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ESCOLA ESTADUAL PAULO JOSÉ DERENUSSON – “Vencendo desafios,

conquistando vitórias”
PROF. MARCELO MACIEL DE ALMEIDA
Nome: ________________________________________________________ nº: _____
FIGURAS DE LINGUAGEM E FUNÇÕES DE LINGUAGEM

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FIGURAS DE LINGUAGEM 2.2-Zeugma: omissão (elipse) de um termo


1- FIGURAS SONORAS: que já apareceu antes. Se for verbo, pode
1.1- Aliteração: repetição de sons necessitar adaptações de número e pessoa
consonantais (consoantes). Cruz e Souza é o verbais. Utilizada, sobretudo, nas or.
melhor exemplo deste recurso. Uma das comparativas. Ex: Alguns estudam, outros
características marcantes do Simbolismo, não, por: alguns estudam, outros não
assim como a sinestesia. Ex: "(...) Vozes estudam. / "O meu pai era paulista / Meu avô,
veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos pernambucano / O meu bisavô, mineiro / Meu
violões, vozes veladas / Vagam nos velhos tataravô, baiano." (Chico Buarque) - omissão
vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs, de era
vulcanizadas." (fragmento de Violões que 2.3- Hipérbato: alteração ou inversão da
choram. Cruz e Souza) ordem direta dos termos na oração, ou das
1.2- Assonância: repetição dos mesmos sons orações no período. São determinadas por
vocálicos. Ex: (A, O) - "Sou um mulato nato ênfase e podem até gerar anacolutos. Ex:
no sentido lato mulato democrático do litoral." Morreu o presidente, por: O presidente
(Caetano Veloso) (E, O) - "O que o vago e morreu. Obs1.: Bechara denomina esta figura
incógnito desejo de ser eu mesmo de meu ser antecipação. Obs2.: Se a inversão for violenta,
me deu." (Fernando Pessoa) comprometendo o sentido drasticamente,
1.3- Paranomásia: o emprego de palavras Rocha Lima e Celso Cunha denominam-na
parônimas (sons parecidos). Ex: "Com tais sínquise Obs3.: RL considera anástrofe um
premissas ele sem dúvida leva-nos às tipo de hipérbato
primícias" (Padre Antonio Vieira) 2.4- Anástrofe: anteposição, em expressões
1.4- Onomatopeia: criação de uma palavra nominais, do termo regido de preposição ao
para imitar um som. Ex: A língua do nhem termo regente. Ex: "Da morte o manto lutuoso
"Havia uma velhinha / Que andava vos cobre a todos.", por: O manto lutuoso da
aborrecida / Pois dava a sua vida / Para falar morte vos cobre a todos. Obs.: para Rocha
com alguém. / E estava sempre em casa / A Lima é um tipo de hipérbato
boa velhinha, / Resmungando sozinha: / 2.5- Pleonasmo: repetição de um termo já
Nhem-nhem-nhem-nhem-nhem..." (Cecília expresso, com objetivo de enfatizar a ideia.
Meireles) Ex: Vi com meus próprios olhos. "E rir meu
riso e derramar meu pranto / Ao seu pesar ou
2- FIGURAS DE SINTAXE: seu contentamento." (Vinicius de Moraes), Ao
2.1- Elipse: omissão de um termo ou pobre não lhe devo (OI pleonástico) Obs.:
expressão facilmente subentendida. Casos pleonasmo vicioso ou grosseiro - decorre da
mais comuns: a) pronome sujeito, gerando ignorância, perdendo o caráter enfático
sujeito oculto ou implícito: iremos depois, (hemorragia de sangue, descer para baixo)
compraríeis a casa?; b) substantivo - a 2.6- Assíndeto: ausência de conectivos de
catedral, no lugar de a igreja catedral; ligação, assim atribui maior rapidez ao texto.
Maracanã, no ligar de o estádio Maracanã; c) Ocorre muito nas or. coordenadas. Ex: "Não
preposição - estar bêbado, a camisa rota, as sopra o vento; não gemem as vagas; não
calças rasgadas, no lugar de: estar bêbado, murmuram os rios."
com a camisa rota, com as calças rasgadas; d) 2.7- Polissíndeto: repetição de conectivos na
conjunção - espero você me entenda, no lugar ligação entre elementos da frase ou do
de: espero que você me entenda; e) verbo - período. Ex: O menino resmunga, e chora, e
queria mais ao filho que à filha, no lugar de: esperneia, e grita, e maltrata. "E sob as ondas
queria mais o filho que queria à filha. Em ritmadas / e sob as nuvens e os ventos / e sob
especial o verbo dizer em diálogos - E o rapaz: as pontes e sob o sarcasmo / e sob a gosma e o
- Não sei de nada !, em vez de E o rapaz disse: vômito (...)" (Carlos Drummond de Andrade)
2.8- Anacoluto: termo solto na frase, simbolismo universal das cores) Obs2.: esta
quebrando a estruturação lógica. figura foi muito utilizada pelos simbolistas
Normalmente, inicia-se uma determinada 3.4- Catacrese: uso impróprio de uma palavra
construção sintática e depois se opta por outra. ou expressão, por esquecimento ou na
Eu, parece-me que vou desmaiar. / Minha ausência de termo específico. Ex.: Espalhar
vida, tudo não passa de alguns anos sem dinheiro (espalhar = separar palha) / "Distrai-
importância (sujeito sem predicado) / Quem se um deles a enterrar o dedo no tornozelo
ama o feio, bonito lhe parece (alteraram-se as inchado." - O verbo enterrar era usado
relações entre termos da oração) primitivamente para significar apenas colocar
2.9- Anáfora: repetição de uma mesma na terra. Obs1.: Modernamente, casos como
palavra no início de versos ou frases. Ex: pé de meia e boca de forno são considerados
"Olha a voz que me resta / Olha a veia que metáforas viciadas. Perderam valor estilístico
salta / Olha a gota que falta / Pro desfecho que e se formaram graças à semelhança de forma
falta / Por favor." (Chico Buarque) Obs.: existente entre seres.
repetição em final de versos ou frases é Obs2.: Para Rocha Lima, é um tipo de
epístrofe; repetição no início e no fim será metáfora
símploce. Classificações propostas por Rocha 3.5- Metonímia: substituição de um nome por
Lima. outro em virtude de haver entre eles
2.10- Silepse: é a concordância com a ideia, e associação de significado. Ex: Ler Jorge
não com a palavra escrita. Existem três tipos: Amado (autor pela obra - livro) / Ir ao
a) de gênero (masc x fem): São Paulo continua barbeiro (o possuidor pelo possuído, ou vice-
poluída (= a cidade de São Paulo). V. Sª é versa - barbearia) / Bebi dois copos de leite
lisonjeiro; b) de número (sing x pl): Os (continente pelo conteúdo - leite) / Ser o
Sertões contra a Guerra de Canudos (= o livro Cristo da turma. (indivíduo pala classe -
de Euclides da Cunha). O casal não veio, culpado) / Completou dez primaveras (parte
estavam ocupados; c) de pessoa: Os brasileiros pelo todo - anos) / O brasileiro é malandro
somos otimistas (3ª pess - os brasileiros, mas (sing. pelo plural - brasileiros) / Brilham os
quem fala ou escreve também participa do cristais (matéria pela obra - copos).
processo verbal) 3.6- Antonomásia, perífrase: substituição de
2.11- Antecipação: antecipação de termo ou um nome de pessoa ou lugar por outro ou por
expressão, como recurso enfático. Pode gerar uma expressão que facilmente o identifique.
anacoluto. Ex.: Joana creio que veio aqui hoje. Fusão entre nome e seu aposto. Ex: O mestre
O tempo parece que vai piorar Obs.: Celso = Jesus Cristo, A cidade luz = Paris, O rei das
Cunha denomina-a prolepse. selvas = o leão, Escritor Maldito = Lima
Barreto. Obs.: Rocha Lima considera como
3- FIGURAS DE PALAVRAS OU uma variação da metonímia
TROPOS (Para Bechara ALTERAÇÕES 3.7- Sinestesia: interpenetração sensorial,
SEMÂNTICAS): fundindo-se dois sentidos ou mais (olfato,
3.1- Metáfora: emprego de palavras fora do visão, audição, gustação e tato). Ex.: "Mais
seu sentido normal, por analogia. É um tipo de claro e fino do que as finas pratas / O som da
comparação implícita, sem termo tua voz deliciava ... / Na dolência velada das
comparativo. Ex: A Amazônia é o pulmão do sonatas / Como um perfume a tudo perfumava.
mundo. Encontrei a chave do problema. / / Era um som feito luz, eram volatas / Em
"Veja bem, nosso caso / É uma porta lânguida espiral que iluminava / Brancas
entreaberta." (Luís Gonzaga Junior) Obs1.: sonoridades de cascatas ... / Tanta harmonia
Rocha Lima define como modalidades de melancolizava." (Cruz e Souza) Obs.: Para
metáfora: personificação (animismo), Rocha Lima, representa uma modalidade de
hipérbole, símbolo e sinestesia. metáfora.
3.2- Personificação: atribuição de ações, 3.8- Anadiplose: é a repetição de palavra ou
qualidades e sentimentos humanos a seres expressão de fim de um membro de frase no
inanimados. (A lua sorri aos enamorados) começo de outro membro de frase. Ex: "Todo
3.3- Símbolo: nome de um ser ou coisa pranto é um comentário. Um comentário que
concreta assumindo valor convencional, amargamente condena os motivos dados."
abstrato. (balança = justiça, D. Quixote =
idealismo, cão = fidelidade, além do 4- FIGURAS DE PENSAMENTO:
4.1- Antítese: aproximação de termos ou  receptor - recebe, decodifica a
frases que se opõem pelo sentido. Ex: "Neste mensagem
momento todos os bares estão repletos de  mensagem - conteúdo transmitido pelo
homens vazios" (Vinicius de Moraes). Obs.: emissor
Paradoxo - ideias contraditórias num só  código - conjunto de signos usado na
pensamento, proposição de Rocha Lima ("dor transmissão e recepção da mensagem
que desatina sem doer" Camões)  referente - contexto relacionado a
4.2- Eufemismo: consiste em "suavizar" emissor e receptor
alguma ideia desagradável. Ex: Ele enriqueceu  canal - meio pelo qual circula a
por meios ilícitos. (roubou), Você não foi feliz mensagem
nos exames. (foi reprovado) Obs.: Rocha Lima Obs.: as atitudes e reações dos comunicantes
propõe uma variação chamada litote - afirma- são também referentes e exercem influência
se algo pela negação do contrário. (Ele não vê, sobre a comunicação.
em lugar de Ele é cego; Não sou moço, em As funções da linguagem são:
vez de Sou velho). Para Bechara, alteração 1- Função emotiva (ou expressiva):
semântica. centralizada no emissor, revelando sua
4.3- Hipérbole: exagero de uma ideia com opinião, sua emoção. Nela prevalece a 1ª
finalidade expressiva. Ex: Estou morrendo de pessoa do singular, interjeições e
sede (com muita sede), Ela é louca pelos exclamações. É a linguagem das biografias,
filhos (gosta muito dos filhos). Obs.: Para memórias, poesias líricas e cartas de amor.
Rocha Lima, é uma das modalidades de 2- Função referencial (ou denotativa):
metáfora. centralizada no referente, quando o emissor
4.4- Ironia: utilização de termo com sentido procura oferecer informações da realidade.
oposto ao original, obtendo-se, assim, valor Objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª
irônico. Obs.: Rocha Lima designa como pessoa do singular. Linguagem usada nas
antífrase. Ex: O ministro foi sutil como uma notícias de jornal e livros científicos.
jamanta. 3- Função apelativa (ou conativa):
4.5- Gradação: apresentação de ideias em centraliza-se no receptor; o emissor procura
progressão ascendente (clímax) ou influenciar o comportamento do receptor.
descendente (anticlímax). Ex: "Nada fazes, Como o emissor se dirige ao receptor, é
nada tramas, nada pensas que eu não saiba, comum o uso de tu e você, ou o nome da
que eu não veja, que eu não conheça pessoa, além dos vocativos e imperativo.
perfeitamente." Usada nos discursos, sermões e propagandas
4.6- Prosopopeia ou personificação ou que se dirigem diretamente ao consumidor.
animismo: é a atribuição de qualidades e 4- Função fática: centralizada no canal, tendo
sentimentos humanos a seres irracionais e como objetivo prolongar ou não o contato com
inanimados. Ex: "A lua, (...) Pedia a cada o receptor, ou testar a eficiência do canal.
estrela fria / Um brilho de aluguel ..." (João Linguagem das falas telefônicas, saudações e
Bosco / Aldir Blanc). Obs.: Para Rocha Lima, similares.
é uma modalidade de metáfora 5- Função poética: centralizada na
mensagem, revelando recursos imaginativos
criados pelo emissor. Afetiva, sugestiva,
FUNÇÕES DA LINGUAGEM conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as
palavras, suas combinações. É a linguagem
figurada apresentada em obras literárias, letras
de música, em algumas propagandas etc.
6- Função metalinguística: centralizada no
código, usando a linguagem para falar dela
mesma. A poesia que fala da poesia, da sua
função e do poeta, um texto que comenta
outro texto. Principalmente os dicionários são
Para melhor compreensão das funções de
repositórios de metalinguagem.
linguagem, torna-se necessário o estudo dos
Obs.: Em um mesmo texto podem aparecer
elementos da comunicação. São eles:
várias funções da linguagem. O importante é
 emissor - emite, codifica a mensagem
saber qual a função predominante no texto, Figuras de Linguagem. Disponível em
para então defini-lo. <http://www.graudez.com.br/literatura/figling.
htm>. Acesso no dia 06/02/2011
REFERÊNCIAS: Funções da Linguagem. Disponível em
<http://www.graudez.com.br/literatura/funling
.htm>. Acesso no dia 06/02/2011

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