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  | Publicada em  às 19h43m

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RIO - A falta de qualificação é apresentada por trabalhadores inativos e por


desempregados como o principal entrave para voltar ao mercado de trabalho. Já para os
empregados assalariados, a experiência profissional é o que mais conta, segundo
levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Entre os inativos - que não procuraram emprego na última semana, mesmo que nunca o
tenham feito ao longo da vida - a qualificação foi considerada importante em 37,7% dos
casos. Trata-se, neste caso, tanto de falta de capacitação teórica, com escolarização,
como qualificação prática. E quanto mais recente é o afastamento do mercado de
trabalho, mais recorrente é a explicação de falta de qualificação.

Entre os desempregados, 23,7% dos pesquisados afirmaram nunca terem a qualificação


ou a experiência exigida nas seleções de emprego. Em 17,2%, a reclamação foi por falta
de trabalho ou concorrência muito elevada na área de atuação.

Entre os trabalhadores assalariados, a pesquisa mostra que a qualificação em termos de


escolarização regular e de ensino técnico-profissionalizante tem um peso apenas relativo
no processo de seleção de empresas, de acordo com o técnico de Planejamento e
Pesquisa do Ipea, André Gambier.

Na hora de contratar, o que mais pesa é a existência de experiência prévia na atividade


que será exercida, com 23,1%. Mas as referências pessoais continuam tendo um peso
muito grande no país, sendo consideras importantes em 21,3% das contratações.

"O fato de uma pessoa ter experiência é duas vezes mais importante do que a formação
escolar ou técnico-profissionalizante. Junto com os contatos que uma pessoa tem,
somam quase 50% dos critérios de contratação", disse Gambier. A formação foi uma
exigência maior nos empregos da administração pública e também na indústria de
transformação.

Os trabalhadores por conta própria ou pequenos empregadores são outro grupo em que a
qualificação é vista como um fator secundário. Fatores como a capacidade de acesso a
crédito e a maquinários, e até mesmo impostos e regulação do mercado de atuação, são
considerados fatores mais importantes.

"Esses pequenos negócios em geral são pouco estruturados, produzem poucos


excedentes econômicos. Isso pode ser um fator para que a qualificação não seja
valorizada. Outro fator pode ser o sucesso do sistema Sebrae, que coloca muitos
trabalhadores em patamares semelhantes", explicou o pesquisador do Ipea.

(Juliana Ennes | Valor)

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