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EVOLUÇÃO DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS----ARTIGO 04/09/09

Autor : Eng. Antonio Celso B. Zangelmi. Pós graduação em CAL POLY e University of
Califórnia,Califórnia , Estados Unidos ( 1961 a 1964 ). Pesquisador Científico do ITAL-
Instituto de Tecnologia de Alimentos de Campinas (1965 -71); Professor da FEA –
Faculdade de Engenharia de Alimentos, UNICAMP (1969- 1980); Fundador e Vice
Presidente da Fundação “André Tosello”( 1971-79); Projetista e Diretor Técnico de
Indústrias de Alimentos no Brasil e no exterior (1968-1980). Consultor Internacional da
UNIDO – ONU ( Viena da Áustria 1980-2000), e Diretor Internacional de Projetos em
paises da América Central, do Caribe e do Continente Africano.

Foi há somente 70 anos que Princípios Éticos Básicos no relacionamento


e na sobrevivência dos povos foram desprezados... e o século XX
assistiu de forma trágica, os morticínios e os genocídios cometidos em
nome dos projetos fascista, nazista e marxista. Em pouco mais de meio
século foram destruídas acima de 100 milhões de vidas, em nome de
ideologias e de projetos políticos.

C
-1 de setembro de 1939 sob a Águia Nazista, Hitler anunciou no
Parlamento do Reich :” Desde as 5:45h respondemos com fogo”. Estava
iniciada a Segunda Guerra Mundial.
H

-Hitler em desfile de tropas SS.

-Campo de Auschwitz- Birkienau.Um dos campos da morte.

(Galeria de Fotos da Segunda Guerra.)


EVOLUÇÃO
EVOLUÇÃO DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS

Antonio Celso B. Zangelmi

04/09/09

Introdução :

Seria a Ética tema à ser tratado somente por sociólogos, psicólogos ou


pedagogos? Na realidade não dentro do nosso enfoque. Dada a importância da
Ética, para o bem viver das sociedades, trata-se de assunto que todos
deveriam procurar entender sejam engenheiros, médicos, advogados,
economistas ou... os seres humanos em geral. Se fosse tratado com a
seriedade que merece, as sociedades seriam mais equilibradas do ponto de
vista moral, cultural, material e de relacionamento. Os princípios éticos
mudaram e se perderam ao longo do tempo e de forma mais acentuada em
algumas áreas especificas, regiões ou países, gerando prejuízos inaceitáveis
para as sociedades. Para um engenheiro que trabalhou durante vinte anos
para as Nações Unidas, viajando e vivendo em paises em estágios
completamente díspares no que tange a desenvolvimento material e humano,
se relacionando com as mais diversas raças e culturas, foi possível observar as
diferenças de caráter ético que ocorrem entre os povos , no tempo e no
espaço.O nosso objetivo, é acima de tudo o de relacionar esta experiência ,
com a História da Ética e com a Ética.

Doutrinas Éticas Fundamentais.

Ética e a parte da Filosofia que estuda os deveres do homem para com Deus e
para com a sociedade. É a ciência da moral.
“As Doutrinas Éticas fundamentais nascem e se desenvolvem em diferentes
épocas e sociedades como respostas aos problemas básicos apresentados
pelas relações entre os seres humanos, e, em particular, pelo seu
comportamento moral efetivo”. Por isto, existe uma estreita vinculação entre os
Conceitos morais e a realidade humana, social, sujeita històricamente a
mudanças. Por conseguinte, as doutrinas éticas não podem ser consideradas
isoladamente, mas dentro de um processo de mudança e de sucessões que
constituem pròpriamente a sua história. Ética e história, portanto, relacionam-se
duplamente:- com a vida social e dentro desta....... e com a sua própria história,
já que cada doutrina está em conexão com as anteriores ou com as doutrinas
posteriores.
Em toda moral efetiva se elaboram certos princípios, valores ou normas e
assim, mudando a vida social, muda-se também a vida moral. Os princípios,
valores ou normas encarnados nela entram em crise e exigem a sua
substituição por outros. Surge então a necessidade de novas reflexões ou de
uma nova teoria moral, pois os conceitos, valores e normas vigentes se
tornaram superados. Assim se explica a aparição de doutrinas éticas
fundamentais em conexão com a mudança e a seqüência de estruturas
sociais, e, dentro delas, da vida moral. Sobre este fundo histórico-social e
histórico-moral, examinaremos algumas doutrinas éticas fundamentais.

A Ética e um pouco da história do Antigo Egito.

Os sistemas filosóficos ( portanto os éticos) e os teológicos da Grécia, se


originaram no Egito, onde vários escritores gregos como Sócrates, Platão,
Tales, Anaxágoras e Aristóteles, estudaram com sábios africanos. A ciência, a
cultura e a ética egípcias foram as primeiras pedras fundamentais de toda a
civilização ocidental.

Com 4 mil anos de duração a história do antigo Egito é a mais longa


experiência humana de civilização. A cultura egípcia permitiu que monumentos
fossem construídos com margens de erro diminutas, tendo resistido o passar
dos séculos. Este povo inventou um sistema de escrita, cultivou a terra, extraiu
minérios, foi mestre em artesanato, tendo atingido elevados conceitos
filosóficos, morais e éticos.

A ética religiosa penetrava em todos os aspectos do cotidiano egípcio e


também na agricultura a qual dependia da irrigação com aproveitamento e
controle do histórico fenômeno natural das cheias anuais do Nilo.
O s antigos egípcios não encaravam a arte pela própria arte. Arquitetos,
escultores ou pintores, consideravam-se funcionários ou artesãos que
produziam artefatos destinados a alguma função religiosa ou funerária. Toda a
arte existente girava em torno dos deuses, do faraó e de sua corte. Era a ética
do artista: conhecer todos os atributos reais e divinos, bem como a mitologia e
a liturgia.

O casamento entre os egípcios era amparado por um princípios éticos, sendo


suficiente a concordância do casal envolvido e a autorização do pai, não
dependendo de leis. Apesar de toda a religiosidade do povo egípcio, não havia
benção nupcial no templo, portanto não havia um ritual.

A ciência egípcia tinha um caráter prático, sendo que a matemática, por


exemplo, procurava encontrar soluções para a medição das terras ou para o
traçado dos planos das pirâmides e templos. Entre as ciências, a medicina se
desenvolveu muito, principalmente em função do tratamento que era dado aos
cadáveres visando preservá-los. Ai predominava a ética do respeito aos
mortos. A filosofia de construção dos antigos egípcios orientava a construção
de tumbas e templos em pedra visando durarem para toda a eternidade. As
casas usavam tijolos, principalmente crus, para durarem apenas uma vida.
Mesmo os palácios reais eram construídos desta forma. Imensas necrópoles
foram edificadas no deserto ocidental do Nilo, aonde o sol iniciava sua jornada
noturna através do mundo dos mortos; as pirâmides, os templos mortuários e
os túmulos eram abertos em plena rocha.
O Antigo Egito localiza-se no nordeste da África, entre o deserto da Líbia e o
Mar Vermelho, e foi uma das mais antigas civilizações da humanidade.
Politicamente unificado cerca de três milênios a.C. foi governado por trinta e
uma dinastias de Faraós. De lá saíram entre 1300 e 1250 a.C. os hebreus, que
passaram pela península do Sinai, e foram estabelecer as suas tribos na “Terra
Prometida” ou Palestina, no Oriente Médio.

No século XVIII, decifrada a famosa pedra “Rosetta”, que possuía inscrições


com hieróglifos egípcios e com outras línguas antigas conhecidas,( foi à chave
do conhecimento dos antigos textos egípcios), se comprovou que o
conhecimento científico, religioso , filosófico e ético da Grécia Antiga teve sua
origem no Egito, ou seja, na própria África. Depois de 332 a. C. os gregos
Pitolomeus reinaram como a última dinastia dos faraós, adotando a religião, a
filosofia e a ética dos egípcios e construindo um templo de adoração a deusa
Isis, símbolo divino da maternidade, a seu marido Osíris e seu filho Horus. As
histórias são contadas e recontadas nos muros deste templo. O saque a
biblioteca de Alexandria foi um episódio central no processo de mascarar a
origem das ciências e dos princípios egípcios, pois a destruição ou,
provavelmente o deslocamento dos textos antigos, destituiu o Egito de suas
fontes primárias. Os significados egípcios foram esquecidos e seus ritos
antigos proibidos.

Durante doze séculos a História do Antigo Egito ficou perdida sendo que o
islamismo e os ensinamentos do profeta Maomé, subjugaram o cristianismo e o
Egito passou a ser governado por uma sucessão de estrangeiros até 1952,
quando uma revolução restaurou a completa independência depois de dois mil
anos. Assim, os egípcios voltaram a ser governados por egípcios, como nos
tempos dos faraós.

A Ética Grega.

A reflexão ética que possuímos é uma herança deixada pelos Gregos. Ela
surgiu com a especulação dos filósofos sobre os costumes do seu tempo assim
como de suas cidades, das práticas habituais de conduta, e das crenças
religiosas existentes. Entre os pré-socráticos existiam reflexões visando
descobrir as razões pelas quais os homens deveriam ter um determinado
comportamento. O discurso ético procurava definir uma atitude reflexiva e
racional para julgar as ações humanas. Porém, há, em filosofia, um certo
consenso no que diz respeito ao pensador mais representativo do início da
Ética Antiga. Desde Aristóteles até nossos dias, atribui-se à figura de Sócrates
este papel. É claro que antes dele já houve quem falasse de normas de
comportamento, como é o caso dos chamados pré-socráticos, sem esquecer
os sofistas, contemporâneos de Sócrates.”Porém, foi Sócrates quem delimitou
o domínio do estudo que trata das ações humanas, definiu uma atitude
reflexiva e crítica dos conceitos e argumentos necessários para a criação e
desenvolvimento da Ética como parte integrante da filosofia antiga”. Isto é,
Sócrates não foi quem inaugurou a reflexão ética, mas quem criou um estilo de
pesquisa ética, analítica e argumentativa. Seu pensamento influenciou as
novas escolas, mesmo após a sua morte.

Sócrates, consagrado como o "fundador da ética e da moral”, destacou-se


nesta área da filosofia por buscar em suas indagações, a convicção pessoal
das pessoas, para obter uma melhor compreensão da justiça.

Platão, discípulo de Sócrates, articulava em suas inspirações teóricas a idéia


de se encontrar a felicidade no centro das questões Éticas.

Aristóteles não descartava a relação entre o Ser e o Bem, porém enfatizava


não existir um único bem, mas vários; ele deveria variar de acordo com a
complexidade do ser.

Uma indagação que surge a quem estude a história da filosofia grega, é a


razão porque ela atinge seu esplendor teórico justamente no momento de sua
decadência material. Sócrates ( 469 – 399 a. C ), Platão (427 – 347 a. C ) e
Aristóteles ( 384 – 322 a. C.), viveram justamente no momento em que a
sociedade grega em geral, e a ateniense em particular, enfrentavam o período
de maior desagregação interna, sendo a política dominada pelos demagogos;
era o período da decadência das formas tradicionais de vida, da superação da
riqueza intelectual pela material.

A filosofia Ética da Antiguidade se desenvolveu por um período de mais de dez


séculos sendo tradicionalmente dividida em três grandes eras: a dos Pré-
Socráticos; a de Sócrates, Platão e Aristóteles; e a dos Helenistas.

Mas o dinamismo da sociedade grega acabou trazendo em si, um novo mundo


que iria aos poucos se infiltrar no antigo, voltando contra si mesmos os
princípios da democracia e da filosofia. Este processo começou com os
conflitos da crescente camada de comerciantes enriquecidos, contra as velhas
aristocracias – cuja base do poder era de um lado a tradição e de outro a
propriedade fundiária, terminando com a ascensão dos tiranos magnatas que
se postulavam defensores das camadas mais pobres da população.

Este crescimento teve um preço amargo a ser pago. O incremento das


desigualdades sociais gerou o aumento dos conflitos, e a extensão da
democracia estimulou o florescimento e o domínio da demagogia; a
necessidade de se justificar o Imperialismo, rompeu com as velhas noções de
império da lei e igualdade dos homens e gerou a reação dos dominados.

É nesse contexto de decadência e crise moral que os esforços intelectuais de


Sócrates, Platão e Aristóteles devem ser entendidos. Quando se enxerga a
questão por este prisma, o fato de Sócrates ter "inventado" a Ética, revela não
o surgimento de uma nova ordem, mas antes a necessidade de se refletir,
sistematizar e defender conceitos que antes eram dados como automáticos,
em especial quanto à essência da ética, ou seja, as relações entre o bem
comum e a felicidade individual.

A evolução da Ética Européia


A Europa Ocidental atravessa uma fase de transição e mudança.
Durante dezenove séculos, os povos da Europa partilharam de duas
tradições: a tradição ética grega (que enfatizava o ser) e a tradição
ética judaico-cristã (que conciliava a ênfase no ser e no fazer).
A partir do século XVIII, a ética Kant abriria a primeira grande brecha
nesse edifício cultural.

No século XIX, Nietzsche abriu caminho para a destruição do edifício


ético mantido durante dezenove séculos pelos grandes mestres da
Cultura Cristã.

O século XX assistiu o fim de uma época, acelerando o processo de


combate a tradição judaico-cristã. Se caracterizou pela perseguição a
cristãos e a judeus e, de uma forma geral, a ética judaico-cristã. Foram
5 milhões de judeus mortos pelo regime nazista; a isto se juntou as
perseguições do regime soviético, durante quase sete décadas, a Igreja
Ortodoxa russa, durante quase sete décadas, provocando várias dezenas
de milhões de mortos.

A secularização rápida das sociedades européias e a adesão maciça às


correntes pós-modernas anunciariam a emergência de um novo
paradigma, baseado na máxima de Dvostoievski. “Se Deus não existe,
então tudo é possível”. A emergência e a expansão da ética e do projeto
político marxista abririam o caminho à aceitação da idéia de que os fins
justificam os meios. O século XX assistiu de forma trágica, os diversos
morticínios e genocídios cometidos em nome do projeto marxista e dos
projetos fascista e nazista. Em pouco mais de meio século foram
destruídas acima de 100 milhões de vidas, em nome de uma ideologia e
de um projeto político.

Na União Soviética, terão morrido, por efeito da guerra civil e das


perseguições políticas mais de vinte milhões de pessoas, e na República
Popular da China, várias dezenas de milhões por efeito das perseguições
políticas e da fome. Na África, nomeadamente no Congo e em Angola,
foram mais de quinhentos mil mortos nas guerras civis e perseguições
políticas. Na guerra do Vietnã, morreram por volta de cinco milhões de
pessoas e no Camboja, mais de três milhões de pessoas por efeito direto
das perseguições políticas. Estes números permitem-nos afirmar que os
últimos cem anos foram os mais mortíferos da História.

Nas últimas décadas do século XX, dois fatos surgiram de forma a criar
novas dificuldades: a redução dramática da taxa de natalidade e a
imigração maciça de muçulmanos para a Europa Ocidental.

A taxa de natalidade caiu em toda a Europa do Sul. Com relação a


imigração de muçulmanos, em 2007, havia cerca de 15 milhões na
União Européia, constituindo 4% da população da Bélgica, 5% da
população da Dinamarca, 9% da população da França, 4% da população
da Alemanha, 6% da população da Holanda, 4% da população da
Suécia, 3% da população do Reino Unido e 2.5% da população da
Espanha.

Não deixa de ser sintomático o fato de os partidos socialistas e sociais


democratas europeus estarem agora a desmantelar o Estado
previdência,destruindo mecanismos de proteção criados no século XX.
Eles agarraram-se ao “Projeto Ético Individualista” e pós-moderno,
patrocinando e incentivando os temas que têm como única finalidade
fragilizar as comunidades naturais e enfraquecer os vínculos que unem
as pessoas e as comunidades.

A Ética nos Estados Unidos da América

“Diferente do Estado unitário, que se caracteriza pela existência de um poder


central que é o núcleo do poder político, o Estado federal é constituído por
vários centros de poder político autônomos e, portanto, é considerado uma
aliança ou união de Estados. Embora no passado tenham ocorrido várias
alianças entre Estados, o sistema federativo, tal como é definido hoje, trata-se
de um fenômeno moderno e podemos afirmar que nasceu com a aliança
firmada pelas treze colônias britânicas da América do Norte, em 1776, que
resultou, em 1787, na Constituição dos Estados Unidos da América (EUA).”

O sistema cultural americano tem dois grandes objetivos, sendo um


econômico e o outro político. O econômico pretende capturar mercados para as
suas mercadorias culturais e o político estabelecer hegemonia pela modelação
da consciência popular. A exportação do entretenimento é uma das mais
importantes fontes de acúmulo de capital e de lucros globais, deslocando as
exportações manufatureiras. Na esfera política, o imperialismo cultural
desempenha uma grande papel na dissociação das pessoas das suas raízes
culturais e tradições de solidariedade, substituindo-as com necessidades
criadas pela “midia”, as quais mudam a cada campanha publicitária. O efeito
político afasta as pessoas dos vínculos tradicionais de classe e de comunidade.

O alvo principal do sistema cultural americano é o de conquistar política e


economicamente a juventude. O entretenimento e a publicidade almejam
pessoas jovens, que são mais vulneráveis à propaganda comercial americana.
A mensagem é simples e direta: ”Modernidade”. A juventude representa um
grande mercado para a exportação cultural americana e são os mais
susceptíveis à propaganda consumista e individualista. A “mídia de massa”
manipula a rebeldia adolescente.

No mundo contemporâneo, Hollywood, CNN e Disneilândia são bem mais


influentes do que o Vaticano, a Bíblia ou a retórica de relações públicas das
figuras políticas. A “mídia de massa” se converteu em parte integral do sistema
de controle político e social global americano, bem como em uma grande fonte
de lucros extravagantes.

A Ética na América Latina.


O Brasil é o quinto país entre os oito maiores da América Latina no ranking
sobre ética e sustentação de negócios, estando atrás de países como o Chile -
considerado o mais ético e sustentável -, o México, a Argentina e o Peru,
empatando apenas com a Venezuela. Ficamos apenas acima do Equador e da
Colômbia. Para a avaliação foram utilizados dados de áreas como: forma
corporativa de governar; desempenho fiscal e econômico; ”performance” social
e em segurança; desempenho educacional e resultados no combate à
corrupção visando determinar a ética (bons programas de ação) e a
sustentabilidade do país.

Entre os quesitos avaliados, o Brasil teve o seu pior desempenho no combate à


corrupção, fazendo apenas 27% dos pontos considerados nessa questão. O
Chile, o melhor colocado, alcançou 95%. Com relação a qualidade
educacional, o país ficou em posição desfavorável, pois, enquanto a vizinha
Argentina obteve índice de 86% nesse quesito, o Brasil só conseguiu 43% ,ou
seja o mesmo nível que o Peru. No caso da corrupção, a M&E utilizou
informações do Barômetro de Transparência Internacional e do Índice de
Percepção de Corrupção, da Transparência Internacional. Com base nesses
dados, ela procurou verificar a percepção que a população de cada país tem
sobre a corrupção local observando as seguintes áreas: partidos políticos,
processo parlamentar, sistema legal e judiciário, setor privado, sistema
tributário, serviços médicos, sistema educacional, forças armadas e ONGs.

Fator importante para a posição desfavorável do Brasil no ranking da Ética e


Sustentação de Negócios foi a baixa qualidade da educação. O país só ficou
acima da Colômbia e do Equador, que fizeram 29% dos pontos analisados.

A Ética no Brasil.

“Ingressamos no terceiro milênio e ainda nos deparamos com o homem


preferindo ser esperto a ser inteligente e culto, entendendo que precisa cuidar
de si e não cuidar dos demais. A ética brasileira é de tal sorte primitiva que
nossas leis estão eivadas de casuísmo e de paternalismos. Muitos dos nossos
homens, enquanto investidos de poder, em todos os níveis, cegam-se e
pretendem mantê-lo a qualquer custo e no acúmulo de bens materiais, gerando
massa crítica de ocupação que mantenha a sociedade à margem da educação
e da saúde.”

A ausência do bem estar ou eficácia no uso do conceito ético tem provocado


uma verdadeira guerra civil no país. Balas perdidas, milícias, assaltos, furtos,
homicídios, desrespeito às instituições, invasões nos bens públicos e privados,
tem sido nossa cartilha de informação diária, como se estivéssemos ensinando
aos nossos filhos e netos o modo de gerar o caos e fugir da harmonia.

Nosso país se orgulha de gerar leis que criaram “direitos” para idosos,
crianças, adolescentes, mulheres e deficientes físicos, esquecendo que essas
leis estão dentro de cada um de nós e que dispensariam quaisquer tipos de
compilações ou codificações, pois o brasileiro tem o seu sentimento ético e
precisa aprender a exercitá-lo sem que tenhamos que escrever leis óbvias e
que não têm poder de mudar o comportamento do indivíduo.

“Esta colocação caracteriza a total degradação dos valores éticos, e da Ética


como conjunto de normas e valores que regem uma sociedade e que deveriam
refletir a consciência e as ações de um povo e trazer consigo a organização
que alimenta uma sociedade”.

A Ética sintetiza os valores a serem respeitados, independentemente das


exigências legais; ela representa a real cultura de um povo. Mas nós com maior
ou menor intensidade nos afastamos da Ética e do ético.

Nos últimos anos, os brasileiros têm ficado estarrecidos com uma sucessão
interminável de casos de corrupção envolvendo diferentes setores dos poderes
legislativo, executivo e judiciário, tais como o episódio do” mensalão”, a máfia
das ambulâncias, a indústria de liminares e as recentes falcatruas envolvendo
empreiteiras e muito recentemente os casos do Senado. A Polícia Federal,
agindo com empenho e eficiência inéditos, tem realizado um grande número de
operações, as quais tem recebido grande cobertura da imprensa e da mídia
causando forte impacto na opinião pública. Que os políticos brasileiros são, em
grande número, indivíduos destituídos de um caráter íntegro e valores sólidos,
é fato notório há muito tempo. O que impressiona nos casos recentes é a
quantidade de funcionários públicos, políticos, senadores e até mesmo de
membros do judiciário, que têm enlameado a sua reputação ao se envolverem
com as mais diferentes irregularidades. Por outro lado, alguns segmentos do
setor privado não têm ficado para trás, participando de muitas fraudes, golpes e
tramas sórdidas com o intuito de lesar o poder público e a população.

Atribuir os fatos mencionados a falhas humanas não é suficiente. Os crimes,


sejam eles hediondos ou de colarinho branco, têm outros fatores
condicionantes, entre os quais as terríveis deficiências da nossa formação
histórica e cultural. Nossos primeiros moradores brancos eram aventureiros
interessados em fazer fortuna e não em construir comunidades sólidas. O
poder estatal se caracterizava pela ausência e omissão, exceto no que diz
respeito ao recolhimento dos tributos. Outra chaga que marcou a formação
cultural brasileira foi a escravidão. A igreja oficial era fraca, subserviente ao
Estado e pouco fez pela formação moral e ética da população. Durante
séculos, o sistema educacional foi extremamente limitado e ineficaz. Assim,
enquanto em outras nações desde o início foram cultivados valores como a
responsabilidade cívica, o respeito às leis e a probidade no exercício da
atividade pública, no Brasil imperou o individualismo e a ética da conveniência.
Portanto, a sociedade e a cultura brasileiras provém da sua história,
encontrando dificuldade em superar as debilidades da sua formação.
A cultura brasileira tem aspectos maravilhosos, invejados por outros povos: a
alegria, a celebração da vida, o calor humano, a receptividade para com os de
fora. Mas temos de reconhecer que “Valores Éticos Sólidos” e um espírito
coletivo não estão entre as suas características marcantes. E isso tem
contribuído para que o Brasil se mantenha atrasado em tantos aspectos
importantes, apresentando estatísticas como as vistas no item” A Ética na
América Latina”
A Ética da “Organização das Nações Unidas”. (ONU)

A Organização das Nações Unidas (ONU) foi fundada oficialmente a 24 de


Outubro de 1945 em São Francisco, Califórnia por 51 países, logo após o fim
da Segunda Guerra Mundial. A primeira Assembléia Geral celebrou-se a 10 de
Janeiro de 1946 em Londres sendo que a sede atual é na cidade de Nova
York.

A precursora das Nações Unidas foi a Sociedade das Nações, organização


concebida em circunstâncias similares durante a Primeira Guerra Mundial e
estabelecida em 1919, em conformidade com o Tratado de Versalhes, "para
promover a cooperação internacional e conseguir a paz e a segurança". Em
2006 a ONU tinha a representação de 192 Estados Membros - sendo cada um
dos países soberanos internacionalmente reconhecidos, exceto o Vaticano,
que possui a qualidade de observador, e países sem reconhecimento pleno
(como Taiwan, que é território reclamado pela China, mas de reconhecimento
soberano por outros países).

Em 10 de novembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU),


em sua terceira sessão ordinária, elaborava um dos mais importantes
documentos produzidos no século XX. Estamos nos referindo à “Declaração
Universal dos Direitos do Homem,cujos trinta artigos, embora careçam de
natureza jurídica coativa, constituem, nos termos de seu preâmbulo, o ideal
comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações...”, no tocante ao
reconhecimento dos direitos fundamentais da pessoa humana.

Inspirada nas antigas declarações individualistas do século XVII, que se


pautavam no ideário iluminista, essa Declaração reafirma os direitos civis e as
liberdades do cidadão, mas consagra, também, os direitos políticos e sociais.
Ela surge no contexto histórico do mundo pós-guerra como forma de assegurar
a dignidade do homem frente a intolerância e à tirania dos regimes totalitários,
que se espalharam no início do século XX em várias partes.

Passados mais de sessenta anos, a Declaração Universal dos Direitos do


Homem, mantém ainda sua atualidade, tendo em vista, o constante desrespeito
e violação dos direitos humanos em vários países, inclusive no Brasil, onde os
conflitos, desigualdades e contradições aprofundam o processo de exclusão de
várias camadas sociais de usufruírem uma vida com dignidade e plena
cidadania.

Os objetivos básicos da organização são, os de manter a paz mundial; proteger


os Direitos Humanos; promover o desenvolvimento econômico e social das
nações; estimular a autonomia dos povos dependentes e o de reforçar os laços
entre todos os estados soberanos.
A seguir pode-se ler o preâmbulo da Carta das Nações Unidas que entrou em
vigência a partir de 24 de outubro de 1945:

“NÓS OS POVOS DAS NAÇÕES UNIDAS, RESOLVIDOS a preservar as


gerações vindouras do flagelo da guerra, que por duas vezes, no espaço da
nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade; a reafirmar a fé nos
direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano; na
igualdade de direito dos homens e das mulheres, assim como das nações
grandes e pequenas; a estabelecer condições sob as quais a justiça e o
respeito as obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes do direito
internacional possam ser mantidos, e a promover o progresso social e
melhores condições de vida dentro de uma liberdade ampla”. Para tais fins
..........

Em 14 de dezembro de 2006, o Secretário Geral da Organização das Nações


Unidas, Ban Ki - moon enviou á Assembléia Geral da ONU a declaração que
segue a qual se refere especificamente aos Padrões Éticos da organização:

“Vou procurar estabelecer o mais alto Padrão Ético. O bom nome das Nações
Unidas é um dos seus maiores valores. – mas também um dos mais
vulneráveis. O Sistema induz o staff a manter o mais altos padrões de
eficiência, competência e integridade, e eu procurarei construir uma reputação
sólida para vivermos nesses padrões.” Ban KI - moon. Secretary General.

(Segue a declaração na sua forma original: “I will seek to set the highest
ethical standard. The good name of the United Nations is one of its most
valuable assets – but also one of its most vulnerable. The Charter calls on staff
to uphold the highest levels of efficiency, competence and integrity, and I will
seek to ensure to build a solid reputation for living up to that standard.” Ban KI
– moon. UN Secretary General).

Conclusão:

A ÉTICA se refere a tudo que diz respeito ao ETHOS ou seja ao espaço e a


situação aonde a vida é garantida. De certa forma ela é o meio de manter a
vida na sua plenitude, criando as barreiras e um número de defesas que são as
leis, as normas, os valores, os princípios e os comportamentos, visando
defender o espaço, sendo que os valores, as leis e as normas são históricos, e
mudam no tempo e no espaço.

Assim, cabe aos seres de boa vontade se organizarem, visando encontrar um


diagnóstico da atual situação do nosso país e do mundo em termos sociais,
econômicos, políticos, culturais e ambientais, o qual poderá servir como base
para resgatar um desenvolvimento sócio econômico político cultural, ambiental,
sustentável a nível nacional e mundial, dando forma aos princípios éticos e a
ÉTICA dos nossos tempos.
Esta responsabilidade certamente cabe as Organizações Internacionais, aos
Governos, Organizações não Governamentais, .......... assim como a cada
indivíduo.

Trabalhos consultados:
Ramiro Marques - Certo e errado na Ética da virtude e na Ética
Deontológica: Implicações Educativas.

Antonio Canabrava da Silva - O pensamento ético - filosófico: da Grécia Antiga à Idade


Contemporânea

Claudia Lima – Ao norte da África o Egito.

Ramiro Marques - Ética Pós-moderna e Expansão da Ética Islâmica Integrista –

James Petras 26/08/2004 - O Imperialismo Cultural Norte-americano.

Sandra BalbiI. Folha de S. Paulo. ( 09/2007)

Alderi Souza de Matos Política, Cultura e Ética no Brasil: Um Problema Histórico.

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