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Exmª Srª Drª Juíza da 9ª Vara Cível

ABRIGO DO SALVADOR, por sua Advogada, nos autos n° 01.827.720-6 da ação


de despejo proposta nesse MM Juízo contra o GALÍCIA ESPORTE CLUBE, usando da faculdade
concedida através do respeitável despacho de fls. 40, pede-lhe venia para pronunciar-se sobre
a “petição de fls. 21/39 e os documentos que a instruem”, aduzindo:

1. AB INITIO –
Argüi, em reiteração, a REVELIA positivada pela petição ora acostada que se
valeu da procuração de fls. 17, verbis:

“PROCURAÇÃO

OUTORGANTE

GALÍCIA ESPORTE CLUBE


CNPJ 13.506.001/0001-54

OUTORGADO

ANTÔNIO PEREIRA DE CERQUEIRA


OAB N° 4.478
END: AV. ACM EDF. FERNANDEZ PLAZA S/N° 812
PODERES:

Representar o Outorgante “in Solidum” ou conjuntamente com os poderes da cláusula “ad


judicia”, do processo n° 140018277206 de natureza, ação de despejo, ABRIGO SALVADOR.

Salvador, 28 de agosto de 2001

LUIZ ANTÔNIO DE SOUZA TOSTA

(assinatura) “
2. Sendo que a juntada da procuração foi requeria pela petição de fls. 16, com o
seguinte teor:

“GALÍCIA ESPORTE CLUBE, já devidamente qualificado nos autos do processo


acima epigrafado, por seu advogado infra firmado, constituído mediante o instrumento
procuratório anexo, com endereço abaixo impresso, onde recebe intimações e notificações,
vem, perante V. Exa., requerer a juntada do instrumento procuratório anexo para que
produz seus efeitos legais e , também, vista dos autos fora de cartório .

Nestes termos,

Pede deferimento.

Salvador, 30 de agosto de 2001

(assinatura)

ANTÔNIO PEREIRA CERQUEIRA

OAB/BA – 4.478”

3. Essa petição evidencia a não mais querer, a hipótese do § 1° do artigo 214 do


Código de Processo Civil, já que não se enquadra na exceção do seu §2° !
Com efeito, o Réu compareceu espontaneamente ao processo, através do seu
ilustre patrono e mediante os poderes ad judicia outorgados em instrumento procuratório
particular, “para que produza seus efeitos legais e...”, demonstrando interesse em contestar o
feito ao solicitar “vista dos autos fora de Cartório”

4. Inusitadamente, apesar dos termos expressos na procuração que outorgou ao


seu patrono, o Réu, no último dia que teria para contestar o feito, 18 de setembro de 2001,
considerando a data da juntada da sua indigitada petição, ocorrida em 31 de agosto de 2001,
sexta feira, ingressou com a petição de fls. 19 com a maior fé do mundo, quando justificou o
pedido de desentranhamento da anterior, sob o pressuposto de que não se teria formado a
relação processual tendo em vista a ausência de citação:

“sendo que não se formou a relação processual, haja vista a ausência de


citação.”...

não tendo o cuidado de consultar o que dispõe o § 1° do art. 214 do Código de


Processo Civil!
5. Como o Réu ingressou no processo com procuração remissiva ao feito, e não
contestou o pedido, haverá V. Exa., por imposição legal inserida no artigo 319 do Código de
Processo Civil, de decretar a REVELIA, condenando-o às cominações da sucumbência;

6. Não obstante a certeza de que V. Exa. haverá de acatar o pedido de decretação


da REVELIA,até porque ainda desta vez o fez sem que o mandado de
citação fosse juntado aos autos, quanto à preliminar da inépcia, fica o Autor na
certeza de que ela é fruto de LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ, desde quando não é crível que um
ADOGADO desconheça a sinonímia entre locação e arrendamento, como expressões jurídicas
e, muito pior, confundir o instituto da locação, ou arrendamento predial com “arrendamento
mercantil”!

7. Diante do absurdo que encerra a argüição preliminar, requer seja repelida in


limine, evitando que V. Exa. perca o seu precioso tempo para tratar de matéria jurídica séria,
levantada nos milhares de processos que lhe foram afetados, data venia;

8. DA CONEXÃO –

Demonstrando, mais uma vez, a sua MÁ FÉ, o Réu faz juntada do documento
de distribuição CORTANDO a parte que dá notícia da data em que ocorreu a entrada da
“consignação em pagamento” no Setor da Distribuição Judiciária (fls. 29), esquecido de que os
números recebidos pelos dois processos evidencia que a ação de consignação em pagamento
teve ingresso muito depois desta...

9. A se admitir a conexão entre as duas ações, é evidente que esse MM Juízo é o


prevento e, se ocorresse a conexão, ela deixaria de existir em face a REVELIA decretanda na
primeira distribuída...

10. Ainda demonstrando uma litigância de má fé, argüi o Réu que o instrumento
procuratório passado em favor da sub assinada estaria defeituosa no que pertine à sua
representação, porque não foi empregada a expressão “locação”...

Modus in rebus...

até parecendo que a cláusula ad judicia perdeu a sua eficácia...

11. Quanto ao mérito –


Diz o Autor que mais uma vez o Réu demonstra estar possuído de espírito de
emulação, usando da má fé – a se admitir que inexiste ignorância no trato com o direito
codificado – porque, à míngua de DIREITO a defender, sofisma o tempo todo, a ponto de
alegar uma séria de pontos incontroversos porque fazem parte do contrato de
arrendamento por ele próprio juntado às fls 32/34..., onde se verifica que assumiu uma séria
enorme de obrigações, dentre elas a de pagar os tributos e aluguéis, além de construir lojas
para serem entregues ao Autor!

12. Por outro lado, o documento de fls. 36/28, esclarece que foi o Réu autorizado
a locar a parte usada pela BTU, cabendo-lhe legitimidade para cobrar-lhe os tributos que
recaem sobre a área sub-locada, o que não o ilidiria de cumprir com a sua obrigação
contratual;

13. Mesmo litigando de má fé, o Réu não alegou que NÃO deve aluguéis pelo
arrendamento predial, nem comprovou o pagamento do IPTU que lhe cabe por força
contratual, nem requereu a purgação da mora, resultando na rescisão do contrato, como fica
requerido em reiteração, ficando as benfeitorias incorporadas ao patrimônio do Autor, sem
direito do Réu receber qualquer indenização pelas suas construções como preconizado no
contrato e o caput do art. 35 da Lei 8.245/91;

p. deferimento
Salvador, 1° de novembro de 2001

(assinatura)
Maria Auxiliadora Mercês Lyrio
Advª Insc OAB/BA 9300 – CPF/MP 287.527.755/34

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