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MANUTENÇÃO PREDITIVA DE TRANSFORMADORES:

ANÁLISE CROMATOGRÁFICA
Vinícius Oliveira Nascimento

Manutenção preditiva de transformadores: análise cromatográfica


Seminário
Departamento de Engenharia Elétrica - Universidade Federal do Espírito Santo
Cx. Postal 01-9011 - Vitória - ES - 29060-970 – BRASIL
vinicius.on@gmail.com

Resumo – Este artigo apresenta uma visão natureza do defeito, ou com o material por este
geral da técnica de análise cromatográfica atingido [1].
gasosa na manutenção preditiva de A cromatografia gasosa é uma técnica de
transformadores de potência refrigerados a análise de gás, capaz de processar pequenas
óleo. amostras com relativa sensibilidade e precisão,
constituindo-se em um instrumento importante para
I – INTRODUÇÃO identificação precoce de uma falha. A classificação
Os transformadores são elementos de dos defeitos através dos gases requer o
vital importância nas redes elétricas, tanto por conhecimento básico da química dos materiais
sua utilidade operacional, quanto pelo seu utilizados e ainda a combinação desses dados com
custo. Durante a sua operação, eles são os obtidos pela experiência prática de análise de
expostos a diferentes condições operativas, equipamentos que apresentam defeitos.
como sobrecarga, harmônicos, aquecimentos As principais falhas a considerar na geração
indevidos, vibrações mecânicas, entre outras, dos gases são:
as quais podem causar degradações em suas • Superaquecimento
condições operacionais e de isolação. Portanto, • Corona
a manutenção preditiva é desejável para • Arco
determinar suas condições mecânicas, isolantes • Eletrólise da água existente no sistema
e elétricas evitando desligamentos e operações • Reação da água contida no óleo com o ferro da
incorretas; avaliar continuamente seu estado carcaça.
operacional, aumentar a confiabilidade, Os materiais isolantes no interior dos
auxiliar no planejamento da manutenção, transformadores, quando decompostos, resultam
reduzir custos operacionais, reduzir riscos e numa mistura complexa. Dentre os seus diversos
evitar falhas catastróficas. componentes, encontram-se os seguintes gases:
Dentre as diversas atividades de OXIGÊNIO ........................................................ O2
manutenção que um transformador em NITROGÊNIO .................................................. N2
operação está sujeito, a análise de gases DIÓXIDO DE CARBONO ............................ CO2
dissolvidos em óleo é uma das mais relevantes. HIDROGÊNIO .................................................. H2
Durante a operação, o óleo mineral e METANO ........................................................ CH4
outros materiais isolantes sofrem, sob ação da MONÓXIDO DE CARBONO ........................ CO
temperatura e de tensões elétricas, processo de ETILENO ...................................................... C2H4
decomposição química, que resulta na ETANO .......................................................... C2H6
formação de gases que se dissolvem total ou ACETILENO ................................................ C2H2
parcialmente no óleo. Em condições normais Comparando a evolução dos gases
de uso essa decomposição química é lenta. dissolvidos no óleo mineral isolante, através dos
Contudo, quando o transformador é submetido resultados obtidos pela análise cromatográfica, e
a distúrbios elétricos e térmicos, o óleo estabelecendo as relações de gases de acordo com
apresenta níveis de degradação superiores critérios pré-estabelecidos, é possível identificar a
gerando como conseqüência gases a uma taxa falha incipiente que está se desenvolvendo, bem
maior que o normal. É possível relacionar a como a sua gravidade, antes que danos maiores
existência de determinados gases com a possam ocorrer ao equipamento [2].
II – MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO [4] Resumidamente este método deve ser
realizado como a seguir:
A partir da década de 50,
● proceder a análises periódicas a intervalos
principalmente no final dos anos 70,
regulares de tempo;
apareceram na literatura diversos estudos de
● calcular a taxa de geração do gás - chave da falha,
formação de gases em isolamentos de
para cada análise;
transformadores. Modelos termodinâmicos
● comparar a taxa de geração obtida com a anterior.
foram propostos para descrever a relação entre
Os valores considerados internacionalmente
o estresse de temperatura e as características
como referência para a análise da concentração de
dos gases e de acordo com este modelo, a taxa
gases dissolvidos em óleo de transformadores, são
de crescimento de cada gás produzido pode ser
apresentados na Tabela 2.1.
calculada para qualquer temperatura do óleo
isolante. A Figura 2.1 ilustra a relação entre a
temperatura do óleo e a geração de gases.

Tabela 2.1 – Valores internacionalmente considerados de


referência [ppm vol/vol] (MILASCH, 1984)

Os valores da análise no início da operação


do transformador servirão de valores de referência
Figura 2.1 – Relação entre a temperatura e geração de
gases no óleo isolante.
iniciais, com os quais são comparados os valores
obtidos nas análises posteriores, juntamente com os
Diagnóstico a partir da taxa de evolução de gás valores de referência aceitos internacionalmente.
A taxa de evolução da concentração dos
gases é considerada a indicação mais Método de Rogers
significativa no diagnóstico da análise O Método de Rogers é amplamente
cromatográfica. A evolução ou a indicativa de difundido e aplicado nos meios industriais,
defeito deve ser encontrada estudando as principalmente pela simplicidade e confiabilidade
“famílias” dos transformadores de mesmo para estabelecer diagnósticos de falhas incipientes e
fabricante e com carregamento semelhante. potenciais. Inclusive, este é o método atualmente
Como valor de referência, uma taxa de normalizado pela ABNT. Ele permite o
evolução menor que 10% ao mês é considerada acompanhamento dos parâmetros funcionais do
satisfatória, exceto para o gás acetileno, que transformador garantindo confiabilidade e
normalmente não é detectado em segurança para operação e manutenção.
transformadores operando adequadamente Utiliza as seguintes relações: CH4/H2,
(ABNT, 1982). C2H6/CH4, C2H4/C2H6 e C2H2/C2H4. O método é
A taxa de evolução é calculada segundo composto por duas tabelas: na tabela 2.2 em função
a equação abaixo: dos valores obtidos para as relações gasosas é
encontrado um código, e na tabela 2.3, através da
combinação destes códigos, é determinado o
diagnóstico da situação de operação encontrada no
transformador (ROGERS, BARRACLOUGH, et
al., 1973).
Tabela 2.2 – Especificação dos códigos do Método de
Rogers.

Tabela 2.3 – Diagnóstico de falhas do Método de Rogers.

Método previsto na NBR 7274


A norma NBR 7274 foi desenvolvida Este método é baseado nas relações
para transformadores de potência, com C2H2/C2H4, CH4/H2 e C2H4/C2H6 e utiliza duas
enrolamentos de cobre, isolados com papel, tabelas para realizar o diagnóstico da amostra em
papelão ou celulose e imersos em óleo isolante análise.
mineral, em serviço em sistemas de potência A tabela 2.4 é preenchida levando em
(ABNT, 1982). consideração as seguintes notas:
Tabela 2.4 - Diagnóstico de falhas NBR 7274 (ABNT, 1982)

a) O código utilizado para as relações é dado de sistema de preservação do óleo, a


abaixo, sendo que, para efeito de codificação, as temperatura e a qualidade do óleo.
relações com denominador igual a zero, são e) Um aumento da concentração de C2H2 pode
consideradas iguais a zero: indicar que a temperatura do ponto quente é
superior a 1000 ºC.
f) Os transformadores equipados com
comutador de tensões sob carga podem indicar
falhas do tipo 202/102 se os gases gerados pela
decomposição do óleo formados no comutador
puderem se difundir no óleo do tanque principal
do transformador.
Tabela 2.5 - Relações características entre gases (ABNT, g) Na prática podem ocorrer combinações de
1982)
relações diferentes da tabela.
b) Os valores dados para as relações devem ser Para estes casos deve-se considerar a taxa de
considerados apenas como típicos. evolução.
c) Nesta tabela a relação C2H2/C2H4 se eleva de
um valor compreendido entre 0,1 e 3 a um valor
superior a 3 e a relação C2H4/C2H6 de um valor
compreendido entre 0,1 e 3 a um valor superior
a 3 quando a intensidade da descarga aumenta.
d) Este tipo de falha é indicada normalmente
por um aumento da concentração dos gases. A
relação CH4/H2 é normalmente da ordem de 1; o
valor real superior ou inferior a unidade,
depende de numerosos fatores tais como, o tipo
III – PROCEDIMENTOS ● normalmente a tomada de amostra deve
ser realizada na válvula inferior de amostragem,
A cromatografia é um método físico-
por questões de facilidade e segurança.
químico de separação. Ela está fundamentada
Entretanto, qualquer outro lugar em que se
na migração diferencial dos componentes de
possa obter uma amostra do óleo que está em
uma mistura, que ocorre devido a diferentes
circulação na parte ativa pode ser utilizada.
interações, entre duas fases imiscíveis, a fase
Depois de coletado o óleo no
móvel e a fase estacionária. A grande variedade
transformador, precisa-se extrair os gases do
de combinações entre fases móveis e
óleo. Diversos aparelhos são utilizados, e estão
estacionárias a torna uma técnica extremamente
ilustrados na Figura 2.1. É feito um vácuo no
versátil e de grande aplicação
recipiente em que posteriormente é inserida a
(DEGANI, CASS, et al., 1998).
amostra de óleo. Os gases presentes no óleo são
A análise cromatográfica dos gases
então separados por diferença de pressão, se
dissolvidos no óleo é feita em três etapas: a
concentrando no topo do recipiente o qual
amostragem do óleo, a extração dos gases da
possui uma saída para a inserção de uma seringa
amostra de óleo e a análise dos gases extraídos
com agulha para a retirada do gás e posterior
da amostra no cromatógrafo de gases,
análise no cromatógrafo gasoso.
responsável pela identificação e quantificação
de cada gás dissolvido no óleo (ABNT, 1981;
MILASCH, 1984).

A amostragem é uma etapa muito


importante do sistema de análise. A amostra
recolhida, para ser representativa do
equipamento, deve ser proveniente do óleo de
circulação da parte ativa. As amostras devem
ser tiradas, de preferência, com o equipamento
em condições normais de operação (VIEIRA,
MATTOS, 1990), e realizada por pessoal
treinado para tal e seguindo procedimentos que
assegurem a confiabilidade das amostras. A Figura 3.1 – Aparelhagem para extração de gases (ABNT,
qualidade dos recipientes e seringas que irão 1981).
receber a amostra é fundamental: os mesmos Para identificação e quantificação dos
deverão estar rigorosamente limpos e secos. gases presentes na amostra, uma pequena
O procedimento detalhado de amostragem alíquota dos gases extraídos é então analisada
é descrito na norma NBR 7070. Algumas em um cromatógrafo. No cromatógrafo ocorrem
considerações sobre a amostragem: os processos de reconhecimento e avaliação dos
● deve ser dada atenção particular para as gases presentes na amostra. Como resultado da
precauções de segurança, particularmente no análise se obtém um cromatograma,
caso de amostragem em equipamento exemplificado na Figura 3.3.
energizado. As unidades fundamentais de um
● a seringa de vidro com torneira de três cromatógrafo, apresentadas na Figura 3.2, são:
vias é o recipiente ideal para coleta da amostra; 1 - gás de transporte e controle de fluxo;
● para enchimento da seringa deve-se 2 - injetor (vaporizador) de amostra;
aproveitar a própria pressão da coluna de óleo 3 - coluna cromatográfica e forno da coluna;
do transformador. 4 - detector;
● deve-se evitar puxar o êmbolo da 5 - eletrônica de tratamento (amplificação) de
seringa, durante a amostragem, pois, este sinal;
procedimento pode provocar uma diminuição 6 - registro de sinal (registrador ou
da pressão interna da mesma, podendo provocar computador).
a defasagem parcial do óleo, tornando a amostra
não mais representativa do óleo em circulação
no transformador.
IV – NOVAS TECNOLOGIAS

A análise cromatográfica gasosa do óleo


isolante é uma ferramenta importante e
consolidada no que tange à manutenção
preditiva de transformadores. Entretanto, a
cromatografia gasosa feita em laboratório tem
dois inconvenientes: a distância entre o ponto
de coleta da amostra e o laboratório, e o período
de amostragem (CAVACO, 2003).
Como a técnica tradicional apresenta
apenas um status da condição do óleo no
momento da análise, mudanças significativas
Figura 3.2 – Esquemático de um sistema de análise
nos gases do transformador entre os intervalos
cromatográfica. (CHEMKEYS, 2004) de análise podem não ser detectadas. [4]
A cromatografia em fase gasosa ou
cromatografia de gás emprega como fase móvel
um gás quimicamente inerte (gás de arraste) que
flui juntamente com a amostra através da coluna
de separação. Os diversos componentes da
amostra fluem com velocidades diferentes pela
coluna e dessa forma são separados entre si.
Após a coluna, o gás de arraste e os Figura 3.4 - DGA - Método tradicional.
componentes separados vão ao detector que é
ligado à coluna. O detector capta a concentração O recente surgimento da tecnologia de
dos diversos componentes de acordo com que monitoramento on-line da análise dos gases
eles vão saindo da coluna e registra, em forma dissolvidos em óleo (DGA) elimina os
de picos como o apresentado na Figura 4, o inconvenientes citados anteriormente. Porém
sinal elétrico proporcional à cada componente atualmente os sistemas de DGA in-loco ainda
analisado. O integrador calcula a área do sinal e possuem um elevado custo, não sendo
dá a concentração de cada gás. justificável o uso em determinadas situações.

Figura 3.5 - DGA – Método on-line.

Para a redução do custo do


monitoramento on-line, existem propostas de
monitoramento remoto da concentração de
gases dissolvidos em óleo isolante através da
utilização de um único sistema de medição,
aplicado em múltiplos transformadores[4].
Figura 3.3 – Pico das concentrações de um
cromatograma.
CONCLUSÃO
A análise cromatográfica dos
gases dissolvidos em óleo isolante de
um transformador de potência fornece
um diagnóstico preditivo de fundamental
importância para o monitoramento de
parâmetros funcionais de um
transformador. Com ela, a Engenharia
de Manutenção pode planejar e
coordenar com mais eficiência as
equipes e procedimentos de
manutenção. As equipes de
manutenção e operação podem
antecipadamente conhecer os
potenciais problemas do transformador
e tomar as ações cabíveis para
assegurar as instalações, pessoas e
processos de futuros problemas que
possam vir a acontecer.
Foram apresentados conceitos
básicos sobre a análise cromatográfica,
os procedimentos e equipamentos para
sua realização e métodos ratificados pr
norma para análise dos dados obtidos
por intermédio da mesma.
Novas tecnologias de
monitoramento on-line com base nesta
tradicional ferramenta reduzem
consideravelmente suas desvantagens.

REFERÊNCIAS
[1] A.B.N.T. – NBR 7070. Guia para
amostragem de gases e óleo em
transformadores e análise dos gases livres
e dissolvidos. 12/1981
[2] Nogueira, L. P. Diagnose de
Equipamentos Elétricos para Manutenção
Preditiva. 2006. 47p. Projeto de Graduação
em Engenharia Elétrica, Ufes, Vitória,
2006.
[3] A.B.N.T. – NBR 7274.
Interpretação da análise dos gases de
transformadores em serviço. 04/1982
[4] Cardoso, P.M.. Adaptação de um
sistema de medição de gases dissolvidos
em óleo mineral isolante para monitoração
de múltiplos transformadores de potência.
2005. 123p. Dissertação (Mestrado em
Metrologia) - Programa de Pós-Graduação
em Metrologia Científica e Industrial,
UFSC, Florianópolis, 2005.

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