Вы находитесь на странице: 1из 21

TV DESTINO

30/08/2010
Central Destino de Produção CASO 4

MEU MELHOR AMIGO


Autor
Rynaldo Nascimento
Escrito por
Rynaldo Nascimento

Direção
Pedro Vasconcelos

Direção Geral
Natalia Grimberg

Núcleo
Ricardo Waddington
Personagens deste caso

ALBERICO
ALEF
CAMILA
DIANE
EVANDRO
LALINHA
MÁRCIA
SAMUEL
WINNE

Atenção:

“Este texto é de propriedade intelectual exclusiva da TV


DESTINO LTDA. e por conter informações confidenciais, não
poderá ser copiado, cedido, vendido ou divulgado de qualquer
forma e por qualquer meio, sem o prévio e expresso
consentimento da mesma. No caso de violação do sigilo, a parte
infratora estará sujeita às penalidades previstas em lei e/ou
contrato.”
MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 2
CASO ESPECIAL

CENA 01. APARTAMENTO DE CAMILA. SALA. INTERIOR. NOITE.

LUZES APAGADAS. ALGUÉM COLOCA A CHAVE NA FECHADURA, PELA PARTE DE


FORA. ABRE-SE A PORTA E SAMUEL ENTRA. QUANDO ELE LIGA A LUZ, CAMILA,
ALBERICO, ALEF, WINNE, EVANDRO, DIANE, ENTRE OUTROS AMIGOS, CANTAM
PARABÉNS.

SAMUEL RI, SURPRESO. NÃO ESPERAVA. CAMILA SE APROXIMA DELE E DÁ UM


SELINHO NA BOCA DO MARIDO. TODOS CONTINUAM CANTANDO OS PARABÉNS.

ALEF VEM TRAZENDO O BOLO. WINNE COLOCA UM CHAPÉUZINHO NA CABEÇA DE


SAMUEL. SAMUEL ASSOPRA A VELA E TODOS APLAUDEM.

SAMUEL — Vocês me pegaram dessa vez!

ALEF — Feliz aniversário, meu amigo!

CAMILA — Gostou da surpresa meu amor? Eu e o Alef preparamos tudo durante


essa semana.

SAMUEL — Isso só poderia ser idéia dele mesmo.

SAMUEL ABRAÇA ALEF.

SAMUEL — Obrigado a todos que me parabenizaram. Estou muito feliz por essa
festinha surpresa. Obrigado de verdade. Eu nem tava me lembrando do
meu aniversario. É que são tantos os problemas para resolver que...
Deixa pra lá. Ainda bem que tenho amigos como vocês. Obrigado!

TODOS APLAUDEM SAMUEL.

ALBERICO — Viva o Samuel!

TODOS GRITAM: “VIVA!”. CAMILA PEGA NA MÃO DE SAMUEL, MAS ELE SOLTA E
VAI CUMPRIMENTAR OS OUTROS CONVIDADOS. ELA FICA SEM JEITO, MAS ESBOÇA
UM SORRISO PARA NINGUÉM PERCEBER. DIANE VIU. MÁRCIA SE APROXIMA DE
CAMILA.

MÁRCIA — Posso começar a servir os salgadinhos agora dona Camila?

CAMILA — (TRISTE) Pode sim, Márcia.

DIANE SE APROXIMA DE CAMILA.

DIANE — Não precisa fingir. Eu vi o que ele fez.

CAMILA — Você viu?


MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 3
CASO ESPECIAL

DIANE — Não sei por que você planejou essa festinha de aniversário para ele. O
Samuel não gosta de você, o casamento está indo de mal a pior. Você
não tem noção não, Camila?

CAMILA — Era uma forma de agradá-lo. Eu pensei que com essa festa a gente ia
se entender, mas pelo visto. (PAUSA) Ai, minha irmã. Eu não sei o que
fazer para reconquistar o Samuel.

DIANE — Não faça nada. Fica do jeito que está. Você é jovem, nova, tem uma
vida pela frente. Não vá ficar presa a um casamento onde você é infeliz.

CAMILA — Mas eu amo o Samuel.

DIANE — Se pelo menos ele te amasse... Você está sofrendo, minha irmã. Eu
vejo isso nos seus olhos. Pensa bem no que vai fazer, mas eu te digo: a
melhor coisa é pedir o divorcio, antes que ele peça. Pega mal deixar o
homem se sobressair. Seja a primeira a dar a iniciativa.

CAMILA — Eu não posso me separar do Samuel. Nós temos uma filha. A Lalinha
ama o pai dela, ela não vive sem o Samuel.

DIANE — Filho não segura homem e você sabe muito bem disso. Não se lembra
da história do papai com a mamãe? Pois então... E a Lalinha ia superar
isso rapidinho. Ela já está crescidinha.

CAMILA FICA PENSATIVA. A CÂMERA VAI PARA ALEF E SAMUEL.

ALEF — Tudo idéia da sua esposa. A Camila pensou em todos os detalhes e eu


só ajudei.

SAMUEL — A Camila... É... Mas obrigado mesmo assim. Isso prova o quanto
somos amigos.

ALEF — Devo tudo que sou a você, Samuel. Você me colocou naquela revista
e hoje sou um grande profissional. Essa festa é só um pequeno gesto.
Não tenho como lhe retribuir tudo que fez por mim durante esses anos.

SAMUEL — (OLHANDO FIRME PARA ALEF) Sejamos apenas... Grandes


amigos! Melhores amigos!

ALEF SORRI PARA ELE. CAMILA CHEGA.

CAMILA — Gostando da festa meu amor?

SAMUEL — Tenho que te agradecer também, Camila. Muito obrigado pela festa.
Só estou um pouco cansado, mas tudo bem.
MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 4
CASO ESPECIAL

SAMUEL ALISA O ROSTO DELA E SAI. CAMILA SENTE O DESPREZO. MÁRCIA SE


APROXIMA DO PATRÃO, FALA ALGO AO PÉ DO OUVIDO E ELE VAI PARA O
ESCRITÓRIO. GERAL DA FESTINHA

CENA 02. APARTAMENTO DE CAMILA. ESCRITÓRIO. INTERIOR. NOITE.

SAMUEL ESTÁ AO TELEFONE.

SAMUEL — (AO TEL.) Eu sabia que vocês não iam esquecer do meu aniversário.
Ah, claro mamãe. Saudades mil da senhora... De todos! Diz ao mano que
no fim do mês vou dar uma passada em BH. Tá bem?

DIANE ENTRA NO ESCRITÓRIO E ENCARA SAMUEL. ELE A VÊ ALI.

SAMUEL — (AO TEL.) Outro pra senhora, mãe. Tchau! Amém!

SAMUEL DESLIGA O TELEFONE.

DIANE — Falando com a mamãe?

SAMUEL — Ela ligou para me dar os parabéns!

DIANE — Você acha que ninguém percebe a maneira como você está tratando a
Camila?

SAMUEL — Como assim?

DIANE — Todo mundo vai acabar sabendo que o casamento de vocês está em
crise. Você dá tanta bandeira.

SAMUEL — Não sei o que a Camila andou te falando, mas, você não tem nada a
ver com o meu relacionamento com a sua irmã. Pelo que eu sei você é
casada com o Alberico.

DIANE — Mas a Camila é a minha irmã. E eu não vou admitir que você a
engane dessa maneira.

DIANE OLHA PARA FORA E VÊ ALBERICO ALI. ELE ENTRA.

ALBERICO — Está acontecendo alguma coisa?

SAMUEL — A sua esposa que está se metendo demais onde não é chamada.

DIANE — Para de tratar a minha irmã como um fantasma.

SAMUEL VAI SAINDO E DEIXA DIANE SÓ COM ALBERICO.

ALBERICO — E você para de se meter na vida dos outros.


MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 5
CASO ESPECIAL

DIANE — Você não viu a maneira que ele tratou a Camila? Ele está sendo frio
com ela na frente de todos os convidados dessa porcaria de festinha
surpresa. A gente não deveria ter vindo.

ALBERICO — Quem não deveria ter vindo foi você. Só veio para causar desavenças.
Deixa que eles se entendam. O nosso já anda bom pra você está se
metendo no da sua irmã.

DIANE — O que você quis dizer com isso, Alberico?

ALBERICO SAI DO ESCRITÓRIO.

DIANE — (INDO ATRÁS) Estou falando com você, Alberico. Volta aqui.

CENA 03. APARTAMENTO DE CAMILA. SALA DE REFEIÇÕES. INTERIOR.


DIA.

LALINHA TERMINA DE COMER. CAMILA LIMPA A BOCA DA FILHA. MÁRCIA VEM


BUSCAR A GAROTA.

LALINHA — Bom dia mamãe!

MÁRCIA — Vamos logo Lalinha. O carro do transporte já chegou.

CAMILA — Se comporta na escola filha.

LALINHA SAI COM MÁRCIA. TEMPO. CAMILA COME ALGO. SAMUEL VEM DO
QUARTO, JÁ PRONTO PARA TRABALHAR. NÃO FALA COM CAMILA.

CAMILA — Bom dia pra você também, Samuel.

SAMUEL — Como você quer que eu lhe dê bom dia se você sai falando o que
acontece entre a gente para todo mundo?

CAMILA — Eu não falo nada sobre nós para ninguém.

SAMUEL — Ah, não? E como a Diane está sabendo que nós estamos em crise?
Ontem ela veio me dizer desaforos no escritório. Para de ficar falando
sobre o que se passa dentro dessa casa para sua irmã.

CAMILA — Mas eu não falei nada. Ela percebeu a maneira fria como você anda
me tratando.

SAMUEL — A Diane que se exploda. Já estou farto disso tudo. Cansei de você,
cansei dessa vida. Cansei! Sabe? Cansei!

SAMUEL SAI COM RAIVA. CAMILA FICA CALADA. ESCORRE UMA LÁGRIMA DE
SEUS OLHOS.
MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 6
CASO ESPECIAL

CENA 04. PRÉDIO. ESTACIONAMENTO. INTERIOR. DIA.

SAMUEL VEM ANDANDO APRESSADO, EXPLODINDO DE RAIVA. ACIONA O ALARME


DO CARRO. FAZ MENÇÃO DE ABRIR O CARRO, MAS PÁRA.

SAMUEL — Tenho que acabar com esse casamento de fachada. Já está mais do que
na hora de eu assumir isso... Não posso mais esconder essa situação. Não
posso.

SAMUEL ENTRA NO CARRO E DÁ PARTIDA.

CENA 05. CASA DE DIANE. COZINHA. INTERIOR. DIA.

DIANE E ALBERICO TOMAM CAFÉ DA MANHÃ.

DIANE — Mas é claro que ele esconde dela alguma coisa. O Samuel não é
nenhum menino, é bem descarado isso sim.

ALBERICO CANSOU DE OUVIR A MULHER FALAR.

ALBERICO — Eu não vou me meter na vida de senhor ninguém, e espero que você
pare de ser a defensora, de querer ser a heroína. Para de se meter na vida
da Camila. Ela que ande com as próprias pernas, que resolva seus
problemas.

DIANE — Você sempre do lado de quem não merece.

ALBERICO — Eu não estou do lado de ninguém.

DIANE — Está do lado do Samuel. Claro, são homens. E um tem que defender o
outro.

ALBERICO LEVANTA DA CADEIRA.

ALBERICO — Tenho muito trabalho hoje. Fica ai conversando com as paredes.

ALBERICO SAI.

DIANE — Bem que esse imbecil merece um par de chifres. Que marido eu fui
arrumar!

DIANE VOLTA A COMER, CONTRÁRIADA.

CENA 06. APARTAMENTO DE CAMILA. VARANDA. EXTERIOR. DIA.

CAMILA CHORA NA VARANDA E OBSERVA A PAISAGEM: A PRAIA DE


COPACABANA. MÁRCIA AO LADO DELA.
MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 7
CASO ESPECIAL

MÁRCIA — Mas a senhora tem certeza que ele está te traindo? Pode ser coisa da
sua cabeça.

CAMILA — Como coisa de minha cabeça, Márcia?! O Samuel não me quer mais,
está me tratando com frieza. Eu não agüento mais esse casamento.

MÁRCIA — E o que pensa em fazer?

CAMILA — Não sei. A Diane acha melhor eu pedir o divorcio.

MÁRCIA — Posso dar minha humilde opinião?

CAMILA — Claro que pode. O que você acha que devo fazer?

MÁRCIA — Acho que a senhora deve lutar por esse casamento. Se ama tanto esse
homem, porque não procura meios de reconquistá-lo?

CAMILA — É mesmo, não é? Não posso ficar parada, esperando que outra venha e
se apodere do meu Samuel.

MÁRCIA — Claro que não pode ficar parada. Vai à luta dona Camila. A senhora
tem uma família linda. E ela não pode ser destruída assim. Não mesmo.
Eu estou do lado da senhora.

CAMILA — Obrigada, Márcia. Ainda bem que tenho você para desabafar.

AS DUAS SE ABRAÇAM.

MÁRCIA — Agora enxuga esse rosto. Para de chorar!

CAMILA ENXUGA O ROSTO E SORRI, AINDA AMARELO.

CENA 07. REVISTA. FRENTE. EXTERIOR. DIA.

O CARRO DE SAMUEL PARA DE FRENTE A EDITORA DA REVISTA.

CENA 08. REVISTA. EDITORIAL. INTERIOR. DIA.

SAMUEL PASSA COM MUITA RAIVA POR WINNE E EVANDRO, E OUTROS


FUNCIONÁRIOS, MAS NÃO FALA COM NINGUÉM. TODOS PERCEBEM.

EVANDRO — Viu a cara do outro?

WINNE — Será que brigou de novo com a mulher?

EVANDRO — Esse casamento está indo de mal a pior.

ALEF CHEGA E VAI EM DIREÇÃO A SALA DE SAMUEL.


MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 8
CASO ESPECIAL

EVANDRO — Ainda mais quando tem esse ai no meio...

WINNE — O que você quis insinuar?

EVANDRO — Que o Alef é muito chegado aquilo... Todo mundo comenta. Não
sabia? Sei não viu... Acho que esses dois têm alguma coisa...

WINNE FICA PENSATIVA.

CENA 09. REVISTA. SALA DE SAMUEL. INTERIOR. DIA.

SAMUEL ESTÁ EM PÉ, INDO DE UM LADO PARA O OUTRO.

ALEF — Respira meu amigo. Essa raiva não vai te levar a lugar nenhum.

SAMUEL — Eu não agüento mais ter que suportar a Camila. Só a suporto por
causa da Lalinha. Mas nem estou agüentando mais. Acho que vou pedir o
divorcio.

ALEF — Tem certeza disso?

SAMUEL — É o melhor a se fazer.

SAMUEL SENTA, RESPIRA FUNDO. ALEF SE APROXIMA DELE.

ALEF — Você está muito tenso, amigo.

SAMUEL — Faz uma massagem em mim?

ALEF COMEÇA A MASSAGEAR OS OMBROS DE SAMUEL.

SAMUEL — De verdade... Não sei como vou tirar forças para dizer tudo que tenho
pra contar para a Camila.

ALEF — Hum...

SAMUEL — Mas isso tem que acabar!

EM SAMUEL. FUSÃO PARA:

CENA 10. RIO DE JANEIRO. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. NOITE.

TOMADA DO RIO DE JANEIRO ANOITECENDO. TAKES DA MOVIMENTAÇÃO DA


CIDADE. ATENÇÃO SONOPLASTIA: O RETORNO DE SATURNO – DETONAUTAS.

CENA 11. ACADEMIA. MUSCULAÇÃO. INTERIOR. NOITE.


MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 9
CASO ESPECIAL

SAMUEL FAZ MUSCULAÇÃO. ELE PÕE TODA A FORÇA NOS APARELHOS. TODA A
RAIVA, TENSÃO, QUE SENTE ESTÁ SENDO DEPOSITADA ALI. ELE FORÇA
BASTANTE.

CÂMERA: CLOSE NOS MUSCULOS DELE. OUTRAS PESSOAS TREINAM AO SEU LADO.
SAMUEL CANSA, RESPIRA FUNDO. BEBE UM POUCO DE ÁGUA E SAI DALI.

CENA 12. ACADEMIA. BANHEIRO MASCULINO. INTERIOR. NOITE.

SAMUEL ENTRA NO BANHEIRO E SE OLHA NO ESPELHO. TIRA A CAMISA E FICA


PENSANDO. TEMPO E ELE VAI EM DIREÇÃO AOS BOXES DE CHUVEIROS. TODOS OS
BOXES SÃO ABERTOS.

ELE VÊ UM RAPAZ TOMAR BANHO TOTALMENTE NÚ E VAI EM SEGUIDA PARA O


SEU BOX. SAMUEL TIRA TODA A ROUPA, LIGA O CHUVEIRO E DEIXA A ÁGUA CAIR
SOBRE SI.

CENA 13. APARTAMENTO DE CAMILA. QUARTO DO CASAL. INTERIOR.


NOITE.

SAMUEL ESTÁ DEITADO, LENDO UM PEQUENO LIVRO. CAMILA ENTRA NO QUARTO,


MAS ELE NEM A NOTA. CAMILA DEITA NA CAMA. SAMUEL FECHA O LIVRO E PÕE
NO CRIADO-MUDO.

CAMILA VAI ABRAÇÁ-LO, MAS ELE TIRA O BRAÇO DELA DE CIMA DELE.

SAMUEL — Hoje não, Camila. Estou cansado. Trabalhei o dia inteiro e ainda fui
gastar energia na academia. Não estou a fim.

CAMILA FICA SENTIDA E DIZ:

CAMILA — Tudo bem. Boa noite então.

SAMUEL DESLIGA A LUZ DO ABAJUR. FADE OUT/

CENA 14. RESTAURANTE. INTERIOR. DIA.

FADE IN. DIANE E CAMILA ALMOÇAM.

DIANE — Ele não quis transar com você? Ah, não... Isso pra mim já é demais. E
você não fez nada, Camila?

CAMILA — O que é que eu poderia fazer?

DIANE — Sei lá... Jogar na cara dele que ele tem outra mulher.

CAMILA — Ontem conversando com a Márcia, ela me aconselhou a lutar pelo


meu casamento.
MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 10
CASO ESPECIAL

DIANE — Você foi ouvir balela de uma empregadinha? Ah, me poupa, Camila.
Larga de ser idiota. (P) Já decidi: Vou te provar que o Samuel te trai.

CAMILA — Como você vai fazer isso, Diane?

DIANE — Nós vamos resolver isso agora. Termina de almoçar que no caminho
eu explico.

EM CAMILA.

CENA 15. REVISTA. EDITORIAL. INTERIOR. DIA.

ALEF E SAMUEL SAEM DA SALA CONVERSANDO. EVANDRO SEMPRE DE OLHO


NELES. ALBERICO PASSA POR ELES.

SAMUEL — Vou sair com o Alef. Qualquer coisa já sabe: liguem pro meu celular.

SAMUEL E ALEF SAEM. EVANDRO ENCOSTA EM WINNE.

EVANDRO — Pra onde o casalzinho vinte da revista vai a essa hora? Será que vão
almoçar juntos?

WINNE — Deixa de pensar maldade, Evandro. Essa sua língua ainda vai lhe
custar o emprego.

EVANDRO SORRI E OBSERVA SAMUEL E ALEF SAINDO.

CENA 16. RUA DA REVISTA. EXTERIOR. DIA.

ALEF E SAMUEL ENTRAM NO CARRO DO SEGUNDO. CORTE PARA O OUTRO LADO


DA RUA. O CARRO DE DIANE.

CAMILA — Ele tá saindo com o Alef.

DIANE — Vamos segui-los, mesmo assim. Vai saber se o Alef não acoberta o
Samuel.

CAMILA — Alef é meu amigo. Ele não faria isso comigo.

DIANE — Não se esqueça que o Samuel é bem amigo dele também e o ajudou
muito. Alef deve saber de alguma coisa.

CAMILA — Você e sua cabeça maquiavélica. Vai, segue antes que percamos o
carro de vista.

DIANE — É agora que a gente descobre!

DIANE LIGA O CARRO E SEGUE O DE SAMUEL.


MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 11
CASO ESPECIAL

CENA 17. RUAS DO RIO DE JANEIRO. EXTERIOR. DIA.

DIANE CONTINUA A SEGUIR O CARRO DE SAMUEL PELAS RUAS DO RIO DE


JANEIRO. TOMADA DO RIO DE JANEIRO, MOSTRANDO A PAIASAGEM.

CENA 18. MOTEL. FRENTE. EXTERIOR. DIA.

O CARRO DE SAMUEL ENTRA EM UM MOTEL. CORTE RÁPIDO DA CÂMERA PARA O


PARA-BRISA DO CARRO DE DIANE.

DIANE E CAMILA ESTÃO CHOCADAS.

DIANE — Eles entraram em um motel, Camila.

CAMILA — Não pode ser. Não! Não pode ser verdade, Diane. (P) O Alef e o
Samuel... Eles têm um caso!

CLOSE NELAS, CHOCADAS.

1º INTERVALO COMERCIAL

CENA 19. MOTEL. FRENTE. EXTERIOR. DIA.

CONTINUAÇÃO DA CENA ANTERIOR. AINDA PASSADAS COM O QUE ACABARAM DE


VER.

CAMILA — Isso não pode ser verdade, Diane. O Samuel e o Alef são amigos, são
heteros. Eu sei que são.

DIANE — O mundo do jeito que tá hoje... Eu não confio. Há homens casados


que sentem tesão por outros homens, Camila.

CAMILA — Não, mas o Samuel não é gay.

DIANE — Só há uma maneira de a gente tirar a prova. Nós vamos ter que entrar
no motel.

CAMILA — Nós duas? Mas somos mulheres.

DIANE — Nos passamos por lésbicas. O que acha?

CAMILA — Tá ficando louca? Não... Não vou entrar no motel. Vou esperar ele
chegar em casa! Eu vou esclarecer essa história hoje mesmo! É tudo ou
nada!

EM CAMILA DECIDIDA.

CENA 20. RIO DE JANEIRO. GERAIS. EXTERIOR. NOITE.


MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 12
CASO ESPECIAL

TOMADA GERAL DO RIO DE JANEIRO. ÚLTIMA TOMADA NA VARANDA DO PRÉDIO


DE CAMILA.

CENA 21. APARTAMENTO DE CAMILA. SALA. INTERIOR. NOITE.

CAMILA ESTÁ SENTANDA, IMPACIENTE, TROCA DE CANAL NA TV A TODO


SEGUNDO. SAMUEL CHEGA DO TRABALHO E COLOCA A PASTA NO SOFÁ.

SAMUEL — Como foi o seu dia?

ELE SENTA NO SOFÁ. ELA LEVANTA, IRRITADA.

CAMILA — O meu foi péssimo, sabe por quê? Porque descobri que o seu deve ter
sido ótimo. Não adianta mais esconder, Samuel. Eu vi você e o Alef
entrando em um motel.

SAMUEL LEVANTA E ENRACA CAMILA.

CENA 22. CASA DE DIANE. SALA. INTERIOR. NOITE.

ALBERICO ESTÁ BOQUIABERTO. DIANE COM ELE.

ALBERICO — Você e a Camila seguiram o carro do Samuel e descobriram que ele e


o Alef entraram em um motel?

DIANE — Sim. A Camila está chocada até agora. Eu sabia que tinha algo de
errado nessa história.

ALBERICO COMEÇA A RIR.

DIANE — Tá rindo do quê?

CENA 23. APARTAMENTO DE CAMILA. SALA. INTERIOR. NOITE.

SAMUEL E CAMILA.

CAMILA — Então foi isso que você foi fazer naquele motel com o Alef?

SAMUEL — E o que mais poderia ser? Fomos cobrir um caso secreto! Uma bomba
para a capa da revista. Agora você foi ridícula, Camila. Ridícula. Não
deveria ter caído na pilha da sua irmã.

CAMILA — Desculpa meu amor. Eu não sabia o que fazer. Você não me trata
como antes.

SAMUEL — Sabe o porquê não lhe trato como antes, porque eu não te amo mais.
Cansei desse casamento de fachada. Eu vou embora desse apartamento.
Pra mim já deu. Essa foi à gota d’água.
MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 13
CASO ESPECIAL

CAMILA COMEÇA A CHORAR.

CAMILA — Me desculpa, Samuel. Samuel, não me abandona.

ELA SE JOGA AOS PÉS DELE, MAS SAMUEL É IMPIEDOSO, SAI DA SALA E CAMILA
FICA A CHORAR.

CENA 24. APARTAMENTO DE CAMILA. QUARTO DO CASAL. INTERIOR.


NOITE.

SAMUEL ESTÁ ARRUMANDO A MALA, QUANDO LALINHA ENTRA NO QUARTO.

LALINHA — É verdade que o senhor vai embora, papai? Brigou pra sempre com a
mamãe?

SAMUEL — Sim filha. Mas o papai vai continuar te amando como sempre. Eu
nunca vou me esquecer de você.

LALINHA — Porque você vai sair assim de casa?

SAMUEL — Porque o papai não dá mais certo com a mamãe.

LALINHA — Tá bem. Mas ela tá chorando tanto lá fora. Não custa nada tentar ficar
juntinhos.

SAMUEL — Não dá mais filha. Sua mãe não confia em mim, e o papai tá cheio de
problemas para administrar.

LALINHA FICA TRISTE.

SAMUEL — Mas o papai vai ficar naquele flat; eu sempre venho te ver. Não se
preocupa, que estou me separando de sua mãe, não de você, tá bem?

LALINHA AFIRMA POSITIVAMENTE COM A CABEÇA E ABRAÇA O PAI CHORANDO.

CENA 25. APARTAMENTO DE CAMILA. SALA. INTERIOR. NOITE.

MÁRCIA DÁ ÁGUA PARA CAMILA QUANDO SAMUEL PASSA COM A MALA.

CAMILA — É isso mesmo que você vai fazer, Samuel? Se sair por essa porta não
tem mais volta.

SAMUEL SAI E CAMILA CHORA. CLOSE NELA.

CENA 26. ELEVADOR DO PRÉDIO. INTERIOR. NOITE.

SAMUEL RESPIRA ALIVIADO E DIZ:

SAMUEL — Me livrei dela! Ufa!


MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 14
CASO ESPECIAL

CLOSE EM SAMUEL.

CENA 27. CASA DE DIANE. QUARTO DO CASAL. INTERIOR. NOITE.

DIANE E ALBERICO DEITADOS NA CAMA. ELA ACABA DE DESLIGAR O CELULAR.

ALBERICO — Era a sua irmã?

DIANE — Era sim. Camila e Samuel acabaram de se separar.

ALBERICO — Você está sabendo que tem uma parcela de culpa nessa história, não
sabe?

DIANE — Não me estressa, Alberico. Não me estressa.

DIANE SE DEITA E VIRA-SE PARA O CANTO. CLOSE NELA PENSATIVA.

CENA 28. CÉU DO RIO DE JANEIRO. EXTERIOR. DIA.

A LUA DÁ LUGAR AO SOL.

CENA 29. REVISTA. EDITORIAL. INTERIOR. DIA.

WINNE E EVANDRO.

WINNE — Tá sabendo do maior babado do mês?

EVANDRO — Que o Samuel se separou da Camila?

WINNE — Unhum...

EVANDRO — Jornal atrasado. Conta uma notícia nova.

WINNE — Estou chocada até agora. Tá a maior repercussão a separação dos dois.
Qual será o motivo, hein?

ALEF ENTRA NA SALA DE SAMUEL. EVANDRO APONTA.

EVANDRO — Continuo insistindo que o motivo é aquele ali. Mas ninguém acredita.

WINNE — Acho que você tem razão, viu.

EVANDRO — Alef e Samuel tem um caso de anos. Só um cego que não acredita, e
só não acredita porque não vê.

EVANDRO SE AFASTA. EM WINNE.

CENA 30. REVISTA. EDITORIAL. EXTERIOR. DIA.

SAMUEL E ALEF CONVERSAM.


MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 15
CASO ESPECIAL

ALEF — Então dessa vez é o fim. Acabaram mesmo esse casamento?

SAMUEL — Sim, acabou tudo.

ALEF — Nossa! Nem consigo acreditar que a Camila pensou que nós dois
tivéssemos um caso.

SAMUEL — Pra você ver o quanto ela está ficando louca. Camila é uma
desequilibrada. Ainda bem que me livrei dela.

ALEF — E como ela tá agora, hein?

SAMUEL — E eu que sei...? A Única coisa que me interessa naquela casa é a


Lalinha. Minha filha e ponto.

CLOSE EM ALEF.

CENA 31. QUIOSQUE NA PRAIA. EXTERIOR. DIA.

CAMILA E DIANE CONVERSAM.

DIANE — Como a culpa é minha?

CAMILA — Você que me fez acreditar que o Samuel estava me traindo. Você me
fez cair nesse papo furando. Agora meu marido foi embora.

DIANE — Ele foi embora porque ele nunca te amou, sua tonta.

CAMILA — E o que você sabe de amor, Diane? Nada! Você não sabe de nada!
Você é mal amada. Não tem um homem de verdade. E fica achando que
todos os casamentos vão furar que nem o seu e o do Alberico. Porque
todo mundo sabe que vocês vivem de aparências.

DIANE ENGOLE SECO.

CAMILA — Eu vou buscar minha filha na escola.

CAMILA DEIXA DIANE SOZINHA.

DIANE — (COM VONTADE DE CHORAR) Mal amada... Eu? Tá bom,


Camila. Tudo bem, então...

DIANE SAI DALI APRESSADA.

CENA 32. RIO DE JANEIRO. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. NOITE.

ATENÇÃO SONOPLASTIA: GOODBYE – SPICE GIRLS. TOMADA RÁPIDA.

CENA 33. APARTAMENTO DE CAMILA. SALA. INTERIOR. NOITE.


MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 16
CASO ESPECIAL

MÚSICA DA CENA ANTERIOR. LUZES APAGADAS. CAMILA ASSISTE O VÍDEO DE SEU


CASAMENTO COM SAMUEL E CHORA.

DE REPENTE O TELEFONE TOCA. CAMILA ATENDE.

CAMILA — (AO TEL.) Alô? Oi...? Samuel?

ALGUÉM — (OFF) É que eu quero saber do doutor Samuel se é pra entregar o


jantar a dois ai no apartamento ou no flat. Ele pediu para colocar uma
rosa também. Quero saber se confirma.

CAMILA ESTÁ PERPLEXA.

CAMILA — (AO TEL.) É no flat, moço. Obrigada!

CAMILA DESLIGA O TELEFONE.

CAMILA — Então quer dizer que ele marcou um jantar. Deve ser com quem ele
me traia. Mas eu vou até lá agora. Vou descobrir tudo. Maldito. Você ma
paga!

CAMILA SAI DO APARTAMENTO APRESSADA.

CENA 34. CARRO DE CAMILA EM MOVIMENTO. INTERIOR. NOITE.

CAMILA DIRIGE RÁPIDO PARA CHEGAR NO FLAT DE SAMUEL.

CENA 35. FLAT DE SAMUEL. SALA. INTERIOR. NOITE.

SAMUEL ABRE A PORTA E SORRI. NÃO SE REVELA QUEM ESTÁ ALI.

SAMUEL — Eu sabia que você viria! Tava morrendo de vontade de fazer com
você.

ELE SORRI MALICIOSOS, OLHANDO A PESSOA DE CIMA A BAIXO. MORDE OS


LÁBIOS.

CENA 36. CARRO DE CAMILA EM MOVIMENTO. INTERIOR. NOITE.

CAMILA ESTÁ DIRIGINDO. ELA DISCA NO CELULAR. CHAMA, CHAMA E CAI NA


CAIXA POSTAL.

DIANE — (OFF DE CAIXA POSTAL) Aqui é a Diane. Estou no banho. Deixe


sua mensagem que logo retornarei. Obrigada!

CAMILA — Diane, é a Camila. Estou indo para o flat do Samuel. Ele marcou
jantar com alguém. E pelo que parece é uma mulher. Corre pra lá. Me
ajuda a acabar com essa noite dos dois. Rápido!
MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 17
CASO ESPECIAL

CAMILA DESLIGA O CELULAR.

CENA 37. FRENTE DO FLAT. EXTERIOR. NOITE.

CAMILA DESCE DO CARRO E CORRE PARA O INTERIOR DO FLAT.

CENA 38. FLAT DE SAMUEL. SALA. INTERIOR. NOITE.

CAMILA ABRE A PORTA E ENTRA DE VEZ.

CAMILA — Cadê o desgraçado?! Cadê você Samuel?!

CAMILA VAI EM DIREÇÃO AO QUARTO.

CENA 39. FLAT DE SAMUEL. QUARTO. INTERIOR. NOITE.

CAMILA ABRE A PORTA DE VEZ. VEMOS SAMUEL TOMAR UM SUSTO EM CIMA DA


CAMA, COBERTO PELO LENÇOL. CAMILA VÊ QUEM ESTÁ COM ELE E TOMA UM
SUSTO, ARREGALA OS OLHOS.

CAMILA — Você? (P) Você?

A CÂMERA GIRA EM SLOW E REVELA-SE DIANE DEITADA NA CAMA COM SAMUEL,


TOTALMENTE NUA.

2º INTERVALO COMERCIAL

CENA 40. FLAT DE SAMUEL. QUARTO. INTERIOR. NOITE.

CONTINUAÇÃO DA CENA ANTERIOR. DIANE AGORA VESTIDA, SAMUEL TAMBPEM.


CAMILA CHORA.

CAMILA — Porque, Diane? Porque vocês me enganaram durante todo esse


tempo?

SAMUEL — Eu posso explicar.

CAMILA — Não, você não tem que explicar nada. Quem tem que explicar alguma
coisa aqui é ele. A minha irmã, se é que isso aí é uma irmã.

DIANE — Eu sempre tive inveja do seu casamento. Tinha vontade de ser feliz
que nem você, Camila, mas o Alberico nunca me deu a felicidade
merecida. (P) Eu tentei me espelhar em você, mas acabei fazendo tudo
errado.

CAMILA — Tudo errado? Você acabou com meu casamento, destruiu os meus
sonhos. Tirou um pai de família de casa.

DIANE — Eu sei.
MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 18
CASO ESPECIAL

CAMILA — Se sabia por que fez? Você via meu sofrimento, fingia que estava a
meu lado. Até me colocar contra o Samuel você me colou. Fingia que
não gostava dele, mas por trás (GRITA) estava comendo o marido da
irmã. Que lindo. Adorei.

DIANE — Me perdoa, Camila. Eu fui me envolvendo e/

CAMILA DÁ UM TAPA FORTE NO ROSTO DE DIANE QUE CAI.

CAMILA — Você é uma vagabunda de quinta qualidade. É uma piranha, uma


puta, uma ratazana, uma cachorra sarnenta, que se aproveitou de minha
fragilidade para abocanhar o meu marido. (PARA SAMUEL) E você,
Samuel, caiu na historia dela. Me enganaram, me fizeram de idiota. Mas
a Camila idiota morreu aqui.

CAMILA VAI SAINDO DO QUARTO.

SAMUEL — Camila!

CAMILA VIRA-SE PARA ELE.

CAMILA — A partir de amanhã todos estarão sabendo os reais motivos da nossa


separação. Toda a sociedade saberá quem é você e quem é a Diane,
mesmo que isso me doa, que isso me machuque, todos vão saber. E
nunca mais ponha os pés na Revista. Aquilo me pertence!

CAMILA SAI DO QUARTO. DIANE COMEÇA A CHORAR. SAMUEL OLHA PARA A


AMANTE E VESTE A CAMISA.

CENA 41. FRENTE DO FLAT. EXTERIOR. NOITE.

CAMILA SAI DO LOCAL.

CAMILA — Eu vou me vingar! Vou dar a volta por cima e mostrar a você,
Samuel, que eu sou uma mulher e posso ser feliz!

CAMILA OLHA PARA O FLAT E ENTRA NO CARRO.

CENA 42. TELA ESCURA.

ENTRA LETREIRO: DIAS DEPOIS

CENA 43. RIO DE JANEIRO. GERAIS. EXTERIOR. DIA.

ATENÇÃO SONOPLASTIA: GOODBYE – SPICE GIRLS. (MÚSICA JÁ VINHA DO FIM DA


CENA 41). TOMADA DO RIO DE JANEIRO DIAS DEPOIS DO ACONTECIDO.

CENA 44. REVISTA. EDITORIAL. INTERIOR. DIA.


MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 19
CASO ESPECIAL

WINNE, EVERALDO E OS OUTROS FUNCIONÁRIOS ESTÃO COM A REVISTA DESSE


MÊS EM MÃOS. NA CAPA ESTÁ ESTAMPADA A TRAIÇÃO DE SAMUEL E DIANE.

EVANDRO — E eu pensava que o Alef era o destruidor de lares.

WINNE — Tá vendo que as aparências enganam? Da próxima vez você vem com
noticia verdadeira.

ALBERICO PASSA POR ALI E O PESSOAL COMEÇA A COMENTAR.

ALBERICO — Podem me chamar de corno, do que quiserem. Eu não ligo. Eu sou


um corno mesmo.

ALBERICO VAI PARA SUA SALA.

EVANDRO — Esse daí já se conformou mesmo.

CORTE PARA A ENTRADA DE CAMILA TOTALMENTE REPAGINADA. COM NOVAS


ROUPAS, UMA NOVA CORTE E CORTE DE CABELO MODERNO. EM UM ESTILO
SOCIAL. ESTÁ BELÍSSIMA. TODOS ADMIRAM A SUA CHEGADA. ALEF VEM RECEBÊ-
LA.

ALEF — Seja bem vinda presidente!

CAMILA — Muito obrigada, meu grande e fiel amigo!

CAMILA PISCA PARA ALEF. VIRA-SE PARA OS DEMAIS.

CAMILA — A partir de hoje começa uma nova jornada nessa revista, com uma
nova presidente, com uma nova vertente de noticiário. Tudo novo.
Vamos recomeçar sem a presença de quem um dia tentou me rebaixar!
Espero a colaboração de todos vocês para trabalharmos unidos em prol
da Revista e da liberdade de expressão!

TODOS APLAUDEM CAMILA. ELA SORRI.

CENA 45. RUA DAS PUTAS. EXTERIOR. NOITE.

VÁRIAS GAROTAS DE PROGRAMAS RODAM BOLSINHA EM UMA RUA QUE DÁ


ACESSO A ORLA DO RIO DE JANEIRO.

UM CARRO VAI PASSANDO BEM DEVAGAR E PARA EM UMA PUTA QUE ESTÁ
ENCOSTADA EM UMA ÁRVORE. O VIDRO DO CARRO SE ABRE, É ALBERICO.

ALBERICO — Ei, putinha. A fim de um programinha com o gostosão aqui?

QUANDO A PUTA SE VIRA, VEMOS QUE É DIANE.

DIANE — Só se for agora, Albericão!


MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 20
CASO ESPECIAL

ALBERICO SORRI PARA ELA E DIANE ENTRA NO CARRO.

CENA 46. QUARTO DE MOTEL. INTERIOR. NOITE.

OUVIMOS GRITOS E GEMIDOS. MUITA PANCADA. ABRE EM ALBERICO


ESPANCANDO DIANE.

ALBERICO — Vagabunda! Piranha! Sua puta desgraçada! Por sua culpa sou xingado
nas ruas, vagabunda! Cachorra!

AGORA A CÂMERA REVELA DIANE TOTALMENTE SUA, COM OS BICOS DOS SEIOS
QUEIMADOS, SENTINDO MUITA DOR E COM O ROSTO DEFORMADO.

ALBERICO — Me vinguei de você sua cadela no cio.

ALBERICO COMEÇA A VESTIR A ROUPA ENQUANTO DIANE CHORA NO CHÃO DO


QUARTO SUJO.

CENA 48. TELA ESCURA.

ENTRA O LETREIRO: MUITO TEMPO DEPOIS...

CENA 49. PRÉDIO. EXTERIOR. DIA.

TOMADA DE LOCALIZAÇÃO DO PRÉDIO DE CAMILA.

CENA 50. APARTAMENTO DE CAMILA. SALA. INTERIOR. DIA.

SAMUEL DE MÃOS DADAS COM LALINHA. CAMILA ALI.

LALINHA — O senhor vai me levar à praia?

SAMUEL — Vou sim filha. (PARA CAMILA) De noitinha eu trago a Lalinha. Não
se preocupa.

ALEF VEM DO INTERIOR DA CASA.

SAMUEL — O que o Alef tá fazendo aqui?

CAMILA — Eu e Alef somos namorados. Por quê? Algum problema?

SAMUEL ENCARA ALEF. ALEF ABRAÇA CAMILA POR TRÁS.

SAMUEL — Não... Problema nenhum. (SE TOCA) Vamos Lalinha.

LALINHA VAI SAINDO COM SAMUEL QUE CONTINUA OLHANDO PARA O CASAL.
CAMILA FECHA A PORTA E COMEÇA A RIR COM ALEF.
MEU MELHOR AMIGO CASO 4 Pag.: 21
CASO ESPECIAL

ALEF — Viu a cara dele de surpreso? Se pudesse ele me matava agora mesmo.

CAMILA — Vamos deixar ele pra lá. O que importa agora é só nós dois. (BEIJO)
Ah, me deixa rasgar essa última foto.

ALEF — Qual foto?

CAMILA SENTA-SE PERTO DO CENTRO DE VIDRO E PEGA A ÚLTIMA FOTO DE


CASADA COM SAMUEL. ELA RASGA A FOTO EM VÁRIOS PEDACINHOS.

CAMILA — Agora acabou!

ALEF SENTA AO LADO DELA E A BEIJA.

CAMILA — Você foi o meu melhor amigo... E agora se tornou meu grande e
eterno namorado!

ELES SORRIEM E ENTÃO SE BEIJAM.

INSERIR EFEITO: FOTOGRAFIA.

FIM

Вам также может понравиться