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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA
ÁREA DE FITOTECNIA

HORTICULTURA GERAL
NOTAS DE AULA: 2a PARTE

Luciane Vilela Resende


Gustavo Jonnas S. M. Bezerra

RECIFE
2003
Capítulo VI: Propagação Assexuada ou Vegetativa

1. Introdução

Por reprodução assexual entende-se a multiplicação vegetativa de um indivíduo, capaz de


produzir uma planta geneticamente idêntica àquela que lhe deu origem, sem a união de gametas. A
regeneração de um novo por via assexual ocorre em plantas superiores devido à mitose que ocorre
nos pontos de crescimento, como brotos terminais, ápices radiculares, câmbio vascular e nos callus
originados em tecidos feridos de raízes e caules.
A propagação assexual é, portanto, a multiplicação dirigida de partes da planta, baseada na
capacidade que certas estruturas vegetais de determinadas espécies possuem, para formar um novo
indivíduo completo, quando destacadas da planta-mãe e colocadas em condições propícias. Pela
aplicação de diferentes técnicas, a propagação vegetativa permite a multiplicação em larga escala de
uma planta individual, selecionada, reproduzindo fielmente as características que lhe conferem
vantagens adicionais em relação a um padrão da espécie.
A propagação vegetativa é feita utilizando-se métodos naturais e métodos artificiais. Os
métodos naturais são aqueles que utilizam órgãos da planta como veículo de propagação. São eles:
caules modificados, raízes modificadas e folhas modificadas. E os métodos artificiais utilizam
determinadas técnicas para propagação da espécie. São elas: estaquia, mergulhia, enxertia e
micropropagação.

2. Estruturas Naturais

• Caules modificados: acumulam substâncias de reserva. Em geral são subterrâneos.


⌦ Bulbos: caule subterrâneo de reservas, encurtados, constituídos por folhas escamosas,
grossas, polpudas, e modificadas de base carnosas, com gemas nas axilas das escamas
foliares. Ex.: cebola, alho, narciso, jacinto, etc.
⌦ Cormos ou bulbos sólidos: caule subterrâneo de reserva, semelhante ao bulbo, porém é mais
curto e intumescido não contendo folhas polpudas. Tipo bulbo sólido, com nós e entrenós
bem visíveis. Ex: gladíolo, açafrão.
⌦ Estolhos: são caules aéreos que se desenvolvem a partir das axilas das folhas na base ou
coroa da planta. Ex: morangueiro, gerânio, etc.
⌦ Rizomas: são caules subterrâneos que contém nós e entre-nós, apresentam raízes
adventícias. Ex: íris, inhame, etc.
⌦ Tubérculos: partes carnudas de rizomas subterrâneos. O tubérculo poderá ser utilizado todo
ou parte dele (quebrando a dominância apical). Ex: batatinha
⌦ Estolões: caules alongados que crescem rente à superfície do solo. Ex: gramas, morangueiro.
⌦ Rebentos ou “filhotes”: desenvolve-se a partir do caule. Ex: abacaxi, etc.
• Raízes modificadas:
⌦ Raízes tuberosas: gemas vegetativas e raízes adventícias. Ex: batata-doce, begônia, etc.
⌦ Rebentos de raízes: surgem de modo adventício das raízes.
• Folhas modificadas: são folhas carnosas (armazenam reservas), utilizadas na propagação de
algumas espécies. Ex: violeta, cactos, etc.
• Rebentos: Podem ocorrer naturalmente como em abacaxi e caqui.
• Divisão de touceiras: é a separação de uma planta em pedaços, contendo raiz, caule e folhas. Ex:
Alpinia, Espada-de–São Jorge, etc.
3. Métodos Artificiais

• Estaquia:
É qualquer parte destacada da planta mãe, capaz de regenerar folhas e raízes formando uma
planta completa. É um importante processo de propagação vegetativa.
As estacas podem ser de caule, raiz, folha, e gemas. Por exemplo, a fruta-pão é propagada
por estaca de raiz.
⌦ Estacas de caule podem ser:
a) Herbáceas: quando se utiliza a ponta do ramo para obtenção da estaca. Ex: pingo-de-ouro, Ixora,
etc.
b) Semi-herbáceas ou semilenhosas: quando se utiliza parte intermediária dos ramos. Ex: acerola,
roseira, videira, figueira, marmeleiro, romãzeira, aveleira, cirigueleira, limeira, etc.
c) Estacas Lenhosas: utiliza a parte basal dos ramos. Estacas lignificadas.
⌦ Estaca de raiz: utiliza o rizoma, por exemplo: o rizoma da bananeira, da fruta-pão, etc;
⌦ Estaca de folha: a parte utilizada é a folha com ou sem pecíolo, pedaço da folha. Ex: violeta
africana, palma forrageira, etc.
Para a obtenção de estacas, deverão ser obedecidos alguns critérios como: tamanho, que
deverá ser de 20 a 30 cm de comprimento ou com a presença de três a cinco gemas; a partir de um
ramo poderá se obter várias estacas; e a quantidade de brotos e raízes, que irá depender das
substâncias de reservas sendo recomendado esta aquisição no final do período chuvoso.
Alguns fatores afetam o enraizamento, como:
− Relação C/N (carbono/nitrogênio);
− Espécie: depende da consistência do caule e da rapidez de crescimento da planta;
− Idade dos ramos: até dois anos é o mais recomendado, pela maior facilidade de enraizamento;
− Época do ano: no caso das herbáceas poderá ser obtida durante o ano todo, enquanto que em
lenhosas será após fase de repouso;
− Posição do ramo: recomenda-se da área mediana;
− Nutrição: pobre, melhor;
− Ambiente: recomenda-se a temperatura durante o dia 21° a 26°C e a noite entre 15° a 21°C;
− Parte do ramo: inferior melhor (maioria das espécies)
Indução de enraizamento:
− Hormônios: AIA (ácido indol-acético), ANA (ácido naftaleno acético);
− Substrato: areia, solo, vermiculita e “água”.

Várias plantas são multiplicadas por estacas:

Surgem raízes na parte inferior das estacas em contato com o


solo. Brotos aparecem nas partes não enterradas. A quantidade de brotos
e raízes depende das substâncias de reservas das estacas. São
abundantes no fim do período chuvoso, após repouso (fim de inverno).
Devem ser separadas por tamanho.
O processo de enraizamento de estacas envolve 2 fases:
1º. Iniciação: caracterizada pela divisão celular formando o
callus. Em seguida ocorre a diferenciação celular em primórdios
radiculares.
2º. Crescimento, divisão e alongamento: o primórdio radicular
se expande através da divisão celular e se alonga.
O processo de enraizamento está ligado a fatores presentes nas células, como hormônios,
carboidratos e a fatores do meio, como temperatura, umidade, e luminosidade. A capacidade de um
caule de formar raízes depende também da sua posição na planta. Por exemplo, brotações laterais
têm maior tendência do que as terminais, brotações vegetativas enraizam melhor do que floríferas.
Estas diferenças estão relacionadas com o nível de auxinas e substâncias de reserva presentes.
O meio para o enraizamento deve proporcionar umidade e oxigênio suficientes e ser livres
de doenças.
Nutrientes são importantes após o estabelecimento do sistema radicular. Diversas misturas
podem ser utilizadas para provocar o enraizamento como: solo, areia lavada, substrato, vermiculita,
etc.

• Mergulhia:
Quando a parte vegetativa regenerada está ligada à planta mãe. Pode ser em alguns casos um
processo natural. É uma técnica pouco usada, em plantas hortícolas em larga escala, sendo mais
comum em plantas que se adaptam naturalmente a este método.
Esta técnica consiste em enterrar um ramo ou parte de um ramo não destacado da mãe. O
ramo enterrado se enraíza, formando uma nova planta, quando então se procede ao desmame.
Convém ir cortando aos poucos para que a plantinha vá acostumando a viver exclusivamente à suas
próprias custas.
Há dois tipos de mergulhia:
⌦ Mergulhia de Solo: utilizada em plantas herbáceas. Neste caso, o galho é levado até o
solo, onde se faz uma cova. Faz-se um anelamento no local onde se deseja que enraíze, fixa o galho
no solo e cobre, conforme as figuras abaixo. Após o enraizamento, se faz o desmame, tendo então, a
nova muda.

Tipos de Mergulhia de solo:


− Mergulhia Simples: inclina o ramo para baixo e enterra-o parcialmente;
− Mergulhia de ponta: enterra-se apenas a ponta;
− Mergulhia de serpentina: enterra-se em vários pontos.

⌦ Mergulhia Aérea ou Alporquia: ao contrário da mergulhia de solo, leva-se o substrato


até o galho (Figuras abaixo). Aplicada em espécies lenhosas de difícil enraizamento por outras
técnicas. O substrato utilizado pode ser terra úmida, pó de coco, fibra de coco, esfagno, etc.
Envolve-se com um saco, estopa ou pano úmido. Facilita-se o enraizamento ferindo o ramo abaixo
da terra. Após o enraizamento, procede-se o desmame. Bastante usada em fruteiras, como:
mangueira e cajueiro.
Figura: Esquema da realização da Alporquia

1- Anelamento do galho 2 - Envolver local anelado 3 - Amarrar a base com saco,


com substrato úmido juta ou plástico
OBS.:

Pode-se pincelar o local


anelado com fungicidas e
hormônios de enraizamento

4 - Umedecer e amarrar na 5 - Após o enraizamento,


parte superior proceder o desmame.

• Enxertia:
Envolve a união de partes da planta por meio da regeneração de tecidos. Sobrepõe duas
plantas diferentes, proporcionando a união física que lhes permitem desenvolver-se como uma
única planta. A grande vantagem da enxertia é poder reunir em um único indivíduo, características
diferentes de dois ou mais indivíduos. É o principal método de propagação, largamente utilizado em
citrus, pessegueiro, macieira, ameixeira, pereira, abacateiro, noz-macadâmia.
Partes de uma planta propagada por enxertia:
1. Porta-Enxerto ou cavalo:
A planta que fornece a raiz é dita porta-enxerto ou cavalo.
O porta-enxerto pode ser uma planta inteira ou uma parte da raiz. O enxerto pode ser uma
gema, pedaço de caule, etc. Pode ser homogêneo, quando praticado entre plantas da mesma espécie
ou heterogêneo, se utilizar espécies diferentes. O porta-enxerto deve conter características
desejáveis de raiz, como sistema radicular com boa formação, resistência a patógenos ou pragas de
solo, resistência a salinidade, estresse hídrico, etc. Exemplo: Sementes de laranjeira, pessegueiro,
mangueira, abacateiro, caquizeiro, mirtáceas, caramboleira, jaqueira; e estacas de videira, pereira,
marmeleiro, macieira, ameixeira, figueira, roseira.
2. Enxerto ou cavaleiro – parte aérea:
Diz respeito à parte que conterá características desejáveis de copa como bom formato e
tamanho de copa, produção com características desejáveis de mercado, como formato e coloração
de fruto. Utiliza-se um segmento de ramo que será denominado de garfo ou uma gema com uma
pequena porção de casca, denominado de borbulha.
3. Interenxerto – enxerto intermediário:
O enxerto intermediário, normalmente pertence a uma cultivar diferente do enxerto e do
porta-enxerto, sendo compatível com ambos, e conferindo característica desejável à copa. Como
exemplo, temos a cultivar de macieira Fuji, utilizando o porta-enxerto Marubakaido, ambos muito
vigorosos. Utiliza-se neste caso, como interenxerto o porta-enxerto M-9, de efeito ananizante. Este
porta-enxerto permite a redução do vigor da cultivar-copa (Fuji) facilitando o manejo do pomar.
Finalidade da enxertia:
− Aproveitamento de características favoráveis do porta-enxerto: Pode definir características
importantes da copa, como vigor, produtividade, qualidade do fruto e resistência a fatores
adversos, além da adaptação a diferentes condições de solo e de clima e a ocorrência de pragas e
patógenos.
− Propagação de plantas com difícil multiplicação por outros métodos: Se a propagação por outro
método for inviável, a enxertia pode permitir a propagação.
− Alteração da cultivar-copa em plantas adultas: Utilizando-se a sobreenxertia, pode-se alterar a
copa de um pomar já adulto. Isto pode ocorrer por questões de mercado, hábito de crescimento
inadequado, frutos de baixa qualidade, suscetibilidade a pragas e doenças e outros. Estes fatores
podem exigir a mudança da cultivar-copa.
− Correção de deficiências de polinização: Pode-se utilizar a sobreenxertia para resolver
problemas de polinização, ou mudando a cultivar-copa ou fazendo sobreenxertia em apenas
alguns galhos da planta.
− Recuperação de partes danificadas da planta: No caso de perda da copa ou parte desta, pela
incidência de pragas e patógenos é possível, utilizando técnicas de enxertia, recuperar esta copa.
− Estudo de viroses: Utilizada no caso de indexação, quando se deseja verificar se a planta matriz
está isenta de viroses.
Tipos principais de enxertia:
a) Borbulhia;
b) Garfagem;
c) Encostia.

a) Borbulhia: é o processo mais utilizado. Neste caso o enxerto é uma gema com uma pequena
porção de casca. Pode ser do tipo escudagem ou anelamento. Para que o enxerto vingue, deve
haver afinidade entre o cavalo e o cavaleiro. Deve haver o entrelaçamento dos tecidos de ambos,
havendo circulação da seiva.
Tipos de borbulhia:
⌦ Borbulhia em T normal;

1-Retirada da borbulha 2-Retirada da borbulha 3- Corte em T 4- Corte em T

5- Abertura da janela 6- Colocação da 7- Amarrio do enxerto


borbulha
⌦ Borbulhia em T invertido;
⌦ Borbulhia em T duplo;
⌦ Borbulhia em cruz;
⌦ Borbulhia de gema com lenho (em casos que a casca não se desprende facilmente);
⌦ Borbulhia em placa ou escudo;
⌦ Borbulhia em anel.

Escudagem: Quando se introduz sobre a casca do cavalo um pedaço de casca provido de


borbulha. Abre-se a casca do cavalo em forma de T ou T invertido (⊥) ou T duplo ou em cruz (┼).
O enxerto borbulha é colocado em contato com o lenho do cavalo e amarrado.

b) Garfagem: o enxerto é um ramo. Faz-se uma fenda no topo do galho e encosta-se o enxerto,
previamente cortado em bisel. O enxerto recebe o nome de garfo. Também chamado de enxertia de
fenda. Utilizado em: Videira, macieira, pereira, amexeira, caquizeiro, figueira, sapoti, caju,
jabuticaba.
Tipos de garfagem:
⌦ Fenda cheia;
⌦ Meia fenda;
⌦ À inglesa (simples e composta, embutida ordinária e na coroa).

c) Encostia: Consiste em aproximar duas plantas, o cavaleiro e o porta-enxerto, sem separar o


enxerto da mãe (soldadura de dois ramos de duas plantas que vivem juntas).

Vantagens da Enxertia:
⌦ Multiplicar fielmente cultivares, o que não seria possível por reprodução sexuada;
⌦ Permite o cultivo de fruteiras em solos que lhes são impróprios, mas propícios aos porta-
enxertos;
⌦ Plantas enxertadas crescem menos do que as de pé-franco. Ideal para algumas fruteiras: para
facilitar a colheita e os tratos culturais;
⌦ Alguns porta-enxertos são imunes, tolerantes ou resistentes a determinadas pragas e doenças;
⌦ Plantas enxertadas frutificam mais rapidamente. Ex.: laranjeira enxertada – 2 anos, pé-franco –
5 a 6 anos;
⌦ É possível fazer novos enxertos em plantas adultas, melhorando o pomar;
⌦ É possível obter uma árvore com diversas variedades. Por exemplo: laranjas pêra, bahia, seleta,
serra d’água, etc. no mesmo pé.

Objetivos da enxertia:
⌦ Obter floração e frutificação em períodos mais curtos;
⌦ Obter resistência a pragas e doenças;
⌦ Reproduzir mudas com as características desejáveis;
⌦ Exploração em terrenos impróprios;
⌦ Modificar o porte da planta;
⌦ Restaurar ou substituir a copa das plantas;
⌦ Assegurar a criação de outras variedades; e
⌦ Influir na qualidade do fruto.

Fatores que influenciam no pegamento da enxertia:


1º. Compatibilidade entre os tecidos das plantas;
2º. Habilidade do enxertador;
3º. Fatores climáticos:
• Temperatura – 26 a 29ºC (Ótima);
• Umidade – deve manter sempre úmida para evitar que o enxerto desseque. Utilizam-se fitas
plásticas no amarrio.
4º. Cavalo – deve estar em estado vigoroso de crescimento.

Obtenção dos porta-enxertos:


Podem ser obtidas via semente ou via estacas.
A semeadura da semente para obtenção de porta-enxertos é feita em laranjeira, pêssego,
manga, abacate, caqui, mirtáceas, carambola, jaca, etc. As sementes são semeadas em canteiros e
posteriormente repicadas para um viveiro em épocas oportunas de acordo com a espécie. Ex.: citrus,
em torno de seis meses.
De estacas são: videira, pereira, marmeleiro, macieira, ameixeira, figueira, roseira. As
estacas são preparadas a partir de ramos vigorosos e sadios, de preferência com galhos com mais de
10 meses de idade. Cortam-se as estacas com 20-25 cm e com no mínimo 2 gemas cada. Estas são
plantadas diretamente no viveiro em linhas ou sulcos separadas 20 cm entre si. Posteriormente faz-
se a enxertia.

Diferenças entre Mudas oriundas de Sementes e Mudas oriundas de Propagação Assexuada:


Semente Vegetativa
Itens
Presente Ausente
Variabilidade Genética
Sistema radicular Axial pivotante, composto Fasciculado, com mudança
por várias raízes principais, brusca de espessura entre
que penetram mais ou menos tronco e as raízes. O sistema
verticalmente no solo. O radicular é menos vigoroso e
sistema radicular é mais mais raso.
vigoroso e profundo.
Vida útil Maior. Constatado em Menor. Quando comparado
cajueiro e goiabeira. Maior com a propagação sexual.
longevidade.
Custos Mais barato Mais oneroso
4. Viveiros
Denomina-se viveiro, o local de manutenção de mudas de plantas hortícolas, até estarem em
condições ideais para serem transplantadas para o local definitivo. As mudas podem ser mantidas
em canteiros ou vasilhames, dependendo da espécie.
A escolha do local para instalação do viveiro deve atender às condições de produção de
mudas:
• Não deve ser localizado em baixadas úmidas, devido a maior probabilidade de doenças e geadas;
• Topografia amena;
• Possuir água de boa qualidade para irrigação, mas que esta não passe por lavouras antigas;
• Não estar situado em locais onde transitam pessoas ou animais; e
• Possuir fácil acesso.
Os viveiros podem ser classificados, quanto ao tempo de duração em provisórios ou
permanentes; quanto à altura da cobertura: alta (mais de 2 m) e baixa (a partir de 0,70 m e 1,00
m). Podem ser construídos por diferentes materiais, dependendo do objetivo. Normalmente
emprega-se madeira de bambu para os esteios e travessas e para a cobertura, ripas, colmos de
capim, folhas de palmeira, sombrite, etc. A cobertura deverá estar disposta no sentido norte-sul,
com o intuito de regular a insolação no viveiro, proporcionando área sombreada de 40% a 60%, e
para regiões muito quentes 60%. No caso de viveiro com canteiros, estes devem ter a largura de
1,00 a 1,20 m e o comprimento variando até 20,00 metros.
Preparo do solo:
No caso de canteiros estes devem ser fumigados, utilizava-se normalmente o brometo de
metila. A adubação poderá ser feita com esterco de curral e adubo químico. Para enchimento dos
vasos ou sacos que serão utilizados como sementeiras, pode ser utilizar terra de barranco,
eliminando-se a camada superficial (10 cm), não esquecendo que este material deverá estar livre de
ervas daninhas. No caso de bandejas de isopor, o substrato pode ser solo peneirado esterilizado,
palha de arroz carbonizada, plantmax, etc.
Algumas espécies de propagação vegetativa:
Ciclo Produto de
Nome comum Nome científico Propágulo vegetativo
vegetativo interesse
Abacateiro Persia americana Perene Estacas, Garfagem Frutos
Aceroleira Malpighia emarginata Perene Estacas Frutos
Abacaxizeiro Ananas comosus Perene Rebentos, filhotes Frutos
Ameixeira Prunus sp. Perene Estacas, Borbulhas Frutos
Bananeira Musa sp. Perene Rizomas Frutos
Batata Solanum tuberosum Anual Tubérculos Tubérculos
Batata doce Ipomea batatas Perene Ramas Raiz tuberosa
Cana de açúcar Saccharum officinarum Perene Caule (tolete) Colmos
Citros Citrus sp. Perene Borbulhas Frutos
Eucalipto Eucaliptus sp. Perene Estacas Tronco
Forrageiras Várias Perene Rizomas/Sementes apomíticas Folhas/ caules
Goiabeira Psidium guajava Perene Garfagem, Estacas Frutos
Macieira Malus sp. Perene Garfagem, Estacas Frutos
Mandioca Manihot esculenta Perene Caule (maniva) Raiz tuberosa
Mangueira Mangifera indica Perene Garfagem Frutos
Morangueiro Fragaria ananassa Anual Estolões Frutos
Ornamentais Várias Anuais Bulbos, Rizomas, etc. Flores
Pereira Pyrus sp. Perene Garfagem, Borbulhas Frutos
Pessegueiro Prunus persica Perene Estacas, Borbulhas Frutos
Seringueira Hevea brasiliensis Perene Estacas, Borbulhas Látex
Videira Vitis sp. Perene Garfagem, Estacas Frutos
Capítulo VII: Viveiros e instalações para produção de mudas
1. Introdução
Uma muda de boa qualidade eleva a produção e rentabilidade dos produtos hortícolas, por
isso são necessários cuidados para obtenção de boas mudas, influindo na escolha da planta matriz
até a comercialização da muda.
Viveiros são áreas onde ficam concentradas todas as atividades de produção de mudas.

Vale salientar que a área na qual a muda será cultivada deverá ter uma boa infra-estrutura,

adequada racional e tecnificadamente, conforme a atividade, ou seja, eficiente e economicamente

viável.

A escolha da infra-estrutura depende:


• Quantidade de mudas produzidas;
• Regularidade desejada de ofertas de mudas;
• Número de espécies a serem propagadas;
• Método de propagação;
• Custo das instalações; e
• Tecnificação do viveiro (contato contínuo com novas tecnologias).

2. Tipos de viveiros

2.1. Quanto à duração, os viveiros podem ser classificados em:


a) Permanentes: são fixos, destinados à produção por longos anos. Para este tipo de viveiro é
necessário fazer um bom planejamento da estrutura, observar as dimensões, o tipo de
cultura, as pragas e doenças inerentes desta cultura, as plantas invasoras, a possibilidade de
se fazer rotação de culturas, o tipo de solo, etc. Por exemplo: fazer um plantio no solo
durante dois anos, neste período deverá observar as pragas, doenças, plantas invasoras
nnnn rotação de cultura.
b) Temporários: para produção de mudas durante certos períodos, sendo desativados após a
produção. Representa menor custo, não sendo necessário infra-estrutura muita apurada.
2.2. Quanto à proteção do sistema radicular:
a) Viveiros de mudas de raiz nua: feitos numa área de solo profundo, que deverá ser em
torno de 1 metro com canteiros delimitados por carreadores.
b) Viveiros com mudas em recipientes: exigem menor área, possibilitando o uso prolongado
da mesma área, desde que o substrato venha de local isento de pragas, doenças e propágulos
de invasoras.

3. Localização dos viveiros

Primeiro passo, considerar:


a) Facilidade de acesso: para livre escoamento da produção através das estradas de acesso. No
entanto, deve estar afastado de vias públicas de grande movimento, reduzindo risco de
infestação de mudas.
b) Suprimento de água:
• A água principal insumo para:
⌦ Irrigação;
⌦ Tratamentos fitossanitários;
⌦ Fertirrigação.
• Localização próxima de fontes de água: reduz custos de canalização e bombeamento;
• Boa qualidade (lagos, rios, subterrâneos): a fim de evitar água contendo propágulos de algas,
pragas, doenças e invasoras. E ainda, partículas suspensas, que reduz a eficiência do sistema
de irrigação. Altos teores de silte ou argila impermeabilizam a superfície do substrato
diminuindo a aeração predispondo as mudas às doenças.
c) Distância da área de plantio:
• Mesma região do plantio reduz tempo de transporte, perdas com movimentação e custo do
frete;
• Observar distância mínima (50 cm), quanto maior, menor será o risco de infestação.
Recomenda-se fazer isolamento, devido a vetores aéreos de viroses (afídeos) e vetores de
solo (nematóides).
d) Ocorrência de invasoras: as principais são a tiririca (Cyperus rotundus) e a grama seda
(Cynodon dactylon), que impedem a comercialização das mudas.
e) Facilidade de obtenção de mão-de-obra: utiliza-se grande quantidade na produção e no
manejo.
f) Declividade da área: preferencialmente que possua pequena declividade, pois caso seja
muito planas ocasionará um acúmulo de água indesejável para o manejo da área. Para os
canteiros localizados no sentido perpendicular à movimentação da água, reduzirá os riscos
de erosão. Áreas com declives acentuados recomenda-se fazer uso das práticas
conservacionistas.
g) Aspectos físicos do solo: preferencialmente utilizar aqueles que sejam profundos, que
possuam textura mediana à arenosa; solos muito argilosos dificultam a mecanização e o
desenvolvimento do sistema radicular. Os solos porosos são desejáveis porque podem conter
matéria orgânica e adubos verdes. O encharcamento poderá ocasionar podridão nas raízes e
toxidez de manganês.
h) Aspectos químicos do solo: baixa acidez, boa fertilidade natural (reduz custos de
implantação), matéria orgânica.
i) Aspectos biológicos do solo:
• Matéria orgânica – flora microbiana ativa, que favorece o desenvolvimento de mudas;
• Livres de nematóides, insetos de solo, fungos (Fusarium, Pythium, Armillaria,
Phythophtora, Rosellinia, etc), bactérias (Agrobacterium tumesfaciens). Recomenda-se
efetuar análises microbiológicas do solo;
• Rotação de culturas: forma mais barata de evitar pragas e patógenos no solo.
j) Cultivos anteriores.
k) Aspectos climáticos: o melhor clima depende das espécies a serem propagadas. Os fatores
limitantes são temperatura, geada, luz e ventos.

4. Dimensionamento do viveiro

O dimensionamento do viveiro irá depender da quantidade de mudas para plantio, replantio


e da demanda para a comercialização. A densidade das mudas dependerá da espécie e do tempo de
permanência no local. O período de rotação está relacionado com a permanência da muda no
viveiro, desde o plantio até a comercialização, e dependendo da espécie, do método de propagação e
do manejo da muda.
As dimensões dos canteiros e carreadores dependerão das diversas espécies, do grau de
mecanização, quanto mais mecanizados mais os canteiros deverão ser largos e os carreadores
também serão mais longos.
As dimensões das instalações serão determinadas pela quantidade das mudas produzidas, o
método de propagação utilizado e o grau de tecnologia utilizado.
As áreas para rotação de culturas são importantes para o caso de mudas feitas no solo.
5. Seleção das espécies

Para a implantação do viveiro poderá ser utilizada uma única espécie ou diversas espécies,
dependendo da capacidade do mercado, do tipo de clientela, das condições ambientais, das
exigências climáticas de várias espécies. Vale salientar que a economia de escala reduz os custos
unitários sem diminuir a qualidade.

6. Instalações

As instalações necessitam da máxima eficiência do uso, economicidade para a construção,


facilidade no manejo, no grau de sofisticação (as diversas espécies a serem propagadas, quantidade
de mudas a serem produzidas e poder aquisitivo do viveirista).
a) Escritório:
• Dados da produção
• Comercialização
• Contratação de mão-de-obra
b) Depósito para equipamentos e ferramentas
c) Depósito para produtos químicos
d) Telado:
• Estrutura de madeira ou metal, coberta com tela de sombreamento (ex.: Sombrite, que
possibilita cerca de 5 graus de sombreamento – 50%, mais utilizado).
• Manutenção de matrizes isentas de viroses
• Aclimatização de mudas e produção
• Pode ser dotado de irrigação ou nebulização
e) Estufa ou casa de vegetação:
• Completa ou parcialmente fechada
• Estrutura de metal ou madeira
• Coberta com plástico – anti UV aditivado; acetato de vinil; alumínio e silicatos de
magnésio proporcionam maior opacidade do plástico infravermelho favorecendo o
enraizamento; também pode ser utilizados vidro ou fibra de vidro.

⌦ Vantagens:
- Controle ambiental: Temperatura, Umidade Relativa (UR) e Fotoperíodo
- Maximiza a Produção
- Reduz tempo necessário para propagação
- Permite a produção de mudas em diferentes épocas do ano
- Temperatura e Umidade controladas
- Nebulização: Mantém elevada a U.R. do ar – estacas de folha são favorecidas por
temperaturas e U.R. elevadas; aumenta a velocidade de crescimento.
- Estufas no Brasil: elevada Temperatura (35º e 40ºC – limita o desenvolvimento das raízes
na maioria das espécies lenhosas).

7. Recipientes

São todos e quaisquer materiais destinados a acondicionar substrato, durante a produção de


mudas. Constituem a evolução tecnológica dos sistemas de propagação.

7.1. Tipos de recipiente:


• Sacos plásticos:
- Dimensões: 8x12 cm e 12x20 cm;
- Coloração preta: impede o desenvolvimento de algas e invasoras e melhora o
desenvolvimento das raízes;
- São versáteis.

• Tubetes:
- Formato cônico, plástico rígido, cor preta;
- Estrias: impedem o enovelamento das raízes;
- Sistema de suporte: ficam suspensos (poda aérea);
- São reutilizáveis.
• Bandejas:
- Plástico ou poliestireno expandido;
- Células com formato piramidal invertido com capacidade de até 20 cm3;
- Reutilizáveis.

• Citropotes ou containers:
- Plástico rígido preto;
- Grande volume de substrato;
- Repicagem a comercialização.

⌦ OBS.: Rizomas, bulbos, estolhos, rebentos, etc. são plantados diretamente no campo.

8. Desplantação de Mudas

Corresponde ao arranquio das mudas do solo do viveiro, isto é, o transplante para o local
definitivo.
Evitar mudas doentes, desnutridas ou “passadas”.
Tipos de mudas:
• Tronco único de 3 a 4 ramos ou pernadas;
• 15 cm de diâmetro;
• 50 a 60 cm acima do solo.
⌦ Raízes nuas:
- De sementeiras;
- Poda do sistema radicular e de folhas;
- Comercialização: em feixes, embaladas em sacos de estopa úmidos, tratados com
fungicidas.

⌦ Com torrões:
- Cultivadas no viveiro na própria embalagem;
- Arrancadas com torrão e embaladas em balaios ou casca de bananeira.

9. Tendência
Substituir os viveiros a céu aberto por viveiros telados, evitando a contaminação das
mudas por patógenos e ataques de pragas.
Capítulo VIII: Micropropagação ou propagação vegetativa in vitro

1. Introdução

Para entender o processo da micropropagação, é necessário conhecer alguns


conceitos básicos da cultura de tecidos vegetais:
• Cultura de tecidos vegetais: conjunto de técnicas, nas quais um explante (uma célula, um tecido
ou um órgão) é isolado e cultivado em condições assépticas em meio nutritivo. Fundamenta-se na
totipotência celular que é a capacidade que uma célula somática possui de regenerar um indivíduo
inteiro.
• Calo: grupo ou massa de células indiferenciadas com crescimento desordenado.

Figura 1: massa de células indiferenciadas =


callus (singular) ou calo (plural).

• Variação epigenética: variações fenotípicas transitórias encontradas em plantas oriundas de


cultivo in vitro ou ex vitro. Não é transmitida através das gerações.
• Variação somaclonal: variação genética espontânea encontrada em plantas regeneradas de
cultura in vitro.

2. Aplicações da cultura de tecidos

• Melhoramento genético: através da obtenção de variantes somaclonais com características


agronômicas desejáveis;
• Fitopatologia:
− Estudos relação hospedeiro-patógeno;
− Recuperação de plantas livres de vírus;
− Plantas transgênicas no controle de fitopatógenos, etc.;
• Micropropagação.

3. Técnicas de cultivo in vitro

• Embriogênese ou cultura de embriões: formação e desenvolvimento do embrião, ocorrido após


a formação do zigoto.
• Embriogênese somática: formação de embriões a partir de células somáticas sem que ocorra
fusão dos gametas.
• Cultura de meristemas ou ápices caulinares: cultivo in vitro de explantes oriundos de excisões
de ápices caulinares (primórdios foliares e regiões meristemáticas).
Figura 2: Esquema da cultura de Meristemas

Figura 3: meristema apical,


presente nos pontos de
crescimento

• Cultura de protoplastos ou suspensões celulares: cultivo de células desprovidas de parede


celular em meio nutritivo líquido sob agitação.
• Micro-enxertia: enxertia in vitro.

4. Micropropagação ou propagação vegetativa in vitro

É um conjunto de técnicas de propagação vegetativa in vitro utilizando propágulos de


pequeno tamanho.
• Aplicação mais prática e de impacto na Cultura de Tecidos.
• 1ª aplicação: Morel (1960)
• Cultura de ápices caulinares e protocornos em orquídeas
• Hoje: grande aplicação comercial, nos EUA, Europa e recentemente no Brasil.

4.1. Aplicação comercial da micropropagação:

• 1º Plano: Limpeza clonal


Multiplicação de spp. ornamentais herbáceas e arbustivas, obtendo-se maior sucesso na
primeira.
• 2º Plano: Produção de porta-enxertos de frutíferas, de clima temperado e árvores elites de
essências florestais.

4.2. Vantagens da micropropagação:

• Manter características da planta matriz. Ex.: propagação vegetativa;


• Alto rendimento/planta matriz, os propágulos são pequenos;
• Propagação de plantas livres de vírus e outras doenças;
• Cultura de meristema ou ápices caulinares, micro-enxertia;
• Controle total das condições ambientais, ou seja, pode ser feita em qualquer época do ano;
• Produção intensiva de mudas em curto período de tempo e com necessidade mínima de espaço.
Por exemplo: 30 explantes de abacaxizeiro com 6 a 8 meses dará 1.250.000 mudas e um meristema
de bananeira com 9 meses terá 4.000 mudas;
• Aplicação no melhoramento genético;
• Clonagem de espécies de difícil propagação vegetativa;
• Preservação a longo prazo de plantas matrizes;
• Obtenção de porta-enxertos sadios, como por exemplo de citrus e videira;
• Aumento de produtividade em algumas espécies. Por exemplo: em morangueiro – 22 ton/ha,
enquanto que em uma produção normal em média seria 3 ton/ha.

4.3. Fatores que limitam o uso mais amplo da propagação in vitro:

• Custo e mão-de-obra: mudas mais caras, devido ao meio nutritivo e 70% da mão-de-obra;
• Distância entre pesquisa e micropropagação comercial (custo excessivo e baixo rendimento);
• Pouco conhecimento sobre o efeito dos fatores físicos: comprimento do dia, intensidade da luz,
composição espectral da luz, fase gasosa (O2, CO2 e etileno) e a temperatura diurna e noturna;
• Infecções internas: fungos e bactérias endógenas;
• Ocorrência de mutações: principal barreira da propagação comercial. Elas ocorrem devido à
instabilidade cromossômica das células. A intensidade depende do tipo de propagação, dos
reguladores de crescimento, do grau de diferenciação, do genótipo, do número de sub-cultivos, do
número de células do explante e do nível de ploidia;
• Produção de compostos tóxicos in vitro, como os fenóis. Observa-se um escurecimento da
superfície injuriada do explante e do meio;
• Dificuldade de enraizamento em plantas lenhosas;
• Aclimatação.

4.4. Fatores de sucesso:

• Material inicial livre de doenças;


• Viabilidade econômica;
• Facilidade de propagação in vitro;
• Estabilidade genética e ausência de mutações; e
• Facilidade de aclimatação.

4.5. Etapas do processo de micropropagação:

Murashige (1974) – sistematização das etapas em processo de micro-propagação.

• Estágio 0 – Condicionamento das plantas matrizes


⌦ Casa de vegetação ou câmara de crescimento: estresse e contaminantes (cultivo em casa de
vegetação visa reduzir o estresse e contaminantes in vitro). As plantas matrizes devem ser sadias –
afeta o estabelecimento in vitro e qualidade final da muda, vigorosas, isentas de estresse, e estar em
pleno crescimento vegetativo;
⌦ Melhores explantes: próximos à região apical, com intensa atividade meristemática e
consistência herbácea;
⌦ Sob condições controladas: em casa vegetação ou em câmaras de crescimento. Reduz estresse e
contaminação por patógenos;
⌦ Poda: pode ser usado para indução de novas brotações;
⌦ Armazenamento a frio: induz alongamento de gemas e estimula o crescimento de gemas laterais
dormentes;
⌦ Pré-tratamento com reguladores de crescimento;
⌦ Tratamento com fungicidas e bactericidas; e
⌦ Estiolamento: menos lignina e menos fenóis.

• Estágio 01 – Estabelecimento do cultivo in vitro


⌦ Seleção do explante:
Inicial – gemas apicais ou axilares, ou ainda, segmentos foliares, botões florais, etc.;
⌦ Alta capacidade de regeneração: depende dos genótipos, das condições ambientais,
fitorreguladores e, estado de desenvolvimento da planta matriz;

Tabela 1: Diferenças relativas à capacidade de regeneração in vitro de plantas herbáceas e lenhosas


Plantas herbáceas Plantas lenhosas
Maior capacidade regenerativa Menor capacidade regenerativa
Maior tempo de estudos Estudos mais recentes
Fácil indução do rejuvenescimento Difícil indução do rejuvenescimento
Maior velocidade de multiplicação Menor velocidade de multiplicação
Pouco problema de dormência Maior problema com dormência de gemas
Menor problema de oxidação fenólica Maior propensão ao explante ser afetado por
substâncias tóxicas oriundas da oxidação de
compostos fenólicos
Desinfestação relativamente fácil Maior dificuldade de desinfestação
Permite uso de material juvenil Exige material adulto para clonagem, criando
dificuldades para a regeneração
Menor variação genética Maior variação genética, devido à alta
heterozigose.
Fonte: Pierik (1990)

⌦ Preparo do meio de cultura:


1º passo – Padrão: usar meio MS (Murashige e Skoog, 1962);
2º passo – Termoterapia na planta matriz: calor úmido a 35° C / 30 dias;
3º passo – Assepsia do explante: brotações são tratadas com hipoclorito de sódio e lavadas com
água destilada e autoclavada;
4º passo – Isolamento dos ápices meristemáticos em câmara de fluxo laminar;
5º passo – Transferência para salas de crescimento a 25° C, 2000 lux e fotoperíodo de 16 horas.
⌦ A partir do meristema brotações (organogênese direta e indireta);
⌦ Termoterapia: calor úmido a 35° C com 30 dias;
⌦ Assepsia: desinfestação do explante, não atua em patógenos endógenos. A assepsia é feita com
hipoclorito de sódio ou cálcio, ácido clorídrico, cloreto de mercúrio, Twien 20;
⌦ Reações de HR;
⌦ Isolamento dos ápices meristemáticos em câmara de fluxo laminar;
⌦ Transferência para salas de crescimento: 25° C, 2000 lux, fotoperíodo de 16 horas; e
⌦ Meristema – Calo / brotações

• Estádio 02 – Multiplicação (transferência dos calos para o meio de multiplicação)


⌦ Explantes: brotações – acrescenta-se citocinina (Meio – BAP) ao meio de multiplicação; e
⌦ Realização de sub-cultivos.

• Estádio 03 A – Alongamento das brotações


⌦ Meio – adiciona GA3;
⌦ Diminui citocinina.
• Estádio 03 B – Enraizamento
⌦ Meio contendo auxina;
⌦ In vitro e ex vitro.

• Estádio 04 – Aclimatação
⌦ Casa de Vegetação.
⌦ Fatores que afetam na aclimatação: Umidade, temperatura e taxa fotossintética.
Capítulo VIII: Instalação de uma empresa hortícola
Wilson Magela Gonçalves
Luciane Vilela Resende
1. Introdução:

A agricultura vem ao nível mundial, experimentando profundas e rápidas mudanças em toda


a sua cadeia produtiva, sobretudo com a formação de blocos econômicos na Europa e América do
Norte.
No Brasil essas transformações coincidem com o processo gradual de abertura da economia
a partir do início da década atual e com a implantação do MERCOSUL. O período de estabilização
da economia, durante o plano real, contribuiu para a modernização da agricultura brasileira.
A produção de fruti-hortícolas, enquanto atividade empresarial, de grande importância
sócio-econômica no país, tem buscado a modernidade necessária para melhorar o rendimento e a
qualidade de seus produtos para aumentar a competitividade, a condição imprescindível para
enfrentar a concorrência externa a medida que o processo de globalização da economia avança. Os
desafios são gigantescos em função da peculiaridade, como a grande dimensão continental
profunda, diferenças regionais, e, sobretudo pela falta de tradição do uso de tecnologias de
produção. Um exemplo é o caso da fruticultura brasileira que apresenta reduzida inserção no
mercado internacional, mesmo tendo um grande potencial para tal, em função do baixo uso de
tecnologias de produção. Assim, países como Chile, Equador, Espanha, Israel e até mesmo África
do sul são mais competitivos nas exportações.
Na busca incessante por melhor competitividade torna-se imprescindível que as atividades
hortícolas, tenham cada vez mais um caráter empresarial dotadas de uma administração cada vez
mais profissional.

2. O que é uma Empresa Rural?

É uma unidade de produção que possui elevado nível de capital de exportação (dinheiro) e
alto grau de comercialização (quando maior parte da produção é destinada à comercialização),
tendo como objetivos técnicos a sobrevivência, o crescimento e a busca do lucro.
Portanto, uma atividade é tida como empresarial quando busca, dentre outros objetivos, o
lucro. Atingirá maior ou menor lucro a empresa que for mais eficiente no uso de seus fatores de
produção: terra, capital e mão-de-obra.
Terra: bem utilizada no que se refere às características do solo, manejo, como rotação de
culturas, erosão, cobertura do solo, conservação do solo.
Capital: emprego em tecnologias como insumos agrícolas, equipamentos, construção de
estufas, etc.
Mão-de-obra: investir em mão-de-obra qualificada principalmente na realização de tarefas
específicas e distribuí-las adequadamente, por exemplo. Saber a quantidade de mão-de-obra que vai
ser utilizada por períodos de tempo, determinando-se épocas de maior e menor demanda.

3. O que é uma empresa hortícola?

É uma empresa rural ligada à produção, manuseio e manutenção das culturas hortícolas. É
caracterizada em função dos diversos ramos da horticultura como: horticultura, olericultura,
floricultura, paisagismo, plantas medicinais e viveiros.
No planejamento (instalação) devem ser observadas peculiaridades intrínsecas a cada uma
destas atividades, como por exemplo: ciclo (anuais ou perenes), tipo de produto comercializado
(folha, fruto, flores, mudas, etc), forma de cultivo (convencional ou protegido), destino da
produção. Estas características dentre outras, faz com que haja uma classificação das modalidades e
tipos de empresas.
As empresas hortícolas são classificadas em modalidades diferentes e em 2 tipos.

Quadro 1: Tipos X Modalidades de exploração hortícolas

MODALIDADE TIPO DESTINO OBJETIVO


COMERCIAL • Especializada • Mercado • Lucro
• Diversificada atacadista • Crescimento
• Mercado varejista • Prestígio
• Indústria • Sobrevivência

CASEIRA • Diversificada • Família • Complementação


alimentar
COLETIVA • Diversificada • Pessoas da • Complementação
comunidade alimentar
EXPERIMENTAL • Diversificada • Organizações • Avanços
• Pesquisadores científicos
• sociedade

Dentre os tipos mencionados, nos interessa no momento é a modalidade comercial que se


configura como empresa.
Faz parte do processo de planejamento, optar pelo tipo de empresa diversificada ou
especializada. Na empresa comercial diversificada cultiva-se mais de uma espécie, como por
exemplo: manga, banana, uva ou vários tipos de hortaliças. Na olericultura, uma empresa comercial
diversificada é aquela típica dos cinturões verdes, próximas às grandes cidades, sendo a sua renda
proveniente de uma única atividade, em torno de 70%.

Quadro 2: Caracterização de uma empresa hortícola especializada x diversificada

ESPECIALIZADA DIVERSIFICADA
VANTAGENS - maior facilidade administrativa; - redução dos riscos;
- maior eficiência no uso de - possibilidade de melhor
recurso; aproveitamento dos
- maior eficiência de mão-de-obra recursos. Ex: terra
DESVANTAGENS - maiores riscos; - dificuldades
- possibilidade de não administrativas.
aproveitamento total de recursos

3.1. Áreas de uma Empresa Hortícola:

No planejamento devem-se considerar as áreas da empresa:


• Produção: está relacionada à utilização de recursos físicos (terra, água) e materiais (insumos)
necessários à operação da empresa e que podem ser classificados em:
⌦ Recursos de utilização: são aqueles aplicados ao processo produtivo, mas não são
incorporados ao produto final. Ex.: terra, máquina, equipamentos e instalações físicas.
⌦ Recursos produtivos: são aqueles incorporados ao produto final. Ex.: sementes,
fertilizantes, defensivos, serviços, etc.
• Finanças: previsão de recursos monetários necessários à obtenção de insumos, serviços
equipamentos e demais fatores para a produção e comercialização dos produtos hortícolas (receitas,
despesas, investimentos e financiamentos).
• Comercialização e marketing: relacionadas ao cliente ou consumidor dos produtos. Devem ser
considerados alguns aspectos importantes:
⌦ Pesquisa e análise de mercado;
⌦ Conhecer preços e preferências;
⌦ Canais de distribuição;
⌦ Onde comercializar: atacadistas, varejistas e consumidores.
• Recursos humanos: relacionada com as pessoas que fazem parte da organização. Deve-se
considerar:
⌦ Disponibilidade de mão-de-obra;
⌦ Qualidade e mão-de-obra;
⌦ Questões trabalhistas.

3.2. O processo administrativo:

Uma vez definida a modalidade, o tipo de empresa e as áreas que a compõe, é preciso
administrá-la. A administração utiliza-se do processo administrativo. Este se compõe de:
1. Planejamento: consiste em fazer os planos que orientarão a produção e servirão de guia para o
controle do produtor.
2. Organização: agrupar e estruturar todos os recursos da empresa (físicos e humanos), consiste no
arranjo (layout) das benfeitorias e plantações, preparo de máquinas e equipamentos, etc.
3. Direção: execução do que foi planejado e organizado.
4. Controle: medir e corrigir o desempenho do que foi planejado. Verificar se está de acordo com o
que foi planejado e apontar as falhas.
Dentro do processo administrativo temos o planejamento e organização.

3.3. Instalação de uma empresa hortícola:

Observar vários aspectos associados a momentos de decisão. Estas decisões fazem parte do
planejamento.
O planejamento da produção procura determinar antecipadamente o que vai ser produzido,
quanto vai ser produzido, quando vai ser produzido e como vai ser produzido.
Considera ambiente interno e externo.

Quadro 3: Processos administrativos


MOMENTOS DE DECISÃO ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
O que Plantar? • Mercado
• Viabilidade econômica
• Tecnologia disponível
• Modalidade da exploração
Quanto Plantar? • Mercado
• Viabilidade econômica
• Disponibilidade de recursos
• Domínio da tecnologia
Quando Plantar? • Mercado (sazonalidade)
Como plantar? • Tecnologia disponível

• O que plantar?
Para isso deve-se observar determinados aspectos, como mercado, viabilidade econômica,
tecnologia disponível, modalidade de exploração.
⌦ Análise de mercado: busca de informações de preços e produtos nos principais pontos de
consumo do país e na própria região, onde se localiza a empresa rural.
Busca de informações em instituições governamentais, jornais, bolsas de mercadorias, etc.
Observar as variações e tendências de preços de diversos produtos agropecuários, facilitando
a tomada de decisões sobre o que plantar. Opção pelo mercado (canais de comercialização).
Verificar qual o melhor destino para a produção, se mercado local, regional, nacional ou
exportação. Se for local: verificar hábitos da população se for regional ou nacional ao nível de
CEASAS. Analisar períodos de safra e entressafra para obtenção melhor de preços. Pode-se optar
por consumidores mais requintados, supermercados, hotéis, indústrias de processamento, etc.
⌦ Tecnologia disponível: analisar a tecnologia disponível e verificar se ela está acessível aquele
empresário especificamente. A tecnologia pode existir, mas não significa que o empresário poderá
utilizá-la naquele momento (falta de capital, falta de treinamento). Ex.: semente híbrida, plantas
transgênicas, plasticultura, fertirrigação, etc.
⌦ Viabilidade econômica: analisar preços praticados no mercado, elaborar custos de produção. É
fator definido da tecnologia. É compensador ou não usar determinada tecnologia.
⌦ Modalidade de exploração: se diversificada ou especializada. Tendência => especialização –
facilidade de administração

• Quanto plantar?
Para definir quanto plantar deve-se analisar:
⌦ Mercado: demanda, canais distribuidores como CEASAS, capacidade instalada e efetiva de
indústrias processadoras.
⌦ Responsabilidade de recursos: terra, capital e matéria orgânica. Capital próprio ou linhas de
crédito.
⌦ Viabilidade econômica: definir a quantidade que maximiza a renda. Para isto, existem
metodologias que indicam as quantidades que vão maximizar a renda, minimizar os custos pagar
todas as despesas (ponto de equilíbrio).
⌦ Domínio da tecnologia: define quanto plantar. Se não houver domínio no início do
empreendimento, com a experiência acumulada, o empresário aumentará a área de produção.

• Quando plantar?
Analisar a sazonalidade do mercado. Períodos de safra e entressafra. Definir qual sua melhor
estratégia, plantar o ano todo ou na entressafra. Caso ocorra pela entressafra, providenciar
tecnologia para tal, como estufas, irrigação, cobertura do solo, etc. Para este aspecto existe uma
metodologia definida as curvas de sazonalidade:
⌦ Obtenção dos preços nominais;
⌦ Conversão destes para preços reais (corrigidos por determinado índice – IGP), para torná-los
comparáveis;
⌦ Indústria define o quando plantar. Diversificada: obedece a uma programação cíclica para que
se tenha sempre produto em oferta. Portanto sempre teremos os diversos estágios de uma
determinada cultura ao mesmo tempo. Este aspecto é válido para culturas anuais. Em culturas
perenes o quando plantar obedece a dois fatores básicos: quando começar a produzir e/ou quando
renovar a cultura com base no seu ciclo biológico.

• Como plantar?
Definir tecnologias que serão utilizadas e as formas mais modernas.

• Considerações finais:
Por que trabalhar de forma empresarial?
⌦ Administração profissional;
⌦ Planejamento da produção;
⌦ Visão de mercado;
⌦ Agricultura de precisão;
⌦ Controle gerencial.
• Exemplo:
Uma das formas de se estabelecer a época de plantio é utilizar-se da análise de sazonalidade.
Em algumas culturas podemos utilizar tecnologias que possibilitam o plantio em época que propicie
a colheita num período em que os preços mais altos são praticados. Utilizaremos a seguir o exemplo
da cultura da banana, mas a metodologia pode ser utilizada para qualquer cultura.
Preço pago aos produtores e volume comercializado de banana ‘Pacovan’ na CEAGEPE:
Apesar das CEASA’s estarem perdendo espaço no processo de comercialização, ainda são
as principais referências para o produtor em termos de venda da produção e formação de preço. Na
CEASA – Recife (CEAGEPE), o melhor preço é conseguido no inverno – período de chuvas (abril-
agosto), para a banana ‘Pacovan’ (Quadros 1 e 2) e (Figura 1).

Quadro 1: Preços reais para a banana ‘Pacovan’ na CEASA – Recife no período de 1990 a 1999
(R$/kg)
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL MED

1990 0,31 0,33 0,39 0,37 0,62 0,76 0,69 0,74 0,48 0,52 0,42 0,35 5,98 0,50
1991 0,30 0,29 0,32 0,60 0,77 0,78 0,71 0,64 0,44 0,36 0,28 0,25 5,74 0,48
1992 0,23 0,24 0,38 0,43 0,32 0,52 0,47 0,47 0,36 0,24 0,19 0,16 4,01 0,33
1993 0,40 0,38 0,36 0,52 0,60 0,66 0,56 0,64 0,54 0,38 0,30 0,37 5,71 0,48
1994 0,36 0,47 0,59 0,72 0,80 0,93 0,73 0,53 0,60 0,50 0,42 0,40 7,05 0,59
1995 0,38 0,45 0,51 0,66 0,79 0,69 0,72 0,69 0,62 0,57 0,45 0,46 6,99 0,58
1996 0,33 0,39 0,57 0,68 0,72 0,78 0,79 0,65 0,41 0,25 0,20 0,22 5,99 0,50
1997 0,28 0,30 0,31 0,31 0,30 0,30 0,29 0,28 0,29 0,25 0,21 0,21 3,33 0,28
1998 0,27 0,33 0,42 0,53 0,53 0,63 0,64 0,64 0,53 0,33 0,42 0,41 5,68 0,47
1999 0,47 0,46 0,45 0,52 0,53 0,53 0,54 0,51 0,46 0,42 0,43 0,38 5,70 0,47

TOTAL 3,33 3,64 4,30 5,34 5,98 6,58 6,14 5,79 4,73 3,82 3,32 3,21
MEDIA 0,33 0,36 0,43 0,53 0,60 0,66 0,61 0,58 0,47 0,38 0,33 0,32

Fonte: CEAGEPE, 2000. Correção: IGP-DI (FGV)

Ín d ic e s E sta c io n a is d e C o m e rc ia liz a ç ã o d a B a n a n a P a c o v a n
(C E A S A - R e c ife - 1 9 9 0 a 1 9 9 9 )

180
160
140
Percentual (%)

120 I_ s _ m in
100 I_ s a z ona l
80 I_ s _ m a x
60 M _base

40
20
0
ja n fev m ar abr m ai ju n ju l a go set ou t nov d ez
P e río d o

Figura 1: Índices estacionais de comercialização da banana Pacovan (CEASA - Recife - 1990 a


1999)
É no período que inclui os meses de abril a agosto onde os preços vão estar acima da média,
no principal centro de comercialização de banana, CEASA – Recife, em Pernambuco. Isto mostra
que 1 tonelada de banana, no mês de junho, por exemplo, alcançou R$ 66,00. Os custos e receita
com 1 ha de banana em Murupé – Vicência –PE, os preços mais altos informados pelos pequenos
agricultores, no levantamento feito pelas professoras chegou a R$15,00. Considerando o Índice
Sazonal, para a banana ‘Pacovan’, vê-se que há uma variação dos preços em torno de pouco mais de
20%, acima da média, chegando a um patamar de 42% acima da do preço, no mês de junho.
Considerando o índice máximo, o preço da banana ‘Pacovan’ já chegou a ser 71% maior no mês de
junho, em alguns dos anos do período avaliado. A razão para isso está na diminuição da oferta,
principalmente, da região produtora Zona da Mata, em função da queda de produção durante o
período de chuvas. A banana colhida nesse período foi cultivada durante o período seco já que a
área de irrigação é pequena e a produção é fortemente afetada pela escassez de água.

Quadro 2: Índices estacionais (%) de comercialização da banana Pacovan (CEASA - Recife - 1990
a 1999)
jan Fev Mar Abr mai Jun jul ago set Out nov dez
60,46 67,84 82,69 115,53 108,8 118,72 117,56 108,48 100,86 67,77 57,57 56,03
75,12 82,42 97,42 123,59 129,69 142,65 137,58 129,79 105,54 81,92 69,27 67,81
93,34 100,11 114,77 132,21 154,58 171,4 161 155,28 110,45 99,02 83,33 82,05
100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
Fonte: CEAGEPE, 2000.

A quantidade comercializada, para esta variedade, encontra-se no quadro 3. Mês a Mês,


observa-se que o volume médio, em toneladas, de banana ‘Pacova’ que passa pela CEASA – Recife
é de, aproximadamente, 33% de toda a banana produzida na Zona da Mata de Pernambuco.

Quadro 3: Quantidade de banana ‘Pacovan’ comercializada na CEAGEPE no período de 1990 a


1999 (em toneladas)
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL MED

1990 5078,0 3920,0 4307,0 3139,0 2650,0 2117,0 2323,0 2487,0 2679,0 3696,0 3901,0 40859,0 40859,0 3404,9
1991 4468,0 3492,0 3295,0 2578,0 1996,0 1909,0 2044,0 2436,0 2886,0 3745,0 3645,0 36295,0 36295,0 3024,6
1992 3633,0 3236,0 2367,0 2400,0 2081,0 2170,0 2523,0 2489,0 3413,0 2878,0 3309,0 33989,0 33989,0 2832,4
1993 2880,0 2537,0 2719,0 2183,0 1940,0 2088,0 1705,0 1867,0 2332,0 2252,0 1859,0 26734,0 26734,0 2227,8
1994 2242,0 1644,0 1520,0 897,0 1253,0 1118,0 1541,0 2015,0 2549,0 2886,0 3480,0 24512,0 24512,0 2042,7
1995 3166,0 2331,0 2495,0 2284,0 2340,0 2286,0 2203,0 2700,0 3521,0 4985,0 5227,0 37722,0 37722,0 3143,5
1996 3628,0 3253,0 2937,0 2621,0 2883,0 2236,0 2837,0 3168,0 3428,0 4578,0 4409,0 40575,0 40575,0 3381,3
1997 4202,0 3560,0 3479,0 3180,0 3216,0 3058,0 3616,0 3837,0 4395,0 5101,0 5630,0 47777,0 47777,0 3981,4
1998 3477,0 2495,0 2401,0 2215,0 2367,0 2141,0 2351,0 2434,0 3199,0 3283,0 2982,0 32392,0 32392,0 2699,3
1999 2465,0 2069,0 2363,0 2022,0 1914,0 1887,0 2751,0 2094,0 2561,0 2707,0 2756,0 28433,0 28433,0 2369,4

TOTAL 35239,0 28537,0 27883,0 23519,0 22640,0 21010,0 23894,0 25527,0 30963,0 36111,0 37198,0 349288 3492 88,0
MEDIA 3523,90 2853,70 2788,30 2351,0 2264,0 2101,0 2389,4 2552,70 3096,30 3611,0 3719,80 Média/mês = 2,8 mil t

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