Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
30/08/2010
Central Destino de Produção CASO 4
Direção
Pedro Vasconcelos
Direção Geral
Natalia Grimberg
Núcleo
Ricardo Waddington
Personagens deste caso
ALBERICO
ALEF
CAMILA
DIANE
EVANDRO
LALINHA
MÁRCIA
SAMUEL
WINNE
Atenção:
SAMUEL — Obrigado a todos que me parabenizaram. Estou muito feliz por essa
festinha surpresa. Obrigado de verdade. Eu nem tava me lembrando do
meu aniversario. É que são tantos os problemas para resolver que...
Deixa pra lá. Ainda bem que tenho amigos como vocês. Obrigado!
TODOS GRITAM: “VIVA!”. CAMILA PEGA NA MÃO DE SAMUEL, MAS ELE SOLTA E
VAI CUMPRIMENTAR OS OUTROS CONVIDADOS. ELA FICA SEM JEITO, MAS ESBOÇA
UM SORRISO PARA NINGUÉM PERCEBER. DIANE VIU. MÁRCIA SE APROXIMA DE
CAMILA.
DIANE — Não sei por que você planejou essa festinha de aniversário para ele. O
Samuel não gosta de você, o casamento está indo de mal a pior. Você
não tem noção não, Camila?
CAMILA — Era uma forma de agradá-lo. Eu pensei que com essa festa a gente ia
se entender, mas pelo visto. (PAUSA) Ai, minha irmã. Eu não sei o que
fazer para reconquistar o Samuel.
DIANE — Não faça nada. Fica do jeito que está. Você é jovem, nova, tem uma
vida pela frente. Não vá ficar presa a um casamento onde você é infeliz.
DIANE — Se pelo menos ele te amasse... Você está sofrendo, minha irmã. Eu
vejo isso nos seus olhos. Pensa bem no que vai fazer, mas eu te digo: a
melhor coisa é pedir o divorcio, antes que ele peça. Pega mal deixar o
homem se sobressair. Seja a primeira a dar a iniciativa.
CAMILA — Eu não posso me separar do Samuel. Nós temos uma filha. A Lalinha
ama o pai dela, ela não vive sem o Samuel.
DIANE — Filho não segura homem e você sabe muito bem disso. Não se lembra
da história do papai com a mamãe? Pois então... E a Lalinha ia superar
isso rapidinho. Ela já está crescidinha.
SAMUEL — A Camila... É... Mas obrigado mesmo assim. Isso prova o quanto
somos amigos.
ALEF — Devo tudo que sou a você, Samuel. Você me colocou naquela revista
e hoje sou um grande profissional. Essa festa é só um pequeno gesto.
Não tenho como lhe retribuir tudo que fez por mim durante esses anos.
SAMUEL — Tenho que te agradecer também, Camila. Muito obrigado pela festa.
Só estou um pouco cansado, mas tudo bem.
MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 4
CASO ESPECIAL
SAMUEL — (AO TEL.) Eu sabia que vocês não iam esquecer do meu aniversário.
Ah, claro mamãe. Saudades mil da senhora... De todos! Diz ao mano que
no fim do mês vou dar uma passada em BH. Tá bem?
DIANE — Você acha que ninguém percebe a maneira como você está tratando a
Camila?
DIANE — Todo mundo vai acabar sabendo que o casamento de vocês está em
crise. Você dá tanta bandeira.
SAMUEL — Não sei o que a Camila andou te falando, mas, você não tem nada a
ver com o meu relacionamento com a sua irmã. Pelo que eu sei você é
casada com o Alberico.
DIANE — Mas a Camila é a minha irmã. E eu não vou admitir que você a
engane dessa maneira.
SAMUEL — A sua esposa que está se metendo demais onde não é chamada.
DIANE — Você não viu a maneira que ele tratou a Camila? Ele está sendo frio
com ela na frente de todos os convidados dessa porcaria de festinha
surpresa. A gente não deveria ter vindo.
ALBERICO — Quem não deveria ter vindo foi você. Só veio para causar desavenças.
Deixa que eles se entendam. O nosso já anda bom pra você está se
metendo no da sua irmã.
DIANE — (INDO ATRÁS) Estou falando com você, Alberico. Volta aqui.
LALINHA SAI COM MÁRCIA. TEMPO. CAMILA COME ALGO. SAMUEL VEM DO
QUARTO, JÁ PRONTO PARA TRABALHAR. NÃO FALA COM CAMILA.
SAMUEL — Como você quer que eu lhe dê bom dia se você sai falando o que
acontece entre a gente para todo mundo?
SAMUEL — Ah, não? E como a Diane está sabendo que nós estamos em crise?
Ontem ela veio me dizer desaforos no escritório. Para de ficar falando
sobre o que se passa dentro dessa casa para sua irmã.
CAMILA — Mas eu não falei nada. Ela percebeu a maneira fria como você anda
me tratando.
SAMUEL — A Diane que se exploda. Já estou farto disso tudo. Cansei de você,
cansei dessa vida. Cansei! Sabe? Cansei!
SAMUEL SAI COM RAIVA. CAMILA FICA CALADA. ESCORRE UMA LÁGRIMA DE
SEUS OLHOS.
MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 6
CASO ESPECIAL
SAMUEL — Tenho que acabar com esse casamento de fachada. Já está mais do que
na hora de eu assumir isso... Não posso mais esconder essa situação. Não
posso.
DIANE — Mas é claro que ele esconde dela alguma coisa. O Samuel não é
nenhum menino, é bem descarado isso sim.
ALBERICO — Eu não vou me meter na vida de senhor ninguém, e espero que você
pare de ser a defensora, de querer ser a heroína. Para de se meter na vida
da Camila. Ela que ande com as próprias pernas, que resolva seus
problemas.
DIANE — Está do lado do Samuel. Claro, são homens. E um tem que defender o
outro.
ALBERICO SAI.
DIANE — Bem que esse imbecil merece um par de chifres. Que marido eu fui
arrumar!
MÁRCIA — Mas a senhora tem certeza que ele está te traindo? Pode ser coisa da
sua cabeça.
CAMILA — Como coisa de minha cabeça, Márcia?! O Samuel não me quer mais,
está me tratando com frieza. Eu não agüento mais esse casamento.
CAMILA — Claro que pode. O que você acha que devo fazer?
MÁRCIA — Acho que a senhora deve lutar por esse casamento. Se ama tanto esse
homem, porque não procura meios de reconquistá-lo?
CAMILA — É mesmo, não é? Não posso ficar parada, esperando que outra venha e
se apodere do meu Samuel.
MÁRCIA — Claro que não pode ficar parada. Vai à luta dona Camila. A senhora
tem uma família linda. E ela não pode ser destruída assim. Não mesmo.
Eu estou do lado da senhora.
CAMILA — Obrigada, Márcia. Ainda bem que tenho você para desabafar.
AS DUAS SE ABRAÇAM.
EVANDRO — Que o Alef é muito chegado aquilo... Todo mundo comenta. Não
sabia? Sei não viu... Acho que esses dois têm alguma coisa...
ALEF — Respira meu amigo. Essa raiva não vai te levar a lugar nenhum.
SAMUEL — Eu não agüento mais ter que suportar a Camila. Só a suporto por
causa da Lalinha. Mas nem estou agüentando mais. Acho que vou pedir o
divorcio.
SAMUEL — De verdade... Não sei como vou tirar forças para dizer tudo que tenho
pra contar para a Camila.
ALEF — Hum...
SAMUEL FAZ MUSCULAÇÃO. ELE PÕE TODA A FORÇA NOS APARELHOS. TODA A
RAIVA, TENSÃO, QUE SENTE ESTÁ SENDO DEPOSITADA ALI. ELE FORÇA
BASTANTE.
CÂMERA: CLOSE NOS MUSCULOS DELE. OUTRAS PESSOAS TREINAM AO SEU LADO.
SAMUEL CANSA, RESPIRA FUNDO. BEBE UM POUCO DE ÁGUA E SAI DALI.
CAMILA VAI ABRAÇÁ-LO, MAS ELE TIRA O BRAÇO DELA DE CIMA DELE.
SAMUEL — Hoje não, Camila. Estou cansado. Trabalhei o dia inteiro e ainda fui
gastar energia na academia. Não estou a fim.
DIANE — Ele não quis transar com você? Ah, não... Isso pra mim já é demais. E
você não fez nada, Camila?
DIANE — Sei lá... Jogar na cara dele que ele tem outra mulher.
DIANE — Você foi ouvir balela de uma empregadinha? Ah, me poupa, Camila.
Larga de ser idiota. (P) Já decidi: Vou te provar que o Samuel te trai.
DIANE — Nós vamos resolver isso agora. Termina de almoçar que no caminho
eu explico.
EM CAMILA.
SAMUEL — Vou sair com o Alef. Qualquer coisa já sabe: liguem pro meu celular.
EVANDRO — Pra onde o casalzinho vinte da revista vai a essa hora? Será que vão
almoçar juntos?
WINNE — Deixa de pensar maldade, Evandro. Essa sua língua ainda vai lhe
custar o emprego.
DIANE — Vamos segui-los, mesmo assim. Vai saber se o Alef não acoberta o
Samuel.
DIANE — Não se esqueça que o Samuel é bem amigo dele também e o ajudou
muito. Alef deve saber de alguma coisa.
CAMILA — Você e sua cabeça maquiavélica. Vai, segue antes que percamos o
carro de vista.
CAMILA — Não pode ser. Não! Não pode ser verdade, Diane. (P) O Alef e o
Samuel... Eles têm um caso!
1º INTERVALO COMERCIAL
CAMILA — Isso não pode ser verdade, Diane. O Samuel e o Alef são amigos, são
heteros. Eu sei que são.
DIANE — Só há uma maneira de a gente tirar a prova. Nós vamos ter que entrar
no motel.
CAMILA — Tá ficando louca? Não... Não vou entrar no motel. Vou esperar ele
chegar em casa! Eu vou esclarecer essa história hoje mesmo! É tudo ou
nada!
EM CAMILA DECIDIDA.
CAMILA — O meu foi péssimo, sabe por quê? Porque descobri que o seu deve ter
sido ótimo. Não adianta mais esconder, Samuel. Eu vi você e o Alef
entrando em um motel.
DIANE — Sim. A Camila está chocada até agora. Eu sabia que tinha algo de
errado nessa história.
SAMUEL E CAMILA.
CAMILA — Então foi isso que você foi fazer naquele motel com o Alef?
SAMUEL — E o que mais poderia ser? Fomos cobrir um caso secreto! Uma bomba
para a capa da revista. Agora você foi ridícula, Camila. Ridícula. Não
deveria ter caído na pilha da sua irmã.
CAMILA — Desculpa meu amor. Eu não sabia o que fazer. Você não me trata
como antes.
SAMUEL — Sabe o porquê não lhe trato como antes, porque eu não te amo mais.
Cansei desse casamento de fachada. Eu vou embora desse apartamento.
Pra mim já deu. Essa foi à gota d’água.
MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 13
CASO ESPECIAL
ELA SE JOGA AOS PÉS DELE, MAS SAMUEL É IMPIEDOSO, SAI DA SALA E CAMILA
FICA A CHORAR.
LALINHA — É verdade que o senhor vai embora, papai? Brigou pra sempre com a
mamãe?
SAMUEL — Sim filha. Mas o papai vai continuar te amando como sempre. Eu
nunca vou me esquecer de você.
LALINHA — Tá bem. Mas ela tá chorando tanto lá fora. Não custa nada tentar ficar
juntinhos.
SAMUEL — Não dá mais filha. Sua mãe não confia em mim, e o papai tá cheio de
problemas para administrar.
SAMUEL — Mas o papai vai ficar naquele flat; eu sempre venho te ver. Não se
preocupa, que estou me separando de sua mãe, não de você, tá bem?
CAMILA — É isso mesmo que você vai fazer, Samuel? Se sair por essa porta não
tem mais volta.
CLOSE EM SAMUEL.
ALBERICO — Você está sabendo que tem uma parcela de culpa nessa história, não
sabe?
WINNE E EVANDRO.
WINNE — Unhum...
WINNE — Estou chocada até agora. Tá a maior repercussão a separação dos dois.
Qual será o motivo, hein?
EVANDRO — Continuo insistindo que o motivo é aquele ali. Mas ninguém acredita.
EVANDRO — Alef e Samuel tem um caso de anos. Só um cego que não acredita, e
só não acredita porque não vê.
ALEF — Nossa! Nem consigo acreditar que a Camila pensou que nós dois
tivéssemos um caso.
SAMUEL — Pra você ver o quanto ela está ficando louca. Camila é uma
desequilibrada. Ainda bem que me livrei dela.
CLOSE EM ALEF.
CAMILA — Você que me fez acreditar que o Samuel estava me traindo. Você me
fez cair nesse papo furando. Agora meu marido foi embora.
DIANE — Ele foi embora porque ele nunca te amou, sua tonta.
CAMILA — E o que você sabe de amor, Diane? Nada! Você não sabe de nada!
Você é mal amada. Não tem um homem de verdade. E fica achando que
todos os casamentos vão furar que nem o seu e o do Alberico. Porque
todo mundo sabe que vocês vivem de aparências.
CAMILA — Então quer dizer que ele marcou um jantar. Deve ser com quem ele
me traia. Mas eu vou até lá agora. Vou descobrir tudo. Maldito. Você ma
paga!
SAMUEL — Eu sabia que você viria! Tava morrendo de vontade de fazer com
você.
CAMILA — Diane, é a Camila. Estou indo para o flat do Samuel. Ele marcou
jantar com alguém. E pelo que parece é uma mulher. Corre pra lá. Me
ajuda a acabar com essa noite dos dois. Rápido!
MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 17
CASO ESPECIAL
2º INTERVALO COMERCIAL
CAMILA — Não, você não tem que explicar nada. Quem tem que explicar alguma
coisa aqui é ele. A minha irmã, se é que isso aí é uma irmã.
DIANE — Eu sempre tive inveja do seu casamento. Tinha vontade de ser feliz
que nem você, Camila, mas o Alberico nunca me deu a felicidade
merecida. (P) Eu tentei me espelhar em você, mas acabei fazendo tudo
errado.
CAMILA — Tudo errado? Você acabou com meu casamento, destruiu os meus
sonhos. Tirou um pai de família de casa.
DIANE — Eu sei.
MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 18
CASO ESPECIAL
CAMILA — Se sabia por que fez? Você via meu sofrimento, fingia que estava a
meu lado. Até me colocar contra o Samuel você me colou. Fingia que
não gostava dele, mas por trás (GRITA) estava comendo o marido da
irmã. Que lindo. Adorei.
SAMUEL — Camila!
CAMILA — Eu vou me vingar! Vou dar a volta por cima e mostrar a você,
Samuel, que eu sou uma mulher e posso ser feliz!
WINNE — Tá vendo que as aparências enganam? Da próxima vez você vem com
noticia verdadeira.
CAMILA — A partir de hoje começa uma nova jornada nessa revista, com uma
nova presidente, com uma nova vertente de noticiário. Tudo novo.
Vamos recomeçar sem a presença de quem um dia tentou me rebaixar!
Espero a colaboração de todos vocês para trabalharmos unidos em prol
da Revista e da liberdade de expressão!
UM CARRO VAI PASSANDO BEM DEVAGAR E PARA EM UMA PUTA QUE ESTÁ
ENCOSTADA EM UMA ÁRVORE. O VIDRO DO CARRO SE ABRE, É ALBERICO.
ALBERICO — Vagabunda! Piranha! Sua puta desgraçada! Por sua culpa sou xingado
nas ruas, vagabunda! Cachorra!
AGORA A CÂMERA REVELA DIANE TOTALMENTE SUA, COM OS BICOS DOS SEIOS
QUEIMADOS, SENTINDO MUITA DOR E COM O ROSTO DEFORMADO.
SAMUEL — Vou sim filha. (PARA CAMILA) De noitinha eu trago a Lalinha. Não
se preocupa.
LALINHA VAI SAINDO COM SAMUEL QUE CONTINUA OLHANDO PARA O CASAL.
CAMILA FECHA A PORTA E COMEÇA A RIR COM ALEF.
MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 21
CASO ESPECIAL
ALEF — Viu a cara dele de surpreso? Se pudesse ele me matava agora mesmo.
CAMILA — Vamos deixar ele pra lá. O que importa agora é só nós dois. (BEIJO)
Ah, me deixa rasgar essa última foto.
CAMILA — Você foi o meu melhor amigo... E agora se tornou meu grande e
eterno namorado!
FIM