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1. Conceito de Administração
2.1 Introdução
2.2 Administração Pública no Estado Oriental…………………………………………………………p.5
2.3 Administração Pública no Estado Grego……………………………………………………………p.5
2.4 Administração Pública no Estado Romano…………………………………………………………p.6
2.5 Administração Pública no Estado Medieval………………………………………………………p.7
2.6 Administração Pública no Estado Moderno………………………………………………………p.8
2.7 Administração Pública no Estado de Direito Liberal………………………………………….p.9
2.8 Administração Pública no Estado Constitucional do século XX………………………….p.9
Capítulo I
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Preparação para Exame
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4. A Administração Autónoma
a) Conceito……………………………………………………………………………………………………………p.17
b) Entidades responsáveis pela administração autónoma: associações públicas e
autarquias locais………………………………………………………………………………………………p.18
c) A Administração Regional autónoma………………………………………………………………p.19
d) As instituições particulares de interesse público………………………………………………p.19
5. A Administração Independente……………………………………………………………………….p. 20
Capítulo II
ADENDA:
Acepções da palavra Estado………………………………………………………………………p.25
Municípios………………………………………………………………………………………………..p.26
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I. Conceito de Administração
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b) Em sentido material – É a actividade de administrar.
Administrar é, em geral, tomar decisões e efectuar operações com vista à
satisfação regular de determinadas necessidades, obtendo para o efeito os
recursos mais adequados e utilizando as formas mais convenientes.
À administração cumpre-lhe executar as directrizes e opções fundamentais
traçadas pelo poder político; executar uma série de actividades de uma não
natureza executiva. São actividades que devem ser sempre realizadas com base na
lei e não podem ser consideradas uma mera execução da lei (artigo 199º, alínea c,
CRP).
O que a administração tem de garantir é a satisfação regular das necessidades
colectivas de segurança, cultura e bem-estar económico e social.
Resulta da noção de administração pública em sentido material, dois tipos comuns
de administração: pública e privada.
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Subordinadas à lei
No entanto, a justiça JULGA, a administração GERE.
Justiça Administração
Aplica o direito aos casos concretos Prossegue interesses gerais da
Aguarda que lhe tragam os conflitos colectividade
sobre que tem de pronunciar-se Toma a iniciativa de satisfazer as
A justiça é desinteressada (não é necessidades colectivas que lhe estão
parte dos conflitos que decide) confiadas
A justiça é assegurada por tribunais, A administração defende e prossegue
cujos juízes são os interesses colectivos a seu cargo (é
independentes/irresponsáveis no seu parte interessada)
julgamento e inamovíveis no seu A administração é exercida por
cargo órgãos e agentes hierarquizados (em
Os tribunais comuns podem praticar regra, dependem dos seus
actos materialmente administrativos superiores, devendo-lhe obediência)
(ex: processos de jurisdição A administração pode, em certos
voluntária) casos, praticar actos
jurisdicionalizados (ex: decisões
sancionatórias)
Em síntese, resta dizer que a administração pública está submissa aos tribunais para
apreciação e fiscalização dos seus actos e comportamentos.
2.1
2.2 A administração pública no Estado Oriental
Data do terceiro ao primeiro milénio a.C.
Os seus principais aspectos característicos são:
Larga expansão territorial;
Estado unitário, com monarquia teocrática, regime autoritário;
Sem garantias face ao imperador.
É com este tipo de Estado que nascem as primeiras administrações públicas, ainda que
muito incipientes.
Civilizações como o Egipto surgiram em torno dos rios e do aproveitamento das águas
pelas populações. Os detentores do poder político compreenderam bem a necessidade vital
das obras hidráulicas: e o Estado chamou a si vastos programas de obras públicas. Surgem
assim figuras de delegados/funcionários do Estado que cobram impostos e fiscalizam… em
nome das obras do Estado. Não existe autonomia local, tudo estava sujeito ao Imperador.
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Nasce o pensamento político e o Direito Constitucional;
Cidadãos gozam de direitos de participação política.
Surgem as magistraturas, dotadas de poderes administrativos e judiciais; no termo das
suas funções deveriam prestar contas às logistai (comissões de verificação que elaboram
relatórios sobre a gestão que fiscalizam).
O número de magistrados era reduzido, exerciam o poder por pouco tempo e não eram
profissionais, eram amadores.
À medida que as exigências da administração pública aumentam e se tornam mais
complexas, o Estado grego não consegue dar-lhe resposta. Por isso se diz que a desagregação
e a fraca administração levaram ao desmoronamento de um sistema administrativo que no
seu princípio era eficiente.
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O cristianismo surge nesta fase, mal encarada mas com força (romanos eram politeístas),
e por isto cresce a divisão da crença religiosa.
O imperador Teodoro aplica o Cristianismo a todo o território e com isto, ainda que de
forma muito rudimentar, a definição de dignidade de ser-se pessoa!
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Continua, tal e qual como em fases anteriores, a existir uma indiferenciação entre
administração e justiça: é vulgar haver cumulação do poder executivo e judicial nos mesmos
órgãos! O Rei administra e julga; os corregedores, juízes de fora e delegados exercem
simultaneamente a justiça e administração.
Apesar da Magna Carta, as garantias contra o livre arbítrio do Rei são ainda muito
incipientes/deficientes. O Rei não está inteiramente submetido ao Direito. O princípio geral é o
de que o Rei não pode ser responsabilizado pelos actos que pratica, porque o monarca por
definição nunca se engana: the King can do no wrong.
b) O Estado Absoluto
Este é um subtipo do Estado moderno característico da fase da Monarquia Absoluta.
Com o absolutismo real, novos e importantes avanços têm lugar no crescimento e
aperfeiçoamento da máquina administrativa: crescem grandes serviços públicos nacionais
(nomeadamente em França) – exército, polícia, finanças, diplomacia, etc.
O maior ponto fraco deste sistema administrativo é o modo de recrutamento e
promoção dos funcionários: por favoritismo e não por mérito. O sistema foi revisto e
melhorado mais tarde por Frederico Guilherme I que criou nas universidades alemãs uma
cadeira (ciência da administração) que corresponde ao diploma como requisito de aceso à
função pública superior.
Em Portugal, as reformas pombalinas vão no mesmo sentido: aperfeiçoamento técnico
dos serviços, maior disciplina dos funcionários, etc.
Inexistente era, todavia, a garantia individual face ao Estado absoluto.
c) A Revolução Francesa
Com ela triunfam os ideais de liberdade individual contra o autoritarismo tradicional
da monarquia europeia.
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Os cidadãos passam a ser titulares de direitos subjectivos públicos, invocáveis perante
o Estado. Estabelece-se o princípio da separação de poderes (legislativo, judicial e executivo) e
o princípio da legalidade (impede que a Administração invada a esfera dos particulares ou
prejudique os seus direitos.
Administrar é sinónimo de executar as leis. Se os órgãos da Administração violarem a
lei e com isso ofenderem a esfera subjectiva dos cidadãos, estes podem recorrer a tribunal
para fazer valer os seus direitos frente à Administração. Nasce a necessidade de conferir aos
particulares um conjunto de garantias jurídicas, capazes de os proteger contra o arbítrio
administrativo cometido sob a forma de ilegalidade: surge o Direito Administrativo moderno.
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Este é o modelo de estado nascido da revolução russa de 1917, estruturado de acordo
com o pensamento do marxismo-leninismo: partido único, controlo absoluto do partido sobre
o Estado, etc.
Características gerais:
Completa centralização administrativa (sem autarquias locais ou
universidades);
Obediência por parte dos funcionários;
Grande aumento do número dos ministérios no governo central (sobretudo na
área económica – agricultura, pesca, indústria, comércio, etc.);
Vasta rede de funcionários públicos (devido ao aumento de serviços públicos e
empresas estatais);
A Adm. Pública estava sujeita ao princípio da legalidade (ou seja, a sua função
destinava-se a acompanhar a construção da sociedade socialista);
Os tribunais e os juízes não eram independentes (na sua maioria, decidiam
litígios de particulares).
O Estado Fascista
É o modelo posto em prática por Mussolini em Itália a partir de 1919 e mais tarde, na
Alemanha, pela mão de Adolfo Hitler.
Características gerais:
Sistema fortemente centralizado e concentrado: as autarquias e universidades
eram dirigidas, nomeadamente, por presidentes da câmara e reitores de livre
nomeação governamental;
Lançam-se vastos programas de obras públicas e transportes;
As mais importantes empresas de «interesse colectivo» eram alvo de
fiscalização por parte dos delegados do governo;
Seguia-se a política: «nem todas as garantias, nem nenhumas» em relação aos
interesses pessoais de cada um;
O interesse colectivo prevalece sobre os interesses pessoais;
Os cidadãos não iam a tribunal defender os seus direitos e interesses
legítimos; vão sim ajudar o Governo a manter o respeito pelas leis que ele
próprio elabora e quer ver acatadas.
O Estado Democrático
É assente na soberania popular e caracterizado pela sua democracia política,
económica, social e cultural.
Características gerais:
Do ponto de vista da Org. Adm.: O Estado é profundamente descentralizador e
desconcentrado, respeitador das autonomias locais e regionais e de algumas
autonomias de índole corporativa;
O Estado democrático oferece a mais ampla panóplia de instrumentos
jurídicos de protecção que os cidadãos alguma vez conheceram na história da
Administração Pública;
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As duas grandes guerras mundiais difundem o ideal de intervenção e dirigismo
económico, que se traduz na proliferação de organismos autónomos ligados à
administração central: os institutos públicos (que constituem a administração
indirecta do estado) e as empresas públicas (que formam o sector empresarial
do estado);
A Adm. Pública de hoje em dia é também acção cultural e social do Estado.
Acção social porque garante a todos o Dto. à educação, promove a cultura, a
ciência, etc. Acção social porque assegura a todos o Dto. à saúde, à segurança
social, à habitação, ao trabalho, etc.
A fórmula que retrata a passagem do século XIX para o século XX, no mundo
ocidental, é a que vê a transição do Estado Liberal de Direito para o Estado
Social de Direito: estado social porque promove o desenvolvimento
económico, o bem-estar e a justiça social; estado de direito porque reforça a
matéria de subordinação dos poderes públicos ao direito e reforça as garantias
dos particulares frente à administração pública.
Capítulo I
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Artigo 18º, nº1;
Artigo 22º;
Artigo 27º, nº5;
Artigo 41º, nº4
etc.
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CARÁCTER ORIGINÁRIO: A figura do Estado não foi criada pelo poder
constituído: tem natureza originária.
TERRITORIALIDADE: O Estado faz parte de um certo território: o território
nacional.
MULTIPLICIDADE DE ATRIBUIÇÕES: O Estado prossegue fins múltiplos e
variadas funções.
PLURALISMO DE ÓRGÃOS E SERVIÇOS: Grande número de órgãos e serviços do
Estado para fazer frente à excessiva carga de matéria que ele deve tratar eficaz
e rapidamente.
ORGANIZAÇÃO EM MINISTÉRIOS: Os órgãos e serviços do Estado estão
estruturados em departamentos: são os ministérios.
PERSONALIDADE JURÍDICA UNA: Apesar dos muitos serviços e órgãos, o Estado
é sempre uno!
INSTRUMENTALIDADE: A administração do Estado constitui um instrumento
para o desempenho dos fins do Estado.
ESTRUTURA HIERÁRQUICA: a sua organização administrativa está estruturada
hierarquicamente por um conjunto de órgãos ligados por um vínculo jurídico:
confere ao superior o poder de direcção e ao subalterno o poder de
obediência.
SUPREMACIA: O sujeito Estado-administração exerce poderes de supremacia
em relação aos sujeitos de direito privado mas também sobre as entidades
públicas.
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Funções de arquivo e documentação
2.2 Espécies
Na sua generalidade podem ser espécies locais ou externas, de institutos públicos ou
do Estado.
Vejamos:
Órgãos e serviços locais do Estado
Órgãos e serviços locais de institutos públicos e de associações públicas
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Órgãos e serviços externos do Estado
Órgãos e serviços externos de institutos públicos e de associações públicas
3.1 Conceito
Administração Estadual porque se trata de prosseguir fins do Estado; indirecta porque
não é realizada pelo próprio Estado, mas sim por outras entidades.
De um ponto de vista objectivo ou material: A adm. estadual indirecta é uma
actividade administrativa do estado, realizada para a prossecução dos fins deste, por entidades
públicas dotadas de personalidade jurídica própria e de autonomia administrativa e/ou
financeira.
De um ponto de vista subjectivo ou orgânico: A adm. estadual indirecta é o conjunto
das entidades públicas que desenvolvem, com personalidade jurídica própria e autonomia
administrativa (e/ou financeira), uma actividade administrativa destinada à realização dos fins
do Estado.
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É desempenhada pelas entidades a quem está confiada em nome próprio e
não em nome do estado. O estado pode nomear e demitir os dirigentes desses
organismos ou entidades; pode também dar instruções e directivas; pode
fiscalizar e controlar a forma como essa actividade é desempenhada. Está
sujeita aos poderes de superintendência e tutela do governo.
Do ponto de vista orgânico:
Constituída por um conjunto de entidades públicas distintas do Estado.
Cada um destes sujeitos, são sujeitos de Dto.
A decisão de criar estas entidades cabe ao Estado.
O financiamento destas entidades cabe também ao Estado, no todo ou em
parte.
Estas entidades dispõem de autonomia administrativa e financeira.
Têm competências em todo o território nacional.
O grau de autonomia é muito variável:
Pode ter um nível máximo (sucede nas empresas públicas);
Pode ter um nível intermédio (sucede nos organismos económicos,
por ex: Instituto do Vinho do Porto);
Pode ter um nível mínimo (organismos que funcionam como
direcções-gerais do ministério, caso do Instituto Português da
Juventude).
3.4 Organismos responsáveis pela Administração estadual indirecta
No Dto. Português existem várias espécies de organismos que pertencem à Adm.
Estadual indirecta, nomeadamente: institutos públicos e empresas públicas.
Hoje e depois de algumas revisões, separou-se a figura do instituto público (de
natureza burocrática e exercendo funções de gestão pública) da figura de empresa pública (de
natureza empresarial e desempenhando funções de gestão privada).
A separação entre estas duas entidades está fundada em argumentos de ordem
jurídica e hoje, também consagrada na terminologia económica e financeira – entre o sector
público administrativo (SPA) e o sector público empresarial (SPE).
No SPA fazem parte:
Estado
Institutos públicos
Associações públicas
Autarquias locais
Regiões autónomas
No SPE faz parte:
Empresas públicas
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Serviços personalizados
São serviços públicos de carácter administrativo a quem a lei dá determinada
autonomia para que possam funcionar como verdadeiras instituições independentes – ex:
Ministério das Finanças.
Fundações públicas
É uma fundação que reveste natureza de pessoa colectiva pública, ex: Caixas de
Previdência, incluídas na Segurança Social.
Estabelecimentos públicos
São institutos públicos de carácter cultural ou social, abertos ao público e destinados a
efectuar prestações à generalidade dos cidadãos que dela carecem. Ex: Universidades públicas.
4.1 Conceito
Conforme o artigo 199º, al d) da Constituição, esta estabelece que compete ao
governo «dirigir os serviços e a actividade da administração directa do Estado, civil ou militar,
superintender na administração indirecta e exercer a tutela sobre esta e sobre a administração
autónoma».
São três as modalidades de administração pública existentes entre nós:
Administração directa do Estado
Administração indirecta do Estado
Administração autónoma
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O único poder que o governo pode exercer (constitucionalmente) sobre a
administração autónoma é o poder de tutela (artigo 199º, al d), artigo 229º,
nº4 e artigo 242º da CRP) – mero poder de fiscalização ou controlo.
Conceito:
Partindo dos artigos 157º e 167º do Código Civil, uma associação é uma pessoa
colectiva constituída pelo agrupamento de várias pessoas singulares ou colectivas que não
tenha por fim o lucro económico dos associados. Se o tivesse, seria uma sociedade.
A maior parte das associações são entidades privadas… mas algumas associações há
que a lei cria ou reconhece com o objectivo de assegurar a prossecução de certos interesses
colectivos, chegando a atribuir-lhe (por vezes) um conjunto de poderes públicos.
As associações públicas existem para prosseguir interesses públicos próprios das
pessoas que as constituem, pelo que, por essa razão, fazem parte da administração autónoma.
Até certo ponto…são entes independentes do Estado.
Tem sido um organismo de crescente no seio da administração pública.
A constituição dá-nos uma noção de autarquia local, no seu artigo 235º, nº2…
Adaptada, pode dizer-se:
As autarquias locais são pessoas colectivas públicas de população e território,
correspondentes aos agregados de residentes em diversas circunscrições do território nacional,
e que asseguram a prossecução dos interesses comuns resultantes da vizinhança mediante
órgãos próprios, representativos dos respectivos habitantes.
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A constituição de 1976 consagra o princípio da autonomia local… E o princípio
pressupõe e exige os direitos seguintes:
O Dto e a capacidade efectiva de as autarquias regularem e gerirem uma parte
importante dos assuntos públicos
O Dto de participarem nas políticas que afectam os interesses próprios das
populações
O Dto de partilharem com o Estado ou a região as decisões de interesse
comum
Cada uma das regiões autónomas é dotada por força da constituição de um estatuto
político-administrativo específico (artigo 226º).
Além disso, as regiões autónomas são ainda dotadas de órgãos de governo próprio
cujos titulares são designados com a participação dos eleitores residentes nos respectivos
territórios.
A assembleia legislativa é eleita por sufrágio universal, directo e secreto dos cidadãos
residentes no arquipélago e de acordo com o princípio da representação proporcional.
O governo regional é politicamente responsável perante a assembleia legislativa,
efectivando-se essa responsabilidade pelos mecanismos da sujeição do programa do governo a
debate e votação na assembleia, da moção de censura e do voto de confiança.
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Porque motivo é que este fenómeno ocorre?
1º- Por a administração não conseguir acatar com todas as tarefas, faz um apelo aos
capitais particulares (encarrega empresas privadas de desempenharem funções
administrativas)
2º- A lei considera que algumas actividades privadas são de tal forma relevantes para a
colectividade que, sem as nacionalizarem, submete-as a uma fiscalização permanente
3º- Outras vezes, a lei admite que em determinadas áreas de actividade sejam criadas
entidades privadas, por iniciativa particular, para se dedicarem unicamente à prossecução de
tarefas de interesse geral, numa base voluntária e altruísta: é o que acontece com as
instituições de assistência.
Concluindo:
As instituições particulares de interesse público se dividem basicamente em duas
espécies – SOCIEDADES DE INTERESSE COLECTIVO e
- PESSOAS COLECTIVAS DE UTILIDADE PÚBLICA.
V. A Administração Independente
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Capítulo II
Esclarecendo:
1) Serviços principais:
a) Serviços burocráticos (lidam com problemas de decisões dos órgãos da pessoa
colectiva pública a que pertencem)
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i) Serviços de apoio: estudam e preparam as decisões dos órgãos
administrativos
ii) Serviços executivos: executam as leis e os regulamentos aplicáveis
iii) Serviços de controlo: fiscalizam os restantes serviços públicos
b) Serviços operacionais (são serviços principais):
i) Serviços de prestação individual: facultam aos particulares bens ou
serviços que estes carecem para a satisfação de necessidades
colectivas
ii) Serviços de polícia: fiscalizam actividades dos particulares que possam
por em perigo interesses públicos que à administração compete
defender (GNR ou PSP)
iii) Serviços técnicos: são os restantes serviços operacionais, ex: serviços
de limpeza, serviços florestais.
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Um vínculo jurídico chamado relação hierárquica constituído pelo poder de
direcção e pelo dever de obediência.
2.2 Supervisão
Este é um dos poderes do superior hierárquico e consiste na faculdade de o superior
revogar ou suspender os actos administrativos praticados pelo subalterno. Este poder pode ser
exercido de duas maneiras: por iniciativa do superior ou em consequência de um recurso
hierárquico perante ele interposto pelo interessado.
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Das duas pessoas colectivas uma tem de ser necessariamente pública
Os poderes de tutela são poderes de intervenção na gestão de uma pessoa
colectiva
O fim da tutela é assegurar que a entidade tutelada compra as leis em
vigor e garanta que sejam adoptadas soluções oportunas para execução do
interesse público
Tutela não se confunde com hierarquia: hierarquia organiza cada pessoa colectiva
pública, ao passo que a tutela assenta numa relação jurídica entre duas pessoas colectivas
distintas.
2.5 Superintendência
É o poder conferido ao estado (exercido pelo governo) ou a outra pessoa colectiva de
fins múltiplos (tal como as autarquias) de definir os objectivos e guiar a actuação das pessoas
colectivas públicas de fins singulares colocadas por lei na sua dependência (institutos públicos
e empresas públicas).
A superintendência tem a natureza de um poder de orientação: não é um poder de
direcção (como a hierarquia), nem um poder de controlo (como a tutela administrativa).
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serviços se localizem geograficamente mais próximas das populações que
pretendem servir.
Os princípios da desconcentração e da descentralização administrativa:
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ADENDA:
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