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Biologia
Citologia
Introdução ............................................................... 3
I - Bioquímica Celular .............................................. 3
1 - Composição Química da Célula .................... 3
M1
RICARDO LUIZ PRATA PONTES
Anotações
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CITOLOGIA
INTRODUÇÃO
A Citologia (gr: KYTOS = célula; LOGOS = sobrevivência.
estudo) é a parte da Biologia que estuda a célula em Nos organismos unicelulares, a única célula
todos os seus aspectos: bioquímico, morfológico e presente realiza todas as funções necessárias à
funcional. A célula é considerada a unidade fundamen- manutenção da vida, enquanto as várias células
tal dos seres vivos, com exceção dos vírus, que são dos organismos pluricelulares apresentam
organismos acelulares, ou seja, não são constituídos diferentes formas adaptadas ao desempenho das
por células, mas dependem delas para sua mais variadas funções.
I - BIOQUÍMICA CELULAR
É o estudo da composição química da célula. citados formam as mais diversas substâncias, que
Os elementos químicos predominantes na matéria viva reagem entre si através de um conjunto de processos
são carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, que químicos. Ao conjunto de reações químicas que ocorrem
representam cerca de 95% dos elementos encontrados em um organismo vivo denominamos metabolismo.
no interior da célula. Os outros 5% se distribuem entre As substâncias químicas presentes nas células
elementos como sódio, potássio, cloro, cálcio, ferro, podem ser divididas em dois grandes grupos:
magnésio, enxofre, fósforo e outros. Os elementos substâncias inorgânicas e substâncias orgânicas.
1 - COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA
SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS
Água Carboidratos
Sais Minerais Proteínas
Lípides
Ácidos Nucléicos
Vitaminas
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- Atua como regulador térmico nos animais homeotermos, animais que mantêm a temperatura do corpo
constante, independente da temperatura ambiental. A evaporação da água na superfície da pele retira o
excesso de calor do corpo, favorecendo a manutenção da temperatura.
- Atua como regulador ácido-básico, mantendo o pH mais ou menos constante. A concentração hidrogeniônica
[H+] varia muito pouco nas reações que ocorrem em meio aquoso, favorecendo, assim, a manutenção do pH.
- Atua como veículo de substâncias (oxigênio, gás carbônico, nutrientes, excretas, etc.) que atravessam as
membranas celulares, mantendo um intercâmbio entre os meios intracelular e extracelular. O estado de equilíbrio
estabelecido através da água é denominado equilíbrio osmótico.
- Atua com lubrificante, exercendo importantíssimo papel na diminuição do atrito nas articulações e entre os órgãos.
SAIS MINERAIS
Desempenham as mais variadas funções no interior das células, sendo muito importantes para o perfeito
funcionamento celular. Os sais minerais são encontrados nos organismos vivos sob duas formas de ocorrência:
insolúvel e solúvel.
a) Forma Insolúvel: Nessa forma, os sais minerais se apresentam como componentes da estrutura
esquelética. Os sais insolúveis são também denominados cristalinos e apresentam como importante
representante o fosfato de cálcio, presente nos ossos e dentes.
b) Forma Solúvel: Nessa forma, os sais minerais se apresentam dissolvidos em água e, assim, dissociados
em íons. Os sais solúveis são também denominados íons minerais, exercendo importantes papéis no
metabolismo. O quadro representado a seguir indica os principais íons minerais presentes nos organismos
vivos e o seu papel biológico.
ÍONS MINERAIS
PAPEL BIOLÓGICO
(SAIS MINERAIS SOLÚVEIS)
Sódio (Na+) Aumentam a permeabilidade das membranas celulares, desempenhando
importante papel na manutenção do equilíbrio osmótico celular. Relacionam-
e se também à condução dos impulsos nervosos. A concentração de Na+ é
Potássio (K+) maior no meio extracelular, enquanto a concentração de K+ é maior no
meio intracelular.
Participa dos processos de contração muscular e coagulação do sangue.
Cálcio (Ca++)
Atua sobre a permeabilidade das membranas celulares.
Cloro (Cl–) É essencial à formação do ácido clorídrico, no estômago.
Iodo (I–) Faz parte dos hormônios da tireóide, glândula relacionada ao controle
metabólico geral. A carência de iodo na alimentação pode provocar o bócio,
comum em certas regiões interioranas (bócio endêmico).
Faz parte da molécula de hemoglobina, pigmento vermelho presente no
interior das hemácias do sangue com função de realizar o transporte de
Ferro (Fe++) gases respiratórios. Faz parte das moléculas de citocromos, que são
transportadores de elétrons e que participam dos processos de fotossíntese
e respiração celular.
Magnésio (Mg++) Faz parte da molécula de clorofila, pigmento verde capaz de absorver a
energia luminosa para a realização da fotossíntese.
Fosfato (PO4– – –) Faz parte dos nucleotídeos, unidades formadoras dos ácidos nucléicos.
Faz parte da molécula de ATP, que se relaciona à transferência de energia
nas células.
Cobalto (Co++) Faz parte da molécula de vitamina B12 (Cianocobalamina), essencial ao
crescimento, formação e amadurecimento das hemácias do sangue.
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c) Polissacarídeos: São açúcares hidrolisáveis formados pela união de várias moléculas de monossacarídeos.
Os principais polissacarídeos são:
Amido - Formado pela união de várias moléculas de glicose, constitui a reserva energética dos vegetais.
Encontra-se armazenado em grandes proporções em raízes tuberosas como a mandioca e caules tubérculos
como a batata inglesa. A hidrólise total do amido forma moléculas de glicose, enquanto a hidrólise parcial
produz moléculas de maltose.
Glicogênio - Formado pela união de várias moléculas de glicose, constitui a reserva energética dos
animais. Encontra-se armazenado sobretudo no fígado e nos músculos. A hidrólise total do glicogênio
forma moléculas de glicose, enquanto a hidrólise parcial produz moléculas de maltose.
Celulose - Formada pela união de várias moléculas de glicose, constitui um importante polissacarídeo com
função estrutural. É o principal componente da parede celular dos vegetais. A hidrólise total da celulose
forma moléculas de glicose, enquanto a hidrólise parcial produz moléculas de celobiose.
PRINCIPAIS CARBOIDRATOS
CARBOIDRATO CONSTITUÍDO POR OCORRÊNCIA FUNÇÃO
PENTOSES
Ribose - RNA Estrutural
Desoxirribose - DNA Estrutural
MONOSSACARÍDEOS HEXOSE
Glicose - Sangue, Mel Energética
Frutose - Frutas Energética
Galactose - Leite Energética
Maltose Glicose + Glicose Batata, Pão Energética
Sacarose Glicose + Frutose Cana-de-açúcar Energética
DISSACARÍDEOS Lactose Glicose + Galactose Leite Energética
Celobiose Glicose + Glicose Células Vegetais Estrutural
Amido Várias Glicoses Vegetais Reserva Ener-
gética Vegetal
POLISSACARÍDEOS Glicogênio Várias Glicoses Animais Reserva Ener-
gética Animal
Celulose Várias Glicoses Paredes Celula- Estrutural
res Vegetais
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PROTEÍNAS
São as mais abundantes substâncias orgânicas dos seres vivos, sendo definidas como polímeros de
aminoácidos. Assim, os aminoácidos são as unidades formadoras das proteínas.
Estrutura de um aminoácido
Os aminoácidos são classificados em naturais e essenciais. Aminoácidos naturais são aqueles que podem
ser sintetizados pelos animais e vegetais, enquanto Aminoácidos essenciais só podem ser sintetizados
pelos vegetais, sendo obtidos pelos animais através da alimentação. Assim, percebemos que os vegetais são
capazes, ao contrário dos animais, de produzir todos os aminoácidos de que necessitam para a síntese de
suas proteínas.
Ligação Peptídica
É o tipo de ligação que une os aminoácidos. Ocorre entre o grupo ácido de um aminoácido e o grupo amina
de outro aminoácido com liberação de uma molécula de água.
Cadeias formadas de aminoácidos são chamadas PEPTÍDEOS. Falamos em DIPEPTÍDEO quando o composto
apresenta dois aminoácidos unidos por uma ligação peptídica. Se o composto é formado pela união de três
aminoácidos, temos um TRIPEPTÍDEO.
Um maior número de aminoácidos unidos por ligações peptídicas forma um POLIPEPTÍDEO. O número de
aminoácidos necessários à formação de uma proteína é muito divergente entre os autores. É certo que uma
proteína é um polipeptídeo formado pela união de grande número de aminoácidos (alguns autores falam em
mais de cinqüenta, outros em mais de cem aminoácidos). Assim, toda proteína é um polipeptídeo, mas nem
todo polipeptídeo é uma proteína.
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O número de ligações peptídicas é sempre igual ao número de aminoácidos menos um, enquanto o número
de moléculas de água liberadas durante a síntese é sempre igual ao número de ligações peptídicas.
Quando uma proteína é submetida a altas temperaturas e a variações de pH, ocorre a sua desnaturação .
A desnaturação é a perda total ou parcial das propriedades de uma proteína devido a modificações em sua
estrutura.
b) Proteínas Conjugadas
Constituídas por aminoácidos associados a uma outra substância de natureza não protéica denominada
grupo prostético. Veja alguns exemplos.
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ENZIMAS
São biocatalisadores orgânicos de natureza protéica. O papel básico de uma enzima é diminuir a energia de
ativação, aumentando, assim, a velocidade das reações químicas. Entende-se por energia de ativação a
energia necessária para produzir a colisão intermolecu-
Substrato Enzima
lar necessária para desencadear uma reação química.
Denomina-se substrato a substância que sofre ação
da enzima, enquanto centro ativo ou sítio ativo é a + +
parte da enzima que se liga ao substrato.
Observe o mecanismo de ação enzimática
representado ao lado. A partir dele podemos entender Enzima Complexo Produto
claramente algumas propriedades das enzimas. Enzima-Substrato
(Complexo ativado)
SUBSTRATO ENZIMA
Lípide Lipase
Amido Amilase
No entanto, observamos que alguns nomes de enzimas não apresentam
Maltose Maltase a terminação ASE, como ocorre com a pepsina, tripsina, etc.
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b) Concentração da Enzima
Desde que haja substrato disponível, o aumento da concentração da x
enzima leva a um aumento da velocidade da reação. Velocidade
da Reação
Observa-se que a partir do ponto X, mesmo que a concentração da
enzima seja aumentada, a velocidade da reação permanece constante.
O ponto Y representa a concentração ótima de enzima, já que a velocidade
da reação é máxima nesse ponto. A partir do ponto X, é possível que não y Concentração
exista substrato suficiente para a grande concentração de enzima. de Enzima
c) Temperatura
As enzimas exigem uma temperatura ótima, na qual a velocidade da
reação seja máxima. Quando submetidas a valores de temperatura muito X
Velocidade
elevados, as enzimas sofrem desnaturação. da Reação
d) pH
As enzimas exigem um pH ótimo, no qual a velocidade da reação seja
máxima. Acima ou abaixo do seu pH ótimo, as enzimas diminuem X
Velocidade
gradativamente a sua atividade e tendem a desnaturar-se. da Reação
Observa-se que no ponto X a velocidade da reação é máxima. O ponto Y
representa o pH ótimo para a atuação da enzima.
A amilase salivar, enzima que inicia a digestão do amido na boca, atinge
o máximo de atividade em pH 7, enquanto a pepsina, enzima que inicia Y pH
a digestão das proteínas no estômago, atinge o máximo de atividade
em pH 2.
LÍPIDES
Também conhecidos por lipídeos, são substâncias orgânicas insolúveis em água e solúveis em solventes
orgânicos como clorofórmio, benzina e álcool. Não existe um conceito unificado para os lípides, mas a maioria são
ésteres de ácido graxo e álcool. Os ésteres são substâncias resultantes da reação entre um ácido e um álcool.
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b) Lípides Conjugados
Constituídos por ácido graxo, álcool e uma outra substância. Os exemplos mais importantes são os
fosfolípides, que apresentam radicais fosfato, e os esfingolípides, que apresentam nitrogênio. Os fosfolípides
são importantes por entrarem na constituição das membranas celulares, enquanto os esfingolípides são abundantes
no tecido nervoso, estando relacionados ao aumento da velocidade de condução do impulso nervoso.
c) Lípides Esteróides
Apresentam estrutura química muito diferente dos demais lípides, fato que exige uma classificação à parte
para o seu caso. Os principais esteróides são o colesterol e os hormônios sexuais (testosterona no homem,
e progesterona na mulher). O colesterol é o precursor dos demais esteróides e o seu excesso pode ser
nocivo à saúde, em função do seu acúmulo nas paredes internas dos vasos sangüíneos, dificultando a
circulação do sangue.
As principais funções dos lípides são:
a) Reserva Energética
Quando degradados, os lípides fornecem mais energia que os carboidratos. No entanto, os carboidratos representam
as principais fontes de energia para o organismo, pelo fato de serem degradados antes dos lípides.
b) Isolante Térmico
Nas aves e nos mamíferos, as gorduras acumulam-se no tecido adiposo, sob a pele, formando uma camada
que dificulta a perda excessiva de calor para o ambiente. Em animais que vivem em clima frio, essa camada
é muito mais desenvolvida.
c) Amortecedores
A proteção mecânica contra choques é desempenhada pelos lípides.
d) Estrutural
Os lípides participam da formação das membranas celulares e dão forma ao corpo.
e) Impermeabilizantes
As ceras exercem papel impermeabilizante em superfícies sujeitas à desidratação. A camada de cera é
muito desenvolvida em certas folhas e frutos e pode ser produzida por certos insetos, como as abelhas.
ÁCIDOS NUCLÉICOS
São definidos como polinucleotídeos ligados em cadeia. Por controlarem a atividade celular, são considerados
as “moléculas mestras” dos seres vivos. Normalmente, encontram-se associados às proteínas, das quais
constituem grupos prostéticos. Tais proteínas são denominadas nucleoproteínas.
Existem dois tipos de ácidos nucléicos: ácido desoxirribonucléico (ADN ou DNA) e ácido ribonucléico (ARN ou RNA).
Nucleotídeos
São as unidades formadoras dos ácidos nucléicos. Cada nucleotídeo é formado por:
a) Uma molécula de ácido fosfórico
b) Uma molécula de pentose
c) Uma molécula de base nitrogenada
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Existem dois tipos de pentoses que entram na constituição dos nucleotídeos: ribose, encontrada nos
nucleotídeos do RNA e desoxirribose, encontrada nos nucleotídeos do DNA.
O H O H
H C OH OH H C OH
OH
C C C C
H H H H
H H H H
C C C C
OH OH H HO
OH
Ribose Desoxirribose
C5H10O5 (C5H10O4)
As bases nitrogenadas que entram na constituição dos nucleotídeos podem ser de dois tipos: púricas formadas
por dois anéis de átomos de carbono e nitrogênio e pirimídicas, formadas por um anel de átomos de carbono
e nitrogênio.
ADENINA (A) A G
BASES NITROGENADAS PÚRICAS GUANINA (G)
Adenina Guanina
As bases nitrogenadas púricas são comuns ao DNA e ao RNA
Guanina Guanina
Nucleotídeo Nucleotídeo
Desoxirribose
Citosina Citosina
Nucleotídeo Nucleotídeo
Nucleosídeo
Composto formado por uma pentose unida a uma base nitrogenada
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Adenosina é um nucleosídeo de grande importância, formada por uma ribose unida à base nitrogenada
adenina. Muitas vezes, a adenosina se apresenta unida a três radicais fosfato, formando um nucleotídeo de
grande interesse biológico: o ATP (trifosfato de adenosina).
Adenina
Ribose Fosfato
P ~P~P
Fosfato Fosfato
Adenosina A ligação ~ significa LIGAÇÃO ALTAMENTE ENERGÉTICA
A Molécula de ATP
Formação de um Polinucleotídeo
A união de vários nucleotídeos forma um polinucleotídeo. O ácido fosfórico de um
nucleotídeo se liga à pentose de outro, e assim por diante na formação do ácido
nucléico.
Polinucleotídeo
guanina (G)
- Bases nitrogenadas
citosina (C)
pirimídicas
timina (T)
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T A
A T
C G
A T
“degraus” organizados
por pares de bases
nitrogenadas. T A
“corrimão” formado G C
por grupos fosfóricos
e pentoses
T A
A T
Localização do DNA
O DNA está presente principalmente no núcleo das células, fazendo parte, juntamente com as proteínas, da
estrutura dos cromossomos. Pode ser também encontrado no interior de cloroplastos e mitocôndrias, presentes
no citoplasma de certos tipos celulares.
Reação de Feulgen
Consiste em um método de coloração que identifica o DNA. Utilizando-se o reagente de Feulgen na presença
do DNA, a reação torna-se positiva. Assim, dizemos que o DNA é Feulgen positivo.
Funções do DNA
O DNA é o responsável pela determinação das características hereditárias, além de comandar o funcionamento
celular e promover a síntese do RNA.
Autoduplicação do DNA
É o processo de formação de duas moléculas-filhas de DNA a partir de uma molécula-mãe. As duas moléculas-
filhas são idênticas entre si e à molécula-mãe. A autoduplicação do DNA pode ser dividida em duas etapas:
- Primeira Etapa - Rompimento das pontes de hidrogênio que unem as bases nitrogenadas da molécula-
mãe. Dessa forma, ocorre a separação das duas hélices que compõem a molécula-mãe de DNA.
- Segunda Etapa - Nucleotídeos livres (que já se encontram no interior da célula) se ligam aos nucleotídeos
das hélices separadas de forma altamente específica, ou seja, adenina só se liga à timina e guanina só se
liga à citosina. Nessa etapa, ocorre a atuação da enzima DNA polimerase ou DNA sintetase, que catalisa
a formação das hélices complementares. O resultado desse processo é a formação de duas novas moléculas
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molécula-mãe cujas cadeia “a” cadeia “b” cadeia “a” cadeia nova. cadeia nova cadeia “b”
hélices vão se separar
separação das hélices
da molécula-mãe e duas moléculas filhas de DNA
formação das hélices
complementares.
Observe que, em cada nova molécula de DNA formada, há um filamento antigo que pertencia à molécula-
mãe e um filamento novo formado através do processo de complementação de bases. Diz-se que a molécula
de DNA apresenta uma autoduplicação semiconservativa, já que cada molécula-filha conserva metade
da molécula-mãe.
b) Ácido Ribonucléico (RNA)
A molécula de RNA é constituída por uma única cadeia de nucleotídeos (fita simples). Os nucleotídeos de
RNA apresentam:
- Ácido fosfórico
C
- Pentose - ribose adenina (A)
G
púricas
guanina (G)
U
- Bases nitrogenadas
G
citosina (C)
pirimídicas
U
uracila (U)
A
Estrutura do RNA
Localização do RNA
O RNA está presente no núcleo das células, livre no citoplasma, no interior de cloroplastos e mitocôndrias e
fazendo parte da estrutura dos ribossomos.
Reação de Feulgen
O RNA é Feulgen negativo, porque a reação de Feulgen torna-se negativa na presença do RNA.
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Função do RNA
Transportando informação genética do DNA que o formou, o RNA participa diretamente do processo de síntese
protéica.
Formação do RNA
Transcrição - Transcrição é o processo de formação do RNA a partir do DNA. A transcrição pode ser dividida
em duas etapas:
• Primeira Etapa - Rompimento das pontes de hidrogênio que unem as bases nitrogenadas da molécula-
mãe de DNA. Dessa forma, ocorre a separação das duas hélices.
• Segunda Etapa - Apenas uma das hélices da molécula-mãe de DNA funciona como molde para a síntese
do RNA. Assim, a molécula de RNA a ser formada terá uma fita simples, diferentemente da molécula de
DNA, que possui fita dupla. A hélice do DNA que serve de molde para a síntese do RNA denomina-se
hélice ativa. Nessa etapa, o pareamento de bases nitrogenadas ocorre da seguinte maneira:
VITAMINAS
São compostos orgânicos exigidos em doses muito pequenas pelos organismos e que atuam como reguladores
biológicos na maioria das reações metabólicas. A maior parte das vitaminas atuam como coenzimas, ativando
enzimas importantes para o metabolismo.
Uma dieta variada pode fornecer as vitaminas exigidas pelo organismo, em função da larga distribuição desses
compostos em muitos tipos de alimentos.
Avitaminose se refere a uma carência total de determinada vitamina, enquanto hipovitaminose representa
uma carência vitamínica parcial.
Algumas vitaminas são encontradas na natureza em uma forma precursora inativa denominada provitamina.
No interior do organismo, sob certas condições, a provitamina torna-se ativa, formando a vitamina propriamente
dita. É o que ocorre com a vitamina A, encontrada na natureza como caroteno (provitamina A) e com a vitamina
D, encontrada na natureza na forma de ergosterol (provitamina D).
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De acordo com a solubilidade em água ou em lípides, as vitaminas podem ser classificadas em dois grupos:
Denominamos complexo B um conjunto de vitaminas hidrossolúveis obtidas quase que das mesmas fontes,
desempenhando papéis biológicos muito semelhantes. São elas: B1, B2, B6, B12, PP, biotina, ácido pantotênico
e ácido fólico.
PRINCIPAIS VITAMINAS
OUTRA
VITAMINA NOME PRINCIPAIS FONTES CARÊNCIA
NOMENCLATURA
A Retinol Cenoura - tomate - Cegueira noturna ou hemeralo- Antixeroftálmica
mamão - alface - leite - pia: deficiência visual em
manteiga - ovo ambiente de luz fraca.
Xeroftalmia: ressecamento da
camada córnea do globo ocular
com conseqüente destruição.
Pele escamosa: pele áspera, com
descamações freqüentes.
B1 Tiamina Feijão - soja - leite - carne Beribéri: polineurite generalizada Antineurítica
- lêvedo de cerveja com distúrbios neuromusculares (Antiberibérica)
profundos e paralisia muscular.
B2 Riboflavina Feijão - soja - leite - carne - Inflamação na boca (estomatite) Antineurítica
- lêvedo de cerveja e na língua (glossite)
- Rachaduras nos cantos dos
lábios (queilose)
- Distúrbios neuromusculares
- Fotofobia
B6 Piridoxina Feijão - soja - leite - carne - Dermatite Antineurítica
- lêvedo de cerveja - Distúrbios neuromusculares
Leite - ovos - carne - Anemia perniciosa: ausência de Antianêmica
B12 Cianocobalamina fígado - produzida pela amadurecimento das hemácias
flora bacteriana intestinal do sangue
- Retardo no crescimento
C Ácido ascórbico Frutas cítricas - tomate - Escorbuto: inflamação da pele e Antiescorbútica
morango - goiaba - mucosas com sangramento de
alface - maçã lábios e gengivas. Fragilidade
dentária e diminuição de
resistência às infecções.
D Calciferol Leite - ovos - manteiga - Raquitismo: fragilidade óssea e Antiraquítica
óleo de fígado - dentária com retardo no
Radiação ultravioleta crescimento.
estimula a síntese de
vitamina D na pele.
E Tocoferol Leite - ovos - amendoim - Esterilidade em alguns animais Antiesterilidade
- alface - arroz - soja - Envelhecimento precoce
K Filoquinona Verduras - alho - Dificuldade na coagulação do Antihemorrágica
Produzida pela flora sangue, já que a vitamina K participa
bacteriana intestinal da síntese da protrombina no fígado
PP Niacina ou Leite - ovos - carne - Pelagra: também conhecida por Antipelagrosa
Ácido nicotínico fígado - verduras “doença dos três dês”; é
ou Nicotinamida caracterizada por dermatite,
diarréia e demência
H Biotina Feijão - soja - leite - carne Dermatite Antidermatítica
- lêvedo de cerveja -
fígado
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02 - (PUC/RS) - O polissacarídeo formado por unidades de glicose e que representa a principal forma de
armazenamento intracelular de glicídeos nos animais é denominado:
a) amido c) ergosterol e) glicogênio
b) colesterol d) volutina
05 - (UFMG) - Em todas as alternativas, as associações entre uma carência de vitamina e uma doença estão
corretas, EXCETO em:
a) Vitamina A - cegueira noturna d) Vitamina E - escorbuto
b) Vitamina C - baixa resistência a infecção e) Vitamina K - alteração da coagulação do sangue
c) Vitamina D - raquitismo
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que diz que todos os seres vivos são constituídos por continuidade da vida.
uma ou mais células. Sabemos que os vírus não são Em 1927, Brush inventou o microscópio
constituídos por células, mas esses organismos vivos eletrônico que, ao invés de luz, utiliza feixes de elétrons,
só foram descritos no século XX. permitindo ampliações superiores a 1.500 vezes. Com
Em 1858, Virchow demonstrou que toda célula isso, a Citologia apresentou grandes avanços como
provém de outra pré-existente, o que explica melhor a ciência.
2 - ORGANIZAÇÃO CELULAR
Uma célula típica apresenta três partes porções fundamentais.
fundamentais: membrana citoplasmática, citoplasma Quanto à organização, existem dois tipos
e núcleo. Em tipos diferentes de células, podemos celulares básicos: Célula Procariota e Célula
encontrar algumas variações relacionadas a essas Eucariota.
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parede celular
vacúolo
tonoplasto
retículo
endoplasmático
cloroplasto
ribossomos
membrana
citoplasmática
suco nuclear complexo de Golgi
carioteca
mitocôndrias
nucléolo
plasmodesmo
gotícula de lípide
3 - MEMBRANA CITOPLASMÁTICA
Também denominada membrana plasmática, membrana celular ou plasmalema, é a estrutura que envolve
todos os tipos de células, protegendo-as e controlando as trocas metabólicas com o meio extracelular.
3.2 - Espessura
A espessura da membrana citoplasmática é muito pequena, oscilando entre 75 a 100 Ângstrons (1A = 10-10 m),
não sendo visível ao microscópio óptico. A invenção do microscópio eletrônico permitiu a elucidação de aspectos
muito importantes a respeito dessa membrana.
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Lipídios
Proteína
Enquanto a estrutura da membrana é determinada pelos lípides, a maioria das propriedades da membrana
são determinadas pelas proteínas. Algumas proteínas atuam como carreadoras ou transportadoras de
substâncias para dentro ou para fora da célula. Outras proteínas atuam como enzimas e outras como
receptoras de membrana, reconhecendo substâncias próprias da célula ou vindas do meio extracelular.
3.4 - Propriedades
As principais propriedades da membrana citoplasmática são:
a) Permeabilidade Seletiva: Consiste na capacidade da membrana em selecionar substâncias que devem
entrar ou sair da célula.
b) Porosidade: Apresenta poros diretamente relacionados com as trocas de muitas substâncias entre a
célula e o meio extracelular.
c) Elasticidade: A elasticidade se deve às proteínas da membrana, sendo importante para a manutenção
da sua integridade.
d) Regeneração: Desde que a lesão não seja muito extensa, a membrana pode se regenerar.
e) Resistência Mecânica: Ocorre pelo fato de a membrana revestir e proteger o conteúdo celular.
f) Alta Resistência Elétrica: Propriedade atribuída aos lípides pelo seu papel isolante.
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Transporte Passivo
Ocorre a favor de um gradiente de concentração e não exige gasto de energia pela célula. São conhecidas duas
modalidades de transporte passivo: difusão e osmose.
- DIFUSÃO
Consiste em um fluxo de moléculas de um meio mais concentrado para um meio menos concentrado.
No nível da membrana citoplasmática, a difusão representa a passagem de soluto de um meio hipertônico
(mais concentrado) para um meio hipotônico (menos concentrado). Para que ocorra a difusão, a membrana
deve ser permeável ao soluto em questão. Em geral, partículas menores se difundem mais rapidamente pela
membrana. Observamos que monossacarídeos, aminoácidos e sais minerais iônicos apresentam maior
velocidade de difusão, ao contrário das proteínas e polissacarídeos que necessitam ser capturados pela
célula. Substâncias solúveis em lípides também atravessam a membrana com mais facilidade por difusão. É o
caso do oxigênio, gás carbônico, álcoois e outras substâncias.
Difusão
Certas substâncias, como a glicose, são insolúveis em lípides e atravessam a membrana citoplasmática
por um tipo especial de difusão denominado difusão facilitada. No processo de difusão facilitada, a substância
a ser transportada associa-se a uma substância transportadora, formando um complexo solúvel em lípides.
Ocorrida a difusão, a substância transportadora se desliga da substância transportada, estando apta a promover
uma nova difusão facilitada. As substâncias transportadoras são proteínas denominadas permeases por
aumentarem a permeabilidade da membrana celular, facilitando a difusão de algumas substâncias. A difusão
facilitada não envolve gasto de energia, sendo considerada um tipo de transporte passivo. Assim, observamos
que enquanto a difusão simples não envolve substâncias transportadoras, estas substâncias são imprescindíveis
à ocorrência da difusão facilitada.
- OSMOSE
Consiste na difusão do solvente através de uma membrana semipermeável. Representa a passagem de
solvente (em geral água) de um meio hipotônico (menos concentrado) para um meio hipertônico (mais
concentrado).
Osmose
22 Biologia - M1
23 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
Transporte Ativo
Ocorre contra um gradiente de concentração e exige gasto de energia pela célula. São conhecidas quatro
modalidades de transporte ativo: fagocitose, pinocitose, clasmocitose e bomba de sódio e potássio.
- FAGOCITOSE
Consiste no englobamento de partículas sólidas
volumosas pela célula. A célula emite expansões partícula sólida fagossomo
citoplasmáticas denominadas pseudópodos (gr: pseudópodes
pseudo = falso; podos = pés) que englobam
gradativamente o material do meio externo. Com o
englobamento da partícula sólida, forma-se uma
vesícula denominada fagossomo. O fagossomo é
revestido por membrana lipoprotéica e contém a Fagocitose
partícula englobada.
A fagocitose ocorre em alguns protozoários com finalidade alimentar e em macrófagos e leucócitos como
mecanismo de defesa nos animais superiores.
- PINOCITOSE
partícula
Consiste no englobamento de partículas líquidas pela líquida canal de
célula. Ocorre a formação de um sulco denominado pinocitose
canal de pinocitose, que recolhe o líquido que penetra
no interior da célula. Com o englobamento da partícula
líquida, forma-se uma vesícula denominada pinossomo.
O pinossomo é revestido por membrana lipoprotéica e
contém a partícula englobada. A pinocitose é utilizada pinossomo
pelas células para englobar proteínas do meio
extracelular. Pinocitose
Biologia - M1 23
24 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
- CLASMOCITOSE
Consiste na eliminação de restos formados no interior da célula, daí esse processo
ser também denominado defecação celular. Forma-se uma estrutura denominada
corpo residual, que se funde à membrana citoplasmática, eliminando os restos para o
meio extracelular.
Enquanto fagocitose e pinocitose são tipos de endocitose, isto é, processos que
promovem entrada de substâncias na célula, a clasmocitose é um tipo de exocitose,
já que ocorre eliminação de substâncias do interior da célula.
Clasmocitose
+
Na+
K
Célula
Célula
Na + K+
Meio extracelular
Assim, observamos que íons sódio entram na célula e íons potássio saem por difusão, já que passam,
passivamente, de um meio mais concentrado para um meio menos concentrado. No entanto, não se atinge a
isotonia entre os meios intra e extracelulares devido a um tipo de transporte ativo denominado bomba de sódio
e potássio.
A bomba de sódio e potássio consiste em um sistema carregador que bombeia íons contra um gradiente de
concentração. Existem substâncias transportadoras que se associam ao sódio no meio intracelular e o
transportam ativamente para o meio extracelular. Ao mesmo tempo, substâncias transportadoras se associam
ao potássio no meio extracelular e o transportam ativamente para o meio intracelular. Assim, com a energia
liberada na quebra de cada molécula de ATP, íons sódio são bombeados para fora e íons potássio são bombeados
para dentro da célula.
Meio extracelular
Meio
intracelular
Energia
Na+ K+
Difusão Difusão
Na+ K+
24 Biologia - M1
25 cor preto
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Assim, temos:
Entrada de Na+ na célula
Saída de K+ da célula } Transporte Passivo
(Difusão)
Saída de Na+ da célula
Entrada de K+ na célula } Transporte ativo
(Bomba de íons)
- MICROVILOSIDADES
São evaginações digitiformes da membrana citoplasmática que aumentam a superfície de absorção do ápice
das células. São muito numerosas nas células do intestino delgado.
- DESMOSSOMOS
São diferenciações laterais da membrana citoplasmática que apresentam material denso do lado interno de
cada membrana, onde estão inseridos microtúbulos. Os desmossomos aumentam a aderência entre as células
vizinhas. São muito freqüentes em células epiteliais.
- INTERDIGITAÇÕES
São diferenciações laterais da membrana citoplasmática constituídas por invaginações das membranas de
células vizinhas. Essas dobras das membranas se encaixam umas nas outras aumentando a aderência entre
as células. São muito freqüentes em células epiteliais.
- PREGAS BASAIS
São invaginações da membrana citoplasmática situadas na base de alguns tipos celulares. No nível das
pregas basais, ocorre um transporte ativo muito intenso favorecido pela grande quantidade de mitocôndrias
presentes nessa região. São muito freqüentes no epitélio renal.
Microvilosidades
Desmossomos
Interdigitações
Biologia - M1 25
26 cor preto
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4 - PAREDE CELULAR
A parede celular representa um envoltório rígido que se localiza
externamente à membrana citoplasmática, conferindo proteção e
sustentação à célula. É uma estrutura típica de células procariotas
e eucariotas vegetais. A substância mais abundante da parede Parede celular
Lúmen
celular é a celulose, que se deposita na parede, exercendo
Celular
importante função estrutural. Em certos pontos desse revestimento
não há depósito de celulose, determinando o aparecimento de
pequenas interrupções (poros) denominadas plasmodesmos.
Eles representam elos de ligações entre células vizinhas e Plasmodesmo
possibilitam um maior intercâmbio de substâncias entre as
células que se unem.
As principais propriedades da parede celular são: Parede Celular com Plasmodesmos
- Alta resistência, sendo rompida com dificuldade.
- Permeabilidade, possibilitando a entrada e a saída de substâncias na célula.
5 - CITOPLASMA
É toda a região da célula compreendida entre a membrana citoplasmática e o núcleo. O citoplasma é dividido
em duas porções:
5.1 - Hialoplasma ou Matriz Citoplasmática
É um colóide que preenche espaços no interior da célula. É dividido em ectoplasma e endoplasma. O ectoplasma
é a porção que se localiza próximo à membrana celular, apresentando-se em estado GEL, mais viscoso. O
endoplasma é a porção mais interna, apresentando-se em estado SOL, mais fluido. Os dois estados do
colóide, GEL e SOL podem se interconverter, o que explica a emissão de pseudópodos por alguns tipos
celulares. Essa interconversão dos estados do colóide denomina-se TIXOTROPISMO.
O hialoplasma pode se movimentar na célula, criando uma corrente que distribui todo o conteúdo celular sem
modificar a forma da célula por um processo conhecido como CICLOSE.
No hialoplasma, encontram-se mergulhadas as organelas citoplasmáticas e as inclusões. As organelas
representam estruturas que se destacam funcionalmente, enquanto as inclusões representam o material
biologicamente inativo que se acumula no meio intracelular.
26 Biologia - M1
27 cor preto
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- RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
É um conjunto de cavidades intercomunicantes envolvidas por membrana lipoprotéica. Está presente em
células eucariotas animais e vegetais e pode ser de dois tipos: liso ou agranular e rugoso ou granular. A
diferença morfológica básica entre os dois tipos de retículo endoplasmático reside no fato de o retículo
rugoso apresentar inúmeros ribossomos associados às suas membranas.
Ribossomos
Complexo de Golgi
Biologia - M1 27
28 cor preto
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- LISOSSOMOS
São organelas citoplasmáticas repletas de enzimas digestivas revestidas por membrana lipoprotéica. São
organelas típicas de células eucariotas animais e sua presença em células eucariotas vegetais é discutida.
São conhecidos dois tipos de lisossomos: primário e secundário. Os lisossomos primários são formados
pelo Complexo de Golgi através do empacotamento de enzimas digestivas, que são liberadas no hialoplasma,
no interior de vesículas. Essas vesículas constituem os lisossomos primários. Os lisossomos secundários ou
vacúolos digestivos são formados pela fusão do lisossomo primário com um fagossomo ou pinossomo. No
interior do lisossomo secundário, ocorre a digestão intracelular do material absorvido e as substâncias aproveitáveis
são distribuídas à célula. Após essa distribuição, o vacúolo digestivo repleto de restos metabólicos forma o
corpo residual ou vacúolo residual, que se funde à membrana citoplasmática, liberando, por clasmocitose,
os restos digestivos para o meio extracelular.
28 Biologia - M1
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- PLASTOS
Também denominados plastídeos, são organelas citoplasmáticas exclusivas de células eucariotas vegetais.
Os plastos são classificados, de acordo com a coloração, em leucoplastos e cromoplastos.
LEUCOPLASTOS CROMOPLASTOS
COLORAÇÃO Incolores Coloridos
PIGMENTOS Ausentes Presentes
FUNÇÃO Armazenamento de Substâncias Fotossíntese
PRINCIPAIS TIPOS Amiloplastos Xantoplastos - (amarelos)
Oleoplastos Eritroplastos - (vermelhos)
Proteoplastos Cloroplastos - (verdes)
Biologia - M1 29
30 cor preto
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A nomenclatura utilizada para os tipos de leucoplastos é dada em função das substâncias armazenadas em
seu interior, enquanto que para os cromoplastos, a nomenclatura é dada de acordo com o pigmento predominante.
Assim, temos:
Amiloplastos - armazenam amido
Leucoplastos Oleoplastos - armazenam óleos
Proteoplastos - armazenam proteínas
Membrana
Interna
Tilacóide Granum
Granum
Lamela Estroma
Estroma H2O O2
Lamela
Ultra-estrutura de um Cloroplasto Esquema de um Cloroplasto
A função dos cloroplastos é realizar a fotossíntese. Através desse processo, os organismos clorofilados
convertem a energia luminosa em energia química armazenada nos compostos orgânicos produzidos.
- CENTRÍOLOS
São organelas citoplasmáticas exclusivas de células microtúbulo
eucariotas animais. Normalmente uma célula apresenta protéico
um par de centríolos dispostos mais ou menos
perpendicularmente um em relação ao outro, formando
um diplossomo.
Os centríolos são constituídos por nove trincas de
microtúbulos protéicos dispostos em círculo, sem
membrana lipoprotéica envolvente.
Trinca de microtúbulos
protéicos
Centríolos
30 Biologia - M1
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Os centríolos orientam a divisão celular, além de formar cílios e flagelos, membrana microtúbulos
estruturas contráteis que possibilitam o movimento. A estrutura interna plasmática
dos cílios e flagelos revela a existência de nove pares de microtúbulos
protéicos dispostos em círculo, envolvendo um par central. Na base dos
cílios e flagelos, encontramos o centríolo que originou tais estruturas,
denominado corpúsculo basal. Os microtúbulos formadores dos cílios e
flagelos são envolvidos por um prolongamento da membrana
citoplasmática.
CÍLIOS FLAGELOS
CARACTERIZAÇÃO Curtos e numerosos Longos e pouco numerosos
MOVIMENTO Vibrátil Ondulatório
OCORRÊNCIA Certos protozoários, Certos protozoários,
epitélio da traquéia espermatozóides, coanó- corpúsculo
e das tubas uterinas citos dos poríferos basal (centríolo)
Estrutura dos Cílios e Flagelos
- VACÚOLOS
São cavidades existentes no citoplasma revestidas por membrana Citoplasma
lipoprotéica. Os tipos mais comuns de vacúolos são: Vacúolo
com orgânulos
a) Vacúolos de Armazenamento: São organelas típicas de
células eucariotas vegetais, capazes de armazenar substâncias
em seu interior. Em células jovens, os vacúolos são numerosos e
pequenos. Com o amadurecimento da célula, os vacúolos se
reúnem, formando uma cavidade ampla que ocupa quase toda a
extensão da célula, deslocando núcleo e citoplasma para a periferia.
A membrana lipoprotéica do vacúolo de armazenamento é
denominada tonoplasto. Vacúolo Citoplasma
com orgânulos
(a) (b) (c)
Em “a”, temos uma célula vegetal que passa por
um processo de desenvolvimento em “b” até
tornar-se adulta em “c”.
Biologia - M1 31
32 cor preto
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cílio
vacúolo contrátil
macronúcleo
vacúolo digestivo
micronúcleo
6 - SÍNTESE PROTÉICA
A síntese de proteínas no meio intracelular ocorre no interior dos ribossomos, onde as ligações peptídicas
são formadas unindo os aminoácidos.
Moléculas de DNA comandam todo o funcionamento da célula, incluindo a síntese protéica. A seqüência de
bases nitrogenadas do DNA condiciona a seqüência de bases nitrogenadas do RNA e esta condiciona a
seqüência de aminoácidos da proteína.
Três tipos de RNA estão relacionados com o processo de síntese protéica. São eles:
- RNA mensageiro - RNAm - seu papel na síntese é levar uma mensagem genética do DNA que o formou
ao citoplasma, para que a proteína possa ser sintetizada.
- RNA transportador - RNAt também denominado RNA solúvel, captura e transporta aminoácidos até os
ribossomos, para que a proteína possa ser sintetizada. Cada RNAt é específico em relação ao aminoácido
transportado.
- RNA ribossômico - RNAr - Apresenta função estrutural, já que faz parte da estrutura dos ribossomos.
Os três tipos de RNA são formados no interior do núcleo por um processo denominado transcrição, já estudado
no capítulo Bioquímica Celular. Uma vez formadas, as moléculas de RNA migram para o citoplasma, onde
exercem suas funções.
Cada aminoácido que constitui uma proteína é codificado por uma seqüência de três bases nitrogenadas do
DNA, denominada CÓDIGO GENÉTICO. O código genético determina o tipo e a seqüência dos aminoácidos
formadores da proteína. Assim, podemos concluir:
32 Biologia - M1
33 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
Para facilitar o estudo, o mecanismo de síntese protéica será dividido em etapas, que são:
1ª etapa: O DNA forma o RNAm no interior do núcleo por TRANSCRIÇÃO. O RNAm formado migra para
o citoplasma, levando uma mensagem genética do DNA que o formou, para a síntese da proteína.
2ª etapa: No citoplasma, o RNAm se associa a ribossomos, formando os polirribossomos ou polissomos.
Cada conjunto de três bases nitrogenadas (Triplet) do RNAm é denominado códon e na formação do
polissomo cada ribossomo abrange dois códons.
3ª etapa: Cada RNAt combina-se a um aminoácido e o transporta até um ribossomo. À medida que se
estabelecem as ligações peptídicas, a proteína vai sendo formada.
Em uma das extremidades do RNAt, existe uma seqüência de três bases nitrogenadas, denominada anticódon,
que se liga a três bases nitrogenadas que constituem o códon do RNAm associado aos ribossomos, da
seguinte maneira:
RNAm ____________________________ RNAt
A _______________________________ U
G _______________________________ C
C _______________________________ G
U _______________________________ A
As quatro bases nitrogenadas citadas estarão arranjadas três a três.
Cada aminoácido é transportado por um RNAt específico. Ao transportar aminoácidos até os ribossomos, os
anticódons das moléculas de RNAt se unem aos códons complementares do RNAm, sendo esse processo
denominado TRADUÇÃO. A tradução é a capacidade do RNAm em reconhecer o aminoácido para que a
proteína seja formada. O processo de síntese protéica consome energia na forma de ATP e pode ser assim
resumido:
Os ribossomos vão se deslocando sobre o RNAm e, dessa maneira, novos aminoácidos vão sendo incorporados.
Ao ocorrer a tradução do último códon, o ribossomo se desprende do RNAm. Quanto maior o número de
códons percorridos pelo ribossomo, maior o número de aminoácidos formadores da proteína.
Observe na tabela e na figura a seguir um exemplo de como funciona o código genético. Observe ainda que um
aminoácido pode apresentar um ou mais códons, de modo que uma modificação do código genético nem
sempre provoca a síntese de uma proteína diferente.
Biologia - M1 33
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Tecnologia ITAPECURSOS
Etapas do processo de
síntese de uma proteína. (Coluna
da esquerda) À medida que o
ribossomo se desloca sobre o
RNA mensageiro (estágios A a
E), vão sendo encaixados os
aminoácidos e a proteína vai
crescendo. Os RNA
transportadores não foram
representados. (Coluna da
direita) Esquema que mostra a
correspondência entre os códons
do RNAm e os anticódons do
RNAt no processo de síntese de
proteínas.
Com base na tabela anterior, podemos dizer que uma molécula de DNA com a seguinte seqüência de bases
nitrogenadas na hélice ativa AGG CAA GGG CCT GTA TGT CCG produzirá um polipeptídio com a seguinte
seqüência de aminoácidos:
7 - FOTOSSÍNTESE
É o processo de transformação da energia luminosa em energia química, armazenada nos compostos altamente
energéticos produzidos. Os organismos clorofilados utilizando gás carbônico, água e luz produzem o seu
próprio alimento e liberam o oxigênio para o meio ambiente. A equação geral simplificada da fotossíntese pode
ser assim representada:
Luz
6 CO2 + 6 H2O Clorofila C6H12O6 + 6O2
Enzimas
Os organismos capazes de produzir o seu próprio alimento através da fotossíntese são denominados autótrofos
fotossintetizantes. Os representantes do reino Metaphyta e alguns indivíduos dos reinos Monera e Protista
são clorofilados e, assim, autótrofos fosossintetizantes. No entanto, alguns organismos autótofos produzem o
seu próprio alimento utilizando energia liberada em reações de oxidação de substâncias inorgânicas. Esse
processo não depende da luz e é denominado quimiossíntese, sendo realizado por algumas bactérias
classificadas como autótrofas quimiossintetizantes.
34 Biologia - M1
35 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
PRISMA
Veloc. da fotossíntese
células dos organismos fotossintetizantes. Cada
pigmento absorve certos comprimentos de onda
refletindo aqueles que não são absorvidos. A cor de
um pigmento é determinada pelo comprimento de
onda refletido. Assim, podemos concluir que a
clorofila é verde por refletir os comprimentos de onda
da luz verde. Pigmentos como caroteno, fucoxantina,
ficoeritrina e xantofila estão presentes no interior das 700 600 500 400 Comprimentos de
Vermelho
Amarelo
Laranja
onda da luz
Verde
Violeta
Azul
células de organismos fotossintetizantes. No entanto,
observamos que nos vegetais superiores os
pigmentos mais importantes são as clorofilas a e b.
Espectro de Ação Fotossintética
Pelo espectro representado, podemos perceber que a taxa de fotossíntese é maior quando o vegetal é
iluminado pelas luzes vermelha e azul. As clorofilas a e b praticamente não absorvem os comprimentos de
onda das luzes amarela e verde, ocorrendo, assim, uma menor velocidade da fotossíntese.
Em células procariotas fotossintetizantes (cianofíceas e algumas bactérias), a clorofila se encontra dispersa
no hialoplasma, enquanto que em células eucariotas vegetais ela se localiza no interior dos tilacóides dos
cloroplastos.
Biologia - M1 35
36 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
- FASE CLARA
Também denominada fase fotoquímica ou iluminada, depende diretamente da luz, ocorrendo no interior dos
tilacóides do cloroplasto.
As clorofilas a e b tornam-se excitadas ao absorverem a luz e liberam elétrons que buscam níveis energéticos
mais elevados. Os elétrons liberados, ricos em energia, podem seguir dois trajetos possíveis. De acordo com
o trajeto seguido por esses elétrons, a fase clara pode ser dividida em duas sub-fases: fotofostorilação cíclica
e fotofosforilação acíclica.
FOTOFOSFORILAÇÃO CÍCLICA
ADP
Ferrodoxina
A clorofila é excitada pela luz e perde um de seus elétrons, que vai ATP
adquirindo energia. Esse elétron é capturado por um transportador de Elétron
elétrons, a ferrodoxina, e segue por uma cadeia transportadora formada
também pela plastoquinona e pelos citocromos, retornando à clorofila
que o liberou. A energia adquirida pelo elétron vai sendo perdida à Plastoquinona
Elétron
medida que ele passa pela cadeia transportadora de elétrons, sendo ADP
utilizada para a formação de ATP que será utilizado na fase escura.
ATP
Citocromos
FOTOFOSFORILAÇÃO ACÍCLICA
Clorofila
As clorofilas a e b participam desse processo que leva à produção de
ATP por um trajeto acíclico dos elétrons que não retornam às clorofilas.
Luz
O esquema abaixo mostra que os elétrons perdidos pela clorofila a são
repostos pela clorofila b, enquanto a reposição dos elétrons perdidos Fotofosforilação Cíclica
pela clorofila b é feita através da fotólise da água.
Plastoquinona
–
–
–
Citocromos
(Fotólise da água)
– – –
Fotofosforilação Acíclica
36 Biologia - M1
37 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
A fotólise da água ou reação de Hill está associada à fotofosforilação acíclica e consiste na quebra de
moléculas de água sob ação da energia da luz. O transportador de elétrons NADP recebe dois elétrons (2e–)
da clorofila e dois prótons (2H+) provenientes da fotólise da água, equilibrando-se como NADPH2. No trajeto
dos elétrons entre as clorofilas, ocorre produção de ATP que, juntamente com o NADPH2, será utilizado na
fase escura.
A observação da fotólise da água no esquema permite concluir que ocorre formação de água e liberação de
oxigênio para o meio.
Quimicamente, oxidação representa perda de elétrons, enquanto redução é o ganho de elétrons. Assim, na
fotofosforilação acíclica, a clorofila b reduz a clorofila a, e a água reduz a clorofila b.
- FASE ESCURA
Também denominada fase enzimática, fixação de CO2, ciclo das pentoses, ciclo de Calvin e fase química, não
depende diretamente da luz, ocorrendo no interior do estroma do cloroplasto. Em células procariotas, as duas
fases ocorrem no hialoplasma.
A ribulose difosfato (RDP) é um monossacarídeo presente no estroma do cloroplasto. Esse composto apresenta
cinco átomos de carbono e reage com o CO2, formando a hexose difosfato (HDP), que apresenta seis átomos
de carbono. A hexose difosfato é muito instável quimicamente e logo é hidrolisada em duas moléculas de
ácido fosfoglicérico (PGA), considerado o primeiro composto estável da fotossíntese. Cada molécula de
ácido fosfoglicérico recebe um radical fosfato proveniente do ATP, formando ácido difosfoglicérico (DPGA).
Cada molécula de ácido difosfoglicérico recebe hidrogênios provenientes do NADPH2 e perde fosfato para o
meio, formando fosfogliceraldeído ou aldeído fosfoglicérico (DPGA). As duas moléculas de aldeído se reúnem,
formando uma molécula de glicose. Algumas moléculas de fosfogliceraldeído podem realimentar a fonte de
glicose através de uma via metabólica alternativa que origina ribuloses difosfato.
2ATP
2ATP
Ácido Di-
fosfoglicérico
2NADPH2
2 2NADP
Fase Escura
Biologia - M1 37
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Assim, observamos que, na fase escura, o CO2 é reduzido a glicose pelo NADPH2 e pelo ATP.
2ATP 2ADP
CO2 C6H12O6
2NADPH2 2NADP
ADP
NADP
Intensidade Luminosa
38 Biologia - M1
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CONCENTRAÇÃO DE CO2
Com o aumento da concentração de CO2, a velocidade da fotossíntese tende a aumentar, desde que existam
moléculas ativas de ribulose difosfato. A partir de determinada concentração de CO2, a velocidade da fotossíntese
tende a se estabilizar.
Velocidade da Fotossíntese
Concentração de CO2
8 - RESPIRAÇÃO CELULAR
É o processo bioquímico através do qual as células obtêm a energia necessária à vida. Em geral, a respiração
celular é representada através da quebra da glicose, que apresenta grande função energética. A energia
é liberada na forma de ATP, que, ao perder um radical fosfato, libera aproximadamente 8.000 calorias,
formando ADP.
Se a respiração celular não utilizar o oxigênio, teremos a respiração celular anaeróbia ou fermentação. Se
o processo utilizar o oxigênio, teremos a respiração celular aeróbia.
Biologia - M1 39
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FERMENTAÇÃO LÁTICA
Cada molécula de ácido pirúvico forma uma molécula de ácido lático. Ocorre a utilização de hidrogênios
transportados pelo NAD (transportador de hidrogênio) para formação do ácido lático.
A fermentação lática é realizada por alguns microrganismos e por células do tecido muscular. As bactérias
denominadas lactobacilos são utilizadas na produção de iogurtes, queijos e coalhadas, já que sua fermentação
forma o ácido lático que promove o azedamento do leite. Nos nossos músculos, pode ocorrer fermentação
lática quando a atividade física é muito intensa com insuficiência de oxigênio para manter a respiração aeróbica.
Nessa condição, as células musculares geram energia através da glicólise sem usar o oxigênio, por fermentação
lática. O acúmulo de ácido lático nos músculos provoca a fadiga muscular.
Observe que na fermentação lática não há descarboxilação do ácido pirúvico e não ocorre formação do gás
carbônico.
FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA
Cada molécula de ácido pirúvico forma uma molécula de álcool etílico (etanol) e uma de gás carbônico. Ocorre
a utilização de hidrogênios transportados pelo NAD (transportador de hidrogênio) para formação do álcool
etílico.
A fermentação alcoólica é realizada por algumas bactérias e alguns fungos (leveduras). Entre as leveduras,
merece destaque o Saccharomyces cerevisiae (lêvedo de cerveja) que permite a fabricação da cerveja. O
crescimento da massa de pães e bolos se deve ao gás carbônico produzido através da fermentação, onde se
utilizam tabletes de fermento (Saccharomyces).
Observe que na fermentação alcoólica há descarboxilação do ácido pirúvico, com formação de gás carbônico.
Resumidamente, temos:
• Fermentação Lática
Glicose 2 Ácido pirúvico 2 Ácido lático + 2 ATP
• Fermentação Alcoólica
40 Biologia - M1
41 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
São produzidos 40 ATP, havendo um consumo de dois ATP e resultando em um saldo energético de 38 ATP.
A respiração celular aeróbia é dividida em três fases:
membrana externa
CICLO DE KREBS
Também denominado ciclo do ácido cítrico ou ciclo do ácido tricarboxílico, ocorre na matriz mitocondrial.
Ao penetrar na matriz mitocondrial, cada molécula de ácido pirúvico (3C) transforma-se em uma molécula de
ácido acético (2C), havendo liberação de gás carbônico e hidrogênios. Estes últimos são capturados pelo NAD,
formando NADH2, que transporta os hidrogênios até as cristas mitocondriais. Cada molécula de ácido acético
combina-se com a coenzima A, formando um composto denominado acetil coenzima A (acetil Co-A), que
reage com o ácido oxalacético iniciando o ciclo de Krebs, liberando a coenzima A. O ciclo de Krebs envolve
um conjunto complexo de reações químicas que regeneram o ácido oxalacético, liberando gás carbônico,
hidrogênios e ATP. Os hidrogênios liberados são transportados pelos transportadores NAD (Nicotinamida
adenina dinucleotídeo) e FAD (Flavina adenina dinucleotídeo) até as cristas mitocondriais.
Biologia - M1 41
42 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
Como são formadas duas moléculas de ácido pirúvico por molécula de glicose, ocorrem dois ciclos de Krebs.
Em cada ciclo observamos que:
- 3 NAD se reduzem a 3 NADH2
- 1 FAD se reduz a 1 FADH2
- ocorre a produção de 1 ATP por fosforilação do substrato (ADP + PO≡4 ® ATP)
CADEIRA RESPIRATÓRIA
Também denominada fosforilação oxidativa, ocorre nas cristas
mitocondriais no nível das partículas elementares internas. Os
hidrogênios retirados nas reações já descritas e presentes nas
moléculas de NADH2 e FADH2 são transportados até o oxigênio
presente nas cristas mitocondriais, formando água. Assim, o oxigênio
representa o aceptor final de hidrogênios na cadeia respiratória.
A Cadeia Respiratória O– –
42 Biologia - M1
43 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
Observe pela figura que um NADH2 pode iniciar a cadeia respiratória cedendo dois átomos de hidrogênios ao
FAD, que se reduz a FADH2. Nessa etapa, ocorre liberação de energia suficiente para formação de 1 ATP. A
partir do FADH2, apenas os dois elétrons dos hidrogênios são cedidos para uma cadeia de citocromos
(transportadores de elétrons), sobrando dois prótons H+. Ao passar de um citocromo a outro, os elétrons
liberam energia suficiente para a formação de mais 2 ATP. No final da cadeia, os elétrons são captados pelo
oxigênio (1/2 O2), que reduz a O– –. Os 2 H+ se combinam com O– –, formando água.
A cadeia respiratória representa o principal mecanismo gerador de ATP. Pela observação da figura e da descrição
anterior, podemos perceber que cada NADH2 permite a formação de 3 ATP na cadeia respiratória. No entanto,
se a cadeia inicia-se pelo FADH2, haverá formação de apenas 2 ATP.
Na cadeia respiratória, ocorre a participação de 10 moléculas de NAD que se reduzem a NADH2, permitindo a
formação de 30 ATP, e duas moléculas de FAD, que se reduzem a FADH2, permitindo a formação de mais 4
ATP. Assim, no final da cadeia respiratória, há formação de 34 ATP. Como são formados 4 ATP na glicólise (com
saldo de 2 ATP) e 2 ATP no ciclo de Krebs, a respiração celular aeróbia leva à produção de 40 ATP. O saldo final
é de 38 ATP, já que são gastos 2 ATP para ativar a glicose na primeira fase do processo, que é a glicólise.
Tente observar no esquema a seguir o saldo energético de 38 ATP. Já foram descontados os 2 ATP utilizados
na ativação da glicose e o processo foi representado a partir de apenas uma molécula de ácido pirúvico.
Biologia - M1 43
44 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
Em células procariotas, glicólise e ciclo de Krebs ocorrem no hialoplasma, enquanto a cadeia respiratória
ocorre na membrana citoplasmática. As bactérias aeróbias apresentam uma invaginação da membrana
citoplasmática denominada mesossomo, onde ocorre a cadeia respiratória (fosforilação oxidativa).
TOTAL - 6 ATP
FORMAÇÃO DE ATP POR FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA
- Glicólise - 2 NADH2 - 6 ATP
- Na produção de ácido
acético a partir de - 2 NADH2 6ATP
ácido pirúvico
- Ciclo de Krebs - 6 NADH2 ______ 18 ATP
- 2 FADH2 ______ 4 ATP
TOTAL 34 ATP
44 Biologia - M1
45 cor preto
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9 - NÚCLEO CELULAR
É a porção da célula que controla o funcionamento celular e
Citoplasma
determina os mecanismos de hereditariedade. No final do século
passado, os experimentos de merotomia realizados por Balbiani
evidenciaram a função do núcleo de controlar toda a atividade Núcleo
celular. Balbiani separava o núcleo de amebas do restante da Fragmento
anucleado
célula, e observava que o fragmento anucleado morria, alguns Fragmento
dias depois. O transplante do núcleo para o fragmento nucleado
anucleado permitia sua sobrevivência e reprodução,
evidenciando, assim, a importância do núcleo para o Transplante
funcionamento e a reprodução celular. do Núcleo
O comando do funcionamento celular desempenhado pelo
núcleo se deve à presença de DNA em seu interior.
Experimento de Balbiani
9.1 - Partes do Núcleo
Os principais componentes estruturais do
núcleo de eucariontes são: CARIOTECA, SUCO
lamela externa
NUCLEAR, NUCLÉOLO e CROMATINA.
carioteca
CARIOTECA lamela interna
SUCO NUCLEAR
Também denominado cariolinfa, carioplasma, nucleolinfa e nucleoplasma, é um colóide que preenche o
núcleo. É constituído principalmente de água e proteínas e nele estão mergulhadas as estruturas nucleares.
NUCLÉOLO
É uma estrutura nuclear que se encontra mergulhada na cariolinfa, sendo observado em número de um ou
mais. Convém ressaltar que as três estruturas nucleares citadas - carioteca, suco nuclear e nucléolo - só
estão presentes em células eucariotas.
É formado de RNA ribossômico (RNAr) e proteínas, sem membrana lipoprotéica envolvente.
Desaparece no início da divisão celular e é novamente formado em regiões especiais de alguns cromossomos
denominadas SATÉLITES ou ZONAS SAT ou ZONAS REORGANIZADORAS DO NUCLEÓLO.
Em células que sintetizam grande quantidade de proteína, os nucléolos são mais numerosos e volumosos, já
que eles formam os ribossomos.
Biologia - M1 45
46 cor preto
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CROMATINA
É um material formado por filamentos desespiralizados de DNA e proteínas (Desoxirribonucleoproteínas).
A cromatina está presente no núcleo de células que não estão
em processo de divisão. Isso ocorre porque quando a célula Heterocromatina
entra no processo de divisão (mitose ou meiose) os filamentos
que formam a cromatina passam por um processo de
espiralização, formando os cromossomos. A análise da
cromatina permite a identificação de áreas menos Eucromatina
condensadas (EUCROMATINA) mais condensadas
(HETEROCROMATINA).
Os cromossomos são estruturas resultantes da espiralização
da cromatina durante a divisão celular. As regiões de
eucromatina espiralizam-se bem mais em relação à
heterocromatina.
Filamento de Cromatina
46 Biologia - M1
47 cor preto
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cromátide
cromátide
Cromossomo Simples
Cromossomo Duplo
A fase do ciclo de vida de uma célula que precede a sua divisão é denominada intérfase. Nessa fase, ocorre
a duplicação do material genético, com os cromossomos passando de simples a duplos.
Biologia - M1 47
48 cor preto
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22 A + X
44 A + XX 1 tipo de ovócito II
22 A + X (gameta feminino)
48 Biologia - M1
49 cor preto
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SÍNDROME DE DOWN
Também conhecida por trissomia do 21 ou mongolismo, é
uma aneuploidia autossômica do tipo trissomia, em que o par
cromossômico de número 21 apresenta um cromossomo
extranumerário. As células somáticas apresentam 47
cromossomos e a freqüência é de um caso para 500 a 600
nascimentos normais.
O portador dessa síndrome apresenta baixa estatura, mãos e
dedos curtos, prega simiesca nas mãos, olhos oblíquos,
retardo mental e problemas cardíacos congênitos. Os homens
são estéreis, mas as mulheres são férteis.
Problemas cardíacos e baixa resistência a infecções fazem
com que a expectativa de vida seja pequena com o doente
normalmente não ultrapassando os 30 anos de idade.
Com o aumento da idade materna, o risco de nascimento de y
uma criança com essa síndrome torna-se maior, Cariótipo de um indivíduo do sexo masculino
principalmente após os 35 anos de idade. com síndrome de Down. Observe que o par de
número 21 apresenta um cromossomo a mais.
Isso ocorre porque, quanto maior a idade da mãe, maior a
possibilidade dessa mulher apresentar gametas anômalos, nos
quais ocorre uma não disjunção do par 21.
SÍNDROME DE KLYNEFELTER
É uma aneuploidia alossômica do tipo trissomia, em que os indivíduos afetados são sempre do sexo masculino.
O exame de seu cariótipo revela 47 cromossomos, havendo um cromossomo X a mais no par sexual. Os
indivíduos afetados são XXY. A freqüência é de um caso para 700 ou 800 nascimentos de crianças do sexo
masculino normais.
O portador dessa síndrome apresenta testículos atrofiados, gerando esterilidade, ginecomastia (crescimento
das mamas), cromatina sexual em suas células e um leve retardo mental em alguns casos.
SÍNDROME DE TURNER
É uma aneuploidia alossômica do tipo monossomia, em que os indivíduos afetados são sempre do sexo
feminino. O exame de seu cariótipo revela 45 cromossomos, faltando um cromossomo X do par sexual. Os
indivíduos afetados são XO. É uma anomalia cromossômica rara com freqüência de 1 caso para 3.000 nascimentos
de crianças do sexo feminino normais.
Biologia - M1 49
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A portadora dessa síndrome apresenta ovários atrofiados, gerando esterilidade, baixa estatura, pescoço
alado, grande quantidade de pêlos no corpo, alterações ósseas e cardíacas, ausência de cromatina sexual e
um leve retardo mental em alguns casos.
Assim, temos: Síndrome Representação do Cariótipo
Down 45 A + XY
45 A + XX
Klynefelter 44 A + XXY
Turner 44 A + XO
9.5. Divisão Celular
É o processo pelo qual uma célula se divide, originando células filhas. São conhecidos dois tipos de divisão
celular: mitose e meiose. Para entrar em divisão, uma célula deve apresentar cromossomos duplos, mas
quando uma célula filha é formada, ela apresenta cromossomos simples. Assim, percebemos a necessidade
da duplicação dos cromossomos, que ocorre em uma fase precedente à divisão celular denominada intérfase.
INTÉRFASE
Não faz parte da divisão celular e tem por finalidade promover a duplicação dos cromossomos (material genético)
para que a célula possa entrar em divisão.
A intérfase é dividida em três períodos: G1, S e G2. Os períodos G1 e G2 são períodos de repouso celular,
enquanto no período S ocorre intensa síntese de DNA, promovendo a duplicação dos cromossomos. Assim, no
período G1, o material genético ainda não sofreu duplicação, enquanto no período G2, ele já se encontra
duplicado.
A intérfase antecede os processos de mitose e meiose
MITOSE
É um processo de divisão celular em que uma célula mãe, haplóide ou diplóide, com cromossomos duplos,
origina duas células filhas com o mesmo número de cromossomos da célula mãe, porém simples.
Estas células filhas são geneticamente idênticas entre si.
A mitose é uma divisão equacional, já que o número de cromossomos da célula mãe é mantido em cada uma
das células filhas. Nota-se, então, a importância da duplicação do material genético na intérfase.
Nd 2 Nd
INTERFASE
DUPLICAÇÃO
Ns Ns 2 Ns 2 Ns
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51 cor preto
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FASES DA MITOSE
Para facilitar o estudo, a mitose é dividida em quatro fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase.
PRÓFASE
É a primeira fase da divisão celular. Caracteriza-se por:
- Desaparecimento da carioteca e nucléolo(s). A carioteca, na verdade, se rompe devido ao aumento de
volume do núcleo pela absorção de água do citoplasma. O(s) nucléolo(s) se desintegra(m), sendo o RNAr
distribuído pela célula.
- Início da espiralização dos cromonemas, formando cromossomos. Cromossomos verdadeiros começam a
aparecer na prófase devido ao processo de espiralização dos cromonemas. Por razões didáticas, costuma-
se usar o termo “cromossomos em intérfase”.
- “Duplicação” dos centríolos e afastamento dos mesmos para os pólos da célula. A expressão “duplicação
dos centríolos” ficou consagrada pelo uso, mas o que ocorre, na verdade, é a formação de um novo par de
centríolos. Os centríolos não se autoduplicam.
- Formação das fibras do áster e das fibras do fuso. As fibras do áster são microtúbulos protéicos presentes
ao redor dos centríolos, enquanto as fibras do fuso são microtúbulos protéicos contínuos que se estendem de
um pólo a outro da célula. O conjunto das fibras do áster e das fibras do fuso constituem o aparelho mitótico.
- Cromossomos se prendem, pelo centrômero, às fibras do fuso, sem nenhum padrão de organização. As
cromátides de uma mesmo cromossomo são chamadas cromátides irmãs.
METÁFASE
Caracteriza-se por:
- Grau máximo de espiralização cromossômica.
- Cromossomos alinhados na região equatorial da célula (placa equatorial).
- Divisão do centrômero no final desta fase, de modo que cada cromossomo duplo se transforma em dois
cromossomos simples.
ANÁFASE
Caracteriza-se por:
- Encurtamento das fibras do fuso.
- Em função do encurtamento das fibras do fuso, os cromossomos migram para os pólos da célula.
Observe que esses cromossomos que vão atingir os pólos da célula são cromossomos simples, já que
houve divisão do centrômero no final da metáfase precedente, quando cada cromossomo duplo originou dois
cromossomos simples.
- Início da desespiralização cromossômica.
TELÓFASE
É a fase final da mitose e costuma ser entendida como sendo o inverso da prófase. É caracterizada por:
- Formação de novas cariotecas e nucléolos.
- Cromossomos totalmente desespiralizados (cromatina).
- Total desaparecimento das fibras do fuso.
- Formação de duas células filhas.
A formação de duas células filhas ocorre em duas etapas: cariocinese e citocinese.
A cariocinese consiste na divisão do núcleo e se inicia no final da metáfase, com a divisão do centrômero. A
cariocinese é concluída no final da telófase, com a formação de novas cariotecas e nucléolos, cromossomos
reassumindo a forma de cromatina e desaparecimento total do aparelho mitótico.
A citocinese ou citodiérese consiste na divisão do citoplasma e se inicia quando a cariocinese termina. São
conhecidos dois tipos de citocinese:
Biologia - M1 51
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CITOCINESE CENTRÍPETA
Caracteriza células animais e ocorre de fora para dentro. O citoplasma sofre um estrangulamento através de
invaginação da membrana plasmática, formando duas células filhas. Esse tipo de citocinese é também chamado
citocinese por estrangulamento.
CITOCINESE CENTRÍFUGA
Caracteriza células vegetais e ocorre de
Cromatina Carioteca
dentro para fora. A grande resistência da
parede celular das células vegetais impede
a divisão do citoplasma de fora para
dentro. Vesículas do complexo de Golgi
Fragmoplasto
Parede
ricas em pectina formam uma estrutura Celular
denominada fragmoplasto na região
equatorial. Essas vesículas se fundem,
formando a lamela média, que separa as Plasmo-
duas células filhas. Em alguns pontos, a desmos
separação entre as células filhas não é
completa, pois encontramos interrupções
onde se estabelecem pontes citoplas-
máticas, que fazem a comunicação entre as células vizinhas. Essas pontes citoplasmáticas são denominadas
plasmodesmos.
Prófase Metáfase
Anáfase Telófase
Fases da Mitose
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Quant. de DNA G2
4C
S
G1
2C
Metáfase
Telófase
Anáfase
Prófase
C
Tempo
Intérfase Mitose Intérfase
FINALIDADES DA MITOSE
- Reprodução assexuada de seres unicelulares (cissiparidade ou bipartição)
- Divisão do zigoto durante o desenvolvimento embrionário.
- Crescimento e regeneração de tecidos nos organismos pluricelulares.
- Formação de gametas nos vegetais.
MEIOSE
É um processo de divisão celular em que uma célula mãe, sempre diplóide, com cromossomos duplos,
origina quatro células filhas com metade do número de cromossomos da célula mãe, porém simples.
A meiose consta de duas divisões. No entanto, só vai haver uma duplicação cromossômica, razão pela
qual uma célula, que vai entrar em meiose, necessite apresentar cromossomos duplos.
A primeira divisão da meiose é denominada divisão reducional, já que o número cromossômico é reduzido à
metade.
A segunda divisão da meiose é denominada divisão equacional, já que é mantido o número cromossômico.
2Nd
Divisão Reducional (R!)
ou Divisão I
Nd Nd
2 Nd - Célula diplóide com
Divisão Equacional (E!) cromossomos duplos.
ou Divisão II Nd - Célula haplóide com
cromossomos duplos.
Ns Ns Ns Ns Ns - Célula haplóide com
cromossomos simples.
Biologia - M1 53
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INTERFASE
DUPLICAÇÃO
DIVISÃO I
Assim como na mitose, a intérfase precede a meiose, promovendo a duplicação dos cromossomos no período S.
Terminada a intérfase, inicia-se a meiose propriamente dita, que apresenta duas divisões celulares: divisão I
ou reducional e a divisão II ou equacional. Não há necessidade de nova intérfase entre as divisões I e II
porque os cromossomos continuam duplos ao final da divisão I. O que ocorre entre as duas divisões é um
período de repouso celular denominado intercinese.
FASES DA MEIOSE
Para facilitar o estudo, as divisões I e II da meiose são divididas em quatro fases cada uma, como podemos
observar abaixo:
Leptóteno
Divisão I Prófase I Zigóteno
Paquíteno
Diplóteno
Diacinese
Metáfase I
Meiose Intercinese Anáfase I
Telófase I
Prófase II
Divisão II Metáfase II
Anáfase II
Telófase II
54 Biologia - M1
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DIVISÃO REDUCIONAL
Apresenta as seguintes fases: prófase I, metáfase I, anáfase I e telófase I.
PRÓFASE I
É a fase mais longa do processo.
O evento mais importante da prófase I da meiose é o crossing over, já que ele promove a recombinação de
gens localizados em cromossomos homólogos. Assim, o crossing over é um fator de variabilidade genética,
porque ele aumenta a variabilidade das células formadas e, assim, a variabilidade das espécies.
ANÁFASE I
Caracteriza-se por:
- Encurtamento das fibras do fuso.
- Em função do encurtamento das fibras do fuso e da não divisão do centrômero na metáfase I,
cromossomos duplos migram para os pólos da célula.
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TELÓFASE I
É a última fase da divisão I da meiose. Caracteriza-se por:
- Formação de novas cariotecas e nucléolos.
- Total desaparecimento das fibras do fuso e do áster.
- Os cromossomos não assumem o aspecto interfásico, permanecendo espiralizados.
- Formação de duas células filhas. Os processos de formação das duas células filhas são os mesmos que
já foram descritos na telófase da mitose. No entanto, as células filhas presentes na telófase I apresentarão
cromossomos duplos, já que na divisão I não ocorre divisão do centrômero.
Metáfase I Telófase I
Anáfase I
Fases da divisão I da Meiose
INTERCINESE
É um período de repouso celular entre as divisões I e II.
DIVISÃO EQUACIONAL
Apresenta as seguintes fases: prófase II, metáfase II, anáfase II e telófase II.
PRÓFASE II
Caracteriza-se por:
- Desaparecimento da carioteca e nucléolo.
- “Duplicação” dos centríolos e afastamento dos mesmos para os pólos da célula. Assim como na prófase
da mitose e prófase I da meiose, não há uma verdadeira duplicação dos centríolos, e sim a formação de
um novo par.
- Formação das fibras do áster e das fibras do fuso.
- Cromossomos se prendem, pelo centrômero, às fibras do fuso, sem nenhum padrão de organização.
METÁFASE II
Caracteriza-se por:
- Cromossomos alinhados na região equatorial da célula (placa equatorial).
- Grau máximo de espiralização cromossômica.
- Divisão do centrômero no final desta fase, de modo que cada cromossomo duplo se transforma em dois
cromossomos simples.
ANÁFASE II
Caracteriza-se por:
- Encurtamento das fibras do fuso.
- Cromossomos simples migram para os pólos da célula. Esses cromossomos são simples porque
ocorreu divisão do centrômero no final da metáfase II.
- Cromossomos em processo de desespiralização.
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57 cor preto
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TELÓFASE II
É a última fase da meiose. Caracteriza-se por:
- Formação de novas cariotecas e nucléolos.
- Cromossomos totalmente desespiralizados (cromatina).
- Total desaparecimento das fibras do fuso e do áster.
- Formação de duas células filhas através da cariocinese e da citocinese, já descritas. As células filhas da
telófase II são haplóides com cromossomos simples.
Finalidades da meiose
- Formação de gametas em animais (Gametogênese Animal)
- Formação de esporos em vegetais (Esporogênese Vegetal)
Prófase II Metáfase II
Anáfase II Telófase II
Fases da Divisão II da Meiose
TIPOS DE MEIOSE
MEIOSE ZIGÓTICA MEIOSE ESPÓRICA
Ocorre no zigoto formado por certas algas, Ocorre nos vegetais, originando esporos.
originando quatro células haplóides que evoluem MEIOSE GAMÉTICA
para a fase adulta do organismo. Ocorre nos animais, originando gametas.
Clonagem
A palavra clone, de origem grega, significa broto. começou a se dividir normalmente para formar um feto, como
Atualmente, o termo clone vem sendo utilizado para designar se tivesse sido fecundado por um espermatozóide. O ser que
uma cópia idêntica de outro ser vivo produzido artificialmente estava sendo formado seguiu as instruções do DNA da célula
e assexuadamente. A identidade entre seres vivos clonados da mama. O óvulo em desenvolvimento foi colocado no útero
deve-se à igualdade de seus materiais genéticos. de uma terceira ovelha onde completou a gestação.
O nascimento da ovelha Dolly representou um caso A duplicação de um ser humano adulto é teoricamente
clássico de clonagem que revolucionou o mundo científico. possível, usando-se o mesmo processo descrito para a ovelha
Ian Wilmut iniciou o seu experimento retirando uma única célula Dolly. No entanto, as técnicas de clonagem em seres humanos
da mama da ovelha adulta que ele queria clonar. Dessa célula são totalmente anti-éticas. Grande número de pessoas não
aproveitou apenas o núcleo, descartando o restante do aceita a clonagem humana, pois o que rege nossa convivência
conteúdo celular. Simultaneamente, os assistentes de Wilmut é o fato de cada um de nós ser único além do risco de estarmos
retiraram o óvulo de outra ovelha e extirparam o seu núcleo. O explorando um território desconhecido. “As diferenças e
núcleo da célula mamária da primeira ovelha foi transportado semelhanças que existem entre nós é que formam a sociedade
para o óvulo sem núcleo da segunda. O óvulo aceitou o núcleo e seus tabus”.
como se fosse originalmente seu. Imediatamente, o óvulo (PROF. RICARDO PRATA)
Biologia - M1 57
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Em função do grande número de espécies existentes na Biosfera, tornou–se necessário agrupar os seres
vivos de acordo com suas semelhanças e diferenças. A Taxonomia ou Sistemática é o ramo da Biologia que
estuda a classificação dos seres vivos.
Existem vários sistemas de classificação dos seres vivos. O sistema artificial de classificação utiliza os
critérios arbitrários que não indicam as semelhanças e diferenças fundamentais entre os seres vivos. Por exemplo,
se classificamos os animais quanto à locomoção teríamos dois grupos: animais voadores e não voadores. Observe
que, em um mesmo grupo, encontramos animais bastante diferentes, o que não indica as principais semelhanças
e diferenças entre os seres envolvidos.
O sistema natural de classificação é o mais aceito atualmente e utiliza critérios que permitem verificar as
relações de parentesco evolutivo entre os organismos. Assim, a classificação natural leva em conta as semelhanças
e diferenças fundamentais baseadas no fator evolutivo.
1 – CATEGORIAS TAXONÔMICAS
São grupos formados por seres vivos, medindo um certo grau de parentesco evolutivo. A formação desses
grupos segue uma ordem hierárquica como podemos perceber a seguir:
58 Biologia - M1
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Filo
Chordata
Classe
Mammalia
Ordem
Carnívora
Família
Canidae
Gênero
Canis
Espécie
C. familiaris
A Espécie é definida como sendo um conjunto de indivíduos semelhantes que se cruzam naturalmente e
produzem descendentes férteis por um número ilimitado de gerações (intra–fertilidade e inter–esterilidade).
Em geral, ocorre o isolamento reprodutivo entre seres de espécies diferentes. No entanto, pode ocorrer tal
tipo de cruzamento com descendentes férteis por algumas gerações. É o caso do cruzamento entre o lobo, macho
da espécie Canis lupus e a cadela, fêmea da espécie Canis familiaris. O cruzamento ocorre em cativeiro e os
filhotes são férteis por três gerações.
3 – REGRAS DE NOMENCLATURA
A nomenclatura científica tem por objetivo universalizar os nomes dos seres vivos, facilitando a comunicação
entre os cientistas. A nomenclatura utilizada é latina e foi adotada com base nos trabalhos de um fixista sueco que
viveu no século XVllI, denominado Lineu. O latim foi a língua utilizada por ser uma língua morta e por ser falada
pelos homens de ciência da época.
As mais importantes regras de nomenclatura são:
1 – Todos os nomes científicos devem ser escritos em latim ou a partir de radicais latinizados. Devem ser
destacados do texto através de grifo, itálico ou negrito.
Exemplos: Plasmodium vivax
Taenia saginata
2 – A nomenclatura para as espécies é binomial. O primeiro nome indica o gênero, que deve ser escrito com
inicial maiúscula, enquanto o segundo é o nome específico, que deve ser escrito com inicial minúscula.
Exemplos: Amoeba proteus
↓ ↓
gênero nome especifico
Biologia - M1 59
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4 – As letras sp devem ser utilizadas após o nome do gênero quando não é possível ou não interessa citar
o nome completo da espécie.
Exemplo: Plasmodium sp
5 – As letras spp devem ser utilizadas após o nome do gênero quando desejamos incluir todas as espécies
do gênero citado.
Exemplo: Plasmodium spp
6 – A nomenclatura para as subespécies é trinomial. O terceiro nome deve ser escrito com inicial minúscula
e é denominado nome subespecífico.
Exemplo: Crotalus terrificus durissus
7 – O nome do subgênero deve ser citado após o nome do gênero, entre parênteses, com inicial maiúscula
e destacado do texto.
Exemplo: Aedes (Stegomyia) aegypti
↓ ↓ ↓
gênero subgênero nome
específco
8 – Algumas categorias taxonômicas podem ser identificadas por uma determinada terminação que pode
variar em zoologia e botânica.
Família – Entre os animais – terminação IDAE
Exemplos: Hominidae
Canidae
Entre os vegetais – terminação ACEAE
Exemplos: Rosaceae
Cactaceae
60 Biologia - M1
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lI – VÍRUS
INTRODUÇÃO
Capa protéica
Cabeça
Fibras de Cauda
Os vírus bacteriófagos se fixam à célula hospedeira através das fibras da cauda e injetam o seu DNA no
interior da bactéria. A partir dessa situação, dois tipos de ciclos de reprodução podem ocorrer. São eles:
62 Biologia - M1
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4 - O envoltório
protéico permanece
fora.
5 - Novas moléculas
3 - O DNA do vírus é injetado na célula.
de DNA do vírus
são sintetizadas.
8 - A bactéria se rompe
libertando novos vírus.
DNA viral
Bactéria
Cromossomo
bacteriano
DNA viral incorpora-se ao
cromossomo bacteriano
Biologia - M1 63
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Como os vírus são insensíveis a medicamentos usuais, o combate às viroses depende sobretudo do sistema
imunológico do indivíduo parasitado.
As principais viroses que ocorrem na espécie humana são: poliomielite, sarampo, varíola, rubéola, hidrofobia
(raiva), caxumba (parotidite), AIDS, febre amarela, dengue, gripe, herpes, hepatite infecciosa, catapora (varicela),
mononucleose e outras. O quadro a seguir resume as principais características de algumas doenças viróticas:
64 Biologia - M1
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4 – IMUNIDADE
A imunologia é a ciência que estuda os mecanismos de reação do organismo contra um agente agressor.
A imunidade é o estado de resistência de um organismo contra a ação de agentes patogênicos.
Os antígenos são substâncias ou organismos estranhos que induzem uma resposta imunológica específica
através da produção de anticorpos que são proteínas de ação específica contra cada tipo de antígeno.
– Imunidade natural ativa – o próprio organismo produz anticorpos após o contato com o agente agressor.
– Imunidade natural passiva – ocorre através de uma transferência natural de um organismo para outro.
Podemos observar esse caso na passagem de anticorpos maternos para o feto através da placenta e na
transferência de anticorpos maternos através do aleitamento.
2 – Imunidade artificial – É a imunidade produzida pelo homem. Pode ser ativa ou passiva.
– Imunidade artificial ativa – o próprio organismo produz anticorpos a partir da aplicação de uma vacina.
– Imunidade artificial passiva – ocorre através de uma transferência de anticorpos através de soro
específico.
5 – VACINA E SORO
VACINA SORO
Contém antígenos Contém anticorpos.
Ação preventiva, já que estimula a Ação curativa, já que é uma
produção de anticorpos específicos. solução de anticorpos.
Ação duradoura. Ação temporária
O Reino Monera compreende organismos unicelulares e procariontes ou seja, a única célula presente
apresenta um padrão muito simples de organização sendo do tipo procariota. A célula procariota não apresenta
carioteca ou membrana nuclear, sendo o seu núcleo difuso (nucleóide). As únicas organelas presentes no citoplasma
desse tipo celular são os ribossomos, responsáveis pela síntese protéica.
Bactérias e Cianobactérias ou Cianofíceas são classificadas no reino Monera, podendo viver isoladamente
ou se organizar formando colônias.
1 – BACTÉRIAS
Biologia - M1 65
66 cor preto
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Hialoplasma
Ribossomos
Parede
Celular
Mesossomo
Cápsula
Nucleóide
Membrana
(DNA)
citoplasmática
As bactérias são classificadas quanto à forma em quatro tipos morfológicos básicos: COCOS, BACILOS,
ESPIRILOS E VIBRIÕES.
Os cocos são bactérias arredondadas que podem ter vida isolada ou formar colônias. Dois cocos agrupados
formam um diplococo, vários cocos enfileirados formam um estreptococo, enquanto vários cocos dispostos em
cacho formam um estafilococo. Os cocos também podem ser agrupados, formando uma sarcina que é uma
colônia cúbica de oito ou mais cocos.
Coco Diplococo
Estreptococo
Sarcina
Estafilococo
Cocos
A maior parte das bactérias obtém energia através da fermentação, que pode formar álcool etílico (fermentação
alcoólica) ou ácido lático (fermentação lática). A oxidação do álcool etílico forma ácido acético, processo esse
erroneamente denominado fermentação acética. As bactérias anaeróbias podem ser estritas, quando não
suportam a presença do oxigênio, ou facultativas quando suportam a presença desse gás
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Algumas bactérias obtêm energia através da respiração celular aeróbia e são denominadas bactérias aeróbias.
energia
2NO–2 + O2 2NO–3
nitrito nitrato
Entre as bactérias autótrofas, existem aquelas que são fotossintetizantes, isto é, produzem o próprio
alimento através da fotossíntese, que utiliza a energia luminosa. A fotossíntese bacteriana é também denominada
fotorredução e utiliza, ao invés de água, o sulfato de hidrogênio (H2S) não liberando oxigênio.
O pigmento que absorve a energia luminosa é denominado bacterioclorofila e está presente no hialoplasma
uma vez que as bactérias não apresentam cloroplastos. Observe a equação geral da fotossíntese bacteriana:
luz infravermelha
6CO2 + 12H2S C6H12O6 + 12S + 6H2O
bacterioclorofila
Heterótrofas
Quimiossintetizantes
Autótrofas Fotossintetizantes
Biologia - M1 67
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REPRODUÇÃO ASSEXUADA
célula-mãe
É o principal tipo de reprodução das bactérias e ocorre por
cissiparidade ou bipartição ou divisão binária. Através desse
processo, uma bactéria mãe duplica o seu material genético
(nucleóide) e se divide originando duas bactérias filhas geneticamente duplicação do
idênticas à bactéria mãe, não ocorrendo assim variabilidade genética. material genético
68 Biologia - M1
69 cor preto
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a) Conjugação
É a transferência unidirecional de material genético (DNA)
de uma bactéria doadora a outra receptora através de uma ponte
citoplasmática. As bactérias doadoras possuem um material
genético denominado fator fertilidade (bactérias F+) que não está
presente nas bactérias receptoras (bactérias F–). Em qualquer
mecanismo de recombinação gênica em bactérias, somente uma
fração do cromossomo da bactéria doadora é doado para a bactéria
receptora. Essa fração doada corresponde à porção duplicada do
seu cromossomo. A bactéria receptora ficará com uma constituição
genética diferente das duas células iniciais e realiza divisão binária
originando duas células iguais a ela.
Transformação
Pneumococos Pneumococos
Pneumococos Pneumococos
capsulados capsulados
capsulados não capsulados
mortos mortos
vivos vivos
pelo calor + pneumococos
vivos
não capsulados
causam a
morte dos
causam a não causam a não causam a indivíduos.
morte dos morte dos morte dos No sangue dos
indivíduos indivíduos indivíduos camundongos mortos
são encontrados
pneumococos
capsulados
vivos
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70 Biologia - M1
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1.8 – Antibióticos
São substâncias químicas produzidas por algumas espécies de bactérias e fungos. Essas substâncias
podem ter ação de inibir a reprodução (bacteriostáticos) ou matar (bactericidas) microorganismos. Os antibióticos
são utilizados em larga escala no combate a doenças bacterianas, porém seu uso indiscriminado pode trazer
sérias conseqüências para o organismo humano como: seleção de bactérias naturalmente resistentes ao seu
efeito, reações alérgicas, lesões hepáticas e renais, destruição da flora bacteriana intestinal, entre outras.
Um importante método de estudo para determinar a ação dos antibióticos sobre certas bactérias é o
antibiograma. Através dele, verifica–se a resistência ou a sensibilidade de uma bactéria a numerosos antibióticos.
2 – CIANOBACTÉRIAS
2.1 – Características Gerais
Também denominadas cianofíceas ou cianófitas ou algas azuis, apresentam externamente à membrana
citoplasmática a parede celular que contém celulose. A denominação algas azuis atribuída a esses organismos é
inadequada uma vez que sua coloração é muito variada (azul, marrom, vermelha, etc.).
As cianobactérias podem ser diferenciadas das demais algas por apresentarem uma organização celular
procariota e ausência de organelas citoplasmáticas limitadas por membrana lipoprotéica.
São organismos autótrofos fotossintetizantes, apresentando pigmentos como ficocianina (azul), clorofila
(verde), xantofila (amarelo), caroteno (amarelo) e ficoeritrina (vermelho). A coloração da cianobactéria depende do
pigmento predominante. Esses pigmentos estão presentes no citoplasma e aderidos a pregas da membrana
citoplasmática, já que esses organismos não apresentam plastos.
A fotossíntese da cianobactéria, ao contrário das bactérias, utiliza água e libera oxigênio para o ambiente.
A principal substância de reserva energética é o amido das cianofíceas. Observe a equação geral da fotossíntese
das cianobactérias, demais algas e vegetais superiores:
Luz
6CO2 + 12H2O C6H12O6 + 6H2O + 6O2
Clorofila
A maioria das cianobactérias formam colônias que habitam os mais variados ambientes como água doce,
água salgada, solo úmido, rochas úmidas, troncos de árvores e fontes hidrotermais. O nucleóide de uma
cianobactéria contém DNA e proteínas, estando o RNA presente no
citoplasma, associado às proteínas, formando os ribossomos.
Envoltório
viscoso
2.2 . Importância das Cianobactérias Parede Celular
Biologia - M1 71
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lV – REINO PROTISTA
INTRODUÇÃO
O Reino Protista compreende organismos unicelulares e pluricelulares que já apresentam organização
celular eucariota. A célula eucariota apresenta carioteca ou membrana nuclear delimitando um núcleo verdadeiro,
além de organelas citoplasmáticas limitadas por membrana lipoprotéica. Apesar de alguns representantes serem
pluricelulares, os protistas nunca formam tecidos diferenciados.
Algas e protozoários são classificados no reino Protista.
1 . ALGAS
1.1. Características Gerais
São organismos autótrofos fotossintetizantes que apresentam clorofila e outros pigmentos no interior de cloroplastos.
Todas as algas apresentam clorofila, caroteno e xantofila, muitas vezes associados a outros pigmentos. A coloração de
uma alga depende do pigmento predominante que apresenta. Assim, nas algas verdes ou clorófitas, predomina a
clorofila (pigmento verde) enquanto nas algas douradas ou crisófitas, predomina a fucoxantina (pigmento marrom).
Algumas espécies de algas são unicelulares (isoladas ou coloniais) e outras pluricelulares, essas últimas
denominadas talófitas já que o seu corpo é denominado talo. Como nos demais protistas, não ocorre a formação de
tecidos diferenciados. As algas vivem em água salgada, água doce e em ambiente terrestre úmido. A maioria das
espécies aquáticas flutuam na superfície da água formando o fitoplâncton que apresenta grande importância ecológica
em função da liberação de grande quantidade de oxigênio para o ambiente. Sabe–se que mais de 90% de toda a
fotossíntese realizada no planeta Terra se deve às algas planctônicas, que são importantes no processo de purificação
da atmosfera. Dessa forma, as algas constituem a base das cadeias alimentares formando o nível dos produtores.
As substâncias de reserva das algas variam entre as diversas divisões. Podemos encontrar amido, óleos,
laminarina, manitol, paramilo e outros.
A parede celular é encontrada na grande maioria das algas sendo normalmente constituída de celulose
associada a outras substâncias como sílica, pectina, algina e outras.
72 Biologia - M1
73 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
REPRODUÇÃO ASSEXUADA
Nas algas unicelulares de vida
isolada ocorre a Cissiparidade. Através
desse processo, uma célula mãe origina
duas células filhas geneticamente
idênticas à célula mãe.
Nas algas coloniais (filamentosas)
e pluricelulares ocorre a esporulação.
Esse processo consiste na formação de
células germinativas denominadas
esporos que podem ser móveis
(zoósporos) ou imóveis (aplanósporos).
Os esporos são capazes de originar
novos indivíduos. Esporulação em Ulothrix (alga verde filamentosa)
Biologia - M1 73
74 cor preto
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REPRODUÇÃO SEXUADA
Ocorre através de fecundação que pode ser de três tipos, de acordo com os tipos de gametas. Assim, temos:
a) Fecundação Isogâmica (lsogamia)
Os gametas masculino e feminino são iguais. Ambos são células móveis flageladas.
b) Fecundação Anisogâmica (Anisogamia)
Os gametas masculino e feminino são semelhantes. Ambos são células móveis flageladas, porém o gameta
masculino é menor e mais ágil que o
feminino. Anterozóide
Isogametas Oosfera
c) Fecundação Oogâmica (Oogamia)
Os gametas masculino e feminino são bem
diferentes. O gameta masculino é pequeno, Fecundação Fecundação Fecundação
Observe que, nesse tipo de ciclo, a meiose forma gametas, razão pela qual esse tipo de divisão é denominado
meiose zigótica.
CICLO DIPLOBIONTE OU DIPLONTE
Meiose (R!) Gametas
Os indivíduos são diplóides e algumas células formam gametas n
por meiose. Esses promovem a fecundação formando o zigoto ou
Fecundação
célula ovo (2n) que sofre mitoses sucessivas, formando um novo Talo
indivíduo diplóide que reinicia o ciclo. 2n
Observe que neste ciclo a meiose forma gametas, razão pela Mitoses Zigoto
qual esse tipo de divisão é denominado meiose gamética. 2n
Ciclo Diplobionte
74 Biologia - M1
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Zoósporos haplóides
Os indivíduos diplóides Célula onde ocorreu meiose (n cromossomos)
são denominados esporófitos já Desenvolvimento
que produzem esporos, dos esporos
enquanto os indivíduos haplóides
são denominados gametófitos Meiose
por produzirem gametas.
Observe que nesse tipo
de ciclo a meiose forma esporos,
razão pela qual esse tipo de
divisão é denominado meiose Gametófitos
haplóides (n)
espórica. Células onde ocorreram
Esporófito diplóide diferenciações de
(2n cromossomos) gametas
Fecundação
Biologia - M1 75
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Nas espécies de água doce, o citoplasma contém vacúolos contráteis ou pulsáteis que eliminam o
excesso de água que penetrou na célula por osmose.
Citopígeo
Citofaringe
Vacúolo digestivo
Citóstoma
Vacúolo contrátil
cheio
Vacúolo contrátil
vazio
Tricocistos
Cílios Micronúcleo
Endoplasma
Macronúcleo Penículo Ectoplasma
As amebas são os representantes típicos dos Sarcodinos. Algumas amebas são de vida livre, como
Amoeba proteus. Outras são parasitas, como Entamoeba histolytica, existindo ainda espécies comensais
como Entamoeba coli e Entamoeba gingivalis que vivem, respectivamente, no intestino grosso e na boca do
homem. O comensalismo é uma relação ecológica interespecífica em que um dos organismos é beneficiado e
para o outro a associação é indiferente.
Além das amebas, essa classe contém protozoários que apresentam carapaças externas, relacionadas à
proteção e sustentação, constituídas de calcário e sílica. Tais protozoários são os foraminíferos, radiolários e
heliozoários.
CLASSE SPOROZOA (ESPOROZOÁRIOS)
Os protozoários dessa classe não apresentam organela de locomoção e são todos parasitas. As espécies
mais importantes são: Plasmodium vivax, Plasmodium malariae, Plasmodium falciparum e Toxoplasma
gondii.
76 Biologia - M1
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REPRODUÇÃO SEXUADA
Pode ocorrer por conjugação ou por fecundação. A conjugação consiste na transferência unidirecional
de material genético de uma célula a outra através de uma ponte citoplasmática. Ocorre em ciliados como o
paramécio. A fecundação consiste na união dos gametas masculino e feminino formando o zigoto ou célula ovo.
Ocorre em esporozoários como Plasmodium sp.
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78 Biologia - M1
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Tecnologia ITAPECURSOS
i) Distribuição Geográfica: Desde o sul dos Estados Unidos ao sul da América do Sul. Não existe doença
de Chagas fora do continente americano.
j) Profilaxia:
Combate ao barbeiro (inseticidas) que vive em frestas de casas de pau–a–pique ou cafuas de barro.
Substituição de casas de pau–a–pique ou de barro por casas de alvenaria.
Seleção dos doadores de sangue.
Evitar desmatamentos.
l) Vetores: Nem todos os barbeiros podem funcionar como vetores da doença de Chagas. Sabemos que
apenas os Barbeiros Hematófagos podem transmitir o Trypanosoma cruzi para mamíferos. Os barbeiros fitófagos
e predadores não transmitem a doença de Chagas. Em nosso meio, apenas 3 gêneros são capazes de transmitir
o Trypanosoma cruzi: Triatoma, Panstrogylus e Rhodnius
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA ou LEISHMANIOSE CUTÂNEO-MUCOSA ou
ÚLCERA DE BAURU
c) Habitat: No Hospedeiro Vertebrado – Formas Amastigota nas células do Sistema Mononuclear Fagocitário
(SMF) e lesões de mucosa.
No Hospedeiro Invertebrado – Formas Promastigota no intestino e glândulas salivares do inseto.
d) Vetor: Fêmea do mosquito do gênero Lutzomyia (Flebótomo ou Mosquito Palha).
e) Reservatórios Naturais: – Rato Silvestre
– Paca
– Cotia
Convém ressaltar que esta é uma doença primariamente silvestre e em zonas não florestais; o cão pode ser
um reservatório doméstico do parasita. Alguns autores afirmam que o Lutzomyia não é capaz de se infectar no Homem.
f) Transmissão: Picada de insetos fêmea do gênero Lutzomyia contaminado com inoculação de formas
Promastigota. O ciclo evolutivo é do tipo heteroxeno.
g) Patogenia: Variável. Pode apresentar caráter deformante devido a lesões ocorridas nas mucosas da
região nasobucofaringeana e na pele.
– No local da picada surge um nódulo que pode permanecer estável ou aumentar de tamanho formando
uma úlcera pequena dentro de 1 a 2 meses.
– Febre
– Necrose da úlcera
– Alterações vasculares e circulatórias
– Adenopatia
– Edema
– Invasão da mucosa nasobucofaringeana (caráter deformante). O nariz aumenta de volume e o indivíduo
apresenta uma “fácies leishmaniótica” típica, conhecida como “nariz de anta”. Posteriormente, pode haver
comprometimento de todo o nariz e lábio superior, palato e faringe, provocando mutilações graves, impedindo a
alimentação e dificultando a respiração e a fonação. Normalmente não leva o paciente à morte.
Biologia - M1 79
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GIARDÍASE OU GIARDIOSE
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par anterior, par mediano, par ventral e par caudal. Na superfície ventral da
célula, encontra–se um grande disco suctorial ou ventosa e por baixo desse
Núcleo
disco, um núcleo de cada lado. No eixo longitudinal do corpo, existem 2
axonemas e podemos encontrar também duas faixas curtas que atravessam Corpos
basais
os axonemas, abaixo da ventosa, chamadas corpos basais. O disco suctorial
fixa o protozoário à mucosa intestinal do hospedeiro, enquanto axonemas Axonema
são importantes na sustentação da célula.
Os trofozoítos multiplicam–se assexuadamente por divisão binária e
constituem a forma de vida vegetativa já que nessa forma o protozoário Flagelo
Biologia - M1 81
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– Vaginite
– Na Mulher – Leucorréia (corrimento leitoso)
– Prurido intenso
Obs: Na mulher, as complicações são maiores, e o homem muitas vezes é portador assintomático, o que
facilita a transmissão.
f) Distribuição Geográfica: Mundial
g) Profilaxia: Sendo uma doença eminentemente venérea, deve-se ter os cuidados usuais e, além disso:
– Educação sexual
– Tratamento precoce
– Higiene corporal
– Esterilização dos aparelhos ginecológicos
– Tratamento do homem assintomático se a esposa estiver parasitada.
BALANTIDIOSE OU BALANTIDÍASE
82 Biologia - M1
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g) Profilaxia:
– Higiene individual dos vários profissionais que têm de trabalhar com suínos.
– Criação de suínos em boas condições sanitárias, impedindo que suas fezes sejam disseminadas.
– Proteção dos alimentos.
– Tratamento da água.
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b) Morfologia do Parasita: É bastante diferente nas diversas fases evolutivas como também entre cada espécie.
As formas encontradas são as seguintes:
– Esporozoíto – Trofozoíto jovem
– Trofozoíto maduro – Esquizonte
– Merozoíto – Macrogametócito
– Microgametócito – Ovo ou Zigoto
– Oocisto – Oocineto
c) Habitat: Variado, conforme a fase do ciclo evolutivo (ver ciclo evolutivo).
d) Vetor: Fêmea do mosquito do gênero Anopheles (mosquito prego). A principal espécie é o Anopheles
darlingi.
O ciclo do Plasmodium será estudado em duas etapas, uma ocorrendo no homem e outra no mosquito
Anopheles.
Fase Exo-eritrocítica
Também denominada fase pré-eritrocítica ou ciclo tissular primário, ocorre nos hepatócitos. Um mosquito
fêmea infectado do gênero Anopheles, ao exercer a hematofagia, inocula esporozoítos (formas contaminantes)
que caem na corrente sangüínea e alcançam o fígado, onde penetram em um hepatócito. Nessas células, os
esporozoítos transformam-se em trofozoítos jovens que crescem e se transformam em trofozoítos maduros.
Estes, por sua vez, formam esquizontes que sofrem esquizogonia (divisão múltipla), formando vários merozoítos
que são liberados com a destruição dos hepatócitos. Cada merozoíto pode seguir dois caminhos: penetrar em
outros hepatócitos e iniciar novo ciclo exo-eritrocítico ou penetrar nos eritrócitos (hemácias) e iniciar o ciclo
eritrocítico. Penetrando em outros hepatócitos, os merozoítos se diferenciam em trofozoítos e estes em esquizontes
que sofrem esquizogonia, formando outros merozoítos. Os hepatócitos são destruídos com liberação dos merozoítos
estabelecendo, assim, um ciclo vicioso.
Fase Eritrocítica
Ocorre nos eritrócitos ou hemácias. Os merozoítos penetram nos eritrócitos e transformam-se em trofozoítos
jovens. Estes transformam-se em trofozoítos maduros e finalmente em esquizontes. Por esquizogonia, os
esquizontes formam vários merozoítos que penetram em outro eritrócito repetindo a fase eritrocítica. No interior
dos eritrócitos, os merozoítos podem sofrer diferenciação, formando gametócitos masculinos (microgametócitos)
e gametócitos femininos (macrogametócitos). Esses gametócitos se mantêm no sangue circulante por tempo
não conhecido.
84 Biologia - M1
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i) Profilaxia:
– Combate ao inseto (inseticida);
– Uso de repelentes, telas nas janelas ou dormir com mosquiteiros finos;
– Criação de peixes larvófagos que combatem a larva do mosquito transmissor (controle biológico);
– Evitar acúmulo de água em locais descobertos.
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TOXOPLASMOSE
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V – REINO FUNGI
1 - Características Gerais
São organismos aclorofilados e heterótrofos, com alguns representantes unicelulares como as leveduras,
e outros pluricelulares como os cogumelos. O corpo de um fungo pluricelular é constituído por uma série de
filamentos denominados hifas que, em conjunto, formam uma massa de filamentos emaranhados denominada
micélio.
As células dos fungos apresentam parede celular constituída por um polissacarídeo nitrogenado denominado
quitina.
Os fungos estão presentes nos ambientes aquáticos e terrestres úmidos, predominando as espécies de
vida livre. As espécies sapróvoras ou saprófagas realizam a decomposição da matéria orgânica atuando como
agentes decompositores.
Algumas espécies de fungos associam-se a certas algas formando os liquens. Outras espécies de
fungos associam-se a raízes de vegetais superiores formando as micorrizas. Um pequeno número de espécies
atuam como parasitas, responsáveis pelas micoses.
O glicogênio é a principal substância de reserva alimentar, sendo formado através da polimerização de
várias moléculas de glicose.
Em função de certas características muito particulares, os fungos são classificados por alguns autores em
um reino à parte (Reino Fungi). A parte da Biologia que estuda os fungos é denominada micologia.
Tipos de Hifas
a – Cenocítica
b – Septada Haplóide
c – Septada Dicariótica (Diplóide)
Biologia - M1 87
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ASCOMICETOS
Caracterizam-se pela presença de uma estrutura reprodutora denominada asco no interior da qual formam–
se quatro ou oito esporos denominados ascósporos. Os ascósporos são esporos sexuados já que são formados
através de processo sexuado (fusão de núcleos seguida de meiose). Os ascos podem ser agrupados formando
corpos de frutificação denominados ascocarpos.
As hifas dos ascomicetos são septadas podendo ser haplóides ou dicarióticas. As hifas haplóides correspondem
à geração gametofítica enquanto as hifas dicarióticas (diplóides) correspondem à geração esporofítica.
Os representantes mais importantes são as leveduras como o Saccharomyces cerevisiae utilizado na
produção de bebidas alcoólicas e de pão caseiro, e das várias espécies do gênero Penicillium utilizados na
produção de queijos e do antibiótico penicilina.
Exemplos de Ascomicetos
a – Saccharomyces
b – Penicillium
c – Aspergillus
BASIDIOMICETOS
Caracterizam–se pela presença de uma estrutura reprodutora denominada basídio no interior do qual
formam–se quatro esporos denominados basidiósporos. Os basidiósporos são esporos sexuados já que são
formados através de processo sexuado (fusão de núcleos seguida de meiose). Os basídios podem ser agrupados
formando corpos de frutificação denominados basidiocarpos. Os basidiocarpos apresentam comumente a
forma de uma umbela ou chapéu onde os basídios estão situados em sua face inferior.
Os basidiomicetos são os fungos mais evoluídos e suas hifas são septadas podendo ser haplóides ou
dicarióticas (diplóides) e correspondem à geração esporofítica.
Os representantes mais importantes são os cogumelos e as orelhas de pau. Entre os cogumelos vale
ressaltar alguns como:
Agaricus campestris (champignon) – comestível
Amanita sp – venenoso
Claviceps purpurea – extração do LSD de efeitos alucinógenos
Psilocybe sp – extração do psilocibin de efeitos alucinógenos
Exemplos de Basidiomicetos:
a - Psilocybe sp
b - Agaricus campestris
c - Polyporus sp (orelha de pau)
DEUTEROMICETOS
Também denominados fungos imperfeitos, constituem representantes que só se reproduzem de forma
assexuada. O representante mais importante é a Candida albicans responsável por certos tipos de vaginite,
uretrite e pelo “sapinho”.
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Basidiósporos
a) Ascósporos Asco contendo 8 ascóporos
Biologia - M1 89
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REPRODUÇÃO SEXUADA
Ocorre através da fecundação. Nos fungos esse processo é resultado da fusão de duas hifas designadas
uma como positiva (+) e outra como negativa (–). Muitas vezes, os núcleos da duas hifas haplóides não se fundem,
originando hifas com dois núcleos (hifas dicarióticas) em cada célula.
ALTERNÂNCIA DE GERAÇÕES (METAGÊNESE)
Nos fungos mais desenvolvidos ocorre alternância de gerações que pode ser ilustrada no ciclo reprodutivo
de um basidiomiceto.
6– CICLO REPRODUTIVO DE UM BASIDIOMICETO
Os basidiocarpos (corpos de frutificação dos basidiomicetos) apresentam a forma de um chapéu onde os
basídios estão situados em sua face inferior, na superficie de inúmeras lâminas radialmente simétricas. Essas
lâminas, em conjunto, formam uma estrutura denominada himênio. Cada basídio forma quatro esporos
(basidiósporos) haplóides através de meiose espórica. Quando cada basidiósporo cai em solo rico em substâncias
orgânicas, forma-se um grande micélio subterrâneo, constituído de hifas haplóides, septadas e mononucleadas.
Hifas fisiologicamente diferentes (+ e –) se fundem ocorrendo a plasmogamia (fusão dos citoplasmas) sem contudo
ocorrer a cariogamia (fusão dos núcleos). Forma-se, assim, um micélio por hifas septadas e dicarióticas (diplóides)
que apresentam em cada célula dois núcleos pareados. O novo micélio produzirá basidiocarpos com hifas
septadas e dicarióticas (diplóides). Somente no interior dos basídios é que ocorre a cariogamia (fusão dos
núcleos), seguida de meiose, formando assim os basidiósporos haplóides que reiniciam o ciclo.
Pela descrição do ciclo reprodutivo, percebe-se que há uma nítida alternância de gerações, onde o
esporófito (2N) é representado pelo basidiocarpo e o gametófito (N) pelas hifas de células haplóides
mononucleadas.
Basidiocarpo
(=corpo de frutificação)
Solo
E (2n)
Hifa dicariótica Lamela
Basídios com
Plasmogamia
basidiósporos
(Fusão de hifas)
R! (Meiose)
Hifa Basidiósporos
haplóide
G (n)
Basídio
Basidiósporo
Hifa em germinação
haplóide
90 Biologia - M1
91 cor preto
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VI – LIQUENS
1 - Características Gerais
Os liquens são protistas resultantes da associação permanente de uma alga com um fungo. As algas são
representadas por certas espécies de cianófitas e clorófitas, enquanto que entre os fungos aparecem os
ascomicetos e os basidiomicetos. A relação ecológica estabelecida entre alga e fungo na formação de um
líquen é do tipo mutualismo. O mutualismo é uma associação permanente inter-específica com benefício
mútuo. Percebe-se que, nos liquens, a alga realiza fotossintese alimentando as células do fungo. Este envolve
as células da alga com suas hifas, protegendo-as, além de absorver água e sais minerais do ambiente que são
cedidos à alga.
O habitat dos liquens é bastante variado, sendo encontrados em troncos de árvores, no solo e em material
rochoso.
CLADONIA
USNEA
PARMELA (BARBA DE VELHO)
Hifa
Alga
Estrutura de um sorédio
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BIOLOGIA
Citologia
1) (FCMMG) O composto inorgânico mais abundante das células, da substância intercelular e dos líquidos
orgânicos é a água. Com relação à mesma, está INCORRETO:
a) Atua na regulação térmica e ácido-básica.
b) Atua como solvente de outras substâncias.
c) Participa da regulação osmótica dos meios intra e extra-celulares.
d) Constitui uma das principais fontes de energia para os seres vivos.
e) Serve como veículo para transporte de outras substâncias em mecanismos de secreção e absorção.
2) (UFMG)
3) (PUC-SP) O bócio endêmico é o aumento da glândula tireóide, doença muito comum em regiões interioranas
do país. Esta doença relaciona-se com a falta de:
a) cálcio b) fósforo c) potássio d) iodo e) ferro
4) (UFMG) Segundo estudo feito na Etiópia, crianças que comiam alimentos preparados em panelas de ferro
apresentaram uma redução da taxa de anemia de 55 para 13%.
Essa redução pode ser explicada pelo fato de que o ferro,
a) aquecido, ativa vitaminas do complexo B presentes nos alimentos prevenindo a anemia.
b) contido nos alimentos, se transforma facilmente durante o cozimento e é absorvido pelo organismo.
c) oriundo das panelas, modifica o sabor dos alimentos, aumentando o apetite das crianças.
d) proveniente das panelas, é misturado aos alimentos e absorvido pelo organismo.
92 Biologia - M1
93 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
6) (UFMG) Todas as alternativas apresentam substâncias que exercem importantes funções nos seres vivos e
são macromoléculas constituídas de aminoácidos, EXCETO:
a) Actina b) Albumina c) Celulose d) Colágeno e) Queratina
H 2N C COOH
Essa é a fórmula geral que representa importantes substâncias presentes nos seres vivos e que diferem entre
si pela composição do radical R. Essas substâncias ligam-se formando grandes moléculas orgânicas. Em
relação a essas substâncias e às moléculas orgânicas formadas, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO:
a) A composição das moléculas orgânicas formadas é determinada geneticamente.
b) A ligação química, na formação das moléculas, é feita através do radical R.
c) As moléculas orgânicas formadas podem exercer funções enzimáticas.
d) O colágeno e a queratina são exemplos dessas moléculas orgânicas e existem nos vertebrados.
e) Os seres humanos são incapazes de produzir alguns tipos dessas substâncias.
8) (UFMG) Este gráfico indica as velocidades de reação das enzimas I, II e III em função do pH do meio.
Com base no gráfico e em seus conhecimentos, é correto
Velocidade da Reação
afirmar-se que:
a) a enzima I age numa faixa de pH mais estreita do
que II e III.
b) a enzima II pode sofrer desnaturação no pH 2.
c) as três enzimas atuam sobre o mesmo substrato.
d) as três enzimas possuem a mesma temperatura
ótima de ação.
9) (UFMG) Mantendo-se constante a concentração de uma enzima de célula humana, o efeito da temperatura
sobre a velocidade da reação é melhor representado pelo gráfico:
a) b)
c) d) e)
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16) (UFMG) Analise o esquema abaixo, referente a três fases de um fenômeno biológico.
Vesícula
revestida
A B C D
18) (FUVEST-SP) As principais diferenças entre uma célula vegetal típica e uma célula animal típica são:
a) presença de membrana plasmática e núcleo nas células animais e ausência destas estruturas nas
células vegetais.
b) presença de mitocôndrias e plastos nas células vegetais e ausência destas estruturas nas células animais.
c) presença do complexo de Golgi e mitocôndrias nas células animais e ausência destas estruturas nas
células vegetais.
d) presença de plastos e parede celulósica nas células vegetais e ausência destas estruturas nas células
animais.
e) presença de mitocôndrias e parede celulósica nas células vegetais e ausência destas estruturas nas
células animais.
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20) (UFMG) A doença de Tay-Sachs, que provoca sintomas em crianças de poucos meses, deve-se à deficiência
de certas enzimas lisossomais, que digerem um lipídio da célula nervosa. O acúmulo do lipídio prejudica o
funcionamento do sistema nervoso.
As enzimas e o organóide citados, que participam do processo acima referido, são originados respectivamente do:
a) Retículo rugoso e complexo do Golgi d) Mitocôndria e retículo rugoso
b) Retículo liso e retículo rugoso e) Complexo de Golgi e complexo de Golgi
c) Complexo de Golgi e retículo liso
21) (UFMG) O desenvolvimento de seres multicelulares depende da morte programada de certas células. Esse
fenômeno biológico, regulado por genes, é conhecido como apoptose e está ilustrado nestas figuras:
Membrana
interdigital
Com base nas informações dessas figuras e em outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO
afirmar que
a) a apoptose que ocorre no caso I resulta da ação de enzimas digestivas presentes nos lisossomos.
b) A ausência de apoptose, no caso ilustrado em II, pode dificultar uma melhor exploração do ambiente.
c) A ocorrência de alterações nos genes responsáveis pela apoptose, nos casos I e II, pode ser transmitida
aos descendentes.
d) A apoptose, no caso II, ocorre devido a um processo inflamatório.
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22) (FCMMG) A Silicose é uma grave doença, com perda progressiva da capacidade ventilatória dos pulmões,
encontrada comumente em trabalhadores de minas. Partículas de sílica destroem uma organela citoplasmática,
causando extravasamento de enzimas, que leva à morte celular.
A organela acima referida é:
a) Lisossoma
b) Mitocôndria
c) Complexo de Golgi
d) Retículo Endoplasmático
23) (UFMG) Para resolver esta questão, utilize a tabela abaixo, que relaciona diversos códons de RNA mensageiro
aos aminoácidos codificados por eles.
Pode-se concluir que a cadeia polipeptídica codificada pelo segmento de DNA original será diferente da cadeia
polipeptídica codificada pelo segmento transformado em:
a) quatro aminoácidos. b) três aminoácidos.
c) dois aminoácidos. d) um aminoácido. e) nenhum aminoácido.
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25) O esquema representa a síntese do “bioisopor” a partir da utilização de produtos vegetais, cujas características
ecológicas são mais vantajosas que as do isopor sintético.
“... nesta etapa do processo, a molécula de água é quebrada, liberando os H+ que serão utilizados na
redução do CO2 ao nível de carboidratos.”
O citado acima refere-se à (ao):
a) Ciclo de Krebs c) Cadeia respiratória
b) Ciclo do C de Calvin. d) Fotofosforilação cíclica e) Fotofosforilação acíclica.
27) (UFMG) Uma semente de roseira plantada num vaso com 2 kg de terra se transforma, em dois anos, em
uma planta de 800g. Esse aumento de peso deve-se principalmente à absorção de
a) matéria orgânica b) gás carbônico c) nitrogênio d) fósforo
28) (UFMG) Para se saber quais comprimentos de onda (cores do espectro) são absorvidos pelos pigmentos
das plantas durante a fotossíntese, foram montados os esquemas A e B.
Com base nos dados dos esquemas e em seus conhecimentos sobre o assunto, indique a alternativa que
apresenta as cores que não aparecerão no esquema B:
a) Amarela e laranja c) Verde e vermelha e) Violeta e verde
b) Azul e vermelha d) Violeta e amarela
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29) (PUC-MG) O processo fotossintético de uma célula eucariota é ATP-dependente e ocorre mesmo quando
o cloroplasto é isolado da célula. Esse ATP é diretamente proveniente da:
a) quebra da molécula de água. d) fotofosforilação cíclica e acíclica.
b) atividade mitocondrial. e) oxidação da molécula de oxigênio.
c) redução das moléculas de CO2.
32) (UFPE) O maior rendimento energético do processo de respiração aeróbica (acoplada à cadeia transportadora
de elétrons) sobre a glicólise é principalmente devido à:
a) maior atividade específica das enzimas envolvidas.
b) maior difusão das enzimas no meio de reação.
c) muito menor energia de ativação requerida.
d) completa oxidação de glicose a CO2 e H2O.
e) compartimentação e ordenação das enzimas envolvidas.
33) (UFMG) Observe o esquema que representa a obtenção de energia por um vertebrado:
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36) (U.F. Uberlândia-MG) Com respeito ao cromossomo ao lado esquematizado, sabemos que:
a) o número 1 indica a constrição secundária.
b) ele é do tipo metacêntrico.
c) o nucleotídeo está indicado pelo número 2.
d) o número 3 indica o telômero.
e) o centrômero está indicado pelo número 4.
Com base na análise da figura, pode-se concluir que o indivíduo com esse cariótipo:
a) apresenta cromatina sexual. d) possui fenótipo feminino.
b) é normal e possui 46 cromossomos. e) tem alteração numérica dos autossomos.
c) é portador de trissomia do cromossomo 21.
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39) (UFMG) Analise o esquema referente aos três processos biológicos I, II e III, realizados pelas células
representadas pelos números cromossômicos N e 2N.
I II III
40) (UFMG)
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II
1. A partir dessa análise,
a) INDIQUE, pelo número, o rótulo do alimento que contém a menor quantidade do nutriente usado pelas
células, preferencialmente, para obtenção de energia.
JUSTIFIQUE sua resposta.
Rótulo:
Justificativa:
b) DETERMINE a quantidade mínima do alimento representado no rótulo III que deve ser ingerida por uma
pessoa que precisa de 2.000 kcal/dia, caso, num determinado dia, ela use apenas esse alimento.
3. Considerando os nutrientes listados nos três rótulos, CITE aquele que poderia ser identificado pelo teste de iodo.
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6. Os diversos usos de aditivos na indústria de alimentos, apesar das vantagens que oferecem, ainda causam
polêmica.
CITE uma vantagem e uma desvantagem do uso de aditivos em alimento.
Vantagem:
Desvantagem:
7. Observe o gráfico.
Motivo 1 :
Motivo 2 :
2) (UFMG) As figuras numeradas de 1 a 8, representam várias estruturas celulares, vistas ao microscópio
eletrônico.
1 2 3 4
5 6 7 8
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b) Digestão celular:
III
3) (UFMG)
V
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02 – (UFMG) O quadro apresenta uma amostra a) ocorre duplicação do DNA viral no interior da
hipotética de uma coleta de mosquitos realizada num célula bacteriana.
parque. b) são produzidas novas células bacterianas a
partir do DNA viral.
Ordem Família Espécie Número de
indivíduos c) são sintetizadas cápsulas protéicas virais pela
Diptera Culicidae Aedes aegypti 10 célula bacteriana.
Aedes fluviatilis 5 d) trata-se do ciclo de um bacteriófago.
Aedes scapularis 20
e) verifica-se lise da célula bacteriana.
Simuliidae Simulium metallicum 2
Simulium amazonicum 3 05 – (UNESP-SP) Em relação à AIDS, temos as
Psycodidae Lutzomyia pessoai 1 seguintes afirmações:
l. A doença é causada por vírus.
Considerando-se os dados desse quadro, a biodiver-
sidade de mosquitos é expresssa pelo número de ll. O contágio se dá principalmente por transfusão
a) espécies. c) indivíduos. de sangue contaminado, contato sexual com
b) famílías. d) ordens. portadores e uso comum de agulha por viciados em
drogas.
03 – (FCMMG) De acordo com o sistema de
nomeclatura zoológica, é CORRETO afirmar que: lll. A convivência com a pessoa doente em casa, no
trabalho, na escola, na rua, excluídas as condições
a) O nome da família é formado acrescentando– mencionadas em II, não oferece perigo de
se ao radical do gênero a desinência – inae.
transmissão da doença.
b) O gênero é escrito sempre em letra minúscula.
c) Os nomes de gênero e de subgênero devem lV. A doença atua sobre o sistema imunológico,
consistir em uma palavra simples, única, latina diminuindo a resistência do organismo.
ou latinizada. Considerando os conhecimentos atuais, assinale a
d) A nomeclatura das espécies é latina e binomial, alternativa correta:
onde a primeira palavra representa a espécie e a a) Se apenas II, lll e lV são corretas.
segunda o gênero.
b) Se apenas II e lll são corretas.
e) Quando escrevemos Anopheles
(Nyssorhynchus) darlingi queremos mostrar c) Se apenas I, lI e lV são corretas.
também a presença da subfamília que fica d) Se apenas I, lll e lV são corretas.
colocada entre parênteses. e) Se I, II, lll e lV são corretas.
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VACINA SORO
a) Confere uma imunidade adquirida Confere uma imunidade natural
b) Confere uma imunidade prolongada Confere imunidade de curta duração
c) Confere imunidade ativa Confere imunidade passiva
d) Proporciona ao organismo um estímulo Fornece ao organismo os anticorpos
para a produção de anticorpos já formados por um animal hiperimunizado
e) É usada essencialmente em caráter É usado quanto se torna necessário
preventivo conferir proteção imediata
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11 – (FCMMG) - Albert Sabin (1906-1993) elaborou b) Bactérias e protozoários que vivem em seus
uma vacina oral contra a poliomielite, com estômagos produzam enzimas para a digestão
microorganismos atenuados, que assegura uma de celulose.
proteção prolongada contra a doença. c) O peristaltismo dos diversos compartimentos
Em relação ao relato acima e com base em seus gástricos triturem corretamente os componentes
conhecimentos de Biologia, assinale a resposta do bolo alimentar.
CORRETA. d) A saliva durante a ruminação contenha
a) Microorganismos atenuados promovem uma abundante amilase.
doença, de caráter brando, que pode ser curada e) Os ácidos graxos sejam convenientemente
rapidamente. lisados ao nível intestinal.
b) Proteção prolongada se estabelece quando o 15 – (U.F.RS) O organismo causador de uma
microorganismo veiculado continua se determinada infecção no homem caracteriza-se, ao
reproduzindo no hospedeiro por longo tempo. microscópio, como unicelular e sem núcleo
c) O microorganismo citado é um vírus e a diferenciado. Ele poderá ser classificado como:
proteção é feita por mecanismos imunológicos.
a) fungo. c) bactéria. e) metazoário.
d) Pelo fato de ser ministrada por via oral, essa b) vírus. d) protozoário.
vacina é de pouca eficácia, por isso deve ser
repetida de tempos em tempos. 16) (UFMG) Na produção de compotas, devem ser
adotadas algumas medidas para evitar-se a
12 – (FGV - SP) - É de conhecimento geral que não contaminação do alimento por microrganismos.
se deve fazer uso indiscriminado de antibiótico, pois
os agentes patogênicos tornam-se resistentes ao Todas as alternativas apresentam medidas que
medicamento. Essa resistência é conseguida: podem garantir a assepsia desse processo,
EXCETO
a) Porque os antibióticos induzem mutações para
resistência nos microrganismos. a) A retirada do ar no momento de se fechar o
recipiente que contém o doce.
b) Porque a droga, matando os microrganismos
suscetíveis, seleciona os resistentes que já b) A adição de conservantes, para impedir o
existiam na população. crescimento dos microrganismos.
c) Porque a droga induz mutações no homem, c) A manutenção do meio aquoso, para evitar o
tornando-o mais suscetível ao agente patogênico. crescimento de bactérias.
d) Porque o organismo humano se “acostuma” d) A fervura, para desinfecção dos recipientes em
com o medicamento. que os doces serão guardados.
e) Por processos ainda desconhecidos. 17 – (UFMG) - Desde sua introdução na década de
40, os antibióticos tornaram-se um sucesso no
13 – (UFMG) À massa usada na fabricação do pão é
controle de doenças bacterianas, sendo considerados
acrescentada certa quantidade de fermento (lêvedo),
medicamentos milagrosos. Conseqüentemente,
para que ela cresça e, depois de assada, fique
passou-se a acreditar que essas doenças eram
saborosa. O crescimento da massa deve-se:
coisas do passado. Entretanto tem-se verificado o
a) a uma reação da farinha de trigo com a água, “ressurgimento” de muitas delas.
servindo o lêvedo para dar sabor ao pão.
Todas as seguintes medidas podem ser
b) a uma reação química entre a massa e o lêvedo implementadas, em nível de Saúde Pública, para
c) à utilização da massa como alimento pelo amenizar o problema crescente de bactérias com
lêvedo, com liberação de gás resistência múltipla a antibióticos, EXCETO.
d) ao crescimento excessivo do lêvedo, a) Aumentar o uso profilático desses
empurrando a massa e fazendo-a crescer medicamentos em rações animais, objetivando a
imunização dos consumidores.
e) ao preenchimento, com ar atmosférico, dos
espaços resultantes do consumo da massa pelo b) Criar programas de vigilância hospitalar e
lêvedo comunitária para evitar o uso inadequado e abusivo
desses medicamentos.
14 – (FCMMG) Em animais herbívoros e ruminantes, c) Proibir a venda livre desses medicamentos e
a obtenção de glicose dos alimentos se torna mais esclarecer a população dos riscos da
viável desde que: automedicação.
a) Haja bastante água no tubo digestivo para d) Vacinar a população para aumentar as defesas
amolecer o alimento antes da digestão do organismo contra as doenças bacterianas,
propriamente dita. reduzindo o uso desses medicamentos.
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01 – (UFMG)
POSIÇÃO SISTEMÁTICA DO CÃO DOMÉSTICO
4. ORDEM:
FAMÍLIA:
3. Por que se pode afirmar que todos
5. os cães domésticos, embora de raças
diversas, pertencem a uma mesma
GÊNERO:
espécie?
6.
7.
Canis familiaris
4. Considerando os indivíduos pertencentes a um mesmo gênero ou a uma mesma família, quais os que se
diversificaram mais recentemente, sob o ponto de vista evolutivo? Justifique.
02) (UFMG) Bactérias foram colocadas para crescer a) Você concorda com a conclusão do estudante?
em uma placa de Petri, que contém meio de cultura
adequado. Posteriormente, as colônias que
cresceram foram transferidas para outra placa que JUSTIFIQUE
contém o mesmo meio de cultura, acrescido de um
antibiótico, como mostra o esquema abaixo.
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Nome da estrutura:
Biologia - M1 111
CITOLOGIA 7) escura
8) água
Caderno de Exercícios - Citologia 4) 1. Meiose
1) d 2) a 3) c 4) d 5) a 2. III - IV - II - V - I
6) c 7) b 8) b 9) b 10) d 3. a) IV
11) c 12) a 13) c 14) c 15) d b) I
16) a 17) a 18) d 19) e 20) a 4. a) CROSSING OVER
21) d 22) a 23) c 24) d 25) d b) O crossing over aumenta a variabilidade
genética das células formadas.
26) e 27) b 28) b 29) d 30) c
31) c 32) d 33) a 34) c 35) a DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS - Parte I
36) a 37) d 38) e 39) c 40) e
Caderno de Exercícios - Diversidade dos Seres Vivos -
Questões de Aprofundamento pág. 105
1) UFMG 1) c 2) a 3) c 4) b 5) e
6) a 7) e 8) a 9) a 10) d
1. a. Rótulo I
11) c 12) b 13) c 14) b 15) c
Este rótulo é o que contém menor teor de
carboidratos 16) c 17) a 18) a 19) a 20) b
b. 500 gramas 21) c 22) c 23) b 24) a 25) d
2. A proteína ingerida é quebrada fornecendo os 26) d 27) c 28) b 29) c 30) a
aminoácidos que são absorvidos pelas células e 31) a 32) d
utilizados na síntese de novas proteínas.
Questões de Aprofundamento - pág. 112
3. Amido.
4. Verdadeira. 01) 1. 1. Reino: METAZOA
Nesse caso, a prisão de ventre é decorrente da 2. Filo: CHORDATA
ausência de fibras alimentares. 3. Classe: MAMMALIA
5. A - facilita a condução do estímulo nervoso. 4. Ordem: CARNIVORA
B - ácidos nucléicos. 5. Família: CANIDAE
C - entra na constituição dos ossos e catalisa a 6. Genêro: Canis
coagulação do sangue.
7. Espécie: Canis familiaris
6. Vantagem: Auxilia na conservação do alimento.
2. Presença de notocorda e fendas branquiais
Desvantagem: Pode alterar o sabor do alimento. faringeanas pelo menos na fase embrionária.
7. 1 - A criança gasta mais energia pelo fato do seu 3. Porque se cruzam entre si produzindo descendentes
metabolismo ser elevado. férteis.
2 - A criança, em fase de crescimento, gasta mais 4. Os pertecentes a um mesmo gênero, já que a divisão
energia. de uma família em vários gêneros ocorreu
2) 1- a) - MONERA anteriormente, uma vez que família é uma categoria
- METAZOA mais abrangente do que gênero.
- METAPHYTA 2) 1 - a) Não.
b) VÍRUS Os antibióticos apenas selecionam as
bactérias naturalmente resistentes.
2- a) 1: Polissacarídeos.
4: Glicose. 2 - Mutações
b) 6: Respiração celular aeróbia. 3 - Os agrotóxicos, assim como os antibióticos,
selecionam organismos naturalmente resistentes e não
7: Síntese de proteínas. induzem resistência.
3- a) 2 b) 1 4-D
3) 1) Cloroplasto - Mitocôndria 3) 1 - Basidiomicetos 6 - Deuteromicetos
2) Respiração Celular Aeróbia 2 - E - Esporângio 7 - Líquen
3) clara 3 - Fecundação 8 - Decompositores
4) água 4 - Esporulação
5) estroma 5 - Em I as Hifas são Acenocíticas e em II são
6) crista mitocondrial Cenocíticas