Вы находитесь на странице: 1из 1

Sismicidade e risco sísmico em Lisboa

MªBeatriz Machado, Maria Assunção e Sara Pinto, 10ºA


Resumo
Os sismos são fenómenos geológicos recorrentes e praticamente imprevisíveis. Esta característica de
recorrência implica que zonas como Lisboa, que já foram atingidas por sismos de forte potencial
destrutivo no passado, o venham a ser novamente no futuro. No entanto é possível minimizar os danos
causados pelos grandes sismos, analisando a sismicidade e o risco sísmico da zona em questão: neste
caso, Lisboa.
Introdução
-O que é o risco sísmico?
Risco sísmico é uma descrição probabilística das consequências para a sociedade da ocorrência de sismos. O elemento em risco poderá ser um edifício, uma cidade, um país, a população
que ai habita, etc
Risco = Perigosidade x Vulnerabilidade x Custos
em que:
- a Perigosidade Sísmica é a probabilidade de ocorrência de um evento sísmico potencialmente perigoso, durante um determinado período de tempo e numa dada região
-a Vulnerabilidade representa o grau de danos ou perdas potenciais num elemento ou conjunto de elementos como consequência da ocorrência de um fenómeno de determinada
intensidade. O seu valor varia entre 0(sem danos) e 1(perda ou destruição total do elemento)
-os Custos são pessoas, bens, propriedades, infra-estruturas, serviços, actividades económicas que directa ou indirectamente podem sofrer as consequências do sismo.

-O que é a sismicidade?
Frequência de ocorrência de sismos por unidade de área de uma dada região

Desenvolvimento
Sismicidade em Lisboa
Lisboa situa-se numa área de sismicidade moderada, caracterizada pela ocorrência de sismos fortes, separados por longos períodos de acalmia, em que se registam sismos fracos.
Ao longo do tempo ,a cidade sofreu os efeitos de diversos sismos causadores de enormes danos, sendo de destacar os seguintes:
26 de Janeiro de 1531 - Causou danos no centro de Portugal continental, particularmente na região de Lisboa e teve epicentro provável na região de Benavente. O número de vítimas
estimado é 30 mil
1 de Novembro de 1755 - Um dos maiores sismos de que há memória histórica. Foi o sismo com consequências mais catastróficas em Portugal, a sua magnitude foi estimada em 8.75
(Richter, 1949). O número de vítimas terá sido entre 60000 e 80000 pessoas, sendo grande parte desse número em consequência do tsunami.
23 de Abril de 1909-Foi considerado o sismo mais destruidor, sentido no Continente, no século passado. Neste sismo foi destruída quase por completo a vila de Benavente, bem como as
aldeias próximas e causou grandes danos na parte ocidental da cidade de Lisboa.

-Risco sísmico em Lisboa


Para avaliar o risco sísmico em Lisboa é necessário ter em conta dois aspectos:
Vulnerabilidade do edificado: Em bairros históricos predominam edifícios de construção pré-pombalina cuja resistência anti-sísmica é ineficaz. Na Baixa de Lisboa encontram-se,
maioritariamente, edifícios de construção pombalina (construídos a partir de 1755) que, com o decorrer do tempo e com as alterações a que foram sujeitos, tornaram-se bastante
vulneráveis. Nas zonas de expansão da cidade a Norte e a Oeste predomina edificado de construção gaioleira cujas estruturas são de alvenaria e de madeira, tornando as construções
bastante vulneráveis . Existem ainda edifícios de betão construídos recentemente que se encontram dispersos por Lisboa e cuja resistência anti-sísmica tem vindo a ser melhorada.
Vulnerabilidade do solo: Como surge indicado na figura B, os solos são muito vulneráveis no centro (Marquês de Pombal, Sete Rios, Campo Grande) e em toda a extensão de costa de
Lisboa, como na Praça do Comércio, Belém e Parque das Nações.

Analisando as duas figuras, é possível concluir que a Baixa de Lisboa é bastante mais vulnerável do que as zonas altas, zonas a oeste e a este devido à vulnerabilidade dos edifícios
pombalinos(Figura A) e também devido à constituição dos seus solos (formações aluvionares lodosas, arenosas e areno-argilosas / aterros), como é possível observar na Figura B
 

Edifícios pré-pombalinos
Edifícios pombalinos
Edifícios com gaioleira
Edifícios mistos
Edifícios de betão

Figura A- Tipologia da construção dos edifícios de Lisboa Figura B- Vulnerabilidade dos solos da cidade de Lisboa

Conclusão
Através da análise do risco sísmico e da sismicidade é possível definir um Cenário de Danos (Figura C), que
evidencia as áreas que se podem mostrar particularmente críticas, se um sismo ocorrer.
Analisando este mapa é possível minimizar os danos causados pelos grandes sismos, como o de 1755, estudando
os seus efeitos na superfície terrestre e aplicando medidas preventivas para reduzir os possíveis danos (materiais
e humanos), nomeadamente através do planeamento urbanístico e da aposta na melhoria da qualidade de
construção, tanto nas obras novas como através da reabilitação das já existentes.
Após o estudo da sismicidade e risco sísmico, pode-se concluir, portanto, que uma dada região, mesmo que esteja
sujeita a sismos intensos, pode ter um risco sísmico reduzido se for escassamente habitada uma vez que nesse
caso os elementos expostos serão poucos. Pelo contrário, uma outra região sujeita a sismos da mesma
severidade, possuirá um risco sísmico tanto mais elevado quanto mais vulneráveis forem as estruturas nela
existentes e quanto mais vulnerável for o seu solo.

Figura C- Cenário de Danos de Lisboa

Вам также может понравиться