TEXTO: 1 Coríntios 1:10-17

INTRODUÇÃO:

a) Exórdio:
Um dos maiores problemas da humanidade é o desentendimento,
desunião. A nossa geração é por demais violência. A Igreja não fica de
fora. Constantemente vemos Igrejas se dividindo, rupturas, confusões,
que até envergonham o evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

b) Narração:
Paulo inicia (v. 10), de forma carinhosa, tratando os Coríntios de
irmãos, fazendo então um rogo, um encorajamento a unidade daquela
Igreja. Não em seu nome, não em nome de Apolo, Silas, mas no nome
de Jesus.
No nome de Jesus, o apóstolo faz um apelo intenso quanto a
unidade da Igreja.
Diante disto, meditaremos hoje sobre:

TEMA: ENCORAJAMENTO À UNIDADE

Ao encorajar os coríntios a buscarem a unidade, Paulo se expressa

de três formas distintas:

1. A unidade se dá pela concórdia de uma única voz “faleis todos a

mesma coisa” (v. 10)

No original, essa expressão é idiomática e fora extraída por Paulo

da vida política (comunidades políticas isentas de facções), cujo sentido
é “estar em paz” ou “resolver as diferenças”, ou seja, viver em
harmonia, mediante a reconciliação.
Havia em Corinto quem procurava calorosamente polêmicas entre
os irmãos na fé. Distorciam palavras, inventavam outras, eram
irreconciliáveis.
Davam qualquer coisa para ser contenciosos.
A unidade cristã deve nos levar a ter harmonia uns com os outros.
Ilustração: Calvino: “O mais importante princípio de nossa religião é
este, a saber: que vivamos concordemente uns com os outros. Além do
mais, a segurança da Igreja repousa sobre esta concórdia e dela
depende”.
O nosso falar pode produzir concórdia entre os irmãos, ou
discórdia, facções, no meio do povo de Deus.
Falar a mesma coisa, é ao invés de viver em discordâncias, sendo
contenciosos, procurar concórdia, harmonia, reconciliação naquilo que
divergimos.

2. A unidade se dá pela remoção do mal “que não haja entre vós

divisões” (v.10)

Se existe algo que precisa ser evitado entre os cristãos é que eles
sejam divididos.
As divisões em Corinto eram por questões pessoais e doutrinárias.

2.1. Por questões pessoais (v. 12)

Os liberais diziam: O meu herói é Paulo (fundador da Igreja)
 Os intelectuais diziam: Já o meu herói é Apolo (eloqüente judeu
alexandrino)
Os legalistas diziam: O nosso herói é Pedro (líder dos Apóstolos)
Os espiritualistas diziam: Nós é que somos de Cristo. Pertencemos
a Cristo e a nenhum mestre.
Paulo não excetua nem aqueles que se apegaram ao seu nome.
Ilustração: Para os pastores é bom saber que podemos contar com
alguns irmãos, mas se isto significa divisão uns dos outros, devemos
rejeitar esta solidariedade.
A divisão de Corinto era algo generalizado “cada um de vós” (v.
12). Isto não quer dizer toda a Igreja, mas que as divisões haviam se
espalhado em toda a Igreja.
O quanto as nossas preferências pessoais dividem a Igreja.
Ilustração: “Ah, eu simpatizo muito com fulano e ainda que ele esteja
errado o apoiarei”. Dizem alguns.
Ao invés de repreender ao irmão faltoso em dividir a Igreja, de
lançar uns contra os outros.

2.2. Por questões doutrinárias (que tratarei mais tarde)

Paulo vai contrariar essas divisões, alegando que as divisões

davam a líderes particulares uma posição que somente Cristo pode
ocupar (1 Co. 1:13-17)

3. A unidade se dá pela mente e vontade “na mesma disposição mental

e no mesmo parecer”. (v. 10)

Se Paulo procupou com a voz concorde, com a remoção do mal

que são coisas externas, agora, ele internaliza a questão em pauta, que
é a unidade, dependendo de nosso pensamento e parecer (juízo).
A nossa atitude mental, de pensamento, de sentimento, for de
unidade, verdadeiramente a conseguiremos. Cristãos precisam se
esmerar para prover a unidade da Igreja do íntimo do ser.
O pregador, pastor, poderá pregar 1000 sermões, se não houver
uma predisposição de pensamento de parecer não teremos unidade
Em quaisquer decisões a que tivessem de chegar, em quaisquer
declarações expressas, deveriam andar unidos, em uma unidade
originada pela concórdia mental.
Em outras palavras, Paulo exortava-os a que desistissem de suas
crenças e preferências errôneas e egoístas, de seus partidos e facções,
a fim de buscarem estabelecer a unidade.

CONCLUSÃO:
a) Recapitulação

b) Aplicação: O que mais quebra a unidade da Igreja (enumere de 1 a

10 conforme escala de importância)

( ) Diferença intelectual (Grau de educação);

( ) Insatisfação com a liderança;

( ) Discordância de resoluções, decisões;

( ) Diferença sócio-econômica (classes);

( ) Sentimentos não tratados (mágoas, ressentimentos, ódio);

( ) Falta de aceitação, empatia com o outro;

( ) Preferências pessoais;

( ) Ser do “Contra”;

( ) Idéias diferentes e intransigentes;

( ) Insubmissão as autoridades.