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ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA ISAÍAS

QUEM ERA O PROFETA ISAÍAS


Isaías era filho de Amoz. O Talmude afirma que Amoz, pai de Isaías
era irmão do rei Uzias. Isaías profetizou durante os reinados de
Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (1.1). O nome Isaías significa “o
Senhor salva”. O profeta era da mesma época de Amós, de Oséias e
de Miquéias, e começou seu ministério em 740 a.C., ano em que
morreu o rei Uzias (6).

Teria nascido por volta de 760 e vivido pelo menos até 681 a.C. De
família nobre de Judá, Isaías era casado, e tinha no mínimo dois
filhos: Sear-Jasube (7.3) e Maer-Shalai-Hash-Baz (8.3). É provável
que tenha passado a maior parte de sua vida em Jerusalém,
exercendo maior influência no reinado de Ezequias (37.1-20). A
Isaías também é atribuído a composição da história do reinado de
Uzias (2 Cr 26-22). Segundo uma tradição judaica Isaías foi serrado
ao meio pelo rei iníquo Manassés.

CONTEXTO DA ÉPOCA
Isaías viveu no turbulento período assírio, presenciando o cativeiro
do seu povo. Ambos os reinos (Norte/Israel e Sul/Judá), haviam
experimentado poder e prosperidade. Israel governado por Jeroboão
e outros seis reis de menor importância, haviam aderido ao culto
pagão; Judá, no período de Uzias, Jotão e Ezequias permaneceram
em conformidade com a aliança mosaica, porém gradualmente, o rigor
foi diminuindo causando um sério declínio moral e espiritual (3.8-26).
Lugares secretos de culto pagão passaram a ser tolerados; o rico
oprimia o pobre; as mulheres negligenciavam suas famílias na busca
do prazer carnal; muitos dos sacerdotes e falsos profetas buscavam
agradar os homens (5.7-12, 18-23; 22.12-14). Tudo isso deixava claro
e patente aos olhos do profeta Isaías que a aliança registrada por
Moisés em Deuteronômio 30.11-20, havia sido inteiramente violada,
portanto a sentença divina estava proferida, o cativeiro e o
julgamento eram inevitáveis para Judá, assim como era para Israel.
Isaías advertiu Judá de que seus pecados levariam a nação ao
cativeiro babilônico. A visita dos enviados do rei da Babilônia a
Ezequias armou o cenário para essa predição (39.1-6). Embora a
queda de Jerusalém só viesse a ocorrer em 586 a.C., Isaías toma por
certo a derrota de Judá e passa a predizer a volta do povo do
cativeiro (40.2-3). Deus redimiria seu povo da Babilônia assim como
redimiu do Egito. Isaías prediz a ascensão de Ciro, o persa, que uniria
os medos e os persas e conquistaria a Babilônia (45.1).

Dois acontecimentos importantes servem de foco para os capítulos 1-


39:
1. A invasão de Israel pelo rei assírio Tiglate-Pileser III serve
de pano de fundo para os capítulos 7-12. Essa foi a reação
militar de Damasco (capital de Arã) e do Reino do Norte,
Israel, contra o Reino do Sul, Judá. O motivo da agressão (a
guerra siro-eframita, 735-732 a.C.), não é mencionada no texto.
Contudo, é evidente que a ação foi considerada uma ameaça real
contra a sobrevivência da monarquia davídica. A resposta de
Acaz, rei de Judá, foi convocar a Assíria para manter a ordem
na região, convite aceito por Tiglate-Pileser.
Conseqüentemente, Damasco foi conquistada, seu povo
deportado e toda a terra de Arã incorporada ao Império
Assírio (732 a.C.). Partes do reino do Norte foram anexadas, e
um novo rei colocado no trono. Vários anos depois, Israel
rebelou-se novamente e foi totalmente dominada pelo Império
Assírio, com a destruição da capital Samaria em 721. Esses
acontecimentos, contudo, recebem pouca atenção no livro de
Isaías.
2. A invasão de Judá pelo rei assírio Senaqueribe, em 701,
resultou no envolvimento de Ezequias na coligação antiassíria.
Isso causou a destruição de várias cidades fortificadas de
Judá e, finalmente, o cerco de Jerusalém. Ao contrário do pai,
Acaz, Ezequias confiou no socorro do Senhor, e o exercito
assírio foi destruído.
Era um tempo de medo e incerteza política. Os assírios
aterrorizavam a população do Antigo Oriente Médio com um
programa agressivo de dominação. O país podia optar por ser vassalo,
pagando um tributo anual e fornecendo tropas auxiliares aos assírios.
Mas ao menor sinal de deslealdade resultava em reduções
territoriais e maior controle assírio do governo, sem mencionar a
cobrança mais pesada de impostos. Por trás de tudo isso havia a
ameaça de deportação, com a perda da independência política.

A COMPOSIÇÃO DO LIVRO
Isaías é visto como o maior profeta do Velho Testamento. O livro é
uma coleção de adágios proféticos e oráculos de Isaías, a voz
profética predominante na turbulenta segunda metade do século
VIII a.C. (740-700). Aqui se encontra parte da literatura hebraica
por demais valiosa e conhecida por apresentação direta de
fidedignidade e poder soberano do Deus de Israel. Muitas passagens
do seu livro estão entre as mais formosas da literatura. Alguns
eruditos modernos têm estudado sua profecia poética do mesmo
modo que um botânico estuda as flores, examinando-as e analisando-
as.

O uso deste método de estudo tem feito com que a beleza e a


unidade do livro como as de uma rosa fiquem quase esquecidas, à
medida que as diferentes partes são divididas a fim de serem
examinadas. Aliás, a unidade de Isaías é tema de grande
controvérsia. Pelo fato de o profeta ter vivido no século VIII a.C.,
alguns estudiosos têm dificuldade em aceitar que ele tenha
identificado Ciro, o persa, nominalmente em 45.1 “ASSIM diz o
SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para
abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis,
para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão“, pelo
fato de Ciro ter entrado em cena apenas duzentos anos mais tarde.
Mesmo para os que estão dispostos a aceitar o fenômeno
sobrenatural da previsão do futuro, isso, muitas vezes, parece
improvável quando comparado a outros oráculos. O único outro
exemplo no Antigo Testamento em que o nome da pessoa é dado
antes de seu surgimento é a menção de Josias em 1 Reis 13.2 “E ele
clamou contra o altar por ordem do SENHOR, e disse: Altar, altar!
Assim diz o SENHOR: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo
nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos
que sobre ti queimam incenso, e ossos de homens se queimarão sobre
ti”.

Mesmo por meio de uma leitura descontraída de Isaías, podemos


detectar uma grande mudança no capítulo 40. O estilo se torna mais
poético e teórico. O tom se torna conciliatório em vez de
condenador. Os oráculos de acusação e juízo, que compunham a maior
parte dos primeiros 39 capítulos se tornam bem mais raros. A
situação histórica parece ter mudado dramaticamente. O povo
mencionado está no exílio, não na Judá do século VIII. À luz de tais
observações, pode-se entender facilmente por que alguns eruditos
não conseguem atribuir o livro inteiro a um único autor do século
VIII.

Mas apesar de muitos estudiosos duvidarem que Isaías tenha sido o


autor de todo o livro que leva seu nome, somente o nome dele está
vinculado à obra. O argumento mais forte a favor da unidade do livro
de Isaías é a expressão “o Santo de Israel” como título de Deus que
ocorre 12 vezes nos capítulos de 1 a 39 e 14 vezes nos capítulos 40 a
66. Fora de Isaías, aparece apenas 6 vezes no Antigo Testamento.
Existem outros paralelos verbais notáveis entre os capítulos 1 a 39 e
os capítulos de 40 a 66.

Ao todo, existem em Isaías pelo menos 25 palavras ou formas


hebraicas que não aparecem em nenhum outro escrito profético.

CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
Isaías contém prosa e poesia; a beleza de sua poesia é insuperada no
restante do Antigo Testamento. O trecho principal em prosa acha-se
nos capítulos 36 a 39, no interlúdio histórico que une as duas partes
do livro. O material poético inclui uma série de sentenças nos
capítulos 13 a 23. Um cântico de motejo contra o rei da Babilônia
acha-se em 14.4-23. Os capítulos 24 a 27 formam uma seção
apocalíptica que ressalta os últimos dias. Um poema sapiencial acha-
se em 28.23-29. O cântico da vinha (5.1-7) começa com cântico de
amor, no qual Isaías retrata o relacionamento entre Deus e Israel.
Hinos de louvor aparecem em 12.1-6 e 38.10-20, e temos um lamento
nacional em 63.7 - 64.12. A poesia é realmente rica e variada, da
mesma forma que o vocabulário do profeta supera qualquer outro
escritor do Velho Testamento.

Uma das técnicas prediletas de Isaías é a personificação. O sol e a


lua sentem vergonha (24.23), ao passo que o deserto e a terra
ressequida se regozijam (35.1) e as montanhas e florestas irrompem
em cânticos (44.23). As árvores “baterão palmas” (55.12). Uma
figura de linguagem predileta é a vinha, que representa Israel (5.7).
Pisar o lagar é retrato do juízo (63.3), e beber o cálice da ira de
Deus é cambalear debaixo do seu castigo (51.17). Isaías emprega o
nome “Rocha” em referencia a Deus (17.10). O poder da linguagem
figurada de Isaías vê-se em 30.27-33, e o profeta faz pleno uso da
ironia ao condenar os ídolos em 44. 9-20. Exemplo notável de jogo de
palavras temos como aliteração e assonância em 24.17. A calamidade
destruidora de 28.15,18 é no original um exemplo de metáfora mista.

Isaías muitas vezes alude a acontecimentos anteriores da história de


Israel, sobretudo ao êxodo do Egito. A travessia no mar Vermelho
serve de cenário de 11.15 e de 43.2,16, 17, e outras alusões ocorrem
em 4.5,6; 31.5 e 37.36. A destruição de Sodoma e Gomorra é
mencionada em 1.9, e a vitória de Gideão contra Midiã é mencionada
em 9.4 e em 10.26. Várias vezes Isaías aproveita o cântico de Moisés
de Dt 32. Isaías da mesma forma que Moisés, conclama a nação ao
arrependimento e a fé num Deus santo e Todo-poderoso (49.8).

TEMAS E TEOLOGIA
Isaías é um livro que desvenda as plenas dimensões do juízo e da
salvação divina. Deus é o Santo de Israel que deveria castigar seu
povo rebelde, mas posteriormente o remirá. Israel é nação cega e
surda (6.9,10; 42.7), vinha que será pisoteada (5.1-7), povo destituído
de retidão (5.7; 10.1-2). O juízo terrível que será desencadeado
contra Israel e todas as nações que desafiam a Deus é chamado “dia
do Senhor”.

Deus, porém, terá compaixão de seu povo (14.1,2) e o livrará da


opressão tanto política quanto espiritual. Sua restauração é
semelhante a um novo êxodo (43.2,16-19; 52. 10-12) quando Deus o
redimir e o salvar. O poderoso Criador de Israel (40.21,22; 48.13)
fará ribeiros brotar no deserto (32.2) quando por graça levar o povo
de volta a pátria. O tema de uma estrada para a volta dos exilados
ganha destaque nas duas partes principais do livro. O Senhor levanta
um estandarte para conclamar as nações a trazer Israel para casa.

Isaías serviu a Deus desempenhando o papel de promotor de justiça


da aliança. Sua mensagem é constituída de acusações, condenações e
julgamentos, pois ele declara a maldição de Deus sobre Israel, Judá
e as nações (1.2-31; 13 – 23; 56 – 57; 65). O relato autobiográfico de
Isaías do seu chamado para tornar-se um mensageiro da corte
celestial do Senhor encontra-se no capítulo 6. Quando Isaías foi
convocado a representar a corte celeste junto à corte terrena de
Jerusalém, ele descobriu que Deus não o estava enviando para salvar
Israel, mas para endurecer seus corações impenitentes (6.9-10).
Isaías devia apresentar ao povo a acusação do Senhor de que eles
eram infiéis e rebeldes (1.2-3; 31.1-3; 57.3-10). O povo de Deus havia
se tornado como as demais nações em seu orgulho, sarcasmo e
egoísmo. Eles haviam perdido a perspectiva de justiça, de amor e de
paz, características do Reino de Deus e tentaram estabelecer seu
próprio reino. O profeta também desempenha o papel de advogado.
Ele exorta os piedosos a buscarem ao Senhor, a aguardarem o seu
Reino, a experimentarem eles mesmo a paz de Deus e a responderem
com fé aos novos atos divinos de redenção. A aliança do Senhor
termina com bênçãos sobre Israel, não maldições (Dt30. 1-10). Ao
final um remanescente piedoso sobreviverá ao julgamento.

A primeira parte do livro, caps. De 1 a 35, enfoca o julgamento de


Deus sobre Israel através da Assíria; a segunda, caps. 40 a 66, o
retorno do remanescente do exílio na Babilônia e sua libertação final
no futuro distante. A segunda parte com a primeira inicia-se com
uma visão da corte celestial. Isaías ouve furtivamente Deus enviando
mensageiros para anunciar que o castigo já foi pago e que por isso
terá fim (40.1-18). A visão que Isaías tem do Reino de Deus é
grandiosa, pois inclui a história da redenção desde os seus dias até
alcançar a plenitude da salvação. Ela abarca do exílio, a volta dos
judeus do exílio, a missão, o ministério e o Reino de Jesus Cristo, a
missão e a esperança da Igreja, o governo atual de Jesus sobre este
mundo e a restauração de todas as coisas em santidade e justiça.

Isaías era mestre em sua língua e utilizou imagens e vocabulários


muito ricos. Muitas das palavras e expressões de que faz uso não são
encontradas em nenhuma outra parte do Antigo Testamento. As
imagens retóricas em seu livro mostram que ele conhecia as
tragédias da guerra (63.1-6), as injustiças da alta sociedade (3.1-17)
e os fracassos da agricultura (5.1-7).

Isaías era um pregador de talento. Através de sua imaginação


poética e estilo retórico, ele expôs a loucura de fiar-se nas
estruturas humanas em contraste com a sabedoria de confiar no
Reino de Deus. Embora os infiéis sejam insensíveis ao Senhor (6.10),
os oráculos proféticos de Isaías levam os piedosos a responderem a
Deus com reverência e louvor.

Isaías conclama o povo a abandonar a vida de pecado e ao mesmo


tempo escapar do julgamento e da punição futura como castigos
divinos. Sua mensagem se destina a Judá, Israel e às nações pagãs
vizinhas. Contém vários oráculos ou mensagens constituídas de
acusações, condenações, julgamentos e também de consolação, e
ainda algumas passagens apocalípticas, tudo escrito num estilo nobre
e clássico. O profeta foi cauteloso em mostrar que o juízo de Deus
revela não sua arbitrariedade, mas sua justiça. Devido a idolatria e a
imoralidade, o povo de Deus havia se tornado como as demais nações
em seu orgulho e egoísmo. Por outro lado o livro está repleto de
promessas de restauração, do advento do Messias, de salvação para
todas as nações e do triunfo dos propósitos de Deus.

PARTICULARIDADES DE ISAÍAS

SANTO DE ISRAEL
O título de Deus usado quase exclusivamente por Isaías no Antigo
Testamento é o “Santo de Israel”. Ele não só demonstra a ênfase de
Isaías à santidade do Senhor, mas também reflete a preocupação do
livro com a gravidade das ofensas de Israel contra Deus.

REDENTOR
Outra característica de Isaías é o fato de Javé ser o Redentor de
Israel. Esse título para Javé só é usado quatro vezes em outros
livros; todavia, ele é utilizado mais de dez vezes no livro de Isaías.

ESCATOLOGIA
A escatologia (estudo da parte final do programa de Deus)
encontrada em Isaías é a escatologia do Reino. Com isso, queremos
dizer que a ênfase está no reino futuro de Israel, retratado como o
reino centrado em Jerusalém. Paz e prosperidade abundantes, e todo
o mundo ria a Jerusalém para se encher de espanto e ser instruído.
A adoração adequada e a centralidade da lei são características
significativas do reino. Um descendente de Jessé se assentará no
trono; esse aspecto do reino, todavia, não é um destaque em Isaías.
A ênfase é dada ao fato de que Javé reinará (24.23; 33.22; 43.15;
46.6) e será o orgulho do remanescente de Judá e a glória de
Jerusalém.

O MESSIAS
A paz e a segurança marcam a era messiânica. Um rei descendente
de Davi reinará com justiça e todas as nações afluíram ao santo
monte de Jerusalém (2.2-4). O povo de Deus já não será oprimido
por governantes ímpios e Jerusalém será verdadeiramente a “cidade
do Senhor” (60.14).

O Senhor chama o Rei Messiânico de “meu servo” nos capítulos de 42


a 53, termo também aplicado a Israel como nação (41.8,9; 42.1). É
através do sofrimento do Servo que a salvação, em sentido mais
pleno, é lavada a efeito. Ciro era o instrumento de Deus para livrar
Israel da Babilônia, mas Cristo livrará a humanidade da prisão do
pecado (52.13 – 53.12). Tornou-se luz para os gentios (42.6), a fim de
que as nações condenadas ao juízo (cap. 13 a 23) pudessem achar a
salvação (55.4,5).

O Reino do Senhor na terra, com seu Rei justo e seus súditos justos,
é o alvo em direção ao qual o livro de Isaías avança com firmeza. A
terra restaurada e o povo restaurado passarão, então, a cumprir o
ideal divino, e tudo resultará no louvor e na glória do Santo de
Israel, por causa do que Ele tem realizado.

ESFERA DE AÇÃO
Tudo indica que ele escreveu seu livro durante os reinado de Uzias,
Jotão, Acaz e Ezequias, e parte final do seu livro (40-66) durante o
reinado do tirano Manassés. Portanto, os acontecimentos históricos
registrados em Isaías abrangem um período de mais ou menos 60
anos.

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