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Exemplo de Plano de Emergência

Capítulo I

1. INTRODUÇÃO
Os antigos têm um velho ditado, que nos diz que prevenir é mais eficaz e mais barato
que remediar.

Cientes da veracidade dos ditados populares e de uma preocupação crescente com


as questões da segurança individual e colectiva, a XPTO decidiu elaborar o seu Plano
de Emergência Interno.

Existem diversos indicadores que nos permitem constatar uma preocupação


crescente por parte das populações relativamente às questões da segurança
individual e colectiva. Já se vai tornando insuficiente conhecer os riscos nos seus
aspectos teóricos, tornando-se necessário desenvolver a informação necessária sobre
as atitudes a tomar em caso de acidente.

Com o objectivo de informar todos os trabalhadores da XPTO sobre as medidas de


prevenção e as normas de auto-protecção aconselhadas para cada situação de risco,
divulga-se o Plano de Emergência Interno desta unidade industrial.

O Plano de Emergência Interno é de grande importância quando devidamente


treinado, não só para orientar a acção em situações de acidente grave, catástrofe ou
calamidade, como também no dia-a-dia para facilitar as deslocações de rotina dentro
da empresa, devido a um conhecimento mais aprofundado das respectivas
instalações e a uma sinalização adequada nos locais da empresa.

Não importa só dipôr de um sistema de evacuação organizada para que ela seja
possível, sendo indispensável que cada um e todos conheçam os riscos que correm,
os meios de que dispõem e as respectivas formas de actuação.

Essencialmente, o Plano de Emergência Interno contém a organização dos meios


humanos e materiais e os procedimentos para fazer face às situações de emergência
que ameacem as pessoas, os bens, o ambiente ou a operacionalidade da XPTO,
originadas por acidentes de carácter tecnológico, natural ou social e, ainda, a
informação necessária para a eventual elaboração, pelo Sistema Nacional de
Protecção Civil, de um Plano de Emergência Externo.

2. ENQUADRAMENTO

2.1 Enquadramento legal

Os estabelecimentos industriais devem, na sua concepção, serem projectados em


obediência a regras de segurança estabelecidas nos Regulamentos de Segurança
aplicáveis ao tipo de actividade que vão acolher. A observância das regras de
segurança previstas nesses Regulamentos destina-se a prevenir situações de risco.
No entanto, há que estabelecer complementariamente as medidas de estruturação,
no caso de ocorrer um acidente motivado por falha humana ou por circunstância não
prevista.

Para ser eficaz, a prevenção deverá assim, ter um duplo papel: eliminar condições de
risco, para tentar evitar o acidente e estabelecer um Plano de Emergência Interno
prevendo a possibilidade de ocorrência de acidente, no caso das medidas de
prevenção falharem.

O Decreto-Lei n.º 441/91, de 14 de Novembro, refere como obrigação do empregador:


– «Estabelecer em matéria de primeiros socorros, de combate a incêndios e de
evacuação de trabalhadores, as medidas que devem ser adaptadas e a
identificação dos trabalhadores responsáveis pela sua aplicação, bem como
assegurar os contratos necessários com as entidades exteriores competentes
para realizar aquelas operações e as de emergência médica.»

– «Adoptar medidas e dar instruções que permitam aos trabalhadores, em caso de


perigo grave e iminente que não possa ser evitado, cessar a sua actividade ou
afastar-se imediatamente do local de trabalho, sem que possam retomar a
actividade enquanto persistir esse perigo, salvo em casos excepcionais e desde
que assegurada a protecção adequada.».
O mesmo diploma refere relativamente aos trabalhadores que «Em caso de perigo
grave e iminente, não sendo possível estabelecer contacto imediato com o superior
hierárquico ou com os trabalhadores que desempenham funções específicas nos
domínios da segurança, higiene e saúde no local de trabalho, devem adoptar as
medidas e instruções estabelecidas para tal situação.».

Igualmente o Decreto-Lei n.º 26/94, de 1 de Fevereiro (alterado pela Lei n.º 7/95, de
29 de Março, e pela Lei n.º 118/99, de 11 de Agosto e pelo Decreto-Lei n.º 109/00, de
30 de Junho), que aprova o regime de organização e funcionamento das actividades
de segurança, higiene e saúde no trabalho nas empresas, atribui aos serviços de
SHST a função de «organização dos meios destinados à prevenção e protecção,
colectiva e individual, e coordenação das medidas a adoptar em caso de perigo
grave e iminente.».

2.2 Conteúdo do PEI

De acordo com a directiva da Protecção Civil, os planos de emergência geral devem


desenvolver o conteúdo seguinte:
1.Enquadramento legal do plano, designadamente quanto às atribuições dos
agentes;
2.Referências geográficas, com indicação concreta das cartas e mapas;
3.Terminologia base utilizada no plano, complementada por um glossário anexo;
4.Descrição da área a que diz respeito, incluindo as infra-estruturas de carácter
crítico e indispensáveis às operações de protecção civil;
5.Avaliação dos riscos potenciais que podem afectar a área e análise das
consequentes vulnerabilidades;
6.Hipóteses que fundamentam a elaboração do plano;
7.Os principais recursos existentes e mobilizáveis, incluindo listas detalhadas e
actualizadas de equipas de especialistas em operações de socorro e
salvamento, listas de peritos individuais nas matérias apropriadas, listas de
equipamento especial, localização de abastecimentos diversos (para abrigo de
deslocados e para fornecimento de alimentação, etc.) ou, no mínimo, a
indicação dos responsáveis pela manutenção;
8.Plano geral das acções a desenvolver e organização geral das operações de
protecção civil a efectuar;
9.Atribuição de missões e responsabilidades específicas;
10. Lista de medidas a empreender em casos específicos e dos organismos que
devem ser mantidos informados;
11. Designação do director do plano e seus substitutos, a quem corresponde a
capacidade de o activar e de dirigir todas as operações nele previstas;
12. Organização do correspondente centro de operações de emergência de
protecção civil, através do qual se efectua a direcção das operações da
protecção civil, a coordenação dos meios a empenhar e a adequação de
medidas de carácter excepcional a adoptar. Deve ser indicado concretamente
como se realiza a ligação deste centro com os adjacentes do mesmo nível e
com o de nível imediatamente superior;
13. Definição da estrutura dos meios operacionais de resposta à emergência, a
qual será determinada em função da estrutura administrativa existente e em
função dos tipos de emergência contemplados no plano;
14. Estabelecimento dos mecanismos e circunstâncias fundamentais para a
activação formal do plano, o que determina o início da sua obrigatoriedade, em
função das hipóteses nele consideradas;
15. Metodologias para a definição das medidas de protecção da população, que
tenham por finalidade evitar ou minimizar os efeitos dos riscos, devendo
considerar-se no mínimo as seguintes: controlo de acessos rodo e ferroviários,
avisos radiodifundidos à população, confinamento no próprio domicílio ou
refúgio para lugares seguros, evacuação e assistência sanitária. Por ser objecto
prioritário, os procedimentos operacionais e os meios empregues devem ser
necessários para assegurar a adopção destas medidas no momento oportuno;
16. Metodologia para a definição de medidas de protecção dos bens, com
especial atenção aos bens declarados de interesse cultural;
17. Metodologia para a definição das medidas e acções de socorro e salvamento,
considerando as situações que representam uma ameaça para a vida, as quais
genericamente se podem agrupar em: pessoas desaparecidas, feridas,
contaminadas, pessoas doentes devido às condições do meio ambiente ou à
falta de higiene.

As medidas a definir são entre outras: busca e salvamento, primeiros socorros,


tiragem, evacuação, cuidados de saúde primários, abrigo de emergência,
abastecimento e sepultamentos de emergência;

18. Metodologia para a definição das acções de emergência que têm por objectivo
actuar sobre a origem da catástrofe, para a reduzir ou controlar. Estas
intervenções poderão actuar directamente sobre os pontos críticos onde
ocorram circunstâncias que facilitam a sua evolução ou propagação;
19. Previsão das actuações nas emergências com estabelecimento de sistemas
de aviso antecipado e critérios de avaliação do acontecimento e das suas
consequências em tempo real;
20. Indicação das autoridades e entidades a quem é necessário notificar a
existência de acontecimentos susceptíveis de provocar danos em pessoas e
bens.
21. Estabelecimento de fases e situações relativas ao desenvolvimento das
medidas de protecção a adoptar e correspondentes procedimentos de actuação,
o que constitui a base operativa do plano;
22. Metodologia para a determinação dos meios e recursos necessários,
identificando-se os mecanismos adequados para a sua mobilização a todos os
níveis, bem como dos organismos e entidades públicas e privadas que intervêm
e fontes especializadas de informação requeridas;
23. Metodologia para a determinação das medidas de reabilitação dos serviços
públicos essenciais, quando a carência destes serviços constitua por si mesma
uma situação de emergência ou perturbe o desenvolvimento das operações;
24. Determinação dos mecanismos adequados para a informação da população
afectada e do público em geral para que este possa adaptar a sua conduta à
prevista no plano;
25. Implantação e manutenção da eficácia do plano, estabelecendo no
planeamento os mecanismos necessários para o efeito. Estes mecanismos
compreendem: programa de informação e validação, verificações periódicas,
exercícios e simulacros e normas para a revisão e actualização periódicas;
26. Inclusão de um grau de flexibilidade suficiente que permita o ajustamento do
cenário previsto à situação concreta em que tenha de ser aplicada;
27. Finalmente, os planos gerais devem conter as orientações de funcionamento
dos serviços de intervenção e os critérios relativos à mobilização dos recursos,
tanto do sector público como do sector privado.
Capítulo II

1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
O PEI tem por objectivo definir a estrutura organizativa dos meios humanos e
materiais existentes e estabelecer os procedimentos adequados de actuação em caso
de emergência, por forma a garantir a salvaguarda dos ocupantes, a defesa do
património e a protecção do ambiente afectos à XPTO.

Este manual fornece os procedimentos de resposta a emergências a serem seguidas


na eventualidade de ocorrer algum acidente nas instalações da XPTO.

O âmbito de aplicação deste documento são todas as instalações da XPTO.

2.REGISTO DE ALTERAÇÕES

2.1 Metodologia de revisão e alteração


Qualquer Departamento da estrutura da XPTO, tem o dever de sugerir à Direcção,
sempre que julgue conveniente, alterações a efectuar a este documento. Essas
sugestões deverão incluir o ponto sobre o qual incidem, as razões subjacentes às
alterações e o teor das correcções a introduzir.

As propostas de revisão a efectuar ao PEI devem ser analisadas pelo Responsável


pela Segurança na XPTO, que as submeterá a decisão superior.

Sem prejuízo das alterações a introduzir em qualquer momento, será efectuada uma
revisão por forma a que a versão actualizada do presente plano possa estar pronta
antes de decorrido o prazo de dois anos a contar da data em que a versão anterior
tenha sido aprovada e entrado em vigor.

Após a primeira revisão, serão realizadas revisões subsequentes, por forma a que
uma versão actualizada possa estar pronta antes de decorrido o prazo de dois anos a
contar da data em que a versão anterior tenha sido aprovada e entrado em vigor.
As revisões deste documento são da responsabilidade do Departamento de
Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho.

As alterações resultantes são formuladas em forma de proposta, devidamente


fundamentada, e apresentadas à Direcção, à qual cabe a aprovação.

Sempre que se realizem exercícios no âmbito do PEI, deve ser avaliada a forma como
decorreram, retirando-se as ilações correspondentes que devem subsidiar eventuais
propostas de alterações do PEI.
2.2 Registo de Alterações
Data de Identificação Folhas Folhas OBSERVAÇÕES
revisão da alteração alteradas inseridas

2.3 Lista de páginas em vigor

Parte / Capítulo Páginas em Vigor Versão em Vigor


Capítulo I – Introdução; Enquadramento legal. 1
Capitulo II – Âmbito de aplicação; Registo de 1
alterações; Contactos de Emergência.
Capitulo III –Caracterização Geográfica e 1
Sócio-Económica da Abrã.
Capitulo IV – Caracterização da XPTO; 1
Análise Sumária dos Riscos.
Capítulo V – Listagem dos meios disponíveis 1
na XPTO; Organização dos meios em
situação de emergência.
Capitulo VI – Activação do Plano de 1
Emergência; Plano de Evacuação.
Capítulo VII – Cenários e actuações. 1
Anexo I – Glossário dos termos técnicos 1
Anexo II – Check-lists e formulários. 1
Anexo III – Planta da XPTO 1

2.4 Aprovação e entrada em Vigor


Os objectivos principais da Política de Segurança da XPTO são a prevenção de todo
e qualquer tipo de acidentes e a minimização das suas consequências visando
preservar as pessoas, o ambiente, os bens materiais e a operacionalidade do
sistema. O PEI é uma peça fundamental para atingir tais objectivos.

No PEI estão contempladas as diversas situações de emergência passíveis de


ocorrer, bem como os respectivos planos de actuação e procedimentos de
intervenção.

Este Plano de Emergência diz respeito à organização dos meios humanos e


materiais, assim como aos procedimentos de actuação para fazer face a situações de
emergência, sendo obrigatório o seu cumprimento pelos trabalhadores da XPTO. Os
funcionários de empresas eventualmente contratadas para a prestação de serviços,
desde que dessa prestação de serviços resulte a permanência física na área de
intervenção da XPTO, deverão ser informados destes procedimentos e terão o dever
de os cumprir sempre que necessário.

Compete ao Departamento de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, com o apoio


dos restantes Departamentos, promover as acções necessárias à sua implementação
e permanente revisão e actualização.

O presente Plano de Emergência será aprovado em reunião a 21 de ABRIL de 2003


entrando imediatamente em vigor.
2.5 Lista de Distribuição
a) Cópias Impressas

Nome / Função Data da Entrega N.º do Exemplar


Nuno Vicente - Administrador 21/12/2003 1
António Pereira - Administrador 21/12/2003 2
Vasco Serra – Administrador 21/12/2003 3
Paulo Soares – Técnico de Higiene e
21/12/2003 4
Segurança
Rodrigo Costa – Encarregado Geral 21/12/2003 5
Carlos Cunha - Encarregado 21/12/2003 6
Rogério Samora – Encarregado 21/12/2003 7
Artur Ferreira – Encarregado 21/12/2003 8
Protecção Civil 21/12/2003 9
GNR 21/12/2003 10
Bombeiros Municipais 21/12/2003 11

– Estes exemplares deverão estar em locais de fácil acesso para que possam ser
consultados pelos colaboradores da XPTO sempre que o desejarem;
– Os exemplares devem ser conservados em boas condições de utilização;
– O departamento de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho deverá efectuar
revisões periódicas do estado de conservação, providenciando a sua substituição
no seu todo ou em parte se for necessário.

2.6 Contactos de Emergência


ENTIDADES N.º TELEFONE
SOS – N.º Nacional de Socorro 112
Intoxicações 21 950 143
Protecção à Floresta – N.º Nacional 117
Hospital Distrital de Santarém 243 300 200
Centro de Saúde da Abrã 243 400 053
Bombeiros Municipais de Santarém 243 333 122
Bombeiros Voluntários de Santarém 243 323 122
Protecção Civil – Centro de Coordenação Distrital 243 333 233
Protecção Civil – Serviço Municipal 243 333 233
PSP de Santarém 243 333 168
GNR de Santarém 243 333 168
Serviços Municipalizados – Água 243 305 050
Informações e faltas de corrente – Electricidade 800 246 246
Câmara Municipal de Santarém 243 304 200
Junta de Freguesia da Abrã 249 877 345
IDICT 243 33 34 24
EM CASO DE EMERGÊNCIA CONTACTAR O TÉCNICO
DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO

Capítulo III

1. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA E SÓCIO-ECONÓMICA DA ABRÃ

1.1 Freguesia da Abrã


A Freguesia da Abrã pertence ao Concelho e Distrito de Santarém e situa-se a 25
quilómetros Norte da sede concelhia.

O Concelho possui uma área de 558,287 Km2, distribuídos por 28 freguesias:


Abitureiras, Abrã, Achete, Alcanede, Alcanhões, Almoster, Amiais de Baixo, Arneiro
das Milhariças, Azoia de Baixo, Azoia de Cima, Casével, Gançaria, Moçarria, Pernes,
Pombalinho, Póvoa da Isenta, Póvoa de Santarém, Romeira, Santarém (Marvila),
Santarém (Santa Iria – Ribeira de Santarém), Santarém (São Nicolau), Santarém (São
Salvador), São Vicente do Paúl, Tremês, Vale Figueira, Vale de Santarém, Vaqueiros,
Várzea.

A freguesia da Abrã, foi criada em 21 de Agosto de 1628, através do Decreto-Lei nº


15219 e tinha uma sede própria. Situa-se num vale, encostada à serra de Alcanede é
limitada a Este pela freguesia de Alcanede e a Oeste pela freguesia de Amiais de
Baixo. Até 24 de Outubro de 1855, Abrã pertenceu ao Concelho de Alcanede, data
em que, com extinção deste, passou a pertencer ao Conselho de Santarém. Em 1758,
a freguesia da Abrã estava situada no meio dos lugares de Abrã Pequena e Abrã
Grande, sendo composta por três lugares: Espinheiro, Canal e Amiais de Cima.

A Abrã possui uma área de 22,775 Km2, com uma densidade populacional 47,29
(53,13 no ano de 1991). A população desta freguesia ronda os 1191 habitantes
residentes, sendo que a densidade populacional é claramente baixa rondando os 54,6
habitantes por quilómetro quadrado.
As indústrias de cerâmica, extracção de barro vermelho, transformação de madeiras,
mobiliário e curtumes, desempenham, no final da década de 90, um papel muito
importante na economia desta freguesia.

1.1.1 Clima

Na Abrã há em média, 1045 mm de precipitação anual enquanto que a cidade de


Santarém se fica pelos 665mm. Na cidade ocorrem 88 dias de chuva por ano, em
média, enquanto que em Alcanede tal valor ascende a 106 dias.

1.1.2 Rede Hidrográfica


Esta zona apenas possui linhas de água que nascem na serra e atravessam as terras
até ao Rio Alviela.

1.1.3 Rede Viária


Os principais acessos para a Abrã são efectuados pela A1, com saída em Torres
Novas ou Santarém, seguindo respectivamente, pelas Estradas Nacionais 361 e 362.
Pode-se também optar pelo IP6, saindo em Torres Novas, onde se tomará a Estrada
Nacional 361, ou pelo IC2, com saída em Rio Maior, seguindo igualmente pela
Estrada Nacional 361.

1.1.4 Rede Rodoviária e Ferroviária


A Abrã possui na área uma rede de transportes públicos e não é atravessada por
linhas férreas.

1.1.5 Ocupação Do Solo e Área Florestal


A Abrã é uma das freguesias mais florestadas do Concelho de Santarém.
Presentemente 2/3 do solo é ocupado por olival, sendo o resto composto por
eucaliptos, azinheiras e outras, mas num número sem grande significado.

1.1.6 Actividade da população


Relativamente à estrutura demográfica, a maior percentagem (61,2%) situa-se entre
os 15-64 anos de idade.
Uma análise da estrutura da população activa da Abrã, permite concluir que, 51,6%
das profissões estão ligadas ao sector secundário, 39,5% ao sector terciário e 8,9%
ao sector primário.

O grau de instrução desta população situa-se maioritariamente no ensino primário, o


que nos leva a crer que são pessoas com pouca instrução.

Parte dos habitantes da freguesia da Abrã ainda se dedica ao sector primário,


designadamente à silvicultura, à apicultura e à actividade agrícola, com o cultivo da
vinha e do olival. Será de destacar ainda a pecuária, com a criação de gado bovino,
ovino e caprino.

O sector transformador exerce cada vez mais importância na vida económica desta
localidade, onde já estão implantadas indústrias de extracção de pedra, cerâmica,
curtumes, mobiliário e construção civil.

O sector terciário encontra-se representado por diversos estabelecimentos comerciais


e alguns serviços.

No âmbito da acção social, os habitantes da Abrã dispõem apenas dos serviços do


Centro de Dia da freguesia vizinha dos Amiais de Baixo, de onde obtêm também
assistência domiciliária.

Na área da saúde, a freguesia está dotada com um Posto Médico, onde são feitas
consultas de clínica geral e serviços de enfermagem. Em casos de maior gravidade,
ou caso necessitem de recorrer a um consultório ou a um laboratório de análises
clínicas, os habitantes têm que se deslocar à sede do Concelho.

O campo escolar desta freguesia é composto por dois Jardins de Infância, três
Escolas Básicas do Primeiro Ciclo e uma Escola Profissional.

1.1.7 Povoamento da freguesia da Abrã


A freguesia da Abrã tem cinco aldeias: Amiais de Cima, Canal, Abrã, Cortiçal e Vale
Florido.
1.2 Caracterização dos principais riscos da freguesia da Abrã

1.2.1 Catástrofes de origem natural

1.2.1.1 Incêndio florestal

N.
º
d
e
Ano In

n
di
os
2001 43
15
2000
7
1999 68
1998 34
1997 51
1996 65
13
1995
2
1994 44
Dados fornecidos pelos Bombeiros Municipais de Santarém

Esta área já ardeu praticamente toda, embora em espaços temporais diferentes, mas
é uma zona onde todos os anos no verão existem fogos. Em 1995, foi talvez o ano em
que os incêndios foram mais perigosos e intensos, colocando em perigo população e
instalações fabris. A XPTA e a XPTO, possuem meios de combate a incêndios ao
nível externo, possuem também abastecimentos de água que criaram para utilização
das corporações de bombeiros, no combate a todos os incêndios nos arredores.

A Junta de Freguesia da Abrã possui chacas de água que servem essencialmente


para os combates a incêndios por via aérea.

No entanto, deveria tentar-se junto da Protecção Civil de Santarém, da Direcção de


Florestas e respectivos proprietários tentar limpar toda a zona em volta das
instalações fabris e moradias, para que não houvesse tantos perigos.
1.2.1.2 Incêndio urbano
São muito raros ocorrerem e nunca houve acidentes humanos.

1.2.1.3 Incêndio industrial


Não existem registos.

1.2.1.4 Cheias e inundações


Não existem registos.

1.2.1.5 Sismos
Embora nunca ocorressem problemas a este nível, a Abrã fica a cerca de 30Km de
Santarém, que é uma zona sísmica.
1.2.2 Catástrofes provocadas pelo Homem

1.2.2.1 Acidentes rodoviários


Na Estrada Nacional 361, que passa no meio dos Amiais de Cima, sempre houve
muitos acidentes rodoviários, até mesmo mortais. Presentemente, nessa localidade
existe um sistema de redução de velocidade através de sinalização luminosa.

1.2.2.2 Acidentes de tráfego aéreo


Não consta que alguma vez tenham ocorrido.

1.2.2.3 Acidentes industriais / matérias perigosas


Não existem dados.

Capítulo IV

1. CARACTERIZAÇÃO DA XPTO

1.1 Apresentação da XPTO


Esta empresa situa-se na freguesia da Abrã, pertencente ao Concelho de Santarém.
Tem como denominação, XPTO, Comércio e Indústria de Peles e nasceu dentro de
outra fábrica de curtumes, a XPTA, Indústria de Peleteria.

A fábrica mãe (XPTA) produz peles para vestuário de abafo há mais de trinta anos.

A XPTA dispõe de uma ETAR própria para o tratamento de resíduos, visto ser uma
indústria bastante poluente.

A XPTO produz peles para vestuário, mas peles sem pelo, «cabedal».

A XPTO, é uma empresa com cerca de 76 trabalhadores e a XPTA tem cerca de 280
trabalhadores.

Estas duas empresas, ocupam o mesmo espaço físico e partilham muitos dos meios
materiais. A Administração é comum a ambas as empresas.

A curto prazo processar-se-á a divisão física destas duas empresas, pois a XPTO
investiu recentemente numa fábrica numa zona diferente.

1.2 Organização Espacial da Produção


As instalações são constituídas por um edifício único com 7 500 m2 de área coberta,
dividido em quatro pavilhões de 25 m por 75 m e com 6m de pé direito.

Esta estrutura destina-se à actividade de produção, estando os serviços


administrativos e comerciais sediados num pavilhão a cerca de 10 m do da produção.

1.3 Descrição Geral da Produção


Matérias-Primas: Peles secas e frescas
Fontes energéticas: Electricidade, fuel e carvão.

1.3.1. Fluxograma da Produção

Recurtume e tingimento
Escorrer e estirar
Pré-secagem a vácuo
Secagem natural ou térmica
Pregar e desgarrar
Amaciamento
Pintura
Prensagem
Embalamento

Produto Final: peles para calçado e vestuário.


Resíduos, Efluentes e seu destino: os efluentes são essencialmente de natureza
líquida, sendo drenados para uma rede pública de colectores, com destino a
tratamento em ETAR.

1.4 Caracterização da População Laboral


Número total de trabalhadores: 76
Distribuição por tipo de actividade (industrial ou não), idade e sexo:

HOMENS MULHERES TOTAIS

Actividade Industrial Sim Não Sim Não

Idades 16-17 anos 0 0 0 0 0


18-20 anos 0 4 0 3 7
21-35 anos 0 29 6 14 49
36-50 anos 1 11 0 7 19
mais de 50 anos 0 1 0 0 1
76

Horário
Carga horária semanal: 40 horas
Trabalho diurno: das 08H00 às 12H00 e das 13H00 às 17H00

1.5 Caracterização das Condições de Higiene, Segurança no Trabalho


DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
- O edifício fabril apresenta as condições de estabilidade e resistência necessárias às
actividades industriais nele desenvolvidas;
- As áreas de trabalho encontram-se, de um modo geral, bem dimensionadas,
permitindo conveniente espaçamento entre máquinas e equipamentos, facilitando a
circulação de pessoas e de veículos de transporte e elevação de cargas;
- Os acessos ao exterior são em número suficiente e as suas portas respeitam os
requisitos de segurança;
- Os pavimentos tem o piso escorregadio, por acumulação de resíduos oleosos e
escorrências líquidas nas zonas de recurtição, tingimento, escorrer / estirar e
pré-secagem;
- As paredes, pintadas de branco, apresentam-se com algum pó, mas de um modo
geral limpas.

DESCRIÇÃO SECTORIAL
- Recepção e armazém de matérias-primas: à entrada e à esquerda encontram-se
dois
depósitos de água quente, devidamente protegidos. As peles encontram-se
embaladas
em paletes que são transportadas por empilhador e arrumadas em prateleiras
travadas.
Não existe sinalização alertando para operação com empilhador. É a partir desta zona
que se ascende à plataforma de trabalho, em estrutura de betão, desnivelada a 4 m
do
solo, por onde se faz o acesso às cubas de recurtição e tingimento e onde se
encontram armazenados os produtos químicos necessários à produção. A escada de
acesso, fixa e metálica com zona aderente, apresenta corrimão dos dois lados.
- Primeiro piso: apresenta pavimento anti-derrapante e guarda corpos a 90 cm, mas
que se encontra interrompido em alguns pontos. Este piso, dispõe de escada de
emergência, fixa em ferro. O acesso à cubas (fulons) possui guarda corpos.
- Oficina: trata-se de uma pequena oficina preparada para realizar trabalhos de
reparação eléctrica e metalo-mecânica dos equipamentos. Encontra-se dotada de
sinalização de segurança.
- Tingimento: nesta área verifica-se existência de abundantes escorrências sobre o
pavimento, originando risco de escorregamento.
- Secagem, acabamento e embalamento: local com stresse térmico importante,
particularmente na boca do equipamento de secagem, onde operam dois
trabalhadores
sem risco de acidente.
- Os bebedouros: espalhados por vários pontos ao longo da fábrica, encontram-se
acessíveis e em número suficiente.

INSTALAÇÃO ELÉCTRICA
- Captação feita da rede de distribuição pública, possuindo posto de transformação
próprio. Apresenta-se em satisfatório estado de conservação. Encontra-se protegida
por disjuntor diferencial e dispositivos de corte de corrente em vários pontos da
instalação.
ILUMINAÇÃO
- Iluminação de natureza mista, com utilização de lâmpadas fluorescentes e
iluminação
localizada.

VENTILAÇÃO
- A ventilação do ar parece adequada, excepto na zona de selecção das peles.

RUÍDO E VIBRAÇÕES
- Existe avaliação ambiental do ruído, e da exposição individual ao mesmo.

PROTECÇÃO DE MÁQUINAS
- As máquinas encontram-se convenientemente protegidas, quer pela existência de
resguardos, quer pela colocação de correntes impedindo a aproximação dos
trabalhadores às partes móveis.

MEIOS DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE


- Na empresa, operam empilhadores adequados às tarefas e natureza do material a
transportar, mas as suas vias de rolamento não se encontram assinaladas. As
tubagens
de transporte de água quente estão devidamente assinaladas e isoladas
termicamente.

SUBSTÂNCIAS E AGENTES PERIGOSOS


- O armazenamento de produtos químicos é feito no 1º piso, em espaço delimitado,
mas
de fácil acesso a qualquer trabalhador.
- Existem fichas toxicológicas dos produtos e, a maior parte deles encontram-se
identificados, existindo alguns cuja referência ao seu nome comercial e algumas
indicações vem em língua estrangeira (inglês, francês e alemão).
- Está disponível equipamento de protecção adequado (luvas, máscaras com filtros,
óculos, batas e aventais impermeáveis), mas são somente utilizados por cerca de 1/3
dos trabalhadores.

ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO


- Captação própria, com controlo de qualidade realizado periodicamente pela ARS
(Administração Regional de Saúde) de Santarém.

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
As instalações sanitárias existentes reúnem as condições mínimas quanto ao seu
número, dimensões e condições higienico-sanitárias e de conservação.

REFEITÓRIO / CAFETARIA / SALA DE CONVÍVIO


- Existe refeitório e cafetaria mas não existe sala de convívio.

EQUIPAMENTOS E ESTRUTURAS DE SEGURANÇA


- Sinalização de Segurança existente na área de oficina / manutenção.
- Não existe iluminação de emergência.
- Equipamento de protecção individual existente, mas apenas utilizado por cerca de
1/3 dos trabalhadores.
- Plano de actuação em caso de acidente industrial – não existe.
- Comissão de S. H. S. – não se encontra estruturada.

SISTEMA DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS


- Não existem sistemas de detecção ou extinção automáticos de incêndio.
- O equipamento disponível consiste em extintores de pó químico, devidamente
revistos, racionalmente distribuídos e convenientemente assinalados, além de em
vários
pontos existirem mangueiras de água.
- Os produtos inflamáveis estão armazenados em instalação própria.
- Não existe brigada de combate a incêndios organizada.
1.6 Caracterização do Serviço de Medicina no Trabalho
A empresa dispõe de serviço médico organizado, tendo para esse efeito um médico
com a especialidade de medicina do trabalho que visita a empresa todos os dias da
parte da manhã. Este serviço encontra-se implementado há vários anos.

1.6.1 Espaço Físico


Consultório médico (nas instalações da XPTO).

1.6.2 Actividades Desenvolvidas


– Exames médicos de aptidão profissional (actualizados);
– Exames complementares de diagnóstico, efectuados fora das instalações:
• Microrradiografia;
• Audiometria;
• Expirometria;
• E. C. G.;
• Análises bioquímicas,
– Verificação de estado imunitário;
– Avaliação individual da exposição ao ruído, efectuada por uma empresa externa,
denominada de CTIC (Centro Tecnológico da Indústria de Curtumes);
– Registo dos elementos recolhidos:
• Ficheiro geral;
• Ficheiro de doenças profissionais;
• Ficheiro de acidentes de trabalho;
– Vigilância do ambiente de trabalho,
– Acção individualizada de informação / formação junto dos trabalhadores.

1.6.3 Medicina Curativa


A empresa não dispõe de serviço de medicina curativa.

1.6.4 Caracterização do Estado de Saúde da População


– Exames médicos de aptidão profissional, realizados com a devida periodicidade;
– Doenças profissionais declaradas:
• Surdez profissional 4 casos
• Asma profissional 2 casos
• Dermatose profissional 3 casos
– Indicadores de Sinistralidade:
• Total dos dias perdidos........... 146 dias
– Absentismo..........................................................6,4%

2. ANÁLISE SUMÁRIA DOS RISCOS

2.1 Caracterização de Riscos

2.1.1 Riscos Decorrentes da Actividade na XPTO


Quanto a riscos decorrentes da actividade na XPTO podemos sistematizá-los em:

Relacionados com acidentes de trabalho:


– Quedas por escorregamento devido à acumulação de escorrências oleosas e
líquidas nos pavimentos;
– Quedas de plataformas de trabalho desniveladas, por inexistência de corrimão na
escada;
– Feridas e contusões por acção de órgãos de máquinas em movimento e por
manipulação de instrumentos de corte;
– Atropelamento por empilhador;
– Queimaduras térmicas (equipamentos de secagem) e químicas (utilização de
cáusticos corrosivos, nomeadamente ácidos e bases fortes).

Relacionados com doenças profissionais:


– Surdez profissional;
– Asma profissional;
– Dermatoses profissionais;
– Patologia do foro músculo-esquelético.

Exposição ao Crómio
Exposição aguda que produz necrose massiça do tubo digestivo, sobrevindo a morte
por colapso cardiovascular.

Exposição crónica com:


– Irritação das mucosas, atrofia, ulceração e perfuração;
– Dermite eczematiforme com ulceração cutânea;
– Sensibilização alérgica respiratória;
– Risco acrescido de carcinoma brônquico.

Exposição a corantes com anilinas:


– Anemia hemolítica;
– Dermatites de contacto;
– Hepatite tóxica;
– Tumores vesicais.

2.1.2 Riscos Decorrentes da Área de Produção


Quanto a riscos decorrentes da área de produção podemos sistematizá-los da
seguinte forma:

Actividade: Recurtume e Tingimento.


Equipamentos: Fulons (cubas).
Materiais: Produtos alcalinos; Produtos ácidos; Corantes; Resinas; Amoníaco.
Riscos: Inalação dos vapores dos produtos tóxicos; Queimaduras várias pelos
produtos Ácidos; Problemas de pele causados por todos os químicos; Riscos de
quedas por se tratar de locais com grande humidade no pavimento.

Prevenção: Sistemas de aspiração dos líquidos no solo; Fichas Toxicológicas;


Formação; Luvas; Óculos; Aventais de plástico forte; Botins; Máscaras.

Actividade: Escorrer e Estirar.


Equipamentos: Empilhadores; Máquinas de escorrer; Máquinas de estirar.
Materiais: Não se utilizam materiais.
Riscos: Quedas, por se tratar de um local com líquidos derramados; Cortes dos
membros superiores; Entalamentos dos membros superiores e inferiores;
Esmagamentos dos membros superiores e inferiores.
Prevenção: Protecção em todas as máquinas utilizadas; Aspiração de líquidos;
Fichas de Procedimentos; Formação; Delinear marcas e percursos para a
movimentação de cargas e empilhadores; Botins; Luvas.

Actividade: Pré-secagem e Vácuo.


Equipamentos: Estufas; Pinças aéreas de pré-secagem; Máquinas de vácuo.
Materiais: Não se utilizam materiais.
Riscos: Queda causada pela humidade do pavimento.
Prevenção: Aspiração dos líquidos; Botins.

Actividade: Secagem Natural ou Térmica.


Equipamentos: Estufa; Pinças aéreas.
Materiais: Não se utilizam materiais.
Riscos: Fraco choque térmico, sem grande significado.
Prevenção: Fichas de Procedimentos; Formação.

Actividade: Pregar e Desgarrar.


Equipamentos: Máquinas de pregar; Tesouras eléctricas e a ar para desgarrar ou
facas.
Materiais: Não se utilizam materiais.
Riscos: Entalamento na máquina de pregar (membros superiores); Cortes com as
tesouras; Cortes com as facas.
Prevenção: Fichas de Procedimentos; Formação; Luvas.

Actividade: Amaciamento.
Equipamentos: Máquina de Pampan.
Materiais: Não se utilizam materiais.
Riscos: Pequenos entalamentos (mãos).
Prevenção: Fichas de Procedimentos e Formação.

Actividade: Pintura.
Equipamentos: Estufa de pintura.
Materiais: Corantes e outros químicos (de base aquosa).
Riscos: Inalação de vapores dos produtos tóxicos; Problemas de pele, em especial
nas mãos, devido ao manuseamento de químicos.
Prevenção: Fichas de Procedimentos; Formação; Máscaras; Luvas; Aventais.

Actividade: Prensagem.
Equipamentos: Máquina de prensar.
Materiais: Não se utilizam materiais.
Riscos: Entalamento dos membros superiores; Queimaduras dos membros
superiores, provocadas pelo calor produzido pela máquina.
Prevenção: Fichas de Procedimentos; Formação; Luvas; Aventais.

Actividade: Embalamento.
Equipamentos: Tapete rolante; Empilhador.
Materiais: Caixotes; Fita adesiva.
Riscos: Esmagamento dos membros inferiores, pelo empilhador; Movimentação
manual de cargas.
Prevenção: Delimitação do percurso dos empilhadores; Fichas de Procedimentos;
Formação.

2.2 Zonas de Risco


2.2.1 Químicos
Armazéns de Químicos – A manipulação destes produtos pode dar origem a
derrames e a alguns descuidos por parte dos trabalhadores e originar um incêndio
que poderá atingir dimensões e prejuízos inesperados e incalculáveis.

Ribeira – A ribeira é o local onde as peles são desengorduradas e limpas através de


lavagens com alguns produtos químicos. A mesma secção é o local de curtimento e
onde se utilizam também produtos químicos. Daí ser considerada uma zona de risco,
uma vez que existe manuseamento de químicos.

Pintura Nova – Este é o local onde as peles são tingidas. O produto do tingimento é
composto por tintas e alguns ácidos. É considerada zona de risco porque as
máquinas de pintura emanam vapores químicos.

2.2.2 Explosão
Casa da Caldeira – É a partir desta secção que é fornecido vapor a toda a fábrica,
pois a maioria das máquinas, como, por exemplo, as da pintura, trabalham a vapor.
Este sistema de energia é fornecido através de duas caldeiras alimentadas a NAFTA
(petróleo especial) que vai produzir vapor essencial para o funcionamento da XPTO.
Estes vapores são distribuídos através de tubagens.

Apesar das caldeiras terem sistemas de segurança, é considerada uma zona de risco
em face da possibilidade de ocorrer uma avaria naqueles sistemas de segurança.

2.3 Substâncias Perigosas


De todas as substâncias utilizadas na XPTO, a que apresenta mais perigo é o Crómio.
A respectiva ficha de segurança está no local de trabalho para ser consultada pelos
utilizadores da mesma.

2.4 Fichas de Dados de Segurança


Estas fichas, assim como o rótulo, têm por objectivo facultar informação sobre os
produtos químicos perigosos aos seus utilizadores. Elas informam não só sobre os
perigos inerentes aos produtos químicos em causa, mas também aconselha sobre
medidas de prevenção a adoptar no seu manuseamento, bem como para as
condições de armazenagem, transporte e de eliminação. A ficha também deve incluir
indicações sobre medidas de intervenção em caso de acidente. Esta ficha em
território nacional deve ser redigida em língua portuguesa.

Conforme legislação em vigor (Portaria nº 732-A/96 de 11 de Dezembro e Portaria


1151/97, de 12 de Novembro), o fabricante, distribuidor ou importador de qualquer
produto químico perigoso (substância ou preparação) deve fornecer ao utilizador
profissional a respectiva ficha de dados de segurança.

A ficha de dados de segurança que é obrigatoriamente datada, deve ser actualizada


sempre que se verifiquem novos conhecimentos relativos à segurança e à protecção
da saúde e do ambiente. A nova versão deve ser datada, identificada como «revisão»
e distribuída a todos os utilizadores.

Capítulo V

1. LISTAGEM DOS MEIOS DISPONÍVES NA XPTO

Consideram-se meios e recursos os equipamentos existentes na XPTO, que numa


situação de emergência vão permitir às equipas internas intervir, com vista a
minimizar os efeitos dos acidentes que eventualmente se venham a produzir.

1.1 Meios Materiais

Todos os meios materiais deverão estar devidamente identificados, localizados em


locais estratégicos e perfeitamente operacionais.

1.1.1 Equipamentos de 1.ª Intervenção


- Extintores;
- Carreteis;
- Mangueiras.

Estes equipamentos estão razoavelmente bem localizados na XPTO. A verificação de


operacionalidade destes meios de 1ª intervenção deve ser garantida através de
inspecções periódicas de todos estes equipamentos.

1.1.2 Sistemas de Iluminação e Sinalização


A XPTO não possui qualquer tipo de iluminaçãode emergência. Esta fábrica deverá
possuir blocos autónomos de iluminação de modo a garantir um nível luminoso
suficiente e que constitui uma condição indispensável para uma evacuação com
ordem.
A Portaria n.º 53/71, de 3 de Fevereiro, que regulamenta a segurança e higiene no
trabalho dos estabelecimentos industriais, no artigo 21.º sobre iluminação de
emergência de segurança, indica para indústrias com mais de duzentas pessoas
como é o caso da XPTO, devido à junção com a XPTA, que os estabelecimentos
devem estar providos de iluminação de emergência de segurança para garantir a
iluminação de circulação e de sinalização das saídas. Este diploma refere ainda que,
quando houver perigo especial de incêndio que possa anular um sistema de
iluminação eléctrica de segurança, devem ser instalados indicadores com dispositivos
tipo cata-focos, pinturas fluorescentes ou ainda lâmpadas alimentadas por pilhas ou
acumuladores.

Apesar destas faltas de iluminação de emergência, a XPTO, possui um gerador. No


entanto, impõe-se a instalação de um sistema de iluminação de emergência, pois o
gerador pode sofrer uma avaria.

Relativamente à sinalização de segurança (percursos de evacuação e saídas) os


itinerários de evacuação e as saídas devem estar assinalados com sinais próprios,
existindo para o efeito modelos normalizados. No caso da XPTO, não existe esse tipo
de sinalização, mas devido à elaboração do PEI tornou-se uma necessidade a ter em
conta.

A sinalização de segurança tem por objectivo chamar a atenção, de forma rápida e


sem dúvidas, para várias de situações que comportam riscos, quer para todos os
colaboradores que habitualmente trabalhem na empresa, quer para outros que só aí
se encontrem temporariamente.

A regulamentação relativa à sinalização de segurança encontra-se estabelecida no


Decreto-lei n.º141/95 de 14 de Junho e na Portaria n.º 1456-A/95, de 11 de
Setembro.

1.1.3 Meios de Alarme e Alerta


Devem ser implementados meios de alarme e alerta, (alarmes ou sirenes anti-fogo).

1.1.4 Meios Autom?icos de Detec?o e Extin?o


Devem ser colocados meios autom?icos de detec?o e extin?o de inc?dios nos locais
que apresentam maior perigo.

1.2 Meios Humanos

Dever? ser nomeadas as pessoas implicadas na actua?o em caso de emerg?cia e


garantir-se que elas possuam todos os conhecimentos necess?ios. Na base destes
meios humanos, deve ser constiu?a uma equipa de primeira interven?o, devidamente
treinada, preparada para intervir perante um sinistro.

1.2.1 Fun?es e Responsabilidades

1.2.1.1 Fun?es
Director de Emerg?cia: principal respons?el pela implanta?o e funcionalidade do
PEI:
- Detecta, avalia e declara a emergência;
- Decide o momento exacto da evacuação, caso seja necessário;
- Contacta directamente o Comando Operacional; adquire e fornece ao Comando
Operacional os meios de apoio necessários;
- Coordena as acções de ligação ao exterior (Bombeiros, PSP, etc.);
- Dá instruções às Relações Públicas.

Responsável pelas Comunicações e Alarmes:


Responsável pelo accionamento dos respectivos alarmes quando o Director de
Emergência dá ordens.
- Transmite a situação de emergência ao Director de Emergência;
- Encarrega-se das comunicações para o exterior, de acordo com a lista de
Emergências;
- Acciona os serviços telefónicos de emergência, bloqueando todos os outros.

Responsável pelo Arquivo:


Responsável por colocar em arquivo acessível e de fácil e rápida leitura, toda a
documentação útil para uma situação de emergência:
- Organiza a relação dos meios humanos a mobilizar na fábrica, indicando nomes,
moradas e contactos, tempo provável de chegada, responsabilidade e equipa
onde está integrado (Lista de Emergência Geral);
- Procede à elaboração da relação dos efectivos do PEI, responsáveis e
intervenientes com nomes e contactos do serviço e residência (Lista de
Emergência);
- Elabora a relação das Entidades Externas de Apoio;
- Disponibiliza a planta da fábrica e localiza na planta todo o material de risco (ex.:
quadros eléctricos, postos de transformação, máquinas, etc.);
- Disponibiliza as plantas de emergência (extintores, mangueiras, primeiros
socorros, vestuário de intervenção, etc.);
- Organiza plantas com os acessos de entradas/saídas da fábrica, rede de
circulação interna e localização dos pontos de encontro;
- Elabora manuais de primeiros socorros.

Responsável de Relações Públicas:


Deve ser instruído pelo Director de Emergência e só deste recebe as informações a
prestar à Comunicação Social e outras entidades exteriores:
- Disponibiliza o local de acolhimento dos órgãos de Comunicação Social, evitando
a sua entrada na zona do sinistro;
- Instrui todos os ocupantes da fábrica para não fazerem qualquer declaração a
pessoas do exterior e limitarem-se a encaminhar o pedido de informações às
Relações Públicas;
- Estabelece o contacto com as famílias dos sinistrados, informando-as da sua
situação e sobre os acontecimentos decorrentes.

Responsável de Manutenção:
Planeia e coordena os serviços de manutenção de modo a poder responder aos
pedidos solicitados pelo Director de Emergência e/ou Comando Operacional:
- Realiza uma manutenção contínua e ter sempre em condições de funcionamento
- Todos os equipamentos de energia (quadro geral, rede de iluminação de
emergência, alarmes, sistemas de comunicação, etc.);
- Tem sempre material preparado para poder colocar no local do sinistro qualquer
tipo
- De equipamento que seja necessário (projectores, ventiladores);
- Procede a uma listagem de todas as instalações técnicas.

Comando Operacional de Primeira Intervenção:


- Coordena as acções de avaliação e intervenção a desenvolver no local do sinistro,
de acordo com a instruções do Director de Emergência;
- Orienta a evacuação dos sinistrados; decide a necessidade de recursos e meios
externos e solicita-os através do Director de Emergência;
- Vai informando o Director de Emergência sobre a evolução dos acontecimentos;
- Orienta e coordena as equipas actuantes ao seu dispor: equipas de intervenção e
evacuação, equipas de vigilância e equipas de ajuda exterior.

Equipas de Intervenção e de Evacuação:


Reunir os meios necessários após um sinal de alarme de emergência e dirigir-se até
ao local onde conduzirá as acções de ataque ao sinistro:
- Colaboram na retirada e evacuação dos sinistrados;
- Orientam, disciplinam e tranquilizam os evacuados, público e ocupantes;
- Não permitem a passagem por caminhos não seguros;
- Contam, identificam e registam as pessoas;
- Verificam a existência de alguém em falta e alertam as Equipas de Intervenção e
de Evacuação.

Equipas Prestadoras de Primeiros Socorros:


- Prestam primeiros socorros aos sinistrados;
- Procedem ao salvamento de pessoas em conjunto com a equipa de intervenção;
- Fazem a ligação sinistrados – local do sinistro – local de triagem – ambulâncias;
- Procedem à evacuação de pessoas diminuídas ou menores para os pontos de
encontro;
- Acalmam pessoas em pânico;
- São responsáveis por todo o material de primeiros socorros para que se
encontrem em perfeito estado de funcionamento e conservação.

Vigilantes:
- Isolamento de algumas áreas consideradas perigosas;
- Controlar os acessos à fábrica;
- Encaminhar pessoas para vias de evacuação alternativas;
- Sinalização e controlo rodoviário no exterior do edifício, facilitando a chegada de
ambulâncias e ajuda exterior.

1.2.2 Constituição das Equipas Actuantes

1.2.2.1 Condições Gerais


- Voluntariado;7
- Condições físicas e mentais normais;
- Boa saúde (visão/audição);
- Destreza e agilidade (mãos e pernas);
- Robustez (sem obesidade);
- Formação cultural básica;
- Bom senso;
- Interesse pela área da Segurança;
- Funcionários não eventuais.

1.2.2.2 Constituição das Equipas Actuantes


– Condições para Responsáveis e Substitutos
- Capacidade para o cargo;
- Nível de formação adequado para o cargo. O DE deverá ter formação em
Segurança Contra Incêndios;
- Antiguidade na empresa com experiência comprovada.

2. ORGANIZAÇÃO DOS MEIOS EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

2.1 Missão em situação de emergência

A XPTO tem como missão, em situação de emergência, tomar as medidas adequadas


para minimizar as consequências de eventuais situações de emergência, tendo em
vista a segurança das pessoas e bens na sua área de influência, a protecção do
ambiente e a operacionalidade da empresa.
A missão contém, implícita, a adopção de medidas tendentes a evitar ou a reduzir as
possibilidades de ocorrência de acidentes e tem a finalidade de promover uma
exploração segura e sustentada da empresa.

Para cumprir a missão estabelecida e atingir a finalidade pretendida, a XPTO


considerou um conjunto de tarefas que consistem na adopção de medidas passivas
de segurança para evitar ou reduzir as possibilidades de ocorrência de acidentes.

A XPTO, orienta o seu esforço de segurança no sentido de controlar as origens de


eventuais falhas do sistema e responder prontamente a qualquer situação acidental,
por forma a minimizar as consequências.

Para fazer face a situações de emergência originadas por eventuais acidentes que
ponham em risco as pessoas, os bens, o ambiente ou a operacionalidade da
empresa, a XPTO constituiu uma estrutura organizativa adequada a uma capacidade
de decisão mais célere e ao desencadeamento de procedimentos de emergência.

A XPTO deve assegurar a criação das condições favoráveis ao empenhamento


rápido, eficiente e coordenado não só de todos os meios e recursos disponíveis na
empresa, como também dos meios de reforço que venha a obter para Operações de
Protecção Civil em situação de emergência, incluindo as acções de prevenção,
procurando assim garantir condições para prevenir riscos, atenuar ou limitar os seus
efeitos e socorrer as pessoas em perigo.

2.2.1 Antes da Emergência


Organizar e montar o Centro de Operações de Emergência para conduta e
coordenação das operações a levar a efeito em situações de emergência.

Proceder à avaliação e inventariação dos meios e recursos necessários para fazer


face a uma emergência, prevendo a sua rápida mobilização.

Promover a informação e sensibilização dos trabalhadores da XPTO, tendo em vista a


sua auto-protecção face a situações de acidente de grave, catástrofe ou calamidade.

Promover medidas preventivas destinadas à evacuação dos trabalhadores da XPTO


que venham a necessitar em caso de emergência.

Preparar e realizar exercícios e simulacros para treino dos quadros e forças


intervenientes no PEI.

2.2.2 Durante a Emergência


Activar de imediato o Centro de Operações de Emergência e accionar desde logo o
alerta aos trabalhadores em risco.

Coordenar e promover a actuação dos meios de socorro, de modo a controlar o mais


rapidamente possível a situação e prestar o socorro adequado às pessoas em perigo,
procedendo à sua busca e salvamento.

Manter-se permanentemente informado sobre a evolução da situação, a fim de, em


tempo útil, promover a actuação oportuna dos meios de socorro.

Difundir os conselhos e medidas adoptar pelos trabalhadores em risco.

Promover a evacuação dos feridos e doentes para os locais destinados ao seu


tratamento.

Assegurar a manutenção da ordem e garantir a circulação nas vias de acesso


necessárias para a movimentação dos meios de socorro e evacuação das pessoas
em risco.

Coordenar e promover a evacuação das zonas de risco.

Informar a Protecção Civil da situação e solicitar os apoios e meios de reforço que


considere necessários.

Promover a coordenação e actuação da Protecção Civil.


Promover as acções de mortuária adequadas à situação.

2.2.3. Depois da Emergência


Adoptar as medidas necessárias à urgente normalização do trabalho e dos
trabalhadores, procedendo ao restabelecimento, o mais rápido possível, dos serviços
públicos essenciais, fundamentalmente o abastecimento de água e energia.

Promover a demolição, desobstrução e remoção dos destroços ou obstáculos, a fim


de restabelecer a circulação e evitar perigo de desmoronamentos.

Proceder à análise e quantificação dos danos pessoais e materiais, elaborando um


relatório sobre as operações realizadas.
2.3 Actuação em Caso de Emergência Médica

Em caso de emergência deve-se, de imediato, alertar os serviços competentes, o que


em Portugal, à semelhança dos países da UE, é feito através do número 112
(chamada gratuita).
Deve-se informar, de forma simples e clara:
- O tipo de situação (doença, acidente, parto, etc);
- O nº de telefone do qual está a ligar;
- A localização exacta e, sempre que possível, pontos de referência;
- A gravidade aparente da situação;
- O n.º, o sexo e a idade aparente das pessoas a necessitar de socorro;
- As queixas principais e as alterações que observa;
- A existência de qualquer situação que exija outros meios para o local, e.g.,
libertação de gases, perigo de incêndio, etc.

2.4 Actuação e Operacionalidade do PE

Sempre que se detecta uma situação de iminente sinistro, deve a mesma ser
declarada ao Director de Emergência em termos precisos e concisos identificando o
local e fornecendo indicações quanto ao tipo de sinistro.

Ao detectar um sinistro, as pessoas que se encontrem próximas da área deverão de


imediato ser avisadas, pedindo a actuação dos elementos das Equipas de 1ª
intervenção mais próximas.

Se, de alguma forma, está familiarizado com os meios de intervenção, deve tentar-se
controlar o desenvolvimento do sinistro sem, no entanto, correr riscos, até à chegada
das Equipas de Intervenção.

Capítulo VI
1. ACTIVAÇÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA

Os acidentes considerados incluídos no PEI são agrupados em três níveis, em função


da situação ou ameaça:

Nível 1 – Situação Anormal


Nível 2 – Situação de Perigo
Nível 3 - Situação de Emergência

Situação Anormal - Corresponde à existência de um incidente, anomalia ou suspeita


que, por ter dimensões reduzidas ou por estar confinado, não constitui ameaça para
além do local onde se produziu.

Situação de Perigo – Corresponde à existência de um acidente que pode evoluir


para uma situação de emergência se não for tomada uma adequada acção imediata,
mantendo-se todavia o normal funcionamento da XPTO.

Situação de Emergência – Corresponde à existência de acidente grave ou


catastrófico, descontrolado ou de difícil controlo, que originou ou pode originar danos
pessoais, materiais ou ambientais, requerendo uma acção imediata para a
recuperação do controlo e minimização das suas consequências. Verifica-se alteração
ao funcionamento normal da XPTO.

Os níveis de gravidade considerados em cada acidente são definidos de acordo com


os seguintes parâmetros:
NÍVEL 1 – Não é necessária a activação do PEI
É o nível de menor gravidade de um acidente. Corresponde a uma situação em que o
acidente, por ser de dimensões reduzidas, ou por estar confinado, não constitui
ameaça para além do local onde se produziu. Não é necessária a activação do PEI.
NÍVEL 2 – Possível activação do PEI
Corresponde a uma situação em que o acidente não é susceptível de extravasar o
compartimento onde teve origem, não ameaçando áreas contíguas ou locais nas suas
proximidades. Possível activação do PEI.

NÍVEL 3 – Activação do PEI


É o nível mais grave no presente plano. Corresponde a uma situação em que o
acidente assume proporções de grande dimensão, está fora de controlo ou ameaça
áreas vizinhas ou que, entretanto, tenha causado graves consequências. Activação
do PEI.

2. PLANO DE EVACUAÇÃO

Um PEI nunca se poderá considerar completo se não contemplar um Plano de


Evacuação.

Seja qual for o tipo de instalação que possa vir a ser afectada por uma situação de
sinistro grave – ou, simplesmente, de ameaça de ocorrência de uma tal situação –
certamente que nela estão pessoas: trabalhadores, visitantes, público.

A todas essas pessoas, em tais circunstâncias, deve poder ser garantido um acesso
rápido e seguro a um local não perigoso e asseguradas as melhores condições
possíveis para que essa acção se processe de forma mais simples e, sobretudo, mais
eficiente.

O Plano de Evacuação da XPTO tem por objectivo estabelecer procedimentos e


preparar a evacuação rápida e segura de todas as pessoas em caso de ocorrência de
uma situação perigosa.

Para o efeito, torna-se necessário definir o significado de alguns termos que se


encontram no Anexo I .

a) Identificação de Saídas
A Planta da Fábrica que apresentamos no Anexo IV, não é ocupada exclusivamente
pela XPTO, ou seja, divide o seu espaço físico e material com a XPTA como já foi
referido na caracterização da empresa.

As saídas para o exterior são em número elevado, como se pode verificar na Planta
da XPTO que apresentamos no Anexo III. O único problema é que não estão
sinalizadas, daí ter sido necessário a sinalização das respectivas saídas conforme
apresentamos na Planta de Emergência no Anexo IV.

No que se refere a estas saídas, a sua eficácia só será efectiva quando a XPTO
efectuar todo o tipo de sinalização respeitante à evacuação, inclusivamente colocando
os fechos anti-pânico nos portões de saída.

A colocação dos fechos anti-pânico vai permitir manter as portas fechadas com a
possibilidade de serem abertas facilmente em caso de necessidade de evacuação da
fábrica.

b) Definição de Caminhos de Evacuação

Os respectivos caminhos de evacuação que estão definidos no Plano de Evacuação


no Anexo IV, só estarão operacionais quando se verificar o total desimpedimento
desses locais e quando as saídas estiverem devidamente sinalizadas.

c) Programação da Evacuação
A programação e o planeamento da evacuação terão de fazer parte destas medidas a
adoptar Assim, a XPTO, terá de executar um plano que contemple alguma formação
e informação aos trabalhadores, bem como diversos exercícios de simulação. Deverá
definir a maneira mais realista para que este plano seja eficaz.

Não deixa de ser uma base de partida para este Plano de Evacuação, a utilização dos
caminhos de evacuação já definidos e as distâncias relativas das pessoas às saídas
para o exterior.
A XPTO deverá delegar a cada encarregado das várias secções a função de
responsável pela evacuação das pessoas de cada grupo. Estes deverão estar
devidamente instruídos para, ao primeiro toque do alarme, estarem preparados para
guiar as pessoas para as respectivas saídas de evacuação até ao ponto de encontro
exterior, como já foi explicado anteriormente.

Dentro de cada grupo de pessoas deverá ainda haver um elemento responsável pela
verificação da existência de alguém no interior da fábrica.

d) Identificação dos Pontos Críticos


A arquitectura da fábrica por ter um único piso facilita a evacuação. No entanto, entre
a Ribeira e a Tinturaria existe um desnível com cerca de 1,5m em que o único acesso
é efectuado por escadas, sendo, por isso, considerado um ponto crítico. Logo, neste
local a existência de alguém que oriente (encarregado da secção) a formação de uma
só fila na descida é importantíssima. Estas escadas são demasiado estreitas para o
efeito em causa.

e) Locais de Concentração Externa


Para Pessoas Sinistradas
As pessoas sinistradas deverão ser colocadas ao ar livre perto da portaria que é
o local de melhor acesso a veículos de emergência externa. Vem assinalado na
Planta de Emergência no Anexo IV como sendo a zona A.

Para Pessoas Sãs


A pessoas sãs poderão ser divididas pela zona B, C ou D numa primeira fase e
dirigirem-se todas para a zona B de seguida onde existe maior espaço (Anexo
IV).

Anexos

Anexo I

1. GLOSSÁRIO DOS TERMOS TÉCNICOS


Este anexo tem por objectivo estabelecer definições para os termos utilizados no
Plano de Emergência da XPTO.

1.1 Termos Técnicos - PEI

ACIDENTE INDUSTRIAL GRAVE – Um acontecimento, tal como uma emissão de


substâncias, um incêndio ou uma explosão de proporções graves, resultante de
desenvolvimentos incontrolados ocorridos durante o funcionamento de um
estabelecimento considerado com risco termológico grave, que constituia perigo
grave, imediato ou retardado, para a saúde humana (no interior ou no exterior do
estabelecimento) e / ou para o ambiente, e que envolva uma ou mais substâncias
perigosas (Decreto-lei 164/01 de 23 de Maio).

AGENTE EXTINTOR – Qualquer matéria utilizável no combate eficaz de um foco de


incêndio.

AGULHETA – Equipamento que permite a projecção de um agente extintor,


normalmente água, em jacto ou pulverizada.

ALARME – Considera-se o sistema estabelecido para o aviso e informação do


pessoal da XPTO, quando em situação anormal ou emergência.

ALERTA – Sistema estabelecido para aviso e informação das forças de socorro


exteriores à XPTO, entidades do Sistema Nacional de Protecção Civil e população da
área afectada, em situação de emergência.

BOCA DE INCÊNDIO – Dispositivo de uma rede de incêndios, constituído por união e


válvula, que permite a ligação de mangueira para combate a um incêndio.

BOTONEIRA MANUAL DE ALARME – Dispositivo para o accionamento, por


intervenção humana, destinado a transmitir o alarme à central de incêndios.

CAMINHO DE EVACUAÇÃO – Percurso a utilizar em situação de emergência, desde


um determinado ponto até uma saída para o exterior.

CARRETEL – Dispositivo de uma rede de incêndios constituído por uma mangueira


rígida enrolada em carretel, que permite uma intervenção com água.

CATÁSTROFE – Acontecimento súbito quase sempre imprevisível, de origem natural


ou tecnológica, susceptível de provocar vítimas e prejuízos materiais avultados,
afectando gravemente a segurança das pessoas, as condições de vida das
populações.

COMPARTIMENTO DE INCÊNDIO – Área limitada por paredes, pavimentos, tectos e


elementos de fecho de vãos de abertura que impeçam durante um determinado
intervalo de tempo a propagação de um eventual incêndio a outros locais.

DEFLAGRAÇÃO – É uma decomposição exotérmica muito rápida, propagando-se


por camadas, que vão sendo sucessivamente atingidas, de modo que a reacção, em
cada camada, provoca a da camada seguinte através da libertação de calor.

EMERGÊNCIA – Situação anormal que para limitar danos em pessoas, propriedade


ou ambiente, requer uma acção pronta para lá dos procedimentos normais.

EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL – Todo o equipamento, bem como


complemento ou acessório, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se proteger
dos riscos, para a sua segurança e saúde.

ESPUMA – Agente extintor constituído por conjunto de bolhas numa atmosfera


gasosa, normalmente de ar, aprisionada por uma película fina de solução espumífera.

EVACUAÇÃO – Acção destinada a promover a retirada de pessoas de um


determinado local.

EXPLOSÃO – Fenómeno caracterizado por um aumento rápido de pressão. O


confinamento é uma condição favorável à ocorrência de explosões, embora não seja
uma condição necessária, isto é, podemos ter explosões em espaços não confinados.

EXTINTOR PORTÁTIL – Equipamento que contém um agente extintor que pode ser
projectado e dirigido sobre o fogo por acção de uma pressão interna.

FOCO – Local onde se inicia a libertação de energia.

ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA – Iluminação eléctrica que, em caso de falha de


iluminação normal, permite a movimentação de pessoas em segurança.

INCIDENTE – Acontecimento inesperado que origine apenas danos materiais ou


agressão ambiental de qualquer natureza e/ou perda de capacidade operativa num
sistema. Pode dar origem, se não controlado, a uma situação de acidente.

INTERVENÇÃO – Conjunto de acções desenvolvidas para combater um acidente e


minimizar as suas consequências.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO – Medidas de segurança adaptadas, com a finalidade de


diminuir a probabilidade de ocorrência de acidentes.

MEIOS DE EVACUAÇÃO - Disposições construtivas constituindo um ou mais


caminhos de evacuação seguros, que permitem às pessoas atingirem, pelos seus
próprios meios e a partir de qualquer ponto da fábrica, um local que apresente
segurança total.

PLANO DE SEGURANÇA E EMERGÊNCIA – Documento que reúne as informações


e estabelece os procedimentos que permitem organizar e empregar os recursos
humanos e materiais disponíveis, em situação de emergência.

PLANTA DE EMERGÊNCIA – Planta simplificada de um determinado sector


contendo indicação de localização dos meios de alarme e de intervenção em caso de
acidente, caminhos de evacuação e saídas de emergência. Estas plantas são
acompanhadas de instruções gerais de actuação em situação de emergência.

PONTO DE ENCONTRO – Local para onde, em situação de emergência, as pessoas


se devem dirigir ao soar o sinal de evacuação, ou mediante informação transmitida
através de instalação sonora ou por outro meio.

PONTO DE REUNIÃO – Local de reunião dos elementos das equipas de intervenção.


PONTO NEVRÁLGICO – Ponto ou local a proteger prioritariamente, em situação de
emergência, por razões económicas, culturais ou sociais ou que, se afectado, pode
por em causa o funcionamento da XPTO.

PONTO PERIGOSO – Ponto ou local onde existe a probabilidade particularmente


elevada de ocorrer um acidente.

REDE DE INCÊNDIOS – Instalação fixa de protecção contra incêndios cujo agente


extintor é a água e é dotada de bocas de incêndio.

RESÍDUOS – Conjunto de materiais, podendo compreender o que resta de matérias


primas, que após a sua utilização não possa ser considerado subproduto ou produto,
de que o seu possuidor pretenda ou tenha necessidade de se desembaraçar.

SIMULACRO – Acto de simular situações reais, em particular situações de


emergência, com vista a melhorar a participação do pessoal com funções no Plano de
Emergência.

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA – Conjunto de sinais que se destinam a alertar, de


uma forma rápida e inteligível, para a existência de um risco, condicionar
comportamentos e transmitir informações de segurança.

SISTEMA AUTOMÁTICO DE DETECÇÃO DE INCÊNDIOS – Sistema de alarme de


incêndio, constituído por elementos para detectar automaticamente um incêndio
iniciando o alarme e outras acções apropriadas.

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA – Situação incontrolada, que possa originar danos


pessoais, materiais ou ambientais requerendo uma acção imediata para recuperação
do controlo e minimização das suas consequências.

SITUAÇÃO DE PERIGO – Qualquer situação que exija acção imediata no sentido de


prevenir uma evolução negativa, em consequência da qual possa resultar uma
situação de emergência.

SUBSTÂNCIA PERIGOSA – Qualquer substância que possa originar danos para as


pessoas, meio ambiente, instalações e equipamento.

URGÊNCIA – Situação anormal que se manifesta abruptamente e que para ser


controlada nos seus efeitos nas pessoas, bens ou ambiente, requer uma acção
imediata, com mobilização de meios especializados, previamente estandardizados
nos seus procedimentos.

VIAS DE EVACUAÇÃO - Vias de circulação especialmente concebidas e


dimensionadas para encaminhar, de maneira rápida e segura, os utentes para o
exterior ou para uma zona isenta de perigo. As vias de evacuação que são
basicamente constituídas pelas circulações horizontais e verticais, incluem,
nomeadamente, corredores, portas, escadas, rampas e saídas. As zonas não
enclausuradas são abrangidas pelas mesmas disposições, em particular no que
respeita ao seu dimensionamento, balizagem e sinalização.

ZONA DE APOIO – Local próximo do sinistro onde se concentram materiais e


equipamentos que possam ser necessários ao combate, tais como, mangueiras,
aparelhos de respiração autónoma, equipamentos de comunicação, entre outros.

ZONA DE CONCENTRAÇÃO LOCAL – Local de reunião das pessoas provenientes


da área sinistrada. Este deverá ser suficientemente próximo do local sinistrado, por
forma a permitir a deslocação de pessoas por meios próprios.

ZONA DE EMERGÊNCIA – Área que engloba o espaço atingido pelos efeitos de um


acidente grave na XPTO e o espaço adjacente necessário ao desenvolvimento das
operações de emergência.

Anexo II

1. CHECKLISTS E FORMULÁRIOS

1.1 Avaliação da Situação do Acidente

O primeiro empregado da XPTO a chegar ao local do acidente deve avaliar a situação


e efectuar as acções necessárias para proteger as pessoas de acordo com este
formulário.

Quantos feridos:
Primeiros Socorros necessários: Chegaram:
Ambulância necessária: Chegou:
Hospitalização Necessária: Terminado:
Bombeiros Necessários: Chegaram:
A polícia necessária foi chamada: Chegou:
Evacuação de pessoas iniciada: Terminada:
Quaisquer estruturas em perigo:
Técnico de segurança notificado:
1.2 Formulário de Danos Pessoais

Data: _____________________
Incidente:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
________________________________________ _ Data: _______
Nome da pessoa ferida:
___________________________________________________ _____
Endereço: ____________________________________ Telefone: ________________
Causa do ferimento:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_
Extensão do ferimento:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
__________________________________________
Distância do local de emergência a que ocorreu o ferimento:
_____________________
Acção médica necessária:
_________________________________________________ _____
Data e local:
____________________________________________________________ _____
O ferido foi hospitalizado: Sim______ Não ______
Se sim, nome do hospital:
_________________________________________________
Hora de Admissão: __________________
Hora em que lhe foi dada alta: ______________
Data: ______________________
Nome da pessoa ferida:
___________________________________________________ _____
Endereço: ____________________________________
Telefone: ______________
Causa da morte:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
__________________________________________

Fonte de Informação:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
__________________________________________

Foi solicitada a autópsia: Sim______ Não ______


Executada: Sim______ Não ______

TESTEMUNHA DO DANO PESSOAL

Nome da testemunha:
____________________________________________________
Endereço: ____________________________________ Telefone:
_________________
Declaração:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
________________________________________________________

Assinatura
__________________________

Anexo III - Planta

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