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O termo romantismo poder ter vários significados: romant ou romaunt; língua românica ou neolatina; narrativas
escritas nesta língua; narrativas em geral; oposição ao termo Classicismo (romântico x clássico); movimento cultural e
estético da primeira metade do século XIX; nos tempos contemporâneos, sentimentalismo. O Romantismo, neste caso,
refere-se à arte. Logo, o termo mais adequado para este estilo literário será "oposição ao termo Classicismo (romântico
x clássico)" e "movimento cultural e estético da primeira metade do século XIX". Provavelmente tem seu início nos
países europeus mais desenvolvidos, mas é na França, a partir do fim do século XVIII, a partir da Revolução Francesa
de 1789, que o novo movimento ganhou proporções revolucionárias.
O Romantismo foi um movimento, que representou, na literatura e na arte em geral, os anseios da classe
burguesa, que, na época, estava em ascensão. A literatura, portanto, teve um novo rumo, pois abandonou a
aristocracia e passou a dar mais atenção ao povo em geral, da cultura leiga. Por esse motivo, acaba por ser uma
oposição ao Classicismo. O Romantismo teve por objetivo a criação de uma linguagem nova, uma nova visão de
mundo, identificada com os padrões simples de vida da classe média e da burguesia. O Romantismo deforma a
realidade que, antes de ser exposta, passa pelo crivo da emoção.
O Romantismo no Brasil teve como marco fundador a publicação do livro "Suspiros poéticos e saudades",
de Gonçalves de Magalhães, em 1836, e duraram 45 anos terminando em 1881 com a publicação de Memórias
Póstumas de Brás Cubas, por Machado de Assis. O Romantismo foi sucedido pelo Realismo e antecedido pelo
Classicismo.
No Brasil, o momento histórico em que ocorre o Romantismo tem que ser visto a partir das últimas produções
árcades, caracterizadas pela satírica política de Gonzaga e Silva Alvarenga, bem como as idéias de autonomia comuns
naquela época. Em 1808, com a chegada da corte portuguesa ao Brasil fugindo de Napoleão Bonaparte, a cidade
do Rio de Janeiro passa por um processo de urbanização, tornando-se um campo propício à divulgação das novas
influências européias; a então colônia brasileira caminhava no rumo da independência. Após 1822, cresce no Brasil
independente o sentimento de nacionalismo, busca-se o passado histórico, exalta-se a natureza da pátria; na realidade,
características já cultivadas na Europa e que se encaixavam perfeitamente à necessidade brasileira de ofuscar
profundas crises sociais, financeiras e econômicas. De 1823 a 1831, o Brasil viveu um período conturbado como reflexo
do autoritarismo de D. Pedro I: a dissolução da Assembléia Constituinte; a Constituição outorgada; a Confederação do
Equador; a luta pelo trono português contra seu irmão D. Miguel; a acusação de ter mandado assassinar Líbero
Badaró e, finalmente, a abdicação. Segue-se o período regencial e a maioridade prematura de Pedro II. É neste
ambiente confuso e inseguro que surge o Romantismo brasileiro, carregado de lusa-fobia e, principalmente,
de nacionalismo.
Em Portugal, os ideais desse novo estilo encontram, a exemplo do que ocorrera na França, um ambiente
adequado ao seu teor revolucionário. Opunham-se naquele país duas forças políticas: os monarquistas, que pretendiam
a manutenção do regime vigente, depois da expulsão das tropas napoleônicas que tinham invadido o país em 1807, e
os liberais, que pretendiam sepultar de vez a Monarquia. A Revolução Constitucionalista do Porto (1820) representou
um marco na luta liberal, mas os monarquistas conseguiram manter o poder durante todo o período, marcando com
perseguições as biografias de muitos escritores daquele país, quase sempre adeptos do Liberalismo.
Características
- A liberdade de expressão: é um dos pontos mais importantes da escola romântica. "Nem regra, nem modelos
"- afirma Victor Hugo, um dos mais destacados românticos franceses. Pretendendo explorar as dimensões variadas de
seu próprio "eu", o artista se recusa a adaptar a expressão de suas emoções a um conjunto de regras pré-estabelecido.
Da mesma forma, afasta-se de modelos artísticos consagrados, optando por uma busca incessante da originalidade.
- Se de um lado temos sempre a figura do herói associada ao Bem, de outro é quase obrigatória nos romances
a presença de um vilão, que encarna o Mal. Essa concepção moral de oposição absoluta entre Bem e Mal recebe o
nome de maniqueísmo. No romantismo, o maniqueísmo constituiu mesmo a espinha dorsal das narrativas.
- Normalmente, associamos o Romantismo a imagens de inocência e lirismo. Mas ele tem sua face escura e
tétrica e trágica. O pessimismo romântico ou ultra-romantismo aparece nas referências à morte e no arrebatamento
passional, que às vezes conduz à loucura ou aos finais infelizes.
- Religiosidade - A produção literária romântica utiliza-se não só da fé católica como um meio de mostrar recato
e austeridade, mas utiliza-se também da espiritualidade, expressando uma presença divina no ambiente natural.
- Indianismo - O autor romântico utilizava-se da figura do índio como inspiração para seu trabalho, depositando
em sua imagem a confiança num símbolo de patriotismo e brasilidade, adotando o indígena como a figura do herói
nacional (bom selvagem).
- A idealização da realidade - A análise dos fatos, das aparências, dos costumes etc. era muito superficial e
pessoal, por isso era idealizada, imaginada, assim o sonho e o desejo invadiam o mundo real criando uma descrição
romântica e mascarada dos fatos.
- Escapismo - Os artistas românticos procuravam fugir da opressão capitalista gerada pela revolução burguesa
(revolução industrial). Apesar de criticarem a burguesia, os artistas tinham que ser sutis, pois os burgueses eram os
mecenas de sua literatura e por isso procuravam escapar da realidade através da idealização. As formas de escape
seriam as seguintes: Fuga no tempo, Fuga no sonho e na imaginação, Fuga na loucura, Fuga no espaço e Fuga na
morte.
- A idealização da Mulher (figura feminina)- a mulher era a fonte de toda a inspiração. Era intocável, vista como
um anjo em que jamais poderiam desfrutar de suas características puras e angelicais.
• Idealização do amor e da mulher: amor - mola propulsora de toda a vida; mulher - tema romântico por
excelência é divinizada (donzela virgem).
A linguagem romântica
• A expressão artística (a exemplo da temática) é um processo resolvido mais pela inspiração do que
pela pesquisa formal. Daí a impressão de descuido e excesso que muitos textos do período nos deixam.
• Na poesia, há grande variedade métrica, de ritmos e de rimas, indicando a liberdade de composição
que os autores experimentam.
• O uso intenso de adjetivos, em função de sua força expressiva e de seu poder de qualificar uma
numerosa gama de sentimentos. Os adjetivos - segundo os românticos - ampliam ao máximo a conotação emotiva das
palavras, fixando tonalidades e nuanças da natureza e das paixões humanas. Com o tempo, alguns desses vocábulos
tornam-se verdadeiros lugares-comuns: doce, cálido, mimoso, infeliz, fatal, puro, cândido, celestial, etc.
• A freqüente utilização de metáforas, hipérboles e outras figuras tanto na poesia quanto na prosa,
aproximando (até certo ponto) um gênero de outro. No campo simbólico, predominam imagens extraídas de fenômenos
naturais, normalmente grandiosos: florestas, correntezas. Tempestades, tufões, etc.
• A abundância de interjeições e exclamações, criando um tom de exaltação retórica.
Razão
Emoção
Objetividade
Subjetividade
Universalismo (o mundo)
Individualismo (o eu)
"meu amor"
Equilíbrio
Contradição
Ordem
Reformismo
Desde o início do século XIX, prenunciava-se, no norte da Europa, o surgimento do Romantismo, baseado
nos fundamentos do sentimentalismo e da liberdade de criação. A Inglaterra antecipou-se às grandes inovações da
cultura e da ciência, vivendo um pré-romantismo, cujo poeta mais destacado foi William Blake (1757-1827), e um
romantismo que deixou marcas em toda a literatura ocidental. Seus poetas delineavam as características da poesia
romântica européia: recriação de paisagens e de situações exóticas, insistência na beleza e na morte e afirmação
do 'eu lírico'. Com a Revolução Industrial, surgiu uma nova classe social: o proletariado. No plano político,
continuou a monarquia constitucional, que sancionava as leis e os decretos propostos pelo Parlamento. No plano
ideológico, prevalecia a influência do racionalismo francês sob a forma do empirismo, cujo fundamento continuava
sendo a razão. Ao empirismo pode-se acrescentar uma nova tendência do pensamento: o idealismo baseado no
sentimento como forma de conhecimento. A atividade artística tornou-se complexa. Os artistas românticos
procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do próprio artista.
Poesia: é marcada, num primeiro momento, pelo teor patriótico, de afirmação nacional, de compreensão
do que era ser brasileiro, ou pela expressão do eu, isto é, pela expressão dos sentimentos mais íntimos, dos
desejos mais pessoais, diferente do ideal de imitação da natureza presente na poesia árcade. Isto tudo seguido de
uma revolução na linguagem poética, que passou a buscar uma proximidade com o cotidiano das pessoas, com a
linguagem do dia-a-dia.
A poesia romântica surge em meio aos fervores independentistas da primeira metade do século XIX, tendo
como marco inicial a obra de Gonçalves de Magalhães, "Suspiros Poéticos e Saudades". Apesar de servir como
marco de início do romantismo no Brasil, a obra "Suspiros Poéticos e Saudades" não apresenta grande notoriedade
ou importância no cenário artístico poético do romantismo brasileiro assim como as outras obras de Gonçalves de
Magalhães.
Prosa: A prosa romântica inicia-se com a publicação do primeiro romance brasileiro "O filho do Pescador",
de Sousa em 1843. O primeiro romance brasileiro em folhetim foi "A Moreninha", de Joaquim Manuel de Macedo,
publicado em 1844. O romance brasileiro caracteriza-se por ser uma "adaptação" do romance europeu,
conservando a estrutura folhetinesca européia, com início, meio e fim seguindo a ordem cronológica dos fatos. O
Romance brasileiro poderia ser dividido em duas fases: Antes de José de Alencar e Pós-José de Alencar, pois
antes desse importante autor as narrativas eram basicamente urbanas, ambientadas no Rio de Janeiro, e
apresentavam uma visão muito superficial dos hábitos e comportamentos da sociedade burguesa.
E com José de Alencar surgiram novos estilos de prosa romântica como os romances regionalistas,
históricos e indianistas e o romance passou a ser mais crítico e realista. Os romances brasileiros fizeram muito
sucesso em sua época já que uniam o útil ao agradável: A estrutura típica do romance europeu, ambientada nos
cenários facilmente identificáveis pelo leitor brasileiro.
Autores e obras
- Alemanha: Goethe com a obra “wether” (publicada em 1774) e também Schiller com a obra "Salteadores"
(1781)
- Inglaterra: com o poeta Walter Scott e sua obra "Ivanhoé". Também outro destaque foi lorde Byron, um
poeta ultra romântico (pois com ele é bem visto o exagero romântico, a busca da morte, o suicídio).
- França: Jean Jacques Rousseau teve grande influencia nas idéias românticas Iluministas, com sua teoria do
Mito do Bom Selvagem, a pessoa é influenciada pelo meio em que vive, ou seja, longe da vida da cidade longe da
corrupção humana.
- Victor Hugo autor da obra "A dama das Gamelias"
- Portugal: Almeida Garret publica em 1825 sua obra “Camões”
- Brasil: Lançamento em Paris da revista "Niterói" (1836), também a Publicação da obra "suspiros poéticos e
saudades" de Gonçalves de Magalhães (1836) em ambas as obras o autor foi Gonçalves de Magalhães.
- Almeida Garrett
. Poesia: Camões (1825); Dona Branca (1826); Lírica de João Mínimo (1829); Flores sem fruto (1845); Folhas
caídas (1853).
. Teatro: Catão (1822); Mérope (1841); Um Auto a Gil Vicente (1842); O alfa geme de Santarém (1842); Frei
Luís de Sousa (1844); D. Filipa de Vilhena (1846).
- Alexandre Herculano
. Polêmicas e ensaios: A voz do profeta (1836); Eu e o clero (1850); A ciência arábico-acadêmica (1851);
Estudos sobre o casamento civil (1866); Opúsculos (10 volumes, 1873 – 1908)
. Prosa de ficção: Eurico, o presbítero (1844); O monge de Cister (1848); Lendas e narrativas (1851); O bobo
(1878 publ. póst.)
Obras: Carlota Ângela (1858); Amor de perdição (1862); Coração, cabeça e estômago (1862); Amor de
salvação (1864); A queda dum anjo (1866); A doida do Candal (1867); Novelas do Minho (1875-77); Eusébio Macário
(1879); A corja (1880); A brasileira de Prazins (1882).
- Soares Passos
- João de Deus
- Júlio Diniz
. Romance: As pupilas do senhor reitor (1867); Uma família inglesa (1868); A morgadinha dos canaviais (1868);
Os fidalgos da casa mourisca (1871). Conto: Serões da província (1870). Poesia: Poesias (1873) Teatro: Teatro inédito
(3 vol. – 1946-47).
• Autores: Gonçalves de Magalhães (Suspiros Poéticos e Saudades); Gonçalves Dias (poesias líricas,
medievais e nacionalistas - Canção do Exílio; I-Juca Pirama - "aquele que vai morrer").
• Ideais elevados;
• CORTE: Romance urbano (retratação da cidade carioca, descrição das grandes festas,
saraus). Autores: Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar, Manuel Antônio de Almeida.
• PROVÍNCIA: Romance Regionalista (identificação do homem com o ambiente físico; retratação de
paisagens brasileiras livres do contato com o colonizador - autores: José de Alencar, Bernardo Guimarães, Visconde de
Taunay e Franklin Távora), Histórico (autores: José de Alencar e Visconde de Taunay) e Indianista (índio visto como
herói, "bom selvagem" - autor: José de Alencar).
• Romances Urbanos: Cinco Minutos (1860); Lucíola (1862); A Pata da Gazela (1870); Sonhos d'Ouro
(1872); Senhora (1875);
• Romances Regionalistas: O Gaúcho (1870); O Troco do Ipê; Til; O Sertanejo;
• Romances Históricos: As Minas de Prata (1862); A Guerra dos Mascates (1873).