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FONTE TRT 8
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Relato Inicial
Este trabalho tem como tema se demonstrar a necessidade de se valorizar os serviços jurisdicionais e dos
servidores lotados nas Varas do Trabalho do TRT da 8ª Região, diante da realidade vivenciada em suas rotinas
de trabalho. No momento a avaliação é de caráter empírico, nos sentido da vivência pessoal da organização e
por análise de fatos e dados que se traduzirão na real situação da organização, ou seja, diagnóstico
organizacional (visão situacional), com os principais pontos críticos delimitados.
Para um Planejamento Estratégico que leve a atuação da Justiça do Trabalho da 8ª Região a um futuro
promissor, é vital que se deva pensar e agir de forma coletiva, para gerar credibilidade e comprometimentos
dos agentes.
Visando a qualidade no setor público, é importante se reconhecer o desempenho de seus órgãos, incentivando
as práticas vitoriosas e atuando nas deficiências, portanto se deve verificar a satisfação do pessoal interno, pois
sem um autoconhecimento, a organização será incapaz de estabelecer metas para o usuário externo.
O trabalho aqui apresentado é fruto de nossa atuação judicante desde 1993, diante de atuação em Belém e em
diversas Varas fora da sede, a experiência de se instalar uma Vara nesta cidade em 1994/1995, a Presidência da
2ª de Macapá de 1995 a 1997, em Abaetetuba de 1995 a 2002 e a partir de junho do corrente ano na 10ª Vara
de Belém.
Nossa posição
Qualquer que seja o tipo de organização, todas devem buscar a qualidade e isto deve ser realizado com a
participação e contribuição de todos os funcionários, não interessando o seu nível de atuação.
A fiscalização dos órgãos jurisdicionais de primeiro grau ocorre mediante reclamação correicional dos usuários,
de ofício pelo TRT, pela visita correicional ordinária anual e pelo controle das decisões pelos diversos órgãos
colegiados do Tribunal.
Não há atualmente qualquer critério na avaliação pela Corregedoria, posto que a cada novo Juiz Corregedor
novos métodos são introduzidos, sendo certo que muitos deles não são seguidos por quem lhe substituir o que
gera insegurança jurídica procedimental dos magistrados, dos servidores e dos advogados.
Ainda, as determinações da Corregedoria são monocráticas, o que o não compromisso pelos demais setores do
estipulado, logo se as mesmas fossem discutidas e deliberadas pelo colegiado o problema seria sanado.
Portanto, é fundamental o estabelecimento de regras procedimentais perenes, a fim de dotar o corpo funcional
de estabilidade e segurança.
Ora, sendo fundamento básico do programa gerar benefícios para todas as instâncias da sociedade, aos
cidadãos, propiciar melhor qualidade de vida; assegurar infraestrutura necessária ao seu funcionamento e
desenvolvimento; aos 2 servidores públicos, proporcionar melhores condições de trabalho, assim como
oportunidades de participação e reconhecimento; e, aos órgãos públicos, possibilitar o resgate de sua
legitimidade perante a sociedade, se torna imprescindível dotar a comunidade interna de mecanismos
necessários a tais tarefas.
1. Má distribuição do corpo funcional, posto que as maiorias dos servidores e das funções
comissionadas estão lotadas na área meio em detrimento da área fim.
2. Fraca informatização nas Varas de fora da sede, com dificuldade de acesso a rede mundial de
computadores, equipamentos inadequados ao serviço, má distribuição dos mesmos e suporte e
manutenção inadequados e centralizados.
3. Infraestrutura precária, com espaço físico inadequado, desconfortável, não atendendo as regras
ergométricas, o que gera graves problemas de saúde.
4. Centralização administrativa, posto que os juízes de fora da sede pouco ou quase nada podem
decidir e opinar na gestão administrativa, afora a mobilidade financeira necessária.
5. Escassez no planejamento de se sensibilizar, educar e treinar os órgãos de primeiro grau,
gerando falta de motivação na carreira e falta de expectativa de crescimento profissional.
Outro ponto que merece destaque é a inexistente participação dos órgãos de primeiro grau na gestão
administrativa e orçamentária, pelo que se deveria oportunizar que todos pudessem opinar e sugerir nesses
campos e fora as vedações 3 legais ou verbas vinculadas, a disponibilidade discricionária da administração seria
àquela decidida pela maioria.
A sociedade em regra geral desconhece as práticas bem sucedidas do primeiro grau, logo se deve disponibilizar
pelos meios de comunicação interno e externo as mesmas, pois restrita a atuação da administração do TRT.
Com efeito, sem que sejam alteradas as deficiências estruturais, de pessoal, de treinamento da comunidade
interna, a aplicação do programa de qualidade para o usuário externo será sempre deficiente.
Desta forma, se não valorizarmos o servidor, aqui incluindo os magistrados, dotando-os de adequada
infraestrutura, suporte de pessoal compatível com a função, melhoria no maquinário, adequação dos
equipamentos ao serviço, informatização completa dos órgãos de primeiro, será apenas uma ilusão ou apenas
marketing institucional na melhoria do atendimento do público externo e na efetiva eficiência dos serviços
jurisdicionais.
Os artigos apresentados não representam necessariamente a opinião do CNJ ou do DGE, e são publicados para
promover o debate e conhecimento científicos.