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PHD2537
Água em Ambientes Urbanos –
Renaturalização de Rios em Ambientes
Urbanos
Professores
Kamel Zahed Filho
José Rodolfo Scarati Martins
Monica Ferreira do Amaral Porto
Rubem La Laina Porto
Alunos
Daniel Alarcon
Douglas Kim Ito
Frederico Abdo Vilhena
Guilherme Palfi
16/11/2009
Av. Prof. Almeida Prado, 83, trav. 2 – Cidade Universitária – CEP 05508-900 – São Paulo/SP –
BRASIL
Renaturalização de rios em ambientes urbanos
Introdução
A partir da Revolução Industrial ocorrida no século XVIII, as cidades do mundo inteiro
passaram por um intenso processo de urbanização, provocando um crescimento
desorganizado e predatório. A ocupação de áreas de várzea de rios, o desmatamento e
a impermeabilização do solo são alguns dos resultados deste processo.
A preocupação com os impactos no meio ambiente e no meio antrópico é recente. Até
pouco tempo não se pensavam nas consequências desta interação entre o homem e a
natureza. Em especial, no caso dos rios urbanos, estes foram planejados como meros
canais desconsiderando‐se os aspectos físicos e ambientais envolvidos.
Atualmente, com o conceito de desenvolvimento sustentável como foco de qualquer
interação com a natureza, a sociedade vem se conscientizando de que a água é um
bem finito e sensível às ações antrópicas.
Tendências até o momento
Durante muito tempo, os projetos de engenharia visavam retificar o leito dos rios e
córregos, de forma a aumentar a velocidade de escoamento e direcionar a vazão para
jusante, a fim de se obter novas terras para a urbanização e diminuir os efeitos locais
de cheias.
Com a realização de obras hidráulicas, o perfil do rio é diminuído e o seu leito
aprofundado. O aumento da capacidade de vazão reduz a freqüência de
transbordamento das cheias médias, porém permanecem as grandes enchentes.
De modo geral, as obras planejadas até o final do século XIX não consideravam estudos
de impactos ambientais e no meio antrópico.
Nova abordagem
A conscientização sobre os danos causados à natureza, frutos das interações entre as
atividades antrópicas e o meio ambiente permite que sejam consideradas novas
estratégias dirigidas à renaturalização de rios e córregos, ou seja, o retorno das
condições iniciais/naturais dos cursos hídricos. Evidentemente esta concepção possui
limites quando se trata de manter a proteção das zonas urbanas e das vias de
transporte.
Segundo Luiz Tadeu Medeiros “A solução para os rios urbanos, normalmente, é a
renaturalização deles, ou seja, fazer com que a biodiversidade passe a acontecer com
as matas ciliares, haja um desassoreamento dos rios e haja uma política de ocupação
das margens mais consentânea com a natureza, ou seja, que o rio tenha uma
possibilidade de águas melhores, águas boas. Isso pela existência de esgotamento
sanitário e a retirada da pressão de populações nas áreas ribeirinhas”.
Medidas gerais necessárias para uma revitalização são tais como: buscar a morfologia
mais natural dos rios, restabelecer a continuidade dos cursos d'água para fauna
migratória, arborizar e/ou estabelecer a vegetação espontânea marginal dentre
outras.
Como resultado da cooperação mútua de gestores urbanos, engenheiros, sociedade
civil e ambientalistas, muitas vezes chegam‐se a soluções como a valorização
ecológica.
Os aspectos a serem considerados nesta ação multidisciplinar são:
• Facilidade de acesso à água
• Ampliação/retificação do leito do rio
• Recuperação do curso d’água original
Por vezes, o processo de revitalização dos rios poderá criar parques municipais,
integrando a sociedade ao meio ambiente com a criação de áreas de lazer e recreação.
Fonte: (Nascimento, Baptista e Von Sperling, 1999)
Higienismo Conceitos inovadores
Drenagem rápida das águas pluviais, transferência Favorecimento à infiltração, ao armazenamento e
para jusante ao aumento de percurso do escoamento
Valorização da presença da água na cidade, busca
Redes subterrâneas, canalização de cursos d´água
de menor interferência sobre o sistema natural de
naturais
drenagem
Soluções técnicas multifuncionais: sistema de
Associação do sistema de drenagem ao sistema
drenagem associado a áreas verdes, terrenos de
viário
esporte, parques lineares....
Sistema de drenagem controlado, possibilidade de
Sistema gravitacional, não controlado,
alteração na configuração da rede de drenagem
configuração fixa de rede
em tempo real
Concepção e dimensionamento segundo
Concepção e dimensionamento do sistema
diferentes níveis de risco de inundação, para
segundo um nível único de risco de inundação
atender a objetivos diferenciados
Avaliação da operação do sistema para eventos de
Não analisa o sistema no contexto de eventos de
tempo de retorno superiores aos de projeto,
tempo de retorno superiores aos de projeto
gestão do risco de inundação
Preocupação com a garantia de condiçõers
Objetivos de saúde pública e de conforto no meio
adequadas de saúde pública e conforto no meio
urbano; preocupação com impactos da
urbano e de redução dos impactos da urbanização
urbanização sobre meios receptores
sobre os meios receptores
Revitalização em meios urbanos
Em áreas urbanas, a tarefa de recuperação dos rios torna‐se um pouco complicada.
Nestas regiões, frequentemente, os rios possuem inúmeros trechos retificados com
leito e margens protegidas, havendo um maior comprometimento das relações
biológicas. Nestes casos, as alternativas de uma revitalização ecológica são limitadas,
pois o controle de enchentes e a necessidade de se manter os níveis de água
subterrânea são premissas de qualquer plano diretor de uma cidade. Com o intuito de
contornar esta situação, a criação de parques municipais em áreas de várzea é uma
alternativa a ser pensada. Esta vem sendo aplicada às margens do Rio Tietê na cidade
de São Paulo. Com esta medida, a prefeitura impede que áreas de várzea sejam
ocupadas indevidamente, além de criar espaços recreativos para a população.
A grande vantagem da renaturalização de rios urbanos é a economia. Comparando‐se
os custos de implantação destas medidas com os transtornos físicos e financeiros
gerados pelas enchentes, chega‐se a esta conclusão. A abertura de canais possui custo
reduzido quando comparado às obras de detenção e retenção, todas elas para
diminuir a incidência de enchentes em regiões urbanas.
Porém não basta apenas planejar medidas de revitalização das margens e das matas
ciliares sem agir no sentido de recuperar a qualidade das águas e evitando os despejos
ilegais de esgotos não tratados.
A despoluição e recuperação de rios contaminados por esgotos nos grandes centros
urbanos no mundo é hoje um dos principais desafios para sociedades e governos em
diferentes países, frente às graves consequências ambientais geradas pela degradação
dos recursos hídricos do planeta.
É importante ressaltar que estas medidas estejam inseridas no plano diretor da bacia e
no planejamento recursos hídricos no âmbito estadual e federal.
Atualmente, um dos objetivos de intervenções em rios na Europa, para evitar tais
problemas, é recuperar o ecossistema típico de águas correntes, através:
• de projetos de obras hidráulicas adaptadas à natureza; e(1)
• da conservação e recuperação das áreas de várzea dos rios, onde for possível.(1)
Referência(1) ‐ Projeto PLANÁGUA SEMADS / GTZ de Cooperação Técnica Brasil
– Alemanha
Linhas básicas da renaturalização de rios
O planejamento da renaturalização de rios:
Etapas
• Diagnóstico da situação atual
Nesta etapa são documentados o uso e ocupação do solo próximos às áreas de várzea
do rio.
As comparações entre a situação atual e a ideal apontam os problemas existentes e
permitem uma avaliação da situação do rio. Um dos fatores importantes para o
processo de renaturalização é a definição de metas e planos diretores sobre os novos
usos e ocupação da bacia. No caso de águas correntes deve ser considerada a dinâmica
do seu ecossistema, levando‐se em consideração as mudanças de morfologia e
biótipos.
• Definição dos Objetivos
Com base no diagnóstico e na avaliação das suas necessidades, consideram‐se os usos
existentes, definindo‐se o planejamento das medidas necessárias para a implantação
do projeto de revitalização do rio.
A capacidade funcional do rio quando este não está poluído e sem interferências
antrópicas consiste, principalmente:
• No fluxo contínuo das águas e do material transportado, bem como, da
mobilidade e condições naturais do fundo do leito (dinâmica do fundo)(2);
• Na mobilidade e condições naturais das margens (dinâmica das margens) (2);
• Nas condições naturais para inundação, relacionada ao uso adequado das
baixadas inundáveis (dinâmica das zonas inundáveis) (2).
Referêcia (2)
: Projeto PLANÁGUA SEMADS / GTZ de Cooperação Técnica Brasil –
Alemanha
Exemplos de renaturalização em rios no mundo.
Segue abaixo alguns exemplos de renaturalização de rios no mundo.
Sena
A recuperação do Sena, o rio francês que corta Paris, é um dos bons exemplos de
ações que buscaram conciliar a revitalização de cursos d’água com desenvolvimento
econômico. Com extensão de 776 km, o a bacia hidrográfica do rio ocupa um quinto do
território nacional, abrangendo mais de 17 milhões de habitantes. Às suas margens
encontra‐se 40% dos empreendimentos industriais e a bacia representa 25% das terras
férteis em território francês. As principais causas da degradação ambiental do Sena
eram a poluição industrial e esgotos domésticos.
Com o processo de revitalização, que teve início em 1996, o Rio Sena, importante rota
de transporte de cargas e passageiros do continente europeu, hoje proporciona
atividades de lazer, como esportes naúticos, e atividades turísticas. O projeto prevê até
2015 assegurar água limpa e ecossistemas aquáticos saudáveis. Os resultados de
melhoria da água são efetivos. Nos anos 60, apenas quatro espécies de peixes, as mais
resistentes, estavam presentes no Sena; hoje, cerca de 30 espécies podem ser
encontradas. Outro reflexo positivo é o uso das margens do Sena, como praias
artificiais por parisienses e turistas desde o verão de 2002.
Anacostia
Localizado na capital americana, Washington, o Rio Anacostia, afluente do Rio
Potomac, é considerado um dos rios mais poluídos dos Estados Unidos. As fontes de
degradação são o esgoto doméstico sem tratamento e disposição inadequada do lixo.
O projeto de revitalização, assim como a experiência mineira desenvolvida no Rio das
Velhas, definiu o ano de 2010 como prazo final para que se possa nadar e pescar no
Anacostia.
O primeiro passo foi identificar os pontos de contaminação e construir interceptores e
estações de tratamento. Os resultados das ações já começaram a se manifestar, com o
reaparecimento de dez espécies de peixes, em um dos afluentes. A região onde vive a
população de renda mais baixa também abriga os distritos industriais e fica próxima ao
Rio Anacostia. Nessa região se localiza o Kingman Park, construído pelo governo norte‐
americano por volta de 1930, para abrigar a população afro‐americana local.
Tâmisa
Outra experiência com resultados positivos é a do Rio Tâmisa, em Londres, que foi
restaurado depois de enfrentar anos de degradação. O movimento pela revitalização
do rio começou no final do século XIX e durou mais de cem anos. Hoje, já é possível
pescar em algumas partes do Tâmisa, apesar do rio ainda ser impróprio para banho. O
rio possui 346 km de extensão, atravessando, além de Londres, as cidades de Oxford,
Wallingfor, Reading, Henley‐on‐Thames, Marlow, Maidenhead, Eton e desaguando no
Mar do Norte.
Ainda no século XVII ficou conhecido como o ‘’Grande Fedor’’ pelo forte mau cheiro,
que chegou inclusive a suspender as sessões do Parlamento em 1858. A morte do
príncipe Alberto, marido da rainha Vitória, por febre tifóide, também marcou a vida
dos ingleses e levantou a preocupação com a insalubridade das águas do rio.
A Thames Water, empresa de saneamento londrina, manteve um investimento
cerrado no tratamento da água e no sistema de esgotos e o rio tornou‐se um exemplo
de sucesso no programa de despoluição das águas.
Isar
A Alemanha também é referencial em revitalização de rios. Com 295 km de extensão,
o Rio Isar, um dos afluentes do Rio Danúbio, começou a ser revitalizado em 2000 a
partir da demanda da população de Munique por melhor proteção contra inundações
e por paisagens naturais para lazer e recreação. O projeto se estendeu para o restante
da bacia com o objetivo de restaurar habitats valiosos para a fauna e a flora.
A partir da Idade Média, os rios alemães começaram a ser modificados com objetivos
de facilitar a navegação, gerar energia e ganhar terras para a agricultura. Essas obras
se intensificaram com o aprimoramento de técnicas de engenharia fluvial no século
XIX. Apesar disso, somente nas décadas de 60 e 70 as conseqüências ambientais
entraram na discussão.
Experiência de recuperação do Rio Rhône (França)
Em 1993, uma experiência foi desenvolvida em uma planície do Rio Rhône na França,
onde foi realizado um monitoramento em dois canais (canal de referência e canal
restaurado) durante um período de 17 anos, que entre outras atividades, acompanhou
o comportamento da vegetação ripária as margens desses canais; a descarga
diária(vazão) e inundações nos dois canais; afim de observar as mudanças no corpo
d’água de um estado eutrofizado para um estado mesotrófico, entre outras coisas.
A necessidade de recuperar se deu em função das alterações ocorridas no fluxo
natural do canal, que se sucedeu a partir de 1982, com o início da construção de
sistema hidrelétrico que se estendeu até a conclusão de uma represa em outubro de
1985.
Inicialmente foram realizados estudos detalhados do ecossistema no ano de 1992. A
seguir, em 1993, iniciaram as operações de recuperação, observando algumas técnicas
como:
(1) preservar as margens do rio e sua heterogeneidade;
(2) dar especial atenção a preservação ou recuperação da floresta ripária;
(3) preservar o tampão aluvial de montante (retenção de sedimentos);
(4) não danificar as margens internas do canal, visando a recolonização.
Sem desconsiderar essa última recomendação, no processo de recuperação
apresentado, foi dragada uma fina camada de sedimento orgânico do fundo do canal
para expor os materiais mais graúdos.
Tanto o canal recuperado como o de referência, foram divididos (o recuperado em 3
zonas e o de referência em 4 zonas) através de represas temporárias para o
acompanhamento de seus comportamentos durante o experimento.
No que se refere aos resultados, o estudo pode afirmar que não houve mudanças
significativas entre 1981 e 1997, na composição da vegetação nas 4 zonas do canal de
referência. Porém, no canal recuperado, dentro do mesmo período, ocorreram
mudanças marcantes em todas as 3 zonas. Com destaque para a composição bastante
estável na zona à montante do canal a partir de 1994. Quanto ao aumento do número
de espécies, pode‐se verificar que enquanto houve redução na quantidade em
algumas espécies no canal de referência, ocorreu aumento significativo no canal
recuperado, inclusive com o surgimento de espécies que sequer eram observadas ali
antes da recuperação.
Um outro aspecto positivo da recuperação foi a melhora no desempenho de
indicadores e variáveis, como, a redução da espessura da camada de sedimentos finos,
também a redução das concentrações de amônia e fosfato na água, o
desaparecimento de plantas eutróficas e o surgimento de mesotróficas, além de várias
espécies de peixes, antes ausentes nos canais (Figura 2).
Vale ressaltar que este estudo foi realizado em uma porção não urbanizada do rio, a
aplicabilidade das técnicas desenvolvidas durante o experimento em um trecho
urbano é inviável, devido à demanda de área necessitada para a renaturalização, e
também, aos grandes impactos sócio‐ambientais gerados, como por exemplo, a
retirada de vias marginais. Porém, estas técnicas servem como referência para rios
urbanos, não com o objetivo final de uma renaturalização do rio, mas como uma base
para uma revitalização, buscando uma melhor integração dos meios naturais com a
área urbana.
Figura 1
Figura 2
Cheonggyecheon
É o rio que corta a cidade de Seul na Coréia do Sul, este é um dos exemplos de
revitalização de córregos em áreas urbanas mais referenciados atualmente, no qual
foram removidas as pistas elevadas do sistema viário que cobriam o córrego.
Histórico: a cidade de Seul se desenvolveu em torno do rio, assim como ocorre nas
principais cidades do mundo. Este apresentava 23 afluentes que vinham das
montanhas próximas à região e que no verão frequentemente causavam inundações
dentro da cidade. Deste modo o rio passou a ser modificado pelas ações humanas que
visavam atenuar problemas com enchentes através de alargamento e aprofundamento
do leito e da construção de diques de controle, além disso, era por onde todo o esgoto
da cidade era despejado. Estas intervenções foram adotadas como solução por todos
os reis desde o século XIV até o início do século XX quando o país passou a ser colônia
japonesa.
Sob o domínio japonês, em1925, passou‐se a cobrir os afluentes do Cheonggyecheon
como parte de um projeto de transformar os cursos hídricos em um sistema de
coletores de esgoto subterrâneo. O próprio rio também foi objeto de vários projetos
que visavam sua cobertura, porém pela falta de recursos devido às guerras em que
tanto o Japão quanto a Coréia se envolveram, durante a primeira metade do século XX,
estes projetos não foram concretizados.
Neste panorama a única solução encontrada para a retomada do desenvolvimento da
cidade foi o encobrimento do rio. Esta se deu através do projeto de um elevado com
5864 m de comprimento, sobre o rio, para tráfego de veículos. As obras começaram
em 1955 e terminaram em 1977. No entorno à obra desenvolveu‐se um centro
industrial e a região passou a ser considerada um símbolo de modernização e
industrialização do pós‐guerra.
A revitalização do rio: com a insustentabilidade da situação da região, em 2001,
quando Lee Myung‐bak se lançou para a candidatura à prefeitura de Seul uma das suas
principais propostas de campanha que o elegeu foi a revitalização econômica da região
central da cidade, tendo como ponto chave a remoção do elevado sobre o Rio
Cheonggyecheon e a renaturalização do mesmo, e assim, tornar a cidade um dos
centros de turismo e de captação de recursos de investimentos de companhias
estrangeiras no nordeste da Ásia.
Apesar do choque de interesses econômicos na região o projeto foi levado adiante
sendo amparado pelo apoio da população local, onde quase 80% destes apoiavam a
proposta.
O desenvolvimento tanto do projeto como da realização da obra tomou todo o
período do mandato do prefeito e as principais características e resultados da obra
foram:
‐ saneamento e microdrenagem: o sistema de coleta existente na cidade é do tipo
combinado no qual compartilham a tubulação tanto efluentes provenientes de esgoto
doméstico como de águas pluviais. A solução para a despoluição do rio veio com a
construção de um interceptor paralelo ao rio que coleta o esgoto e o leva para uma
estação de tratamento e, posteriormente, é introduzido à jusante do rio. Por essa
solução surgiu um problema proveniente do período de estiagem, de modo que toda
água captada pelo sistema de microdrenagem seria conduzida para estação, e assim
neste trecho o rio tenderia a secar o que impossibilitaria a existência permanente de
vida aquática e lazer à população. Para impedir esse processo, foi utilizada a água
bombeada do metro que era de boa qualidade, e assim o rio permaneceu perene.
‐ qualidade da água: passou de um DBO superior a 150mg/l para 2 a 3mg/l e o fósforo
e o nitrogênio para cerca de 1mg/l, embora altos, ainda aceitáveis.
‐ com relação à fauna hoje existem cerca de 25 espécies de peixes.
‐ conjuntamente com esta medida outro item importante foi a construção de uma
linha de BRT (Bus Rapid Transit) que propiciou uma alternativa de transporte àqueles
que utilizavam a via removida, este sistema foi integrado ao sistema de metro
existente na cidade. Esta alternativa promoveu uma redução do modo de transporte
particular favorecendo o transporte público (o transporte por automóvel passou de
24% para 12%).
Bibliografia
BROCANELI, Pérola F., STUERMER Monica M. ‐ RIOS E CÓRREGOS – RJ – Preservar –
Conservar – Renaturalizar, SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO. Renaturalização de rios e córregos no município de São Paulo,
Da Negação à Reafirmação da Natureza na Cidade: o conceito de
MORETTI, Ricardo S. ‐ Recuperação de cursos d´água e terrenos de fundo de vale
urbanos: a necessidade de uma ação integrada.
I Seminário de Hidrologia Florestal, Zonas Ripárias – 10/2003
http://www.labhidro.ufsc.br/Eventos/I%20SHF/ZONAS%20RIPARIAS‐versao%20final‐
revisao2.pdf#page=129