Decidi comentar um trabalho de um fórum que eu não escolhi. Além disso,
optei por uma questão que penso ser fundamental e que também me preocupa – a liderança do professor bibliotecário. Apreciei o teu texto pela sua simplicidade, clareza e porque me parece conter os aspectos essenciais. De facto, “melhorar os resultados dos alunos” é uma das tarefas na qual o papel do professor bibliotecário pode, realmente, fazer a diferença. Por onde começar? Qual é o caminho? E se não consigo chegar onde quero? São perguntas que fazem, também, parte do meu dia-a- dia. Mas como sou optimista prefiro pensar e tentar fazer como sugere o grande pensador Goethe “ () Comece e, em seguida, o trabalho será concluído.” Concordo plenamente quando referes que “a BE já faz muito pelos alunos e com os alunos. É um espaço sempre disponível para todos partilharem saberes e experiências ()”. Talvez o que faça falta é que todos (alunos, docentes, .) tomem consciência efectiva de como a BE contribui para o sucesso educativo e para o gosto pela aprendizagem ao longo da vida. Para atingir este objectivo, a prática sistemática da recolha de evidências significativas, pode ser um recurso eficaz do professor bibliotecário. É necessário instituir/reforçar esta prática, nem sempre muito valorizada por nós, que permitirá mais claramente reconhecer qual o caminho a seguir e também “ilustrar” a prática e o impacto que a BE tem na escola. Um dos constrangimentos que referes ao envolvimento do corpo docente é, sem dúvida, a resistência à mudança de práticas e atitudes em relação ao relacionamento com a BE. De facto, ela ainda é muitas vezes vista e assumida, até pelos órgãos de administração e gestão, não como “espaços de trabalho e de construção do conhecimento”, mas como “espaços organizados com recursos destinados ao acesso da informação e ao lazer”. Esta é outra das tarefas que cabe ao professor bibliotecário, ser o promotor da mudança, tentar mudar mentalidades, trabalhando em estreita colaboração com todos os intervenientes do processo educativo. Outro dos aspectos que penso ser de extrema importância é o papel do professor bibliotecário como “líder das novas tecnologias”. Já em 2000, Scheirer afirmava “The teacher-librarian must be a catalyst for change and be involved in their changing role by continuing to provide quality resources for teachers and by becoming a positive role model for using technology. They can both support and help to train teachers.” Espero, tal como referes, que o grande investimento que tem sido feito nos últimos tempos, para o reconhecimento do novo papel da BE, não seja abandonado, agora que “os dados estão lançados”. Termino sublinhando que “Ser PB é uma missão que nunca se cumpre, (). O trabalho quotidiano na BE exige uma avaliação permanente dos resultados atingidos pelos alunos e, consequentemente, a busca contínua de uma melhoria.” Obrigada Madalena pelo teu contributo!