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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA

Curso de Cinema - Temática em Gênero dos filmes


americanos.

ANÁLISE DO FILME : O SHOW DEVE


CONTINUAR

GABRIELA PONTES VAZ


THIAGO MOREIRA DE ABREL
RENATA LARA ALVES MARINHO
BELO HORIZONTE
2007

O show deve continuar (All that jazz)

Sobre a história do filme

A história desse filme gira em torno do personagem de Joe Gideon


(vivido pelo ótimo Roy Scheider), um diretor de cinema, teatro e
coreógrafo de musicais, que se vê num dos momentos mais estressantes de
sua vida. A história é um duelo entre a vida e a morte de Joe, sendo que o
final já é previsível, mesmo que Joe não queira entregar os pontos com
tanta facilidade, uma vez que ama o seu jeito de viver.
A obsessão pelo trabalho, suas turbulências com profissionais do
meio entre outras coisas e sua agitada vida pessoal, desregrada em muitas
doses de bebida, remédios, excessos de cigarro e vários casos amorosos o
levam a beira do abismo ou melhor dizendo para um colapso físico, que é
deflagrado por um ataque cardíaco.
Joe então se vê diante de um dilema: continuar vivo, mas sem levar a
diante, a vida agitada e estressante de antes, garantido assim a saúde do seu
coração ou seguir com seu trabalho e consequentemente com suas tensões
que podem acabar por levá-lo a morte. A morte por sua vez é representada
por uma linda mulher, que mais parece um anjo.

Sobre o filme

O show deve continuar é um dos musicais mais inovadores da


historia do cinema. Nunca num filme, realidade e ficção se misturaram com
tanta facilidade. A história do filme nada mais é do que a vida e as
obsessões de seu próprio diretor, Bob Fosse.
Fosse, já havia se destacado por Cabaret, filme considerado por
muitos como sua obra-prima. Mas é através de o Show deve continuar, que
ele consegue atingir todas as suas metas. Seja no que se refere a realidade
de sua obra, ou nos espetáculos musicais do filme, muito bem elaborados.
Depois desse filme, os musicais nunca mais seriam os mesmos.
O personagem principal Joe Gideon, é o alter ego de Fosse, um
diretor e coreógrafo, que estressado por sua vida agitada, acaba por sofrer
um a ataque do coração. O próprio Bob Fosse, morreria anos depois, pelo
mesmo motivo de Gideon. O filme se passa num período de vida, em que
Fosse dirigia ao mesmo tempo, o musical Chicago na Broadway e o filme
Lenny, estrelado por Dustin Hoffman.
Além de destacar como o diretor era obsessivo em seu trabalho, o
filme mostra como ele se relacionava com as pessoas, o jeito como as
pessoas eram tratadas, como mero objetos, tudo isso em nome da busca
desenfreada pela perfeição artística. O personagem ainda é mostrado com
um enorme apetite sexual, o que lhe rendera fama de instável com as
mulheres. Sem dúvida alguma é um personagem altamente egocêntrico,
mulherengo e que leva a vida com um humor, de tom irônico.
Em relação ao musical, é um filme enormemente bem elaborado,
Bob Fosse em sua enorme criatividade, soube mesclar o pop music com a
música clássica, alternando momentos memoráveis nessa obra. A própria
abertura do filme, mostra o personagem principal, acordando e indo tomar
banho ao som de Vivaldi. Outro momento louvável é quando Joe esta
ensaiando o seu espetáculo e em busca da perfeição exige o sobre humano
de seus alunos, no caso uma aluna em especial, que acabaria por ser tornar
uma de suas amantes. Mas o importante é como a coreografia e a música
combinam num ritmo, que deixam On Broadway, como uma das
seqüências mais apreciadas dos musicais. Nunca se esquecerá dessa cena,
onde a turma do espetáculo ensaia ao som de They say the neon lights are
bright on Broadway...
Mas sem sombra de dúvida o melhor momento do filme, fica mesmo
por conta do seu desfecho final no hospital. É lá que Joe Gideon conhecerá
o seu destino. Misturando momentos de ilusão com realidade, Gideon
parece não saber mais o que se passa em sua vida. E tentando fugir desse
momento, ou melhor do seu leito hospitalar, acaba por transformar, como
num passe de mágica, o hospital em um programa de auditório, onde o
personagem principal (o convidado do dia) era ele. E não seria menos
irônico, o lugar onde Joe estaria em seu “espetáculo”, uma cama de
hospital. E é nesse desfecho final, que se tem as ótimas coreografias e a
música Bye bye love cantada pelo interprete de Gideon. Uma atenção
especial para as dançarinas e acompanhantes da musica de Gideon, que tem
representadas em suas roupas, veias e artérias, como se fossem o corpo
humano, afinal de contas o jogo entre vida e morte acontecia para Gideon.
Um último fato a ser analisado, diz respeito as coreografias. Todas
foram elaboradas por Bob Fosse. Fosse além de diretor, era um ótimo
coreógrafo e soube sempre revolucionar em seus musicais. A dança nunca
era monótona ou repetitiva, Bob sempre buscava um novo movimento ou
algo que pudesse realçar o ambiente musical. As canções também não
deixavam por menos, todas se adaptavam perfeitamente ao momento do
filme. Cada uma transmitia a emoção que se exigia das várias cenas. E
mesmo com grandes contrastes de tipo, como o clássico e o pop, se
adaptavam de jeito, a criarem uma harmonia no ambiente musical.
Destaques para as ótimas interpretações de Roy Scheider e Jéssica
Lange (interpretando o anjo da morte) além do elenco coadjuvante e para a
excelente direção de Bob Fosse, que soube exprimir todas as emoções e
soube criar uma atmosfera ao mesmo tempo sombria e musical, mas
sempre interessante com grandes números musicais e performances
coreografadas inteligentemente.

Ficha do filme

Título Original: All That Jazz


Gênero: Musical
Tempo de Duração: 123 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1979
Estúdio: 20th Century Fox / Columbia Pictures Corporation
Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation
Direção: Bob Fosse
Roteiro: Robert Alan Aurthur e Bob Fosse
Produção: Robert Alan Aurthur
Música: Ralph Burns
Fotografia: Giuseppe Rotunno
Desenho de Produção: Philip Rosenberg
Figurino: Albert Wolsky
Edição: Alan Heim

Elenco
Roy Scheider (Joe Gideon)
Jessica Lange (Angelique)
Ann Reinking (Kate Jagger)
Leland Palmer (Audrey Paris)
Cliff Gorman (Davis Newman)
Ben Vereen (O'Connor Flood)
Erzsebet Fold (Michelle)
Michael Tolan (Dr. Ballinger)
Max Wright (Joshua Penn)
William LeMassena (Joseny Hecht)
Irene Kane (Leslie Perry)
Deborah Geffner (Victoria Porter)
Kathryn Doby (Kathryn)
Anthony Holland (Paul Dann)
Robert Hitt (Ted Christopher)
David Margulies (Larry Goldie)
John Lithgow (Lucas Sargeant)

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