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Resumo
Este projeto é o fio orientador da minha pesquisa acadêmica em andamento referente a dissertação de
Mestrado em Educação Matemática do NPADC/UFPA, que investiga as dificuldades na leitura e escrita de
textos envolvendo a Geometria Plana dos alunos do CEFET-RR do curso integrado ao ensino médio na
Modalidade de Jovens e Adultos – EJA. A pesquisa pretende, mais especificamente, apontar caminhos para
minimizar as dificuldades na aprendizagem dos conteúdos da geometria plana e compreender porque os
alunos da EJA apresentam essas dificuldades quando fazem uso dos registros de representação semiótica para
resolver problemas por meio da formalização/objetivação da escrita. De acordo com Raymond Duval (1993),
o acesso aos objetos matemáticos se dá por meio desses registros de representação, pois esses objetos não são
perceptíveis fisicamente. A pesquisa para coleta de dados foi realizada de 6 a 31 de Outubro de 2008
utilizando-se das seguintes atribuições: Entrevistas, Diário de Bordo, Pré-teste, Questionários, Pós-teste e
tarefas para desenvolvimento do raciocínio lógico do aluno. A análise desses dados será realizada no decorrer
dos estudos até a conclusão do projeto.
1 - Introdução
Muitas das minhas indagações surgiram a partir das experiências com esses alunos
que, uma vez aprovados no processo seletivo, buscam no curso, uma forma de se
profissionalizarem e exercerem a profissão tão sonhada, como também, serem inseridos no
mercado de trabalho como profissional Técnico de nível médio e também com o
certificado de conclusão do ensino médio regular.
2 - Levantamentos de Literaturas
A Literatura levantada para dar embasamento teórico à pesquisa está pautada nos
seguintes teóricos que colaborarão com suas idéias, tais como:
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Bourdieu, Pierre, analisa o processo de eliminação e seleção dos alunos no interior
da escola;
Charles Sander Peirce discute as bases de sua doutrina dos signos ou semiótica;
Damm, Regina Flemming, corrobora e explica a teoria de Duval;
Gilles G. Granger, trata do processo de objetivação e formalização na linguagem
matemática, do estilo na construção do objeto matemático e das estruturas da
linguagem;
Ludwig Josef Johann Wittgenstein aborda a certeza subjetiva dos limites da
linguagem, dos sentidos das proposições e das regras matemáticas;
Maria da Conceição F. R. Fonseca, analisa e discute as conflitivas demandas e
contribuições do ensino da matemática na EJA;
Michael Foucault trata da representação, da escrita das coisas, do discurso e da
linguagem;
Raymond Duval apresenta os registros de representação semiótica na matemática.
Santaella, Lúcia aborda a questão dos símbolos semióticos, da percepção e dos
signos como tríade (em si mesmo, em conexão com o objeto e como representação
para o interpretante).
3 - Problema
4 - Hipótese
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aula, como também, as causas pelas quais existem as dificuldades de construir e formalizar
os conceitos da Geometria Plana.
5 - Objetivos
5.1. Geral:
5.2. Específicos:
_ Analisar os registros dos alunos que serão coletados a partir dos questionários,
entrevistas e tarefas desenvolvidas em sala de aula.
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6 - Justificativa
Este Projeto de Pesquisa será aplicado no CEFET-RR por ser uma escola onde
absorve alunos que pretendem obter os conhecimentos necessários para qualificação em
um curso profissionalizante; por ter ultrapassado a faixa etária de escolaridade; por querer
tornar o sonho de ser um profissional qualificado e inserido no mercado de trabalho.
Ao longo dos anos temos observado que, a grande maioria dos candidatos que
pleiteiam uma vaga nos cursos oferecidos pelo CEFET-RR já apresenta, no Processo
Seletivo, certa dificuldade em resolver as questões propostas de Português e Matemática
no nível de ensino fundamental, em especial, de Geometria Plana, e, por conseguinte, os
aprovados continuam a apresentá-la em maior intensidade quando se remete à disciplina de
Matemática do ensino médio. Por essa razão é que estou propondo realizar esse trabalho de
pesquisa focando as questões de formalização dos conteúdos de Geometria Plana aplicados
às turmas de 1º ano do Ensino Médio integrados ao Ensino Técnico na Modalidade de
Jovens e Adultos. Neste sentido, tomando o embasamento teórico citado acima, ao final da
pesquisa tentarei apontar caminhos e estratégias de ensino e aprendizagem para que
venham minimizar essa problemática.
7 - Metodologia
_ Lócus de Pesquisa:
_ Sujeitos da Pesquisa:
Os sujeitos escolhidos para participar dessa pesquisa, são alunos de duas turmas do
Módulo II dos cursos de Enfermagem e Análises Clínicas (Laboratório) do CEFET-RR que
ingressaram no primeiro semestre de 2008, ambas com 35 alunos por turma.
_Coleta de Dados:
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A pesquisa foi realizada no período de 6 a 31 de Outubro de 2008, e teve como
formas de desenvolvimento da pesquisa as seguintes atribuições:
8 - Cronograma
ATIVIDADES / PERÍODOS Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun
1 Levantamento de literatura X
2 Montagem do Projeto X
3 Coleta de dados X
6 Revisão do texto X
9. Defesa da Dissertação X
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9 – Análises dos Dados Coletados
10 – Considerações Finais
O caminho para minimizar essa situação, será o fio condutor para trabalhar a
Geometria Plana de forma diferenciada, como por exemplo, realizar tarefas que levem os
alunos a pensar soluções que sejam encontradas em momentos do seu próprio cotidiano e
consigam fazer a conexão de sua vivência diária com os problemas tratados em sala de
aula por meio da pesquisa. Essas conexões irão nos permitir encontrar meios que poderão
responder a muitas das indagações que foram levantadas quando da reflexão feita sobre as
dificuldades encontradas pelos alunos da EJA.
Concordo com os autores que enfatizam sobre a aprendizagem, que esta não se dá
de forma instantânea, o que significa dizer que a aprendizagem é uma construção que
ocorre constantemente durante toda a nossa vida. Isso não é diferente, quando se percebe,
que os alunos da EJA devem compreender que todos têm condições de aprender e
apreender os conteúdos geométricos que são ensinados por seus professores no seu dia-a-
dia escolar.
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Com essa pesquisa, pretendo mostrar que é muito importante para ter uma
aprendizagem eficaz, estabelecer um diálogo entre professor-aluno, aluno-professor e
aluno-aluno. É na interação dialógica que buscamos aproximar as construções realizadas
pelos alunos das construções matemáticas e geométricas. Desta forma, poderemos detectar
as dificuldades de aprendizagem que os alunos da EJA apresentam durante os seus estudos
matemáticos.
11 - Referências
BOURDIEU, Pierre. Escritos de Educação. 8.Ed. Editora Vozes. São Paulo. 2006.
BOURDIEU, Pierre. Economia das Trocas Simbólicas. 5. Ed. Editora Perspectiva. São
Paulo.2003.
DAMM, Regina Flemming. Registros de Representação. Série Trilhas. São Paulo. 1999.
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PEIRCE, Charles S. Semiótica. 3. Ed. Editora Perspectiva. São Paulo. 2005.