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As Áreas Residenciais

Nas cidades, a função residencial é muito importante, distinguindo-se diferentes áreas


de características arquitectónicas e qualidade de construção próprias, cuja localização
está directamente relacionada com os custos do solo e com o nível social da população
que nelas reside.

As classes sociais mais favorecidas vivem em áreas residenciais (Fig 1):

• Planeadas e relativamente afastadas do centro e de áreas industriais e, muitas vezes,


com uma envolvente paisagística atractiva, onde os custos do solo são mais elevados;

• Com espaços verdes, boa acessibilidade e prestígio social;

• Servidas por actividades terciárias, pouco concentradas, que, na sua maioria, são
serviços de proximidade e comércio sofisticado;

• Constituídas por moradias unifamiliares ou apartamentos, muitas vezes em


condomínios fechados, com vários equipamentos e serviços (garagem, condutas de lixo,
porteiro, jardins, piscinas, etc.);

• Que podem também localizar-se na periferia da cidade, geralmente próximo do campo


ou do mar, mas com acesso fácil e rápido à cidade, valorizando a qualidade ambiental
desse tipo de localização.
As classes médias, que incluem a parte mais numerosa da população urbana, residem
em bairros (fig.2):

• De áreas menos centrais da cidade ou das suas periferias, onde os custos do solo são
menores e se encontram apartamentos mais espaçosos, melhor equipados e a menor
custo (Doc. 1);

• Constituídos, na sua maioria, por blocos de apartamentos de vários pisos e servidos


por transportes públicos, serviços e equipamentos sociais, como escolas, centros de
saúde, espaços desportivos, etc;

• Que apresentam alguma uniformidade arquitectónica e menor qualidade de


construção, sobretudo ao nível da dimensão das divisões e dos acabamentos.

DOC. 1 HABITAÇÃO MAIS CARA NAS CIDADES


DE LISBOA E PORTO

Nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, os


valores médios de avaliação bancária da habitação, no
2.° Trimestre de 2009, fixaram-se em 1395 euros/m2 e
1150 euros/m2, respectivamente.

Aos concelhos de Lisboa e do Porto voltaram a


corresponder, no 2.0 trimestre de 2009, os valores
médios de avaliação bancária de alojamentos mais
elevados das Áreas Metropolitanas a que pertencem,
1958 euros/m2 e 1462 euros/m2, respectivamente.

Adaptado de Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação h2. o


Trimestre de 2009, INE, 2009
As casas a preços mais baixos encontram-se em áreas cada vez mais afastadas, pois os
preços das habitações nas periferias tornam-se progressivamente mais elevados,
sobretudo naquelas que são favorecidas pela construção de novas vias de comunicação.

Estas novas periferias são procuradas, sobretudo, por casais jovens para compra da
primeira habitação e por famílias com filhos ainda em idade escolar, que procuram uma
habitação com mais divisões que, em áreas mais próximas da cidade, têm preços que
não podem suportar.

ÁREAS RESIDENCIAIS DAS CLASSES MENOS FAVORECIDAS

A população das classes mais pobres reside em diferentes áreas da cidade ou da sua
periferia, ocupando edifícios degradados do centro, bairros de habitação precária ou
bairros de habitação social, construídos em terrenos mais baratos ou desocupados (Fig.
3).
OUTRAS ÁREAS RESIDENCIAIS

Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, surgiram nas periferias das cidades,


principalmente em Lisboa e no Porto, muitos bairros de génese ilegal, conhecidos como
«bairros clandestinos», em que as casas de habitação foram construídas pelos próprios
moradores, sem qualquer projecto de urbanização e sem infra-estruturas básicas. Na sua
maioria, já se encontram legalizados e infraestruturados, mas continuam a caracterizar-
se por uma grande heterogeneidade arquitectónica e até social.

Apesar de existirem todas estas áreas residenciais, a sua separação não é sempre muito
vincada, podendo encontrar-se áreas onde residem pessoas de diferentes condições
sociais e económicas. Por exemplo, no centro da cidade, a renovação de muitos edifícios
de valor arquitectónico e histórico atrai população mais jovem e com maiores
possibilidades económicas.

O próprio planeamento de novas áreas residenciais, por opção de política social, pode
promover a vizinhança de classes sociais diferentes, obrigando a que os projectos
contemplem habitação de luxo, de classe média e de custos controlados. Muitas vezes, a
localização de bairros sociais também procura esta proximidade. É o que acontece, por
exemplo, na Alta de Lisboa onde se encontram desde condomínios fechados de luxo a
bairros de habitação social. O objectivo é criar oportunidades de convivência, por
exemplo, na escola e nos espaços públicos, promovendo deste modo a integração social.

Rodrigues Arinda et tal, Geografia A


11ºAno, Texto Editores (adaptado)
Rodrigues Arinda, Preparar o Exame
Nacional – Geografia A, Texto Editores (adaptado)

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