Euler). E sob o ponto de vista simbólico? Seria bom Ter uma fórmula explícita para uma solução
de uma equação diferencial. Infelizmente isso não é sempre possível. Mas nesta seção
examinaremos um tipo de equação diferencial que pode ser resolvida explicitamente.
Uma equação separável é uma equação diferencial de primeira ordem na qual a
expressão para dy / dx pode ser fatorada como uma função de x vezes uma função de y. Em
outras palavras, pode ser escrita na forma
dy
= g ( x) f ( y )
dx
O nome separável vem do fato de que a expressão do lado direito pode ser “separada” em uma
função de x e uma função de y. De modo equivalente, se f ( y ) ≠ 0 , podemos escrever
dy g ( x)
= (equação 1)
dx h( y )
onde h( y ) = 1 / f ( y ) . Para resolver essa equação a reescrevemos na forma diferencial
h( y )dy = g ( x)dx
assim todos os y estão em um lado da equação e todos os x estão do outro lado. Então
integramos ambos os lados da equação:
∫ h( y)dy = ∫ g ( x)dx (equação 2)
A equação 2 define y implicitamente como uma função de x. Em alguns casos poderemos
resolver para y em termos de x.
A justificativa para o passo na Equação 2 vem da Regra de Substituições:
dy g ( x)
∫ h( y)dy = ∫ h( y ( x)) dx dx = ∫ h( y( x)) h( y ( x)) dx (da quação 1)
= ∫ g ( x)dx
UM POUCO DE HISTÓRIA: A técnica para resolver equações diferenciais separáveis foi
primeiro usada por James Bernoulli (em 1690) para resolver um problema sobre pêndulos e por
Leibniz (em uma carta para Huygens em 1691). John Bernoulli explicou o método geral em um
artigo publicado em 1694.
Extraído do Stewart, James Cálculo Vol II Páginas 581,584 e 595

- 73 -
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES DE PRIMEIRA ORDEM

É freqüente a ocorrência do tipo de equação diferencial descrito abaixo no estudo de


fenômenos físicos.
Definição Uma equação diferencial linear de primeira ordem é uma equação
da forma
y , + P( x) y = Q( x) onde P e Q são funções contínuas.

Teorema A equação diferencial linear de primeira ordem


y + P( x) y = Q( x) pode ser transformada em uma equação
,

diferencial de variáveis separáveis multiplicando-se ambos os


∫ P ( x ) dx
membros pelo fator integrante e
EQUAÇÃO DIFERENCIAL LINEAR DE 1ª ORDEM – PÁGINA 484(THOMAS)
Resumindo
Sendo a equação diferencial linear de 1ª Ordem y '+ P ( x ) y = Q ( x )
∫ P ( x ) dx
com Fator Integrante F .I . = e
a solução da equação diferencial de 1ª Ordem será

1
y=
F .I . ∫ ( F .I .) • Q ( x) dx

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES DE SEGUNDA ORDEM


A definição seguinte é uma generalização de (19.1).
Definição Uma equação diferencial linear de ordem n é uma equação da
forma y ( n ) + f 1 ( x) y ( n −1) + ... + f n −1 ( x) y , + f n ( x) y = k ( x)
onde f 1 ,..., f n e k são funções de uma variável, com o mesmo domínio. Se k ( x) = 0 para todo x,
a equação homogênea. Se k ( x) ≠ 0 para algum x, a equação se diz não homogênea.

TEOREMA Se y = f ( x) e y = g ( x) são soluções de y ,, + by , + cy = 0 , então


y = C1 f ( x) + C 2 g ( x) é uma solução, para todos os reais C1 e C2.

Definição A equação auxiliar da equação diferencial


y ,, + by , + cy = 0 é m 2 + bm + c = 0
TEOREMA * TEOREMA ** TEOREMA ***
Se as raízes m1 , m2 da Se a equação auxiliar tem a Se a equação auxiliar
equação auxiliar são reais e raiz dupla m, então a solução m + bm + c = 0 tem raízes
2

distintas, então a solução geral de complexas conjugadas s ± ti ,


geral de y + by + cy = 0 é
,, , y + by + cy = 0 é
,, ,
então a solução geral de
y ,, + by , + cy = 0 é
y = C1e m1x + C 2 e m2 x y = C1e mx + C 2 xe mx y = e sx (C1 cos tx + C 2 sen tx)

- 74 -
Equações Diferenciais lineares de 2º ordem
y ' '+by '+ cy = k
para k=0 Equação Diferencial Homogênea (2º ordem)
y ,, + by , + cy = 0
Equação auxiliar m 2 + bm + c = 0

Solução:
a) ∆ > 0 b) ∆ = 0 c) ∆< 0
→ raízes: m1 e m 2 → raiz dupla m → raiz m = s ± ti
(Número Complexo e seu Conjugado)

y = C1 e m1 x + C 2 e m2 x y = C1e mx + C 2 xe mx
y = e sx (C1 cos tx + C2 sen tx)

Retirado do Swokowsky volume 2 – Páginas 645,647,654,655,656 e 659

Cálculo II – Lista de Exercícios – Modulo 04


Grupo 1 – Equações Diferenciais separáveis
Swokowsky2 – Páginas 644,645.

Exercícios 1-4 (a): Determine a Solução Exercícios 5-7: Prove que y é uma solução
geral da equação diferencial e ilustre-a da equação diferencial.
graficamente.
(b) Determine a solução particular que 5) y ,, − 3 y , + 2 y = 0; y = C 1e x + C 2e 2 x
satisfaz a condição y = 2 quando x = 0.
6) y , + 3 y = 0; y = Ce −3 x
1) y , = 3 x 2 2) y , = x − 1
dy
−x 7) 2 xy 3 + 3 x 2 y 2 = 0; y = Cx −2 / 3
3) y =
,
4) y = 3
,
dx
4 − x2

Exercícios 11-21: Resolva a equação diferencial.


11) sec xdy − 2 ydx = 0 17) y ' = x − 1 + xy − y
12) x dy − csc 2 ydx = 0
2
18) (y + yx2)dy + (x + xy2)dx = 0
x+2 y 2 x− y
13) xdy − ydx = 0 19) e dx − e dy = 0
15) 3 ydx + ( xy + 5 x)dy = 0 20) cosx dy – ydx = 0
16) (xy – 4x)dx + (x2y + y)dy = 0 21) y (1 + x 3 ) y '+ x 2 (1 + y 2 ) = 0

Exercícios 27-29:: Determine a solução particular da equação diferencial que satisfaça a


condição dada.
27) 2 y 2 y , = 3 y − y , ; y = 1 quando x=3 29) xdy − (2 x + 1)e − y dx = 0; y= 2 quando x =1

- 75 -
Grupo 2 – Equações Diferenciais Lineares de 1ª Ordem
Swokowsky2 – Página 652.

Exercícios 1-21: Resolva a equação diferencial.


1) y '+2 y = e 2 x 12) (x2y – 1)dx + x3dy = 0
2) y '−3 y = 2 13) ( x 2 cos x + y )dx − xdy = 0
3) xy '−3 y = x 5 14) y’ + y = sen x
5) xy '+ y + x = e x
15) xy '+ (2 + 3 x) y = xe −3 x
6) xy’ + (1 + x)y = 5 16) (x + 4)y’ + 5y = x2 + 8x + 16
7) x 2 dy + (2 xy − e x )dx = 0 17) x −1 y '+2 y = 3
8) x2dy + (x – 3xy + 1)dx = 0 18) y’ – 5y = e5x
9) y '+ y cot gx = 4 x 2 csc x 19) tgxdy + ( y − sen x)dx = 0
−x
21) y '+ 3 x y = x + e
3
11) ( y sen x − 2)dx + cos xdy = 0
2 2

Exercícios 23-26: Determine a solução particular da equação diferencial que satisfaz a condição dada.
23) xy '− y = x 2 + x; y = 2 quando x =1
−3x
24) y '+2 y = e ; y = 2 quando x = 0
−x
25) xy '+ y + xy = e ; y = 0 quando x = 1
26) y '+ 2 xy − e − x = x
2
y = 1 quando x = 0

Grupo 3 – Equações Diferenciais Lineares de 2ª Ordem


Swokowsky2 – Página 659.

Exercícios 1-22: Resolva a equação diferencial.


1) y ,, − 5 y , + 6 y = 0 8) 6 y ,, − 7 y , − 3 y = 0 15) 2 y ,, − 4 y , + y = 0
2) y ,, − y , − 2 y = 0 9) y ,, + 2 2 y , + 2 y = 0 16) 2 y ,, + 7 y , = 0
3) y ,, − 3 y , = 0 10) 4 y ,, + 20 y , + 25 y = 0 17) y ,, − 2 y , + 2 y = 0
4) y ,, + 6 y , + 8 y = 0 11) 8 y ,, + 2 y , − 15 y = 0 18) y ,, − 2 y , + 5 y = 0
5) y ,, + 4 y , + 4 y = 0 12) y ,, + 4 y , + y = 0 19) y ,, − 4 y , + 13 y = 0
6) y ,, − 4 y , + 4 y = 0 13) 9 y ,, − 24 y , + 16 y = 0 20) y ,, + 4 = 0
7) y ,, − 4 y , + y = 0 14) 4 y ,, − 8 y , + 7 y = 0 20a*) y’’-18y’+250y = 0
2
d y dy d2y dy
20b*)y’’+10y’+ 89y = 0 21)
2
+ 6 + 2 y = 0 22) 2
+ 2 + 6y = 0
dx dx dx dx
Exercícios 23-30: Determine a solução particular da equação diferencial que satisfaça as
condições indicadas.

23) y ,, − 3 y , + 2 y = 0; y = 0 e y , = 2 quando x = 0
24) y ,, − 2 y , + y = 0; y = 1 e y , = 2 quando x = 0
25) y ,, + y = 0; y = 1 e y , = 2 quando x = 0
26) y ,, − y , − 6 y = 0; y = 0 e y , = 1 quando x = 0
27) y ,, + 8 y , + 16 y = 0; y = 2 e y , = 1 quando x = 0
28) y ,, + 5 y = 0; y = 4 e y , = 2 quando x = 0
d2y dy dy
29) 2
−2 + 5 y = 0; y = 0e = 1 quando x = 0
dx dx dx
d2y dy dy
30) 2
−6 + 13 y = 0; y =2e = 3 quando x = 0
dx dx dx
Exercícios retirados do Swokowsky volume 2 – Páginas 644,645,652,659.
- 76 -
Respostas:
Grupo 1 – Equações Diferenciais separáveis

1) (a) y = x3 + C b) y = x 3 + 2 3) (a) y = 4 − x 2 + C (b) y = 4 − x 2

y = Ce 2 sen x = −1 + Ce (x / 2 ) − x + ln y = 3 x − 8
2
2
11) 17) y 27) y
1 −x
13) y = Cx 19) y = − ln(3C + 3e ) 29) y = ln(2 x + ln x + e 2 − 2)
3
3 −2 / 3
15) x 3e y y 5 = C 21) y = C (1 + x )
2
−1

Grupo 2 – Equações Diferenciais Lineares de 1ª Ordem


1 4 3
1) y = e 2 x + Ce − 2 x 9) y = x 3 csc x + C csc x 17) y = + Ce − x
2

4 3 2
1 5 1 C
3) y = x + Cx 3 11) y = 2 sen x + C cos x 19) y = sen x +
2 2 sen x
x
e 1 C 1
5) y = − x + 13) y = x sen x + Cx 21) y = + ( x + C )e − x
3

x 2 x 3
e +C
x
1 C
7) y = 2
15) y =  x + 2 e − 3 x 23) y = x( x + ln x + 1)
x 3 x 
25) y = e − x (1 − x −1 )

Grupo 3 – Equações Diferenciais Lineares de 2ª Ordem


1) y = C1e + C2e3 x
2x
17) y = e x (C1 cos x + C 2 sen x)
3) y = C1 + C2e3 x 19) y = e 2 x (C1 cos 3 x + C2 sen 3 x)
5) y = C1e −2 x + C2 xe −2 x 21) y = C1e ( −3+ 7)x
+ C 2 e ( −3− 7)x

7) y = C1e ( 2+ 3) x
+ C 2 e ( 2− 3 )x
23) y = −2e x + 2e 2 x
9) y = C1 e − + C 2 xe − 2 x
2x
25) y = cos x + 2 sen x
11) y = C1e −3 x / 2 + C2e5 x / 4 27) y = e −4 x (2 + 9 x)
1
13) y = C1e 4 x / 3 + C2 xe 4 x / 3 29) y = e x sen 2 x
2
15) y = C1e( 2 + 2)x / 2
+ C2e( 2 − 2)x / 2

- 77 -
O QUE AS ESCOLAS NÃO ENSINAM:

Aqui estão alguns conselhos que B G


ILL ATES recentemente ditou em uma
conferência em uma escola secundária sobre 11 coisas que estudantes não aprenderiam na
escola. Ele fala sobre como a "política educacional de vida fácil para as crianças" tem criado
uma geração sem conceito da realidade, e como esta política tem levado as pessoas a falharem
em suas vidas posteriores à escola.Muito conciso, todos esperavam que ele fosse fazer um
discurso de uma hora ou mais, ele falou por menos de 5 minutos, foi aplaudido por mais de 10
minutos sem parar, agradeceu e foi embora em seu helicóptero a jato...

Regra 1: A vida não é fácil - acostume-se com isso.

Regra 2: O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça
alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo.

Regra 3: Você não ganhará R$ 20.000 por mês assim que sair da escola.Você não será vice-
presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido
comprar seu próprio carro e telefone.

Regra 4: Se você acha seu professor rude, espere até ter um Chefe. Ele não terá pena de você.

Regra 5: Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição
social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.

Regra 6: Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com
eles.

Regra 7: Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram
assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são "ridículos".
Então antes de salvar o planeta para próxima geração querendo consertar os erros da geração dos
seus pais, tente limpar seu próprio quarto.

Regra 8: Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida
não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até
acertar. Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real. Se pisar na bola, está
despedido, RUA!!!!! Faça certo da primeira vez.

Regra 9: A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco
provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

Regra 10: Televisão NÃO é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a
boite e ir trabalhar.

Regra 11: Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns
babacas, nerds). Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles Bill
Gates, dono da maior fortuna pessoal do mundo, e da Microsoft, a única empresa que enfrentou e
venceu a Big Blues (IBM) desde de sua fundação em meados de 1900....A empresa que construiu
o primeiro Cérebro Eletrônico (computador) do mundo. Imprima, repasse, releia, e mostre a
todos que você considera...

- 78 -
CÁLCULO 2 – Preparação para Equações Diferenciais de 2ªOrdem
Fatoração de Equações do 2º grau(1ª Parte) - Prof. Marcos Vinícius Ribeiro
Produto Resultado Fatoração Raízes
01) (x + 2)(x + 3)=0 01)
02) (x + 2)(x –3)=0 02)
03) (x –2)(x + 3)=0 03)
04) (x – 2)(x –3)=0 04)
05) (x + 1)(x + 4)=0 05)
06) (x –1)(x –12)=0 06)
07) (x + 2)(x –6)=0 07)
08) (x –3)(x –8)=0 08)
09) (x + 1)(x –4)=0 09)
10) (x –3)(x + 4)=0 10)
11) (x –2)(x + 6)=0 11)
12) (x + 3)(x + 8)=0 12)
13) (x –2)(x –5)=0 13)
14) (x –1)(x + 4)=0 14)
15) (x –1)(x + 12)=0 15)
16) (x –3)(x + 14)=0 16)
17) (x –3)(x + 8)=0 17)
18) (x + 3)(x –4)=0 18)
19) (x + 2)(x –5)=0 19)
20) (x –1)(x –4)=0 20)
21) (x – 2)(x –6)=0 21)
22) (x – 1)(x + 48)=0 22)
23) (x –3)(x –4)=0 23)
24) (x + 2)(x –24)=0 24)
25) (x + 1)(x –12)=0 25)
26) (x + 3)(x –8)=0 26)
27) (x –3)(x – 16)=0 27)
28) (x –3)(x + 7)=0 28)
29) (x + 3)(x + 4)=0 29)
30) (x + 2)(x –21)=0 30)
31) (x –4)(x +12)=0 31)
32) (x + 6)(x –8)=0 32)
33) (x + 7)(x + 8)=0 33)
34) (x –5)(x –6)=0 34)
35) (x –1)(x –42 )=0 35)
36) (x + 8)(x – 9)=0 36)
37) (x –6)(x – 7) =0 37)
MVR

- 79 -
CÁLCULO 2 – Preparação para Equações Diferenciais de 2ª Ordem
Fatoração de Equações do 2ºGrau(2ªParte)
Raízes Fracionárias – Método Locikiano(a ≠ 1), Raízes Complexas e Raízes Irracionais
Prof. Marcos Vinícius Ribeiro

01) –12x2 + x + 6 = 0 02) 2x2 + 9x – 5 = 0

03) 2x2 + 3x – 2 = 0 04) 15x2 –8x + 1 = 0

05) 3x2 + 4x + 1 = 0 06) 2x2 –5x + 2 = 0

07) 6x2 –5x + 1 = 0 08) 12x2 –17x + 6 = 0

09) 5x2 –6x + 1 = 0 10) 4x2 –27x + 18 = 0

11) 8x2 + 2x – 3 = 0 12) 6x2 + 7x + 2 = 0

13) 12x2 + 25x + 12 = 0 14) 2x2 – 13x –24 = 0

15) 3x2 – 49x + 16 = 0 16) 2x2 + x –6 = 0

17) 6x2 – 47x – 8 = 0 18) 3x2 + 8x – 16 = 0

19) 32x2 – 36x + 9 = 0 20*) x2 – 6x + 9 = 0

21**) x2 –4x + 5 = 0 22*) x2 –10x + 25 = 0

23**) x2 –6x + 13 = 0 24**) x2 – 6x + 10 = 0

25*) 4x2 + 12x + 9 = 0 26*) 5x2 – 4x + 1= 0

27**) x2 + 4x + 13 = 0 28**) x2 – 2x + 26 = 0

29**) x2 – 6x + 13 = 0 30**) x2 + 18x +529 = 0

31**) x2 + 8x + 65 = 0 32**) 9x2 +12x + 40 = 0

33***) x2 – 6x + 7 = 0 34***) x2 – 4x + 1 = 0

35***) x2 + 2x – 4 = 0 36***) x2 – 10x + 23 = 0

37***) x2 + 8x + 9 = 0 38***) x2 + 16x + 53 = 0


MVR

- 80 -
A INSPIRAÇÃO QUE FALTAVA - POESIA MATEMÁTICA

Um Quociente apaixonou-se Constituir um lar.


Um dia Mais que um lar.
Doidamente Uma Perpendicular.
Por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável Convidaram para padrinhos
E viu-a, do Ápice à Base... O Poliedro e a Bissetriz.

Uma Figura Ímpar; E fizeram planos, equações


Olhos rombóides, boca trapezóide, diagramas para o futuro
Corpo ortogonal, seios esferóides. Sonhando com uma felicidade
Integral
Fez da sua vida E diferencial. (olha o CÁLCULO aí !!)
Paralela a dela.
E se casaram e tiveram
Até que se encontraram uma secante e três cones
No Infinito. Muito engraçadinhos.

"Quem és tu?" indagou ele E foram felizes


Com ânsia radical. Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
"Sou a soma do quadrado dos catetos. Vira monotonia.
Mas pode me chamar de Hipotenusa." Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...
E de falarem descobriram que eram
- O que, em aritmética, corresponde Freqüentador de Círculos Concêntricos.
A alma irmãs Viciosos.
Primos-entre-si. Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E assim se amaram E reduziu-a a um Denominador Comum.
Ao quadrado da velocidade da luz.
Ele, Quociente, percebeu
Numa sexta potenciação Que com ela não formava mais Um Todo.
Traçando Uma Unidade.
Ao sabor do momento
E da paixão Era o Triângulo,
Retas, curvas, círculos e linhas senoidais. Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era a fração
Escandalizaram os ortodoxos Mais ordinária.
das fórmulas euclideanas
E os exegetas do Universo Finito. Mas foi então que Einstein descobriu a
Relatividade.
Romperam convenções newtonianas E tudo que era expúrio passou a ser
e pitagóricas. Moralidade
E, enfim, resolveram se casar Como aliás, em qualquer
Sociedade.

- 81 -
Leia
Sua mente é capaz de decodificar a
mensagem!

M473M471C0 (53N54C1ON4L)
4S V3235 3U 4C0RD0
M310 M473M471C0.
D31X0 70D4 4 4857R4Ç40 N47UR4L D3 L4D0
3 M3 P0NH0 4 P3N54R 3M NUM3R05,
C0M0 53 F0553 UM4 P35504 R4C10N4L.
540 5373 D1550, N0V3 D4QU1L0...
QU1N23 PR45 0NZ3...
7R323N705 6R4M45 D3 PR35UNT0...
M45 L060 C410 N4 R34L
3 C0M3Ç0 4 F423R V3R505
H1NDU-4R481C05

Marcos Vinícius Ribeiro 04/02/2007

"De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae


ignlsea, nao ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma
plravaa etaso, a uncia csioa iprotmatne e que a piremria
e utmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser
uma ttaol bcguana que vcoe pdoe anida ler sem
pobrlmea. Itso e poqrue nos nao lmeos cdaa lrtea
isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Vdaerde!"
Colaboração: FABIO EDUARDO CARVALHO DE OLIVEIRA nº 70528
Aluno do 2ºI Computação – 2007.

- 82 -
3M D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414,
0853RV4ND0 DU45 CR14NC45
8R1NC4ND0 N4 4R314.
3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0
UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35,
P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45.
QU4ND0 3574V4M QU453 4C484ND0,
V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0,
R3DU21ND0 0 C4573L0
4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4.
4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0,
45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0,
C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4,
R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M
4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0.
C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0
UM4 GR4ND3 L1C40;
G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4
C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154
3 M415 C3D0 0U M415 74RD3,
UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0
0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R.
M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R
50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M
P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R!
S0 0 QU3 P3RM4N3C3, 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 C4R1NH0.
0 R3570 3 F3170 D3 4R314.
Piada Matemática infame: Sabe o que o Zero(0) disse para o Oito(8)? Uau! Que cinto bonito!!!

Conte, quantas letras "F" tem no texto abaixo

FINISHED FILES ARE THE RESULT OF YEARS OF SCIENTIFIC STUDY


COMBINED WITH THE EXPERIENCE OF YEARS

Contou? Somente leia abaixom após ter contado os "F". OK?


Quantos??? 3??? Talvez 4???

Errado, são 6 (seis) - não e piada! Volte para cima e leia mais uma vez! A explicação está mais abaixo ... O cerebro não consegue processar a
palavra "OF". Loucura, não? Quem conta todos os 6 "F" na primeira vez é um "gênio". 3 é normal, 4 é mais raro, 5 mais ainda, 6 quase ninguém.

- 83 -
DIVISIBILIDADE
Marcos Vinícius Ribeiro 02/06/04
Divisibilidade por 2
Um número será divisível por 2 quando for par.
Divisibilidade por 3
Um número será divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos for divisível por 3
564 é divisível por 3 porque 5+6+4=15, que é divisível por 3.
413 não é divisível por 3 porque 4+1+3=8, que não é divisível por 3.
Divisibilidade por 4
Um número será divisível por 4 quando terminar em 00 ou quando o número formado pelos seus dois últimos algarismos for divisível por
4
700 é divisível por 4 porque termina em 00
6532 é divisível por 4 porque o número 32 é divisível por 4.
326 não é divisível por 4 porque 26 não é divisível por 4
Divisibilidade por 5
Um número será divisível por 5 quando terminar em 0 ou 5.
Divisibilidade por 6
Um número será divisível por 6 quando for divisível por 2 e por 3.
Divisibilidade por 7
Um número é divisível por 7 quando a diferença entre as suas dezenas e o dobro do valor do seu algarismo das unidades é divisível
por 7. Assim, em 406 temos 40 dezenas e 6 unidades.Como 40 – (6x2) = 40 – 12 = 28 que é divisível por 7, concluímos que 406 é
divisível por 7.
Divisibilidade por 8
Um número será divisível por 8 quando terminar em 000 ou quando o número formado pelos seus três últimos algarismos for
divisível por 8 (semelhante ao do 4)
Divisibilidade por 9
Um número será divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos for divisível por 9 (semelhante ao do 3)
Divisibilidade por 10, 100, 1000, etc.
Um número será divisível por 10, 100, 1000, etc. quando terminam, respectivamente, com 1, 2, 3, etc. zeros à direita.
Divisibilidade por 11
Um número será divisível por 11 quando a diferença entre as somas dos valores absolutos dos algarismos de ordem ímpar e de
ordem par for um número divisível por 11.
Exemplo 1: 2574 -soma dos algarismos de ordem impar: 4+5=9 soma dos algarismos de ordem par 7+2 = 9 e 9 – 9 = 0 que é
divisível por 11, pois 0 é múltiplo de 11.
Exemplo 2: 3619 – soma dos algarismos de ordem impar 9+6=15 soma dos algarismos de ordem par 1+3=4 e 11 – 4 = 11
que é divisível por 11.
Exemplo 3: 612 – soma dos algarismos de ordem impar 2 + 6 = 8 soma dos algarismos de ordem par = 1
e 8-1=7 que não divisível por 11, logo 612 é divisível por 11.
Divisibilidade por 12
Um número será divisível por 12 quando for divisível por 3 e por 4
Divisibilidade por 13
Um número é divisível por 13 quando a soma das suas dezenas com o quádruplo do valor do seu algarismo das unidades
é divisível por 13. O número 351 é divisível por 13, pois 35 + (1x4) = 35 + 4 = 39 que é divisível por 13.
Divisibilidade por 25
Um número é divisível por 25 quando os seus dois últimos algarismos formam 25, 50, 75 ou 00.
Número primo é todo número (diferente de 1) que tem somente dois divisores distintos: o número 1 e ele mesmo.
Número composto é todo aquele que tem mais de dois divisores distintos.
O número 1 possui apenas um divisor. O número 1 não é primo nem composto.

Total de divisores naturais de um número composto


Se a decomposição em fatores primos de um número composto N é , n = pa × qb × rc × ... × t n onde a, b, c, ..., n são os expoentes
dos fatores primos p, q, r, ... t, então, o total de divisores naturais do número N é nº de divisores de N =
(a+1)×(b+1)×(c+1)×.....×(n+1).
Exemplo: Decompondo o número 360 em fatores primos obtemos: 360=23×32×51, onde os expoentes são 3,2,1. Logo o total de
divisores naturais de 360 é (3+1)×(2+1)×(1+1)= 4×3×2=24 divisores . E realmente é verdade pois
D(360) = {1,2,3,4,5,6,8,9,10,12,15,18,20,24,30,36,40,45,60,72,90,120,180,360} num total de vinte e quatro.

Extraído do Livro Matemática 5ª série, páginas 71 a 74– Edwaldo Bianchini – Editora Moderna – 3ª edição – 1994
e da Apostila Oficial de Justiça – Matemática – Curso Prof. Júnior, páginas 5, 6 e 7.

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EXPRESSÕES E SEUS SIGNIFICADOS
Como nem sempre sabemos de onde e porque surgiram algumas expressões populares, seguem aqui algumas delas e sua origens.

CALCANHAR DE AQUILES
De acordo com a mitologia grega, Tétis, mãe de Aquiles, a fim de tornar seu filho indestrutível, mergulhou-o num lago mágico, segurando-o pelo
calcanhar. Na Guerra de Tróia, Aquiles foi atingido na única parte de seu corpo que não tinha proteção: o calcanhar. Portanto, o ponto fraco de
uma pessoa é conhecido como calcanhar de Aquiles.

VOTO DE MINERVA
Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o
voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.

CASA DA MÃE JOANA


Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país
costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens andavam e desmandavam
no país, a frase "casa da mãe Joana" ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

VÁ SE QUEIXAR AO BISPO!
Durante o Brasil Colônia, a fertilidade de uma mulher era atributo fundamental para o casamento, afinal, a ordem era povoar as novas terras
conquistadas. A Igreja permitia que, antes do casamento, os noivos mantivessem relações sexuais, única maneira de o rapaz descobrir se a moça
era fértil. E adivinha o que acontecia na maioria das vezes? O noivo fugia depois da relação para não ter que se casar. A mocinha, desolada, ia se
queixar ao bispo, que mandava homens para capturar o tal espertinho.

CONTO DO VIGÁRIO
Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários
contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho
teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu; só que, mais tarde, descobriram que
um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.

FICAR A VER NAVIOS


Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo
português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo
rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.

NÃO ENTENDO PATAVINAS


Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova,
sendo assim, não entender patavina significa não entender nada.

DOURAR A PÍLULA
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar os aspectos do remedinho amargo. A expressão dourar a
pílula, significa melhorar a aparência de algo.

CHEGAR DE MÃOS ABANANDO


Há muito tempo, aqui no Brasil, era comum exigir que os imigrantes que chegassem para trabalhar nas terras trouxessem suas próprias
ferramentas. Caso viessem de mãos vazias, era sinal de que não estavam dispostos ao trabalho. Portanto, chegar de mãos abanando é não carregar
nada.

SEM EIRA NEM BEIRA


Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de
cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.

ABRAÇO DE TAMANDUÁ
Para defender-se, o tamanduá se deita de barriga para cima e abraça seu inimigo. O desafeto é então esmagado pela força. Abraço de tamanduá é
sinônimo de deslealdade, traição.

O CANTO DO CISNE
Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém.

ESTÔMAGO DE AVESTRUZ
Define aquele que come de tudo. O estômago do avestruz é dotado de um suco gástrico capaz de dissolver até metais. ( Hardoim )

LÁGRIMAS DE CROCODILO
É uma expressão usada para se referir ao choro fingido. O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca,
comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima.

MEMÓRIA DE ELEFANTE
O elefante lembra de tudo aquilo que aprende, por isso é uma das principais atrações do circo. Diz-se que as pessoas que se recordam de tudo
têm memória de elefante.

OLHOS DE LINCE
Ter olhos de lince significa enxergar longe, uma vez que esses bichos têm a visão apuradíssima. Os antigos acreditavam que o lince podia ver
através das paredes.

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x+Q
Curiosidade: x≅
2 Q
Onde: x é um número qualquer(não quadrado perfeito).
Q é um quadrado perfeito mais próximo de x.
Exemplos
45 + 49
01) 45 ≅ = 6,714285714... e pela calculadora 45 = 6,708203932
2 49
87 + 81
02) 87 ≅ = 9,3333... e pela calculadora 87 = 9,327379053...
2 81
600 + 576 1176
600 ≅ = = 24,5 e pela calculadora 600 = 24,49489743...
2 576 2 * 24
03)
600 + 625 1225
600 ≅ = = 24,5 e pela calculadora 600 = 24,49489743...
2 625 2 * 25

- 86 -
PODEMOS FAZER A D I F E R E N Ç A...
Relata a Sra. Teresa, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da 5ª série
primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual. No entanto, ela
sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado
Ricardo. A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes
suas roupas estavam sujas e cheiravam mal. Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar
notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos. Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada
professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações. Ela
deixou a ficha de Ricardo por último. Mas quando a leu foi grande a sua surpresa.

Ficha do 1º ano: "Ricardo é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e
muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele."

Ficha do 2º ano: "Ricardo é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado
preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu
lar deve estar sendo muito difícil."

Ficha do 3º ano: "A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Ricardo. Ele procura fazer o melhor,
mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências
para ajuda-lo."

Ficha do 4º ano: "Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos
amigos e muitas vezes dorme na sala de aula."

Deu-se conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Piorou quando lembrou dos
lindos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, com papéis coloridos, exceto o de Ricardo, que
estava enrolado num papel de supermercado.

Lembrou que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira
faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade. Apesar das piadas ela disse que o presente
era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquela ocasião Ricardo
ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Relembra, ainda, que ele lhe disse que ela
estava cheirosa como sua mãe. Naquele dia, depois que todos se foram, a professora chorou por longo
tempo... Em seguida, decidiu mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos,
especialmente a Ricardo. Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela
lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava. Ao finalizar o ano letivo, Ricardo saiu como o melhor
da classe. Quatro anos depois, recebeu uma carta de Ricardo contando que havia concluído o segundo
grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera. As notícias se repetiram até que um dia
ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como
Ricardo.
Mas a história não terminou aqui. Tempos depois recebeu o convite de
casamento e a notificação do falecimento do pai de Ricardo. Ela aceitou o convite e no dia do casamento
estava usando a pulseira que ganhou de Ricardo anos antes, e também o perfume. Quando os dois se
encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Ricardo lhe disse ao ouvido: "Obrigado por acreditar em
mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença." E com os olhos
banhados em lágrimas sussurrou: "Engano seu! Depois que o conheci aprendi a lecionar e a ouvir os
apelos silenciosos que ecoam na alma do educando”.

Mais do que avaliar seu comportamento, suas provas e suas notas, O importante é ensinar com amor mostrando que
sempre é possível FAZER A DIFERENÇA..." Autor Desconhecido

E VOCÊ... Tem feito algo pelo próximo e respeitado seus limites? Tem auxiliado em suas angústias e
dificuldades? Tem partilhado o peso de sua cruz? Ou será que tem se limitado a julgar e criticar?

- 87 -
Você faz a diferença!
Uma professora de determinado colégio decidiu homenagear cada um dos seus formandos dizendo-lhes
da diferença que tinham feito em sua vida de mestra. Chamou um de cada vez para frente da classe.
Começou dizendo a cada um a diferença que tinham feito para ela e para os outros da turma. Então deu a
cada um uma fita azul, gravada com letras douradas que diziam: "Quem Eu Sou Faz a Diferença"..
Mais adiante, resolveu propor um Projeto para a turma, para que pudessem ver o impacto que o
reconhecimento positivo pode ter sobre uma comunidade.Deu aos alunos mais três fitas azuis para cada
um, com os mesmos dizeres, e os orientou a entregarem as fitas para as pessoas de seu conhecimento que
achavam que desempenhavam um papel diferente. Mas que deveriam poder acompanhar os resultados
para ver quem homenagearia quem, e informar esses resultados à classe ao fim de uma semana. Um dos
rapazes procurou um executivo iniciante em uma empresa próxima, e o homenageou por tê-lo ajudado a
planejar sua carreira. Deu-lhe uma fita azul, pregando-a em sua camisa. Feito isso, deu-lhe as outras duas
fitas dizendo: "Estamos desenvolvendo um projeto de classe sobre reconhecimento, e gostaríamos que
você escolhesse alguém para homenagear, entregando-lhe uma fita azul, e mais outra, para que ela, por
sua vez, também possa homenagear a uma outra pessoa, e manter este processo vivo. Mas depois, por
favor, me conte o que perceber ter acontecido." Mais tarde, naquele dia, o executivo iniciante procurou
seu chefe, que era conhecido, por sinal, como uma pessoa de difícil trato. Fez seu chefe sentar, disse-lhe
que o admirava muito por ser um gênio criativo. O chefe pareceu ficar muito surpreso. O executivo
subalterno perguntou a ele se aceitaria uma fita azul e se lhe permitiria colocá-la nele. O chefe surpreso
disse: "É claro ." Afixando a fita no bolso da lapela, bem acima do coração, o executivo deu-lhe mais uma
fita azul igual e pediu: "Leve esta outra fita e passe-a a alguém que você também admira muito." E
explicou sobre o projeto de classe do menino que havia dado a fita a ele próprio.No final do dia, quando
o chefe chegou a sua casa, chamou seu filho de 14 anos e o fez sentar-se diante dele. E disse: "A coisa
mais incrível me aconteceu hoje. Eu estava na minha sala e um dos executivos subalternos veio e me deu
uma fita azul pelo meu gênio criativo. Imagine só! Ele acha que sou um gênio! Então me colocou esta fita
que diz que "Quem Eu Sou Faz a Diferença". Deu-me uma fita a mais pedindo que eu escolhesse alguma
outra pessoa que eu achasse merecedora de igual reconhecimento." Quando vinha para casa, enquanto
dirigia, fiquei pensando em quem eu escolheria e pensei em você.. Gostaria de homenageá-lo. "Meus dias
são muito caóticos e quando chego em casa, não dou muita atenção a você. Às vezes grito com você por
não conseguir notas melhores na escola, e por seu quarto estar sempre uma bagunça. Mas por alguma
razão, hoje, agora, me deu vontade de tê-lo à minha frente. Simplesmente, sabe, para dizer a você, que
você faz uma grande diferença para mim. Além de sua mãe, você é a pessoa mais importante da minha
vida. Você é um grande garoto filho, e eu te amo!" O menino, pego de surpresa, desandou a chorar
convulsivamente sem parar. Ele olhou seu pai e falou entre lágrimas: "Pai, poucas horas atrás eu estava
no meu quarto e escrevi uma carta de despedida endereçada a você e à mamãe, explicando porque havia
decidido suicidar e lhes pedindo perdão". Pretendia me matar enquanto vocês dormiam... Achei que vocês
não se importavam comigo. "A carta está lá em cima, mas acho que afinal, não vou precisar dela mesmo
." Seu pai foi lá em cima e encontrou uma carta cheia de angústia e de dor. O homem foi para o trabalho
no dia seguinte completamente mudado. Ele não era mais ranzinza e fez questão de que cada um dos seus
subordinados soubesse a diferença que cada um fazia. O executivo que deu origem a isso ajudou muitos
outros a planejarem suas carreiras e nunca esqueceu de lhes dizer que cada um havia feito uma diferença
em sua vida... Sendo um deles o filho do próprio chefe. A conseqüência desse projeto é que cada um dos
alunos que participou dele aprendeu uma grande lição: de que "Quem Você É Faz sim, uma Grande
Diferença".
Você não precisa passar isso adiante para ninguém... Nem para duas nem para duzentas pessoas.
Continue a sua vida como você acha que está bom para você. Por outro lado, se quiser, pode enviar para
aquelas pessoas que significaram ou significam algo para você, sejam quantas forem. Ou por outro lado,
simplesmente sorria quando lhe escrevo que estou lhe mandando isso porque você é importante para mim,
cada um de vocês é importante para mim, senão não os teria incluído na minha lista de envio. Quem você
é na minha vida, faz muita diferença para mim, e eu queria que vocês soubessem disso. Eis aqui a sua fita
azul! Tenha um excelente dia. Com Deus, sempre!

- 88 -
SE NÃO NOS ESFORÇARMOS EM FAZER O MELHOR
Se não nos esforçarmos em fazer o melhor, mesmo em tarefas que possam parecer simples,
jamais nos serão confiadas tarefas de maior importância. Todas as vezes que fazemos o uso
correto e amplo da informação, criamos a oportunidade de imprimir a nossa marca pessoal.
Você pode e deve se destacar, até nas coisas mais simples.

Paulo trabalhava em uma empresa há dois anos. Sempre foi um funcionário sério, dedicado e
cumpridor de suas obrigações. Nunca chegava atrasado. Por isso mesmo já estava com 02 anos
na empresa, sem ter recebido uma única reclamação. Certo dia, ele foi até o diretor para fazer
uma reclamação:
- Sr. Gustavo, tenho trabalhado durante estes dois anos em sua empresa com toda a dedicação, só
que me sinto um tanto injustiçado. Fiquei sabendo que o Fernando, que tem o mesmo cargo que
eu e está na empresa há somente 06 meses já vai ser promovido ?!?...
Gustavo, fingindo não ouvi-lo disse:
- Foi bom você vir aqui. Tenho um problema para resolver e você poderá me ajudar. Estou
querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço de hoje. Aqui na esquina
tem uma barraca de frutas. Por favor, vá até lá e verifique se eles tem abacaxi. Paulo, sem
entender direito, saiu da sala e foi cumprir a missão. Em cinco minutos estava de volta.
- E aí Paulo? - Perguntou Gustavo: -
Verifiquei como o senhor pediu e eles tem abacaxi sim...
- E quanto custa ??? - Ah, Isso eu não perguntei não...
- Eles tem abacaxi suficiente para atender a todo nosso pessoal ???
- Quis saber Gustavo.
- Também não perguntei isso não...
- Há alguma fruta que possa substituir o abacaxi ???
- Não sei não...
- Muito bem Paulo. Sente-se ali naquela cadeira e aguarde um pouco.
O diretor pegou o telefone e mandou chamar o novato Fernando. Deu a ele a mesma orientação
que dera ao Paulo. Em dez minutos, Fernando voltou.
- E então ??? - Indagou Gustavo –
- Eles têm abacaxi, sim Seu Gustavo. E é o suficiente para todo nosso pessoal e, se o senhor
preferir, têm também laranja, banana, melão e mamão. O abacaxi estão vendendo a R$1,50 cada;
a banana e o mamão a R$1,00 o quilo; o melão R$1,20 a unidade e a laranja a R$20,00 o cento,
já descascada. Mas como eu disse que a compra seria em grande quantidade, eles nos concederão
um desconto de 15%. Deixei reservado. Conforme o Senhor decidir, volto lá e confirmo o
pedido. Explicou Fernando.
- Agradecendo pelas informações, o patrão dispensou-o. Voltou-se para Paulo, que permanecia
sentado e perguntou-lhe:
- Paulo, o que foi que você estava me dizendo???
- Nada não, patrão. Esqueça. Com licença...
E Paulo deixou a sala...

- 89 -
EXERCÍCIOS THOMAS – CÁLCULO VOLUME 2
REGRA DA CADEIA – FUNÇÃO DE DUAS OU MAIS VARIÁVEIS:
Páginas 289. 290 do 1 ao 12

DERIVADAS DIRECIONAIS
Páginas 303, 304 do 1 ao 22

INTEGRAIS
Páginas: 364, 365, 376, 384, 393, 394, 395, 410, 411, 412, 413

COORDENADAS POLARES: EQUAÇÕES E GRÁFICOS


Páginas 154-155 do 1 ao 74

INTEGRAÇÃO TABULAR
Página 529,530,580. Volume 1

SEQÜÊNCIAS
Página 11 do 1 ao 56
Página 30 a 31 do 1 ao 51
Página 42 do 1 ao 65
Página 50-51 do 1 ao 44
Página 60 do 1 ao 38
Página 72 do 1 ao 35

Exponencial Complexa


e +1= 0
A equação de Euler que reúne os
5 mais famosos números da Matemática!

- 90 -
VISLUMBRES DE UM CRIADOR
Abraão de Almeida

O elefante é o único animal cujas pernas dianteiras se dobram para a frente. Por que? Porque,
de outra forma, seria difícil para esse animal levantar-se, por causa do seu peso.

Por que os cavalos, para se erguerem, usam as patas dianteiras, e as vacas, as traseiras?
Quem orienta esses animais para que ajam dessa maneira?

Quem teria o poder de colocar um punhado de argila no coração da terra e, através da ação do
fogo transformá-la em formosa ametista de alto valor?

Quem colocaria certa quantidade de carvão nas entranhas do solo e, mediante a combinação do
fogo e a pressão dos montes e das rochas, transformar esse carvão em resplandecente diamante, que
vai fulgurar na coroa dos reis ou no diadema dos poderosos?

Por que o canário nasce aos 14 dias, a galinha aos 21, os patos e gansos aos 28, o ganso
silvestre aos 35 e os papagaios e avestruzes aos 42 dias? Por que a diferença entre um período e
outro é sempre de sete dias?

Quem regula a natureza, sem jamais cometer engano, determinando que as ondas do mar se
quebrem na praia à razão de 26 por minuto, tanto na calma como na tormenta?

Muitas coisas acontecem na natureza sem que tenhamos um mínimo de sensibilidade para
perceber. Exemplos:
A melancia tem número par de franjas.
A laranja possui número par de gomos.
A espiga de milho tem número par de fileiras de grãos.
O cacho de bananas tem, na última fila, número par de bananas, e cada fila de bananas tem
uma a menos que a anterior. Desse modo, se uma fileira tem número par, a seguinte terá número ímpar.
A ciência moderna descobriu que todos os grãos das espigas são em número par, e é
admirável que Jesus, ao se referir aos grãos, tenha mencionado exatamente números pares: 30, 60 e
100. (Marcos 4:8).

Outro mistério que a ciência ainda não descobriu: enormes árvores, pesando milhares de quilos,
apoiadas em apenas poucos centímetros de raízes. Ninguém até agora conseguiu descobrir esse
princípio de sustentação a fim de aplicá-lo na construção de edifícios e pontes.

Mas há maravilha ainda maior! O oxigênio e o hidrogênio, ambos sem cheiro, sem sabor e sem
cor, combinados com o carvão, que é insolúvel, negro e sem gosto, resulta no alvo e doce açúcar.

Esses são apenas alguns vislumbres de um Deus sábio e amoroso.


Esse mesmo Deus que realiza tais maravilhas no mundo que Ele criou, pode também efetuar em
nós um milagre ainda muito maior. Ele pode dar-nos um novo nascimento, fazendo novas todas as
coisas. (João 3:3 - Corintios 5:17).

Ele pode tomar nossa vida triste, inútil e insípida e torná-la alegre, útil e plena de significado para
a glória Dele.

Portanto, não se desespere. Não importa quão grave seja a sua condição física, moral ou
espiritual. O Senhor Jesus, que "ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre" (Hebreus 13:8), só Ele
tem a última palavra. Você pode experimentar um milagre! Tão somente creia Nele, receba-O como seu
único Senhor e Salvador, e coloque a sua vida nas mãos Dele.

"Se com tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." (Romanos 10:9)

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único filho, para que todo
aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna." (João 3:16).

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- 94 -
"Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis e
esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
"quebrei a cara" muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só pra escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial
(e acabei perdendo)!
Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida...
e você também não deveria passar.
Viva!!!
Bom mesmo é ir a luta com determinação,
abraçar a vida e viver com paixão,
perder com classe e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é MUITO para ser insignificante".

(CHAPLIN)

- 95 -
SE O AMANHÃ NÃO V I E R...
Se eu soubesse que essa seria a última vez que eu veria você dormir
Eu aconchegaria você mais apertado, E rogaria ao senhor que protegesse você.
Se eu soubesse que essa seria a última vez que veria você sair pela porta, Eu
abraçaria, beijaria você, e chamaria de volta, Para abraçar e beijar uma vez mais.
Se eu soubesse que essa seria a última vez que ouviria sua voz em oração,
Eu filmaria cada gesto, cada palavra sua, Para que eu pudesse ver e ouvir de novo, dia
após dia.
Se eu soubesse que essa seria a última vez, Eu gastaria um minuto extra ou dois, para
parar e dizer: EU TE AMO
Ao invés de assumir que você já sabe disso.
Se eu soubesse que essa seria a última vez,
Eu estaria ao seu lado, partilhando do seu dia, ao invés de pensar:
"Bem, tenho certeza que outras oportunidades virão, então eu posso deixar passar
esse dia."
É claro que haverá um amanhã para se fazer uma revisão, e nós teríamos uma
segunda chance para fazer as coisas de maneira correta.
É claro que haverá outro dia para dizermos um para o outro:
"EU TE AMO",
E certamente haverá uma nova chance de dizermos um para o outro:
"Posso te ajudar em alguma coisa?"
Mas no caso de eu estar errado, e hoje ser o último dia que temos,
Eu gostaria de dizer O QUANTO EU AMO VOCÊ,
E espero que nunca esqueçamos disso.
O dia de amanhã não esta prometido para ninguém, jovem ou velho,
E hoje pode ser sua última chance de segurar bem apertado, a mão da Pessoa que
você ama.
Se você está esperando pelo amanhã, porque não fazer hoje?
Porque se o amanhã não vier, você com certeza se arrependerá pelo resto de sua vida,
De não ter gasto aquele tempo extra num sorriso, num abraço, num beijo, Porque você
estava "muito ocupado" para dar para aquela pessoa, aquilo que acabou sendo o
último desejo que ela queria.
Então, abrace seu amado, a sua amada HOJE. Bem apertado. Sussurre nos seus
ouvidos, dizendo o quanto o ama e o quanto o quer junto de você.
Gaste um tempo para dizer:
"Me desculpe" "Por favor" "Me perdoe" "Obrigado" ,ou ainda:
"Não foi nada" "Está tudo bem".
Porque, se o amanhã jamais chegar, você não terá que se arrepender pelo dia de
hoje.
Pois o passado não volta, e o futuro talvez não chegue.

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TORCIDA - Torcida da sua vida
(Carlos Drummond de Andrade)
Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você.
Tinha gente que torcia para você ser menino.
Outros torciam para você ser menina.
Torciam para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai.
Estavam torcendo para você nascer perfeito.
Daí continuaram torcendo...
Torceram pelo seu primeiro sorriso, pela primeira palavra , pelo primeiro passo.
O seu primeiro dia de escola foi a maior torcida.
E o primeiro gol, então?
E, de tanto torcerem por você, você aprendeu a torcer.
Começou a torcer para ganhar muitos presentes e flagrar Papai Noel.
Torcia o nariz para o quiabo e a escarola.
Mas torcia por hambúrguer e refrigerante.
Começou a torcer até para um time.
Provavelmente, nesse dia, você descobriu que tem gente que torce diferente de você.
Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes,
estudar inglês e piano.
Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana.
Seus amigos torciam para você usar brinco, cabular aula, falar palavrão.
Eles também estavam torcendo para você ser bacana.
Nessas horas, você só torcia para não ter nascido.
E por não saber pelo que você torcia, torcia torcido.
Torceu para seus irmãos se ferrarem, torceu para o mundo explodir.
E quando os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro beijo, pelo primeiro amasso.
Depois começou a torcer pela sua liberdade.
Torcia para viajar com a turma, ficar até tarde na rua. Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa.
Passou a torcer o nariz para as roupas da sua irmã, para as idéias dos professores e para qualquer
opinião dos seus pais.
Todo mundo queria era torcer o seu pescoço.
Foi quando até você começou a torcer pelo seu futuro.
Torceu para ser médico, músico, advogado...
Na dúvida, torceu para ser físico nuclear ou jogador de futebol. Seus pais torciam para passar logo essa
fase.
No dia do vestibular, uma grande torcida se formou.
Pais, avós, vizinhos, namoradas e todos os santos torceram por você.
Na faculdade, então, era torcida pra todo lado.
Para a direita, esquerda, contra a corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina.
E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar para 'ela'...
Primeiro, torceu para ela não ter outro. Torceu para ela não te achar muito baixo, muito alto, muito gordo,
muito magro.
Descobriu que ela torcia igual a você. E de repente vocês estavam torcendo para não acordar desse
sonho.
Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-de-mel.
E, daí pra frente, você entendeu que a vida é uma grande torcida.
Porque, mesmo antes do seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele.
Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas coisas.
Mas muita gente ainda torce por você!!!

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ÍNDICE
ASSUNTO Página(s)
A História do Burro 7
Abraham Lincoln 6
Alfabeto Grego 42
Amigos (a Borboleta e o Casulo) 44
Chaplin 95
Ciclo Trigonométrico para Derivadas e Integrais 86
Contar de 1 a infinito 55 e 64
Conversão de Medidas 24
Curiosidade - Raiz quadrada 86
Demonstração 61
Dígito do RG 64
Divisibilidade 84
e - O número de Euler 48 e 49
Engenheiros, esses papa-vagas 93
Exercícios THOMAS – Cálculo Volume 2 90
Exponencial Complexa 90
Expressões e seus significados 85
Frases 9 a 11
Gelosia (algoritmo de multiplicação italiano) 92
M473M471C0 (53N54C1ON4L) 82 a 83
O Acusado 5
O Barbeiro 8
O número Gugol 56
O número Pi (π) 45 a 47
O Peixe 12
O que as Escolas não Ensinam 78
Os engenheiros e suas mentes brilhantes 94
Para Reflexão 2e3
Phi (φ) - O número de Ouro 50 a 53
Podemos fazer a Diferença 87
Poesia Matemática 81
Salmo 8 43
Se não nos esforçarmos em fazer o melhor 89
Se o Amanhã não vier 96
Série Harmônica 60
Sinais das Derivadas 58
Solidariedade e Humildade 22
Substituições Trigonométricas 29
TORCIDA 97
Um pouco de História da Matemática 54 e 55
Use a Imaginação 22
Vislumbres de um Criador 91
Você faz a diferença 88
Atualizado em 13 de fevereiro de 2008.

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