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-O que é a sismicidade?
Frequência de ocorrência de sismos por unidade de área de uma dada região
Desenvolvimento
Sismicidade em Lisboa
Lisboa situa-se numa área de sismicidade moderada, caracterizada pela ocorrência de sismos fortes, separados por longos períodos de acalmia, em que se registam sismos fracos.
Ao longo do tempo ,a cidade sofreu os efeitos de diversos sismos causadores de enormes danos, sendo de destacar os seguintes:
26 de Janeiro de 1531 - Causou danos no centro de Portugal continental, particularmente na região de Lisboa e teve epicentro provável na região de Benavente. O número de vítimas
estimado é 30 mil
1 de Novembro de 1755 - Um dos maiores sismos de que há memória histórica. Foi o sismo com consequências mais catastróficas em Portugal, a sua magnitude foi estimada em 8.75
(Richter, 1949). O número de vítimas terá sido entre 60000 e 80000 pessoas, sendo grande parte desse número em consequência do tsunami.
23 de Abril de 1909-Foi considerado o sismo mais destruidor, sentido no Continente, no século passado. Neste sismo foi destruída quase por completo a vila de Benavente, bem como as
aldeias próximas e causou grandes danos na parte ocidental da cidade de Lisboa.
Analisando as duas figuras, é possível concluir que a Baixa de Lisboa é bastante mais vulnerável do que as zonas altas, zonas a oeste e a este devido à vulnerabilidade dos edifícios
pombalinos(Figura A) e também devido à constituição dos seus solos (formações aluvionares lodosas, arenosas e areno-argilosas / aterros), como é possível observar na Figura B
Edifícios pré-pombalinos
Edifícios pombalinos
Edifícios com gaioleira
Edifícios mistos
Edifícios de betão
Figura A- Tipologia da construção dos edifícios de Lisboa Figura B- Vulnerabilidade dos solos da cidade de Lisboa
Conclusão
Através da análise do risco sísmico e da sismicidade é possível definir um Cenário de Danos (Figura C), que
evidencia as áreas que se podem mostrar particularmente críticas, se um sismo ocorrer.
Analisando este mapa é possível minimizar os danos causados pelos grandes sismos, como o de 1755, estudando
os seus efeitos na superfície terrestre e aplicando medidas preventivas para reduzir os possíveis danos (materiais
e humanos), nomeadamente através do planeamento urbanístico e da aposta na melhoria da qualidade de
construção, tanto nas obras novas como através da reabilitação das já existentes.
Após o estudo da sismicidade e risco sísmico, pode-se concluir, portanto, que uma dada região, mesmo que esteja
sujeita a sismos intensos, pode ter um risco sísmico reduzido se for escassamente habitada uma vez que nesse
caso os elementos expostos serão poucos. Pelo contrário, uma outra região sujeita a sismos da mesma
severidade, possuirá um risco sísmico tanto mais elevado quanto mais vulneráveis forem as estruturas nela
existentes e quanto mais vulnerável for o seu solo.