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Leviatã – Hobbes

Contextualização
1. Concepção do homem
Sujeito é racional quando é capaz de adequar os meios aos fins
Desejo não se limita à necessidade. Envolve apetites, variedade de intensidade, é sujeito a
mudanças; é uma paixão.
A razão é um instrumento para satisfazer a paixão
Igualdade fundamental entre os homens: todos possuem poder de satisfazer desejos e
capacidade de serem violentos.
Perspectiva da escassez e da acumulação.
Só poderão ser detidos por uma força que se mostre superior à sua
2.Estado de Natureza
Estado onde o homem disputa de todas as coisas por direito natural e absoluto.
Direito de Natureza: é o direito e a liberdade de cada um para usar todo o seu poder—
inclusive a força—para preservar a sua natureza e satisfazer os seus desejos.
Lei Natural: é a regra geral, ditada pela razão, que obriga cada um a preservar a sua própria
vida e o proíbe de destruí-la
Primeira Lei da Natureza: todo homem deve esforçar-se para que a paz exista e seja mantida
desde que haja expectativas reais de consegui-lo.
Violação da Primeira Lei da Natureza: faz com que passe a vigorar apenas o Direito de
Natureza: todos recorrem ao livre uso da força para aumentar seu poder ou para impedir que
o seu poder seja controlado por terceiros = Estado de Guerra.
Estado de Natureza = Estado de Guerra
Mesmo que não exista estado de batalha
Plena liberdade e total terror: a violência é iminente e pode ocorrer da forma mais
imprevisível, sem qualquer causa aparente
Homens: Não podem gerar riqueza: ocupam-se durante todo o tempo em atacar outros ou
em protegerem-se da possibilidade de serem atacados.
3. Sociedade política (Estado) é a única alternativa que a razão mostra existir ao estado de guerra
Segunda Lei da Natureza: para que haja paz e segurança, os homens devem concordar
conjuntamente em renunciar ao direito de natureza (uso individual e privado da
força)
Todos renunciam absoluta e simultaneamente
Ao renunciar, os homens transferem esse direito para outra pessoa, externa ao
pacto: como todos os homens pactuam, esta pessoa não é um ser humano
Trata-se de um ser artificial, que se origina do pacto e que recebe os direitos e
poderes naturais de todos os indivíduos: é o soberano = Estado
O pacto cria o soberano: todos os membros se tornam seus súditos, logo, todos
devem obedecer ao soberano
A ordem política resulta do cálculo racional dos homens
Obrigação política (obediência) resulta da Terceira Lei da Natureza: os homens
devem cumprir os pactos que fazem
É lei exigida pela razão e garantida pelo soberano: inclui a noção de consentimento
(razão) e a noção de coerção (poder do soberano)
Soberania: poder do soberano é ilimitado
Por não participar do pacto, o soberano não tem nenhuma obrigação ou
compromisso para com ele
Além disso, o soberano concentra em si toda a força à qual renunciaram todos os
homens.
Mas o soberano, como pessoa artificial, não deverá manifestar as mesmas falhas dos
homens naturais
Por isso o soberano deverá actar às leis da natureza: este é o seu limite
Função do soberano: é fazer valerem as leis da natureza: garantir a paz e a
segurança dos súditos.
A obrigação dos súditos: rua enquanto o soberano cumprir a sua obrigação
Leviatã é um monstro mortal: morre se não realizar a sua missão: segurança dos
súditos e as liberdades privadas que justificam a sua criação e que serão expressas
na lei civil.
A liberdade dos súditos é resguardada em tudo o que não se refere ao pacto e em
tudo aquilo que a lei não se pronuncia
O pacto institui o soberano: é isto que garante condição de paz e segurança para o
exercício da liberdade na esfera privada.
Igualdade: natureza faz homens iguais nas faculdades do corpo e da mente:
igualdade factual e natural
Igualdade política: igualdade de forma perante a lei
Estado de Natureza: todos têm direito a tudo: não há como definir pretensões justas
ou injustas
Não há qualquer critério da natureza para estabelecer a propriedade: não há lei sem
autoridade que estabelece o que é que pertence a cada um; então não pode existir
justiça
Justiça: significa dar a cada um o que lhe pertence: baseada na idéia de propriedade
Se a propriedade não existe no estado de natureza, tampouco pode-se esperar que
exista justiça
Justiça e propriedade: só podem existir na socieade política
É o soberano que atibui a cada homem uma parcela conforme o que ele próprio
considera compatível com a equidade e o bem comum
Propriedade: é um conjunto de direitos artificiais sobre algo, impedindo o seu
desfrute não autorizado por parte de outros—mas sem impedir que o soberano o
faça.
4. Estado: soberania ilimitada e indivisível: soberano controla tudo
4.1 Três formas de governo soberano: modelo clássico
4.1.2 Monarquia, aristocracia e democracia
4.1.3 Hobbes: prefere monarquia, mas não está preocupado com a forma de governo e sim
com a soberania plena
5. Conceito de representação política: pelo pacto, cada indivíduo reconhece-se como sendo o autor legítimo de
todos os atos do soberano, que passa a ser o ator—o que age em nome dos súditos

5.1 Representação autoritativa: mandato independente—uma vez autorizado, o ator é livre


para decidir em nome dos interesses do autor
5.1.1 Soberano: representa todos os súditos no que diz respeito à paz e à segurança coletiva
5.1.2 Todos submetem suas decisões à decisão do soberano porque não há oposição entre
súditos e soberano.
6. Concepção individualista da sociedade e da política: a instituição do soberano deixa intacta a individualidade
dos contratantes

6.1 Não há noção de totalidade: povo, vontade geral, etc


6.1.1 Cada homem é uma unidade no momento anterior ao pacto, no momento dos pactos e
posterior ao pacto
7. Não existe direito à rebelião
7.1 Fora do Estado a vida não é possível
7.2 Não há distinção entre Estado (soberano) e governo: típico do pensamento absolutista
8. Relações Internacionais
8.1 Estados soberanos vivem em contínua vigíla de armas: perpétudo estado de guerra
8.1.1 Cada Estado é livre para buscar o que for mais favorável ao seu próprio interesse
8.2 Não existe direito positivo acima do Estado
8.2.1 A única coisa que os contêm é o cálculo racional e o temor da destruição recíproca
8.2.2 Contradição: aparentemente o Estado soberano não está tão sujeito quanto os homens
às paixões humanas
8.3 Soberano: comanda exércitos, controla comércio externo, celebra acordos e contratos
ocm outros Estados.
9. Método de Hobbes
9.1 Resolutivo-compositivo
9.1.2 Reduz a realidade às suas partes mínimos para depois recompô-las em um “todo”
significativo
9.2 Lógica racional-dedutiva
9.2.1 Rejeita a história e a exemplificação
9.2.2 Seu estado de natureza não tem base empírica: é o exercício contrafactual: sendo os
homens o que são, como seria a vida coletiva se não houvesse Estado?
9.3 Trabalha com antinomias: estado de natureza vs sociedade política; razão vs paixão
(desejos e aversões)
9.3.1 Antinomias: não permitem trânsito natural: criação da pessoa artificial é que torna a
ordem positiva.
9.4 Rejeita a história
9.4.1 Não tem base empírica
II. Leviathan
1.Introdução
Em sua obra “Leviathan”, Thomas Hobbes reflete sobre a impossibilidade do retorno dos
homens ao estado de natureza, quando, entre outras coisas, afirma que os homens foram
feitos iguais. Argumenta que sua natureza leva à discórdia (competição, desnconfiança e
desejo de glória). Sem um poder comum, os homens estarão sempre nesse estado de
naturza, ou seja, em constante estado de guerra uns contra os outros, havendo, assim, a
necessidade de um poder comum que os ordene, pois não existe um equilíbrio entre atritos e
a estabilidade—sempre que não houver a paz, necessariamente se travará a guerra.
Nessa guerra de todos contra todos, nada pode ser injusto. Não existe distinção entre bem e
mal, justiça e injustiça. Onde não há bem comum, não há lei, e onde esta não existe,
certamente não haverá justiça. No estado de guerra, força e fraude são consideradas
virtudes.
É de fundamental importância, também, destacar-se que nesse estado não há definição de
propriedade. Consequentemente, será de cada um o que seus próprios esforços conceder
adquirir e só clamará direitos sobre isso enquanto puder mantê-lo.
O medo constante leva os homens a entrar em guerra. Por isso, é também em virtude do
desejo de confronto e esperançca de uma boa vida através do trabalho, o homem tende à
paz. Assim, surgiram as leis, as normas estabelecida para chegar-se a esse fim. Os homens
renunciam aos seus direitos em troca de estabiliade e boas condições de vida e, uma vez
feita essa troca, em forma de pacto, encontram-se diante da impossibilidade e voltar ao
estado em que primeiramente se encontravam. Em uma sociedade, não se disporá a
renunciar a todas as suas regalias e voltar a um estado primitivo de vida repleto de
inseguranças.
2. Concepção do homem
Sob a visão de Thomas Hobbes, o homem é uma máquina natural submetida a estrito
encadeamenteoo de causas e efeitos, o qual envolve apetites e aversões. Seus desejos têm
objetos distintos, variam de intensidade, e são sujeitos a mudanças (podem perder sua
importância).
Nesse contexto, subjetivizam-se os conceitos de bem e mal, afirmando-se ser o bem o que
satisfaz os apetites de glória, dinheiro e poder, e o mal, o que conteria os apetites e geraria
aversões.
Faz parte da natureza humana agir deliberadamente, visar sempre a satisfação de seus
desejos, e a ganância. Devido à possibilidade de variaçã na intensidade dos seus desejos,
uns almeja porções maiores que os outros, o que não interfere no propósito comum a todos:
a busca do poder.
3. Visão no Estado de Natureza
Estado de natureza é a condição em que se encontram os homens fora de uma comunidade
política (ou sociedade), em que os homens disputam todas as coisas por direito natural e
absoluto.
Nesse estado, possuem o chamado direitos de natureza, o qual consiste na liberdade dos
homens de unirem-se a fim de preservar suas vidas e, consequentemente, fazer tudo a quilo
que seu julgamento e razão mostram adequar-se a isso. Em outras palavras, é o direito à
sobrevivência.
Assim, o homem deve esforçar-se para que exista a paz e que esta seja mantida, mas, no
entanto, não deve renunciar aos seus direitos em favor dos outros—deve garantir a sua
própria existência acima de qualquer princípio. Se o estado de harmonia em que se encontrar
for violado, é digno de recorrer ao livre uso da força se não para aumentar seu poder, para
impedir que ele seja controlado.
Uma consequência do que foi acima descrito é a dificuldade do homem em gerar riquezas:
ocupa-se primordialmente em atacar os outros ou proteger-se contra ataques alheios.
Na concepção de Thomas Hobbes, estado de natureza é sinônimo de estado de guerra.
4. Características do pacto
A fim de estabelecerem-se a paz e a segurança Thomas Hobbes diz que os homens devem,
absoluta e simultaneamente, renunciar ao direito de natureza (uso individual e privado da
força) e transferi-lo a alguém externo ao pacto. Destaca-se, porém, que esse “alguém” não
poderia ser um ser humano, já que todos desta espécie são vinculados ao pacto. O meio
encontrado para concentrar esse pode central foi o estabelecimento do Estado político, cujos
interesses são defendido pelo soberano. É considerado um ser artificial, de categoria divina.
Ele não age de acordo com sua vontade; sua autoridade foi consentida pelos membros de
seu governo. Portanto, todos os seus atos constituem, necessariamente, os desejos da
coletividade. Como consequência, tem-se que constestar a ele seria o mesmo que se opor a
si mesmo.
5. Bases do poder absoluto
Por ser externo ao pacto, o soberano possui poder ilimitado e não contrai, portanto,
obrigações. Concentra todas as forças a que renunciaram os homens. Sua função é fazer
valerem as leis da natureza. Mediante isso, podem-ser destacar os direitos do soberano:
# 1: feito um pacto, qualquer fato ou contrato anterior que o contrarie deve ser suprimido;
# 2: nenhum súdito pode libertar-se da sujeiçào ao sobrano—o soberano representará a
vontade geral do início ao fim e renunciar a ele seria uma contradição;
# 3: se a maoiria, por voto de consentimento, escolher um soberano, os que tiverem
discordado devem passar a consentir juntamente com os restantes;
# 4: nada que o soberano faça pode ser considerado injúria contra qualquer um de seus
súditos;
# 5: aquele que detém o poder do soberano não pode ser punido por seus súditos;
# 6: compete à soberania ser juiz de quais as opiniões e doutrinas que são contrárias à paz,
e quais as que lhe são propícias;
# 7: pertence à soberania do poder de prescrever as regras de propriedade; a autoridade
judicial; direito de fazer guerra e paz com outras naçõesa e Estados; escolher os
conselheiros, ministros, magsitrados e funcionários, tanto na paz como na guerra; e direito
de recompensar com riquezas e honras, e o de punir com casstigo corporais ou pecuniários,
ou com a ignomínia, a qualquer súdito, de acordo com a lei que previamente estabeleceu.
6. Liberdades dos súditos
As liberdades dos súditos abrangem somento o que não se refere ao pacto e ao que a lei não
se pronuncia. É o princípio do direito privado: tudo que não é proibido é permitido.
Mais especificamente, constituem liberdades dos súditos:
• submeterem-se ao soberano (visando o bem comum);
• não se matar, ferir ou mutilar quando pleo soberano ordenado
• não confessar crime que não tenha cometido;
• não se matar a si ou a outrém por causa de suas próprias palavras
• defender seus direitos face ao soberano em questões de posse de terras ou bens como
se fosse contra outros súdito e perante os juízes que o soberano houver designado;
• aceitar ser prisioneiro de guerra se sua vida e sua liberdade corpórea lhe forem
oferecidas.
Thomas Hobbes diz que é importante observar-se, neste ponto, que se um monarca
renunciar à soberania, tanto para si mesmo como para seus herdeiros, os súditos voltam à
absoluta liberdade de natureza.
Diante dos pontos já relatados e analisados, chega-se à conclusão da infinidade de
vantagens (em relação às desvantages) da vida em sociedade. Renunciar à essa convivêncai
pacífica com os outros seres seria como renunciar à liberdade e segurança e voltar a um
mundo primitivo em que o nascer de um novo dia constitui sempre um novo desafio.

Maquiavel
1. Antiguidade Clássica
1.1 Gregos: idéia da sociedade natural: homem é ser poítico: realiza-se pela vida na “polis“-vida em
sociedade; o homem é um animal político. Polis: componente social e político. Como por exemplo em
Aristóteles.
1.1.1 Não há conceito de indivíduo: o cidadão grego representa a síntese do social e do político:
concepção holística, perfeição física, moral e estética.
1.1.2 Perspctiva dinâmica: movimento cíclico de dois termos
1.1.3 Pensamento dualista: mundo das formas ideais vs mundo real (um pálido reflexo do mundo
ideal) Em Platão e no platonismo.
1.2 Helênicos: mantém a idéia da sociabilidade natural, mas a referência já não é a polis, mas a
sociedade.
1.2.1 Surge a concepção de indivíduo: homem como unidade distinta, dotada de valor próprio no seio
da universalidade humana.
1.2.2 Idéia do individualismo helênico: diferente do conceito de individualismo possessivo do
pensamento moderno
1.2.3 Individualismo associado ao universalismo
1.3 Cristianismo primitivo: individualismo e universalismo se compõem na realização do projeto
telelógico: a construção do reino de Deus, a salvação do homem e da humanidade.
1.3.1 Homem: acentua-se a idéia das contradições; dualidade: humano vs divino; material vs
espiritual; pecado vs graça

2. Pensamento Medieval
2.1 Dualismo das concepções cristãs: a Cidade dos Homens (autoridade política) e a Cidade de Deus
(poder divino)
2.2 Autoridade política: instrumento de Deus para a promoção da justiça e do bem: o seu exercício é
humano, mas a sua origem e a sua finalidade são divinos.
2.2.1 Construir o Reino de Deus na Terra
2.2.2 Conduzir à salvação, corrigindo, como castigo e remédio, a natureza decaída do homem
2.2.3 Instituir e fortalecer a fé e a moral cristã
2.3 Obediência: é obrigação civil de ordem divina. Soberanos também têm limites de poder.
2.3.1 Homem medieval: deve obedecer ao governo terreno até o limite do governo divido, através da
idéias de justiça. Define-se, assim, a diferença entre um suserano e um tirano.
2.3.2 Suseranos também têm obrigações: seu poder não é ilimitado: são responsáveis perante Deus
pela tarefa de instaurar o reinado da justiça e da piedade.
2.4 Justiça é o que distingue tiranos dos suseranos legítimos
2.4.1 Suserano medieval: é um juiz e não um legislador.
2.5 Justiça: definida pela lei
2.5.1 Lei: conjunto de costumes baseados no direito natural: inscritos pela fé no coração dos homens:
consciência coletiva
2.6 Ordem medieval: holística, tem natureza moral e religiosa. O conceito que melhor a define é o de
comunidade e não de sociedade.
2.6.1 Fragmentação do poder: não há Estado nacional com poder centralizado, mas grandes
constelações de poderes locais autônomos, articulados em redes de suserania e vassalagem
2.6.2 Sociedade hierárquica: papéis sociais são definidos por origem
2.6.3 Estamentos: códigos distintos de direitos e deveres: relações contratuais: contratos
comunitários que obrigam mutuamente cada categoria social conforme o seu estatuto específico

3. Sociedade de Maquiavel (1469-1527)


3.1 Cristandade em decadência: conflitos entre o poder divino (Igreja) e o poder temporal (Estado)
3.2 Processo de ascensão do capitalismo: mercantilismo
3.3 Desenvolvimento do Estado Nacional: soberanos locais são absorvidos pelo fortalecimento das
monarquias e pela crescente centralização das instituições políticas (cortes de justiça, burocracias e
exércitos)
3.4 Estado absoluto: preserva a ordem de privilégios aristocráticos (mantendo sob controle as
populações rurais), incorpora a burguesia e subordina o proletariado incipiente
3.4.1 Inglaterra e França: consolidam poder central
3.4.2 Itália não realiza unificação nacional: é um conglomerado de pequenas cidades- estado rivais,
disputados pelo Papa, Alemanha, França e Espanha.

Concepção de homem em Maquiavel


4.1 Racionalidade instrumental: busca o êxito, sem se importar com valores éticos
4.4.1 Cálculo de custo/benefício: teme o castigo
4.2 Natureza humana:
4.2.1 Homem possui capacidades: força, astúcia e coragem
4.2.2 Homem é vil, mas é capaz de atos de virtude
4.2.3 Mas não se trata da virtude cristã
4.2.4 Não incorpora a idéia da sociabilidade natural dos antigos
4.3 O homem não muda: não incorpora o dogma do pecado original: natureza decaída que pode se
regenerar pela salvação divina.

5. Concepção da História em Maquiavel


5.1 Perspectiva cíclica, pessimista, de inspiração platônica
5.1.1 Tudo se degenera, se sucede e se repete fatalmente
5.1.2 Todo princípio corrompe-se e degenera-se
5.1.3 Isto só pode ser corrigido por acidente externo (fortuna) ou por sabedoria intrínseca (virtu)
5.2 Não manifesta perspectiva teleológica humanidade não tem um objetivo a ser atingido
5.2.1 A política não admite a teleologia cristã: o caminho da salvação, a construção do Reino de Deus
entre os homens.
5.2.2 Também não pensa a história sob a perspectiva dos modernos: não menciona a idéia do
progresso à estrutura cíclica

6. Concepção de Política em Maquiavel


6.1 Política: pela primeira vez é mostrada como esfera autônoma da vida social
6.1.1 Não é pensada a partir da ética nem da religião: rompe com os antigos e com os cristãos
6.1.2 Não é pensada no contexto da filosofia: passa a ser campo de estudo independente
6.2 Vida política: tem regras e dinâmica independentes de considerações privadas, morais, filosóficas
ou religiosas
6.2.1 Política: é a esfera do poder por excelência
6.2.2 Política: é a atividade constitutiva da existência coletiva: tem prioridade sobre todas as demais
esferas
6.2.3 Política é a forma de conciliar a natureza humana com a marcha inevitável da história: envolve
fortuna e virtu.
6.3 Fortuna: contingência própria das coisas políticas: não é manifestação de Deus ou Providência
Divina
6.3.1 Há no mundo, a todo momento, igual massa de bem e de mal: do seu jogo resultam os eventos
(e a sorte)
6.4 Virtu: qualidades como a força de caráter, a coragem militar, a habilidade no cálculo, a astúcia, a
inflexibilidade no trato dos adversários
6.4.1 Pode desafiar e mudar a fortuna: papel do homem na história
7. Concepção de Estado em Maquiavel
7.1 Não define Estado: infere-se que percebe o Estado como poder central soberano que se exerce
com exclusividade e plenitude sobre as questões internas externa de uma coletividade
7.2 Estado: está além do bem e do mal: o Estado é
7.2.1 Estado: regulariza as relações entre os homens: utiliza-os nos que eles têm de bom e os contém
no que eles têm de mal
7.2.2 Sua única finalidade é a sua própria grandeza e prosperidade
7.2.3 Daí a idéia de “razão de Estado”: existem motivos mais elevados que se sobrepõem a quaisquer
outras considerações, inclusive à própria lei
7.2.4 Tanto na política interna quanto nas relações externas, o Estado é o fim: e os fins justificam os
meios
8. “O Príncipe”: não se destina aos governos legais ou constitucionais
8.1 Questão: como constituir e manter a Itália como um Estado livre, coeso e duradouro? Ou como
adquirir e manter principados?
8.2 A tirania é uma resposta prática a um problema prático
8.3 “O Príncipe”: não há considerações de direito, mas apenas de poder: são estratégias para lidar
com criações de força
8.4 Teoria das relações públicas: cuidados com a imagem pública do governante
8.5 Teoria da cultura política: religião nacional, costumes e ethos social como instrumentos de
fortalecimento do poder do governante
8.6 Teoria da administração pública: probidade administrativa, limites à tributação e respeito à
propriedade privada
8.7 Teoria das relações internacionais:
8.7.1 Exércitos nacionais permanentes, em lugar de mercenários
8.7.2 Conquista, defesa externa e ordem interna
8.7.3 A guerra é a verdadeira profissão de todo governante e odiá-la só traz desvantagens.
Maquiavel começa o livro com uma dedicatória ao Magnífico Lourenço de Médici,
oferecendo-lhe o livro e as faculdades de sabedoria que, a Maquiavel, venho a conhecer em anos e
com incômodos perigos.Originalmente Maquiavel intencionava dedicar o livro a Giuliano de Medici,
filho de Lorenzo I de Medici, o Magnificiente e duque de Nemours, que morreu em 1516 (conforme
carta de Maquiavel ao amigo Francesco Vettori, de 10 de dezembro de 1513).
Do capítulo 1 ao 15, descreve as formas de poder e os dois principais tipos de governo: as
monarquias e as repúblicas.
No capítulo 15, Maquiavel escreve sobre como um príncipe deve proceder ante seus súditos e
amigos, explicando que para manter-se adorado é necessário que o líder saiba utilizar os vícios e das
virtudes necessárias, fazendo o que for possível para garantir a segurança e o bem-estar.
No capítulo 16 é explicado ao príncipe como cuidar de suas finanças, para não ser visto como
gastador, e levar o povo à pobreza, cobrando muitos impostos para manter-se rico. O autor diz que o
melhor é ser visto como miserável, pois com este julgamento ele poderá ser generoso quando bem
entender, e o povo irá se acostumar com isso. Os príncipes que vão junto ao exército atacar e
saquear outras cidades devem ser generosos com seus soldados, para que esses continuem sendo
fiéis e motivados.
No capítulo 17, defende que é melhor um príncipe ser temido do que amado, mostrando que as
amizades feitas quando se está bem, nada dura quando se faz necessário, sendo que o temor de uma
punição faz os homens pensarem duas vezes antes de trair seus líderes. Diz também que a morte de
um bandido apenas faz mal a ele mesmo, enquanto a sua prisão ou o seu perdão faz mal a toda a
comunidade. O líder deve ser cruel quanto as penas com as pessoas, mas nunca no caráter material
"as pessoas esquecem mais facilmente a morte do pai, do que a perda da herança".
No capítulo 18, Maquiavel argumenta que o governante deve ser dissimulado quando é necessário,
porém nunca deixando transparecer sua dissimulação. Não é necessário, a um príncipe, possuir todas
as qualidades, mas é preciso parecer ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso já que às vezes é
necessário agir em contrário a essas virtudes, porém é necessário que esteja disposto a modelar-se
de acordo com o tempo e a necessidade.
No capítulo 19, o autor defende que o príncipe faça coisas para não ser odiado, como não confiscar
propriedades, não demonstrar avidez ou desinteresse.
Do capítulo 20 ao 23, explica como o líder deve controlar e o que deve fazer para manter seu povo
feliz, mantendo distância dos bajuladores, e controlando seus secretários.
No capítulo 24 explica porque os príncipes italianos perderam seus Estados e como fazer para que
isso não aconteça. Quando se é atacado, deve-se estar preparado para defender e nunca se deve
"cair apenas por acreditar encontrar quem te levante" já que isso só irá acontecer se os invasores
forem falhos.
Nos últimos capítulos explica como tomar a Itália e como se manter na linha entre a fortuna e Deus
dizendo que os líderes devem adaptar-se ao tempo em que vivem, para manter-se no poder por mais
tempo.
O livro retrata a experiência de Maquiavel em analisar as estruturas de um governo, oferecendo ao
Príncipe Lorenzo de Médici uma forma de manter-se permanentemente no poder, sem ser odiado por
seu povo.
[editar]Modelos de governo

Para Maquiavel, o modelo ideal de governo é a República.


Pura: Governar para o bem geral;
Impura: Governar para o bem individual ou um grupo;
Formas de Governo
Formas Pura Impura
Um Monarquia Tirania
Poucos Oligarquia Aristocracia
Vários Democracia Politéia

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