Índice Big-Mac X Índice Ipod

Professora: Jani Floriano

Aluno: Alessandro Pereira Ramos
Curso: Economia 2º ano

O índice Big-Mac foi criado pela revista The Economist em 1986,para poder comparar a
paridade do poder de compra entre os países. Para isso ela utilizou-se do sanduíche que
é relativamente simples e com produtos encontrados em quase todos os países,além
disso por ser um produto perecível e com um custo baixo,sua exportação e importação é
praticamente inexistente. Se o produto é o mesmo e seu custo de produção também,a
única maneira de explicar o valor diferenciado dele entre os países seria pela valorização
ou desvalorização cambial. A base de comparação do sanduíche é feita através do
dólar,onde se o sanduíche custa mais em um país do que nos Estados Unidos, então a
moeda local está supervalorizada. Quando custa menos, a moeda local está
subvalorizada.
Existem críticas ao índice,pelo fato de que a China e outros países emergentes ou
subdesenvolvidos utilizem mão de obra barata para a produção do mesmo. Então foi
criado um índice mais refinado que calcula o tempo de trabalho necessário em minutos
para se adquirir o produto,baseado em uma basket de 14 profissões. Esse mesmo índice
foi utilizado com o Ipod,mas com o cálculo em horas de trabalho. O ipod também ganhou
um índice em 2006,produzido por uma instituição Australiana que media o valor do
produto em diversos países,o produto é produzido essencialmente na China,assim
diferenças de custo de produção,são praticamente inexistentes.
Neste ponto o destaque que o Brasil ganha,estando nas primeiras colocações do
ranking,justifica-se principalmente por uma excessiva burocracia na importação de
eletrônicos,além de outras tarifas que encarecem o transporte e frete. Isto abre
precedentes para o comércio clandestino de aparelhos de mp3 e celulares de qualidade
duvidosa,aumentando ainda mais a informalidade e reduzindo o volume de imposos
arrecadados. Enfim o indice Ipod ainda é relativamente novo e desconhecido no meio
acadêmico,mas promete ser uma alternativa promissora,quanto ao outro índice a própria
revista The Economist,admite que o Índice Big Mac, não é uma ferramenta precisa para
analisar o câmbio, isto porque fatores como preço de aluguéis e salários, influenciam no
valor do sanduíche,e no caso do Brasil que tem uma das maiores taxas de juros do
mundo,tende a pesar ainda mais na composição do mesmo.