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Teria nascido por volta de 760 e vivido pelo menos até 681 a.C. De
família nobre de Judá, Isaías era casado, e tinha no mínimo dois
filhos: Sear-Jasube (7.3) e Maer-Shalai-Hash-Baz (8.3). É provável
que tenha passado a maior parte de sua vida em Jerusalém,
exercendo maior influência no reinado de Ezequias (37.1-20). A
Isaías também é atribuído a composição da história do reinado de
Uzias (2 Cr 26-22). Segundo uma tradição judaica Isaías foi serrado
ao meio pelo rei iníquo Manassés.
CONTEXTO DA ÉPOCA
Isaías viveu no turbulento período assírio, presenciando o cativeiro
do seu povo. Ambos os reinos (Norte/Israel e Sul/Judá), haviam
experimentado poder e prosperidade. Israel governado por Jeroboão
e outros seis reis de menor importância, haviam aderido ao culto
pagão; Judá, no período de Uzias, Jotão e Ezequias permaneceram
em conformidade com a aliança mosaica, porém gradualmente, o rigor
foi diminuindo causando um sério declínio moral e espiritual (3.8-26).
Lugares secretos de culto pagão passaram a ser tolerados; o rico
oprimia o pobre; as mulheres negligenciavam suas famílias na busca
do prazer carnal; muitos dos sacerdotes e falsos profetas buscavam
agradar os homens (5.7-12, 18-23; 22.12-14). Tudo isso deixava claro
e patente aos olhos do profeta Isaías que a aliança registrada por
Moisés em Deuteronômio 30.11-20, havia sido inteiramente violada,
portanto a sentença divina estava proferida, o cativeiro e o
julgamento eram inevitáveis para Judá, assim como era para Israel.
Isaías advertiu Judá de que seus pecados levariam a nação ao
cativeiro babilônico. A visita dos enviados do rei da Babilônia a
Ezequias armou o cenário para essa predição (39.1-6). Embora a
queda de Jerusalém só viesse a ocorrer em 586 a.C., Isaías toma por
certo a derrota de Judá e passa a predizer a volta do povo do
cativeiro (40.2-3). Deus redimiria seu povo da Babilônia assim como
redimiu do Egito. Isaías prediz a ascensão de Ciro, o persa, que uniria
os medos e os persas e conquistaria a Babilônia (45.1).
A COMPOSIÇÃO DO LIVRO
Isaías é visto como o maior profeta do Velho Testamento. O livro é
uma coleção de adágios proféticos e oráculos de Isaías, a voz
profética predominante na turbulenta segunda metade do século
VIII a.C. (740-700). Aqui se encontra parte da literatura hebraica
por demais valiosa e conhecida por apresentação direta de
fidedignidade e poder soberano do Deus de Israel. Muitas passagens
do seu livro estão entre as mais formosas da literatura. Alguns
eruditos modernos têm estudado sua profecia poética do mesmo
modo que um botânico estuda as flores, examinando-as e analisando-
as.
CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
Isaías contém prosa e poesia; a beleza de sua poesia é insuperada no
restante do Antigo Testamento. O trecho principal em prosa acha-se
nos capítulos 36 a 39, no interlúdio histórico que une as duas partes
do livro. O material poético inclui uma série de sentenças nos
capítulos 13 a 23. Um cântico de motejo contra o rei da Babilônia
acha-se em 14.4-23. Os capítulos 24 a 27 formam uma seção
apocalíptica que ressalta os últimos dias. Um poema sapiencial acha-
se em 28.23-29. O cântico da vinha (5.1-7) começa com cântico de
amor, no qual Isaías retrata o relacionamento entre Deus e Israel.
Hinos de louvor aparecem em 12.1-6 e 38.10-20, e temos um lamento
nacional em 63.7 - 64.12. A poesia é realmente rica e variada, da
mesma forma que o vocabulário do profeta supera qualquer outro
escritor do Velho Testamento.
TEMAS E TEOLOGIA
Isaías é um livro que desvenda as plenas dimensões do juízo e da
salvação divina. Deus é o Santo de Israel que deveria castigar seu
povo rebelde, mas posteriormente o remirá. Israel é nação cega e
surda (6.9,10; 42.7), vinha que será pisoteada (5.1-7), povo destituído
de retidão (5.7; 10.1-2). O juízo terrível que será desencadeado
contra Israel e todas as nações que desafiam a Deus é chamado “dia
do Senhor”.
PARTICULARIDADES DE ISAÍAS
SANTO DE ISRAEL
O título de Deus usado quase exclusivamente por Isaías no Antigo
Testamento é o “Santo de Israel”. Ele não só demonstra a ênfase de
Isaías à santidade do Senhor, mas também reflete a preocupação do
livro com a gravidade das ofensas de Israel contra Deus.
REDENTOR
Outra característica de Isaías é o fato de Javé ser o Redentor de
Israel. Esse título para Javé só é usado quatro vezes em outros
livros; todavia, ele é utilizado mais de dez vezes no livro de Isaías.
ESCATOLOGIA
A escatologia (estudo da parte final do programa de Deus)
encontrada em Isaías é a escatologia do Reino. Com isso, queremos
dizer que a ênfase está no reino futuro de Israel, retratado como o
reino centrado em Jerusalém. Paz e prosperidade abundantes, e todo
o mundo ria a Jerusalém para se encher de espanto e ser instruído.
A adoração adequada e a centralidade da lei são características
significativas do reino. Um descendente de Jessé se assentará no
trono; esse aspecto do reino, todavia, não é um destaque em Isaías.
A ênfase é dada ao fato de que Javé reinará (24.23; 33.22; 43.15;
46.6) e será o orgulho do remanescente de Judá e a glória de
Jerusalém.
O MESSIAS
A paz e a segurança marcam a era messiânica. Um rei descendente
de Davi reinará com justiça e todas as nações afluíram ao santo
monte de Jerusalém (2.2-4). O povo de Deus já não será oprimido
por governantes ímpios e Jerusalém será verdadeiramente a “cidade
do Senhor” (60.14).
O Reino do Senhor na terra, com seu Rei justo e seus súditos justos,
é o alvo em direção ao qual o livro de Isaías avança com firmeza. A
terra restaurada e o povo restaurado passarão, então, a cumprir o
ideal divino, e tudo resultará no louvor e na glória do Santo de
Israel, por causa do que Ele tem realizado.
ESFERA DE AÇÃO
Tudo indica que ele escreveu seu livro durante os reinado de Uzias,
Jotão, Acaz e Ezequias, e parte final do seu livro (40-66) durante o
reinado do tirano Manassés. Portanto, os acontecimentos históricos
registrados em Isaías abrangem um período de mais ou menos 60
anos.