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Noções de Direito Administrativo

Material Extra
Profº Fabrício Bolzan

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Curso:Reta Final Analista e Técnico do MPU www.cursoparaconcursos.com.br

Principais novidades na Lei 8.666/93 trazidas pela MP 495 de 19-07-2010

Princípios:

Inicialmente temos os chamados Princípios Gerais que são aqueles que norteiam
toda a atuação administrativa, inclusive o procedimento licitatório. Sobre o tema,
iniciaremos a abordagem pelo disposto no caput do art. 3º da Lei 8.666/93 com nova
redação dada pela Medida Provisória de 19 de julho de 2010:
Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção
do desenvolvimento nacional, e será processada e julgada em estrita conformidade
com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. (Redação dada
pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

Princípio da Impessoalidade: por esse princípio a Administração não poderá


estabelecer entre os licitantes, competidores do procedimento licitatório, preferências
ou distinções de qualquer natureza. É o que estabelece o inciso I do § 1º do art. 3o da
Lei n. 8.666/93:

Art. 3o, § 1o É vedado aos agentes públicos:


I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições
que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam
preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos
licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o
específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no
art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 495, de 2010)

Ainda na análise do princípios gerais, cumpre destacar o Princípio da Igualdade.

Trata-se de princípio que veda qualquer tratamento diferenciado entre os licitantes, na

medida em que exige oportunidade igual para todos.

A esse respeito, traz-se à colação o disposto no Inciso II do § 1º do art. 3o da Lei n.


8.666/93:

Art. 3o, § 1o É vedado aos agentes públicos:


I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições
que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam
preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos
licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o
específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no
art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 495, de 2010)

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II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista,


previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive
no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando
envolvidos financiamentos de agências internacionais, ressalvado o disposto no
parágrafo seguinte e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991

Com efeito, a existência de critérios de desempate previstos na Lei de Licitações não


viola o princípio ora estudado, simplesmente confere solução a uma situação que
poderá ocorrer, qual seja, o empate entre dois ou mais licitantes.

Sobre o tema, dispõe a Lei de Licitações e Contratos com redação dada pela Medida
provisória de 2010:
Art. 3º, § 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será
assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:
I - produzidos no País; (Redação dada pela Medida Provisória nº 495, de 2010)
II - produzidos ou prestados por empresas brasileiras; e (Redação dada pela Medida
Provisória nº 495, de 2010)
III - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no
desenvolvimento de tecnologia no País. (Redação dada pela Medida Provisória nº
495, de 2010)

Art. 45, § 2o No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido o
disposto no § 2o do art. 3o desta Lei, a classificação se fará, obrigatoriamente, por
sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado
qualquer outro processo.

Licitação dispensável do art. 24:


XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3o, 4o, 5o e 20
da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de
contratação dela constantes. (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

O inciso XXXI representa nova hipótese de licitação dispensável e foi inserido


recentemente por Medida Provisória de 19 de julho de 2010.

Prazo de Duração do Contrato

A primeira informação e, talvez, a mais relevante sobre esse tema é que não se
admite o contrato administrativo com prazo indeterminado. Logo, todos os contratos
dessa natureza devem ter prazo de duração expressamente previsto.

Art. 57, § 3o É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.

Em regra, os contratos administrativos possuem um prazo de duração limitado aos


créditos orçamentários. Isso significa que será de um ano o prazo de duração do
contrato, na medida em que é esse o período de vigência da Lei Orçamentária. Tal
assertiva encontra amparo no caput do art. 57 da Lei n. 8.666/93:

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Art. 57, caput. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência
dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:

Constata-se da leitura desse dispositivo que esse prazo poderá ser prorrogado nas
hipóteses previstas nos incisos do art. 57 da Lei n. 8.666/93

Art. 57, I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas
no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da
Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;

O plano plurianual prevê as metas da Administração pelo período de 04 anos. Logo, o


limite máximo do prazo de vigência do contrato cujo objeto esteja contemplado nessas
metas será de 04 anos.

Art. 57, II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que


poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à
obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a
sessenta meses;
(...)
§ 4o Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da
autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser
prorrogado por até doze meses.

Assim, os serviços prestados de forma contínua, como o serviço de limpeza e


vigilância, visam atender necessidades permanentes da Administração e os
respectivos contratos terão prazo máximo de duração de 60 meses, podendo chegar
em casos excepcionais a 72 meses, preenchidos os requisitos previstos no § 4º supra
transcrito.

Art. 57, IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática,


podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o
início da vigência do contrato;

Art. 57, V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos
contratos poderão ter vigência por até cento e vinte meses, caso haja interesse da
administração. (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

A última hipótese admitindo a prorrogação do contrato administrativo foi inserida pela


Medida Provisória de 19 de julho de 2010 e refere-se às seguintes situações
colocadas no artigo 24 da Lei 8.666/93:

IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos


casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de
Defesa Nacional;
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de
materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a
padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e
terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto;
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País,
que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional,

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mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do


órgão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de 2007).
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3o, 4o, 5o e 20
da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de
contratação dela constantes. (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010)

Questões

(Técnico Judiciário TER-BA 2010) Acerca da organização administrativa e


dos conceitos relativos à administração direta e indireta, julgue os itens que
se seguem.
01. As agências reguladoras são entidades que compõem a administração
indireta e, por isso, são classificadas como entidades do terceiro setor.

02. A criação de uma autarquia para executar determinado serviço público


representa uma descentralização das atividades estatais. Essa criação
somente se promove por meio da edição de lei específica para esse fim.

03. Quando se afirma que o particular pode fazer tudo o que a lei não proíbe
e que a Administração só pode fazer o que a lei determina ou autoriza,
estamos diante do princípio da
(A) legalidade.
(B) obrigatoriedade.
(C) moralidade.
(D) proporcionalidade.
(E) contradição.

04. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE/AL FCC 2010)Analise as penalidades


previstas para as condutas abaixo, praticadas por servidores públicos
federais.
I. Milton está sendo responsabilizado por incontinência pública.
II. Vânia está sendo responsabilizada por retirar, sem prévia anuência da
autoridade competente, vários documentos da secretaria do órgão público.

Nesses casos, serão passíveis, respectivamente, das penas de


(A) suspensão e advertência.
(B) demissão e suspensão.
(C) suspensão e multa.
(D) destituição do cargo e multa.
(E) demissão e advertência.

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05. TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE/AL FCC 2010


Antonia, servidora pública federal, recebeu R$ 1.000,00 (um mil reais) a título
de diárias. Entretanto, atendendo a ordens superiores, não houve
necessidade de afastar-se da sede. Nesse caso, no que se refere às diárias,
Antonia
(A) ficará obrigada a restituí-las, integralmente, no prazo de cinco dias.
(B) deverá restituí-las, pela metade, no prazo de cinco dias.
(C) não deverá restituí-las, por ter cumprido ordens superiores.
(D) poderá compensar um terço do valor como dias trabalhados, mas restituindo o
saldo.
(E) deverá restituí-las, de imediato, no valor de dois terços e o restante até trinta
dias.

06. Sobre o motivo, como requisito do ato administrativo, é INCORRETO


afirmar que
(A) motivo e móvel do ato administrativo são expressões que não se equivalem.
(B) motivo é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato
administrativo.
(C) a sua ausência invalida o ato administrativo.
(D) motivo é a causa imediata do ato administrativo.
(E) motivo e motivação do ato administrativo são expressões equivalentes.

Gabarito

01. Errado
02. Errado
03. A
04. E
05. A
06. E

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