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DESIGN
DESIGN JAPONÊS
INFODESIGN
OS SHAKERS
1
Editora
UFSC
EDITORIAL
Tem sido crescente o surgimento de cursos de design.Mas, afinal quem é o profissional que,
para ser compreendido pela população tem que usar um termo em idioma estrangeiro -
designer. Será que não possuimos uma definição em Português para esta misteriosa
profissão. Alguns estudiosos, bem que tentaram, más, com a desculpa de que nada que
dissermos definirá fielmente a essência dese ofício, aqui estamos nós, os designers. Nossa
função primordial é transmitir de maneira eficiente um conceito, fazer com que as pessoas
identifiquem-se com nossos produtos e, de preferência “comprem” nossas idéias. Mesmo
não tendo delimitada nossa área de atuação- não sei dse feliz ou infelizmente - , posto que é
muito ampla, uma coisa é bem clara: qualquer um pode ser nosso concorrente. É o
arquiteto, que acha que com bom gosto e traços criativos pode fazer um bom design; é o
micreiro que por ser “fera” em ferramentas computacionais, e sendo capaz de produzir
peças “bonitinhas”, julga-se capaz de comunicar. Porém, o nosso cliente, que não é
obrigado a entender de design, acaba colocando suas paças publicitárias ou produtos nas
mãos de profissionais desqualificados. O univeros dos designers é bastante complexo.
Passam o dia imersos em cores, formas, marketing, criatividade, semiótica, etc., etc., etc.
Pra você conhecer um pouquinho desse nosso mundo fantástico e desafiador, mostramos
nessa edição um pouco de História do Design. Voce irá conhecer os simples mais eficientes
Shakers, os minimalistas e práticos Japoneses e o atual Infodesign.
Ín d ice Shakers
8 Logotipo CEV
10
Design Japonês
20
Infodesign
Shakers
Shakers
Ann Lee
Os shakers são uma das seitas religiosas mais ferreiro,
numerosas e mais antigas que imigraram à costa Abraham
dos Estados Unidos. Originados na Inglaterra Standley, que
com um grupo pequeno de dissidentes dos mais tarde a
Quakers cuja opinião foi influenciada pelas deixou e suas
doutrinas e pelas práticas de Protestantes q u a t r o
exilados na França em 1689. crianças
A fundadora dos shakers, Ann Lee, era filha de morreram no
um ferreiro de Manchester, Inglaterra. nascimento
Procurando uma religião mais pessoal e mais o u n a
emocional do que a igreja oficial da Inglaterra, infância.
em 1758 juntou um grupo chamado Sociedade Começou
de Wardley que tinha deixado os Quakers. porque também a ter
a versão de Wardley da adoração religiosa incluía visões; estas
movimentos do corpo, da cabeça e dos braços, s u a s
eles vieram a ser chamados "Shaking Quakers" e habilidades e carisma nato de
esta com o tempo foi encurtada para Shakers. O liderança tornaram-na líder do grupo.
nome oficial do grupo, após a imigração para a Entretanto, seu jeito não tradicional de
América, era "A Sociedade Unida de Crentes na adoração trouxe também ao grupo
Segunda Vinda de Cristo". Em seus anos mais muita perseguição. Finalmente uma
adiantados denominavam-se geralmente como das visões de Ann Lee dirigiu-a fazer
“Crentes". seguidores na América.
Ann Lee não foi muito ativa no grupo até que Eles chegaram em Nova Iorque em 6 de
vivenciou diversos eventos infelizes. Seu pai agosto de 1774 (uma data
arranjou uma união para ela com um outro comemorada mais tarde pelos
Shakers) e começaram a procurar um
lugar para estabelecer-se, fazendo
trabalhos na cidade para ganhar sua
vida. Havia outros oito no grupo,
incluindo o irmão de Ann, William.
Estes primeiros Shakers encontraram
u m l o c a l a p r o p r i a d o ,
aproximadamente oito milhas ao
noroeste de Albany e, acompanhados
por quatro outros que tinham vindo da
Inglaterra, estabeleceram-se lá em
1776.
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Primeiros anos em Albany
Nos primeiros anos, a área onde os fim de suprir as necessidades do grupo,
Shakers estavam era chamada trabalharam plantando, semeando grãos,
"Niskayuna" (Watervliet depois). Os e colhendo. Este trabalho duro teve por
primeiros anos eram difíceis, e a resultado a perda de peso e desmaios. Seu
pequena comunidade viveu em grupo aumentou, agora eram quinze, mas
circunstâncias primitivas. tiveram que dormir no assoalho de sua
A terra provou ser pantanosa e casa. Não havia nenhum descanso e
coberta com mato denso. No começo o somente alguns tinham cobertores. No
pequeno grupo trabalhou duramente outono, quando as colheitas começaram a
drenando a terra, redirecionando e amadurecer, as coisas eram melhores.
endireitando o pequeno córrego que
corria através dela e enchendo os Em 1781 Ann Lee, seguida por um fiel,
p o n t o s viajou dois anos
b a i x o s . c o m o
Aceitaram missionária por
t a m b é m N ov a I o rq u e,
c o nve r s o s , Massachusetts
como os e Connecticut.
primeiros Conver teram
n o v o s muitas pessoas,
membros e por causa de
em 1778. O seu sucesso, o
crescimento grupo cresceu e
era lento até prosperou.
1780. Retor naram
O grupo persistiu, embora um irmão para casa em 1784, onde Ann Lee morreu
do Shaker Jonathan Clark tenha dito naquele outono. James Whittaker foi
mais tarde, em 1778, que tivessem nomeado como seu sucessor.
pouco e às vezes nenhum pão, Diversas outras comunidades tinham sido
manteiga ou queijo durante a fundadas e em 1793 haviam 12
primavera e o verão. Seu alimento estabelecimentos entre Nova Iorque e Nova
principal era arroz e leite e às vezes Inglaterra. Por volta de 1800 a
iam ao rio caçar peixes. Joseph comunidade de Watervliet era composta
Preston e um outro irmão foram 87 pessoas.
pescar um dia, e Joseph tinha tanta
fome que comeu dois arenques crus. A
O início dos Estabelecimentos
Comunitários e das “Famílias" Shakers
5
Movelaria
Apesar de pregarem uma
no campo, em que
vendiam os móveis e os
consientemente do resto
do mundo. Hoje há
possa continuar a
7
Comunicação e Expressão Visual
Em fevereiro de 1999 iniciou na comunicação visual tem todo um
Universidade Federal de Santa sentido semiológico da visão
Catarina o Curso de Comunicação além das fronteiras pragmáticas.
e Expressão Visual. Este visa a Essa visão procura buscar através
formação de designers de estudos o maior grau de
especializados em novas comprometimento da idéia a ser
tecnologias de comunicação. O transferida, muitas vezes de
curso forma profissionais forma subjetiva onde conseguem
capazes de identificar despertar em seu público a
visualmente, e de forma plena, necessidade de obtenção da
qualquer instituição ou produto. informação. No centro desse olho
No entanto sua identidade visual estilizado foi substituído a íris
ainda não foi criada.. Numa por um monitor de computador,
iniciativa do Prof. Dr. Eugênio esse remetendo diretamente a
Merino, que ministra aulas na proposta do curso que tem por
cadeira de Semiótica para os objetivo formar profissionais de
graduandos deste curso, foi comunicação visual apoiados em
iniciado o processo de criação da recursos gráficos. Foram também
Logomarca do CEV. Nesta edição aplicados efeitos cromáticos no
trazemos a sugestão elaborada sentido de representar a origem
pelos alunos Cristiani S. de todas as cores, dessa forma
Bertoldo, Helen Pedroso, Marcio aplicamos tons das cores
L. Scheibel, Maximiliano Eller e pigmento primárias na
Paula R. Vanhoni. representação do olho. Outro
fator que pesou na escolha da
A LOGOMARCA logo é o fato de a mesma poder
representar com traços
A análise da logomarca deve ser simplificados, o que facilita sua
divida em algumas partes. divulgação nas mais diversas
Primeiramente representamos mídias, sem que com isso venha
com dois traços, de forma a perder sua forma original.
intuitiva, o olho humano, que na
C O M U N I C A Ç Ã O E
E X P R E S S Ã O V I S U A L
9
DESIGN O R I G E N S
A
linha. Do mesmo modo que a Alemanha o Japão ficou
fortemente danificado após a segunda guerra mundial.
A ocupação dos Estados Unidos (1945-1952) se fez
notar nos aspectos econômicos, políticos e sociais da
P
mesma maneira que aconteceu na Europa.
N
Uma pesquisa histórico-cultural interessante, seria
analisar a repercussão da técnica moderna, e com ela o
design, em um país com uma cultura milenar. A
religião, a estética e a vida cotidiana no Japão de
Ê
sempre, se viram ameaçadas após 1945. A rápida
industrialização e a abertura do país ao mercado
mundial conduziu a uma perda das formas típicas de
vida: foi o começo de uma mudança progressiva da
S
disciplina, da moral, do trabalho e da conduta social.
13
O
J a p ã o
mostrou pelo Japão
menos duas faces do
design moderno ao mundo design
nos anos 80. De um lado os
eletrônicos altamente estilizados nos
dos grandes fabricantes como Sharp,
Sony, Panasonic e outras. Estes invadiram anos 80
o mercado, mostrando claramente que o
Japão é o líder nesse campo. Do outro lado,
um grupo relativamente pequeno de arquiteto-
designers procurou chamar a atenção do mundo
num esforço de mostrar o que o Japão poderia
oferecer nas áreas de design de interior e design de
móveis. Kiro Kurakawa, Masanori Umeda, Arata
Isozaki, Shigeru Uchida, Shiro Kuramata e outros
construíram uma ponte entre o Japão e o ocidente
com seus designs progressivos para construções,
interiores e móveis. Projetando boutiques eles
ligaram-se aos designers de sucesso da moda
japonesa como Issey Miyake, Rei Kawakubo e
Yo s h i o Ya m a m o t o. Uma série de
possibilidades se abriu, enquanto as
contradições entre o Modernismo e o
Pós-modernismo foram
desaparecendo do trabalho desses
talentosos designers.
Shiro Kuramata
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Em 1981, com uma grande em design de objetos domésticos
quantidade de suas peças já em - por exemplo, tigelas de frutas de
exposição na Loja de Zeev Aram metal e madeira (1989) feitas
em Londres (uma loja de pelo Mercado Central do Japão, e
depar tamentos altamente uma pia de banheiro
c o n h e c i d a ) , Ku r a m a t a f o i transparente (1990),
convidado para participar da enigmaticamente chamada de
primeira Mostra de Memphis em "Coup de Foudre" (amor à
Milão, para a qual ele produziu p r i m e i r a v i s t a ) . Fr a s e s
"Imperial", um gabinete de três imaginativas simples como essas
peças". Esse foi seguido em 1983 eram marcas de sua habilidade
por "kyoto", uma mesa de de criar formas impressionantes,
concreto, em que peças de vidro inusitadas de restos de materiais,
colorido quebrado eram e foi nessa sua habilidade que a
incrustadas, criando uma peça originalidade de Kuramata se
de móvel decorativa e expressiva revelou.
que perfeitamente adequava-se
ao clima do dia. Nos próximos
anos ele veio a criar uma série de
cadeiras. Seus títulos, às vezes
tirados de músicas populares,
revelavam seu conteúdo poético.
De "Begin the Beguine" (1985),
uma homena gem a Josef
Hoffman, a "How High the Moon"
(1986), uma poltrona de metal
entrelaçado, e "Miss Blanche"
(1989), um assento de plexiglass
com rosas vermelhas imersas,
Kuramata explorou o material
das cadeiras e possibilidades
metafóricas enquanto mantinha
uma simplicidade inspirada
modernista (modernist-inpired).
Kuramata também se interessou
SONY
O design do
produto japonês
Corporation, e
renomeada em
Masaru Ibuka,
que adquiriu
Aventurando-
se no começo
na área de
gravadores de
fita - sem idéia
teve um papel 1 9 5 8 f o i uma empresa do que projetar
internacional particularmente c h a m a d a e um foco
importante nos inovadora e Instrumentos de exclusivo na
anos pós- influente a esse Precisão do engenharia -
g u e r r a . r e s p e i t o . Japão durante a eles lançaram o
Entretanto, a Naquela época a guerra, uniu p r i m e i r o
contribuição de S O N Y forças com modelo no
indivíduos inevitavelmente o u t r o m e r c a d o
específicos é emprestou suas empresário, japonês em
geralmente idéias básicas Akio Morita, 1950.
difícil de definir - de design do para formar o
com a exceção e x t e r i o r que iria se
de Kenji Ekuan, (primeiro dos tornar a SONY
que estabeleceu Estados Unidos Corporation.
a Empresa de e depois da
consultoria em Alemanha),
design GK para produtos
Design em 1957 n ovo s c o m o
- a maioria dos gravadores de
designs de fitas, rádios
p r o d u t o por táteis e
continuavam televisores,
a n ô n i m o s além de uma
dentro das s é r i e d e
grandes firmas. p r o d u t o s
A S O N Y altamente
Corporation interessantes.
surgiu em 1946 ORIGENS DA
como a Tokyo EMPRESA
Telecommunica
tion Engineering E m 1 9 4 6
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Entretanto, em 1954 foi dada a e uma caixa de aço em dois tons de
licença de produzir transistores no cinza. A partir desse ponto a SONY
Ja p ã o e, u m a n o d e p o i s , deixou a tecnologia e a performance
produziram seu primeiro radio de seus objetos ditar sua aparência,
transistor - o "TR-55" - que trouxe até um certo ponto. Seguindo esse
sinais definitivos de ter sido criado requisito os designers da empresa
numa prancheta, com seu design aplicaram recursos visuais
claramente derivado do conceito suficientes para deixar o produto
de estilo americano. Quando, três transmitir um alto nível de
anos depois, a empresa lançou um virtuosidade tecnológica, eficiência,
rádio transistor de bolso - dessa racionalidade, beleza, originalidade
vez de cor amarelo-limão - foi e modernidade, alcançando essas
evidente que seus designers ainda qualidades seguindo as regras do
estavam olhando fixamente na minimalismo estético e chamando a
direção dos Estados Unidos para a atenção aos pequenos detalhes.
sua inspiração.
Durante os anos 60 e 70 a SONY
Apesar de sua dependência do continuou a aplicar esses princípios
estilo estrangeiro, a SONY estava a um grande número de produtos de
começando a definir design de consumo que eram também
uma nova maneira; como um inovadores tecnologicamente; isso
encontro entre tecnologia abrangia desde o primeiro gravador
avançada e marketing. A empresa de vídeo (1964), a TV colorida
precisava de um estilo apropriado Trinitron (1968), o altamente
para representar esse encontro e sucedido Walkman (lançado no final
conseguiu durante os anos 60, no dos anos 70), a câmera sem filme
minimalismo visual e físico - uma Mavica do início dos anos 80 e a TV
combinação do minimalismo Profeel de 1987.
japonês e funcionalismo alemão.
Por exemplo, o bem sucedido "TV8- Em 1978 a empresa criou seu
301" - um dos primeiros televisores "Centro de Planejamento do
transistores, com uma tela Produto". Um centro de recursos de
miniatura de 20 cm, produzido em design que ligou o processo ao
1958 - tinha uma aparência marketing "estilo de vida". O
funcional, sem detalhes estéticos, walkman foi o primeiro resultado
dessa iniciativa, e sua integração entre produto pós-guerra se deu,
inovação, engenharia, design e essencialmente, no modo em como é
marketing do produto demonstrou a explorada a nova tecnologia para criar
nova política da SONY em ação. Foi novos tipos de produtos, com uma
uma política que colocou o design ênfase (pelo menos nos primeiros
firmemente no centro das idéias da anos) na miniaturização e
empresa, de forma que se tornou p o r t a b i l i d a d e. A " e s t é t i c a d a
impossível desunir as duas áreas. Isso economia", com suas raízes no interior
foi uma façanha, sobre a qual muitas japonês minimalista, achou seu
empresas ocidentais ainda têm muito caminho para os produtos de alta
a aprender. tecnologia, e desse modo ajudaram a
criar um novo conceito do design de
A contribuição da SONY ao design de produto moderno.
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Infodesign é o ato
O que é INFODESIGN de definir, planejar e modelar o
in
conteúdo de uma mensagem.
fo
de alcançar um objetivo particular do usuário.
si Entretanto, o design da
Informação tem um
informação.
Existe na Comunicação Visual três formas de tratar a
informação. São elas:
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Infodesign: focaliza mais especificamente a própria informação em uma
ou mais mídias. Pode compreender os aspectos de informação do desenho
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C O M U N I C A Ç Ã O E
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