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- INTRODUÇÃO
- COLETA DA AMOSTRA
- EXAMES LABORATORIAIS FÍSICO-QUÍMICOS
- EXAMES LABORATORIAIS MICROBIOLÓGICOS
- CITOLOGIA
- CORRELAÇÃO CLÍNICA DOS EXAMES LABORATORIAIS NAS
MENINGITES
- TECNOLOGIA
- CASOS CLÍNICOS
CITOLOGIA DO LÍQUOR
I - INTRODUÇÃO
A citologia do líquor é útil quando associada aos exames microbiológicos e bioquímicos. Seu
objetivo primário é o diagnóstico de meningite, porém também é usada para excluir o envolvimento
meníngeo por metástases de neoplasias, e monitoração do efeito de tratamento em pacientes com linfoma
meníngeo. Seu valor no diagnóstico de tumor cerebral primário no laboratório da maioria dos hospitais é
algo limitado, uma vez que pacientes com essa moléstia são enviados para centros especializados.
II - COLETA DO LÍQUOR
Durante ou após uma punção lombar, surge quase sempre a dúvida de se ter introduzido
sangue no líquor através da agulha, resultando em punção traumática. Existem vários aspectos
diferenciais úteis. A xantocromia, quando presente, sugere sangramento anterior. Todavia, a observação
de um sobrenadante não xantocrômico não exclui o diagnóstico, visto que a xantocromia pode estar
ausente mesmo quando o sangramento subaracnóide ocorreu há varias horas. Um segundo aspecto
diferencial se vale do fato de o método padrão de colheita do LCR envolver a separação da amostra em
três tubos numerados consecutivos. Se houver introdução de sangue em consequência da punção
traumática, haverá maior quantidade de sangue no primeiro tubo, menor quantidade no segundo e ainda
menos no terceiro, à medida que for diminuindo o sangramento. O sangramento anterior no LCR deve
resultar numa distribuição igual de eritrócitos pelo LCR e, tipicamente, resulta em números
aproximadamente iguais de eritrócitos nos três tubos. Por conseguinte, quando necessário, pode-se
solicitar uma contagem de eritrócitos em todos os tubos. Todavia, algumas punções traumáticas, quando
graves, podem resultar em números aproximadamente iguais de eritrócitos em cada um dos tubos. O
sangue no LCR pode alterar falsamente as várias provas bioquímicas.
Os testes laboratoriais são úteis quando associados com os achados clínicos e resultados de
outros exames diagnósticos. O teste mais importante é realizado para diagnosticar a meningite infecciosa
bacteriana, seguida da fúngica e micobacteriana. Se estas desordens são suspeitas, torna-se necessário e
bastante útil a bacterioscopia pelo Gram e coloração para bacilos álcool-ácido-resistentes. Cultura e testes
para antígenos bacterianos e de fungos também são necessários. Exames citológicos, estudos
imunofenotípicos, e testes para marcadores tumorais são realizados para o diagnóstico de algumas
malignidades e desordens desmielinizantes. Os achados anormais de imunoglobulina G (IgG) são
importantes devido a associação entre elas e a presença de esclerose múltipla.
Alguns testes são realizados rotineiramente, outros somente quando solicitados. A rotina inclui
citometria global e diferencial, dosagens de glicose e de proteínas. A glicose e a proteína são importantes
para comparar com os resultados das mesmas no sangue.
Todos os tubos coletados são examinados quanto a cor e aspecto. O líquido normal é
límpido e incolor. Na presença de alguma doença, torna-se turvo ou opaco devido a presença de células,
microrganismos, aumento de proteínas, ou lipídeos. Pode também aparentar-se hemorrágico, viscoso ou
com coágulo. Torna-se turvo com contagem de leucócitos maior que 2.000/mmc ou contagem de
eritrócitos maior que 4.000.000/mmc. Quando aparenta-se rosado, geralmente indica a presença de
eritrócitos. Esta cor pode ser devido a hemorragia subaracnóide, hemorragia intracerebral, infarto ou de
uma punção traumática.
3.1.1 - DIFERENÇA ENTRE HEMORRAGIA SUBARACNÓIDE E
PUNÇÃO TRAUMÁTICA:
É importante a diferenciação entre uma hemorragia patológica de uma causada
por trauma durante o processo de coleta. Amostras coletadas sequencialmente de pacientes com
hemorragia subaracnóidea aparecerá avermelhada em todos os tubos coletados, quando comparados com
aquelas de punção traumática, em que se verifica que os tubos sequenciais apresentam-se mais claros que
o primeiro, como já descrito no item 2.1.
Depois da centrifugação, o fluido sobrenadante é claro quando traumático, enquanto que o
sobrenadante apresenta-se xantocrômico (róseo, alaranjado, resultado da hemoglobina de hemácias
lisadas) na hemorragia subaracnóide. O sobrenadante pode ser comparado com um tubo de água
destilada, usando uma folha de papel branco de fundo. A lise das células vermelhas presentes no LCR
começa cerca de 2 horas após a hemorragia subaracnóide (podendo inclusive levar de 2 a 48 horas para
ocorrer). O sobrenadante pode apresentar-se claro se a hemorragia ocorreu menos de 2 horas ou haverá
um mínimo de células lisadas. O exame de xantocromasia deveria ser feito 1 hora ou menos após a coleta
da amostra a fim de se evitar um teste falso positivo. Cerca de 1 a 4 horas após uma hemorragia
subaracnóide, um rosa pálido ou alaranjado claro xantocrômico aparece no LCR devido a presença de
oxi-hemoglobina.
Inicialmente a contagem de leucócitos e o nível de proteínas são proporcionais à quantidade de
sangue presente no LCR (cerca de 1 leucócitos/700 eritrócitos e 1 mg de proteína/1.000 eritrócitos). Mais
tarde, a contagem de leucócitos pode aumentar, algumas vezes para níveis superiores a 1.000/mm3, com
predomínio dos neutrófilos segmentados. Este quadro pode levantar a suspeita de infecção intracraniana.
Em geral, esta elevação é atribuída à irritação das meninges pelo sangue. Inicialmente, a concentração de
proteínas também está correlacionada com a contagem de eritrócitos; todavia, numa fase posterior, pode
aumentar desproporcionalmente em relação ao número de eritrócitos, à medida que os leucócitos
aumentam, e os eritrócitos sobrem lise e desaparecem. Em geral, dentro de três semanas após o início, a
xantocromia desaparece, e tanto o nível de proteínas quanto a contagem celular se normalizam.
Abaixo é proposta uma fórmula que serve para avaliar a integridade da barreira hemato-
encefálica, conforme o índice obtido (é chamada Índice de Integridade da Barreira Hemato-encefálica):
COÁGULO. Um líquor normal não apresenta coágulo. A amostra coletada de uma punção
traumática não coagula devido a presença de fibrinogênio do sangue. Em casos de meningites
supurativas, tuberculosa, ou quando o conteúdo de fluido esta extremamente elevado, coágulos podem
estar presentes.
O LCR normal, obtido por punção lombar, contém poucas células, sendo o número
aceitável até 5 células/mm3. Elas compreendem principalmente linfócitos e monócitos, estes mostrando
variabilidade no formato do núcleo. Raramente são observadas no LCR normal, células ependimárias e do
plexo coróide. O pó da luva do especialista pode se apresentar com alguma frequência; os grânulos
exibem cruz de Malta sob luz polarizada. Uma colheita traumática é insatisfatória para avaliação, uma vez
que o sangue obscurece todos os demais detalhes celulares. Células cartilaginosas ocasionalmente
comparecem; podem ter um ou dois núcleos envoltos por halo perinuclear.
Com frequência o número de linfócitos e monócitos está aumentado, sem detalhes específicos
que permitam identificação de processo patológico. Tais achados devem ser relatados como linfocitose
reativa inespecífica.
É essencial que o LCR seja enviado fresco para o laboratório de citologia, uma vez que as
células começam a se desintegrar rapidamente. Se o atraso for inevitável, deve-se acrescentar um pouco
de álcool ou formol ao espécime para preservação das células. Existem diversos métodos de preparo,
inclusive sedimentação, uso de filtro Millipore e citocentrifugação. É importante que esta não seja muito
rápida, uma vez que a velocidade distorce e rompe as células. As preferências de fixação e coloração
também variam, sendo empregados tanto o Papanicolaou quanto o May-Grunwald-Giemsa. Alguns
laboratórios preferem este último corante uma vez que as células são mais facilmente identificadas
quando a celularidade é baixa.
As células vermelhas e brancas são contadas rotineiramente usando câmara de contagem.
Normalmente há poucos leucócitos e hemácias no líquor.
CONTAGEM DE CÉLULAS. A contagem deveria ser realizada logo após a coleta devido a lise
das células por armazenamento prolongado, que torna os resultados inválidos. Idealmente deve ser
realizada em trinta minutos após a coleta.
3.3.1 - PROTEÍNAS
Testes para proteínas e eletroforese são comuns e importantes para o
diagnóstico de várias condições e doenças.
Um valor elevado para proteína no líquor obtido por punção lombar (maior que 65 mg/dL) é
importante no adulto. Uma punção traumática pode resultar em um aumento da proteína devido a
contaminação com proteínas do plasma. Outras causas do aumento do nível proteico são o aumento na
permeabilidade da barreira hematoencefálica, uma diminuição na remoção das moléculas de proteínas
pelos vilis da aracnóide causada por infecções ou processos tóxicos, uma obstrução de mecanismo de
bloqueio (de tumor, abscesso, ou adesões), ou um aumento na síntese de imunoglobulinas pelos linfócitos
e plasmócitos do SNC.
Uma diminuição do nível de proteínas pode ser observado quando há uma perda de líquor por
rompimento ou trauma na dura, da remoção de grande quantidade de líquido durante o procedimento
diagnóstico como em pneumoencefalografia, do aumento da pressão intracraniana, ou em condições de
hipertireoidismo.
A proteína C reativa tem sido utilizada para diferenciar meningite bacteriana de meningite viral,
porém, sua utilidade não é universalmente aceita.
3.3.2 - GLICOSE
A dosagem da glicose deve ser feita sem demora para prevenir níveis
falsamente diminuídos, devido à glicólise. Os valores normais de glicose no líquor em relação ao do
plasma é cerca 60% do nível plasmático. Porém, os valores variam consideravelmente. É considerada
normal quando é cerca de 40 mg/dL em pacientes em jejum com um valor plasmático normal.
A diminuição da glicose no líquor é encontrada em meningites crônicas e agudas, de várias
etiologias: bacteriana, tuberculosa, fúngica, amebiana, ou parasitária. Outras causas da diminuição da
glicose incluem hipoglicemia sistêmica, hemorragia subaracnóide, e neoplasias envolvendo as meninges.
Três mecanismos causam a diminuição da glicose: deterioração durante o transporte da amostra, aumento
da atividade glicolítica no SN, e aumento na utilização da glicose pelos leucócitos e organismos presentes
no líquido. A diminuição da glicose no líquor de pacientes com meningite bacteriana pode ser explicada
pelo último mecanismo, isto é, a bactéria e os leucócitos utilizam a glicose. O nível da glicose em
meningites virais geralmente não está reduzido.
3.3.3 – LACTATO
Qualquer condição que cause um dano hipóxico ao tecido do SNC pode elevar
o lactato no líquor. O valor máximo do lactato é atingido em torno de 18 horas após a injúria. O retorno
ao normal é bom sinal, enquanto que a manutenção dos níveis elevados indica um prognóstico pouco
favorável. Os valores do lactato também são utilizados para diferenciar diagnósticos de bacteriana,
tuberculosa ou meningite fúngica (mais comumente tem níveis de lactato mais elevados) de meningite
virótica (geralmente valores mais baixos).
3.3.4 - CLORETOS
Constitui elemento de grande importância diagnóstica. O normal varia entre
118 a 132 mEq/L, podendo, em condições patológicas, sofrer oscilações no sentido de aumento ou de
diminuição. O aumento ocorre em toda inflamação meníngea, qualquer que seja sua causa, sendo tanto
mais acentuada quanto maiores forem a extensão e a gravidade do processo inflamatório. A diminuição
dos cloretos no líquor tem valor diagnóstico máximo na meningite tuberculosa.
3.3.5 - ENZIMAS
Valores altos de LDH, CK, ou AST têm sido relatados em várias condições.
MENINGITE VIRAL. Este tipo de meningite é geralmente associado com uma leucocitose
média ou acentuada com predomínio de linfócitos. Em fases iniciais da infecção pode predominar
neutrófilos.
V – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1) LIMA, A. O ; SOARES, J.B. et al. Métodos de laboratório aplicados à clínica. 7.ed. Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan, 1992.
2) MIMICA, L.M.J.; MARTINO, M.D.V. et al. Processamento de amostras clínicas no laboratório de
microbiologia. Rev. LAES & HAES, 20 (115): 158-66, 1998.
3) MIMICA, L.M.J; SILVA, A A et al. Aspectos laboratoriais em microbiologia. Rev. LAES & HAES,
20(113): 160-64, 1998.
4) RAVEL, R. L. Laboratório clínico: aplicações clínicas dos dados laboratoriais. 6.ed. Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan, 1997.
5) RINGSRUD, K. M. & LINNÉ, J.J. Urinalysis and body fluids – A colortext and atlas. Ed. Mosby,
St.Louis, Missouri, 1995.
6) WYNGAARDEN J. & SMITH JR, L.R. Cecil – tratado de medicina interna. 18.ed. Rio de Janeiro,
Ed. Guanabara, 1988.
ANEXO 1 – PERFIL LÍQUOR:
3 – CITOLOGIA:
• CITOMETRIA:
- Global de leucócitos (amostra homogeneizada, em câmara de neubauer)
- Diferencial ou específica (% de PMN e MN, distensão de centrifugação ou
citocentrifugação)
• CITOGRAMA:
- Elementos epiteliais
- Elementos inflamatórios
- Elementos de fundo
- Células atípicas
4 – MICROBIOLOGIA:
• Bacterioscopia (Gram, Wade)
• Cultura (para bactérias, fungos ou TB)
• Tipagem por aglutinação (látex) com anti-soros específicos (Haemophilus influenzae,
Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis)
• Micológico direto (Tinta da China)
ANEXO 1I – CITOMETRIA:
a) GLOBAL:
b) ESPECÍFICA:
- Fazer distensão do sedimento do LCR e corar pelo Papanicolaou ou MGG.
OBSERVAÇÃO:
- Para contagem de hemácias, colocar LCR na câmara sem diluir e contar da mesma
forma que no sangue. Se necessário, diluir, utilizando solução salina fisiológica.
ANEXO 1II – PROTEÍNAS:
1 - PROTEÍNAS – MEULLEMANS:
- Centrifugar o LCR 3 minutos – 3.000 rpm.
- Usar o sobrenadante
BRANCO TESTE
REATIVO 2,0 mL 2,0 mL
LCR (sobrenadante ----- 0,5 mL
- LEITURA:
NEGATIVO Ausência de opalescência
(+) Opalescência
(++) Turvo
(+++) Precipitado
A) REATIVO DE MEULLEMANS:
- Ácido sulfossalicílico.................. 30 g
- Sulfato de sódio........................... 70 g
- Água destilada......qsp..................1.000 mL
B) REATIVO DE PANDY:
2) Paciente de 37 anos iniciou dia 06/08 com quadro de cefaléia, febre e mal estar geral.
Dia 07/08 iniciaram vomitos consecutivos quando procurou serviço médico, sendo
indicada internação.
EF: Febril (38.5 º ), prostração, rigidez de nuca.
Nega contatos com quadros similares anteriormente, desconhece passado vacinal.
Foi prescrito Penicilina Cristalina + Ampicilina
Citoquímica do Líquor:
Citometria: 1.600 cels/mm3
Citologia: 92 % polimorfonucleares
08 % mononucleares
Glicorraquia: 22 mg/dl
Proteinas: 120 mg/dl
Cloretos: 280 mEq/l
Bacterioscopia: Não Visualizadas Bactérias
Cultura: Ausencia de crescimento Bacteriano.
Látex: Streptococcus pneumoniae
Alta em 20/08
3) Criança de 04 anos iniciou em 03/09 com quadro de choro intenso, recusa alimentar e
diarréia. Dois dias depois com vomitos consecutivos, prostração acentuada levando a
internação.
EF: Afebril ao exame, prostração acentuada, rigidez de nuca.
Iniciado com ampicilina + cloranfenicol
Citoquímica do Líquor:
Citometria: 350 cels/mm3
Citologia: 56 % polimorfonucleares
44 % mononucleares
Glicorraquia: 40 mg/dl
Proteinas: 66 mg/dl
Cloretos: 480 mEq/l
Bacterioscopia: Não Visualizadas Bactérias
Cultura: Ausencia de crescimento Bacteriano.
Alta em 12/09 sem sequelas
5) Paciente de 45 anos iniciou em 26/08 com quadro de cefaléia, febre, mal estar geral.
Dois dias após mantendo cefaléia que havia intensificado, apresentando vomitos,
procurando serviço médico que indicou internação. Nega contato com casos similares.
EF: Prostrado, febril (39.2º), rigidez de nuca acentuada.
Iniciado penicilina cristalina.
Citoquímica do Líquor:
Citometria: 550 cels/mm3
Citologia: 28 % polimorfonucleares
72 % mononucleares
Glicorraquia: 50 mg/dl
Proteinas: 47 mg/dl
Cloretos: 480 mEq/l
Bacterioscopia: Não Visualizadas Bactérias
Cultura: Ausencia de crescimento Bacteriano.
Látex: Negativo
Evoluiu com melhora e obteve alta em 30/08.
6) Menor de 07 anos iniciou dia 03/09 com quadro de recusa alimentar, sonolencia e
febre alta. No dia seguinte, não respondeu ao chamado dos pais e apareceu com
“manchas no corpo”. Levado ao serviço de urgencia próximo, foi internado em 05/09.
EF: Criança respondendo pouco a estímulos externos, febril (38º), rigidez de nuca
interrogada, petéquias no tronco e membros superiores.
Solicitado Hemograma e punção lombar.
Iniciado com ampicilina e cloranfenicol, vindo a falecer 6 horas após a internação.
Citoquímica do Líquor:
Citometria: 250 cels/mm3
Citologia: 35 % polimorfonucleares
65 % mononucleares
Glicorraquia: 38 mg/dl
Proteinas: 98 mg/dl
Cloretos: 450 mEq/l
Bacterioscopia: Diplococos gram negativo
7) Paciente de 60 anos deu entrada no hospital dia 04/09 com quadro de perda de
consciencia, relato de febre e cefaléia de início há 02 dias.
EF: Paciente em coma, afebril, hipotérmico, com bradicardia,bradipnéia, respiração
acidótica. Iniciado com ceftriaxona, vindo a falecer 12 horas após.
Solicitados: Hemograma, Ionograma, Glicemia, Gasometria e Punção Lombar.
Citoquímica do Líquor:
Citometria: 4.500 cels/mm3
Citologia: 48 % polimorfonucleares
52 % mononucleares
Glicorraquia: 37 mg/dl
Proteinas: 160 mg/dl
Cloretos: 250 mEq/l
Bacterioscopia: Diplococos gram positivos, sugestivos de Streptococcus pneumoniae
8) Criança de 04 anos, iniciou dia 23/08 com quadro de vomitos, diarréia e febre.
Levado a consulta médica que encaminhou para internação. Mãe relata contato íntimo
com primo que havia sido internado há 06 dias com quadro de meningite, tendo sido
identificado Meningococo B.
EF: Prostração, febril (38,5º) com rigidez de nuca. Iniciado com ampicilina +
cloranfenicol
Citoquímica do Líquor:
Citometria: 350 cels/mm3
Citologia: 67 % polimorfonucleares
33 % mononucleares
Glicorraquia: 29 mg/dl
Proteinas: 120 mg/dl
Cloretos: 320 mEq/l
Bacterioscopia: Não Visualizadas Bactérias
Alta sem sequelas em 05/09.
9) Mulher de 37 anos procurou serviço médico dia 27/07 por apresentar quadro de febre
alta e cefaléia intensa desde há 02 dias, que não havia melhorado com uso de dipirona.
EF: Febril (38º), rigidez de nuca. Não foi administrado antibióticos.
Solicitado Hemograma e Punção Lombar.
Citoquímica do Líquor:
Citometria: 120 cels/mm3
Citologia: 02 % polimorfonucleares
98 % mononucleares
Glicorraquia: 52 mg/dl
Proteinas: 20 mg/dl
Cloretos: 120 mEq/l
Bacterioscopia: Não Visualizadas Bactérias
Cultura: Ausencia de crescimento Bacteriano.
Látex: Negativo
Alta sem sequelas em 30/07
10) Senhora de 42 anos iniciou com quadro de cefaléia, mal estar generalizado dia
06/08. Dois dias após, com febre, piora da cefaléia e prostração, inapetencia. Dia 09/08
deu entrada em serviço de urgencia médica em crise convulsiva. Iniciado com
Ceftriaxona + Ampicilina, vindo a óbito 2 dias após.
Solicitados Hemograma, Ionograma, Glicemia, Colesterol, Triglicérides e Punção
Lombar.
Citoquímica do Líquor:
Citometria: 1.800 cels/mm3
Citologia: 100 % polimorfonucleares
00 % mononucleares
Glicorraquia: 12 mg/dl
Proteinas: 220 mg/dl
Cloretos: 150 mEq/l
Bacterioscopia: bacilos gram negativo
Cultura: Pseudomonas aeruginosa
11) Criança de 01 ano iniciou com quadro de febre e recusa alimentar dia 25/08.
Levado a consulta medica iniciado com dipirona + observação. Dois dias depois deu
entrada no serviço de urgencia já em óbito.
EF: Parada cardio-respiratória, com petéquias generalizadas.
Não solicitado exames.
12) Paciente de 22 anos, iniciou em 03/08 com quadro de apatia, anorexia, febre
intermitente. Evoluindo com piora de estado geral, vomitos, inicio de cefaléia dia 12/08.
Relata emagrecimento desde há aproximadamente 30 dias. Nega contatos com
patologias anteriormente.
EF: Afebri, rigidez de nuca discreta e tremores periféricos.
Solicitados: Hemograma, RX tórax e punção lombar
Citoquímica do Líquor:
Citometria: 300 cels/mm3
Citologia: 40 % polimorfonucleares
60 % mononucleares
Glicorraquia: 35 mg/dl
Proteinas: 120 mg/dl
Cloretos: 400 mEq/l
Bacterioscopia: Não Visualizadas Bactérias
Cultura: Ausencia de crescimento Bacteriano.
Iniciado com esquema tríplice: Rifampicina, Isoniazida e Pirazinamida.
13) Senhora de 48 anos apresentando quadro de cefaléia , febre e vomitos, desde dia
01/01. Iniciando quadro de manchas no corpo dia 06/01 sendo encaminhada para
internação neste dia.
EF: Paciente febril, queixando-se de cefaléia, rigidez de nuca, petéquias generalizadas.
Realizado punção lombar , iniciado com ampicilina + cloranfenicol.
Citoquímica do Líquor:
Citometria: 350 cels/mm3
Citologia: 80 % polimorfonucleares
20 % mononucleares
Glicorraquia: 16 mg/dl
Proteinas: 426 mg/dl
Cloretos: 121 mEq/l
Bacterioscopia: Diplococos gram negativos
Látex: : Neisseria meningitidis B
14) Criança de 03 anos, iniciou em 09/02 com quadro de cefaléia, vomitos, sendo
levada ao serviço médico dia 10/02, encaminhada para internação.
EF: Afebril, prostrado, rigidez de nuca. Realizado punção lombar.
Citoquímica do Líquor:
Citometria: 250 cels/mm3
Citologia: 60 % polimorfonucleares
40 % mononucleares
Glicorraquia: 66 mg/dl
Proteinas: 33 mg/dl
Cloretos: 119 mEq/l
Bacterioscopia: Não Visualizadas Bactérias
Látex: Negativo
15) Criança de 02 anos, iniciou dia 15/03 com quadro de febre e vomitos, tendo sido
levada ao serviço médico, indicado internação.
EF: Febril, desidratada, prostrada. Iniciado com ampicilina + cloranfenicol e realizada
punção lombar.
Citoquímica do Líquor:
Citometria: 680 cels/mm3
Citologia: 98 % polimorfonucleares
02 % mononucleares
Glicorraquia: 11 mg/dl
Proteinas: 90 mg/dl
Cloretos: 116 mEq/l
Bacterioscopia: Não Visualizadas Bactérias
Látex: Negativo
16) Paciente de 47 anos iniciou dia 29/03 com quadro de febre e cefaléia que não
melhorou com uso de dipirona, procurando serviço médico dia 31/03, sendo
encaminhado para internação.
EF: Consciente, orientado no tempo e espaço, afebril ao exame, queixando-se de
cefaléia intensa, rigidez de nuca. Iniciado com ceftriaxona (Rocefin) + tuberculostáticos
+ gentamicina. Realizada punção lombar.
Citoquímica do Líquor:
Citometria: 690 cels/mm3
Citologia: 93 % polimorfonucleares
07 % mononucleares
Glicorraquia: 80 mg/dl
Proteinas: 86 mg/dl
Cloretos: 116 mEq/l
Bacterioscopia: cocos gram positivos aos cachos
Cultura: Staphylococcus aureus
Alta em 14/04
17) Paciente do sexo feminino, com 34 anos, iniciou dia 17/05 com quadro de cefaléia e
febre. Como ossintomasnão melhoraram e iniciou com vomitos + prostração acentuada,
foi levada ao serviço de urgencia sendo encaminhada para internação.
EF: Prostrada, desidratada, febril, rigidez de nuca. Iniciado com ampicilina,
posteriormente com anfotericina B. Realizada punção lombar.
Citoquímica do Líquor:
Citometria: 100 cels/mm3
Citologia: 30 % polimorfonucleares
10% eosinófilos
60 % mononucleares
Glicorraquia: 36 mg/dl Proteinas: 61 mg/dl
VDRL: Negativo BAAR: Negativo
Bacterioscopia: Não Visualizadas Bactérias Tinta da China: Cryptococcus
neoformans
18) Criança de 05 anos, iniciou dia 30/04 com quadro de cefaléia e febre. Dia 06/05
iniciou com vomitos, sendo internada.
EF: Prostrada, desidratada. Dia 08/05 feita punção lombar. Iniciado com ceftriaxona.
Citoquímica do Líquor:
Citometria: 110 cels/mm3
Citologia: 04 % polimorfonucleares
96 % mononucleares
Glicorraquia: 72 mg/dl Proteinas: 15 mg/dl
Bacterioscopia: Não Visualizadas Bactérias
Alta dia 17/05.