Вы находитесь на странице: 1из 2

Padre Antonio Vieira

O P. Antonio Vieira, "imperador da língua portuguesa", como lhe chamou Fernando


Pessoa, nasceu em Lisboa, a 6 de Fevereiro de 1608 e faleceu na Baía, a 18 de Julho de
1697. Apenas com seis anos de idade, partiu com a família para o Brasil, tendo
frequentado o colégio dos jesuítas na Bahia. Na mesma cidade, em 1623, ingressou na
Companhia de Jesus, sendo ordenado sacerdote em 1635.
Em 1641, embarcou para Lisboa incorporado na embaixada que ia prestar homenagem a
D. João IV com quem depressa estabeleceu laços de estreita amizade.
O monarca encarregou-o de missões diplomáticas na Holanda, França e Itália em defesa
da restauração da independência portuguesa e, em 1644, nomeou-o pregador régio. Nos
seus sermões, o P. Vieira aplicou à sociedade de então, com exigência e grande coragem, os
princípios do Evangelho e não se cansou de exortar os portugueses a perseverarem na luta
contra o domínio estrangeiro. Face à difícil situação econômica do País, empenhou-se em
defender os judeus e cristãos-novos cujas capacidades e recursos queria empregar no
desenvolvimento de Portugal. Por sua iniciativa, foi criada, em 1649, a Companhia Geral
do Comércio do Brasil com o capital dos cristãos- novos, isento de confiscação.
Em 1652, regressou ao Brasil onde desenvolveu uma intensa atividade missionária no
Maranhão e Pará. O seu empenho em favor da liberdade dos índios valeu-lhe o apelido de
Paiaçu, isto é, "Pai Grande" mas, ao mesmo tempo, trouxe-lhe a oposição violenta dos
colonos portugueses. Resolveu, então, ir informar pessoalmente o rei e embarcou para
Lisboa, a 14 de Junho de 1654. Na véspera, festa de Sto. Antonio, pregou em S. Luís do
Maranhão, o célebre "Sermão aos peixes", em que denunciou os cativeiros injustos dos
índios. Em Lisboa, foi bem acolhido na corte e regressou ao Brasil com uma lei tão
favorável aos índios que provocou a ira dos colonos que o obrigaram a regressar à Europa,
em 1661. Nessa estada em Portugal, viu-se perseguido pela Inquisição que o manteve sob
custódia, em Coimbra, durante dois anos, submetendo-o a um processo em que foi acusado
de judaísmo e erros contra a fé. Em sua defesa, apresentou vários escritos em que expunha
os princípios da sua doutrina milenarista.
Livre do processo inquisitorial, partiu, em 1669, para Roma onde a fama de orador o
levou a ser nomeado pregador da rainha Cristina da Suécia. Ainda em Itália, conseguiu do
papa Clemente X um breve que o isentava da jurisdição da Inquisição portuguesa.
Regressado a Portugal em 1675, começou a preparar os seus sermões para a imprensa,
trabalho que prosseguiu no Brasil, a partir de 1681. Continuou, ao mesmo tempo, a redação
da Clavis prophetarum, obra em latim que deixou inacabada e em que apresenta
desenvolvidamente as suas concepções milenaristas e messiânicas. Entre as suas obras,
incluem-se também cerca de 700 cartas de grande riqueza literária e histórica.

Livros De Vieira:
Sermões - Coletânea da Editora Núcleo

Cartas - Livraria Clássica, Coimbra

Obras Escolhidas - Editora Sá da Costa, Lisboa


Defesa perante o Tribunal do Santo Ofício - Livraria Progresso, Bahia

Apologia das Coisas Profetizadas - Editora Cotovia, Lisboa

Livro Anteprimeiro da História do Futuro - Biblioteca nacional, Lisboa

História do futuro - Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa

Escritos Instrumentais Sobre os Indios -Ed. Giordano/Loyola

Sermões:
SERMÃO DA TERCEIRA QUARTA-FEIRA DA QUARESMA
Na capela Real em 1669
Assunto: um remédio para os males de todas as cortes do mundo: a consolação dos mal
despachados, baseando-se no pedido deferido da mãe dos Zebedeus.

SERMÃO DA SEXAGÉSIMA
Pregado na Capela Real em 1655
Este sermão pregou o Autor no ano de 1655, vindo da Missão do Maranhão, onde achou as
dificuldades que nele se apontam, as quais vencidas, com novas ordens reais voltou logo
para a mesma Missão.

SERMÃO DE QUARTA FEIRA DE CINZA


Em Roma na Igreja de S. Antônio dos Portugueses, ano de 1670.

SERMÃO DO SANTISSIMO SACRAMENTO


Exposto na lgreja de S. Lourenço In Damaso, nos dias do Carnaval. Em Roma. Ano de
1674. Traduzido do Italiano.

SERMÃO DO NASCIMENTO DA VIRGEM MARIA


Debaixo da invocação de N. Senhora da Luz, título da Igreja e Colégio da Companhia de
Jesus, na cidade de S. Luiz do Maranhão, ano de 1657.

SERMÃO DE SANTO INÁCIO


Fundador da Companhia de Jesus
Em Lisboa, no Real Colégio de S. Antão. Ano 1669.

SERMÃO DO TERCEIRO DOMINGO DA QUARESMA


Na capela Real. Ano 1655.

SERMÃO DA QUINTA QUINTA-FEIRA DA QUARESMA


Na misericórdia de Lisboa, ano de 1669

Вам также может понравиться